ISSN: 1981-3031 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: A COMPANHIA DE JESUS EM TERRAS SERGIPANAS Eduardo Luiz Almeida¹ Elaine Almeida Aires Melnikoff ² Ana Lícia de Melo Silva³ RESUMO A presença dos integrantes da Companhia de Jesus pelas colônias das grandes potências européias da época, Portugal e Espanha, se constituiu como uma reação ao crescimento da influência das idéias luteranas, tendo como objetivo o combate as críticas reformistas e a expansão do protestantismo em 1549. Assim a igreja encontrou no terreno educacional e catequético solo fértil para garantir a manutenção da hegemonia da Igreja Católica, através dos padres jesuíticos. Em Sergipe, a presença da Companhia de Jesus data em 1575, comandada pelo padre jesuíta Gaspar Lourenço, onde fundou varias igrejas, e expandiu a catequese. Desta forma o presente artigo tem por objetivo demonstrar como foi abordada a história dos jesuítas pelos historiadores sergipanos. Portanto a revisão literária abordará estudos bibliográficos e investigação histórica, a qual dará suporte a esse estudo. Portanto conclui-se que na visão dos historiadores sergipanos há uma generalização positiva, quanto ao processo de colonização e aculturação dos índios sergipanos. Palavra-Chave: catequese- jesuítas- historiografia- Gaspar Lourenço-Sergipe NTRODUÇÃO O século XVI foi palco de muitas mudanças, e a reforma protestante liderado por Martinho Lutero, foi um movimento de grande repercussão que culminou na motivação da Igreja Católica a iniciar um movimento de repressão chamado de contra- reforma. No Concílio de Trento1 desencadeou uma série de ações implementadas pela Igreja Católica, que resultou uma forte expansão do movimento de catequese pelos jesuítas em Portugal. A presença dos integrantes da Companhia de Jesus pelas colônias das grandes potências européias da época, Portugal e Espanha, se constituiu como uma reação ao crescimento da influência das idéias luteranas, tendo como objetivo o combate as críticas reformistas e a expansão do protestantismo. . ¹Eduardo Luiz Almeida, graduando em Informática [email protected] ²Graduada em comunicação Social UNIT, Pós Graduada Marketing pela UNIFOA, Pós-Graduada em Docência do Ensino Superior FASE, graduando em História UFS, Membro integrante do Grupo de Estudo em História da Educação UFS e membro do GPGFOP/ UNIT, pesquisadora FAPITEC [email protected]. ³Graduada em Quimica Licenciatura na UFS, pós-graduada em Docência do Ensino Superior FASE, Membro do Grupo de Estudo em História da Educação:intelectuais da educação, instituições escolares e praticas educativas UFS, [email protected] . 2 Munidos da fé cristã os jesuítas estavam comprometidos com a programação traçada pelo rei dom João III, Glória Kok destaca “as almas e as riquezas materiais configuram-se como integrantes de um projeto único: o de enriquecer a Metrópole espiritualmente com as almas e financeiramente com as benesses fornecidas pela natureza” (Kok, 2001, p.76). Pode-se afirmar que a Companhia de Jesus ganhou a simpatia real e teve uma rápida expansão no mundo, o apoio da cora real foi decisivo para o sucesso da companhia. A concepção missionária da Companhia de Jesus no Brasil colônia era transformar índios, através do ensino, em bons cristãos. Instruí-los nos hábitos de trabalho dos europeus, e transformá-los em cidadãos flexíveis a cora Portuguesa. Padres jesuítas chegaram ao Brasil por volta do ano de 1549 na expedição chefiada por Tomé de Souza. Com a missão de catequizar e educar os índios os jesuítas se expandiram por todo o território brasileiro. No entanto essa ordem regular de expansão era subordinada ao Estado português, conforme os preceitos do Padroado Régio. O Padroado Régio conferia ao rei poderes sobre todos os cargos eclesiásticos na colônia, os