Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Prof. Gabriel Pires Teorema da Mudança de Coordenadas 1 Mudança de Coordenadas Definição 1 Seja T ⊂ Rn um aberto. Diz-se que uma função g : T → Rn é uma Mudança de Coordenadas em T se verificar as seguintes condições: i) g é de classe C 1 . ii) g é injectiva. iii) A derivada de g é injectiva, ou seja, det Dg(t) 6= 0 ; ∀t ∈ T. Exemplo 1.1 Coordenadas Polares (r, θ) em R2 : As coordenadas polares (r, θ) são definidas por x = r cos θ y = r sen θ p De acordo com a figura 1, r = x2 + y 2 designa a distância de cada ponto de coordenadas (x, y) à origem e θ é o ângulo formado entre o semi-eixo positivo x e o vector (x, y). (x, y) y r PSfrag replacements θ 0 x Figura 1: Coordenadas Polares (r, θ) em R2 Seja g(r, θ) = (r cos θ, r sen θ) = (x, y). Então, g é de classe C 1 em R2 e a derivada é injectiva em R2 \ {(0, 0)}. De facto temos cos θ −r sen θ = r(cos2 θ + sen2 θ) = r. det Dg(r, θ) = sen θ r cos θ Dado que as funções trigonométricas são periódicas, a função g não é injectiva em R 2 \ {(0, 0)}. Mas, se definirmos T = {(r, θ) ∈ R2 : r > 0 ; 0 < θ < 2π} então, a função g : T → R2 é uma mudança de coordenadas. A função g transforma T no conjunto g(T ) = R2 \ {(x, y) : y = 0 ; x ≥ 0} Dado que x2 + y 2 = r2 , para cada r fixo em T obtemos, em (x, y), uma circunferência de raio r e centro na origem tal como se representa na figura 2. 1 y θ 2π θ PSfrag replacements r 0 R x θ 0 r R r Figura 2: Por outro lado, para cada θ fixo em T obtemos, em (x, y) um segmento de recta tal como se mostra na figura 2. Portanto, ao cı́rculo centrado na origem e de raio R e do qual se retire o semi-eixo positivo x corresponde, nas coordenadas polares (r, θ), o rectângulo ]0, R[×]0, 2π[ tal como se apresenta na figura 2. Exemplo 1.2 Coordenadas Cilı́ndricas (ρ, θ, z) em R3 : As coordenadas cilı́ndricas (ρ, θ, z) são definidas por x = ρ cos θ y = ρ sen θ z = z p De acordo com a figura 3, ρ = x2 + y 2 designa a distância de cada ponto de coordenadas (x, y, z) ao eixo z, θ é o ângulo formado entre o semi-eixo positivo x e o vector (x, y, 0). z (x, y, z) PSfrag replacements 0 y ρ θ x (x, y, 0) Figura 3: Coordenadas Cilı́ndricas (ρ, θ, z) em R3 Seja T = {(ρ, θ, z) ∈ R3 : ρ > 0 ; 0 < θ < 2π ; z ∈ R} 2 então a função g : T → R3 definida por g(ρ, θ, z) = (ρ cos θ, ρ sen θ, z) é de classe C 1 , injectiva e a respectiva derivada é injectiva porque cos θ −ρ sen θ 0 det Dg(ρ, θ, z) = det sen θ ρ cos θ 0 = ρ > 0 0 0 1 Portanto a função g : T → R3 é uma mudança de coordenadas. z h z PSfrag replacements h X T 2π R 0 θ R ρ y x Figura 4: Facilmente se verifica que ao cilindro com eixo z, de raio R e altura h e do qual se retire o plano {x ≥ 0 ; y = 0} corresponde, em coordenadas cilı́ndricas, o paralelipı́pedo ]0, R[×]0, 2π[×]0, h[ tal como se mostra na figura 4. Exemplo 1.3 