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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
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INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
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A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA RELAÇÃO
APRENDIZAGEM
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PROFESSOR-ALUNO PARA O DESENVOLVIMENTO ENSINO-
Por: Gilce Luciana Segura Sobreira
Orientador: Profª. Fabiane Muniz
Co-orientadora: Profª. Narcisa Castilho Melo
Manaus
2010
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA RELAÇÃO
PROFESSOR-ALUNO PARA O DESENVOLVIMENTO ENSINOAPRENDIZAGEM
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito
parcial
para
obtenção
especialista em Psicopedagogia
Por: Gilce Luciana Segura Sobreira
do
grau
de
Agradeço, primeiramente a Deus,
razão todas as coisas, por ter me dado
forças para perseverar, principalmente
nos
momentos
de
desanimo
e
de
cansaço.
A minha família, pelo apoio, pelo
amor e carinho.
A
minha
orientadora,
pela
contribuição nesta caminhada.
Aos
meus
amigos
pelo
companheirismo.
A todos que direta ou indiretamente
participaram deste trabalho.
Dedico
Ao meu marido Sérgio, pelo amor
companheirismo
durante
esta
e
longa
jornada.
Aos meus filhos João Gabriel e Izabela,
razões do meu viver.
RESUMO
A presente monografia teve como tema A importância da afetividade na relação
professor-aluno para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem e assim
baseou-se nas ideias de Vygostky e Piaget desenvolveu-se a fundamentação
teórica. Sabe-se que as emoções eafetos fazem parte de nossa vida e
principalmente em relação ao aspecto cognitivo e racional do indivíduo. A
presente monografia se propôs a analisar a influência do afeto na relação entre
professor e aluno, uma vez que o professor deve conhecer seus alunos a partir
da realidade em que eles vivem e assim pode aproveitar suas experiências
para motivar e estimular seus alunos. Essa atitude faz com que o aluno se sinta
mais seguro. Diante das bibliografias analisadas chegou-se á conclusão de que
a afetividade contribui sim para o desenvolvimento do aprendizado do aluno,
uma vez que ele a troca de experiências e conhecimentos leva o aluno a uma
maior segurança e tranquilidade de sua personalidade.
METODOLOGIA
Os
procedimentos
metodológicos
nos
fazem
entender
que
o
embasamento teórico é de fundamental importância para a pesquisa, pois
oferece fundamento para o referido estudo.
Dividida em três capítulos essa monografia aborda reflexões e ideias de
importantes estudiosos da área da educação. Dentre os autores que serviram
de base para a pesquisa estão Vygotsky, Piaget, Wallon, Nádia Bossa. O
primeiro capítulo buscou colocar as ideias de Vygostky e Piaget no que tange à
relação entre professor e aluno. O segundo capítulo abordou as considerações
propriamente ditas da afetividade aliada a motivação, à emoção e ao
desempenho dos alunos. O terceiro capítulo buscou de forma sucinta mostrar
de que forma a Psicopedagogia foi introduzida no Brasil e como os
profissionais podem atuar na o desenvolvimento da aprendizagem.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
7
CAPÍTULO 1 - Relação professor-aluno segundo Vygostky e Piaget
10
CAPÍTULO 2 – A importância da afetividade entre professores e alunos para o
desenvolvimento do ensino-aprendizagem
16
CAPÍTULO 3 – Papel da Psicopedagogia do processo da aprendizagem
27
CONCLUSÃO
35
BIBLIOGRAFIA
37
INTRODUÇÃO
É notório que as relações humanas são complexas porém são
fundamentais para o desenvolvimento humano, tanto psíquico quanto
intelectual, tendo como consequência o comportamento nas diversas áreas do
ambiente em que o indivíduo se insere.
No ambiente escolar encontram-se dois indivíduos importantes nessa
relação de sociabilização: o professor e o aluno.
A
relação
professor-aluno é fundamental no processo ensino-
aprendizagem. A mesma, basicamente, acontece intricada com o conteúdo do
ensino e com a metodologia adotada. Daí a importância de seu papel no
processo ensino-aprendizagem e sua vinculação íntima com a organização do
trabalho escolar.
É inegável que todo professor, seja ele bom ou ruim, deixa a sua marca
nos alunos. Essa relação tem dois lados. De um lado, conhecimento,
experiência e, consequentemente, poder, de outro, desconhecimento e
ansiedade. Essa situação pode levar o professor a uma atitude de dominação,
visualizando o aluno como um ser, de certa forma ignorante, bem como
considerando,
equivocadamente,
estar
a
passagem
do
conhecimento
totalmente em seu poder. O aluno, nessa percepção, nada sabe, enquanto o
professor sabe tudo, constituindo-se a relação professor-aluno simplesmente
uma relação casual de transmissão de conhecimento e avaliação de sua
aplicação, em que alunos e professores não se conhecem ou mal e
reconhecem. Essa sempre foi a visão.
Hoje observamos que esta relação é muito conturbada, influenciada pela
indisciplina e pela violência dentro das escolas, o que afeta diretamente o
processo ensino-aprendizagem.
Como já foi citado, o professor deixa marcas em seus alunos. Assim,
uma das formas de quebrar relação conturbada seria uma aproximação entre
as duas partes através, principalmente da afetividade.
Segundo Gadotti (1999, p.2),
o educador para pôr em prática o diálogo, não deve colocar-se na
posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se na posição de
quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo um analfabeto é
portador do conhecimento mais importante: o da vida.
Dessa forma o ensinar-aprender se torna uma atividade mais
interessante para os dois lados.
O trabalho teve como objetivo descrever de que forma o relacionamento,
principalmente no que tange à afetividade, influencia no processo ensinoaprendizagem.
O primeiro capítulo abordou de forma sucinta pensamentos Vygotsky e
Piaget em relação ao tratamento entre professor-aluno, no que concerne à
aprendizagem. A mesma foi enfocada por meio de uma perspectiva
construtivista que compreende o desenvolvimento cognitivo como um processo
de trocas ativas entre o sujeito e o objeto.
O segundo capítulo explanou sobre o tema do trabalho, a questão da
afetividade
entre
professores
e
alunos
para
o
desenvolvimento
da
aprendizagem. Abordo-se também questões relacionadas à afetividade como a
motivação, autoridade e a auto-estima.
E
finalizando,
o
terceiro
capítulo
mostrou
a
importância
da
Psicopedagogia para o processo da aprendizagem. Mencionará o surgimento
dessa área no Brasil, enfocando os principais conceitos e estudos de Nadia
Bossa.
