UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA ALINE LIMA DIERSCHNABEL O TRATAMENTO COM A FLUOXETINA (MAS NÃO COM OUTROS FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVO E ANSIOLÍTICOS) REVERTE O DÉFICIT DE MEMÓRIA AVERSIVA CAUSADO POR ESTRESSE AGUDO DE CONTENÇÃO EM CAMUNDONGOS NATAL-RN 2014 ALINE LIMA DIERSCHNABEL O TRATAMENTO COM A FLUOXETINA (MAS NÃO COM OUTROS FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVO E ANSIOLÍTICOS) REVERTE O DÉFICIT DE MEMÓRIA AVERSIVA CAUSADO POR ESTRESSE AGUDO DE CONTENÇÃO EM CAMUNDONGOS Dissertação apresentada ao Programa de Pósgraduação em Psicobiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para obtenção do título de Mestre em Psicobiologia (Área Fisiológica). Orientadora: Profª Drª Alessandra Mussi Ribeiro Co-orientadora: Profª Drª Regina Helena da Silva NATAL-RN 2014 “É preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê!” (Los Hermanos) Dedicatória: A voinho, voinha, mainha e painho, por nunca terem desistido de mim. Agradecimentos: Esse é o momento que a gente olha pra trás e pensa: deu tudo certo, valeu a pena. Parece que foi ontem que estava de mãos dadas com minha mãe esperando sair a lista dos aprovados do vestibular, e agora, olha só, lá se vai uma bióloga se tornar mestre. Sem dúvida a caminhada foi dura, foi sofrida, mas ao mesmo tempo tão alegre, tão feliz e satisfatória. Ao final desse pequeno degrau que subo, tenho certeza que sorri mais que chorei. Tenho certeza que minhas mãos nunca ficaram sozinhas, pois nos diversos momentos que atravessei, sempre fui acompanhada de pessoas a quem dedico essa conquista. A toda espiritualidade amiga, que sempre me deu a mão nos momentos mais difíceis, sempre me colocou no eixo e sempre me fez ter a certeza que religião e ciência não precisam se contradizer e que podem sim se somar; Aos meus avós, Ismael e Esmeralda, que não apenas me deram as mãos, mas sim, me colocaram no colo desde que nasci. Por todo o esforço, sacrifício, carinho e amor. Por lapidarem meu caráter e serem exemplos de seres humanos; Aos meus pais, Andréa e Sidnei, que sempre me puxam pela mão quando eu esboço fraquejar. Por serem as pessoas que mais acreditam em mim e na minha capacidade, muitas vezes mais que eu mesma; Aos meus irmãos, Ítalo e Bruna, por me ensinarem que também precisamos oferecer nossas mãos; À minha querida orientadora, Alessandra Mussi Ribeiro, minha eterna mãe na ciência, por ter segurado minha mão e me guiado nos primeiros passos na ciência, me mostrando sempre o melhor caminho a seguir nesse encantador mundo. Por junto com minha co-orientadora e tia na ciência, Regina Helena da Silva, terem aberto as portas do LEME e terem me mostrado a verdadeira conduta e caráter que um cientista precisa ter; Aos meus amigos Ezequiel, Valciclênio e Victor, pelas tarde de mãos dadas que passamos compartilhando nossos sonhos e medos. Por todas as risadas, conselhos, puxões de orelhas e muito amor. Obrigada por tornarem meus dias mais leves; À família LEME, os que ainda estão aqui e os que já passaram, pela mão amiga dentro e fora do laboratório. Fazer ciência com vocês sempre será um dos grandes prazeres da minha vida; Aos camundongos, por terem morrido em minhas mãos em nome da ciência; Aos que largaram minhas mãos pelo caminho. Obrigada por terem me ensinado a perder e a levantar depois de cada perda; Ao PPG em Psicobiologia e a CAPES pelo apoio financeiro. Termino aqui a primeira parte da minha caminhada na pós-graduação com a certeza de que cresci e venci. Que venha o doutorado! Resumo O fisiologista H. Selye definiu estresse como a resposta não específica do organismo a quaisquer fatores que coloquem em risco a homeostase (equilíbrio do meio interno) do indivíduo. Esses fatores, os agentes estressores, são capazes de ativar o eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal (HPA), resultando assim na resposta fisiológica ao estresse pela liberação de glicocorticoides que leva à modificações psicofisiológicas, entre elas, efeitos sobre as funções cognitivas, como na aprendizagem e na memória. Quando esse eixo é agudamente estimulado, ocorre um repertório de mudanças comportamentais e fisiológicas que podem ser adaptativas ao indivíduo. Por outro lado, quando o eixo HPA é cronicamente estimulado, as modificações podem favorecer o desenvolvimento de patologias, como os transtornos de ansiedade. Alguns fármacos utilizados na clínica para o tratamento de transtornos de ansiedade podem exercer efeitos sobre funções cognitivas, sobre o eixo HPA e sobre a ansiedade. Neste contexto, o objetivo de nosso estudo foi verificar os efeitos da administração i.p. aguda de quatro fármacos, o diazepam (DZP, 2 mg/Kg), a buspirona (BUS, 3 mg/Kg), a mirtazapina (MIR, 10 mg/Kg) e a fluoxetina (FLU, 10 mg/Kg) em camundongos machos submetidos ao estresse agudo por contenção, utilizando a tarefa de esquiva discriminativa em labirinto em cruz elevado, que avalia simultaneamente parâmetros de aprendizagem, memória e ansiedade. Nossos resultados demonstraram que (1) a administração do DZP e da BUS, mas não da FLU, promoveu efeitos ansiolíticos nos animais; (2) a MIR causou efeito sedativo aos animais; (3) durante a sessão de treino, os animais tratados com BUS, MIR e FLU aprenderam a tarefa, por outro lado o grupo DZP demonstrou prejuízo na aprendizagem; (4) na sessão teste, animais tratados com DZP, BUS, e MIR mostraram déficit na discriminação entre os braços fechados, aversivo versus não aversivo, demonstrando um prejuízo na memória, entretanto, animais que receberam FLU não mostraram interferência na evocação dessa memória; (5) o estresse agudo não interfere na atividade locomotora, na ansiedade, nem na aprendizagem da tarefa, mas induz prejuízo na evocação da memória, sendo este prejuízo revertido apenas para o grupo tratado como FLU. Esses resultados sugerem que a administração aguda de fármacos com atividade ansiolítica e antidepressiva não interferem no processo de aprendizagem desta tarefa aversiva, mas prejudicam sua evocação, assim como o estresse agudo de contenção. Contudo, o antidepressivo fluoxetina foi capaz de reverter o déficit de memória promovido pelo estresse agudo, o que pode sugerir que a modulação, mesmo que agudamente da neurotransmissão serotoninérgica, por inibidores seletivos da recaptação desse neurotransmissor, interfere no processo de evocação de uma memória aversiva. Palavras-chave: Memória Aversiva, Aprendizagem, Ansiolítico, Antidepressivo, Estresse Agudo de Contenção, Camundongo. Abstract The physiologist H. Selye defined stress as the nonspecific response of the body to any factors that endanger homeostasis (balance of internal environment) of the individual. These factors, agents’ stressors, are able to activate the HypothalamicPituitary-Adrenal (HPA) axis, thus resulting in the physiological responses to stress by the release of glucocorticoids that leads to psychophysiological changes, including effects on cognitive functions such as learning and memory. When this axis is acutely stimulated occurs a repertoire of behavioral and physiological changes can be adaptive to the individual. Notwithstanding, when the HPA axis is chronically stimulated, changes may favor the development of, such as anxiety disorders. Some drugs used in the clinic for the treatment of anxiety disorders these can exert effects on cognitive function, on the HPA axis and on the anxiety. In this context, the aim of our study was to investigate the effects of administration i.p. acute of diazepam (DZP, 2 mg/kg), buspirone (BUS, 3 mg/kg), mirtazapine (MIR, 10 mg/kg) and fluoxetine (FLU, 10 mg/kg) in male mice submitted to acute restraint stress, and evaluated using plus-maze discriminative avoidance task (PMDAT), which simultaneously evaluates parameters such as learning, memory and anxiety. Our results demonstrated that (1) the administration of DZP and BUS, but not FLU, promoted anxiolytic effects in animals; (2) administration mirtazapine caused sedative effect to animals; (3) in the training session, the animals treated with BUS, MIR and FLU learned the task, on the other hand DZP group showed impairment in learning; (4) in the test session, animals treated with DZP, BUS, and MIR showed deficits in relation to discrimination between the enclosed arms, aversive versus nonaversive arm, demonstrating an impairment in memory, however, animals treated with FLU showed no interference in the retrieval of this memory; (5) acute stress did not interfere in locomotor activity, anxiety, or learning on the learning task, but induced impairment in retrieval memory, and the group treated with FLU did not demonstrated this deficit of memory . These results suggest that acute administration of drugs with anxiolytic and antidepressant activity does not interfere with the learning process this aversive task, but impair its retrieval, as well as the acute restraint stress. However, the antidepressant fluoxetine was able to reverse memory deficits promoted by acute stress, which may suggest that modulation, even acutely serotonergic neurotransmission, by selectively inhibiting the reuptake of this neurotransmitter, interferes on the process of retrieval of an aversive memory. Key words: Aversive memory, Learning, Anxiolytic, Antidepressant, Acute restraint stress, Mice. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ……………………………………………………………………... 10 1.1. Estresse .................................................................................................. 10 1.2. Ansiedade ............................................................................................... 13 1.3. Aprendizagem e Memória ...................................................................... 16 1.4. Estresse, Ansiedade e Memória ............................................................. 18 1.5. Principais fármacos utilizados no tratamento dos Transtornos de Ansiedade....................................................................................................... 19 2. OBJETIVOS ..................................................................................................... 27 2.1. Geral ....................................................................................................... 27 2.2. Específicos ............................................................................................. 27 3. ARTIGO CIÊNTÍFICO....................................................................................... 28 4. CONCLUSÃO GERAL ...................................................................................... 59 5. PERSPECTIVAS .............................................................................................. 60 6. REFERÊNCIAS GERAIS ................................................................................. 61 7. ANEXO.............................................................................................................. 