P.05
MOVIMENTO BAAL 21
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“O PS isolou-se”
acusa Francisco
Pacheco
semanário regional // ÀS SEXTAS // 2006.11.03
DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 1 // N 31
Ensino Superior. Suplemento de oito páginas sobre o IPB
// € 0,70 [IVA INCLUÍDO]
Moura
ELVAS PRESS
Politécnico
de Beja trava
perda de alunos
José Sócrates
elogia projecto
da central solar
O primeiro-ministro, José Sócrates, classificou segunda-feira
a aposta da empresa espanhola
Acciona na energia solar em Portugal como um dos exemplos da
confiança dos investidores estrangeiros na economia nacional.
“Nos últimos seis meses, a economia portuguesa recuperou e
este investimento, tal como outros que se fizeram e anunciaram
neste período, vem demonstrar
a confiança dos investidores estrangeiros na economia portuguesa”, declarou. As declarações
do chefe do Governo foram proferidas depois do lançamento
simbólico da primeira pedra da
fábrica de painéis fotovoltaicos
de Moura.
Presidente do Instituto Politécnico de Beja confirma que, pela primeira vez nos últimos anos,
a instituição vai ter mais alunos. Entrada de maiores de 23 anos dá uma ajuda mas não é decisiva nesta recuperação.
P. 02 | BAIXO ALENTEJO
JOSÉ TOMÉ MÁXIMO
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O Instituto Politécnico de Beja (IPB) vai inverter no
novo ano lectivo a progressiva perda de alunos que
tem vindo a registar. As previsões do Ministério da
Ciência e do Ensino Superior apontavam para a
entrada de 718 novos alunos no primeiro ano e
2.775 na globalidade. Dados recolhidos pelo “Corpub.
reio Alentejo” mostram que neste momento, feitas
as colocações da primeira e segunda fases do concurso nacional de acesso, já entraram 730 alunos
para o primeiro ano, estando matriculados um
total de 2.874 nas quatro escolas do IPB – Agrária,
Superior de Educação, Superior de Saúde e ESTIG.
Mas este processo não está concluído, uma vez que
decorre ainda a terceira fase. Depois de terminada
esta última etapa as vagas sobrantes serão para os
maiores de 23 anos, existindo 78 matriculados em
condições de entrar no IPB.
| CADERNO IPB - SUPLEMENTO
sexta-feira
2006.11.03
02
REGIÃO
BAIXO ALENTEJO
ALJUSTREL • ALMODÔVAR • ALVITO • BARRANCOS • BEJA • CASTRO VERDE • CUBA • FERREIRA DO ALENTEJO • MÉRTOLA • MOURA • ODEMIRA • OURIQUE • SERPA • VIDIGUEIRA
115 NOVOS POSTOS DE TRABALHO
A unidade fabril de Moura tem uma
incorporação de valor nacional superior
a 50 por cento e irá criar 115 postos de
trabalho permanente, a maioria dos
quais na produção.
“Ninguém investe 250 milhões de
euros se não tiver confiança no país”.
José Sócrates
Primeiro-ministro
BP SOLAR ASSEGURA LABORATÓRIO
O projecto envolve ainda a construção
de um laboratório de referência para a
energia fotovoltaica e outras renováveis, cujo funcionamento será assegurado durante três anos pela BP Solar.
Investimento. Projecto da fábrica de painéis fotovoltaicos vai criar 115 novos postos de trabalho
Sócrates elogia
central de Moura
Primeiro-ministro
participou segundafeira no lançamento
simbólico da primeira
pedra da fábrica de
painéis fotovoltaicos de
Moura.
Espanhóis da Acciona investem na
Margem Esquerda 10
milhões de euros e vão
ter uma facturação
anual superior a 62,5
milhões.
ELVAS PRESS
O
primeiro-ministro, José Sócrates, classificou segundafeira a aposta da empresa
espanhola Acciona na energia
solar em Portugal como um dos
exemplos da confiança dos investidores estrangeiros na economia
nacional.
“Nos últimos seis meses, a economia portuguesa recuperou e este
investimento, tal como outros que
se fizeram e anunciaram neste período, vem demonstrar a confiança
dos investidores estrangeiros na
economia portuguesa”, disse.