CAPÍTULO 1 – RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
SEGUNDO VYGOTSKY E PIAGET
Hoje, percebemos que a relação professor-aluno não deve ser uma
relação de imposição, de alteridade. Essa interação deve ser constituída de
bases fundamentais que são o respeito, a cooperação e o crescimento
conjunto. Como a corrente de Vygotsky é baseada no processo do
construtivismo, o alunado passa a ser considerado um sujeito de interação e
ativista no processo da construção do conhecimento. Em consequência, o
educador exerce papel fundamental por ser mais experiente nesse processo.
De modo geral, para Vygotsky para a construção do conhecimento não é
apenas a interação professor-aluno que interessa e sim, também a relação do
aluno com o restante, ou seja, dos alunos entre si.
Vygotsky (1994) apud Tassoni (2000), ao destacar a importância das
interações sociais, traz a idéia da mediação e da internalização como aspectos
fundamentais para a aprendizagem, defendendo que a construção do
conhecimento ocorre a partir de um intenso processo de interação entre as
pessoas. Portanto, é a partir de sua inserção na cultura que a criança, através
da interação social com as pessoas que a rodeiam, vai se desenvolvendo.
Apropriando-se das práticas culturalmente estabelecidas, ela vai evoluindo das
formas elementares de pensamento para formas mais abstratas, que a
ajudarão a conhecer e controlar a realidade. Nesse sentido, Vygotsky destaca
a importância do outro não só no processo de construção do conhecimento,
mas também de constituição do próprio sujeito e de suas formas de agir.
Vygotsky acreditava que o homem, diferentemente dos animais, não
está limitado a sua própria experiência pessoal e/ou as suas próprias
reflexões.Para ele a experiência de cada ser individualmente alimenta-se,
expande-se e aprofunda-se graças à apropriação da experiência social,
consequência da linguagem (RUBINSTEIN, 1973).
Dessa forma, Vygotsky dividiu o desenvolvimento intelectual do indivíduo
em dois níveis, que são: nível de desenvolvimento intelectual real, que é aquele
que se refere às conquistas já consilidadas na criança, a criança já domina e, o
nível de desenvolvimento intelectual potencial, que se refere a tudo o que a
criança é capaz de realizar mediante o auxílio de outro indivíduo. Este último,
pode ser identificado quando, ao receber pistas, informações e orientações, a
criança acaba por solucionar, na cooperação conjunta, uma dada tarefa que,
de outro modo, não resolveria. Este nível de desenvolvimento é mais indicativo
dos processos cognitivos da criança, uma vez que é possível se teruma ideia
mais clara das funções psicológicas que ainda não amadureceram.
Exemplo disso são duas crianças que possuem o mesmo nível de
desenvolvimento real. Elas podem se tornar diferentes quanto ao nível de
desenvolvimento intelectual potencial.
Segundo Vigotsky (1998) a distância entre esse dois níveis é o que se
chama de zona de desenvolvimento proximal.
O autor mencionou ainda que, “aquilo que é zona de desenvolvimento
proximal hoje será o nível de desenvolvimento real amanhã – ou seja aquilo
que uma criança pode fazer com assistência hoje, ela será capaz de fazer
sozinha amanhã” (VIGOTSKY, 1991, p.98). Neste caso, a zona de
desenvolvimento proximal pode tornar-se conceito ou um método para os
problemas do ensino-aprendizagem. Oliveira (1999, p.61) diz que "é na zona
de desenvolvimento proximal que a interferência de outros indivíduos é a mais
transformadora".
A
identificação
do
conceito
de
desenvolvimento
proximal
é
especialmente promissor, uma vez que, fornece a psicólogos e educadores a
possibilidade de pensar o desenvolvimento mental da criança tanto
retrospectivamentecomo prospectivamente. Dessa maneira, pode-se visualizar
as possibilidades imediatistas de uma dada criança, bem como a dinâmica
interna de seu desenvolvimento.
No que tange à afetividade na relação entre professor e aluno, Vygostky
defende que a afetividade se constitui de elemento inseparável do processo do
conhecimento. A qualidade da interação pedagógica confere um sentivo afetivo
para o objeto de conhecimento a partir de experiências vividas. Para Vygotsky,
relação professor/aluno não deve ser uma relação de imposição, mas, sim de
cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve ser considerado como
um ser interativo e ativo no seu processo de construção do conhecimento. O
professor por sua vez deverá assumir um papel fundamental nesse processo,
como um sujeito mais experiente. Por essa razão cabe ao professor considerar
o que o aluno já sabe, sua bagagem cultural é muito importante para a
construção da aprendizagem. O professor é o mediador da aprendizagem
facilitando-lhe o domínio e a apropriação dos diferentes instrumentos culturais
(ANDRADE, 2010).
De acordo com Piaget, a criança constrói sua realidade como um ser
humano singular, situação em que o cognitivo está em supremacia em relação
ao social e o afetivo.
Na perspectiva construtivista de Piaget, o começo do conhecimento é
a ação do sujeito sobre o objeto, ou seja, o conhecimento humano se
constrói na interação homem-meio, sujeito-objeto. Conhecer consiste
em operar sobre o real e transformá-lo a fim de compreendê-lo, é
algo que se dá a partir da ação do sujeito sobre o objeto de
conhecimento. As formas de conhecer são construídas nas trocas
com os objetos, tendo uma melhor organização em momentos
sucessivos de adaptação ao objeto. A adaptação ocorre através da
organização, sendo que o organismo discrimina entre estímulos e
sensações, selecionando aqueles que irá organizar em alguma forma
de estrutura. A adaptação possui dois mecanismos opostos, mas
complementares, que garantem o processo de desenvolvimento: a
assimilação e a acomodação. Segundo Piaget, o conhecimento é a
equilibração/reequilibração entre assimilação e acomodação, ou seja,
entre os indivíduos e os objetos do mundo (BASSO, 2010).
Ao
pesquisar
o
comportamento
da
criança,
Piaget
levou
em
consideração as fases de desenvolvimento, já que isto é importante para a
compreensão o desenvolvimento afetivo na inserção da relação “conflitante”
entre professor e aluno. O desenvolvimento no processo de aprendizagem
começa quando a pessoa nasce. Através de reflexos instintivos, o bebê
começa a sua aprendizagem na busca pela alimentação, por exemplo. Para
Piaget essa é a fase egocêntrica do ser humano. Continuando o crescimento,
pressegue-se a aprendizagem. Por volta de um ano e meio de idade a criança
ainda não possui o sentimento de respeito pelo adulto. Essa é a fase
denominada por Piaget de anomia. Durante essa fase, o que se desenvolve na
relação criança – adulto é o afeto, que é item fundamental e importante na
relação de respeito. A partir do do segundo ano de vida a criança começa a
usar os sentimentos para alcançar os fins e experimenta “sucessos” e
“fracassos” do ponto de vista afetivo. “O investimento do afeto em outras
pessoas é o primeiro passo do desenvolvimento ‘social’ ” (WADSWORTH,
1995, p.40).