70 1. INTRODUÇÃO 1.1. Estresse Charles Darwin foi pioneiro no entendimento de que populações de animais são formadas por indivíduos que diferem entre si em suas qualidades e limitações, nas quais os mais adaptados ao ambiente em que vivem terão vantagem de sobrevivência sobre os demais, permitindo sucesso reprodutivo e passagem de seus traços genéticos para gerações subsequentes. Nessa linha de pensamento que envolve a seleção natural, torna-se claro que diferentes características selecionadas nos indivíduos proporcionam a utilização de diferentes estratégias, baseadas em respostas ambientais e comportamentais, para melhor lidar com diversas situações, e entre estas, as que culminam em estresse (Korte et al., 2005). As primeiras contribuições para definição do termo “estresse” surgiram na civilização grega, onde os filósofos expressavam pensamentos sobre um equilíbrio ou harmonia como condição necessária para a vida dos organismos, e que, a falta desse aspecto, resultaria em doenças. Em 1859, Claude Bernard, foi o primeiro a explicar formalmente que o meio interno dos organismos não é apenas um veículo para a distribuição de nutrientes ou outras substâncias através do corpo, mas sim, um meio que, em constante comunicação com o meio externo, ameniza as mudanças bioquímicas, fornecendo pontos de ajustes e favorecendo um estado estacionário. Mais tarde, Walter Bradford Cannon (1932) sugeriu o termo “homeostase” como sendo o processo que mantinha os estados fisiológicos estáveis no organismo. A homeostase seria mantida por pontos de ajustes em níveis locais que quando falhos, favoreciam ao aparecimento de patologias. Cannon ainda incluiu na literatura o termo “luta e fuga” para a resposta dos animais às ameaças ambientais, com participação do sistema nervoso simpático, sistema esse que garantiria as condições homeostáticas internas (Moal, 2007; Fink, 2009). Em 1936, Hans Hugo Bruno Selye, considerado o “pai do estresse”, baseado em observações clínicas, verificou que os pacientes com diferentes doenças apresentavam muitos sintomas inespecíficos semelhantes. 10 Juntamente a uma série de experimentos em ratos, Selye descreveu a Síndrome de Adaptação Geral (SAG), a qual foi dividida em três fases: uma fase de alarme, na qual a adaptação a um determinado estímulo nocivo ainda não foi adquirida e onde se caracteriza a resposta de “luta e fuga”; uma fase de adaptação, na qual a adaptação a esse mesmo estímulo é ideal; e uma fase de exaustão, na qual se perde essa adaptação (Selye, 1936). Desta forma, o termo “estresse” foi então definido por Selye (1976) como sendo uma resposta não específica do organismo a quaisquer fatores, somático ou mental, que coloquem em risco a homeostase do indivíduo. Esse mesmo pesquisador foi o primeiro a reconhecer que a estabilidade dos sistemas do corpo frente ao estresse não poderia ser assegurada apenas pela homeostase, e formulou o termo heterostasia para o processo pelo qual um novo estado de equilíbrio do meio interno é alcançado por mecanismos adaptativos (Fink, 2009). Os fatores que perturbam a homeostase de humanos e animais não humanos, os agentes estressores, por muito tempo foram comumente classificados: (1) quanto a sua alta ou baixa intensidade; (2) quanto à sua duração, podendo ser agudos (quando o estímulo é dado de forma única) ou crônicos (quando o estímulo é contínuo ou por um longo período) e (3) quanto à sua característica, podendo ser físicos (vibrações mecânicas, altas ou baixas temperaturas, insulina), químicos (como administração de veneno), psicofisiológicos (como conflito, medo e frustração, por exemplo) e sociais (derrota social, separação maternal, entre outros) (Pacak & McCarty, 2007). Entretanto, por não ser possível uma distinção precisa entre as características desses agentes [por exemplo, o estresse de contenção que foi considerado por Van de Kar e Blair, (1999) como um estressor misto por ter características físicas com forte componente psicofisiológico], a classificação dos estressores se resume quanto a sua percepção psicofisiológica, podendo ser físicos ou psicossociais (Koolhaas et al., 2011). Independente da categorização, a exposição a esses estressores proporciona a resposta fisiológica desencadeada pelo estresse que é mediada principalmente pelo o sistema nervoso autônomo (SNA) e pelo eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal (HPA). Frente à exposição de um estressor, o SNA constitui a resposta fisiológica mais imediata com rápidas alterações de órgãos alvos que são 11 inervados pelas porções simpática e parassimpática desse sistema. A porção simpática estimula a liberação de catecolaminas - adrenalina, principalmente em situações inescapáveis, e noradrenalina, principalmente em situação de atividade física, na medula da glândula adrenal; enquanto a porção parassimpática diminui essa excitação, resultando em uma resposta de curta duração (Ulrich‑La & Herman, 2009; Koolhaas et al., 2011). A ativação do eixo HPA tem início com a estimulação dos neurônios do núcleo paraventricular do hipotálamo (PVN), resultando na secreção de hormônio liberador de corticotropina (corticotropin-releasing hormone - CRH) e vasopressiva (AVP). A hipófise é então estimulada na sua porção anterior a liberar o hormônio adrenocorticotrópico (adrenocorticotropic hormone - ACTH), o qual, por sua vez, estimula a secreção de hormônios esteroides (glicocorticóides) no córtex da glândula adrenal (Sapolsky, 2002), regulando o eixo HPA por meio de feedback negativo. A liberação de glicocorticoides, além de mediar mudanças na resposta ao estresse, é essencial para a resposta adaptativa do organismo, pois gera uma mobilização de substratos necessários para o enfrentamento aos agentes estressores (Sapolsky, 2002; Aguilera, 2011), como a regulação, armazenamento e mobilização de energia através do metabolismo da glicose e alteram a excitabilidade de células nervosas, exercendo exercerem efeito nas funções cognitivas (Lupien & McEwen, 1997). A ação dos glicocorticóides se dá através da sua ligação a dois tipos de receptores específicos amplamente distribuídos em todas as estruturas do sistema nervoso central (Lupien & McEwen, 1997): o receptor de mineralocorticoide (MR), ou tipo I, o qual possui alta afinidade para corticosterona e aldosterona e são parcialmente ocupados com concentrações basais de corticosteroides plasmáticos e totalmente ocupados em altas concentrações destes; e o receptor de glicocorticoide (GR), ou tipo II, o qual possui uma menor afinidade para corticosterona e uma afinidade menor ainda para aldosterona e são apenas ocupados com altas concentrações de corticosteroides plasmáticos (Pavlides et al., 1995). Enquanto esse eixo é ativado agudamente, seja por aumento de vigilância, medo ou ansiedade em um ambiente que oferece uma ameaça, as 12 modificações fisiológicas são adaptativas, preparando o organismo para agir de forma rápida e eficiente. Entretanto, se ao cessar a ameaça e o estado comportamental persistir, juntamente à alteração nos circuitos neuronais, ativando esse eixo de forma crônica, as modificações fisiológicas podem ser prejudiciais, resultando em fadiga, miopatias, hipertensão, imunossupressão, infertilidade, desordens gastrointestinais, possibilitando alterações cognitivas e comportamentais negativas, além de favorecer o aparecimento de estados patológicos como, por exemplo, os transtornos de ansiedade (Chrousos, 1998; McEwen, 2000; 2012). 1.2. Ansiedade Ansiedade pode ser definida como o estado emocional desagradável para o indivíduo envolvendo espera por uma ameaça aversiva não real, com desconforto somático como taquicardia, sudorese e tremores, juntamente a relatos de angústia, apreensão e medo. Sob o ponto de vista biológico, a ansiedade teria raízes nas estratégias de defesa dos mamíferos com grande valor adaptativo e seria desencadeada por situações onde o perigo é apenas potencial, vago e obscuro. Entretanto, em humanos, quando os sintomas acima mencionados impedem a realização de atividades rotineiras, envolvem grau de sofrimento ou ainda são recorrentes durante tempo considerável do dia, há a caracterização clínica dos Transtornos de Ansiedade (Blanchard et al., 1990; Graeff, 2005; Banaco & Zamignani, 2004). Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais – DSM V (APA, 2013), são tipos de transtornos de ansiedade: transtorno de ansiedade de separação que caracteriza-se pela experimentação de ansiedade excessiva em função do afastamento de casa ou de figuras de vinculação; transtorno de pânico que caracteriza-se por episódios de medo intenso; agorafobia que caracteriza-se por uma perturbação antecipatória de mal-estar; fobia específica que caracteriza-se pelo medo persistente a um determinado objeto ou circunstância; transtorno de ansiedade social (fobia social) que caracteriza-se pela vivência exagerada e persistente de ansiedade pela exposição a pessoas estranhas ou a possível zombaria de terceiros; 13 transtorno de ansiedade generalizada que caracteriza-se pela presença de preocupações excessivas e incontroláveis sobre diferentes aspectos da vida; transtorno de ansiedade induzido por substância que caracteriza-se pela ansiedade decorrente de efeitos fisiológicos de uma substância; transtorno de ansiedade associado a outra condição médica que caracteriza-se pela consequência fisiológica direta de uma condição médica geral e transtorno de ansiedade sem outra especificação que engloba transtornos com ansiedade proeminente ou esquiva fóbica que não satisfazem os critérios para qualquer transtorno de ansiedade específico. Os diferentes tipos de transtornos de ansiedade são bastante recorrentes na população mundial. Lepine (2002) descreve que nos Estados Unidos, um em cada quatro indivíduos relata ocorrência de pelo menos um episódio de algum transtorno de ansiedade durante a vida. No Brasil, ainda são poucos os dados epidemiológicos acerca do assunto, no entanto, Almeida-Filho e colaboradores (1997), em um estudo na região metropolitana das cidades de São Paulo, Brasília e Porto Alegre, relataram a prevalência de transtornos de ansiedade em 6,9%, 12,1% e 5,4% dos indivíduos, respectivamente. Entretanto, estudo recente aponta um aumento da ocorrência desses transtornos. Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, cerca de 20% da população sofre de algum tipo de transtorno de ansiedade, sendo correlacionado com o rápido crescimento da cidade e o aumento da violência, trazendo fortes sentimentos de insegurança aos indivíduos (Andrade et al., 2012). Cada transtorno de ansiedade possui suas peculiaridades, mas todos estão ligados ao medo exacerbado, perda de controle, nervosismo e pensamentos negativos (Brody et al., 2006). O processamento emocional, sobretudo os relacionados ao medo e ansiedade, envolve áreas encefálicas do sistema límbico, sendo a amígdala a estrutura responsável pelo início da adequada resposta comportamental aos estímulos externos emocionais (Martin et al., 2010). O aumento da atividade em regiões de processamento da emoção no cérebro de pacientes que têm algum tipo de transtorno de ansiedade pode ser um possível resultado: (1) da diminuição da sinalização inibitória pelo ácido gama-amino-butírico (GABA); (2) aumento da neurotransmissão excitatória pelo glutamato, (3) aumento ou 14 diminuição da ação monoaminérgica, responsável por exercer regulação sobre o funcionamento emocional, já que as monoaminas se relacionam com quase todas as estruturas límbicas e (4) hiperatividade ou hipoatividade regulatória do eixo HPA (Yehuda, 2002; Graeff, 2005; Teixeira et. al., 2000; Martin et al., 2010). Desta forma, estresse e medo, sem desconsiderar fatores individuais como predisposições genéticas, contribuem para a ocorrência de desequilíbrios neuroquímico e neuroendócrino, que podem levar ao desenvolvimento dos transtornos de ansiedade, comprometendo os indivíduos (Harvey & Shahid, 2012). Neste contexto, apesar de certas manifestações associadas à ansiedade serem exclusivamente humanas, componentes básicos dessa condição, principalmente somáticos e autonômicos, podem ser investigados em estudos com animais em laboratório, representando um bom modelo para investigação da neurobiologia da ansiedade. Um dos modelos comportamentais mais usados para esse fim é o labirinto em cruz elevado (Elevated Plus- Maze - EPM), padronizado tanto para rato (Pellow et al., 1985) quanto para camundongo (Lister, 1987). No EPM, os animais exploram livremente dois braços abertos e dois braços fechados. A passagem pelos braços abertos e o tempo de permanência nestes, está relacionada com comportamentos de ansiedade, já que a administração de fármacos ansiolíticos aumenta a exploração nesse braço e a administração de fármacos ansiogênicos diminui essa exploração pelos animais. Medidas etológicas também são avaliadas nesse aparato, incluindo uma variedade de ações específicas que revelam mensurações adicionais da ansiedade como, por exemplo, a avaliação de risco (risk assessment), usada pelos animais para obter informações sobre o ambiente em que se encontram e para tomada de decisão (Pellow, 1985; Lister, 1987; Hogg, 1996). Posteriormente, o Labirinto em Cruz elevado modificado (Plus-Maze Discriminative Avoidance Task – PMDAT), apresentando em um dos braços fechados um estímulo aversivo composto por uma luz e um som (braço aversivo) acionados todas as vezes que o animal entra nesse braço, possibilitando a mensuração também de medidas de aprendizagem e memória (Silva e Frussa-Filho, 2000). 