AU TO RA L UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU O PE LA LE I DE DI R EI TO INSTITUTO A VEZ DO MESTRE EG ID A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA RELAÇÃO APRENDIZAGEM DO CU M EN TO PR OT PROFESSOR-ALUNO PARA O DESENVOLVIMENTO ENSINO- Por: Gilce Luciana Segura Sobreira Orientador: Profª. Fabiane Muniz Co-orientadora: Profª. Narcisa Castilho Melo Manaus 2010 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO PARA O DESENVOLVIMENTO ENSINOAPRENDIZAGEM Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do Mestre – Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção especialista em Psicopedagogia Por: Gilce Luciana Segura Sobreira do grau de Agradeço, primeiramente a Deus, razão todas as coisas, por ter me dado forças para perseverar, principalmente nos momentos de desanimo e de cansaço. A minha família, pelo apoio, pelo amor e carinho. A minha orientadora, pela contribuição nesta caminhada. Aos meus amigos pelo companheirismo. A todos que direta ou indiretamente participaram deste trabalho. Dedico Ao meu marido Sérgio, pelo amor companheirismo durante esta e longa jornada. Aos meus filhos João Gabriel e Izabela, razões do meu viver. RESUMO A presente monografia teve como tema A importância da afetividade na relação professor-aluno para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem e assim baseou-se nas ideias de Vygostky e Piaget desenvolveu-se a fundamentação teórica. Sabe-se que as emoções eafetos fazem parte de nossa vida e principalmente em relação ao aspecto cognitivo e racional do indivíduo. A presente monografia se propôs a analisar a influência do afeto na relação entre professor e aluno, uma vez que o professor deve conhecer seus alunos a partir da realidade em que eles vivem e assim pode aproveitar suas experiências para motivar e estimular seus alunos. Essa atitude faz com que o aluno se sinta mais seguro. Diante das bibliografias analisadas chegou-se á conclusão de que a afetividade contribui sim para o desenvolvimento do aprendizado do aluno, uma vez que ele a troca de experiências e conhecimentos leva o aluno a uma maior segurança e tranquilidade de sua personalidade. METODOLOGIA Os procedimentos metodológicos nos fazem entender que o embasamento teórico é de fundamental importância para a pesquisa, pois oferece fundamento para o referido estudo. Dividida em três capítulos essa monografia aborda reflexões e ideias de importantes estudiosos da área da educação. Dentre os autores que serviram de base para a pesquisa estão Vygotsky, Piaget, Wallon, Nádia Bossa. O primeiro capítulo buscou colocar as ideias de Vygostky e Piaget no que tange à relação entre professor e aluno. O segundo capítulo abordou as considerações propriamente ditas da afetividade aliada a motivação, à emoção e ao desempenho dos alunos. O terceiro capítulo buscou de forma sucinta mostrar de que forma a Psicopedagogia foi introduzida no Brasil e como os profissionais podem atuar na o desenvolvimento da aprendizagem. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 7 CAPÍTULO 1 - Relação professor-aluno segundo Vygostky e Piaget 10 CAPÍTULO 2 – A importância da afetividade entre professores e alunos para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem 16 CAPÍTULO 3 – Papel da Psicopedagogia do processo da aprendizagem 27 CONCLUSÃO 35 BIBLIOGRAFIA 37 INTRODUÇÃO É notório que as relações humanas são complexas porém são fundamentais para o desenvolvimento humano, tanto psíquico quanto intelectual, tendo como consequência o comportamento nas diversas áreas do ambiente em que o indivíduo se insere. No ambiente escolar encontram-se dois indivíduos importantes nessa relação de sociabilização: o professor e o aluno. A relação professor-aluno é fundamental no processo ensino- aprendizagem. A mesma, basicamente, acontece intricada com o conteúdo do ensino e com a metodologia adotada. Daí a importância de seu papel no processo ensino-aprendizagem e sua vinculação íntima com a organização do trabalho escolar. É inegável que todo professor, seja ele bom ou ruim, deixa a sua marca nos alunos. Essa relação tem dois lados. De um lado, conhecimento, experiência e, consequentemente, poder, de outro, desconhecimento e ansiedade. Essa situação pode levar o professor a uma atitude de dominação, visualizando o aluno como um ser, de certa forma ignorante, bem como considerando, equivocadamente, estar a passagem do conhecimento totalmente em seu poder. O aluno, nessa percepção, nada sabe, enquanto o professor sabe tudo, constituindo-se a relação professor-aluno simplesmente uma relação casual de transmissão de conhecimento e avaliação de sua aplicação, em que alunos e professores não se conhecem ou mal e reconhecem. Essa sempre foi a visão. Hoje observamos que esta relação é muito conturbada, influenciada pela indisciplina e pela violência dentro das escolas, o que afeta diretamente o processo ensino-aprendizagem. Como já foi citado, o professor deixa marcas em seus alunos. Assim, uma das formas de quebrar relação conturbada seria uma aproximação entre as duas partes através, principalmente da afetividade. Segundo Gadotti (1999, p.2), o educador para pôr em prática o diálogo, não deve colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo um analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida. Dessa forma o ensinar-aprender se torna uma atividade mais interessante para os dois lados. O trabalho teve como objetivo descrever de que forma o relacionamento, principalmente no que tange à afetividade, influencia no processo ensinoaprendizagem. O primeiro capítulo abordou de forma sucinta pensamentos Vygotsky e Piaget em relação ao tratamento entre professor-aluno, no que concerne à aprendizagem. A mesma foi enfocada por meio de uma perspectiva construtivista que compreende o desenvolvimento cognitivo como um processo de trocas ativas entre o sujeito e o objeto. O segundo capítulo explanou sobre o tema do trabalho, a questão da afetividade entre professores e alunos para o desenvolvimento da aprendizagem. Abordo-se também questões relacionadas à afetividade como a motivação, autoridade e a auto-estima. E finalizando, o terceiro capítulo mostrou a importância da Psicopedagogia para o processo da aprendizagem. Mencionará o surgimento dessa área no Brasil, enfocando os principais conceitos e estudos de Nadia Bossa. CAPÍTULO 1 – RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO SEGUNDO VYGOTSKY E PIAGET Hoje, percebemos que a relação professor-aluno não deve ser uma relação de imposição, de alteridade. Essa interação deve ser constituída de bases fundamentais que são o respeito, a