Tradicionalmente, o professor tem como função apenas a transmissão
de conhecimentos, dizendo o que está certo, o que está errado. Essa atitude
vai de encontro à teoria de Jean Piaget que mostra a importância do professor
na observação do desenvolvimento cognitivo da criança. O professor deve ser
o encorajador para o avante do aluno.
No dicionário on-line Wikipédia (2010) coloca a importância da
espontaneidade da criança de acordo com Piaget:
Muitas vezes o professor se mostra tão preocupado em ensinar que
não têm paciência suficiente para esperar que as crianças aprendam.
Dificilmente aguardam as respostas dos educandos, e perdem a
oportunidade de acompanhar a estrutura de raciocínio espontânea de
seus alunos. Com a concepção das respostas “certas” e sem o
incentivo para pesquisa pessoal o estudante acaba por ter sua
atividade dirigida e canalizada, podendo até dizer moldada pelo
método de ensino tradicional. Por isso Piaget fixa tanto essa idéia da
espontaneidade do aluno; porém, essa espontaneidade muitas vezes
é distorcida em sua interpretação. Se um professor deixar a criança
sem planejar sua atividade, achando que essa aprenderá sozinha,
erroneamente estará aplicando o que Piaget diz.
É de extrema importância a afetividade na relação professor-aluno. A
afetividade é uma energia que impulsiona a relação, as ações, de modo que
ambos (educando e educador) convivam em um lugar de harmonia e que
assim a aprendizagem possa fluir com mais facilidade emais rendimento.
O desenvolvimento da inteligência permite, sem dúvida, que a
motivação possa ser despertada por um número cada vez maior de
objetivos ou situações. Todavia, ao longo desse desenvolvimento, o
princípio básico permanece o mesmo: a afetividade é a mola
propulsora das ações, e a razão está ao seu serviço (LA TAILLE,
1992, p.65).
É função do professor investigar e conhecer individualmente o seu aluno
e não deixar que estes acumulem dúvidas em relação ao indivíduo como um
todo. De acordo com Seber, em 1997, p.216, não se deve deixar de considerar
que “(...) as construções intelectuais são permeados passo a passo pelo
aspecto afetivo e que ele é muito importante”.
Assim, o relacionamento entre professor e aluno deve ser de
amizade, de troca de solidariedade, de respeito mútuo, enfim, não se
concebe desenvolver qualquer tipo de aprendizagem, em um
ambiente hostil. Mas não devemos esquecer que o respeito que a
criança tem pelo adulto é unilateral, dando origem a dois sentimentos
distintos: afeto e o medo; mas simultaneamente percebidos pela
criança quando envolvidas em situações resultantes das suas
‘desobediências’ (RANGEL, 1992, p.67).
No entendimento de Jean Piaget, o afeto e o medo têm como
consequência o respeito unilateral. O autor cita como exemplo o respeito entre
irmãos. Uma criança não irá desobedecer as ordens do irmão a quem tem
afeto, se por ele não sentir também um pouco de medo; da mesma forma como
não respeitará um adulto que tenha medo, se por ele não houver algum
sentimento de estima. Por isso é que, para Piaget, se houver afetividade há
possibilidade de pôr em prática o respeito mútuo, tão necessário para o
desenvolvimento das relações pessoais em qualquer que seja o meio humano
e, através dele, a aprendizagem flui com mais facilidade.
Para Piaget para haver amor deve ter na relação afetuaosa
reciprocidade, ou seja, os valores e interesses devem ser comuns. Inserindo
esse contexto em ambiente escolar, percebe-se que se não houver interesses
comuns
entre
professor
e
aluno,
é
praticamente
impossível
um
desenvolvimento da aprendizagem satisfatório.
Se não houver, por parte do professor, respeito aos valores sociais
que vão diferenciar de aluno para aluno, dificilmente haverá respeito,
compreensão, amizade ou qualquer outra forma de relação que
possa colaborar com o desenvolvimento da aprendizagem do aluno,
objetivo fim de uma escola (SILVA, s.d).
Faria (1989) confirma o pensamento de Piaget quando diz:
que o sucesso ou fracasso de uma ação do sujeito influencia suas
ações seguintes: o sucesso conduzindo à confiança e o insucesso à
desconfiança, antes mesmo do processo de socialização” (FARIA,
1989, p.73).
O importante é entender que no decorrer de todo processo de
desenvolvimento a afetividade é como uma “energia” que impulsiona as ações,
ficando claro, no caso da escola, a importância da relação entre professor e
aluno, de modo que ambos convivam em um ambiente de harmonia, e que a
aprendizagem, assim, possa fluir com mais facilidade, havendo maior
rendimento e maior interação entre ambos.
CAPÍTULO 2 – A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE
ENTRE PROFESORES E ALUNOS PARA O
DESENVOLVIMENTO DO ENSINO-APRENDIZAGEM
Sabe-se que a convivência é a arte do ser humano. Estamos inseridos
em sociedades, portanto em contato com outros seres, e, essa convicência tem
sido difícil e desafiante.
A teoria de Rogers (1961) apud Souza (2005) dá ênfase às relações
interpessoais e ao crescimento que dela resulta e que estas relações facilitam
a aprendizagem, permitindo que as pessoas sigam novas direções, conforme
seus interesses, desencadeando o senso de pesquisa, indagação e análise,
reconhecendo que tudo se acha em processo de mudança.
Todos nós sabemos que a educação é a forma mais valiosa e de
permanente troca de conhecimento. É encontrada em diversos mundos já que,
em qualquer ambiente que formos sempre haverá algo novo para se conhecer
e consequentemente apresentar nossos costumes e hábitos.
Segundo Weiss (s.d.), a convivência escolar como a aprendizagem
envolvem dimensões semelhantes, entre elas a dimensão sócio-afetiva. A base
da aprendizagem como a do relacionamento humano está em nossas emoções
na relação com o outro. Portanto, na Escola, como um recorte da sociedade,
não poderia ser diferente.
De acordo com Marilena Chauí (1998) no contexto das dinâmicas
sociais, a educação e a instituição de ensino, no papel de seus professores,
devem apresentar um caráter crítico de elevação cultural do indivíduo e da
sociedade. E ainda observa que:
“Conhecer é apropriar-se intelectualmente de um dado campo de
fatos, ou de idéias que constituem o saber estabelecido; pensar é
enfrentar pela reflexão a capacidade de uma experiência nova cujo
sentido ainda precisa ser reformulado que precisa ser reproduzido
pelo trabalho de reflexão, sem outras garantia senão o contato com a
própria experiência” (CHAUÍ, 1998, p.45).
