UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO A Contribuição dos Saberes/conteúdos do Componente Estágio Supervisionado na Vivência da Prática Pedagógica na Educação Básica Coordenador/E-mail: Profª. MsC. Arlete Vieira da Silva [email protected] Autor(es)/E-mail: Profª. MsC. Arlete Vieira da Silva [email protected] Equipe/E-mail: Profª. MsC. Arlete Vieira da Silva [email protected] Área de conhecimento/CNPq: Ciências Humanas/Educação Tempo de execução: 2 anos (julho de 2008 a junho de 2011) Local de execução: DLA - UESC Ilhéus 28/02/2008 RESUMO Trata-se de uma análise do que é oportunizado, enquanto construção dos conteúdos/saberes docentes nas aulas teóricas de estágio supervisionado e sua contribuição para a vivência da prática pedagógica em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Será feita a partir da comparação entre os instrumentos Programas de Ensino do referido componente curricular e entre os relatórios de estágio apresentados pelos alunos estagiários. O objetivo é, que aspectos apresentados na análise contribuem para que haja maior articulação entre o que é ensinado (TARDIF, 2002) e o que realmente precisa ser ensinado (FREIRE, 1999) segundo significados e representações da realidade escolar (LIBÂNEO & PIMENTA, 1999) de educação básica. Palavras – chave: Saberes docentes – Estágio Supervisionado – Formação de Professores – Curso de Letras INTRODUÇÃO Em minha atuação como docente tenho trabalhado como professora/supervisora de estágios supervisionados. Esta experiência tem gerado muitos questionamentos despertando o meu interesse investigativo para as vivências pessoais, sociais, culturais e profissionais vividas pelos graduandos na sua prática docente a partir do que é ensinado nos cursos de formação de professores. Essas questões corroboram com as discussões sobre a formação de professores no que se refere ao processo de aprendizagem da docência e à elaboração de novos modelos curriculares. Nessas discussões, o estágio supervisionado deve se caracterizar como o momento curricular que propicia a vivência da prática pedagógica em língua portuguesa e literatura brasileira mediada por uma atitude reflexiva e que integra a instituição formadora e o contexto real onde se dá o ensino e a aprendizagem. Percorrendo o que tem sido produzido sobre aprender a ensinar, tem-se que a partir da segunda metade do século XX, a pesquisa em educação se dividiu em duas grandes vertentes teórico-metodológicas. Uma dessas vertentes é 2 caracterizada pela linha de pesquisa interpretativa, de abordagem qualitativa onde se inserem as pesquisas sobre o pensamento do professor. Segundo Zeichner (1998), as pesquisas nesse paradigma, se dividem em quatro grandes linhas de investigação: pesquisa descritiva; pesquisa conceitual histórica; estudos sobre a utilização de estratégias instrucionais e as pesquisas sobre o aprender a ensinar. As pesquisas sobre aprender a ensinar visam esclarecer a natureza do processo de aprendizagem docente em diferentes situações e incluem, também, os estágios supervisionados na formação inicial (PACHECO, 1995; ZEICHNER, 1998, 2003). Nessas discussões, os temas na área educacional versam sobre os saberes docentes, o pensamento reflexivo na prática docente, os estudos sobre aprendizagem dos alunos, os estudos sobre currículo e os estudos sobre práticas de ensino como o espaço de integração dos saberes docentes (LIBÂNEO E PIMENTA, 1999). Para fundamentar a categoria saberes docentes opto pela perspectiva de Tardif. Para este autor o saber é ao mesmo tempo idiossincrático e partilhado coletivamente, pois é o saber de um indivíduo, e está subordinado a um sistema, seus objetos são práticas sociais, está vinculado a um processo histórico - cultural e é adquirido no contexto de uma “socialização profissional” (TARDIF, 2002). Caracteriza - se em quatro categorias básicas: saberes da formação profissional, saberes disciplinares, saberes curriculares e saberes experienciais. Os saberes experienciais ou práticos são enfatizados pelo autor e representam, essencialmente, os saberes produzidos pelos professores com base no seu trabalho cotidiano e no conhecimento de seu