cooperação e o crescimento conjunto. Como a corrente de Vygotsky é baseada no processo do construtivismo, o alunado passa a ser considerado um sujeito de interação e ativista no processo da construção do conhecimento. Em consequência, o educador exerce papel fundamental por ser mais experiente nesse processo. De modo geral, para Vygotsky para a construção do conhecimento não é apenas a interação professor-aluno que interessa e sim, também a relação do aluno com o restante, ou seja, dos alunos entre si. Vygotsky (1994) apud Tassoni (2000), ao destacar a importância das interações sociais, traz a idéia da mediação e da internalização como aspectos fundamentais para a aprendizagem, defendendo que a construção do conhecimento ocorre a partir de um intenso processo de interação entre as pessoas. Portanto, é a partir de sua inserção na cultura que a criança, através da interação social com as pessoas que a rodeiam, vai se desenvolvendo. Apropriando-se das práticas culturalmente estabelecidas, ela vai evoluindo das formas elementares de pensamento para formas mais abstratas, que a ajudarão a conhecer e controlar a realidade. Nesse sentido, Vygotsky destaca a importância do outro não só no processo de construção do conhecimento, mas também de constituição do próprio sujeito e de suas formas de agir. Vygotsky acreditava que o homem, diferentemente dos animais, não está limitado a sua própria experiência pessoal e/ou as suas próprias reflexões.Para ele a experiência de cada ser individualmente alimenta-se, expande-se e aprofunda-se graças à apropriação da experiência social, consequência da linguagem (RUBINSTEIN, 1973). Dessa forma, Vygotsky dividiu o desenvolvimento intelectual do indivíduo em dois níveis, que são: nível de desenvolvimento intelectual real, que é aquele que se refere às conquistas já consilidadas na criança, a criança já domina e, o nível de desenvolvimento intelectual potencial, que se refere a tudo o que a criança é capaz de realizar mediante o auxílio de outro indivíduo. Este último, pode ser identificado quando, ao receber pistas, informações e orientações, a criança acaba por solucionar, na cooperação conjunta, uma dada tarefa que, de outro modo, não resolveria. Este nível de desenvolvimento é mais indicativo dos processos cognitivos da criança, uma vez que é possível se teruma ideia mais clara das funções psicológicas que ainda não amadureceram. Exemplo disso são duas crianças que possuem o mesmo nível de desenvolvimento real. Elas podem se tornar diferentes quanto ao nível de desenvolvimento intelectual potencial. Segundo Vigotsky (1998) a distância entre esse dois níveis é o que se chama de zona de desenvolvimento proximal. O autor mencionou ainda que, “aquilo que é zona de desenvolvimento proximal hoje será o nível de desenvolvimento real amanhã – ou seja aquilo que uma criança pode fazer com assistência hoje, ela será capaz de fazer sozinha amanhã” (VIGOTSKY, 1991, p.98). Neste caso, a zona de desenvolvimento proximal pode tornar-se conceito ou um método para os problemas do ensino-aprendizagem. Oliveira (1999, p.61) diz que "é na zona de desenvolvimento proximal que a interferência de outros indivíduos é a mais transformadora". A identificação do conceito de desenvolvimento proximal é especialmente promissor, uma vez que, fornece a psicólogos e educadores a possibilidade de pensar o desenvolvimento mental da criança tanto retrospectivamentecomo prospectivamente. Dessa maneira, pode-se visualizar as possibilidades imediatistas de uma dada criança, bem como a dinâmica interna de seu desenvolvimento. No que tange à afetividade na relação entre professor e aluno, Vygostky defende que a afetividade se constitui de elemento inseparável do processo do conhecimento. A qualidade da interação pedagógica confere um sentivo afetivo para o objeto de conhecimento a partir de experiências vividas. Para Vygotsky, relação professor/aluno não deve ser uma relação de imposição, mas, sim de cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve ser considerado como um ser interativo e ativo no seu processo de construção do conhecimento. O professor por sua vez deverá assumir um papel fundamental nesse processo, como um sujeito mais experiente. Por essa razão cabe ao professor considerar o que o aluno já sabe, sua bagagem cultural é muito importante para a construção da aprendizagem. O professor é o mediador da aprendizagem facilitando-lhe o domínio e a apropriação dos diferentes instrumentos culturais (ANDRADE, 2010). De acordo com Piaget, a criança constrói sua realidade como um ser humano singular, situação em que o cognitivo está em supremacia em relação ao social e o afetivo. Na perspectiva construtivista de Piaget, o começo do conhecimento é a ação do sujeito sobre o objeto, ou seja, o conhecimento humano se constrói na interação homem-meio, sujeito-objeto. Conhecer consiste em operar sobre o real e transformá-lo a fim de compreendê-lo, é algo que se dá a partir da ação do sujeito sobre o objeto de conhecimento. As formas de conhecer são construídas nas trocas com os objetos, tendo uma melhor organização em momentos sucessivos de adaptação ao objeto. A adaptação ocorre através da organização, sendo que o organismo discrimina entre estímulos e sensações, selecionando aqueles que irá organizar em alguma forma de estrutura. A adaptação possui dois mecanismos opostos, mas complementares, que garantem o processo de desenvolvimento: a assimilação e a acomodação. Segundo Piaget, o conhecimento é a equilibração/reequilibração entre assimilação e acomodação, ou seja, entre os indivíduos e os objetos do mundo (BASSO, 2010). Ao pesquisar o comportamento da criança, Piaget levou em consideração as fases de desenvolvimento, já que isto é importante para a compreensão o desenvolvimento afetivo na inserção da relação “conflitante” entre professor e aluno. O desenvolvimento no processo de aprendizagem começa quando a pessoa nasce. Através de reflexos instintivos, o bebê começa a sua aprendizagem na busca pela alimentação, por exemplo. Para Piaget essa é a fase egocêntrica do ser humano. Continuando o crescimento, pressegue-se a aprendizagem. Por volta de um ano e meio de idade a criança ainda não possui o sentimento de respeito pelo adulto. Essa é a fase denominada por Piaget de anomia. Durante essa fase, o que se desenvolve na relação criança – adulto é o afeto, que é item fundamental e importante na relação de respeito. A partir do do segundo ano de vida a criança começa a usar os sentimentos para alcançar os fins e experimenta “sucessos” e “fracassos” do ponto de vista afetivo. “O investimento do afeto em outras