Coordenadas Esféricas (r, θ, φ) em R3 : As coordenadas esféricas (r, θ, φ) são definidas por x = r sen φ cos θ y z = r sen φ sen θ = r cos φ p De acordo com a figura 5, r = x2 + y 2 + z 2 designa a distância de cada ponto de coordenadas (x, y, z) à origem, θ é o ângulo formado entre o semi-eixo positivo x e o vector (x, y, 0) e φ designa o ângulo entre o semieixo positivo z o vector (x, y, z). Seja T = {(r, θ, φ) ∈ R3 : r > 0 ; 0 < θ < 2π ; 0 < φ < π} então a função g : T → R3 definida por g(r, θ, φ) = (r sen φ cos θ, r sen φ sen θ, r cos φ) 1 é de classe C , injectiva e a respectiva derivada é injectiva porque sen φ cos θ −r sen φ sen θ r cos φ cos θ det Dg(r, θ, φ) = det sen φ sen θ r sen φ cos θ r cos φ sen θ = −r2 sen φ 6= 0 cos φ 0 −r sen φ Portanto, a função g : T → R3 é uma mudança de coordenadas. Assim, à bola centrada na origem, de raio R e da qual se retire o plano {x ≥ 0 ; y = 0} corresponde o paralelipı́pedo [0, R[×]0, 2π[×]0, π[ tal como se representa na figura 6. 3 z (x, y, z) φ PSfrag replacements r 0 y θ x (x, y, 0) Figura 5: Coordenadas Esféricas (r, θ, φ) em R3 z X φ PSfrag replacements π T 0 0 R 2π θ r x Figura 6: 4 y Exemplo 1.4 Transformação Linear de Coordenadas em Rn : Seja g : Rn → Rn uma transformação linear e seja A a matriz que a representa, ou seja g(v) = Av ; v ∈ Rn . Tendo em conta que uma transformação linear é de classe C 1 e que a respectiva derivada é representada pela matriz A, então g é uma mudança de coordenadas em R n desde que se verifique a condição det A 6= 0 2 Teorema da Mudança de Coordenadas Nesta secção apresenta-se uma versão do teorema da mudança de coordenadas. O caso geral e respectiva demonstração podem ser vistos em [1, 2]. Teorema 2.1 Seja X ⊂ Rn um conjunto aberto, f : X → R uma função integrável em X e g : T → Rn uma mudança de coordenadas tal que X = g(T ). Então Z Z f (x)dx = f (g(t)) |det Dg(t)|dt X T Exemplo 2.1 Área de um cı́rculo em R2 : Seja S o cı́rculo centrado na origem de R2 e de raio R S = {(x, y) ∈ R2 : x2 + y 2 < R2 } Seja X o conjunto que se obtém de S retirando-lhe o semi-eixo positivo x X = S \ {(x, 0) : x ≥ 0} Considerando a transformação de coordenadas polares em R2 g(r, θ) = (r cos θ, r sen θ) = (x, y) sabemos que X = g(T ) em que T = {(r, θ) : 0 < r < R ; 0 < θ < 2π} Notando que o semi-eixo positivo x tem medida nula em R2 e, aplicando o teorema da mudança de coordenadas e o teorema de Fubini, obtemos ! Z Z Z 2π vol2 (S) = vol2 (X) = R rdrdθ = rdr 0 T dθ = πR2 . 0 É de salientar que o conjunto T é um intervalo e, portanto, a aplicação do teorema de Fubini no cálculo do integral duplo é muito simples. 