Como inibir ou reduzir insetos que
atacam alimentos?
A perda de alimentos é um problema que atinge a todos e ocorre tanto por
despreparo de quem trabalha na agroindústria, condições de armazenamento, como
por infestações de pestes e pragas. Uma das causas mais importantes deste desperdício
de alimentos são os insetos que atacam grãos como o arroz, trigo e sementes de feijão.
Ocorrem também perdas consideráveis pelo ataque desses insetos a alimentos já
industrializados como biscoitos, farinhas e rações.
Com o objetivo
de controlar de forma
natural esses insetos,
um projeto realizado
na
Universidade
Estadual
Norte
Fluminense
Darcy
Ribeiro (UENF) busca
em sementes naturais,
compostos capazes de
inibir ou reduzir o
desenvolvimento de insetos, dentre eles o
besouro Tribolium castaneum. A pesquisa
Figura 1: Janaina realizando a sua pesquisa
em um dos laboratórios da UENF
“Sementes como fonte de compostos químicos com potencial para o controle do
besouro Tribolium castaneum” é desenvolvida pela universitária Janaina de Campos
Macedo, cuja orientadora é a professora Antônia Elenir.
Disponível em: http://uenf.br/projetos/pibic/revista-pibic-conhecendo-a-ciencia/
ISSN 2446-5445 - Vol 2 – n° 5 (Outubro/2015)
Esta revista faz parte do Projeto de Extensão da UENF
Equipe de Jornalismo: Thaís Peixoto e Júlio Ammon
Equipe Editorial: Adriana Jardim de Almeida, Beatriz dos Santos Ferreira
e Deisy Lúcia Cardoso
Janaina explica que esta espécie de besouro é amplamente distribuída e
encontrada em diversas regiões, sendo a principal praga de alimentos industrializados de
origem
oriefffvegetal.
“Nosso enfoque é controlar esses insetos sem a utilização de
pesticidas químicos que vem gerando problemas ambientais e
contaminação de alimentos.”
De acordo com a estudante, a pesquisa é feita através do isolamento de
proteínas de sementes de soja e de feijão para verificação de ações tóxicas no
desenvolvimento do inseto. Para isolar os compostos das sementes são utilizados
métodos cromatográficos, como a cromatografia de afinidade.
Sobre os resultados obtidos,
Janaina relata que parte deles já
foram publicados em artigo científico.
A aluna também descreve que foi
isolado um inibidor de proteases do
tipo Kunitz, proveniente das sementes
de soja e investiga ainda a presença de outros
Figura 2: Besouro Tribolium castaneum no trigo
inibidores nessas sementes.
“O inibidor que conseguimos isolar tem ação sobre
as proteínas digestivas do Tribolium castaneum.
Acredito que este tipo de pesquisa ainda pode ser
expandido para o controle de outros insetos.”
A universitária, que está há três anos
no Programa de Iniciação Científica da
UENF, diz que quanto maior o tempo de
pesquisa, mais autonomia o estudante
adquire
para
realizar
experimentos
individualmente e pensar cientificamente.
Disponível em: http://uenf.br/projetos/pibic/revista-pibic-conhecendo-a-ciencia/
ISSN 2446-5445 - Vol 2 – n° 5 (Outubro/2015)
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Universitária analisa cadeia
produtiva da mandioca
A mandioca é considerada a 4ª maior cultura de produção de alimentos do
mundo e a principal na região tropical. Esta planta é, ainda, a de melhor adaptação a
solos deficientes em nutrientes. Para incentivar o plantio desta cultura na região Norte
Fluminense, um projeto desenvolvido na UENF tem como objetivo analisar a cadeia
produtiva da mandioca.
A pesquisa intitulada “A
cultura
da
diagnóstico
produtiva
mandioca:
da
e
cadeia
ensaio
de
competição entre variedades de
interesse econômico para a
região Norte Fluminense” é
desenvolvida
pela
estudante
Larissa Carvalho e orientada
pelo professor Silvio Freitas.