As declarações do chefe do Governo foram proferidas depois do
lançamento simbólico da primeira
pedra da fábrica de painéis fotovoltaicos de Moura.
Acompanhado pelo ministro da
Economia e Inovação, Manuel Pinho, o primeiro-ministro garantiu
que a confiança dos investidores
estrangeiros tem “boas razões” de
existir, devido aos “sinais evidentes” do início da recuperação económica.
“Ninguém investe 250 milhões
de euros senão tiver confiança no
país. Nos últimos seis meses, a economia portuguesa tem dado sinais
evidentes de começar a recuperar, de inverter um ciclo marcado
por momentos difíceis, mas agora
abrem-se novas perspectivas com
mais optimismo para o futuro”,
afirmou.
A fábrica de painéis fotovoltaicos de Moura, que começou a ser
Primeiro-ministro e ministro da Economia assistiram ao lançamento do projecto de Moura, acompanhados pelo autarca José Maria Pós-de-Mina
construída e que deverá entrar em
funcionamento até ao final do próximo ano, implica um investimento de 10 milhões de euros e vai ter
uma facturação anual superior a
62,5 milhões de euros.
A fábrica, cuja construção é da
responsabilidade da Acciona, líder
no mercado espanhol das energias
renováveis que vai adquirir a totalidade do capital da Amper Solar,
terá uma capacidade de produção
anual de 25 megawatts (MW).
A unidade fabril, que vai utilizar tecnologia de ponta, tem uma
incorporação de valor nacional superior a 50 por cento e irá criar 115
postos de trabalho permanentes, a
maioria dos quais na produção.
Numa primeira fase vai construir painéis solares para a central
de Moura, que será a maior a nível
mundial, com uma capacidade
instalada de 62 MW, mas a partir
de 2009, quando terminar a construção da central, terá uma grande
capacidade de exportação.
Prevê-se ainda que a nova fábrica seja um factor de atracção para
investimentos adicionais no local
de outros componentes fotovoltaicos como inversores, controladores
de carga e fusíveis.
A fábrica está intimamente ligada ao projecto da construção da
maior central fotovoltaica do mundo, a instalar na Amaraleja, com
um investimento de 250 milhões
de euros.
A central será constituída por 350
mil painéis solares que vão permitir
produzir 88 gigawatts/hora (GWh)
de energia eléctrica por ano.
Esta produção permite evitar a
NÚMEROS
250.
Milhões de euros é
o volume de investimento para
construção em Moura da maior
central fotovoltaica do mundo.
62,5
Milhões de euros é
o valor estimado para a facturação anual da fábrica de painéis
fotovoltaicos.
10.
Milhões de euros é
o volume de investimento que
vai ser feito na nova unidade de
produção de painéis.
emissão para a atmosfera de 60 mil
toneladas de dióxido de carbono
(CO2) por ano.
Toda a produção eléctrica da
central de Moura, que irá criar 130
postos de trabalho entre a fase de
construção e exploração, será injectada na rede.
O projecto envolve ainda a construção de um laboratório de referência para a energia fotovoltaica
e outras renováveis, cujo funcionamento será assegurado durante
três anos pela BP Solar.
O laboratório estará disponível para projectos e programas de
universidades e instituições de
investigação científica nacionais
e estrangeiras, prevendo-se a sua
cooperação e o estabelecimento
parcerias com os principais laboratórios europeus e mundiais.
REGIÃO BAIXO ALENTEJO
Beja
03
sexta-feira
2006.11.03
Ambiente. Medida para compensar impactos da auto-estrada do Sul
Hospital melhora condições
de aquecimento e ventilação
Almodôvar
Beja
Trânsito da vila
com novas regras
PS satisfeito
com o Governo
A Câmara de Almodôvar aprovou o projecto para o novo regulamento de trânsito da vila.
O documento entra brevemente
em fase de audiência pública,
estando por isso disponível para
consulta na secretaria da autarquia. O Município garante ser
sua “tarefa prioritária o ordenamento do trânsito com vista ao
desenvolvimento harmonioso
da malha urbana da vila”. Nesse
sentido, a Câmara de Almodôvar
espera a participação de todos
os munícipes no documento,
até para “promover uma clara
definição do fluxo de tráfego
urbano, cuja finalidade visa permitir, não só uma maior fluidez,
como também a diminuição de
alguns impactos negativos ao
nível do ambiente”.