5 Exemplo 2.2 Volume de um cilindro em R3 : Seja S o cilindro vertical de raio R e altura h dado por S = {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 < R2 ; 0 < z < h} Seja X o conjunto que se obtém de S retirando-lhe o semi-plano {y = 0 ; x ≥ 0 }, ou seja, X = S \ {(x, y, z) : x ≥ 0 ; y = 0} e consideremos a transformação de coordenadas cilı́ndricas em R3 g(ρ, θ, z) = (ρ cos θ, ρ sen θ, z) = (x, y, z) Então, X = g(T ) em que T = {(ρ, θ, z) : 0 < ρ < R ; 0 < θ < 2π ; 0 < z < h} Sabendo que o semi-plano {y = 0 ; x ≥ 0} tem medida nula em R3 e, aplicando o teorema da mudança de coordenadas e o teorema de Fubini, obtemos ! ! Z Z Z Z 2π h R ρ dρdθdz = vol3 (S) = vol3 (X) = T ρdr 0 0 dz dθ = πR2 h 0 Note-se que T é um intervalo e, portanto, a aplicação do teorema de Fubini ao cálculo do integral é simples. Exemplo 2.3 Volume de uma bola em R3 : Seja B a bola centrada na origem de R3 e de raio R B = {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 + z 2 < R2 } Seja X o conjunto que se obtém de B retirando-lhe o semi-plano {y = 0 ; x ≥ 0} X = S \ {(x, y, z) : y = 0 ; x ≥ 0} e consideremos a transformação de coordenadas esféricas em R3 g(r, θ, φ) = (r sen φ cos θ, r sen φ sen θ, r cos φ) = (x, y, z) Então, X = g(T ) sendo T = {(r, θ, φ) : 0 < r < R ; 0 < θ < 2π ; 0 < φ < π} Tendo em conta que o semi-plano {y = 0 ; x ≥ 0} tem medida nula em R3 e, aplicando o teorema da mudança de coordenadas e o teorema de Fubini, obtemos ! ! Z Z 2π Z π Z R 4 2 2 vol3 (B) = vol3 (X) = r sen φdrdθdφ = r sen φdr dφ dθ = πR3 . 3 T 0 0 0 Tal como nos exemplos anteriores, o conjunto T é um intervalo e a aplicação do teorema de Fubini ao cálculo do integral triplo é bastante simples. 6 z R h PSfrag replacements 0 y x Figura 7: Calote esférica Exemplo 2.4 Volume de uma calote esférica em R3 : Seja S a calote esférica, representada na figura 7 e definida por S = {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 + z 2 < R2 ; z > h} e seja X o conjunto que se obtém de S retirando-lhe o semi-plano {y = 0 ; x ≥ 0} X = S \ {(x, y, z) : y = 0 ; x ≥ 0} Sendo S uma porção de uma bola em R3 , consideremos a tranformação de coordenadas esféricas g(r, θ, φ) = (r sen φ cos θ, r sen φ sen θ, r cos φ) = (x, y, z) h cos φ Da condição z > h, obtemos r > e, portanto, X = g(T ) em que T = {(r, θ, φ) : 0 < θ < 2π ; 0 < φ < arccos( h h ); < r < R} R cos φ Assim, o volume de S é dado por vol3 (S) = vol3 (X) Z 2π Z = 0 = 2π 3 Z h ) arccos( R 0 h arccos( R ) 0 Z R 2 r sen φ dr h cos φ h3 sen φ R − cos3 φ 3 ! ! dφ dθ dφ e, tendo em conta que d dx obtemos 1 cos2 x =2 sen x cos3 x π 2R3 − 3R2 h + h3 3 Por outro lado, a calote esférica S também apresenta simetria cilı́ndrica em torno do eixo z e, portanto, consideremos a transformação de coordenadas cilı́ndricas vol3 (S) = g(ρ, θ, z) = (ρ cos θ, ρ sen θ, z) = (x, y, z) 7 Da inequação x2 + y 2 < R2 − z 2 obtemos ρ < √ R2 − z 2 e então X = g(T ) em que T = {(ρ, θ, z) : h < z < R ; 0 < θ < 2π ; 0 < ρ < Assim, o volume de S é dado por vol3 (S) = vol3 (X) Z ρ dρdθdz = = Z = π = T 2π 