pessoas é o primeiro passo do desenvolvimento ‘social’ ” (WADSWORTH, 1995, p.40). Tradicionalmente, o professor tem como função apenas a transmissão de conhecimentos, dizendo o que está certo, o que está errado. Essa atitude vai de encontro à teoria de Jean Piaget que mostra a importância do professor na observação do desenvolvimento cognitivo da criança. O professor deve ser o encorajador para o avante do aluno. No dicionário on-line Wikipédia (2010) coloca a importância da espontaneidade da criança de acordo com Piaget: Muitas vezes o professor se mostra tão preocupado em ensinar que não têm paciência suficiente para esperar que as crianças aprendam. Dificilmente aguardam as respostas dos educandos, e perdem a oportunidade de acompanhar a estrutura de raciocínio espontânea de seus alunos. Com a concepção das respostas “certas” e sem o incentivo para pesquisa pessoal o estudante acaba por ter sua atividade dirigida e canalizada, podendo até dizer moldada pelo método de ensino tradicional. Por isso Piaget fixa tanto essa idéia da espontaneidade do aluno; porém, essa espontaneidade muitas vezes é distorcida em sua interpretação. Se um professor deixar a criança sem planejar sua atividade, achando que essa aprenderá sozinha, erroneamente estará aplicando o que Piaget diz. É de extrema importância a afetividade na relação professor-aluno. A afetividade é uma energia que impulsiona a relação, as ações, de modo que ambos (educando e educador) convivam em um lugar de harmonia e que assim a aprendizagem possa fluir com mais facilidade emais rendimento. O desenvolvimento da inteligência permite, sem dúvida, que a motivação possa ser despertada por um número cada vez maior de objetivos ou situações. Todavia, ao longo desse desenvolvimento, o princípio básico permanece o mesmo: a afetividade é a mola propulsora das ações, e a razão está ao seu serviço (LA TAILLE, 1992, p.65). É função do professor investigar e conhecer individualmente o seu aluno e não deixar que estes acumulem dúvidas em relação ao indivíduo como um todo. De acordo com Seber, em 1997, p.216, não se deve deixar de considerar que “(...) as construções intelectuais são permeados passo a passo pelo aspecto afetivo e que ele é muito importante”. Assim, o relacionamento entre professor e aluno deve ser de amizade, de troca de solidariedade, de respeito mútuo, enfim, não se concebe desenvolver qualquer tipo de aprendizagem, em um ambiente hostil. Mas não devemos esquecer que o respeito que a criança tem pelo adulto é unilateral, dando origem a dois sentimentos distintos: afeto e o medo; mas simultaneamente percebidos pela criança quando envolvidas em situações resultantes das suas ‘desobediências’ (RANGEL, 1992, p.67). No entendimento de Jean Piaget, o afeto e o medo têm como consequência o respeito unilateral. O autor cita como exemplo o respeito entre irmãos. Uma criança não irá desobedecer as ordens do irmão a quem tem afeto, se por ele não sentir também um pouco de medo; da mesma forma como não respeitará um adulto que tenha medo, se por ele não houver algum sentimento de estima. Por isso é que, para Piaget, se houver afetividade há possibilidade de pôr em prática o respeito mútuo, tão necessário para o desenvolvimento das relações pessoais em qualquer que seja o meio humano e, através dele, a aprendizagem flui com mais facilidade. Para Piaget para haver amor deve ter na relação afetuaosa reciprocidade, ou seja, os valores e interesses devem ser comuns. Inserindo esse contexto em ambiente escolar, percebe-se que se não houver interesses comuns entre professor e aluno, é praticamente impossível um desenvolvimento da aprendizagem satisfatório. Se não houver, por parte do professor, respeito aos valores sociais que vão diferenciar de aluno para aluno, dificilmente haverá respeito, compreensão, amizade ou qualquer outra forma de relação que possa colaborar com o desenvolvimento da aprendizagem do aluno, objetivo fim de uma escola (SILVA, s.d). Faria (1989) confirma o pensamento de Piaget quando diz: que o sucesso ou fracasso de uma ação do sujeito influencia suas ações seguintes: o sucesso conduzindo à confiança e o insucesso à desconfiança, antes mesmo do processo de socialização” (FARIA, 1989, p.73). O importante é entender que no decorrer de todo processo de desenvolvimento a afetividade é como uma “energia” que impulsiona as ações, ficando claro, no caso da escola, a importância da relação entre professor e aluno, de modo que ambos convivam em um ambiente de harmonia, e que a aprendizagem, assim, possa fluir com mais facilidade, havendo maior rendimento e maior interação entre ambos. CAPÍTULO 2 – A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE ENTRE PROFESORES E ALUNOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO ENSINO-APRENDIZAGEM Sabe-se que a convivência é a arte do ser humano. Estamos inseridos em sociedades, portanto em contato com outros seres, e, essa convicência tem sido difícil e desafiante. A teoria de Rogers (1961) apud Souza (2005) dá ênfase às relações interpessoais e ao crescimento que dela resulta e que estas relações facilitam a aprendizagem, permitindo que as pessoas sigam novas direções, conforme seus interesses, desencadeando o senso de pesquisa, indagação e análise, reconhecendo que tudo se acha em processo de mudança. Todos nós sabemos que a educação é a forma mais valiosa e de permanente troca de conhecimento. É encontrada em diversos mundos já que, em qualquer ambiente que formos sempre haverá algo novo para se conhecer e consequentemente apresentar nossos costumes e hábitos. Segundo Weiss (s.d.), a convivência escolar como a aprendizagem envolvem dimensões semelhantes, entre elas a dimensão sócio-afetiva. A base da aprendizagem como a do relacionamento humano está em nossas emoções na relação com o outro. Portanto, na Escola, como um recorte da sociedade, não poderia ser diferente. De acordo com Marilena Chauí (1998) no contexto das dinâmicas sociais, a educação e a instituição de ensino, no papel de seus professores, devem apresentar um caráter crítico de elevação cultural do indivíduo e da sociedade. E ainda observa que: “Conhecer é apropriar-se intelectualmente de um dado campo de fatos, ou de idéias que constituem o saber estabelecido; pensar é enfrentar pela reflexão a capacidade de uma experiência nova cujo sentido ainda precisa ser reformulado que precisa ser reproduzido pelo trabalho de reflexão, sem outras garantia senão o contato com a própria experiência” (CHAUÍ, 1998, p.45). É importante saber que o detentor de conhecimentos, por mais habilitação que este tenha, saiba que professor e aluno estão em