15 1.3. Aprendizagem e Memória A aprendizagem é o processo pelo qual novas informações podem ser armazenadas como traços de memórias recuperáveis, através de uma mudança na excitabilidade dos circuitos neurais, reforçando as sinapses já existentes ou formando novas, contribuindo para um maior e mais complexo arranjo comportamental (Schmidt, 1995). Já a memória, é um processo medido através de mudanças comportamentais algum tempo após a aprendizagem. É um atributo multifacetado de todos os animais e pode ser encontrada tanto em organismos mais simples quanto em espécies de animais filogeneticamente mais complexos. Pode ser definida como a capacidade do indivíduo em receber, reter e evocar informações, envolvendo todos os tipos de atividades comportamental ou fisiológicas relacionadas à vida desse indivíduo como a reprodução, a busca por alimentos, reconhecimento de predador, homeostase, imunidade, entre outros (Kometiani et al., 1982; Brenner et al., 2006; Markowitsch & Staniloiu, 2011). Diversos são os sistemas de classificação de memória. Por exemplo, em relação ao tempo de retenção, as memórias que podem ser recordadas por até poucos minutos são classificadas como de curto-prazo, enquanto as que podem ser recordadas por horas e até anos são classificadas como de longo prazo (Squire & Zola, 1996; Eichenbaum, 2000; Tulving, 2001 e 2002). A memória de longo prazo pode ser dividida em relação à dependência ou não de evocação consciente, consistindo em memórias declarativas e não declarativas, respectivamente (Squire & Zola, 1996). No entanto, estudos envolvendo o hipocampo, estrutura que medeia à aprendizagem e a formação de novas memórias declarativas, demonstram que novas memórias podem ser formadas independentes da consciência do indivíduo (Henke et al., 2003a e 2003b; Degonda et al., 2005). Desta forma, diferentes modelos para a classificação de memórias estão sendo propostos, como por exemplo, baseado na operação de processamento envolvida (Henke, 2010). Vários estudos propõem um processo de evolução da memória ao longo de milhões de anos, apontando para sistemas de processamentos e 16 armazenamento de informações diferentes para as espécies (Kometiani et al., 1982; Markowitsch & Staniloiu, 2011). Para os mamíferos, uma das teorias seria o sistema de memória em paralelo, lidando com três hipóteses de sistemas neurais. Cada sistema possui uma estrutura central (hipocampo, estriado dorsal ou amígdala) e as conexões aferentes e eferentes dessas estruturas, as quais recebem as mesmas informações, diferindo, porém no seu processamento e armazenamento. Entretanto, esses sistemas interagem entre si e influenciam diretamente uns aos outros. A interação pode ser cooperativa, quando resulta em um mesmo comportamento, ou competitiva, quando resulta em comportamentos diferentes (White & McDonald, 2002). Apesar de várias áreas cerebrais estarem envolvidas com o processamento de vários tipos de memórias, o hipocampo tem um papel fundamental na formação de memória declarativa, pois mudanças na eficiência sináptica nessa região permite um fortalecimento na comunicação entre neurônios alcançada através da potenciação de longa duração (Long-term potentiation – LTP), demonstrada pelos pesquisadores Bliss e Lomo (1973). O processo de LTP consiste na estimulação de um axônio pré-sináptico produzir um aumento na magnitude da resposta de um neurônio pós-sináptico, através da excitação glutamatérgica de receptores NMDA, com manutenção duradoura dessa estimulação. Esse aumento pode durar algumas horas, vários dias ou mesmo meses e contribui para a plasticidade sináptica, ou seja, a capacidade das sinapses químicas se tornarem estáveis e serem facilitadas, ocorrendo sincronia entre os neurônios, mas podendo ser reguladas (Lynch, 2004). A memória é considerada um processo com vários estágios. O primeiro é a aquisição, nesse período a atenção e integração sensorial são essenciais para que a informação seja devidamente adquirida. Após esse evento, ocorre o evento da retenção, período que serve para reforçar a consolidação do traço de memória a ser formado. No evento de consolidação, dinâmico e de longo prazo, a memória é fixada (aprendida), mas passível de interferências por eventos externos. A evocação é o evento onde há a recuperação desse traço de memória, importante, entre outros fatores, para a elaboração de estratégia comportamental adequada. Essa memória pode ainda 17 ser esquecida, ou seja, apagada ou mascarada por outras informações, bem como pela ação de fármacos e do estresse (Lupien & McEwen, 1997). 1.4. Estresse, Ansiedade e Memória A influência emocional sobre a aprendizagem e memória, principalmente em relação aos efeitos da ansiedade e estresse, são amplamente investigados. Atenção, motivação, vigília e também a ansiedade são mecanismos cognitivos que modulam o processo mnemônico. Embora seja geralmente reconhecido que um evento é “melhor” lembrado quando relacionado a aspectos emocionais (Schwabe et al., 2010), esse tipo de memória tanto pode estar sujeita a falhas, quanto mudar ao longo do tempo ou ainda ser influenciada por novos eventos (Mechanic et al., 1998). Como mencionado anteriormente, o papel da amígdala na excitação emocional parece fornecer uma modulação sobre os processos cognitivos e de memórias emocionais, reforçando a abordagem dos sistemas múltiplos de memória (Packard, 2009). Apesar da amígdala não parecer ser o local específico de armazenamento de memórias com caráter aversivo (Ribeiro et al., 2011), esta tem importante função na regulação e na consolidação de memórias por enviar projeções diretas ao hipocampo (Lynch, 2004). O hipocampo, outra estrutura relacionada ao sistema límbico, além de estar envolvido com memória episódica, também é importante para a detecção de alterações espaciais no ambiente (Barbosa et al., 2012). Juntos, hipocampo e amígdala exercem regulação do eixo HPA. O hipocampo inibe esse eixo através de fibras aferentes glutamatérgicas que partem do subiculum para o núcleo do leito da estria terminalis (bed nucleus of stria terminalis – BNST). Desse núcleo, agora as fibras gabaérgicas, chegam ao PVN. Desta forma, quando o hipocampo é ativado, o hipotálamo é inibido. Em contraste, a amígdala excita o eixo HPA através de projeções para o BNST e deste para os PVN. Assim, o BNST pode ser considerado a maior via extrahipotalâmica de entrada - inibitória e excitatória – ao eixo HPA (Forray & Gyslin, 2004). 18 O tipo de estresse, sua intensidade e duração, bem como os hormônios liberados em sua resposta, também podem influenciar a ansiedade, aprendizagem e a memória, ainda que os resultados sejam muito controversos. Alguns autores relataram aumento (Mendonça & Guimarães, 1998; Padovan et al., 2000; Padovan & Guimarães, 2000; Busnardo et al., 2013) ou nenhum efeito (Padovan & Guimarães, 2000) do estresse na ansiedade; bem como efeitos benéficos do estresse sobre a memória (Nater et al., 2007; Schwabe et al., 2008), enquanto que outros demonstraram prejuízos mnemônicos (Elzinga et al., 2005; Kim et al., 2001). Nos últimos anos tem sido demonstrado que o estresse não somente afeta a intensidade e o tempo de aquisição de uma nova memória, mas também a forma como esta memória é aprendida ou evocada (Kim et al., 2001; Schwabe et al., 2007). Sabe-se que o estímulo estressor irá exercer sua ação principalmente através de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) e dos glicocorticóides através de seus receptores (tipo I e tipo II). Os receptores tipo II estão distribuídos amplamente pelas estruturas do sistema nervoso central (Schwabe et al., 2010). O sistema límbico conta com a presença dos receptores tipo I, mais densamente concentrados no hipocampo (Lupien & McEwen, 1997). Modelos animais têm sido propostos para estudo dos efeitos neurofisiológicos de diversos agentes estressores na memória e ansiedade. O modelo de indução de estresse por contenção consolidou-se na literatura como um método prático e eficiente para se estudar as respostas comportamental, bioquímica e neurofisiológica em roedores. É amplamente descrito que a indução aguda de estresse por contenção mimetiza os parâmetros etológicos de resposta ao estresse nos animais, promovendo ativação do SNA e do eixo HPA e aumentando, consequentemente, os níveis de glicocorticóides (Buynitsky & Motofsky, 2009). 1.5. Principais fármacos utilizados no tratamento dos Transtornos de Ansiedade 19 Como já descrito, estudos pré-clínicos e clínicos têm demonstrado múltiplas causas para os transtornos de ansiedade, como hiperatividade funcional das regiões límbicas, especialmente amígdala; incapacidade das regiões corticais para normalizarem a resposta límbica aos estímulos; interrupção de neurotransmissão monoaminérgica e sinalização neuroendócrina; e hiperatividade do eixo HPA devido à longa exposição a agentes estressores (Martin et al., 2010). O que leva a uma ampla margem de ação terapêutica. A maioria dos fármacos ansiolíticos e antidepressivos, utilizados como intervenções farmacológicas para o tratamento dos transtornos de ansiedade, apesar de já exercerem ação após administração aguda, apenas apresentam seus efeitos terapêuticos após tratamento contínuo, sendo esse efeito crônico o mais investigado e relacionado com alterações nos processos cognitivos. Exemplos de drogas descritas como eficazes no tratamento desses transtornos incluem benzodiazepínicos (como o Diazepam); agonistas parciais de receptor 5-HT1A serotoninérgicos (como a buspirona); antidepressivos atípicos com ação noradrenérgica e serotoninérgica (como a mirtazapina); inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) (como a fluoxetina), entre outros (Baldwin & Garner, 2008). No início da década de 1970, os derivados benzodiazepínicos começaram a ser utilizados. Estes fármacos apresentam efeitos ansiolíticos e podem fornecer alívio agudo aos sintomas de alguns transtornos de ansiedade, apesar do grande potencial de desenvolvimento de tolerância fisiológica, dependência e sedação (Kodish et al., 2011). O diazepam (DZP), um derivado benzodiazepínico, é frequentemente prescrito para o tratamento de sintomas de ansiedade por facilitar a ação do GABA, principal neurotransmissor inibitório do cérebro de mamíferos adultos, através do influxo de cloreto (Muñoz-Torres et al., 2011). Seus níveis séricos máximos são alcançados entre 30 minutos a 8 horas depois da administração com meia-vida de 20 a 90 horas (Cordioli et al., 2010). Seu mecanismo de ação inclui principalmente atuação sobre os receptores GABAA. A subunidade alfa-1 desses receptores parece ser responsável pelos efeitos sedativos e a alfa-5 pelos efeitos amnésicos relacionados aos benzodiazepínicos, pelo seu efeito modulador sobre as 20 projeções monoaminérgicas do núcleo da rafe e do locus coeruleus. Por outro lado, a subunidade alfa-2, parece ser responsável pelos efeitos ansiolíticos (Fritschy & Mohler, 1995). Os efeitos da administração do DZP em