A Federação do Baixo Alentejo
(FBA) do PS revelou em comunicado o seu “agrado” pela visita
do primeiro-ministro a Moura,
onde assistiu ao lançamento da
primeira pedra da futura fábrica
de painéis fotovoltaicos, que irá
depois fornecer a maior central
solar do mundo, a instalar na
freguesia da Amareleja. “Graças
à acção do Governo PS, este importante projecto económico e
ambiental vai concretizar-se na
nossa região”, sublinha a nota
socialista, garantindo de seguida
que o Governo socialista e José
Sócrates continuam “a privilegiar
positivamente o Baixo Alentejo,
na sequência do que já tinha feito
para a reabertura das Minas de
Aljustrel e para o acelerar do Empreendimento do Alqueva”.
Beja
Comércio tradicional
organiza sorteio de carro
A Associação Comercial do Distrito de Beja e as Caixas de Crédito Agrícola de Beja e Mértola, Guadiana Interior e Ferreira do Alentejo celebraram na passada segunda-feira, 30 de Outubro, um protocolo que
visa o sorteio periódico de um automóvel e vales de compras.
Nesse sentido, no âmbito da campanha “O futuro da região está nas
nossas mãos – Compre no comércio tradicional”, por cada 50 euros de
compras realizadas nos estabelecimentos aderentes ao concurso, os
consumidores vão receber uma senha numerada, que será posteriormente sorteada. O primeiro prémio do concurso é um carro da marca
alemã BMW, enquanto os restantes prémios são vales de desconto no
comércio tradicional.
Em declarações à Rádio Pax, o director adjunto da Caixa de Crédito
Agrícola de Beja e Mértola, Francisco Correia, revelou que a adesão da
instituição à iniciativa se deve à sua preocupação com as actividades
da região, “especialmente o comércio”.
JOSÉ TOMÉ MÁXIMO
Tiveram início esta quinta-feira, 2, as obras de instalação de um mais adequado sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC) no
serviço de Urgência do Hospital José Joaquim Fernandes, de Beja. Em nota
de imprensa, o conselho de administração do hospital explica que “o novo
sistema AVAC pretende melhorar a qualidade de filtragem do ar daquele
espaço, elevando o conforto térmico”, estimando um período de quatro
meses para a conclusão da intervenção. As obras vão decorrer de forma faseada, o que não deixará de provocar “alguns constrangimentos” ao normal funcionamento
das Urgências. Nesse sentido,
serão feitas algumas adaptações
de espaços, entre as quais se destaca a passagem da sala de observações para uma enfermaria
de seis camas no primeiro piso
do hospital.
ZPE de Castro Verde
deverá ser ampliada
Decisão é medida compensatória do impacte
ambiental provocado pela auto-estrada do Sul
na Zona de Protecção Especial (ZPE).
Ministério do Ambiente assume a medida na
sequência da condenação decidida pelo Tribunal
de Justiça Europeu.
O Ministério do Ambiente deverá
alargar a Zona de Protecção Especial (ZPE) de Castro Verde, para
compensar o impacte ambiental
da construção da A2 que foi motivo de uma condenação do Tribunal de Justiça Europeu.
O projecto de alargamento
da ZPE, que está a ser elaborado
pelo Instituto da Conservação da
Natureza (ICN), foi pedido pelo
Ministério do Ambiente para ser
apresentado à Comissão Europeia
como uma medida compensatória
do impacte ambiental na ZPE por
causa da construção da auto-estrada do Sul (A2).
“O projecto de alargamento está
a ser elaborado pelo ICN e, depois
de analisado pelo Ministério do
Ambiente, vai ser apresentado à
Comissão Europeia como uma
medida minimizadora do impacto ambiental causado na ZPE” de
Castro Verde, disse à agência Lusa
fonte do Ministério do Ambiente.
Recorde-se que o Tribunal de
Justiça das Comunidades Europeias deu provimento a uma queixa apresentada pela Comissão
Europeia ao condenar o Estado
português por violação de normas
ambientais na escolha do traçado
da A2.