bispos de Roma e demais sacerdotes. Em Sergipe, os jesuítas chegaram por volta de 1575 bem antes de Cristovão de Barros conquistar as terras sergipanas. Com a intenção de catequizar os nossos primeiros habitantes, os padres jesuítas construíram igrejas, introduziram símbolos e rituais cristãos no cotidiano dos índios. Felisberto Freire, historiador sergipano nos traz registros das primeiras atividades dos jesuítas em Sergipe.”Ao evangelho e não as armas; a paz e não a guerra, entregou-se a conquista da nossa capitania”(FREIRE,1977, p.16).Desta forma Freire percebe de forma positiva o uso do “evangelho da paz “pelos jesuítas, na medida em que era melhor os primeiros habitantes aceitarem com menos violência a chegada do colonizador do que enfrentar os desbravadores na guerra. Felisberto destaca: “... este processo de conquista ocasionaria benefícios resultados, porque tiraria da raça conquistada o terror e o receio que sempre nutria a respeito dos conquistadores; viriam desassombrados colaborar na grande da civilização, aliando-se a raça conquistadora”(FREIRE,1977, p.37) 3 Os jesuítas aparecem como “inteligentes pioneiros, penetradores dos sertões e semeadores da fé” (PIRES WYNNE,1970, p.67), historiador sergipano faz referências positivas a Gaspar Lourenço, primeiro jesuíta adentrar nas terras sergipanas para início e propagação da fé cristã aos índios. A historiadora Maria Thetis Nunes, em seu livro Sergipe Colonial II, ressalta a atuação da companhia de Jesus em Sergipe, mas não dignifica a atuação dos jesuítas como “porta vozes da civilização” desta forma Nunes destaca: A presença da Companhia de Jesus em terras sergipanas remonta a primeira tentativa de sua colonização em 1575, realizada pelo padre Gaspar Lourenço “grande língua e entre eles muito afamado”, e o irmão João Salônio. Buscavam os inacianos o controle das populações indígenas locais, ao fundarem as missões de São Tomé,seis léguas distantes do rio Real, Santo Inácio, 10 ou 12 léguas para o Norte as margens do rio Vasa- barris, provavelmente onde hoje se encontra a cidade de Itaporanga e São Paulo, “junto ao mar” conseguindo a colaboração dos grandes caciques Sergi, Surubi e Aperipê. Nessas aldeias, aproveitando a numerosa população indígena, os jesuítas logo começaram a ensinar-lhe a doutrina “pela manhã, a tarde e a noite”(NUNES, 1996, p.225-226). Podemos perceber que os historiadores sergipanos na sua maioria dignificam a atuação dos jesuítas na missão de aculturação e catequese. Felte Bezerra em seu livro Etnias Sergipanas (1984, p.45) refere-se aos indígenas como “afã de aldeamento” dos jesuítas e diz discretamente que Lourenço e outros irmãos da companhia fizeram um empreendimento” dignificante e apostolar”.Aqui Felte Bezerra deixa claro a sua simpatia pelas ações dos jesuítas no processo de aculturação e civilização do povo indígena. TRAGETÓRIA DE VIDA DE GASPAR LOURENÇO Gaspar Lourenço nasceu em Portugal, na Vila Real de Traz o Monte em 1535. Chegou ao Brasil – Bahia - quando tinha 14 anos de idade, onde foi educado pelos jesuítas, em 1553 entrou para a Companhia de Jesus e se ordenou padre em 1560, quando tinha 25 anos de idade. 4 Lourenço foi um discípulo de José de Anchieta. Anchieta fundou o Colégio Piratininga, e foi professor da língua Tupi para introduzir o índio no mundo cristão. Mais esse projeto de evangelização dos índios não foi tarefa fácil, encontraram muitas dificuldades na tradução da língua Tupi. Bosi destaca alguns problemas de tradução: O projeto de transpor para a fala do índio a margem católica demandava um esforço de penetrar no imaginário do outro, e este foi o empenho do primeiro apóstolo. Na passagem de uma esfera simbólica para a outra Anchieta encontrou óbices por vezes incontornáveis. Como dizer aos tupis, por exemplo,a palavra pecado, se eles careciam até mesmo da sua noção, ao menos no registro que esta assumiria ao longo da Idade Média européia? Anchieta, neste e em outros casos externos, prefere enxergar o vocabulário português no tronco do idioma nativo: o mesmo faz, e com mais fortes razões, com a palavra missa e com a inovação a Nossa Senhora: Ejorí Santa Maria, Xe anáma rausubá! Vem, Santa Maria, Protetora dos maus!