ratos já foram investigados no labirinto em cruz elevado, promovendo em doses agudas baixas (Pellow, 1985) e altas (Sorregotti, 2013) efeito ansiolítico. Além da avaliação etológica, nesses mesmos estudos, demonstrarem a diminuição da frequência da avaliação de risco pelos animais. A relação do DZP com o eixo HPA ainda é controversa. Um estudo em roedores com administração aguda de DZP na dose de 10 mg/Kg foi capaz de aumentar a atividade desse eixo, evidenciado pelo aumento da secreção de ACTH e corticosterona (Vargas et al., 2001). Já uma baixa dose de DZP (1mg/Kg) demonstrou aumento nos níveis de glicocorticóides em roedores machos, mas não demonstrou essa alteração em machos estressados (Matheson et al., 1988). Já em fêmeas, a mesma dose demonstrou uma inibição do eixo HPA, com consequente redução dos níveis de ACTH e corticosterona (Strac, et al., 2012). Em relação à memória e aprendizagem, já são bem elucidados os efeitos amnésicos indesejáveis evidenciados na prática clínica e em modelos animais por esse fármaco. Orzelska (2013) relatou prejuízo na aprendizagem e memória de camundongos submetidos à administração aguda de DZP em uma modificação do labirinto em cruz elevado. Assim, como também foi demonstrado um prejuízo na memória de ratos tratados por quatro dias com 2 mg/Kg de DZP quando submetidos à tarefa do labirinto aquático de Morris, ocorrendo aumento de latência e da distância para encontrar a plataforma (Joksimovic et al., 2013). Esses resultados acerca da modulação da memória podem ocorrer devido à localização de receptores benzodiazepínicos no septo medial, amígdala e hipocampo, que como já mencionado, são estruturas envolvidas na formação de novas memórias (Abel & Lattal, 2001). No fim da década de 60 iniciou-se uma ampla investigação sobre o papel da serotonina (5-HT) na ansiedade. Atualmente sabe-se que o sistema serotonérgico, além de estar relacionado com nocicepção e termorregulação, 21 quando é hiperativado pode estar envolvido com o desenvolvimento de transtornos depressivos e de ansiedade, tanto em roedores como em humanos (Graeff 2002; Hata et al., 2001). Deakin e Graeff (1991) propuseram três sistemas serotoninérgicos para o controle das respostas comportamentais a estímulos aversivos. A primeira via trata-se da dorsal da rafe responsável pelo comportamento de congelamento frente a eventos de luta ou fuga. Uma disfunção serotoninérgica nessa via é relatada ser responsável pela estimulação desenfreada do sistema nervoso simpático e comportamento de transtorno de pânico. A segunda via parte do núcleo dorsal da rafe e chega à amígdala, hipocampo e córtex préfrontal, e tem o objetivo de facilitar a avaliação do estímulo aversivo e prevenção deste. Anomalias nessa via estão relacionadas com transtornos de ansiedade. A terceira via, medial da rafe se projetando para o septohipocampal, está relacionada com a resiliência e tolerância ao estresse crônico e disfunção de serotonina nessa via é relevante para a depressão. A 5-HT desempenha importante papel nos processos cognitivos através de ações de neuromoduladores no córtex (Deakin et al., 2004). Alteração no repertório comportamental também é evidenciada pela liberação de 5-HT no hipocampo na presença de eventos estressores, facilitando a tolerância e habituação ao estresse (Netto, 2002). Até o momento, 14 subtipos de receptores de serotonina foram identificados no cérebro de mamíferos. Mas a atenção tem se concentrado nos subtipos 5HT1A e 5HT2A, por responderem a todos os tipos de antidepressivos, incluindo os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) (Graeff, 2002). A buspirona (BUS) é um agonista parcial de um tipo específico de receptor serotoninérgico: o 5-HT1A, que são autorreceptores pré-sinápticos presentes nos núcleos da rafe, ou receptores pós-sinápticos localizados no hipocampo, amígdala e outras áreas do sistema córtico-limbico. A ativação desses receptores resulta na abertura de canais de K + que provocam hiperpolarização e, dessa forma, agem como reguladores da transmissão sináptica (Hata et al., 2001). A ação desse fármaco é mais lenta no início do tratamento, porém possui a vantagem de não promover sedação, dependência 22 ou efeito de retirada. A sonolência é o principal efeito indesejado descrito pelos pacientes que o utilizam (Nutt, 1990) e é indicado na prática clínica como potencializador dos ISRS. Possui um pico de concentração plasmática cerca de 1,5 h após a administração aguda oral com meia vida entre 2 e 3 horas (Cordioli et al., 2010). A interação da buspirona com o eixo HPA parece ocorrer através dos receptores 5-HT1A nas vias neuronais serotonérgicas que exercem um efeito modulador sobre o eixo (Fuller, 1991). A administração aguda de buspirona promove um efeito facilitador do eixo HPA, aumentando os níveis de corticosterona circulante em ratos estressados (Matheson et al., 1988) e de cortisol em pacientes com depressão (Maes et al., 1996). Estudos também têm demonstrado influência da buspirona em vários modelos animais de medo e ansiedade e relatam efeito ansiolítico da buspirona tanto em tratamentos agudos quanto crônicos (Majercsik et al., 2003; Brodkin et al., 2002). Em animais adrenalectomizados, o efeito ansiolítico da buspirona não é mais visualizado (López-Rubalcava et al., 1999), mostrando a relação existente entre o efeito ansiolítico desse fármaco e o eixo HPA. No entanto, alguns autores sugerem que injeção pós-estresse de agonistas de receptores 5-HT1A são capazes de atenuar as consequências comportamentais do estresse. Os resultados sugerem que o aumento de ativação desses receptores melhora a tolerância ao estresse (Guimarães et al., 1993; Padovan & Guimaraes, 1993). Em relação à aprendizagem e memória, a ação da buspirona ainda é contraditória, variando conforme a escolha do delineamento experimental e da tarefa comportamental escolhida. Seu efeito negativo foi demonstrado quando a administração de buspirona (1 mg/Kg e 2 mg/Kg) prejudicou o desempenho quando administrada 30 min antes do treino ou teste da tarefa de esquiva passiva, aumentando o número de entradas no compartimento aversivo. Já quando a buspirona (2 mg/Kg) foi administrada 30 min antes do primeiro treino, também ocorreu déficit na aquisição da tarefa espacial no labirinto aquático de Morris, aumentando a latência para encontrar a plataforma submersa (Rowan et al., 1990). Por outro lado, Rapanelli (2013), não constatou nenhum efeito da administração de buspirona (1 mg/Kg e 10 mg/Kg) em relação a memória no teste de condicionamento operante. 23 Os ISRSs estão entre os fármacos mais comumente prescritos no tratamento dos transtornos de ansiedade e humor e a fluoxetina é um dos fármacos mais utilizados atualmente na clínica. A fluoxetina (FLU) age bloqueando a bomba de recaptação pré-sináptica, elevando assim os níveis de 5-HT na fenda sináptica, estimulando os autorreceptores 5HT1A do núcleo da Rafe. A elevação dos níveis desse neurotransmissor ocorre primeiramente na região somatodendrítica, onde há a presença desses receptores. No entanto, seu uso recorrente provoca down regulation nos neurônios serotoninérgicos e dessensibilização dos auto-receptores 5HT1A, resultando em uma descarga de 5-HT que resulta em uma normalização da atividade serotoninérgica (Stahl, 2000). A fluoxetina ainda age indiretamente sobre o subtipo 5-HT2 (Silva & Brandão, 2000). Seus níveis séricos máximos são alcançados de 6 a 7 horas, com meia vida de 1 a 3 dias após a administração aguda oral (Cordioli et al, 2000). Os efeitos da FLU sobre a atividade do eixo HPA é relatada na literatura pela diminuição nos níveis de cortisol em pacientes depressivos tratados com 20 mg desse fármaco por dia durante oito semanas (Jazayeri et al., 2010). Entretanto, estudo recente relatou esse mesmo resultado com apenas duas semanas de tratamento (Piwowarska et al., 2012), juntamente à diminuição dos sintomas depressivos. A influência desse fármaco sobre a ansiedade ainda é contraditória. Sun e colaboradores (2013) demonstraram que ratos isolados socialmente por 6 semanas e tratados com fluoxetina durante 3 semanas, quando submetidos ao teste de alimentação suprimida pela novidade, demonstraram comportamento ansiolítico, mas não demonstraram efeito sobre a depressão nesse mesmo protocolo quando submetidos ao teste de nado forçado. A fluoxetina administrada por 4 semanas em animais submetidos por estresse de contenção durante 2h/5dias/4semanas promoveu efeito panicolítico no teste de labirinto em T elevado, com diminuição da latência de fuga dos braços abertos para o braço fechado, mas não mostrou efeito na exploração dos braços abertos no labirinto em cruz elevado quando comparado com animais do grupo controle (Lapmanee et al., 2013). Quanto a sua administração aguda, muitos autores sugerem efeito ansiogênicos desse fármaco nas doses de 5 mg/Kg e 24 10 mg/Kg no labirinto em cruz elevado, com diminuição da %TAB e aumento nos parâmetros de avaliação de risco (Drapier et al., 2007; Robert et al., 2011) e redução de interação social, diminuindo esse fator (Andó et al., 2010). Em relação aos processos mnemônicos, já foi demonstrado que uma administração por quatro semanas de fluoxetina 0,7 mg/kg em ratos não afetou a aprendizagem e memória quando testados no labirinto aquático de Morris. Entretanto, ocorreu déficit da memória de longo prazo, porque os animais testados 17 dias após o treino aumentaram a latência para encontrar a plataforma. Esse prejuízo foi revertido quando os animais passaram por uma retirada de 6 semanas da fluoxetina, antes das sessões treino e teste, para avaliar a memória de curta e longa duração (Ampuero et al., 2013). Por outro lado, a administração de fluoxetina 10 mg/kg em ratas durante 4 semanas também promove alteração da aprendizagem e da memória quando os animais são submetidos ao labirinto em cruz elevado modificado, como também melhora o padrão de extinção de uma memória aversiva em roedores (Melo et al., 2012). Os demais receptores para 5-HT, que não os do tipo 5-HT1A, e as demais monoaminas, que não a 5-HT, também parecem influenciar os níveis de ansiedade. Assim, são utilizados na clínica fármacos antidepressivos atípicos, como a mirtazapina. Esse fármaco possui dois principais mecanismos de ação, o primeiro envolve a ação antagonista sobre os receptores alfa-2adrenérgicos nos neurônios pré-sinápticos serotoninérgicos e noradrenérgicos. E o segundo mecanismo seria através do antagonismo sobre os receptores 5HT2 e sobre os receptores e 5-HT3 (de Boer et al., 1996), assim, ocorreria a estimulação da transmissão serotoninérgica via 5-HT1A, além da transmissão noradrenérgica. A sedação e o aumento de apetite estão entre os efeitos adversos descritos pelo uso desse fármaco (Kodish et al., 2011). Seus níveis séricos máximos são alcançados em até 2 horas após a administração aguda oral, com meia vida média de 21,5 horas (Cordioli et al., 2000). A mirtazapina (MIR) parece inibir o eixo HPA. Em experimentos realizados com pacientes depressivos que passaram pelo tratamento com mirtazapina com 15 mg ou 30 mg por 1, 3, ou 4 semanas foi observado uma 25 redução nas concentrações de cortisol (Schule et al., 2006; Scharnholz et al., 2010). Mais recentemente foi descrito que a inibição ao eixo HPA pode ser visualizada com uma única administração desse fármaco, já que uma dose de 15 mg, em pacientes saudáveis, levou a uma diminuição das concentrações de ACTH (Suzuki et al., 2012). Estudos demonstram que além da ação ansiolítica ou não desse fármaco (Kakui et al., 2009), seu uso também promove um aumento dos níveis de noradrenalina e 5-HT em regiões cerebrais relacionadas a processos cognitivos, como por exemplo, o hipocampo (de Boer et al., 1996). Assim, Andrews e colaboradores (1997) demonstraram que o uso de MIR em ratos submetidos a um tipo de autocondicionamento (Pavlovian autoshaping task) promove um déficit na aquisição da aprendizagem. Melo e colaboradores (2012) observaram que mesmo esse fármaco cronicamente não interferindo na aprendizagem e memória de roedores submetidos à esquiva discriminativa em labirinto em cruz elevado, houve uma falha na extinção dessa memória aversiva. Ademais, em humanos, foi demonstrado que o tratamento com MIR durante 2 ou 6 semanas, melhora a função de memória em pacientes com estresse pós traumático (Chung et al., 2007). Assim, é evidente que ainda é contraditório na literatura a influência positiva ou negativa desses fármacos sobre o eixo HPA, a ansiedade e as funções de aprendizagem/memória, sempre variando conforme o protocolo utilizado, a dose do fármaco escolhida, o tipo de tratamento (agudo ou crônico) e a tarefa comportamental realizada. 