É importante saber que o detentor de conhecimentos, por mais
habilitação que este tenha, saiba que professor e aluno estão em lados
opostos. Da mesma forma é conveniente ter em mente que a pessoa detentora
do conhecimento não se vanglorie da hierarquia imposta muita vezes de forma
distorcida. Para uma boa convivência da relação professor e aluno o diálogo
surge como um fator importantíssimo para uma relação sadia.
Porém, observamos que não é esse diálogo que observamos no âmbito
de nossas escolas. Vemos dois lados. De um lado, o professor sendo uma
pessoa autoritária, arrogante mas inseguro e, devido a essa insegurança,
acaba criando uma sala de aula movida pelo temor causado aos alunos. São
vários os motivos que podem causar esse contexto. Temos como exemplo a
péssima remuneração de nossos docentes, problemas externos à escola e falta
de preparo.
De acordo com Libâneo (1994, p.250):
O professor deve cuidar de apresentar objetivos, os temas de estudo
e as tarefas numa forma de comunicação compreensível e clara.
Deve esforçar-se em formular perguntas e instruções verbais que os
alunos possam entender. Não se espera que haja pleno
entendimento entre professor e alunos, mesmo porque a situação
pedagógica é condicionada por outros fatores. Mas as formas
adequadas de comunicação concorrem positivamente para a
interação professor-aluno.
E diz ainda:
O professor representa a sociedade, exercendo um papel de
mediação entre o indivíduo e a sociedade. O aluno traz consigo a sua
individualidade e liberdade. Entretanto a liberdade individual está
condicionada pelas exigências grupais e pelas exigências da situação
pedagógica, implicando a responsabilidade (LIBÂNEO, 1994, p.251).
Conforme Dittrich (2010), a experiência do professor dentro das salas de
aula mostra que ora o aluno se empenha em resolver suas tarefas, ora ele não
“está nem aí”, se encontra indiferente à presença do professor, sem motivação
e isso tem como consequência o abandono escolar. Antes disso, porém, o
professor resolver dar um “tratamento de choque” na classe e menciona “Prova
semana que vem”. Dessa forma chama-se a atenção do aluno para a aula, mas
em boa parte dos casos, um aprendiz a menos.
Dessa forma, o professor deve procurar desenvolver a motivação nos
alunos a fim de que eles possam aprender. Conforme afirmou Murray (1986,
p.20), a motivação é “um fator interno que dá início, dirige e integra o
comportamento de uma pessoa”. O mesmo pensamento tem Pfromm (1987,
p.112) quando afirmou que “os motivos ativam e despertam o organismo,
dirigem-no para um alvo em particular e mantém o organismo em ação”.
O processo de aprendizagem pode estar relacionado a diversos fatores
envolvidos em condições internas e externas do aprendiz. A motivação pode
ser um desses fatores. É conveniente que o aprendizado seja uma atividade
desenvolvida de forma prazerosa. Quando realizamos algo com satisfação o
resultado tem mais significado. Em qualquer atividade que realizemos a
primeira necessidade é ter vontade. Sem esse desejo a caminhada na busca
dos objetivos sempre fica mais difícil.
No artigo de Freitas et al. (2008), os autores afirmaram que os saberes
construídos
no
processo
sócio-educativo
inovam
e
estruturam
o
desenvolvimento social, econômico, político, cultural de uma comunidade. O
ser humano constrói a dinâmica da convivência e evolução social. Segundo
Weiss (1991) citado por Freitas et al. (2008),
se as pessoas não se encontram motivadas a fazer algo com que se
identifiquem ou a alcançar uma meta, podem ser persuadidas a tomar
atitudes que prefeririam não tomar, o que as condicionará a um
comportamento indeciso. Há muito tem visto estudos feitos por vários
profissionais sobre as dificuldades de aprendizagem e a falta de
interesse por parte dos alunos, esta é uma preocupação que vem se
estendendo. Alguns estudiosos já chegaram a conclusão que muitas
destas dificuldades se dá pela falta de motivação dentro do contexto
escolar (WEISS, 1991 citado por FREITAS et al. 2008, p.2).
Todos nós sabemos que o que leva a pessoa adiante é a motivação. De
acordo com o dicionário Aurélio, a motivação “é conceituada como uma
exposição de motivos ou causas”. Logo, como já foi mencionado, é preciso ter
motivos para conseguir alcançar algum objetivo, alguma meta pre-estabelecida.
Não é função da escola apenas repassar ao aprendiz conceitos e
conhecimentos sistematizados por uma educação fragilizada. E essa
fragilização ocorre, em grande parte, pela falta de estimulação e motivação do
educador. Portanto, é função da escola procurar despertar no professor esse
estímulo para passar uma educação mais concentrada, proporcionando um
lugar onde possa oferecer ao indivíduo condições para aumentar sua
perceptividade e compreensão do mundo que o rodeia. A sala de aula deve ser
uma lugar confortável, que faça aluno e professor se sentirem bem.
O diálogo entre professor e aluno é um dos motivos que faz com que o
aluno se interesse mais. É dessa relação que pode influenciar o processo de
ensino-aprendizagem. E uma relação sadia deve ter o mínimo de afetividade
entre as pessoas.
De acordo com Wallon (1968) citado por Colombo (2007), a afetividade
envolve várias manifestações, abrangendo os sentimentos (ordem psicológica)
e as emoções (ordem biológica). Identificou as primeiras manifestações
afetivas do ser humano, suas características e a grande complexidade que
sofrem no decorrer do desenvolvimento, assim como suas múltiplas relações
com outras atividades psíquicas. Wallon afirmou que a afetividade desempenha
uma importante função na constituição e funcionamento da inteligência,
determinando os interesses e necessidades individuais. Dessa forma, faz-se
necessária a distinção dos termos emoção e afetividade, uma vez que,
frequentemente, são usados como sinônimos. A emoção refere-se a
manifestações afetivas de estados subjetivos como os sentimentos e os
desejos. Para o autor,
“As emoções consistem essencialmente em sistemas de atitudes que
correspondem, cada uma, a uma determinada espécie de situação.
Atitudes e
situação correspondente implicam-se mutuamente,
constituindo uma maneira global de reagir de tipo arcaico, freqüente
na criança. (...) Daqui resulta que, muitas vezes, é a emoção que dá o
tom ao real” (WALLON, 1968, p. 140 apud COLOMBO, 2007).
Já a afetividade se refere uma gama maior de manifestações,
englobando as dimensões psicológica e biológica, ou seja, os sentimentos e as
próprias emoções.
A teoria de Wallon (1978) apud Colombo (2007) afirma que as emoções
permitem ao indivíduo uma primeira forma de consciência de suas próprias
disposições, ao mesmo tempo em que, sendo visíveis através de vestígios
expressos publicamente, constituem-se no primeiro meio de interação com o
outro. Sendo assim, a emoção torna-se o primeiro e mais intenso vínculo entre
os indivíduos, tendo como forma de expressão, o olhar, o gesto, a mímica.