meio. Há, portanto uma valorização do professor, do seu processo de profissionalização e dos seus saberes. Nesse sentido, o modelo teórico do professor prático-reflexivo reforça o discurso sobre a valorização da prática docente tomando como base a epistemologia da prática. Essa concepção teórica tem uma de suas vertentes nos estudos de Donald Schön (1987, 2000) a partir de sua concepção de reflexão-na-ação e de reflexão–sobre-a-ação. Para Zeichner e Liston (1996) “a reflexão é uma das dimensões do trabalho pedagógico” e no 3 processo reflexivo é imprescindível que se considerem as condições de realização desse trabalho, pois a ação docente está sujeita às interferências externas. A formação prático-reflexiva, a partir da discussão de Schön e Zeichner, é atual e tem sido redimensionada para atender às demandas da profissionalização do professor. Nesse diálogo, as questões sobre a reflexão acerca da prática destacam-se nos discursos formativos e passam a ser o eixo condutor da própria construção, articulação, mobilização e transformação dos conteúdos/saberes docentes. Neste projeto, proponho identificar os conteúdos/saberes do componente curricular estágio supervisionado do curso de Letras, e sua contribuição na vivência da prática pedagógica nas aulas de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. OBJETIVOS Geral: Investigar a articulação entre teoria e prática enquanto saberes docentes na formação de professores em Letras. Específicos: Identificar os conteúdos/saberes docentes do componente curricular estágio supervisionado em língua portuguesa e literatura brasileira nos instrumentos de pesquisa: programas de ensino e relatórios de estágio. Identificar novos conteúdos/saberes docentes necessários à formação inicial em Letras a partir dos relatórios de estágio. Analisar as possibilidades de articulação entre teoria e prática (aulas na UESC e vivência da prática) no componente curricular estágio supervisionado de língua portuguesa e literatura brasileira a partir dos relatórios de estágio. JUSTIFICATIVA Esta pesquisa se justifica a partir do pressuposto de que as pesquisas em formação de professores confirmam a importância do estágio curricular supervisionado e o destacam como uma etapa imprescindível na formação 4 profissional (ZEICHNER, 1998, RIDEOUT e FELDMAN, 2002; CONKLING e HENRY, 2002; MATEIRO, 2003). Os resultados das pesquisas são unânimes em enfatizar a necessidade de se ampliar as atividades de estágio, qualitativamente e quantitativamente, bem como as ações de supervisão e orientação. Nesse sentido, o estágio supervisionado, enquanto atividade proposta na escola de educação básica passa necessariamente pelos saberes/conteúdos construídos para o ensinar na perspectiva do ‘aprender a ensinar’. Esta investigação pretende, pois, contribuir com reflexões significativas sobre o que tem sido ensinado no componente curricular estágio supervisionado do curso de Letras no que tange aos saberes necessários para a prática pedagógica (FREIRE, 1999), no caso das disciplinas de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira no ensino fundamental II e ensino médio, respectivamente. Acrescente-se a isso a possibilidade de propiciar aos futuros professores, estudantes de Letras, a criação de novos saberes/conteúdos por meio de uma sólida formação pedagógica. REVISÃO DE LITERATURA A profissão professor é uma atividade cujo caráter essencial está relacionado com o saber, com sua produção e sua utilização, embora esta vinculação não seja inequívoca a sua problemática parece perdurar ao longo da trajetória desta profissão, em todo o mundo (MOSS, 1996). Aquilo que um profissional pensa e faz é um saber fazer, que é resultado de um processo de aquisição e, ao mesmo tempo de um saber prático no sentido de um discurso com a práxis. Nesta concepção, o saber é considerado como um saber contextualizado, que está dentro das variadas ações. Trata-se de um saber com regras e princípios práticos, que é cumulativamente um conhecimento objetivo e subjetivo, ligado às experiências pessoais ao chamado saber do dia-a-dia. Conforme Tardif (202), o saber-fazer de um professor está sempre relacionado a uma subjetividade, a qual “se realiza comunicativamente durante a aula, com os outros sujeitos e no ato concreto da prática diária”. 