lados opostos. Da mesma forma é conveniente ter em mente que a pessoa detentora do conhecimento não se vanglorie da hierarquia imposta muita vezes de forma distorcida. Para uma boa convivência da relação professor e aluno o diálogo surge como um fator importantíssimo para uma relação sadia. Porém, observamos que não é esse diálogo que observamos no âmbito de nossas escolas. Vemos dois lados. De um lado, o professor sendo uma pessoa autoritária, arrogante mas inseguro e, devido a essa insegurança, acaba criando uma sala de aula movida pelo temor causado aos alunos. São vários os motivos que podem causar esse contexto. Temos como exemplo a péssima remuneração de nossos docentes, problemas externos à escola e falta de preparo. De acordo com Libâneo (1994, p.250): O professor deve cuidar de apresentar objetivos, os temas de estudo e as tarefas numa forma de comunicação compreensível e clara. Deve esforçar-se em formular perguntas e instruções verbais que os alunos possam entender. Não se espera que haja pleno entendimento entre professor e alunos, mesmo porque a situação pedagógica é condicionada por outros fatores. Mas as formas adequadas de comunicação concorrem positivamente para a interação professor-aluno. E diz ainda: O professor representa a sociedade, exercendo um papel de mediação entre o indivíduo e a sociedade. O aluno traz consigo a sua individualidade e liberdade. Entretanto a liberdade individual está condicionada pelas exigências grupais e pelas exigências da situação pedagógica, implicando a responsabilidade (LIBÂNEO, 1994, p.251). Conforme Dittrich (2010), a experiência do professor dentro das salas de aula mostra que ora o aluno se empenha em resolver suas tarefas, ora ele não “está nem aí”, se encontra indiferente à presença do professor, sem motivação e isso tem como consequência o abandono escolar. Antes disso, porém, o professor resolver dar um “tratamento de choque” na classe e menciona “Prova semana que vem”. Dessa forma chama-se a atenção do aluno para a aula, mas em boa parte dos casos, um aprendiz a menos. Dessa forma, o professor deve procurar desenvolver a motivação nos alunos a fim de que eles possam aprender. Conforme afirmou Murray (1986, p.20), a motivação é “um fator interno que dá início, dirige e integra o comportamento de uma pessoa”. O mesmo pensamento tem Pfromm (1987, p.112) quando afirmou que “os motivos ativam e despertam o organismo, dirigem-no para um alvo em particular e mantém o organismo em ação”. O processo de aprendizagem pode estar relacionado a diversos fatores envolvidos em condições internas e externas do aprendiz. A motivação pode ser um desses fatores. É conveniente que o aprendizado seja uma atividade desenvolvida de forma prazerosa. Quando realizamos algo com satisfação o resultado tem mais significado. Em qualquer atividade que realizemos a primeira necessidade é ter vontade. Sem esse desejo a caminhada na busca dos objetivos sempre fica mais difícil. No artigo de Freitas et al. (2008), os autores afirmaram que os saberes construídos no processo sócio-educativo inovam e estruturam o desenvolvimento social, econômico, político, cultural de uma comunidade. O ser humano constrói a dinâmica da convivência e evolução social. Segundo Weiss (1991) citado por Freitas et al. (2008), se as pessoas não se encontram motivadas a fazer algo com que se identifiquem ou a alcançar uma meta, podem ser persuadidas a tomar atitudes que prefeririam não tomar, o que as condicionará a um comportamento indeciso. Há muito tem visto estudos feitos por vários profissionais sobre as dificuldades de aprendizagem e a falta de interesse por parte dos alunos, esta é uma preocupação que vem se estendendo. Alguns estudiosos já chegaram a conclusão que muitas destas dificuldades se dá pela falta de motivação dentro do contexto escolar (WEISS, 1991 citado por FREITAS et al. 2008, p.2). Todos nós sabemos que o que leva a pessoa adiante é a motivação. De acordo com o dicionário Aurélio, a motivação “é conceituada como uma exposição de motivos ou causas”. Logo, como já foi mencionado, é preciso ter motivos para conseguir alcançar algum objetivo, alguma meta pre-estabelecida. Não é função da escola apenas repassar ao aprendiz conceitos e conhecimentos sistematizados por uma educação fragilizada. E essa fragilização ocorre, em grande parte, pela falta de estimulação e motivação do educador. Portanto, é função da escola procurar despertar no professor esse estímulo para passar uma educação mais concentrada, proporcionando um lugar onde possa oferecer ao indivíduo condições para aumentar sua perceptividade e compreensão do mundo que o rodeia. A sala de aula deve ser uma lugar confortável, que faça aluno e professor se sentirem bem. O diálogo entre professor e aluno é um dos motivos que faz com que o aluno se interesse mais. É dessa relação que pode influenciar o processo de ensino-aprendizagem. E uma relação sadia deve ter o mínimo de afetividade entre as pessoas. De acordo com Wallon (1968) citado por Colombo (2007), a afetividade envolve várias manifestações, abrangendo os sentimentos (ordem psicológica) e as emoções (ordem biológica). Identificou as primeiras manifestações afetivas do ser humano, suas características e a grande complexidade que sofrem no decorrer do desenvolvimento, assim como suas múltiplas relações com outras atividades psíquicas. Wallon afirmou que a afetividade desempenha uma importante função na constituição e funcionamento da inteligência, determinando os interesses e necessidades individuais. Dessa forma, faz-se necessária a distinção dos termos emoção e afetividade, uma vez que, frequentemente, são usados como sinônimos. A emoção refere-se a manifestações afetivas de estados subjetivos como os sentimentos e os desejos. Para o autor, “As emoções consistem essencialmente em sistemas de atitudes que correspondem, cada uma, a uma determinada espécie de situação. Atitudes e situação correspondente implicam-se mutuamente, constituindo uma maneira global de reagir de tipo arcaico, freqüente na criança. (...) Daqui resulta que, muitas vezes, é a emoção que dá o tom ao real” (WALLON, 1968, p. 140 apud COLOMBO, 2007). Já a afetividade se refere uma gama maior de manifestações, englobando as dimensões psicológica e biológica, ou seja, os sentimentos e as próprias emoções. A teoria de Wallon (1978) apud Colombo (2007) afirma que as emoções permitem ao indivíduo uma primeira forma de consciência de suas próprias disposições, ao mesmo tempo em que, sendo visíveis através de vestígios expressos publicamente, constituem-se no primeiro meio de interação com o outro. Sendo assim, a emoção