Para o autor,
“Os únicos atos úteis que a criança pode fazer, consistem no fato de,
pelos seus gritos, pelas suas atitudes, pelas suas gesticulações,
chamar a mãe em seu auxílio. (...) Portanto, os primeiros gestos (...)
não são gestos que lhe permitirão apropriar-se dos objetos do mundo
exterior ou evitálos, são gestos dirigidos às pessoas, de expressão”
(WALLON, 1978, p. 201 apud COLOMBO, 2007).
Dolle (1993) reforçou que a afetividade está implicada com as
significações:
A afetividade, nas relações interindividuais, se alimenta unicamente
do sentido e que é este quem a estrutura, desequilibra, equilibra e
reequilibra. O gesto, até mesmo discreto, o brilho no olhar, etc, são
tão expressivos quanto as palavras. Dito de outro modo, a afetividade
em ato fala aquele que a recebe porque ela tem um sentido e informa
sobre o estado daquele que a leva a falar, sobre suas intenções, seus
julgamentos, sua disposição de espírito com relação ao destinatário,
etc (p.120).
Ainda conforme o autor, a afetividade exerce sobre si mesma um certo
poder. Exemplo disso é quando um sujeito se torna fraco devido a um efito de
alguma decepção ou de algum fracasso. Ato de motivação ou de
desestimulação ou até uma palavra pronunciada em outro tom pode provocar
desestabiliação do sujeito.
Diante das ideias colocadas percebe-se que os afetos são carregados
de palavras e gestos significativos, de sentido.
Durante o desenvolvimento, a inteligência e a afetividade inter-relacionase com predominância ora da afetividade, ora da inteligência, movimento de
alternância através do qual cada nível funcional apropria-se dos avanços e
conquistas do outro para, então, também evoluir.
Klausmeier (1977) apud Souza (2005) ressalta a existência de estudos
sobre os comportamentos dos professores nos campos afetivos e intelectual,
os quais mostram que as qualidades de professores julgados como de alto
padrão associados ao ensino bem sucedido, eram, mais afetivas do que
cognitivas.
Este
tipo
de
professor
mostrou
generosidade,
expressou
sentimentos de amizade, eram sociáveis e sociais, gostavam de seu
relacionamrento com alunos e preferiam procedimentos não diretivos a
procedimentos diretivos.
Klausmeier (1977) destaca ainda que
conhecer a área de conteúdo, ter calor humanos, ser compreensivo e
amigo, ser responsável, metódico e sistemático, ser estimulador,
imaginativo e dinâmico, e ser entusiástico e flexível são fatores que
correlacionam positivamente e emgrau moderadamente alto, com a
eficiênciado ensino.
A escola deve ser um lugar interessante, que consiga despertar no aluno
a criatividade e consequentemente prepará-lo para o ensino. É função da
escola proporcionar a integração e primar para que consiga instruir a formação
de cidadão participantes de uma sociedade mais igualitária, na qual a
educação voltada para a solidariedade estabeleça as diretrizes. Necessário,
portanto, desenvolver a amorosidade na escola, que poderá gerar reflexos em
toda a sociedade:
A amorosidade é essa mesma relação dialógica que inclui
principalmente o outro não mais assujeitado a um (alunos, paciente,
cliente, freguês) poder, mas sujeito de sua palavra e de seus
sentimento e desejos.
A amorosidade é em si a energia para a ação de que fala Piaget.
Afetividade em educação se manifesta nesse empoderamento que o
professor dá ao aluno com o podes aprender, já sabes muito, e muito
mais vai saber (DOTTI, 2006, p. 206).
É por meio de um tratamento que o aluno pode ser estimulado a produzir
o próprio aprendizado. E essa é a base de uma aprendizagem que se quer e
que está orientada para a emancipação do indivíduo porque pressupõe:
[...] a reinvenção e construção personalizada do conhecimento. E
nisso prazer representa uma dimensão-chave. Reencantar a
educação significa colocar a ênfase numa visão da ação educativa
com ensejamento e produção de experiências de aprendizagem
(ASSMANN, 1998, p. 29).
No mesmo sentido, defende Gadotti (2000, p.12) que a educação do
futuro:
[...] será sempre uma educação contestadora, superadora dos limites
impostos pelo Estado e pelo Mercado, portanto, uma educação muito
mais voltada para a transformação social do que para a transmissão
cultural. Mas, para que isso seja possível, necessário que ocorra:
[...] a participação mais intensa e organizada da sociedade. O acesso
à informação não é apenas um direito. É um direito fundamental, um
direito primário, o primeiro de todos os direitos, pois sem ele não
temos acesso aos outros direitos (GADOTTI, 2000, p.13).
Guareschi (2006, p.193) alerta, ainda, ao fato de ser necessário
transformar a educação em um processo de libertação com a construção de
uma visão crítica da realidade que
(...) está associada à questão da cidadania, entendia não como um
estado natural, mas uma conquista e compromisso histórico, com
destaque para a participação no processo de decisões que são
tomadas na construção de uma nação.
Mas é preciso termos consciência de que a escola não é responsável
por toda a educação do cidadão. É necessário a participação da família, da
comunidade. Só assim poderá proporcionar uma educação desveladora dos
sistemas de reprodução e coação social.
Como já foi afirmado, educar não significa apenas transmitir informações
ou indicar qual o caminho a ser trilhado (o professor julga que o caminho que
ele indica é o correto). Educar é muito mais. É ajudar o aluno a se conhecer, a
ter consciência do que ele é, dos outrso e da comunidade, inclusive qual o seu
papel dentro dela. Ensinar é se conhecer como pessoas e acatar as pessoas
como são, tanto com suas qualidade quanto com seus defeitos.
Logo, o professor é sem dúvida a peça-chave
no processo da
educação, devendo ser encarado como um elemento essencial e fundamental.
No que tange à transmissão de conhecimentos e de experiências,
quanto mais rica for a história de vida e profissional do professor, mais serão as
chances de desemepenhar uma prática democrática efetiva que eduque de
forma positiva.
Acerca deste assunto, Nóvoa, em 1991, afirmou que “não é possível
construir um conhecimento pedagógico para além dos professores, isto é, que
ignore as dimensões pessoais e profissionais do trabalho docente”. No entanto,
essas palavras não querem entoar que o educador é o único responsável pelo
sucesso (ou fracasso) do aluno durante sua permanência da escola, mas com
certeza que o seu papel é de suma importância, tanto como pessoa como
profissional.