0 Z Z R Z h √ R2 −z 2 0 p ! ρ dρ dz R2 − z 2 } ! dθ R h (R2 − z 2 )dz π 2R3 − 3R2 h + h3 3 Exemplo 2.5 Volume de um cone em R3 : Seja S o cone representado na figura 8 e definido por p S = {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 < z < h} em que h > 0. z h X PSfrag replacements 0 y x Figura 8: Cone em R3 Para cada valor de z temos um cı́rculo de raio z, ou seja, S apresenta simetria cilı́ndrica com eixo em z e, portanto, consideremos a transformação de coordenadas cilı́ndricas g(ρ, θ, z) = (ρ cos θ, ρ sen θ, z) = (x, y, z) Seja X o conjunto p que se obtém de S retirando-lhe o plano {y = 0 ; x ≥ 0}. Das condições x2 + y 2 < z < h obtemos ρ < z < h e, portanto, X = g(T ) 8 em que T = {(ρ, θ, z) : 0 < θ < 2π ; 0 < ρ < h ; ρ < z < h} O volume de S é, então, dado por vol3 (S) = vol3 (X) Z 2π Z = 0 = 2π = Z π 3 h 3 h 0 Z h ρ dz ρ ! ! dρ dθ h 0 ρ(h − ρ)dρ Exemplo 2.6 Consideremos o sólido V representado na figura 9 e descrito por V = {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 < 1 + z 2 ; x2 + y 2 + z 2 < 5 ; z > 0} z √ 5 √ 2 PSfrag replacements 0 y 1 x Figura 9: √ Das inequações x2 + y 2 + z 2 < 5 e z > 0, obtemos 0 < z < 5. Por outro lado, as superfı́cies dadas, respectivamente, por x2 + y 2 = 1 + z 2 e x2 + y 2 + z 2 = 5 intersectam-se segundo a linha dada pelas equações √ z = 2 ; x2 + y 2 = 3 É claro que V apresenta simetria cilı́ndrica relativa ao eixo z. Assim, em coordenadas cilı́ndricas (ρ, θ, z), V é descrito por √ √ i) Para 0 < z < 2, temos 0 < θ < 2π ; 0 < ρ < 1 + z 2 √ √ √ ii) Para 2 < z < 5, temos 0 < θ < 2π ; 0 < ρ < 5 − z 2 Portanto, pelo teorema da mudança de coordenadas, o volume de V pode ser calculado da seguinte maneira ! ! ! ! Z 2π Z √5 Z √5−z2 Z 2π Z √2 Z √1+z2 ρdρ dz dθ + ρdρ dz dθ vol3 (V ) = √ 0 0 Z √ 2 0 (1 + z 2 )dz + π √ √ 10 5 − 8 2 = π 3 = π 0 0 Z √ 5 √ 2 (5 − z 2 )dz 9 2 0 Exemplo 2.7 Seja S ⊂ R2 a região representada na figura 10 e definida por S = {(x, y) ∈ R2 : −x ≤ y ≤ π − x, x π x − ≤y≤ } 2 4 2 e consideremos função f : R2 → R definida por f (x, y) = sen(x + y) cos(x − 2y) y= y x 2 PSfrag replacements v π 2 S T 0 π u x y = −x Figura 10: Para calcular o integral R S f consideremos a transformação linear (u, v) = g(x, y) definida por u = x+y v = x − 2y Note-se que através desta transformação a função f passa a ser o produto de duas funções de uma variável cada. Este facto irá certamente simplificar o cálculo do integral. Sendo linear, para que g seja uma mudança de coordenadas basta que a matriz que a representa seja não singular. (Recorde-se que para uma transformação linear a matriz que a representa e a sua derivada coincidem). Assim, g é uma mudança de coordenadas porque 1 1 det Dg(x, y) = = −3 6= 0 1 −2 É de salientar que a transformação g permite mudar das coordenadas (u, v) para as coordenadas (x, y) e o que se pretende é