Universitária analisa resíduo
que substitui o cimento
reduzindo a poluição
O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e sua indústria gera grande
quantidade de resíduos líquidos e sólidos, dentre eles a palha da cana-de-açúcar. Com o
objetivo de utilizar esses resíduos, um projeto desenvolvido na Universidade Estadual Norte
Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) busca analisar a aplicação da palha da cana-de-açúcar
como cinzas pozolânicas. Pozolanas são adições minerais que reduzem o consumo de cimento
em quantidades variadas e são capazes de trazer diversos benefícios ao concreto como o ganho
na resistência à compressão e aumento da durabilidade.
A pesquisa “Aproveitamento de resíduos agroindustriais como materiais cimentícios
suplementares de alto desempenho” é feita pela universitária Amanda Pereira Vieira e
orientada pelo professor Guilherme Chagas Cordeiro.
Figura 1: Amanda em um dos laboratórios da UENF
Disponível em: http://uenf.br/projetos/pibic/revista-pibic-conhecendo-a-ciencia/
ISSN 2446-5445 - Vol 2 – n° 6 (Dezembro/2015)
Esta revista faz parte do Projeto de Extensão da UENF
Equipe de Jornalismo: Thaís Peixoto e Júlio Ammon
Equipe Editorial: Adriana Jardim de Almeida, Beatriz dos Santos Ferreira
e Deisy Lúcia Cardoso
Na primeira fase da pesquisa,
“A produção do cimento é um
processo muito agressivo ao meio
ambiente. Então quando o
substituímos pela cinza da palha,
estamos diminuindo o consumo
de cimento e por isso reduzimos a
poluição, e ainda aplicando uma
nobre utilidade ao resíduo. Ele
deixa de ser um rejeito e passa a
ser um material que pode ser
utilizado na construção civil,
trazendo benefícios ao concreto.”
Amanda conta que vai até a lavoura e coleta
a palha, que passa por um processo de
lavagem para eliminar as impurezas. No
laboratório, o material é queimado no forno
a 600°C para, em seguida, obter a cinza. A
etapa final do processo de produção da
cinza pozolânica é a moagem ultrafina, que
é uma operação onde as partículas da cinza
são quebradas. Depois da produção, as
cinzas são caracterizadas quimicamente.
Após a caracterização, é produzida uma
pasta para verificar qual característica vai
resultar no produto final.
“Estamos obtendo
resultados, até então, que
correspondem de uma
forma positiva, pois
conseguimos melhorar as
propriedades que
desejávamos, como a
resistência à compressão. A
cinza da palha da cana-deaçúcar não é ainda um
Figura 2: Amanda durante processo de pesquisa no laboratório
produto comercial, mas
pode vir a ser.”
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Pesquisa identifica bactérias
em cães para auxiliar
proprietários
Os cães são suscetíveis a infecções bacterianas em diferentes partes do corpo, assim
como os seres humanos. Portanto, um
projeto desenvolvido na UENF busca
identificar as bactérias presentes no
prepúcio
(pele
que
recobre
a
extremidade do pênis) dos cachorros.
A
pesquisa
intitulada
“Bacteriologia da secreção prepucial de
cães” é desenvolvida pela universitária
Bárbara
Bastos
e
orientada
pelo
professor Claudio Baptista de Carvalho.
Bárbara diz que há bactérias comuns,
mas também há aquelas que podem
causar doenças tanto nos animais,
quanto nos humanos.
Figura 3: Bárbara em pesquisa no laboratório da UENF
“As bactérias geralmente habitam a região do prepúcio e não causam nenhum
problema, apesar de haver uma secreção no local. Mas também pode
desenvolver uma inflamação no pênis e no prepúcio, causar uma infecção
urinária e às vezes, dependendo das bactérias, pode ocorrer problemas de pele.”
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Na primeira etapa da pesquisa, a equipe recebe os cães no hospital veterinário da
UENF e o material é coletado por meio de um swab estéril (cotonete) passado na região do
prepúcio. No laboratório, o material é colocado em uma estufa bacteriológica para, em
seguida, ser analisado e identificado o tipo de bactéria.
Sobre os resultados, Bárbara explica que foram encontradas bactérias comuns do trato
gastrointestinal e a maioria comum da pele.
Figura 4: Bárbara durante análise de bactérias no
laboratório
“Acredito que este projeto pode contribuir para o fator clínico, identificando o
tipo de antibiótico a usar e também para alertar o proprietário do cão de
alguma doença que o animal possa passar para ele.”
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Obras no centro de Campos são
analisadas por universitário
É na área central que Campos dos Goytacazes reúne sua maior riqueza cultural. No
ponto de origem do município, há inúmeros prédios históricos, muitos deles tombados pelo
Patrimônio Histórico Municipal, Estadual, ou Federal. A renovação do centro já foi iniciada
pela prefeitura e um projeto da UENF analisa os impactos desta obra de revitalização.
O
André
estudante
Vasconcellos
desenvolve a pesquisa
intitulada
“Para
que
serve e a quem serve?
Uma análise do processo
de
revitalização
centro
histórico
do
de
campos dos goytacazes”,
orientado pelo professor
Marcos
Pedlowski.
André diz que o projeto
Figura 5: André mostra imagens do centro de Campos
busca verificar de que
forma o governo municipal está atuando nas obras do centro histórico de Campos.
“Um dos objetivos dos grandes comerciantes é revalorizar o centro a ponto
de transformar a área em um grande shopping a céu aberto. Então
precisamos saber como essas obras vão afetar os pequenos comerciantes do
local. Se o preço do aluguel subir, muitas lojas provavelmente irão fechar. É
um processo que vai interferir na vida de muitas pessoas.”
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O universitário explica que uma parte da pesquisa é composta por banco de dados de
notícias e banco de dados de imagens. A outra parte é feita de entrevistas a variados
comerciantes e aos responsáveis pela obra.
“A importância desta pesquisa é criar
a base teórica para que no futuro a
população possa ser informada
através de um diálogo com a
universidade, ou para que possa
formar profissionais interessados em
Figura 6: André durante estudo do projeto
atuar no governo a fim de construir
políticas públicas.”
A pesquisa de André faz parte do
Programa de Iniciação Científica. O universitário conta que o diferencial da experiência foi o
trabalho em laboratório, que agrega estudantes de diversos cursos em um mesmo local
possibilitando maior troca de ideias.
“A Iniciação Científica (IC) me proporcionou uma
rica vivência com colegas de outros cursos, além
da interdisciplinaridade e o refinamento de
conhecimento. O ápice de um aluno da UENF é
participar da IC, pois a experiência oferece uma
base para fazer a monografia e outras futuras
pesquisas. A gente se instrumentaliza para
trabalhar com o que a gente gosta no futuro.”
Disponível em: http://uenf.br/projetos/pibic/revista-pibic-conhecendo-a-ciencia/
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Revista – Vol.02 n.º 06