Logo, para que o verdadeiro processo educativo é notável que haja um
fator importantíssimo que rodeie a relação professor-aluno. Estamos falando da
relação estreita denominada afetividade, que notamos que falta na maioria das
instituições de ensino.
A íntima relação entre afetos, sentimentos e intuições na construção do
conhecimento tem sido enfatizada por diversos autores.
De forma mais poética, Snyders (1986) citado por Paula e Faria (2010)
afirmou que quando o indivíduo ama, esse amor o ajuda a se revelar e se
descobrir. Mauco (1986) também citado por Paulo e Faria, comentou que a
afetividade deveria ser a primeira preocupação das instituições de ensino, já
que é ela indica o comportamento, o caráter e a atividade cognitiva da criança.
A preparação da criança para a escola passa pelo desenvolvimento de
competências
confiança,
emocionais
curiosidade,
–
inteligência
intencionalidade,
emocional
–
autocontrole,
designadamente
capacidades
de
relacionamento, de comunicação e de cooperação. Sem o auxílio e o exemplo
do professor pode se tornar uma tarefa árdua, pois a criança se espelha no
exemplo e quem é o exemplo na escola se não o professor (PAULA; FARIA,
2010).
Em 1997, Paulo Freire, estudioso autor da área de Educação, em seu
livro Tia sim, tia não, destacou a importância da questão da afetividade na
construção do conhecimento, afirmando que
é necessário que evitemos outros medos que o cientificismo nos
inoculou. O medo, por exemplo, de nossos sentimentos, de nossas
emoções, de nossos desejos, o medo de que ponham a perder nossa
cientificidade. O que eu sei, sei com o meu corpo inteiro: com minha
mente crítica, mas também com os meus sentimentos, com minhas
intuições, com minhas emoções. O que eu não posso é parar
satisfeito ao nível dos sentimentos, das emoções, das intuições. Devo
submeter os objetos de minhas intuições a um tratamento sério,
rigoroso, mas nunca desprezá-los (FREIRE, p.28, 1997).
A afetividade tem grande importância no desenvolvimento do processo
ensino-aprendizagem, pois se acredita que a complementação afetiva auxilia
na compreensão e moificação dos indivíduos, ao invés de um raciocínio
mecanizado de tudo que é transmitido pelo professor. É notado também qe
hoje em dia, para o processo educacional inteligente a brincadeira ou o lúdico é
inserido nas salas de aula como método de aprendizagem, de chamar a
atenção da criança.
Como por simbiose, nós professores temos o dever se sermos felizes e
assim contagiarmos os nossos alunos.
Se, por algum motivos, a criança não dispor de felicidade em seu lar, ela
buscará a felicidade na escola. Aliás, não encontrando-a em casa, o melhor
lugar para lhe mostrar que a felicidade realmente existe é na escola, afinal
porque não mostrarmos à criança o quanto é bom um afeto?
Como o aluno é visto como um simples objeto de aprendizagem, a
questão da afetividade no âmbito escola deixa muito a desejar, não é presença
constante dentro das salas de aula.
Logo, sabendo quão importante é a afetividade para o desenvolvimento
do ensino e aprendizagem, é precisa quebrar conceitos antigos e pensar na
criança num ser como um todo, que é formado de emoções, sensibilidade e
amor.
É de conhecimento de todos que os jovens têm como referências de
vida pessoas, gestos, palavras que juntos irão proporcionar a base para a
formação de identidade. Vários psicólogos, professores e profissionais de
várias áreas sabem que os vínculos harmoniosos dos jovens, em seus
momentos de frustração, por meio dos quais recebem amor e compreensão,
desenvolverão uma identidade sadia e, dessa forma conseguirão mais
facilmente ultrapassar obstáculos que possam surgir.
É função da estrutura familiar sociabilizar seus filhos. Muitas pesquisas e
estudos têm sido realizados e demonstrados que jovens-problemas são
consequências de famílias sem uma base de estrutura afetiva familiar, isso
independente o nível social e econômico.
Assim, família e escola, juntas, devem trabalhar em parceria com a
finalidade de propor aos jovens a evolução com ser humano. Logo, a escola
tem como trabalho pedagógico e educacional, cuidar da sua formação,
fazendo-os cumprir regras, impondo-lhes limites, e acima de tudo acreditando
que os jovens têm capacidade de suportar frustrações. Sabe-se quão complexa
é essa tarefa, mas os momentos de amorosidade vividos no âmbito escolar são
de extrema importância para a formação de personalidades saudáveis.
É na escola que deve se dar a conscientização a respeito dos problemas
do planeta: destruição do meio ambiente, desvalorização de grupos menos
favorecidos economicamente, etc. Deve-se falar sobre amizade, sobre a
importância do grupo social, sobre questões afetivas.
CAPÍTULO 3 – PAPEL DA PSICOPEDAGOGIA NO
PROCESSO DA APRENDIZAGEM
A Psicopedagogia tem como objeto de estudo a aprendizagem no que
tange ao processo de desenvolvimento individual, onde a trajetória da
construção do conhecimento é valorizada e entendida como parte do resultado
final (PAROLIN, 2000).
Os primeiros centros de Psicopedagogia foram fundados por Boutonier e
George Mauco em 1946 na Europa. Tinham avaliação médica e pedagógica.
Dessa forma tentavam reinserir crianças com comportamentos inadequados
em ambiente escolar ou em casa, além de fazer atendimento em crianças com
dificuldade de aprendizagem.
Era importante a união dessas áreas profissionais para conhecer a
criança e o meio em que ela estava inserida. Dessa forma ficaria fácil a
compreensão do caso e assim determinar que ação poderia ser efetuada.
A respeito disso Bossa em 1994 explanou:
A literatura francesa influencia as ideias sobre psicopedagogia na
Argentina (a qual, por sua vez, influencia a práxis brasileira) –
encontra-se, entre outros, os trabalhos de Janine Mery, a
psicopedagoga francesa que apresenta algumas considerações sobre
o termo psicopedagogia e sobre a origem dessas idéias na Europa, e
os trabalhos de George Mauco, fundador do primeiro centro médico
psicopedagógico na França(...), onde se percebeu as primeiras
tentativas de articulação entre Medicina, Psicologia, Psicanálise e
Pedagogia, na solução dos problemas de comportamento e de
aprendizagem (BOSSA, 1994, p. 28).
A história da Psicopedagogia surgiu no Brasil por vaolta da década de
70 quando as dificuldades de aprendizagem foram relacionadas a problemas
neurológicos, chamada de disfunção cerebral mínima (DCM).
A Psicopedagogia foi introduzida aqui no Brasil baseada nos modelos
médicos de atuação e foi dentro desta concepção de problemas de
aprendizagem que se iniciaram, a partir de 1970, cursos de formação de
especialistas em Psicopedagogia na Clínica Médico-Pedagógica de Porto
Alegre, que tinha duração de dois anos.