torna-se o primeiro e mais intenso vínculo entre os indivíduos, tendo como forma de expressão, o olhar, o gesto, a mímica. Para o autor, “Os únicos atos úteis que a criança pode fazer, consistem no fato de, pelos seus gritos, pelas suas atitudes, pelas suas gesticulações, chamar a mãe em seu auxílio. (...) Portanto, os primeiros gestos (...) não são gestos que lhe permitirão apropriar-se dos objetos do mundo exterior ou evitálos, são gestos dirigidos às pessoas, de expressão” (WALLON, 1978, p. 201 apud COLOMBO, 2007). Dolle (1993) reforçou que a afetividade está implicada com as significações: A afetividade, nas relações interindividuais, se alimenta unicamente do sentido e que é este quem a estrutura, desequilibra, equilibra e reequilibra. O gesto, até mesmo discreto, o brilho no olhar, etc, são tão expressivos quanto as palavras. Dito de outro modo, a afetividade em ato fala aquele que a recebe porque ela tem um sentido e informa sobre o estado daquele que a leva a falar, sobre suas intenções, seus julgamentos, sua disposição de espírito com relação ao destinatário, etc (p.120). Ainda conforme o autor, a afetividade exerce sobre si mesma um certo poder. Exemplo disso é quando um sujeito se torna fraco devido a um efito de alguma decepção ou de algum fracasso. Ato de motivação ou de desestimulação ou até uma palavra pronunciada em outro tom pode provocar desestabiliação do sujeito. Diante das ideias colocadas percebe-se que os afetos são carregados de palavras e gestos significativos, de sentido. Durante o desenvolvimento, a inteligência e a afetividade inter-relacionase com predominância ora da afetividade, ora da inteligência, movimento de alternância através do qual cada nível funcional apropria-se dos avanços e conquistas do outro para, então, também evoluir. Klausmeier (1977) apud Souza (2005) ressalta a existência de estudos sobre os comportamentos dos professores nos campos afetivos e intelectual, os quais mostram que as qualidades de professores julgados como de alto padrão associados ao ensino bem sucedido, eram, mais afetivas do que cognitivas. Este tipo de professor mostrou generosidade, expressou sentimentos de amizade, eram sociáveis e sociais, gostavam de seu relacionamrento com alunos e preferiam procedimentos não diretivos a procedimentos diretivos. Klausmeier (1977) destaca ainda que conhecer a área de conteúdo, ter calor humanos, ser compreensivo e amigo, ser responsável, metódico e sistemático, ser estimulador, imaginativo e dinâmico, e ser entusiástico e flexível são fatores que correlacionam positivamente e emgrau moderadamente alto, com a eficiênciado ensino. A escola deve ser um lugar interessante, que consiga despertar no aluno a criatividade e consequentemente prepará-lo para o ensino. É função da escola proporcionar a integração e primar para que consiga instruir a formação de cidadão participantes de uma sociedade mais igualitária, na qual a educação voltada para a solidariedade estabeleça as diretrizes. Necessário, portanto, desenvolver a amorosidade na escola, que poderá gerar reflexos em toda a sociedade: A amorosidade é essa mesma relação dialógica que inclui principalmente o outro não mais assujeitado a um (alunos, paciente, cliente, freguês) poder, mas sujeito de sua palavra e de seus sentimento e desejos. A amorosidade é em si a energia para a ação de que fala Piaget. Afetividade em educação se manifesta nesse empoderamento que o professor dá ao aluno com o podes aprender, já sabes muito, e muito mais vai saber (DOTTI, 2006, p. 206). É por meio de um tratamento que o aluno pode ser estimulado a produzir o próprio aprendizado. E essa é a base de uma aprendizagem que se quer e que está orientada para a emancipação do indivíduo porque pressupõe: [...] a reinvenção e construção personalizada do conhecimento. E nisso prazer representa uma dimensão-chave. Reencantar a educação significa colocar a ênfase numa visão da ação educativa com ensejamento e produção de experiências de aprendizagem (ASSMANN, 1998, p. 29). No mesmo sentido, defende Gadotti (2000, p.12) que a educação do futuro: [...] será sempre uma educação contestadora, superadora dos limites impostos pelo Estado e pelo Mercado, portanto, uma educação muito mais voltada para a transformação social do que para a transmissão cultural. Mas, para que isso seja possível, necessário que ocorra: [...] a participação mais intensa e organizada da sociedade. O acesso à informação não é apenas um direito. É um direito fundamental, um direito primário, o primeiro de todos os direitos, pois sem ele não temos acesso aos outros direitos (GADOTTI, 2000, p.13). Guareschi (2006, p.193) alerta, ainda, ao fato de ser necessário transformar a educação em um processo de libertação com a construção de uma visão crítica da realidade que (...) está associada à questão da cidadania, entendia não como um estado natural, mas uma conquista e compromisso histórico, com destaque para a participação no processo de decisões que são tomadas na construção de uma nação. Mas é preciso termos consciência de que a escola não é responsável por toda a educação do cidadão. É necessário a participação da família, da comunidade. Só assim poderá proporcionar uma educação desveladora dos sistemas de reprodução e coação social. Como já foi afirmado, educar não significa apenas transmitir informações ou indicar qual o caminho a ser trilhado (o professor julga que o caminho que ele indica é o correto). Educar é muito mais. É ajudar o aluno a se conhecer, a ter consciência do que ele é, dos outrso e da comunidade, inclusive qual o seu papel dentro dela. Ensinar é se conhecer como pessoas e acatar as pessoas como são, tanto com suas qualidade quanto com seus defeitos. Logo, o professor é sem dúvida a peça-chave no processo da educação, devendo ser encarado como um elemento essencial e fundamental. No que tange à transmissão de conhecimentos e de experiências, quanto mais rica for a história de vida e profissional do professor, mais serão as chances de desemepenhar uma prática democrática efetiva que eduque de forma positiva. Acerca deste assunto, Nóvoa, em 1991, afirmou que “não é possível construir um conhecimento pedagógico para além dos professores, isto é, que ignore as dimensões pessoais e profissionais do trabalho docente”. No entanto, essas palavras não querem entoar que o educador é o único responsável pelo sucesso (ou fracasso) do aluno durante sua permanência da escola, mas com certeza que o seu papel é de suma importância, tanto como pessoa como profissional. Logo, para que o verdadeiro processo educativo é notável que haja um fator importantíssimo que