A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DOS HÁBITOS ALIMENTARES Bruna Barreto da Costa∗ Cristina Faria de Souza Moreira∗∗ Rafael Lima da Cruz∗∗∗ Laudicéia Soares Urbano∗∗∗∗ INTRODUÇÃO Embora a existência de creches remonte ao século XVIII na Europa, no Brasil, as creches surgiram por volta de 1920, com perfil filantrópico. Porém com a crescente urbanização e industrialização associada à inclusão da mulher no mercado de trabalho, a creche era vista como um espaço para guarda e assistência das crianças durante o trabalho das mães. Mas por volta da década de 1970 houve uma mudança onde o atendimento em creche ganhou um caráter compensatório, prestando um serviço de cunho assistencialista que consistia na alimentação, higiene e cuidado da criança exercendo um papel mais educativo que não visem somente o estar em uma creche para receber alimentação e cuidados, mas também receber educação entre elas a nutricional. As creches constituem os principais instrumentos de política pública voltada para a promoção de a segurança alimentar e nutricional para a população urbana de lactentes e pré-escolares de famílias de baixa renda, assim, a creche deve ser uma instituição que desenvolve processos educativos, que oferece alimentação equilibrada - quantitativa e qualitativamente e segura do ponto de vista sanitário; além disso, deve também ∗ Discente do Curso de Nutrição do Centro Universitário Filadélfia-UNIFIL [email protected] ∗∗ Discente do Curso de Nutrição do Centro Universitário Filadélfia-UNIFIL [email protected] ∗∗∗ Discente do Curso de Nutrição do Centro Universitário Filadélfia-UNIFIL [email protected] ∗∗∗∗ Docente do Curso de Nutrição do Centro Universitário Filadélfia-UNIFIL – [email protected] – – – proporcionar educação alimentar e nutricional às crianças e suas famílias (BOGÚS et al, 2007; GOULART; BANDUK; TADDEI, 2010). Segundo Silva; Júnior e Monteiro (2012) a criança inicia seu vínculo alimentar no seio da mãe, e em seguida, começa a receber outros alimentos presentes na mesa da família e, ao mesmo tempo, já é inserida nas instituições de Educação Infantil, onde aprende e adquire novos hábitos assim pode-se dizer que essas situações contribuem para a formação de um hábito alimentar. Portanto é fundamental a implantação da educação nutricional desde cedo. Neste contexto, os segundo Fernandes et al (2009), o desenvolvimento de um programa de educação nutricional utilizando métodos lúdico educativos, como: jogos, teatros de fantoches, cartazes, brincadeiras, músicas e histórias infantis, com o objetivo de transmitir às crianças informações sobre alimentação e nutrição, buscando a formação de hábitos alimentares saudáveis, são bem aceitos pelas mesmas. No ambiente escolar, alguns estudos demonstram que os alimentos ofertados em cantinas escolares apresentam alta densidade energética, ricos em açúcares, gorduras e sal, indicando a preferência dos estudantes pelos mesmos, e essa realidade necessita ser modificada, onde a cantina deve ser um espaço que reforce e estimule a prática de hábitos alimentares saudáveis, abordados pelo educador nas aulas e assim possam ser implantado a alimentação saudável e consequentemente a prevenção de doenças futuras relacionadas a má alimentação (SCHMITZ et al, 2008). O presente estudo trata se de uma revisão bibliográfica acerca de trabalhos científicos os quais descrevem a implantação de medidas educativas nutricionais na escola para viabilizar a discussão, sobre os recursos utilizados para os trabalhos educativos visando avaliar a sua aceitação e a eficácia obtida através das formas educativas. METODOLOGIA Este estudo consiste em uma revisão bibliográfica sobre o tema. Para a identificação dos artigos, realizou-se, em 2012, um rastreamento na base de dados MEDLINE (National Library of Medicine, Estados Unidos), LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SCIELO, de todos os estudos publicados no período de 2007 a 2012. Os critérios de seleção dos artigos foram: conter nos títulos os descritores, completos ou em parte: educação nutricional, hábitos alimentares, pré-escolar, escolar. E estarem