(BOSI, 1992, p.65) Para Anchieta saber Tupi, facilitaria na cristianização dos índios, pois entender a língua do colonizado aumentaria as chances de sucesso na missão de catequizar. O padre Leonardo Nunes foi outro ordenador importante na vida de Lourenço, conforme Almeida, Leonardo abriu uma escola de formação religiosa onde acolheu “o menino órfão Gaspar Lourenço, matriculando-o como estudante, candidato ao sacerdócio consagrado às missões”. Em São Vicente, Leonardo instalou um seminário que foi o primeiro colégio da povoação vicentina, onde ensinavam latim e português, as normas eclesiásticas e o catecismo. Leonardo também participou efetivamente da fundação do colégio de formação de novos jesuítas, onde se fazia presente Gaspar Lourenço. Na Bahia, quando Lourenço retornou ainda não era ordenado jesuíta, mais possuía em sua bagagem uma larga experiência de formação adquirida desde a infância,quando teve contato com os curumins na Bahia, assim que chegou de Portugal ainda criança e das orientações dos primeiros jesuítas do Brasil. Lourenço possuía vasta experiência com trabalhos com índios do litoral de São Vicente e do campo de Piratininga. 5 Quando retornou à Bahia já era afamado como “língua” e grande “orador” sacro. Lourenço era conhecido pela sua imposição e voz alta quando chegava às aldeias declarando aos índios a causa de sua vinda. O responsável pela volta de Lourenço à Bahia foi o provincial padre Luis de grã e de D.Pedro Leitão segundo Bispo do Brasil, onde recebeu todas as ordens, menores e maiores. Segundo Almeida foi na capela do Espírito Santo “ o primeiro encargo que o padre Gaspar recebeu seus superiores, depois de elevado ao presbiterado”(ALMEIDA, 1953-1954). Lourenço tinha a missão de restaurar a Aldeia de São João que foi assolada pelo flagelo da peste, doença trazida pelos brancos que exterminou uma grande parte da aldeia e se espalhou por outras. Nestas aldeias Lourenço prestou inúmeros auxílios, inclusive trazendo médicos e enfermeiros para a aldeia. A missão do padre jesuíta Lourenço era grande, em 1568 ele foi enviado para a aldeia de Santo Antônio que ficava as margens do rio Real, com a missão de apaziguar os índios fugitivos da escravidão. Desta forma Almeida destaca: “teria sido enviado, então, o padre Gaspar Lourenço, visando-se com essa medida prevenir outras conseqüências mais graves, dada a respeitosa estima e grande força moral que esse missionário desfrutava junto aos índios”(ALMEIDA,1953-1954, p.162). Podemos perceber o quanto era importante ter missionários integrados com os índios, ou seja, saber seus costumes e sua língua facilitava o acesso dos jesuítas às aldeias, e o padre Gaspar Lourenço era catedrático, falava fluente o Tupi. PADRE GASPAR LOURENÇO PRIMEIRO JESUÍTA MISSIONÁRIO EM SERGIPE Gaspar Lourenço chegou a Sergipe em 1575, quando tinha quarenta anos de idade,o qual pode nos revela um missionário experiente em missões jesuítas no Brasil. Trazido pelo jesuíta espanhol Inácio de Tolosa. Inácio de Tolosa era um jesuíta de ordem superior, responsável por escrever cartas, informes, relatório e crônicas informando o cotidiano das ações da Companhia de Jesus nas 6 colônias portuguesas. A escrita fazia parte do cotidiano dos jesuítas e boa parte dessas cartas estão nos arquivos de Roma, Lisboa, Évora, Madri e Rio de Janeiro. A carta de Tolosa original esta escrita em espanhol e se