A Psicopedagogia foi inicialmente uma ação da Medicina e da Psicologia
e em seguida passou a ser conhecida como a área que possuía um
conhecimento independente e complementar, tendo como objetos de estudo o
processo de aprendizagem e recursos diagnósticos, corretores e preventivos
próprios. A Psicopedagogia recebeu importantes contribuições de profissionais
argentinos como Sara Paín, Jacob Feldmann, Ana Maria Muniz, Jorge Visca,
dentre outros (ANDRADE, 2006).
Jorge Visca foi o maior contribuinte para a Psicopedagogia brasileira. Ele
foi o criador da Epistemologia Convergente, linha teórica que propõe um
trabalho com a aprendizagem utilizando-se da integração de três linhas da
Psicologia: Escola de Genebra - Psicogenética de Piaget (já que ninguém pode
aprender além do que sua estrutura cognitiva permite), Escola Psicanalítica Freud ( já que dois sujeitos com igual nível cognitivo e distintos investimentos
afetivos em relação a um objeto aprenderão de forma diferente) e a Escola de
Psicologia Social de Enrique Pichon Rivière.
Visca afirmou:
Se ocorresse uma paridade do cognitivo e afetivo em dois sujeitos de
distinta cultura, ainda assim suas aprendizagens em relação a um
mesmo objeto seriam diferentes, devido às influências que sofreram
por seus meios sócio-culturais” (VISCA, 1991, p.66).
Jorge Visca também foi o responsável pela implantação de Centros de
Psicopedagogia no Rio de Janeiro, São Paulo, capital e Campinas, Salvador, e
Curitiba. Ministrou aulas em Salvador, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo,
Campinas, Itajaí, Joinville, Maringá, Goiânia, Foz do Iguaçu e muitas outras.
O caminho da Psicopedagogia no Brasil, é árduo. O Psicopedagogo
precisa
ser
um
especialista
em
aprendizagem
humana,
agregando
conhecimento de diversas áreas (técnicas e científicas). A tarefa é intervir no
processo da mesma (aprendizagem) com o intuito de potencializa-lo, além de
tratar das dificuldades, utilizando instrumentos próprios para este fim (ROCHA,
2009).
Vários cursos na área da Psicopedagogia foram e são realizados desde
a sua iniciação no Brasil. Percebe-se um grande aumento o quadro de
profissionais enveredando para a Psicopedagogia. No entanto, é importante
dar ênfase ao fato de que a demanda de profissionais pode fazer proliferar
cursos
precários,
distribuindo
diplomas
e
certificados
a
profissionais
inadequados. A Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp) existe no
Brasil desde a década de 80 e é dela a responsabilidade de organizar eventos
e publicar temas relacionados à Psicopedagogia.
No âmbito ensino-aprendizagem a criança pode apresentar dificuldades
emocionais e com isso sofrer algumas consequências que podem afetar o
desempenho nas atividades escolares.
A relação social que é estabelecida em ambiente escolar contribui para o
desenvolvimento cognitivo do aprendiz, pois este passa a ser continuamente
confrontado por diferentes pontos e passa a ser influenciado pela escala de
valores que o grupo adota.
Quando o professor analisa a situação de determinado aluno pode ficar
inseguro ao encaminhar este aluno ao atendimento psicopedagógico, mesmo
porque pode encontrar obstáculos, como os pais deste aluno. Muitas vezes os
responsáveis pelo aluno podem ficar insatisfeitos com a conduta do professor e
por vezes, com a escola, achando que seu filho não tem nenhum problema.
Considera-se até a atitude desses pais como uma reação de defesa que não
aceita o apoio psicopedagógico.
De acordo com Nádia Bossa (2000, p.2), “muitos professores quando
encaminham o aluno ao psicopedagogo o fazem com intuito de melhor auxiliálo, e não desistindo dele.” Aí se observa a importância do trabalho do
psicopedagogo, que tem uma visão dos problemas de aprendizagem escolar,
feita por um profissional, o que propõe uma visão abrangente para as soluções
das dificuldades que alguns alunos enfrentam, analisando-a em diferentes
perspectivas da sociedade, da escola e do aluno.
A psicopedagogia pode executar sua atividades de duas formas:
trabalho clínico ou preventivo. No trabalho preventivo, a instituição, enquanto
espaço físico
e psíquico da aprendizagem, é objeto de estudo da
psicopedagogia.
Nadia Bossa em 1994 afirmou em sua obra as características da
psicopedagogia clínica:
O trabalho clínico se dá na relação entre o sujeito com sua história
pessoal e sua modalidadede aprendizagem, buscando compreender
a mensagem do outro sujeito (...) nesse processo onde investigador e
objeto - sujeito de estudo interagem constantemente, a própria
alteração torna-se alvo de estudo da psicopedagogia, isto significa
que, nesta modalidade de trabalho, deve o profissional compreender
o que o sujeito aprende, como aprende e por que, além de perceber a
dimensão da relação entre psicopedagogo e sujeito de forma a
favorecer a aprendizagem.(1994, p.11-12).
No que se refere à psicopedagogia preventiva, Nádia Bossa afirmou:
À atitude do profissional no sentido de adequar as condições de
aprendizagem de forma a evitar comprometimentos. (...) Nesse
processo o psicopedagogo elege a metodologia e/ou a forma de
intervenção com objetivo de facilitar e /ou desobstruir tal processo,
função primeira da psicopedagogia.(1994, p.11).
Em referência á questão da afetividade, o trabalho de Coben e Zigmond
em 1986 investigou o patamar sociométrico de crianças com e sem dificuldade
de aprendizagem. Os autores constataram que as crianças que apresentaram
dificuldades não mais rejeitados do que os colegas sem dificuldade de
aprendizagem.
Outro estudo realizado anteriormente por Miller em 1984 verificou a
aceitabilidade dos estudantes que apresentavam alguma dificuldade de
aprendizagem. Após a observação, os autores atestaram que os estudantes
sem dificuldade aceitam primeiramente os estudantes “semelhantes” a eles, em
seguida os estudantes com dificuldade de aprendizagem e posteriormente os
surdos, os cegos e por último os deficientes físicos.
Sisto e Martinelli (2006) averiguaram e constataram que qunato maior a
maior aceitação social, menor será a dificuldade de aprendizagem e o regular
desempenho, e quanto maior a rejeição, maior será a dificuldade e o baixo
desempenho.
Através desses estudos percebe-se a clara importância das relações
sociais e afetivas que podem influenciar o contexto do ensino-aprendizagem.
O professor precisa estabelecer uma relação afrtiva com seus aluno e é
necessário que ele perceba que seus alunos também têm algo a oferecer. O
professor oferece através de suas atitudes uma gama de informações ao aluno.