rodeie a relação professor-aluno. Estamos falando da relação estreita denominada afetividade, que notamos que falta na maioria das instituições de ensino. A íntima relação entre afetos, sentimentos e intuições na construção do conhecimento tem sido enfatizada por diversos autores. De forma mais poética, Snyders (1986) citado por Paula e Faria (2010) afirmou que quando o indivíduo ama, esse amor o ajuda a se revelar e se descobrir. Mauco (1986) também citado por Paulo e Faria, comentou que a afetividade deveria ser a primeira preocupação das instituições de ensino, já que é ela indica o comportamento, o caráter e a atividade cognitiva da criança. A preparação da criança para a escola passa pelo desenvolvimento de competências confiança, emocionais curiosidade, – inteligência intencionalidade, emocional – autocontrole, designadamente capacidades de relacionamento, de comunicação e de cooperação. Sem o auxílio e o exemplo do professor pode se tornar uma tarefa árdua, pois a criança se espelha no exemplo e quem é o exemplo na escola se não o professor (PAULA; FARIA, 2010). Em 1997, Paulo Freire, estudioso autor da área de Educação, em seu livro Tia sim, tia não, destacou a importância da questão da afetividade na construção do conhecimento, afirmando que é necessário que evitemos outros medos que o cientificismo nos inoculou. O medo, por exemplo, de nossos sentimentos, de nossas emoções, de nossos desejos, o medo de que ponham a perder nossa cientificidade. O que eu sei, sei com o meu corpo inteiro: com minha mente crítica, mas também com os meus sentimentos, com minhas intuições, com minhas emoções. O que eu não posso é parar satisfeito ao nível dos sentimentos, das emoções, das intuições. Devo submeter os objetos de minhas intuições a um tratamento sério, rigoroso, mas nunca desprezá-los (FREIRE, p.28, 1997). A afetividade tem grande importância no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, pois se acredita que a complementação afetiva auxilia na compreensão e moificação dos indivíduos, ao invés de um raciocínio mecanizado de tudo que é transmitido pelo professor. É notado também qe hoje em dia, para o processo educacional inteligente a brincadeira ou o lúdico é inserido nas salas de aula como método de aprendizagem, de chamar a atenção da criança. Como por simbiose, nós professores temos o dever se sermos felizes e assim contagiarmos os nossos alunos. Se, por algum motivos, a criança não dispor de felicidade em seu lar, ela buscará a felicidade na escola. Aliás, não encontrando-a em casa, o melhor lugar para lhe mostrar que a felicidade realmente existe é na escola, afinal porque não mostrarmos à criança o quanto é bom um afeto? Como o aluno é visto como um simples objeto de aprendizagem, a questão da afetividade no âmbito escola deixa muito a desejar, não é presença constante dentro das salas de aula. Logo, sabendo quão importante é a afetividade para o desenvolvimento do ensino e aprendizagem, é precisa quebrar conceitos antigos e pensar na criança num ser como um todo, que é formado de emoções, sensibilidade e amor. É de conhecimento de todos que os jovens têm como referências de vida pessoas, gestos, palavras que juntos irão proporcionar a base para a formação de identidade. Vários psicólogos, professores e profissionais de várias áreas sabem que os vínculos harmoniosos dos jovens, em seus momentos de frustração, por meio dos quais recebem amor e compreensão, desenvolverão uma identidade sadia e, dessa forma conseguirão mais facilmente ultrapassar obstáculos que possam surgir. É função da estrutura familiar sociabilizar seus filhos. Muitas pesquisas e estudos têm sido realizados e demonstrados que jovens-problemas são consequências de famílias sem uma base de estrutura afetiva familiar, isso independente o nível social e econômico. Assim, família e escola, juntas, devem trabalhar em parceria com a finalidade de propor aos jovens a evolução com ser humano. Logo, a escola tem como trabalho pedagógico e educacional, cuidar da sua formação, fazendo-os cumprir regras, impondo-lhes limites, e acima de tudo acreditando que os jovens têm capacidade de suportar frustrações. Sabe-se quão complexa é essa tarefa, mas os momentos de amorosidade vividos no âmbito escolar são de extrema importância para a formação de personalidades saudáveis. É na escola que deve se dar a conscientização a respeito dos problemas do planeta: destruição do meio ambiente, desvalorização de grupos menos favorecidos economicamente, etc. Deve-se falar sobre amizade, sobre a importância do grupo social, sobre questões afetivas. CAPÍTULO 3 – PAPEL DA PSICOPEDAGOGIA NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM A Psicopedagogia tem como objeto de estudo a aprendizagem no que tange ao processo de desenvolvimento individual, onde a trajetória da construção do conhecimento é valorizada e entendida como parte do resultado final (PAROLIN, 2000). Os primeiros centros de Psicopedagogia foram fundados por Boutonier e George Mauco em 1946 na Europa. Tinham avaliação médica e pedagógica. Dessa forma tentavam reinserir crianças com comportamentos inadequados em ambiente escolar ou em casa, além de fazer atendimento em crianças com dificuldade de aprendizagem. Era importante a união dessas áreas profissionais para conhecer a criança e o meio em que ela estava inserida. Dessa forma ficaria fácil a compreensão do caso e assim determinar que ação poderia ser efetuada. A respeito disso Bossa em 1994 explanou: A literatura francesa influencia as ideias sobre psicopedagogia na Argentina (a qual, por sua vez, influencia a práxis brasileira) – encontra-se, entre outros, os trabalhos de Janine Mery, a psicopedagoga francesa que apresenta algumas considerações sobre o termo psicopedagogia e sobre a origem dessas idéias na Europa, e os trabalhos de George Mauco, fundador do primeiro centro médico psicopedagógico na França(...), onde se percebeu as primeiras tentativas de articulação entre Medicina, Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, na solução dos problemas de comportamento e de aprendizagem (BOSSA, 1994, p. 28). A história da Psicopedagogia surgiu no Brasil por vaolta da década de 70 quando as dificuldades de aprendizagem foram relacionadas a problemas neurológicos, chamada de disfunção cerebral mínima (DCM). A Psicopedagogia foi introduzida aqui no Brasil baseada nos modelos médicos de atuação e foi dentro desta concepção de problemas de aprendizagem que se iniciaram, a partir de 1970, cursos de formação de especialistas em Psicopedagogia na Clínica Médico-Pedagógica de Porto Alegre, que tinha duração de dois anos. A Psicopedagogia