. . Álcool e Saúde Pública nas Americas Dr Maristela G. Monteiro Assessora Principal Controle de Tabaco, Álcool e Outras Drogas OPAS/OMS Modelo causal de consumo de alcool, mecanismos intermediarios e consequencias: o consumo de álcool está relacionado com mais de 60 diagnósticos! Padrão de consumo Quantidade Intoxicacão Efeitos toxicos e bioquimicos perifericos Doencas Cronicas Dependencia Lesões intencionais Problemas Sociais Não intencionais (agudas) agudos Problemas Sociais cronicos Consumo de álcool puro em litros per capita por adulto 2000 (dados da OMS) Adult per capita consumption 2000 0.21 to 2.85 2.85 to 4.45 4.45 to 6.41 6.41 to 9.47 9.47 to 13.08 13.08 to 19.30 Padrões de consumo 2000 (dados da OMS) Padrões de consumo 1.00 to 2.00 2.00 to 2.50 2.50 to 3.00 3.00 to 4.00 No ano 2002, nas Américas, o álcool contribuiu para: • Pelo menos 323,000 mortes • 6.49 milhões de anos de vida perdidos • 14.59 milhões de anos de vida ajustados para incapacidade (DALYs) • 3.9-15.2% de todos os DALYs por todas as causas e 1.7-8.7% de todas as mortes (comparativamente mais alto que as taxas globais) % DALYs Risco para a saúde Importância do álcool para a carga global de doenças Proportion of DALYs attributable to selected risk factor <0.5% 0.5-0.9% 1-1.9% 2-3.9% 4-7.9% 8-15.9% World Health Organization E os benefícios? • O efeito “benéfico”do beber moderado existe para homens acima dos 45 anos, mulheres depois da menopausa, com outros riscos para DCV • Provalemente relacionado ao álcool e não a um só tipo de bebida, consumido regularmente e em pequenas quantidades • A evidencia continua a ser questionada • O efeito não existe em populações jovens e/ou sadias EM SUMA, O ÁLCOOL NÃO É UM PRODUTO QUALQUER • • Os benefícios relacionados com a produção, venda e uso causam um enorme custo para a sociedade. É uma substancia legal, parte da cultura e não pode ser proibida, mas pode ser regulada já que seu uso causa danos a consumidores e não consumidores Influência da propaganda • Impacto sobre o comportamento do jovem – muda suas crenças e expectativas sobre o beber, diminui a idade de inicio do consumo e estimula o consumo excessivo • Cria la impressão de que o consumo é a norma para todas as sociedades e pessoas, parte da cultura • Contribui para uma visão hostil sobre as medidas mais efetivas em saúde pública Propaganda de álcool - Equador Auto-regulação da indústria • Código DISCUS – A propaganda e marketing não deve conter ou ressaltar… atividade sexual excessiva… ou imagens ou linguagem indecente com apelo sexual… Auto-regulação da indústria • Código DISCUS Propaganda e marketing no devem degradar a imagem, forma ou status da mulher, homem ou qualquer grupo etnico, minoria, com alguma orientação sexual, religião ou outro grupo O QUE FAZER? O QUE FUNCIONA E O QUE NÃO FUNCIONA? Políticas mais efetivas • Idade mínima para comprar e consumir álcool • Monopolio de produção e venda de bebidas • Restrições nos locais, dias e horarios de venda • Restrições na densidade dos pontos de venda • Preços e Impostos para bebidas de acordo com concentração de álcool • Controle da propaganda • Checagem aleatória com bafômetro • Baixos limites para dirigir sob influência • Suspensão administrativa da carta • Carta de motorista limitada até certa idade • Intervenções breves no serviços de saúde Políticas menos efetivas • Códigos voluntários em bares, quando não há legislação para multar ou sancionar os proprietários dos mesmos • Promoção de atividades sem álcool (por si) • Educação na escola para diminuir o consumo (por si) • Códigos voluntários da industria para controle da propaganda • Campanhas publicitárias • Rótulos com mensagens leves sobre riscos do consumo • Campanhas de “Motorista designado” • Educação da população sobre beber moderado Figura 1: Violencia contra a mulher por 1,000 Residentes 0.25 Depois da regulamenttação Antes da regulamentação 0.2 0.15 0.1 0.05 0 Jul00 Oct00 Jan01 Apr01 Jul01 Oct01 Jan02 Apr02 Jul02 Oct02 Jan03 Apr03 Jul03 Oct03 Jan04 Note: Assault rates for July 2000 and July 2005 are based on half-months of data. Apr04 Jul04 Oct04 Jan05 Apr05 Jul05 Figura 2: Homicidios por 1,000 Residentes 0.14 Before closing-time regulation After closing-time regulation 0.12 0.1 0.08 0.06 0.04 0.02 Note: Homicide rate for July 2005 is based on half-month of data. Ju l-0 5 5 n0 Ja Ju l-0 4 Ja n04 Ju l-0 3 3 n0 Ja Ju l-0 2 Ja n02 Ju l-0 1 1 n0 Ja Ju l-0 0 Ja n00 Ju l-9 9 Ja n99 Ju l-9 8 Ja n98 Ju l-9 7 Ja n97 Ju l-9 6 Ja n96 Ju l-9 5 Ja n95 0 Mortalidade no trânsito relacionada e não relacionada ao álcool entre pessoas de 16 -20 anos EUA - 1982-2004 US MLDA Age 21 Law MLDA 21 in All 50 States 5500 5,244 5000 Non Alcohol Related Fatalities 4500 ↑38% 3,781 4000 3500 3000 2500 2,738 Num ber of Fatalities 2000 1500 Alcohol Related Fatalities 2,115 ↓60% 1000 500 0 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Source: U.S. Fatality Analysis Reporting System Year DECLARAÇÃO DE BRASÍLIA (2005) • Posição de representantes de 26 países da região, experts, NGOs • Valor para advocacia, sem compromisso político dos países • Levou a múltiplas ações nacionais, locais e regionais, por ONGs, governos, financiadores, atenção da mídia em benefício da saúde pública, estimulou o DEBATE WHA58.26 Problemas de saúde pública causados pelo consumo prejudicial de álcool (2005) REQUER que os Países Membros: • Desenvolvam, implementem e avaliem programas e estratégias efetivas para reduzir as consequencias sociais e sanitárias do consumo prejudicial de álcool; WHA61.4 Estratégias para reduzir o consumo prejudicial de álcool (2008) REQUER da Diretora Geral: • Desenvolver uma estratégia global baseada em toda a evidência disponível e melhores práticas, com as opções políticas que considerem os diferentes contexto de cada país, cultura e religião, prioridades e necessidades nacionais e recursos existentes; Em resumo Impacto: alto e aumentando Risco: modificável transmissível globalmente pior entre os mais pobres Intervenções: efetivas mas pouco usadas Sistemas de Saúde: necessitam reformas para responder às novas demandas “A responsabilidade individual é um processo político…” “Quando escuto, esqueço; quando vejo, me lembro; quando faço, entendo.” É necessária ação local, nacional e global OBRIGADA!