26 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos da administração aguda de fármacos ansiolíticos e antidepressivos no desempenho de camundongos machos submetidos ao estresse agudo de contenção, utilizando a tarefa de esquiva discriminativa em labirinto em cruz elevado modificado (PMDA). 2.2. Objetivos Específicos Verificar os efeitos da administração dos fármacos ansiolíticos diazepam e buspirona e antidepressivos, mirtazapina e fluoxetina, na ansiedade, aprendizagem e memória de camundongos machos; Analisar parâmetros etológicos de avaliação de risco. 27 3. ARTIGO: FLUOXETINE (BUT NOT OTHER ANTIDEPRESSANTS OR ANXIOLYTICS) REVERSE AVERSIVE MEMORY DEFICITS INDUCED BY ACUTE STRESS IN MICE. Aline Lima Dierschnabel, Ana Paula Nascimento de Lima, Ezequiel Batista do Nascimento, Regina Helena da Silva, Alessandra Mussi Ribeiro*. Laboratory of Memory Studies, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brazil *Corresponding author: Alessandra M Ribeiro Laboratory of Memory Studies, Department of Physiology Universidade Federal do Rio Grande do Norte Av. Salgado Filho, s/n - Caixa Postal 1511 - CEP 59078-970 - Natal, RN, Brazil fax: (55) 84 3211 9206 e-mail: [email protected] List of abbreviations: % TOA – percentage of total time spent in the open arms %TAV – percent time spent in aversive arm 5-HT – serotonin ACTH – adrenocorticotropic hormone AV – aversive enclosed arm AVP – vasopressin BUS – buspirone DZP - diazepam HPA – hypothalamic-pituitary-adrenal axis MIR – mirtazapine NA – noradrenaline NAV – non-aversive enclosed arm OA – open arms OA – two open arms PHD – protected head dipping PMDAT – plus-maze discriminative avoidance task PVN – paraventricular nucleus of the hypothalamus SAL - Saline SAP – stretched attend postures SSRIs – selective serotonin reuptake inhibitors STR - Stress UHD – unprotected head dipping 28 Abstract: Stressful events activate the Hypothalamic-Pituitary-Adrenal (HPA) axis, which represents part of the physiological responses to stress. When this axis is acutely stimulated, a repertoire of adaptive behavioral and physiological changes occurs in the individual. On the other hand, when the HPA axis is chronically stimulated, harmful psychophysiological changes may occur, including impairment in cognitive functions (e.g. in learning and memory) and the development of psychiatric diseases (e.g. anxiety disorders). Some anxiolytic agents used in clinical practice for the treatment of anxiety disorders can affect cognitive function and the activity of HPA axis. The aim of our study was to investigate the effects of acute intraperitoneal administration, 30 minutes before session training, of diazepam (DZP, 2 mg / kg), buspirone (BUS, 3 mg / kg), mirtazapine (MIR, 10 mg / kg) and fluoxetine (FLU, 10 mg / kg) in male mice submitted or not to acute restraint stress, using the plus-maze discriminative avoidance task (PMDAT). A task that simultaneously evaluates learning, memory and anxiety parameters. Our results demonstrated that animals treated with BUS, MIR and FLU learned the task. However, DZPtreated group showed impaired learning. Acute restraint stress induced impaired retrieval and only the treatment with fluoxetine was able to counteract this impairment. Furthermore, DZP and BUS induced anxiolytic effects, as shown by the increased percentage of time spent in the open arms and change in risk assessment behavior during training. FLU had no effects on anxiety. These results suggest that acute administration of drugs with anxiolytic and antidepressant activity does not necessarily interfere with the learning process in this aversive task, but as acute restraint stress impair its retrieval. However, the antidepressant fluoxetine reversed memory deficits promoted by acute stress, which may suggest a modulatory role of serotonin on the process of consolidation of an aversive memory. Key words: Aversive memory, Learning, Antidepressant, Anxiolytic, Acute restraint stress, Mice. 29 1. Introduction Stress is defined as a nonspecific response of the body to any factors, somatic or mental, that endangers the homeostasis of the individual (Selye, 1976). After exposure to a stressor, the body generates a physiological response that is mainly mediated by the hypothalamic-pituitary-adrenal axis (HPA). Ascendant sensory inputs stimulate neurons of the paraventricular nucleus of the hypothalamus (PVN), resulting in the secretion of corticotropinreleasing hormone (CRH) and vasopressin (AVP). Then, the anterior pituitary gland is stimulated, releasing adrenocorticotropic hormone (ACTH), which in turn stimulates the secretion of steroid hormones (glucocorticoids, cortisol in humans and non-human primates and corticosterone in some rodents) by the cortex of the adrenal gland. Finally, these hormones regulate the HPA axis by negative feedback (Sapolsky, 2002). Therefore, the glucocorticoids mediate changes induced by the stress response, as well as they are essential for the adaptive response of the body, because they mobilize substrates necessary for coping with stressors (Sapolsky, 2002; Aguilera, 2011). For example, the stress hormones are related to the regulation, storage and mobilization of energy through glucose metabolism, alter nerve cells excitability and exert effects on cognitive functions (Lupien & McEwen, 1997). When the HPA axis is activated acutely, for example by arousal related to fear or anxiety, the physiological consequences are adaptive, because they prepare the body to act fast and efficiently. However, when the stressor is removed and the altered physiological state persists, an imbalance of the neural circuitry may occur, leading to cognitive and behavioral alterations that can increase the expression of pathological states, such as anxiety disorders (Chrousos, 1998; McEwen 2000, 2012). Anxiety is one of the most prominent psychiatric disorders related to stress, with an estimated 28% lifetime prevalence worldwide (Nishikawa et al., 2004; Kessler et al., 2010). Anxiety disorders are characterized by exacerbated response to an unpleasant emotional state in the absence of immediate threat (Blanchard et al., 1990; Graeff, 2005; Banaco & Zamignani, 2004; Kessler et al., 2010). Clinical anxiety is a heterogeneous syndrome, comprising distinctive 30 pathological conditions such as separation anxiety disorder; panic disorder, agoraphobia, specific phobia, social anxiety disorder (social phobia) and generalized anxiety disorder (APA, 2013). Several drugs are effective for the treatment of these disorders, including benzodiazepines, serotonin 5-HT1A receptor partial agonists, specific noradrenergic and serotonergic antidepressants and selective serotonin reuptake inhibitors (SSRIs) (Baldwin & Garner, 2008). Most of these anxiolytic and antidepressant drugs, which are used as pharmacological interventions for the treatment of anxiety disorders, interfere with the activity of the HPA axis (Busnardo et al., 2013; Sun, 2013; de Boer et al., 1990; Matheson et al., 1988; Schule et al., 2006; Scharnholz et al., 2010; Jazayeri et al., 2010; Piwowarska et al., 2012) and cognitive functions (Li et al., 2012; Smeets, 2011; de Quervain et al., 1998; de Quervain et al., 2000; Orzelska, 2013; Joksimovic et al., 2013; Quartermain et al., 1993; Mendelson et al., 1993; Melo et al., 2012; Hage et al., 2004; Meneses e Hong, 1995). Although effective acute administration has been described, some of these drugs usually present their therapeutic effects after continuous treatment (Baldwin & Garner, 2008). This chronic treatment is the most investigated as regards changes in the cognitive processes. Several studies report on the neurophysiological effects of the various stressors in combination with pharmacological treatments on memory and anxiety features (Sun et al., 2013; Silva & Brandão, 2000; Sorregotti, et al., 2013; Orzelska et al., 2013; Brodkin et al., 2002; Kakui et al., 2009). However, few focused on acute effects of anxiolytic-like drugs specifically on the aversive memory in stressed animals. In the present study, we investigated the effects of acute administration of anxiolytic and antidepressant drugs on the performance of male mice after acute restraint stress. Mice were tested in the plus-maze discriminative avoidance task (PMDAT). Which is an efficient model for evaluating memory and anxiety parameters simultaneously (Silva and FrussaFilho, 2000). 31 2. Materials and methods 2.1. Animals Three-month-old male Swiss mice (35-45g) were housed in a groups of 8 animals, under controlled conditions of temperature (22-25°C), humidity and a 12 h light/12 h dark cycle (lights on 06:30 am), with free access to water and food. All animals were handled in accordance to the Brazilian law for the use of animals in scientific research (Law Number 11.794) and procedures were approved by the local ethical committee (CEUA/UFRN - Nº 034/2012). All efforts were made to minimize animal pain, suffering or discomfort as well as the number of animals used. 2.2. Drugs Diazepam (2 mg/ml/Kg; Santiva, Brazil) was diluted in physiological saline. Buspirone (3 mg/ml/Kg; Torrent, Brazil), mirtazapine (10 mg/ml/Kg; Libbs, Brazil) and fluoxetine (10 mg/ml/Kg; Mendley, Brazil) were diluted in physiological saline containing three drops of Tween 20 per 1 ml. 2.3. Experimental procedure The animals were randomly assigned into two conditions: control condition (Cont) and stress condition (Str). For each condition, the mice received an intraperitoneal (i.p.) injection of saline or one of the drugs: (a) diazepam (DZP), (b) buspirone (BUS), (c) mirtazapine (MIR) or (d) fluoxetine (FLU). Thus, the organization of the groups for conditions and treatments for each experiment was structured as shown in table 1. 32 Table 1: Schematic representation of the distribution of animals/group and number of animals used in each experiment. Groups Experiment with Diazepam (DZP) Experiment with Buspirone (BUS) Experiment with Mirtazapine (MIR) Experiment with Fluoxetine (FLU) Control-Saline (Cont-Sal) Control-Diazepam (Cont-DZP) Stress-Saline (Str-Sal) Stress-Diazepam (Str-DZP) Control-Saline (Cont-Sal) Control-Buspirone (Cont-BUS) Stress-Saline (Str-Sal) Stress-Buspirone (Str-BUS) Control-Saline (Cont-Sal) Control-Mirtazapine (Cont-MIR) Stress-Saline (Str-Sal) Stress-Mirtazapine (Str-MIR) Control-Saline (Cont-Sal) Control-Fluoxetine (Cont-FLU) Stress-Saline (Str-Sal) Stress-Fluoxetine (Str-FLU) N° of animals 8 9 8 9 9 9 8 10 9 9 10 9 8 9 6 9 The doses were chosen based on previous studies (Orzelska et al., 2013; Brodkin et al., 2002; Drapier et al., 2007; Kakui et al., 2009; Melo et al., 2012) that demonstrated the efficacy of these drugs in rodents. Before the beginning of the experiments, all animals were handled for 5 min/day for a period of 5 days. On the 1st day, the animals of the stress condition were submitted to a single session of restraint stress for 1 hour while the animals in the control condition remained in their home cages. At the end of restraint or at the corresponding time-point the that groups, mice were injected with saline or drug, and 30 minutes later each animal was submitted to the training session (10 min) of the plus-maze discriminative avoidance task (PMDAT). On the 2nd day, 24 hours after training, the animals were re-exposed to the apparatus in the test session (10 min) (Figure 1). All behavioral tests started at 7:00 a.m. and after the test session, each animal was decapitated and blood samples were collected for determination of plasma corticosterone levels. 