encontra na Biblioteca Nacional de Portugal em Lisboa. Trexos da carta que aqui apresentamos foi traduzida e publicada por Felisbelo Freire em notas de rodapé do capítulo I “Descobertas e conquista de Sergipe”,do livro I “Época de Formação” (1575-1696) do livro “História de Sergipe” (1ª. Ed. 1891). Nos textos de historia de Sergipe nos revela a passagem de Lourenço e sua missão. Na década de 60 e 70 do século XVI, Lourenço atuava como missionário em Sergipe e Bahia, época de intensas perseguições e caça aos indígenas pelos portugueses, desta forma era comum a resistência dos nativos a escravidão e concomitantemente empreenderam várias fugas, resistência e acordos com os portugueses. Inácio de Tolosa nos direciona para o começo das missões em fevereiro de 1575, segue trecho da carta: Vieram do rio Real muitos índios principais da s aldeias comareans que estão naquellas partes: quarenta, cincoenta e sessenta léguas desta cidade, todos em grande desejo de levar padres que os ensinassem as cousas de sua salvação e como era gente que antes estava de guerra, sem ter comercio com os brancos, aguardou-se alguns meses para ver se vinham bem movidos e constando claramente que Deus os trazia pareceu serviço de Deus aceitar esta empreza e assim no mês de fevereiro de 75 partiu o padre Gaspar Lourenço ( que é grande l´ngua entre elles muito afamado) com o irmão João Solonio, a ensinar-lhes as cousas de sua salvação. Em Sergipe, onde o rio Real banhava, era vista pelos portugueses como “sertões do rio Real”, onde habitavam índios considerados não civilizados. Esse território era de cobiça dos colonizadores portugueses por habitar índios fugitivos da escravidão de algumas fazendas baianas. Almeida destaca “foram preferidos para essa inominável caçada humana, onde toda a sorte de crueldade se praticou...” Para apaziguar os fugitivos e tornar mais flexível a colonização e aculturação: ...”teria sido enviado então, o Padre Gaspar Lourenço, visando-se com essa medida prevenir outras conseqüências mais graves [...] dada a respeitosa estima e grande força moral que esse 7 missionário desfrutava junto aos índios.”(ALMEIDA, 1954, p.162). A liderança de Lourenço é fundamental para a colonização das terras entre o rio Real e São Francisco. Com o objetivo de tornar nossos primeiros habitantes cristãos, Lourenço buscava incessantemente cumprir seu papel missionário, ficou afamado pela sua causa e como chegava nas aldeias, “ele chegava com voz alta as aldeias, pregando e declarando aos índios a causa de sua vinda”. Em nome do senhor e contra o demônio, essa era a “causa” e Lourenço era um missionário eficaz na sua missão. Segundo Paul Suess definia as missões como “cruzadas em terras longínquas, conquista dos territórios ocupados por inimigos da fé, libertação das almas presas nas garras do demônio” (SUESS, 1992, p.15). A conquista espiritual dos povos indígenas exigia dos jesuítas um estado de vigília permanente contra os inimigos de Deus que habitavam o novo mundo. Os jesuítas acreditavam que os primeiros habitantes não possuíam almas estavam subjugados pelo demônio através dos seus rituais, os xamãs, pajés ou caraíbas. Os jesuítas enxergavam a figura do diabo, nos costumes arraigados dos índios como a nudez, poligamia, nomadismo, feitiçaria, guerras e cauinagens. Segundo Gloria Kok: “a realização de cauinagens punha em perigo a doutrina cristã e, algumas vezes, a própria vida dos jesuítas. Em todas as festas e cerimônias tribais, os índios dedicavam-se ao consumo desenfreado de bebidas fermentadas, extraídas de diferentes plantas, sendo a mais comum mandioca doce, o milho e o caju cuja preparação era confiada exclusivamente às mulheres” (KOK, 2001, p. 84) Segundo Almeida, numa missão, Lourenço e os demais missionários estavam falando em nome de Jesus