Dessa forma, as expectativas quem para com seu aluno poderão contribuir
para o desempenho de seu aluno. Quando o aluno tem suas características
destacadas pelo professor, as mesmas tendem a se acentuar. Tanto no
aspecto positivo quanto negativo.
Exemplo disso é quando uma criança apresenta dificuldade de
aprendizagem e o professor destaca nela essa característica, a criança passar
a se enxergar como incompetente. Essa imagem feita de si mesma pode
provocar isolamento, passividade, dependência e inclusive submissão.
Dessa forma, o professor deve ter conhecimento das possibilidades de
aprendizagem de cada aluno e adotar metodologias de ensino ao aluno. É
função do professor atuar como mediador do processo de facilitar e auxiliar os
alunos a construir aprendizagens significativas. A aprticipação atuante dos
alunos aontece uando os mesmos sentem que podem ter êxito em sua
aprendizagem.
Diante dessa explanação encontra-se no professor o instrumento
metodológico na relação da aprendizagem, tendo em vista que a mesma se
realiza na interação entre ele (professor) e o aluno.
A psicopedagogia vai atuar nesta relação, inicialmente, na busca por
conhecer o professor e verificar a sua preparação para atuar em sala de aula.
O psicopedagogo verifica também quais são os procedimentos do projeto
pedagógico da instituição. Fazendo essa análise, o psicopedagogo pode
intervir de forma adequada e assim exercer seu trabalho de forma consciente e
compatível com os interessados na relação.
Já mencionamos no capítulo anterior a participação e a importância da
família
no
processo
de
ensino-aprendizagem.
A
função
do
apoio
psicopedagógico na relação família-aluno, não teve se contentar apenas na
orientação aos pais mas mostrar à família que juntos, a família e a escola,
podem colaborar na construção da aprendizagem. Exemplo de como interferir
nesta relação é propor atividades que proporcionem a presença da família na
escola, enquanto a escola aproveita para conhecer a comunidade.
O psicopedagogo atua nos processos educativos com o objetivo de
diminuir a freqüência dos problemas de aprendizagem, o trabalho incide nas
questões didático–metodológicas. Focaliza as possibilidades do aprender, num
sentido amplo. Não deve se restringir apenas a uma só agência como a escola,
mas ir também à família e à comunidade bem como, na formação e orientação
de professores.
Uma outra participação psicopedagógica diz respeito às tecnologias de
informação. Hoje é grande a quantidade de informações que chegam e a
velocidade com que são transmitidas põem a escola como uma ferramenta
atrasada na transmissão dos conhecimentos. Crianças e adolescentes
frequentadores das escolas sentem-se, por vezes, desmotivados ao ouvir as
explicações do professor já que eles têm disponibilidade de acesso ao mundo
tecnológico. No entanto, é preciso ficar atento já que acesso à informação não
é semelhante ao acesso de conhecimento.
No âmbito da utilização do meio tecnológico, o psicopedagogo deve ter
a necessidade de procurar conhecer esse meio e buscar se familiarizar aos
novos tipos de ensino-aprendizagem que utilizam esse recurso. Dessa forma, o
psicopedagogo tem uma ferramenta a mais para colaborar. Mas é
imprescindível lembrar qe as novas tecnologias não são métodos pedagógicos
de ensino, mas suporte para se alcançar um aprendizado significativo, que não
se realiza sem as relações interpessoais.
Diante
do
que
foi
exposto,
percebeu-se
que
a
atuação
do
psicopedagogo é fundamental para que ele possa conhecer o aluno. Ele deve
estar preparado para eventuais atitudes inesperadas por parte dos alunos e
professores, por exemplo, resistências, bloqueios, raiva e sentimentos. O
psicopedagogo não pode parar de buscar métodos para poder interferir em
questões que a ele lhe compete. Deve procurar estudar a fim de que possa
compreender de maneira mais completa as crianças e os adolescentes.
Em 1994 Bossa afirmou que
o reconhecimento do caráter interdisciplinar, significa admitir sua
especificidade, uma vez que a psicopedagogia, na busca de
conhecimentos de outros campos, cria o seu próprio objeto de
estudo. (BOSSA, 1994, p.5-6).
Diante da afirmação da autora é necessário que esqueçamos a ideia de
ver a psicopedagogia apenas como a união da psicologia e pedagogia.
Ainda para Nádia Bossa,
A psicopedagogia como área de aplicação, antecede o status de área
de estudos, a qual tem procurado um corpo teórico próprio, definir o
seu objeto de estudo e delimitar o seu campo de atuação. para isso
recorre à psicologia, psicanálise, lingüística, fonoaudiologia, medicina
e pedagogia (BOSSA, 1994, p.6).
Como já foi visto, a psicopedagogia tem o seu lugar na clínica e na
instituição. Cada um desses espaços implica uma metodologia específica de
trabalho. Em ambos, no entanto, devem ser consideradas as circunstâncias, ou
seja, o contexto de vida do sujeito, da família, da escola e da comunidade
CONCLUSÃO
Diante do que vimos chega-se às seguintes conclusões:
• A afetividade na relação professor-aluno, definine-se como
condição imprescindível para o desenvolvimento da criança na
escola;
• A afetividade no ambiente escolar contribui para o processo de
ensino-aprendizagem, já que o professor não deve ser apenas o
transmissor de conhecimentos mas também deve ouvir os alunos.
Deve ser uma relação de troca;
• É importante mencionar que a afetividade não se dá somente
através do contato físico; discutir a capacidade do aluno, elogiálo, reconhecer seu esforço e sempre motivá-lo constituem formas
cognitivas de ligação afetiva;
• A escola, portanto, deve dar ênfase a questões como a interação
social,
o
desenvolvimento
moral-afetivo,
como
elementos
fundamentais no processo de construção de pensamento, durante
o processo ensino-aprendizagem. Para Piaget, o grande desafio
da educação seria favorecer o desenvolvimento intelectual em
harmonia com o desenvolvimento afetivo-moral para que o
sujeito,
aos
poucos,
pudesse
conquistar
sua
autonomia
intelectual, afetiva e moral; tendo como base as leis de
reciprocidade construídas em suas interações com o meio físicosocial e histórico-cultural;
• Nesta perspectiva, é necessário insistir no papel do professor: ele
é um profissional educador de fato, se comprometido não só com
a construção do conhecimento do aluno, mas deste como um
todo. Um professor que saiba viabilizar, entre seus alunos, as
trocas necessárias ao exercício de cooperações que irão
sustentar o desenvolvimento de personalidades autônomas no
domínio cognitivo, moral, social e afetivo;
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Gilce Luciana Segura Sobreira