33 Figure 1: Schematic representation of the experimental design. 2.4. Restraint stress Animals were submited to a 1-hour period (from 7:00 to 8:00 a.m.) of restraint stress. The procedure of stress used was performed according to the methods described previously (Harada et al., 2008; Stroth & Eiden, 2010; Li et al., 2012;). Animals were placed an acrylic tube (14 cm x 7 cm). That contained a 0.3 cm hole in one of the extremity where the head of the mouse was positioned for breathing. During the stress procedure the animals were kept in a vertical position. After exposure to the stressor the animals were returned to the home cage. Despite of the physical nature of this stress procedure (limited behavioral responses of the animal), this model of restraint has a strong psychophysiological component (inescapable situation) (Van de Kar and Blair, 1999). 2.5. Plus-maze discriminative avoidance task (PMDAT) The apparatus consisted of an elevated plus-maze, made of wood, containing two open arms (OA) (28.5 cm x 7 cm) opposite to two enclosed arms (28.5 cm x 7 cm x 14 cm; an aversive arm (AV, the aversive stimuli were a 100W light and an 80dB noise applied through a speaker placed over the aversive enclosed arm) and a non-aversive (NAV) arm. In the training session, each animal was placed individually in the center of the apparatus, for a period of 10 min, and every time the animal entered the aversive arm the stimuli were produced until the animal left the arm. In the test session (24 hours later), the animals were again placed in the center of the apparatus and allowed to explore it for 10 min, without receiving the aversive stimulation. The lamp and the 34 speaker were still present on the aversive arm, but turned off (Silva & FrussaFilho, 2000). At the end of each behavioral session the apparatus was cleaned with a 5% alcohol solution to avoid olfactory cues. All experimental sessions were recorded by a digital camera place above the apparatus and the behavioral parameters were registered by a videotracking software (Anymaze®, Stoelting, USA). The behavioral sessions were monitored in a computer screen placed in a separate room to avoid any interference caused by the experimenter. Learning was evaluated by comparing the total time spent in the aversive (AV) in relation to the non-aversive enclosed arm (NAV) in the training and test session. The percent of time spent in the aversive arm [%TAV = time in AV/(time in NAV + AV) x 100] was used to assess retrieval of the aversive memory in the test session. The anxiety-like behavior was evaluated by the percentage of time spent in the open arms (OA) [% TOA = time in OA/(time in OA + NAV +AV) x 100]. Moreover, in the training session, the ethological components of risk assessment were evaluated by the parameters: head dipping (frequency of movements of the head toward the floor), divided into protected head dipping (PHD - when performed from the center of the apparatus) and unprotected head dipping (UHD - when performed from the open arms), and stretched attend postures (SAP - defined by the stretching and contraction of the body to its original position without locomotion). Moreover, the locomotor activity of the animals was evaluated by the total distance travelled (m) in the whole apparatus. 2.6. Statistical analyses Data normality of variances were tested by the Kolmogorov-Smirnov test. Analysis of variance (two-way ANOVA) with a post-hoc with Duncan’s test was used for each drug separately to evaluate percent time spent in aversive arm (%TAV) in the test session, percent time spent in the open arms (% TOA) in the training and test sessions, risk assessment parameters in the training session and the total distance traveled in the training and test sessions. 35 Pairwise comparisons between the time spent in AV and NAV arms were performed using the paired-samples Student t-test. Differences were considered statistically significant at p < 0.05. 3. Results 3.1. Learning and Memory 3.1.1. Total time spent in the enclosed arms In the training session, the paired-samples t-tests revealed that all groups treated with saline solution, stressed or not, spent less time in the aversive enclosed arm (AV) in comparison with the non-aversive enclosed arm (NAV) in all experiments, as displayed in figure 2A [Cont-Sal, t(8) = 5.593; p = 0.001 and Str-Sal, t(8) = 5.71; p < 0.001)], figure 2C (Cont- Sal, t(9) = 5.56; p < 0.001 and Str-Sal, t(8) = 2.63; p = 0.03), figure 2E (Cont-Sal, t(9) = 3.10; p = 0.013 and Str-Sal, t(10) = 4.00; p = 0.002) and figure 2G (Cont-Sal, t(8) = 4.95; p = 0.001 and Str-Sal, t(6) = 0; p = 0.001). Mice treated with diazepam, regardless of the condition, did not discriminate the arms in the training session [Cont-DZP, t(9) = 1.74; p = 0.114 and Str-DZP, t(9) = 0.75; p = 0.468)] (Figure 2A). However, the paired-samples t-tests revealed that animals treated with buspirone [Cont-BUS, t(9) = 5.62; p < 0.001 and Str-BUS: t(10) = 4.16; p = 0.002)] (Figure 2C), mirtazapine [ContMIR: t(9) = 7.06; p < 0.001 and Str-MIR, t(9) = 7.15; p < 0.001)] (Figure 2E) and fluoxetine [Cont-FLU, t(9) = 10.26; p < 0.001 and Str-FLU, t(9) = 9:36; p < 0.001)] (Figure 2G), showed a preference fot the NAV compared to the AV. In the test session, all animals of the Cont-Sal groups [Figure 2B: t(8) = 6.00; p< 0.001; Figure 2D: t(9) = 2.35; p = 0.043; Figure 2F: t(9) = 0.35; p = 0.731; and Figure 2H: t(8) = 3.82; p = 0.005] exhibited a preference for the NAV compared to the AV arm. On the other hand, Str-Sal groups did not discriminate the arms [Figure 2B: t(8) = 0.85; p = 0.418); Figure 2D: t(8) = 1.70; p = 0.126; Figure 2F: t(10) = 1.23; p = 0.245; and Figure 2H: t(6) = 1.20 p = 0.275]. Moreover, regardless of the condition, mice treated with DZP [Cont-DZP: t(9) = 36 1.47; p = 0.173 snd Str-DZP: t(9) = 1,37; p = 0,202], BUS [Cont-BUS: t(9) = 0.38; p = 0.708 and Str-BUS, t(10) = 0.54; p = 0.60] and MIR [Cont-MIR, t(9) = 0.35; p = 0.731 and Str-MIR, t(9) = 0.01; p = 0.991] also failed to discriminate between AV and NAV arms (Figure 2B, D and F). On thr contrary, Cont-FLU [t(9) = 2.66; p = 0.026] and Str-FLU groups [t(9) = 2.39; p = 0.040] showed a preference for the NAV when compared to the AV arm (Figure 2H). 3.1.2. Percentage of exploration of aversive enclosed arm (%TAV) in the test session Two-way ANOVA revealed effects of treatment with diazepam and mirtazapine [F(1,38) = 14.87; p < 0.001 and F(1,41) = 6.54; p = 0.015, respectively], but not effects of condition [Figure 3A: F(1,38) = 4.00; p = 0.053 and Figure 3C: F(1,41) = 2.57; p = 0.117] or condition x treatment interaction [Figure 3A: F(1,38) = 3.45; p = 0.072 and Figure 3C: F(1,41) = 2.65; p = 0.112]. Duncan’s post hoc showed increase of %TAV for Cont-DZP, Str-Sal and StrDZP groups compared to Cont-Sal (Figure 3A), and increase of %TAV for ContMIR, Str-MIR and Str-MIR compared to Cont-Sal (Figure 3C). Regarding treatment with buspirone, two-way ANOVA revealed an effect of treatment [F(1,40) = 14.87; p < 0.001], and a marginally significant effects of condition [F(1,40) = 4.00; p = 0.053] and condition x treatment interaction [F(1,40) = 3.45; p = 0.072]. Duncan’s post-hoc showed increased %TAV in Cont-BUS, Str-Sal and Str-BUS groups compared to Cont-Sal. Moreover, increased %TAV in Cont-BUS and Str-BUS compared to Str-Sal was observed (Figure 3B). Two-way ANOVA for the data with fluoxetine revealed condition x treatment interaction [F(1,36) = 4.54; p = 0.041]. Duncan’s post-hoc test showed increased %TAV only in Str-Sal group compared to Cont-Sal group (Figure 3E). 37 Figure 2: Effects of treatment with (A) diazepam (2 mg/Kg), (b) buspirone (3 mg/kg), (C) mirtazapine (10 mg/kg) and (D) fluoxetine (10 mg/kg) in control (Cont) mice or mice submitted to acute restrain stress (Str) at the PMDAT. Data are expressed as mean ± SE for time (s) spent in aversive enclosed arm (AV) compared to the non-aversive enclosed arm (NAV) in the training (A, C, E, G) and test (B, D, F, H ) sessions. *p < 0.05; **p < 0.01; ***p 0.001 (paired-samples t test). 38 Figure 3: Effects of treatment with (A) diazepam (2 mg/Kg), (b) buspirone (3 mg/kg), (C) mirtazapine (10 mg/kg) and (D) fluoxetine (10 mg/kg) in control (Cont) mice or mice submitted to acute restrain stress (Str) of %TAV in test session at the PMDAT. Data are expressed as mean ± SE. *p < 0.05 compared to Cont-Sal; #p < 0.05 compared to StrSal (two-way ANOVA followed by Duncan’s post hoc test). 3.2. Anxiety-like behavior 3.2.1. Percentage spent time in the open arms (%TOA) In the training session, two-way ANOVA revealed an effect of the treatment with diazepam [F(1,38) = 8.84; p = 0.005], but not of condition [F(1,38) = 0.16; p = 0.684] or condition x treatment interaction [F(1,38) = 0.09; p = 0.762]. Duncan’s post-hoc test showed an increase in %TOA of the Cont-DZP group compared with Cont-Sal and Str-Sal groups (Table 2). Also, the analysis of the experiment with mirtazapine revealed an effect of treatment [F (1,41) = 8.00; p = 0.007], but not of condition [F (1,41) = 0.76; p = 0.387] or condition x treatment interaction [F (1,41) = 0.00; p = 0.928]. Duncan’s test showed a decrease in %TOA of the Str-MIR group compared to Cont-Sal. No effects were observed for this parameter in the experiments with buspirone or fluoxetine (Table 2). 39 In the test session, no significant effects of treatment or condition were found for %TOA, indicating the absence of anxiolytic effects by these drugs (Table 2). Table 2: Effects of acute treatment with diazepam (DZP 2 mg/kg), buspirone (BUS 3 mg/kg), mirtazapine (MIR 10 mg/kg) and fluoxetine (FLU10 mg/kg) in relation to %TOA in the plus-maze discriminative avoidance. Diazepam Buspirone Mirtazapine Fluoxetine Cont-Sal Cont-DZP Str-Sal Str-DZP Cont-Sal Cont-BUS Str-Sal Str-BUS Cont-Sal Cont-MIR Str-Sal Str-MIR Cont-Sal Cont-FLU Str-Sal Str-FLU Traning Session 10.90 ± 3.17 26.26 ± 3.26* 10.41 ± 1.82 22.90 ± 7.55 28.55 ± 3.25 21.95 ± 5.54 27.33 ± 4.18 20.08 ± 3.18 34.07 ± 5.40 19.42 ± 6.41 29.21 ± 4.24 # 15.48 ± 3.67 20.13 ± 6.79 14.31 ± 3.26 15.46 ± 5.13 17.30 ± 5.28 Test Session 14.86 ± 2.46 23.99 ± 4.80 25.36 ± 4.49 26.98 ± 4.66 24.80 ± 2.57 24.73 ± 4.96 15.90 ± 4.00 29.51 ± 3.64 26.29 ± 4.02 28.77 ± 3.97 22.1 ± 4.32 25.79 ± 4.01 29.54 ± 5.65 35.08 ± 4.42 35.48 ± 5.24 39.23 ± 5.70 Data are expressed as Mean ± S.E.M. *p < 0.01 compared to Cont-Sal and Str-Sal; #p < 0.01 compared to Cont-Sal (two-way ANOVA followed by Duncan’s test). 3.2.2. Risk Assessment Anxiety was also evaluate by the frequency of risk assessment behaviors in the training session (Figure 4). Two-way ANOVA revealed condition x DZP treatment interaction [F(1,38) = 4.98; p = 0.032] for PHD, and Duncan’s test showed a decrease of the frequency of PHD to Str-DZP group compared to Cont-DZP. Additionally, significant effects of treatment were also observed for the UHD [F(1,38) = 10.06; p = 0.003], but not of condition [F(1,38) = 2.47; p = 0.125] or condition x treatment interaction [F(1,38) = 3.27; p = 0.079]. Duncan’s post hoc showed increased frequency of UHD for Cont-DZP group compared with the other groups. The analysis of SAP revealed effect of the treatment [F(1,38) = 7.86; p = 0.008], but not of condition [F (1,38) = 0.06; p = 0.795] or condition x treatment interaction [F (1,38) = 0.10; p = 0.748]. 