escritos no idioma português. Foram selecionados estudos transversais, observacionais, longitudinais, analíticos . RESULTADOS E DISCUSSÃO Após analisados os estudos descritos pode se constatar que as diversas formas de aplicação e métodos para averiguar as iniciativas educativas são essenciais e importantes para cada vez mais criar novas formas e métodos para aplicar a educação nutricional para as crianças as quais irão influenciar nos seus hábitos alimentares por toda sua vida. Porém como retrata Fernandes, et al., (2009) os quais utilizaram de diversos recursos para aplicar conteúdos sobre educação nutricional e aplicaram a avaliação nutricional constaram que não houve mudanças significativas tanto para um quanto para outro porém ao se tratar de números de consumo de alimentos industrializados como salgadinhos e doces observaram que as crianças que receberam as instruções tiveram diminuição no consumo destes enquanto as que não receberam aumentaram ainda destacam o tempo de desenvolvimento do estudo considerado insuficiente ressaltando que as medidas intervencionista são sim eficazes portanto demandam estudos a longo prazo. Em uma análise de Schmitz, et a.l, (2008) com dados de duas oficinas teóricaspráticas sobre temas relacionados à alimentação e nutrição para educadores e donos de cantinas o estudo foi bem aceito porem sabe se que a implantação de alimentos saudáveis nas cantina ainda são um grande desafio pelos profissionais da saúde visto que ainda existem muitas resistência por parte dos proprietários levando a necessidade de muitos outros estudos e até aplicações mais severas por parte dos órgãos públicos pois sabe se exercem uma porcentagem significativa fazendo parte do fornecimento diário de pelo menos uma refeição de muitas crianças frequentadoras das escolas. Nesse contexto, ressalta-se a crescente necessidade de reunir, estudar, e aplicar as diversas formas as quais avaliem a efetividade dos métodos educacionais uma vez que tais instituições vêm se tornando mais presentes na vida das famílias contemporâneas e podem ser eficazes na promoção da saúde. Os dados estudados também elucidam que a aplicação de torna sim eficaz e que os meios existem, porém necessita de mais aplicações de estudos em longo prazo para que possam obter resultados com segura eficácia e precisão. CONCLUSÃO A partir deste estudo, pode-se constatar que a educação nutricional no âmbito educacional, permite que as crianças possam adquirir o conhecimento sobre uma alimentação saudável, devido esta fase ser propicia a aprendizagem. E com isso inúmeros benefícios são gerados, sendo desde mudanças nos hábitos alimentares das crianças, até prevenção de doenças que podem gerar decorrentes de uma má alimentação. Então a implantação da educação nutricional das creches e escolas deve ser capacitada de profissionais treinados para aplicar a educação da forma mais adequada, utilizando diversos recursos a fim de facilitar a aprendizagem. REFERÊNCIAS BÓGUS, Cláudia Maria et al. Cuidados oferecidos pelas creches: percepções de mães e educadoras. Revista de Nutrição, Campinas, v.20, n.5, Sept./Oct. 2007. FERNANDES, Patrícia S. et al . Avaliação do efeito da educação nutricional na prevalência de sobrepeso/obesidade e no consumo alimentar de escolares do ensino fundamental. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, Porto Alegre, v. 85, n. 4, Aug. [S/D]. GOULART, Rita Maria Monteiro; BANDUK, Maria Luiza Sampaio; TADDEI, José Augusto de Aguiar Carrazedo. Uma revisão das ações de nutrição e do papel do nutricionista em creches. Revista de Nutrição, Campinas, v. 23, n. 4, Aug. 2010. SILVA, Andréia Cristina de Almeida; JÚNIOR, Rodolpho Telarolli; MONTEIRO, Maria Iolanda. Analisando conhecimentos e práticas de agentes educacionais e professoras relacionados à alimentação infantil. Ciência e educação (Bauru) v.16, n.1, Bauru 2010. SCHMITZ, Bethsáida de Abreu Soares et al. A escola promovendo hábitos alimentares saudáveis: uma proposta metodológica de capacitação para educadores e donos de cantina escolar. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro v.24, suppl.2 2008.