O acórdão do Tribunal sedeado
no Luxemburgo considera que o
Estado português não cumpriu as
obrigações relativas à preservação
dos habitats naturais e da fauna e
da flora selvagens, ao dar execução
a um projecto de auto-estrada cujo
traçado atravessa a ZPE de Castro
Verde, apesar de um estudo de impacto ambiental negativo.
O caso foi levado a tribunal na
sequência de uma queixa apresentada em 2000 por três associações
ambientalistas – Liga para a Protecção da Natureza (LPN), Quercus
e Geota –, que defenderam existirem alternativas à execução de um
troço de cerca de 10 quilómetros
no interior da ZPE de Castro Verde,
assim classificada devido aos habitats de aves selvagens.
O Tribunal de Justiça salientou,
no acórdão, que a República Portuguesa deu execução à obra sem
ter demonstrado a inexistência de
soluções alternativas ao referido
traçado e, no momento em que
autorizaram o projecto, “não podia
legitimamente considerar que estava isento de efeitos prejudiciais
para a integridade da zona”.
As associações ambientalistas
LPN e Quercus congratularam-se
pela condenação do Estado português mas lamentaram a demora
na decisão.
“As decisões dos tribunais, muitas vezes, tardam, mas chegam,
dando-nos razão quanto à apresentação das queixas por violação
de normas ambientais”, argumentou Rita Alcazar, da Liga para a
Protecção da Natureza (LPN).
José Paulo Martins, responsável pelo núcleo de Beja e Évora da Quercus, também saudou
a decisão do Tribunal de Justiça
das Comunidades Europeias, mas
lembrou que a decisão surge “seis
anos” após a apresentação da
queixa.
“A decisão do tribunal dá-nos
razão em termos avançado com a
queixa e o Estado não pode argumentar, como pretendeu, que não
houve impactos, porque essa não é
a forma correcta de actuar”, frisou.
O projecto de construção da
A2, que liga Lisboa ao Algarve, foi
adjudicado em 1997 à sociedade
Brisa, que, em relação ao sublanço
da auto-estrada em causa, elaborou um projecto de traçado atravessando a parte ocidental da ZPE
de Castro Verde, tendo em 2000 o
secretário de Estado do Ambiente
autorizado a execução da obra.
O sublanço da auto-estrada A2
de Aljustrel a Castro Verde foi aberto à circulação em Julho de 2001,
numa altura em que já estava em
curso um processo de infracção
aberto pela Comissão na sequência da queixa apresentada pelas
associações ambientalistas.
sexta-feira
2006.11.03
04
REGIÃO BAIXO ALENTEJO
Saúde. Mértola pode receber prémio internacional
Autarquias
ONU selecciona
projecto mertolense
Câmara de Aljustrel
consulta populações
Unidade Móvel Médico-Social de Mértola
está entre finalistas para receber um prémio de
boas práticas atribuído pela ONU.
É a primeira vez que uma candidatura portuguesa consegue chegar à final deste prémio
internacional.
A unidade móvel médico-social de
Mértola está entre os finalistas a um
prémio internacional de boas práticas atribuído pelas Nações Unidas (ONU), tornando-se a primeira
candidatura portuguesa a conseguir
chegar à última fase de escolha.
O presidente do município, Jorge Pulido Valente, explicou que a
unidade foi seleccionada para o
grupo de 48 finalistas candidatos ao
prémio internacional Dubai/ONU Habitat de “Melhores Práticas para
Melhoria das Condições de Vida”.
A unidade, adquirida pela autarquia em 2002, consiste numa carrinha com mobiliário e equipamento
médico, vocacionada para a prestação de cuidados médicos de enfermagem e assistência social.
A escolha surge depois de a autarquia ter candidatado, em Maio, a
unidade móvel àquele prémio, que
visa distinguir projectos inovadores
fruto de parcerias públicas e privadas que contribuam para melhorar
a qualidade de vida das populações
em termos sociais, culturais, económicos e ambientais.
De acordo com o autarca, dos
609 projectos de todo o mundo que
se candidataram à edição deste ano
do prémio, 31 foram considerados
não elegíveis, 116 como “Práticas
Promissoras”, 336 como “Boas Práticas” e 126 como “As Melhores Prá-
ticas”.
Foi de entre este último grupo
que saiu a lista de 48 projectos finalistas, na qual se inclui a unidade
móvel médico-social de Mértola.