40 Duncan’s post hoc showed decreased frequency of SAP for Str-DZP group compared to Cont-Sal and Str-Sal groups (Figure 4A). A significant effect of treatment with buspirone was detected for PHD [F(1,40) = 20.60; p < 0.001] and SAP [F(1,40) = 25.86; p < 0.001], but no effect of condition [PHD, F(1,40) = 0.59; p = 0.447 and SAP, F(1,40) = 0.83; p = 0.368] or condition x treatment interaction [PHD, F(1,40) = 0.21; p = 0.645 and SAP, [F(1,40) = 0.00; p = 0.965, respectively]. Displayed less PHD Cont-BUS and Str-Bus groups compared to respective Sal-treated mice. In addition, there was a decrease in the frequency of SAP in BUS compared to Sal-treated goups. However, no significant effects of treatment were detected for UHD (Figure 4B). Two-way ANOVA revealed a treatment effect with mirtazapine for PHD, UHD and SAP [F(1,41) = 15.07; p < 0.001, F(1,41) = 13.48; p = 0.001 and F(1,41) = 18.20; p < 0.001, respectively], but not of condition [F(1,41) = 0.19; p = 0.659, F(1,41) = 0.05, p = 0.820 and F(1,41) = 0.05, p = 0.820] or condition x treatment interaction [F(1,41) = 0.62; p = 0.434, F(1,41) = 0.25; p = 0.616 and F(1,41) = 0.20; p = 0.887, respectively]. Duncan’s post hoc showed decreased frequency of PHD, UHD and SAP for Cont-MIR and Str-MIR groups compared to Cont-Sal and Str-Sal (Figure 4C). Two-way ANOVA did not reveal significant differences for risk assessment parameters when data of the experiment with fluoxetine were analyzed (Figure 4D). 41 Figure 4: Effects of treatment with (A) diazepam (2 mg/Kg), (b) buspirone (3 mg/kg), (C) mirtazapine (10 mg/kg) and (D) fluoxetine (10 mg/kg) in control (Cont) mice or mice submitted to acute restrain stress (Str) in the frequency of risk assessment behaviors [protected head dipping (PHD), unprotected head dipping (UHD) and the stretched attend postures (SAP) ] in the training session at the PMDAT. Data are expressed as Mean ± SE, *p < 0.001 compared to Cont-Sal and Str-Sal; **p = 0.00 compared to Cont-Sal and Str-Sal; #p < 0.05 compared to Cont-DZP; €p < 0.01compared to Cont-Sal, Str-Sal and Str-DZP; $p < 0.01 compared to Cont-Sal and Str-Sal (two-way ANOVA followed by Duncan’s post hoc test). 3.3. Locomotor activity In the training session, two-way ANOVA revealed an interaction between condition x treatment with diazepam [F(1,38) = 5.27; p = 0.002]. Posthoc analysis with Duncan’s test showed that non-stressed animals treated with diazepam exhibited significantly greater locomotor activity compared to the other groups (Table 3). Moreover, ANOVA revealed an effect of mirtazapine treatment [F(1,41) = 19.54; p < 0.001], but not of condition [F(1,41) = 1.232; p = 0.274] or condition x treatment interaction [F(1,41) = 0.22; p = 0.637]. Post-hoc analysis showed decreased locomotor activity of MIR-treated compared to Saltreated. Conversely, the analysis of locomotion data after treatment with buspirone or fluoxetine did not reveal statical differences (Table 3). 42 In the test session, no significant effects of treatment or stress condition were found for the total distance travelled in apparatus, indicating the absence of effects on locomotor activity (Table 3). Table 3: Effects of acute treatment with diazepam (DZP 2 mg/kg), buspirone (BUS 3 mg/kg), mirtazapine (MIR 10 mg/kg) and fluoxetine (FLU10 mg/kg) in relation to total distance travelled (m) in the plus-maze discriminative avoidance task. Diazepam Buspirone Mirtazapine Fluoxetine Cont-Sal Cont-DZP Str-Sal Str-DZP Cont-Sal Cont-BUS Str-Sal Str-BUS Cont-Sal Cont-MIR Str-Sal Str-MIR Cont-Sal Cont-FLU Str-Sal Str-FLU Traning Session 10.81 ± 0.87 20.00 ± 1.40* 10.60 ± 0.79 12.27 ± 2.55 18.06 ± 1.21 15.05 ± 3.15 16.66 ± 1.27 12.18 ± 1.64 19.72 ± 1.98 12.01 ± 2.18# 18.48 ± 1.90 # 8.90 ± 1.70 10.51 ± 1.64 13.48 ± 1.27 11.80 ± 1.50 11.28 ± 1.40 Test Session 9.77 ± 2.27 14.89 ± 1.26 16.96 ± 5.14 15.85 ± 1.57 13.79 ± 0.91 14.26 ± 1.19 11.8 ± 1.43 14.01 ± 0.98 15.84 ± 1.61 13.91 ± 1.79 14.86 ± 2.31 13.37 ± 1.62 12.13 ± 0.96 16.17 ± 1.37 13.77 ± 1.44 14.13 ± 1.24 Data are expressed as Mean ± S.E.M. *p < 0.01 compared to Cont-Sal, Str-Sal and StrDZP; #p < 0.001 compared to Cont-Sal and Str-Sal (two-way ANOVA followed by Duncan’s test). 4. Discussion In this study, we evaluated the acute effect of antidepressant and anxiolytic drugs on anxiety and learning/memory of male mice submitted or not to acute restraint stress in the PMDAT (Silva & Frussa-Filho, 2000). This task has been an effective model to simultaneously evaluate anxiety, learning and memory, in addition to allowing evaluation of risk assessment (Calzavara et al., 2004; Ribeiro et al., 2010; Munguba et al., 2011; Melo et al., 2012). In summary, our results showed that (1) during the training session, animals treated with BUS, MIR and FLU learned the task; however DZP group demonstrated learning impairment (Figure 2); (2) DZP, BUS and MIR given before training disrupted memory formation – reflected by the failure to 43 discriminate between the two enclosed arms in the test session, whereas FLU did not interfere with the memory formation; (3) acute restraint stress impaired task retrieval (Figure 2 and 3) and only the treatment with fluoxetine reverse this impairment (Figure 2H and 3D); (4) DZP and BUS induced an anxiolytic effect – reflected by increased percentage of time spent in the open arms and risk assessment behaviors during training (Table 2), while FLU had no effects on anxiety (Table 2 and Figure 4); (5) administration of DZP increased the locomotor activity of the animals whereas MIR decreased exploration of the apparatus (Table 3). As mentioned, analysis of the enclosed arms exploration and the percentage time spent in aversive arm in the training session provides indication that anxiolytic drugs may disrupt learning and retrieval of the aversive memory. Diazepam was, therefore, the only drug that impaired learning per se, because irrespective of stress condition the groups that received this drug did not show preference for the NAV arm in the training session. Furthermore, these groups showed increased %TAV compared to Cont-Sal group, indicating impairment of the aversive memory. Conversely, buspirone and mirtazapine did not impair the learning of the task, but caused a deficit of retrieval, as suggested by the fact that the animals treated with these drugs, whether stressed or not, did not exhibit preference for the NAV compared to the AV arm. Mice administered with fluoxetine, stressed or not, preferred NAV arm compared to the AV arm in the training session and this preference was maintained in the test session, showing that this drug affected neither learning nor retrieval, and also reversed the deficits caused by acute restraint stress. Diazepam is a benzodiazepine with action on GABAA receptors, which are present in the amygdala and hippocampus, both involved in the formation of memories (Fritschy & Mohler, 1995). While NMDA, beta-adrenergic and muscarinic receptors stimulate and strengthen synaptic mechanisms, GABA A receptors inhibit this process and down-regulate the formation of new memories (Izquierdo et al., 1992; McGaugh & Izquierdo, 2000; Orzelska et al., 2013; Joksimovic et al., 2013). Our results corroborates this idea, because the administration of DZP disrupted learning of the task and, as a consequence, the animals showed deficit in memory retrieval. Moreover, not only GABAergic 44 neurotransmission but also other neurotransmitters can modulate cognitive processes as learning/memory. There is considerable evidence of the involvement of noradrenaline in the improvement of memory formation when administered intra-hippocampus (Izquierdo et al., 2000) and amygdala (Clayton & Williams, 2000; Hatfield & McGaugh, 1999). Mirtazapine is an antidepressant drug with noradrenergic and serotonergic actions, which is an alpha-2adrenergic receptor antagonist on presynaptic neurons, increasing the release of both noradrenaline (NA) and serotonin (5-HT). Suggested that the noradrenergic influence in the moment of learning would reflect a labile shortterm memory. After this learning, a release of additional noradrenaline would be required, as a reinforcing mechanism for the memory to be consolidated and stored in a long-term memory trace (Gibbs & Summers, 2002). Thereby, this hypothesis could explain why animals treated with MIR could learn the task but did retrieve it the aversive memory. It is possible that another stimulus or an additional release of noradrenaline between the acquisition and consolidation periods would be necessary to reinforce the mechanisms to consolidate memory. The role of serotonin in learning and memory has also been investigated (Meneses & Perez-Garcia, 2007; Nitsche, 2011). There are serotonergic projections to brain areas involved in memory, including the hippocampus and cortex (Meneses & Perez-Garcia, 2007). Buspirone is a serotonin 5-HT1A receptor partial agonist. 5-HT1A receptors are presynaptic autoreceptors present in the raphe nuclei or postsynaptic receptors located in the hippocampus, amygdala, and other areas of the cortico-limbic system, and have a modulatory effect on learning and memory. Stimulation of the autoreceptors decreases neuronal firing rate, and decreasing of 5-HT release in projection areas (Meneses & Perez-Garcia, 2007). Administration of serotonin 5-HT1A receptor partial agonists impairs retrieval of an aversive memory when administered before training, but not in its acquisition. This suggests that these drugs disrupt the processing of the aversive stimulus, but not the reaction to it (Quarterrmain et al., 1993). Anterograde amnesia is also described after activation of the 5-HT1A receptor (Quarterrnain et al., 1993; 45 Mendelson et al., 1993). In this context, our results corroborate the retrieval deficit of the aversive task in groups administered with buspirone. The selective serotonin reuptake inhibitor (SSRI) fluoxetine increases the availability of serotonin in the synaptic cleft (Hjorth & Auerbach, 1995). It has been shown that serotonin reuptake inhibitors increase the expression of fear memories (Ravinder at el., 2013), in addition to playing a fundamental role in cognitive processes (Meneses et al., 2011; Tellez et al., 2010). For example, pre- and post-training administration of fluoxetine improves memory acquisition and consolidation in auditory fear conditioning and passive avoidance tasks in rats (Ravinder et al., 2013; Meneses & Hong, 1995), in agreement with our data. In our results, the previous administration of fluoxetine in mice did not affect acquisition and retrieval and reversed the deficit caused by acute stress. Regarding the effects of acute stress, it has been shown that a single session of restraint stress increases corticosterone levels in rodents (Li et al., 2012; Busnardo et al., 2013). Our results demonstrated that restraint stress did not interfere with the learning of the task because all animals showed a preference for the NAV compared to the AV arm in the training session (Figure 2). Notwithstanding, there was a disruption in the retrieval of the task. Indeed, stressed animals showed increased %TAV when compared to saline-treated animals, as well as a lack of preference for the NAV arm. Despite the acute stress response being regarded as an adaptive mechanism, some key factors can modulate the effects of stress on the formation of the new memories, such as the levels of glucocorticoids, type or intensity of the stressor, the interval between the stressor and learning, and the phase of the memory process (acquisition, consolidation or retrieval) that the stressor is