a mudança inversa. No entanto, a transformação inversa g −1 é também uma mudança de coordenadas e det Dg −1 (u, v) = − 1 3 Assim, seja T ⊂ R2 tal que S = g −1 (T ). Da definição de S, obtemos T = {(u, v) : 0 ≤ u ≤ π ; 0 ≤ v ≤ 10 π } 2 Usando o teorema da mudança de coordenadas, obtemos, Z Z Z Z f (x, y)dxdy = f (g −1 (u, v)) |det Dg −1 (u, v)|dudv S T ! Z Z π2 1 π sen(u) cos(v)dv du = 3 0 0 ! Z π Z π 2 1 = sen(u)du cos(v)dv 3 0 0 = 2 3 Exemplo 2.8 Seja S ⊂ R2 a região representada na figura 11 e definida por S = {(x, y) ∈ R2 : 1 < xy < 2 ; x > 0 ; x < y < 3x}. e consideremos o integral em S da função definida por f (x, y) = y x(1 + x2 y 2 ) v y y = 3x PSfrag replacements 3 T y=x S xy = 2 xy = 1 1 0 1 2 0 u x Figura 11: Note-se que S é um conjunto limitado e que a função f é limitada e contı́nua em S e, portanto, o respectivo integral existe. Tendo em conta que S pode ser dado por S = {(x, y) ∈ R2 : 1 < xy < 2 ; x > 0 ; 1 < e a função f depende do produto xy e da razão definida por y x, y < 3}. x consideremos a transformação (u, v) = g(x, y) u = xy y v = x Então, T = g(S) = {(u, v) : 1 < u < 2 ; 1 < v < 3} 11 ou seja, a função g transforma S no rectângulo T = g(S). Vejamos que g é uma mudança de coordenadas em S. É claro que g é de classe C 1 . Da definição de g, obtemos r u x = v √ uv y = e, portanto, g é invertı́vel, ou seja, injectiva. A derivada de g é dada pela matriz Dg(x, y) = y − xy2 x 1 x e, tendo em conta que, y > x > 0, temos det Dg(x, y) = 2 y >0 x Portanto, g é uma transformação de coordenadas. Aplicando o teorema da mudança de coordenadas e, tendo o cuidado de notar que a transformação de coordenadas a usar é a função g −1 e que 1 2v det Dg −1 (u, v) = obtemos Z Z f (x, y)dxdy S = Z Z f (g −1 (u, v)) |det Dg −1 (u, v)|dudv Z Z 2 1 1 du dv = 2 2 1 1 1+u = arctan(2) − arctan(1) T 3 Exemplo 2.9 Seja S o cı́rculo centrado na origem de R2 e de raio R e consideremos a função definida por 2 2 f (x, y) = e−(x +y ) Para calcular o integral de f em S consideremos a mudança de coordenadas polares g(r, θ) = (r cos θ, r sen θ) Do exemplo 1.1 sabemos que g(T ) = S em que T = {(r, θ) : 0 < r < R ; 0 < θ < 2π} Assim, temos Z f (x, y)dxdy = S = Z f (g(r, θ)) |det Dg(r, θ)|drdθ ! Z T Z 2π 0 = 2π Z R 2 re−r dr dθ 0 R 2 re−r dr 0 2 = π(1 − e−R ) 12 Note-se que se aplicarmos o teorema de Fubini ao cálculo do integral em coordenadas (x, y), obtemos ! Z R Z Z √R2 −x2 −x2 −y 2 e e dy dx f (x, y)dxdy = √ S − R2 −x2 −R e este integral não é facilmente calculável por não termos á disposição uma primitiva para a função 2 e−x . 2 Em coordendas polares este problema não existe porque a função a integrar é dada por re −r cuja primitivação é imediata. Referências [1] Luı́s T. Magalhães. Integrais Múltiplos. Texto Editora, 1996. [2] W. Rudin. Principles of Mathematical Analysis. McGraw Hill, 1996. 13