Destes finalistas serão premiados 12 projectos, dez como “Melhores Práticas” e dois como “Melhores
Práticas em Transferência”, que irão
receber, no total, 360 mil dólares
(mais de 282 mil euros), repartidos
em partes iguais.
O anúncio da decisão final e a
entrega dos prémios está agendada para 22 de Novembro, durante
a reunião do Comité Técnico da
Agenda Habitat, a realizar na cidade de Dubai, nos Emirados Árabes
Unidos.
“Independentemente do resultado final, o facto de a unidade estar
entre os finalistas já significa que a
ONU a reconheceu como uma boa
prática”, salientou Jorge Pulido Valente, acrescentando que “esta é a
primeira vez que uma candidatura
portuguesa consegue chegar à final”.
Por outro lado, continuou, a unidade vai passar a constar da Base de
Dados de Boas Práticas gerida pela
ONU, juntando-se assim aos 2.100
projectos de 140 países que já se
candidataram ao prémio, deste que
foi atribuído pela primeira vez, em
1996.
De acordo com o autarca, “o carácter percursor do trabalho da unidade reside na assistência social e
nos cuidados de saúde preventiva
prestados à população idosa, que
vive nas freguesias dispersas e isoladas do concelho”.
A população idosa e as famílias
mais desfavorecidas do concelho
são os principais destinatários da
unidade móvel, nomeadamente
no acompanhamento de situações
de problemática social, como a solidão, e no controlo e prevenção de
doenças.
A unidade identifica factores
de risco e elabora estratégias de
prevenção, tendo já promovido 29
campanhas e acções de sensibilização.
Entre estes trabalhos, contam-se
as campanhas de vacinação antigripe, controlo de diabetes, colesterol e obesidade e as acções de
sensibilização sobre higiene oral,
cancros da pele e da mama, automedicação, acidentes domésticos e
tabagismo.
A equipa é constituída por um
enfermeiro, um assistente social,
um psicólogo e um animador social, que trabalham em articulação
com técnicos da autarquia e do
centro de saúde.
Nos últimos quatro anos, a unidade atendeu mais de 5.400 pessoas, percorreu quase 58.000 quilómetros, distância que, de acordo
com a autarquia, “é mais do que suficiente para dar a volta à Terra pelo
Equador”.
O prémio “Melhores Práticas
para Melhoria das Condições de
Vida”, com periodicidade bianual,
foi lançado pela ONU em 1996, de
acordo com o definido na “Declaração do Dubai”, assinada em Novembro de 1995.
A Câmara Municipal de Aljustrel inicia na próxima quarta-feira, 8,
um processo de auscultação popular tendo em vista a elaboração e
aprovação de documentos onde se inscrevam as acções e os projectos
da autarquia a curto, médio e longo prazo. A primeira sessão pública
vai realizar-se na sede da Junta da Freguesia de Ervidel, seguindo-se
Messejana (dia 9), Rio de Moinhos (dia 14), São João de Negrilhos (dia
15) e Aljustrel (dia 16).
Em nota de imprensa, a autarquia da vila das minas explica que
“democracia local não é apenas votar-se de quatro em quatro anos,
mas sim exercer permanentemente o direito e o dever de participar
activamente na vida da colectividade a que se pertence”. Por isso mesmo, acrescenta o comunicado da Câmara de Aljustrel, “para além da
participação directa nas reuniões, os munícipes poderão ainda contribuir [para o processo] através do preenchimento de um questionário que será oportunamente distribuído”.
Saúde
Concurso
José Soeiro
faz pergunta
BD compete
em Odemira
O deputado do PCP eleito pelo
distrito de Beja pretende saber,
através do Ministério da Saúde, que medidas vai o Governo
adoptar “para garantir à população do concelho de Mértola
os cuidados de saúde a que tem
direito”. As preocupações de José
Soeiro surgem na sequência da
redução do horário de funcionamento do Centro de Saúde
da vila-museu, que fecha agora
às 18h00 depois da saída de um
dos médicos. Em requerimento
apresentado na Assembleia da
República esta semana, Soeiro
quer saber de que forma “vai
ser reforçado o corpo clínico do
Centro de Saúde de Mértola” e
também se o Governo pretende
“rever o horário de funcionamento do Centro de Saúde”.