applied (McEwen & Sapolsky, 1995; Kim et al., 2001). Diamond et al. (1992) showed that the relationship between glucocorticoids concentrations in the hippocampus and memory performance exhibit an inverted-U shaped curve, revealing improved consolidation when the stressor is applied after the training session. Further, the participation of the amygdala, which facilitates the processing of emotional memories, is suggested. Conversely, previous studies showed that animals submitted to acute stress before an aversive memory training do not display learning impairment, but show disruption of memory retrieval (Smeets, 2011; de 46 Quervain et al., 1998; de Quervain et al., 2000). Rocher et al. (2004) demonstrated that a single 30-minute long stressor inhibits synaptic plasticity in the hippocampus-prefrontal cortex circuit of the rodent’s brain, suggesting that probably the acute deleterious action of glucocorticoids in the hippocampus interfere with long-term storage in this structure, but does not affect its role in expressing memory formation (Conrad et al., 2009). Considering this hypothesis and the fact that fluoxetine reversed the memory deficit caused by the acute stressor, perhaps the increase the levels of serotonin, even sharply, was able to surpass the negative effects of glucocorticoids. In line with this reasoning, other studies demonstrated that fluoxetine reverses memory deficit caused by an acute stressor in the object recognition task (Hage et al., 2004), suggesting that this drug’s effect opposes the negative impact of stress on memory. Blockade of deleterious effects of stress on memory also may result from the fact that fluoxetine restores the synaptic plasticity previously inhibited by stress (Rocher et al., 2004). It has been reported that high doses of diazepam or buspirone promote an exaggerated activation of the HPA axis with consequent increase in the release of glucocorticoids (Vargas et al., 2001; Matheson et al., 1988; Nash & Meltzer, 1991; Maes et al., 1996), while chronic administration of mirtazapine and fluoxetine decrease the activation of this axis (Schule et al., 2006; Jazayeri et al., 2010; Scharnholz et al., 2010; Piwowarska et al., 2012). However, the interaction between anxiolytics and antidepressants in stressed animals in modulating learning and memory is still contradictory and understudied. Concerning anxiety-like behavior, studies have shown that anxiety can interfere with the locomotor activity of the animals in the elevated plus-maze, given that it modulates the motivation to explore the apparatus. Thus, an increase or decrease in anxiety could lead to a decrease or increase, respectively, in the locomotor activity (Pellow et al., 1985). Furthermore, it has been shown that restraint stress promotes changes in locomotor activity and anxiety when tested in the elevated plus-maze 24 or 48h after the restraint session (Mendonça & Guimarães, 1998; Padovan et al., 2000; Padovan & Guimarães, 2000; Busnardo et al., 2013), leading to decreased exploration of the open arms. This indicates that a previous aversive situation (restraint) can 47 modify the behavior of the animal when it is exposed to a new aversive situation (maze), reinforcing the aversive situation (Padovan et al., 2000; Padovan & Guimarães, 2000). However, in the present study we did not observe alterations in locomotor activity or in anxiety parameters in the groups Str-Sal (in all experiments). The behavioral test was perfomed within 2 hours after the stress session, indicating that a longer interval is probably necessary for these alterations to emerge (Padovan & Guimarães, 2000). Moreover, these changes vary according to the type and duration of the restraint stress session and also to behavioral paradigm used (Padovan et al., 2000; Padovan & Guimarães, 2000; Chotiwat & Harris, 2006; Navarro-Francés & Arenas, 2014). Studies evaluating systemic administration of benzodiazepines report that, depending on the experimental settings, these drugs may exert a bimodal effect on locomotor activity and that this effect can be influenced by emotional reactivity, such as anxiety, or a possible habituation to the behavioral task (Savic et al., 2006; Vlainic & Pericic, 2009). Furthermore, the modulation of GABA neurotransmission can cause increase or decrease of risk assessment in different experimental conditions (Sorregotti et al., 2013; Pellow, 1985), and this effect can be reduced in stressed animals (Sun, 2013). In the present study, Cont-DZP group exhibited increased locomotion in the training session, which might have been related to anxiolitic effect of this drug, as evidenced by the increased exploration of the open arms and increased UHD. Our results also suggest that stress might have attenuated the anxiolytic effect of this drug, since Str-DZP group showed no change in locomotor activity, or open arms exploration, even though it also decreased PHD and SAP in the training session. Treatment with mirtazapine at 10 mg/kg is widely used in the literature associated with different behavioral tasks, but there are no reports of changes in locomotor activity, despite the evidence of anxiolytic effect (Kakui, et al., 2009; Rogóz, 2010). However, Wezenberg et al. (2005), in a 7-day treatment of volunteers, demonstrated a strong sedative effect of mirtazapine. In addition, a previous study from our lab demonstrated that a 19-day treatment with MIR decreased the locomotor activity of rats in the PMDAT, corroborating our findings that MIR induced sedation, clearly evidenced by the decrease in 48 locomotor activity shown by Cont-MIR and Str-MIR groups. Corroborating this effect, there was a decrease in the %TOA by Str-MIR group and a reduction of all parameter settings of risk assessment by Cont-MIR and Str-MIR groups in the training session. Probably due to this sedative effect, it is was not possible to detect the anxiolytic action of this drug in this task. Beyond the action on alpha-2-adrenergic receptors, mirtazapine also induces blockade of histamineH1 receptors (de Boer, 1996), a possible mechanism that explains the hypolocomotion observed in our results. Despite this fact, it is clear that the groups of animals treated with MIR prefered the NAV arm compared to the AV arm during the training session, but not in the test session, suggesting that MIR did not affect learning, but caused a deficit in the retrieval of the task. Studies on the effects of buspirone also present controversial results regarding the locomotor activity and anxiety in the plus-maze. Majercsik and collaborators (2003) reported that a single administration of 6 mg/kg or 10 mg/kg of BUS, 30 minutes before the exposure to the maze, caused a decrease in locomotor activity, %TOA and percent of risk assessment in rodents, while the dose of 3 mg/kg, in the same protocol, did not alter locomotion or exertes any effects on %TOA and risk assessment. On the other hand, Griebel and collaborators (1997) reported that 1 mg/Kg, 30 minutes before exposure to the maze, had no effect in %TOA, but decreased risk assessment. Thus, as noticed in our data, it is evident that lower doses of BUS did not alter locomotor activity but exerted an anxiolytic effect in rodents, even under stress, since the ContBUS and Str-BUS groups showed no change in locomotor activity alteration bret decreased the frequency of PHD and SAP. Our results showed that the groups administered with BUS, irrespective of stress condition, learned the task, but did not retriev the memory. Further, this deficit appeared to be larger than the deficit caused by the restraint stress in this phase of memory. Clinically, the anxiogenic effect of acute treatment with FLU is well described. It is caused by the peak of extracellular serotonin (5-HT), which inhibits the firing rate of serotonergic neurons, thus decreasing the neurotransmitter content in synaptic cleft. Conversely, an anxiolytic effect is obtained by its chronic administration, with normalization of the 5-HT levels, underlying the therapeutic effects of this drug (Hjorth & Auerbach, 1995). 49 However, in the literature, the effects of acute and chronic administration of fluoxetine on anxiety and on the locomotor activity are contradictory, possibly due to the fact that most studies use healthy animals, besides the large range of doses and animal models used. Thus, it has been reported that a chronic (22day) or acute administration of 5 mg/Kg fluoxetine increase anxiety and decrease locomotor activity in the elevated plus-maze (Silva et al., 1999). On the other hand, acute treatment with 10 mg/kg showed an anxiogenic effect of FLU by decreasing %TOA and risk assessment, and also a hipolocomotor effect in the elevated plus-maze. In that same protocol, chronic administration for 15 days did not reveal alterations on anxiety or locomotor activity (Silva & Brandão, 2000). Griebel and collaborators (1999) managed to find the anxiogenic effect of the acute administration of FLU in the plus-maze only with an interval of 24 hours after your administration. Thus, in our work, a 30 minute interval would not be sufficient for this observation. It was also shown that the effect of stress did not interfere with the anxiogenic effect of fluoxetine described above (Robert et al., 2011). However, previous studies showed no modification in locomotor activity and anxiety (Holmes & Rodgers, 2003; Melo et al., 2012), corroborating our results. In the test sessions of the experiments performed with all drugs, there were no differences in locomotor activity or percentage of total time spent in the open arms (% TOA). These results are probably related to the absence of stressor and the pharmacological effect, as administration of drugs and stress were applied only before the training session. In addition, there was probably the habituation caused by the second exposure to the apparatus, which decreases motivation to explore (File & Zangrossi, 1993; Holmes & Rodgers 1998; Rodgers & Shepherd, 1993). 5. Conclusions The results confirm the learning deficit and anxiolytic effect of DZP, widely reported in the literature, can still be seen in stressed animals. Except for FLU, all drugs used induced retrieval deficits. Under our experimental conditions, acute restraint stress impaired retrieval of the aversive task, without 50 any effects on locomotor activity and anxiety in the PMDAT. Only the acute administration of fluoxetine was able to reverse this deficit, which may suggest a modulatory role of serotonin on the process of consolidation of an aversive memory. In general, despite some experimental manipulations have caused alterations in anxiety and locomotor parameters, these effects did not interfere with the evaluation of learning and memory. 6. References: Aguilera, G. 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Entretanto, outros experimentos são necessários a fim de confirmar essa hipótese. 59 5. PERSPECTIVAS: Avaliar a resposta fisiológica ao estresse e aos tratamentos com os fármacos pela dosagem do hormônio corticosterona no plasma. 60 6. REFERÊNCIAS GERAIS: Abel, T. and Lattal, K.M. Molecular mechanisms of memory acquisition, consolidation and retrieval. Curr Opin Neurobiol, 11: 180-187, 2001. Aguilera, G. HPA axis responsiveness to stress: Implications for healthy aging. Experimental Gerontology, 46: 90–95, 2011. Almeida-Filho, N., Mari, J.J., Coutinho, E.; França, J.F., Fernandes, J., Andreoli, S.B. and Busnello, E.D. Brazilian multicentric study of psychiatric morbidity – Methodological features and prevalence estimates. Br J Psychiatry, 171: 524-9, 1997. American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. 5th ed. Washington DC: American Psychiatric Press; 2013. 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