foi inicialmente uma ação da Medicina e da Psicologia e em seguida passou a ser conhecida como a área que possuía um conhecimento independente e complementar, tendo como objetos de estudo o processo de aprendizagem e recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios. A Psicopedagogia recebeu importantes contribuições de profissionais argentinos como Sara Paín, Jacob Feldmann, Ana Maria Muniz, Jorge Visca, dentre outros (ANDRADE, 2006). Jorge Visca foi o maior contribuinte para a Psicopedagogia brasileira. Ele foi o criador da Epistemologia Convergente, linha teórica que propõe um trabalho com a aprendizagem utilizando-se da integração de três linhas da Psicologia: Escola de Genebra - Psicogenética de Piaget (já que ninguém pode aprender além do que sua estrutura cognitiva permite), Escola Psicanalítica Freud ( já que dois sujeitos com igual nível cognitivo e distintos investimentos afetivos em relação a um objeto aprenderão de forma diferente) e a Escola de Psicologia Social de Enrique Pichon Rivière. Visca afirmou: Se ocorresse uma paridade do cognitivo e afetivo em dois sujeitos de distinta cultura, ainda assim suas aprendizagens em relação a um mesmo objeto seriam diferentes, devido às influências que sofreram por seus meios sócio-culturais” (VISCA, 1991, p.66). Jorge Visca também foi o responsável pela implantação de Centros de Psicopedagogia no Rio de Janeiro, São Paulo, capital e Campinas, Salvador, e Curitiba. Ministrou aulas em Salvador, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Itajaí, Joinville, Maringá, Goiânia, Foz do Iguaçu e muitas outras. O caminho da Psicopedagogia no Brasil, é árduo. O Psicopedagogo precisa ser um especialista em aprendizagem humana, agregando conhecimento de diversas áreas (técnicas e científicas). A tarefa é intervir no processo da mesma (aprendizagem) com o intuito de potencializa-lo, além de tratar das dificuldades, utilizando instrumentos próprios para este fim (ROCHA, 2009). Vários cursos na área da Psicopedagogia foram e são realizados desde a sua iniciação no Brasil. Percebe-se um grande aumento o quadro de profissionais enveredando para a Psicopedagogia. No entanto, é importante dar ênfase ao fato de que a demanda de profissionais pode fazer proliferar cursos precários, distribuindo diplomas e certificados a profissionais inadequados. A Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp) existe no Brasil desde a década de 80 e é dela a responsabilidade de organizar eventos e publicar temas relacionados à Psicopedagogia. No âmbito ensino-aprendizagem a criança pode apresentar dificuldades emocionais e com isso sofrer algumas consequências que podem afetar o desempenho nas atividades escolares. A relação social que é estabelecida em ambiente escolar contribui para o desenvolvimento cognitivo do aprendiz, pois este passa a ser continuamente confrontado por diferentes pontos e passa a ser influenciado pela escala de valores que o grupo adota. Quando o professor analisa a situação de determinado aluno pode ficar inseguro ao encaminhar este aluno ao atendimento psicopedagógico, mesmo porque pode encontrar obstáculos, como os pais deste aluno. Muitas vezes os responsáveis pelo aluno podem ficar insatisfeitos com a conduta do professor e por vezes, com a escola, achando que seu filho não tem nenhum problema. Considera-se até a atitude desses pais como uma reação de defesa que não aceita o apoio psicopedagógico. De acordo com Nádia Bossa (2000, p.2), “muitos professores quando encaminham o aluno ao psicopedagogo o fazem com intuito de melhor auxiliálo, e não desistindo dele.” Aí se observa a importância do trabalho do psicopedagogo, que tem uma visão dos problemas de aprendizagem escolar, feita por um profissional, o que propõe uma visão abrangente para as soluções das dificuldades que alguns alunos enfrentam, analisando-a em diferentes perspectivas da sociedade, da escola e do aluno. A psicopedagogia pode executar sua atividades de duas formas: trabalho clínico ou preventivo. No trabalho preventivo, a instituição, enquanto espaço físico e psíquico da aprendizagem, é objeto de estudo da psicopedagogia. Nadia Bossa em 1994 afirmou em sua obra as características da psicopedagogia clínica: O trabalho clínico se dá na relação entre o sujeito com sua história pessoal e sua modalidadede aprendizagem, buscando compreender a mensagem do outro sujeito (...) nesse processo onde investigador e objeto - sujeito de estudo interagem constantemente, a própria alteração torna-se alvo de estudo da psicopedagogia, isto significa que, nesta modalidade de trabalho, deve o profissional compreender o que o sujeito aprende, como aprende e por que, além de perceber a dimensão da relação entre psicopedagogo e sujeito de forma a favorecer a aprendizagem.(1994, p.11-12). No que se refere à psicopedagogia preventiva, Nádia Bossa afirmou: À atitude do profissional no sentido de adequar as condições de aprendizagem de forma a evitar comprometimentos. (...) Nesse processo o psicopedagogo elege a metodologia e/ou a forma de intervenção com objetivo de facilitar e /ou desobstruir tal processo, função primeira da psicopedagogia.(1994, p.11). Em referência á questão da afetividade, o trabalho de Coben e Zigmond em 1986 investigou o patamar sociométrico de crianças com e sem dificuldade de aprendizagem. Os autores constataram que as crianças que apresentaram dificuldades não mais rejeitados do que os colegas sem dificuldade de aprendizagem. Outro estudo realizado anteriormente por Miller em 1984 verificou a aceitabilidade dos estudantes que apresentavam alguma dificuldade de aprendizagem. Após a observação, os autores atestaram que os estudantes sem dificuldade aceitam primeiramente os estudantes “semelhantes” a eles, em seguida os estudantes com dificuldade de aprendizagem e posteriormente os surdos, os cegos e por último os deficientes físicos. Sisto e Martinelli (2006) averiguaram e constataram que qunato maior a maior aceitação social, menor será a dificuldade de aprendizagem e o regular desempenho, e quanto maior a rejeição, maior será a dificuldade e o baixo desempenho. Através desses estudos percebe-se a clara importância das relações sociais e afetivas que podem influenciar o contexto do ensino-aprendizagem. O professor precisa estabelecer uma relação afrtiva com seus aluno e é necessário que ele perceba que seus alunos também têm algo a oferecer. O professor oferece através de suas atitudes uma gama de informações ao aluno. Dessa forma, as expectativas quem para com seu aluno poderão contribuir para o desempenho de seu aluno. Quando o aluno tem suas características