A Câmara de Odemira está a
promover um concurso de banda desenhada (BD). A iniciativa
tem por objectivo “promover
este género de arte junto da população” e insere-se no projecto
“BDTeca”, que entre os meses de
Novembro e Janeiro de 2007 vai
levar até ao município várias actividades associadas ao mundo
da BD. Aberto a todas as pessoas com idade igual ou superior a
16 anos, o concurso decorre até
2 de Dezembro e os trabalhos
são de tema livre. O vencedor do
concurso receberá um prémio
de 200 euros. Ainda no âmbito
do projecto “BDTeca”, a Biblioteca de Odemira recebe até Janeiro
uma feira de livros, um workshop
de BD para crianças e jovens e
uma exposição.
Sinistralidade
Jovem residente em Beja
morre na estrada da Salvada
Um morto e cinco feridos, dois dos quais em estado grave, todos menores, é o resultado de um despiste de um veículo ocorrido na madrugada do último sábado, próximo de Beja, na estrada que liga a cidade
à Salvada. A vítima mortal é um jovem de 15 anos que, segundo fonte
do Hospital Distrital de Beja, morreu naquela unidade de saúde. A
fonte hospitalar indicou ainda que os dois feridos em estado grave,
de 15 e 16 anos, foram transferidos para o Hospital de S. José, em Lisboa, enquanto os três feridos ligeiros tiveram alta. Segundo a fonte da
Brigada de Trânsito, no veículo ligeiro de passageiros viajavam seis
rapazes, entre os 17 e os 15 anos. O condutor, de 17 anos, não tinha
carta de condução, e o acidente ocorreu cerca das 02h00, na Estrada
Municipal 511, entre Beja e Salvada.
Um grupo de seis amigos de
Beja, todos menores, levou sem
consentimento o potente BMW
do pai de um deles a uma festa
“rave” na Salvada. Por volta
das 02h00 de sábado (dia 28),
no regresso a casa, a viatura
despistou-se tendo morrido um
jovem com 15 anos.
05
CONTRA FACTOS
sexta-feira
2006.11.03
• CONTRA FACTOS É UM ESPAÇO DE ENTREVISTA COM EDIÇÃO NO “CORREIO ALENTEJO” E EMISSÃO NA RÁDIO PAX À QUINTA-FEIRA DAS 18 ÀS 19H00
[a entrevista é retransmitida nas rádios Castrense e Singa]
Administrador-delegado da Associação de Municípios, porta-voz do Movimento BAAL 21 e director do “Diário do Alentejo”,
Francisco Pacheco acredita que há muito por reivindicar na região do Baixo Alentejo
FRANCISCO PACHECO
NOME COMPLETO:
Francisco Maria do Ó Pacheco
IDADE:
55 anos
NATURALIDADE:
Sines
PERCURSO:
Presidente da Câmara de Sines (76/97);
Administrador-delegado da Associação
de Municípios de Beja desde 1998
CARGO:
Administrador-delegado da Associação
de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
“O PS isolou-se”
ANTÓNIO JOSÉ BRITO
FRANCISCO PALMA CARVALHO (RÁDIO PAX)
Francisco do Ó Pacheco considera que o PS
“isolou-se” no processo de criação do Movimento BAAL 21. Em entrevista ao “CA” e
Rádio Pax, o porta-voz do movimento lamenta essa decisão, vê coincidência entre as
propostas do PCP e do Governo no que diz
respeito a uma região polinucleada, e garante que a Associação de Municípios não está
apagada.
O BAAL 21 é um movimento que reage em
função da ameaça do desaparecimento de
serviços ou do atraso de projectos na cidade
de Beja. Essa acção vai prosseguir no futuro?
Creio que, essencialmente, um movimento
cívico deste tipo é intemporal e não é simpático para o poder. São sempre antipáticos. Neste contexto, o movimento deverá
pressionar as decisões políticas que entende
serem necessárias. Se ficarmos à espera das
decisões elas demoram décadas. O melhor
é não ficar à espera e lutar para que sejam
tomadas. Um movimento deste tipo tem de
ser sempre reivindicativo e intemporal.
Um eventual abandono
do movimento por
parte de entidades
como a ACOS, o
NERBE ou o Instituto Politécnico
não põe em causa a sua existência?