e da Igreja Católica. “E para louvar ao senhor como se gosam (sic) com a vida que lhes propõe e com a doutrina que lhes ensina” (ALMEIDA, 1954, p.175). Para o jesuíta Gaspar Lourenço difundir a fé cristã pela pregação do ministério da palavra de Deus, era ensinar e colocar os índios no caminho do senhor e da salvação eterna. Na carta de tolosa trechos descrevem o interesse dos indígenas aprenderem as “cousas de Deus”. Outro dia pela manhã começou o padre a dar a razão aos principais da aldeia, de sua vinda, dizendo que vinha manifestar-lhes a lei de Deus e ensinar-lhes o caminho de sua salvação e 8 livral-os da cegueira em que estavam e começou a fazer uma maneira da Igreja para dizer missa e ensinar-lhes a doutrina, 10) mas era tanta a gente que vinha a visitar o padre, assim daquella aldeia como das outras, que quase tod dia gastava em trabalhos a consola 1 os e assim o dia seguinte se acabou a Igreja, onde se disse missa, os ensinaram a doutrina com grande consolo a todos. A carta de Tolosa, é um documento que registrou a passagem de Lourenço nas terras sergipanas, graças a ela podemos saber um pouco da trajetória dos jesuítas e sua missão de catequizar os índios e como esses padres foram recebidos. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Companhia de Jesus chegou ao Brasil com o intuito de expandir a Igreja Católica, com a profissão de fé, que se encontrava a todo vapor. A Igreja Católica foi impulsionada pela contra- reforma de Lutero que se expandia por toda a Europa. No Concilio de Trento, a Companhia de Jesus ordem religiosa em conformidade com as transformações do Concilio de Trento, começa a se expandir por toda Europa. Na América Portuguesa essa missão não foi tarefa fácil para os missionários que aqui vieram encontraram muitas dificuldades. Esse trecho da carta nos revela as dificuldades encontradas pelos jesuítas foram: montanhas com penhascos, ervas que cortavam as pernas, muita água gerando atoleiros, falta de mantimento. Analisando a carta de Tolosa, podemos identificar que os missionários não se intimidavam diante das adversidades, mesmo com o risco de perder a própria vida. Os padres jesuítas enfrentavam outros interesses ligados as expansões da colonização estavam em jogo razões imediatistas de lucros com a expansão da criação de gado. Convictos da sua fé e apoiados pelos princípios religiosos,os padres jesuítas catequizavam os índios e assim facilitava a colonização civilizatória, em nome de Deus e da salvação eterna aprendendo sua língua e costumes impondo de forma “civilizatória” a sua cultura e sem perceberem estavam contribuindo para o genocídio e exterminação do povo indígena. 9 O mundo de pertencimento dos jesuítas, era propagar a salvação divina,convictos das boas intenções dos governantes, dos papas e dos conquistadores, e que realmente buscavam servir a Deus esses padres missionários eram capazes de enfrentar qualquer adversidade. BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, Aurélio Vasconcelos de. Vida do Primeiro Apóstolo de Sergipe: Padre Gaspar Lourenço, Revista do IHGSE, n. 21, 1953-1954, v. XVI. BEZERRA, Felte. Etnias sergipanas. Aracaju: Gráfica j. Andrade, 1984. BOSI, Alfredo. Dialética da Colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. FREIRE, Felisbelo. História de Sergipe. 2 ed., Petrópolis : Vozes/ Aracaju: Governo do Estado de Sergipe, 1977. NUNES, Maria Thetis. Sergipe colonial II. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro 1996. SUESS, Paul Suess (org) A conquista espiritual da América espanhola. Petrópolis: Vozes, 1992. KOPK, Glória. Os vivos e os mortos na América portuguesa: da antropologia à água do batismo. Campinas / SP: Editora da Unicamp, 2001. WYNNE, Pires. História de Sergipe (1575-1930). Rio de Janeiro: Editora Pongetti, 1970.