destacadas pelo professor, as mesmas tendem a se acentuar. Tanto no aspecto positivo quanto negativo. Exemplo disso é quando uma criança apresenta dificuldade de aprendizagem e o professor destaca nela essa característica, a criança passar a se enxergar como incompetente. Essa imagem feita de si mesma pode provocar isolamento, passividade, dependência e inclusive submissão. Dessa forma, o professor deve ter conhecimento das possibilidades de aprendizagem de cada aluno e adotar metodologias de ensino ao aluno. É função do professor atuar como mediador do processo de facilitar e auxiliar os alunos a construir aprendizagens significativas. A aprticipação atuante dos alunos aontece uando os mesmos sentem que podem ter êxito em sua aprendizagem. Diante dessa explanação encontra-se no professor o instrumento metodológico na relação da aprendizagem, tendo em vista que a mesma se realiza na interação entre ele (professor) e o aluno. A psicopedagogia vai atuar nesta relação, inicialmente, na busca por conhecer o professor e verificar a sua preparação para atuar em sala de aula. O psicopedagogo verifica também quais são os procedimentos do projeto pedagógico da instituição. Fazendo essa análise, o psicopedagogo pode intervir de forma adequada e assim exercer seu trabalho de forma consciente e compatível com os interessados na relação. Já mencionamos no capítulo anterior a participação e a importância da família no processo de ensino-aprendizagem. A função do apoio psicopedagógico na relação família-aluno, não teve se contentar apenas na orientação aos pais mas mostrar à família que juntos, a família e a escola, podem colaborar na construção da aprendizagem. Exemplo de como interferir nesta relação é propor atividades que proporcionem a presença da família na escola, enquanto a escola aproveita para conhecer a comunidade. O psicopedagogo atua nos processos educativos com o objetivo de diminuir a freqüência dos problemas de aprendizagem, o trabalho incide nas questões didático–metodológicas. Focaliza as possibilidades do aprender, num sentido amplo. Não deve se restringir apenas a uma só agência como a escola, mas ir também à família e à comunidade bem como, na formação e orientação de professores. Uma outra participação psicopedagógica diz respeito às tecnologias de informação. Hoje é grande a quantidade de informações que chegam e a velocidade com que são transmitidas põem a escola como uma ferramenta atrasada na transmissão dos conhecimentos. Crianças e adolescentes frequentadores das escolas sentem-se, por vezes, desmotivados ao ouvir as explicações do professor já que eles têm disponibilidade de acesso ao mundo tecnológico. No entanto, é preciso ficar atento já que acesso à informação não é semelhante ao acesso de conhecimento. No âmbito da utilização do meio tecnológico, o psicopedagogo deve ter a necessidade de procurar conhecer esse meio e buscar se familiarizar aos novos tipos de ensino-aprendizagem que utilizam esse recurso. Dessa forma, o psicopedagogo tem uma ferramenta a mais para colaborar. Mas é imprescindível lembrar qe as novas tecnologias não são métodos pedagógicos de ensino, mas suporte para se alcançar um aprendizado significativo, que não se realiza sem as relações interpessoais. Diante do que foi exposto, percebeu-se que a atuação do psicopedagogo é fundamental para que ele possa conhecer o aluno. Ele deve estar preparado para eventuais atitudes inesperadas por parte dos alunos e professores, por exemplo, resistências, bloqueios, raiva e sentimentos. O psicopedagogo não pode parar de buscar métodos para poder interferir em questões que a ele lhe compete. Deve procurar estudar a fim de que possa compreender de maneira mais completa as crianças e os adolescentes. Em 1994 Bossa afirmou que o reconhecimento do caráter interdisciplinar, significa admitir sua especificidade, uma vez que a psicopedagogia, na busca de conhecimentos de outros campos, cria o seu próprio objeto de estudo. (BOSSA, 1994, p.5-6). Diante da afirmação da autora é necessário que esqueçamos a ideia de ver a psicopedagogia apenas como a união da psicologia e pedagogia. Ainda para Nádia Bossa, A psicopedagogia como área de aplicação, antecede o status de área de estudos, a qual tem procurado um corpo teórico próprio, definir o seu objeto de estudo e delimitar o seu campo de atuação. para isso recorre à psicologia, psicanálise, lingüística, fonoaudiologia, medicina e pedagogia (BOSSA, 1994, p.6). Como já foi visto, a psicopedagogia tem o seu lugar na clínica e na instituição. Cada um desses espaços implica uma metodologia específica de trabalho. Em ambos, no entanto, devem ser consideradas as circunstâncias, ou seja, o contexto de vida do sujeito, da família, da escola e da comunidade CONCLUSÃO Diante do que vimos chega-se às seguintes conclusões: • A afetividade na relação professor-aluno, definine-se como condição imprescindível para o desenvolvimento da criança na escola; • A afetividade no ambiente escolar contribui para o processo de ensino-aprendizagem, já que o professor não deve ser apenas o transmissor de conhecimentos mas também deve ouvir os alunos. Deve ser uma relação de troca; • É importante mencionar que a afetividade não se dá somente através do contato físico; discutir a capacidade do aluno, elogiálo, reconhecer seu esforço e sempre motivá-lo constituem formas cognitivas de ligação afetiva; • A escola, portanto, deve dar ênfase a questões como a interação social, o desenvolvimento moral-afetivo, como elementos fundamentais no processo de construção de pensamento, durante o processo ensino-aprendizagem. Para Piaget, o grande desafio da educação seria favorecer o desenvolvimento intelectual em harmonia com o desenvolvimento afetivo-moral para que o sujeito, aos poucos, pudesse conquistar sua autonomia intelectual, afetiva e moral; tendo como base as leis de reciprocidade construídas em suas interações com o meio físicosocial e histórico-cultural; • Nesta perspectiva, é necessário insistir no papel do professor: ele é um profissional educador de fato, se comprometido não só com a construção do conhecimento do aluno, mas deste como um todo. Um professor que saiba viabilizar, entre seus alunos, as trocas necessárias ao exercício de cooperações que irão sustentar o desenvolvimento de personalidades autônomas no domínio cognitivo, moral, social e afetivo; REFERÊNCIAS ASSMANN, Hugo. Reencantar a Educação: rumo à sociedade aprendente. 3ª ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 1998. BASSO, Cintia Maria Algumas reflexões sobre o ensino mediado por computadores. 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