5 O saber tem sido analisado e interpretado a partir de várias perspectivas: racionalismo, fenomenologia, ciências sociais críticas, psicologia e neurofisiologia, que remetem para a existência de diferentes tipos e formas de saberes (Shulman, 1984, 1991, Clark & Lampert, 1986) que podem ser esclarecidas por meio da teoria do “Conhecimento e Interesse” de Habermas (1971) e da “Prática Epistemológica” de Schön (1989), entre outras. Na década de 70 do século passado, período caracterizado pela tendência tecnicista, tanto a pesquisa como os programas de formação de educadores valorizavam mais os aspectos didático-metodológicos do que os aspectos político pedagógicos. Já na década de 80, mesmo século, o discurso pedagógico tecnicista foi superado e passou a ser dominado por um caráter mais sócio-político destacando-se, sobretudo as relações e determinações sócio-políticas e ideológicas da prática pedagógica. Embora a prática pedagógica de sala de aula e os saberes docentes passassem a ser investigados nesse período, as pesquisas não tinham o intuito de explicitá-los e ou valorizá-los como formas válidas ou legítimas de saber. Segundo Ezpeleta e Rockwell (1986) e Geraldi (1993) o objetivo destas pesquisas era destacar aspectos negativos da prática pedagógica. Embora houvesse em meados da década de 90 houvesse um maior reconhecimento da complexidade da prática pedagógica e as pesquisas e os programas de formação de educadores tenham buscado novos enfoques e novos paradigmas de compreensão sobre a prática docente e os saberes pedagógicos e epistemológicos acerca do que precisa ser aprendido e ensinado, houve ainda pouca valorização dos saberes para a prática pedagógica, pelo menos no Brasil, tal e como aponta Linares (1996). Neste “estado da arte”, necessitam-se propostas de pesquisas e de programas de formação de educadores que vislumbrem a autonomia dos sujeitos. Ou seja, a superação de interpretações estreitas e acríticas dos significados do saber, das formas de apropriação e da prática pedagógica propriamente dita. Autores como Lee Shulman (1986), Britt Mari Barth (1993), Paulo Freire (1996), e Carr e Kemmis entre outros em suas perspectivas renovadas sobre o saber docente e sobre o pensamento do professor passam a ser de grande 6 contribuição. Lee Shulman ao constatar o privilegiamento para as questões didático-pedagógicas defende, em uma perspectiva renovada, a recuperação do “paradigma perdido” – a valorização do saber docente a partir do que constitui o conteúdo do ensino e da aprendizagem. O mérito da proposta de Shulman em um contexto de prática docente reflexiva é o despertar para os aspectos fundamentais da formação teórica do professor. Ao destacar a importância à reflexão crítica e epistemológica do professor sobre as matérias de ensino, este autor defende que o domínio deste tipo de conhecimento não seja apenas sintático do conteúdo1, mas substantivo e epistemológico. Este domínio torna-se fundamental para que o professor tenha autonomia intelectual para produzir seu próprio currículo, constituindo-se como mediador entre o conhecimento historicamente produzido e o escolar reelaborado sócio – culturalmente relevante. Na categoria conhecimento pedagógico do conteúdo há a especificidade para as formas de representação do saber dos professores dentro das diversas categorias de conhecimento e também para a transformação do conteúdo específico da disciplina, articulando teoria e prática, em um conteúdo passível de ensino. No que tange conhecer como o educador constrói o conhecimento pedagógico do conteúdo, esta categoria pode elucidar como, diante de um plano de ensino, se os conteúdos de cada disciplina são necessários e importantes na formação do futuro educador. É necessário incluir ainda Paulo Freire porque este educador chama a atenção para outros aspectos e dimensões importantes sobre os saberes docentes. O professor como profissional e “ser” situado histórico e culturalmente, produz uma prática pedagógica que pode se tornar cada vez mais significativa, se forem considerados os saberes que dizem respeito às ações pedagógicas coerentes com uma opção político-pedagógica democrática e progressista (SILVA, 2007). 