Figura 3: Larissa na plantação de mandioca no campo
experimental da UENF
A universitária explica que o trabalho é feito no campo e divide-se em diversas
etapas que buscam avaliar o produtor e sua propriedade rural, o comércio e a
produção da mandioca. De acordo com Larissa, a pesquisa está em fase de
reformulação dos questionários a serem aplicados aos produtores. Por meio desses
questionários, a equipe de pesquisadores irá verificar o perfil dos produtores de
mandioca, das casas de farinha e dos locais de comercialização, além de analisar as
dificuldades enfrentadas tanto na produção, quanto na comercialização da mandioca
para consumo in natura e seus derivados.
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Larissa diz ainda que o cultivo de mandioca na região Norte Fluminense é uma
atividade relacionada a pequenos e médios agricultores e que estudos sobre a cadeia
produtiva desta cultura são escassos.
“É necessário ter um olhar mais cuidadoso para o produtor rural e a agricultura. Eu já
visitei alguns agricultores e eles contam que não recebem nenhuma ajuda do governo
municipal para manter a produtividade. Considero de extrema importância a
influência do conhecimento da cadeia produtiva da mandioca para que os
agricultores continuem com vontade de produzir e oferecer um bom produto.”
Figura 4: Equipe de pesquisa da UENF aplicando questionário aos
produtores rurais de Campos e região
A pesquisa é realizada por meio do Programa de Iniciação Científica e
Larissa relata que a experiência no projeto proporcionou maior aprendizado pessoal e
profissional.
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Projeto investiga substâncias
de plantas medicinais no
combate ao câncer
Atualmente estima-se que 60% dos medicamentos disponíveis no mercado ou
em fase análise clínica são derivados de plantas. A utilização de plantas medicinais no
tratamento de diversas doenças ocorre há muitos anos. Porém, em relação ao câncer
existem suposições quanto a sua eficácia.
Por isso, uma pesquisa realizada na UENF tem como objetivo contribuir para o
conhecimento químico das espécies vegetais utilizadas pelas comunidades na
medicina popular.
O projeto intitulado “Plantas medicinais nas comunidades quilombolas e de
assentados das regiões Norte e Noroeste Fluminense: fontes de novos agentes
quimioterápicos e
quimioprotetores
no
combate
ao
câncer” é orientado
pelo
professor
Rodrigo de Oliveira
e desenvolvido pela
estudante Fernanda
Manhães.
Figura 5: Fernanda em pesquisa no laboratório da UENF
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ISSN 2446-5445 - Vol 2 – n° 5 (Outubro/2015)
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Equipe de Jornalismo: Thaís Peixoto e Júlio Ammon
Equipe Editorial: Adriana Jardim de Almeida, Beatriz dos Santos Ferreira
e Deisy Lúcia Cardoso
Para realizar o trabalho,
Fernanda diz que a equipe coletou
no distrito de Travessão a espécie
Petiveria alliace L., uma planta
herbácea - conhecida popularmente
como tipim, guiné, erva-de-alho e
amansa-senhor - muito utilizada no
tratamento
de
doenças
na
comunidade quilombola da região
Norte Fluminense.
A universitária explica que
no processo de pesquisa há uma
etapa em que busca-se determinar
quais
substâncias
presentes
na
planta são responsáveis por destruir
células cancerígenas. Ela conta que é
utilizada uma técnica para tentar
Figura 6: Fernanda preparando extratos vegetais
no laboratório
isolar as substâncias.
Fernanda relata que, até o momento, obteve diferentes resultados. Em alguns
casos as substâncias foram isoladas e em outros, não.
“A pesquisa ainda irá investigar e
analisar este acontecimento com o intuito
de transmitir informações completas às
pessoas da comunidade. Pois esta planta
tem uma atividade tóxica e as pessoas
não tem este conhecimento.”
Para Fernanda, o programa de
Iniciação Científica permite aos
alunos de graduação o contato
com a pesquisa desde o início da
faculdade e auxilia na decisão
da carreira.
Disponível em: http://uenf.br/projetos/pibic/revista-pibic-c onhecendo-a-ciencia/
ISSN 2446-5445 - Vol 2 – n° 5 (Outubro/2015)
Esta revista faz parte do Projeto de Extensão d a UENF
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Revista Vol 02