1 Conhecimento sintático do conteúdo se refere ao domínio de regras e processos relativos e Conhecimento substantivo e epistemológico quando se refere à natureza e aos significados do conhecimento, ao desenvolvimento histórico das idéias, ao que é fundamental e ao que é secundário, nos diferentes modos de organizar os conceitos e princípios básicos das disciplinas. 7 Ao optar, a princípio, por estes autores baseio-me na necessidade de, em conjunto com educadores dos cursos de formação de professores, construir uma atitude crítica em relação à prática pedagógica e, principalmente, aos conhecimentos historicamente produzidos com o objetivo de refletir como acontece a articulação entre a teoria e a prática na construção do conteúdo do componente que ministram. METODOLOGIA OU MATERIAL E MÉTODOS A epistemologia da prática docente requer uma metodologia e uma teoria que somente poderão ser construídas e ou re-criadas no próprio processo investigativo da prática pedagógica. A opção, portanto, por uma proposta de pesquisa etnográfica justifica-se no interesse em abranger a vivência do estagiário na educação básica e as propostas (conteúdos e saberes) para o componente curricular num curso de formação de educadores. Igualmente, segundo Silva (1998), pode-se por vezes generalizar na análise de algumas categorias de ensino, pois dentro da estrutura macrossociológica de educação que se constitui o sistema brasileiro de ensino, não há divergências em estudos específicos. André (1999), corrobora, afirmando a validade de um estudo de caso quando se trata de levantamento de hipóteses acerca de um fenômeno, principalmente quando for de ordem educacional. É necessário constar, antes de descrever delimitações quanto a tempo, espaço, situações, circunstâncias e instrumentos utilizados no trabalho, o que estudamos, entendemos e o porquê que optamos pela pesquisa qualitativa denominada de estudo de caso do tipo etnográfico. Enquanto para os etnógrafos a pesquisa do tipo etnográfico tem como foco a descrição da cultura de um grupo social, no que se refere às práticas, hábitos, crenças, valores, linguagens, significados etc., para os educadores o foco é o processo educativo. Certamente há divergências nestes enfoques, por exemplo, o uso de amplas categorias sociais na análise de dados, o que segundo Wolcott (1988), ao nos referimos ao processo educativo, fazemos tão somente uma adaptação da etnografia, ou seja, estudos de caso do tipo etnográfico, conseqüentemente. 8 André (op. cit. Idem pág. 28) argumenta que fazemos estudo de caso do tipo etnográfico quando “o estudo faz uso de técnicas que tradicionalmente são associadas à etnografia, ou seja, a observação participante, a entrevista intensiva e a análise de documentos. Neste projeto utilizarei o instrumento denominado análise de documentos (op.cit.), quer sejam: Programa de Ensino: será analisado o programa de ensino do componente curricular estágio supervisionado II com destaque para os conteúdos propostos para o desenvolvimento das aulas teóricas na universidade. Relatórios de Estágio: trata-se de todos os relatórios de estágio dos alunos matriculados no componente curricular estágio supervisionado em língua portuguesa e literatura brasileira II, haja vista que é neste componente que os alunos estagiários realizam a regência de classe, ou seja a vivência da prática pedagógica nas referidas disciplinas na educação básica. Os alunos estagiários deverão relatar na forma de texto o trabalho pedagógico realizado na vivência da prática e como conclusão descrever sobre ‘a contribuição dos conteúdos’ desenvolvidos durante as aulas de estágio supervisionado para a vivência na prática pedagógica nas escolas de educação básica, a saber, nas aulas de Língua Portuguesa ou de Literatura Brasileira no ensino fundamental II e ensino médio, respectivamente. É de praxe a escrita deste relatório no final do estágio II, mas como será objeto de pesquisa os alunos estagiários serão consultados sobre essa possibilidade. O presente projeto seguirá as seguintes etapas: 1ª ETAPA – Identificação do Programa de Ensino do componente curricular Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira II. A escolha por este componente justifica-se por apresentar em seu sui generis a proposta de regência de classe. 2ª ETAPA – Solicitação de relatórios de estágio para alunos que realizaram suas práticas em aulas de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. 3ª ETAPA - A análise propriamente dita – objeto desta pesquisa, partirá do elenco dos conteúdos/saberes docentes descritos no programa de ensino para em 9 um segundo momento destacar aspectos comuns relatados os quais, na forma de categorias, serão quantificados e qualificados analiticamente. 4ª ETAPA: Redigir um relatório de pesquisa a partir da análise dos instrumentos utilizados. 5ª ETAPA: Construir um elenco de conteúdos/saberes docentes considerados necessários ao componente curricular estágio supervisionado de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira e apresentar à comissão do Projeto Acadêmico curricular do Curso de Letras. 6ª ETAPA: Publicação de um artigo sobre a articulação entre a teoria e a prática nos conteúdos/saberes docentes do componente curricular estágio supervisionado. VIABILIDADE Por constituir-se em uma análise documental dos instrumentos de pesquisa (programa de ensino e relatórios de estágio) há total viabilidade da coleta de dados da pesquisa. Cabe considerar ainda, para viabilidade deste projeto, que o componente curricular pesquisado, Estágio Supervisionado em língua portuguesa e literatura brasileira, é oferecido em todos os semestres do curso de Letras da UESC. RESULTADOS/PRODUTOS ESPERADOS Identificação dos saberes necessários à formação inicial dos graduandos em Letras; Reflexão das possibilidades de articulação entre teoria e prática no componente curricular estágio supervisionado a partir dos conteúdos/saberes propostos nos programas de ensino. Análise da vivência da prática pedagógica em Língua Portuguesa e em Literatura Brasileira no ensino fundamental II e no ensino médio a partir do instrumento relatório de estágio. Elenco e apresentação ao PAC – Letras de possíveis conteúdos/saberes docentes necessários ao componente curricular estágio supervisionado. 10 REFERÊNCIAS ANDRÉ, Marli. Etnografia na pesquisa educacional. 2ª ed. São Paulo: Papirus, 1996. BARTH, BRITT-MARI. O saber em construção: para uma pedagogia da compreensão. Lisboa: Instituto Piaget, 1993. CARR, Wilfred & KEMMIS, Stephen. El curriculum: más allá de la teoria de la reproducción. Madrid: Morata, 1998. CLARK, C.M., LAMPERT, M. The study of Theacher Thinking: Implications for the Teacher Education. In: Journal of Theacher Education 37, 5, 1986, p. 27-31. CONKLING, Susan e HENRY, Warren – The impact of Professional Development Partnerships: our parts of the story. Journal of Music teacher Education, 11, 2 Spring 2002. Academic Research Library, p.7-13. EZPELETA, J. & ROCKWELL, E. Pesquisa Participante. São Paulo: Cortez, 1986. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 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Identificação do texto do documento pesquisado: programa de ensino e elenco dos conteúdos que constam no referido programa. 3. Identificação do texto do documento pesquisado: relatório de estágio e seleção de categorias de análise, como por exemplo: conteúdo estratégias pedagógicas – contribuição na aplicação das aulas de literatura no 2º anos do ensino médio; 4. Análise qualitativa das categorias apreendidas nos documentos. 13 5. Embate com referenciais teóricos acerca do componente curricular estágio supervisionado e saberes necessários à prática educativa. 6. Elaboração de relatório da pesquisa. 7. Apresentação à comissão do PAC – Letras, os resultados da pesquisa enquanto possibilidades de conteúdos/saberes necessários ao componente curricular estágio supervisionado. 8. Publicação de um artigo sobre a articulação entre teoria e prática enquanto saberes docentes do componente curricular estágio supervisionado. Data - 28/02/2008 Nome do Coordenador do Projeto Nome do Diretor do Departamento Arlete Vieira da Silva Ass. Vânia Lúcia Menezes Torga Ass. 14