Mas admite que há fragilidades no BAAL 21?
Estamos a trabalhar com esse cuidado.
Quando à partida uma força político-partidária tentou fazer a identificação do movimento com outra força político-partidária,
o que não nos parece nada justo, é preciso
ter muito cuidado. Este movimento está preocupado com o seu território e vai agir em
função do seu território.
Claro. O movimento começou há dois meses
e logo à partida teve adversários de peso que
tentaram dar-lhe rótulos para o diminuir e
tornar mais frágil.
A ausência do PS e de largas franjas do PSD
não tornou fraco o movimento?
Vejamos o movimento pelas entidades que o
compõem e não pela presença ou ausência
de partidos. O BAAL 21 pode reunir dentro
de si próprio um conjunto de entidades cuja
menor preocupação é a sua identificação político-partidária. E cuja maior preocupação é
a própria região que está a servir. Quanto a
mim as posições do Partido Socialista foram
extremamente injustas. Essencialmente o PS
identifica o movimento como algo que irá
confrontar-se e denegrir as políticas do poder central.
O PS alega que as principais bandeiras do
movimento – o aeroporto e as direcções
regionais – não fazem sentido porque são
processos em desenvolvimento?
Temos é muito receio que as coisas possam
não acontecer na realidade. Essa preocupação tem de estar permanentemente em cima
da mesa. Temos de agir quando a interligação do triângulo é cada vez mais estilhaçada
e as ligações de Sines ao aeroporto de Beja e
do IP8 a Espanha têm menos consistência e
cada vez mais recuos. Por outro lado o movimento procura afirmar que não queremos
continuar a viver neste processo de recessão e de mágoa contínuas.
Mas objectivamente como é que
comenta a atitude do PS?
Formalmente o PS continuará a dizer que o movimento é
contra o PS e que não se revê
nessa situação. Tenho a certeza que muita gente ligada
ao PS continuará a apoiar o
movimento. Para mim o PS
isolou-se.
O PCP reivindicou, no quadro da regionalização, a criação de uma região Alentejo. Hoje
apela para a importância de Beja. Não há aqui
uma contradição?
Não creio que haja. Aliás, tenho a certeza
que não há nenhuma contradição. Não tenho a ideia que o Alentejo tenha de ser Évora
e o resto paisagem.
O PCP, no quadro da regionalização, reclamou
uma região polinucleada. Essa é a intenção
actual do secretário de Estado Eduardo Cabrita.
Há aí uma sintonia entre o governante e o PCP?
Sem dúvida nenhuma. O PS de Beja é que
ainda não ultrapassou esta ideia de dois
Alentejos. Mas isso é mais que provável. Será
um Alentejo polinucleado, com poder de decisão nas várias sub-regiões que tem.
Há alguma estratégia definida para dar dimensão ao BAAL 21?
Na última reunião foi afirmado que o movimento deveria caminhar para angariação de
personalidades, que poderão aderir individualmente. Este processo vai passar para as
câmaras municipais e juntas de freguesia,
que irão fazer os convites.
Este movimento não apagou a Associação
de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo
Litoral (AMBAAL)?
A AMBAAL é uma associação de municípios
e, enquanto tal, promoverá e realizará o que
os municípios entenderem. Não devemos
estar preocupados com perdas. Estou convencido que o movimento trará mais ganhos
à região, porque são ganhos de outro tipo.
São ganhos do processo de desenvolvimento
global para a região.
Por que é que a AMBAAL não tomou qualquer
posição sobre a nova Lei das Fianças Locais?
Não teve ainda uma reunião. Os municípios
da AMBAAL participaram no congresso dos
municípios, têm tomado posições sozinhos.
A Associação Nacional de Municípios já tomou posição sobre o assunto.
Um homem, muitas causas
Francisco do Ó Pacheco acumula várias funções. É administrador-delegado da Associação de Municípios, porta-voz
do Movimento BAAL 21, presidente da Assembleia Municipal de Sines e director do “Diário do Alentejo”. O autarca
até aceita que é “muito cargo para um homem só”, mas
ressalva que consegue “conciliar com muito trabalho e
algum sacrifício”. A juntar a tudo isto, também gosta de
escrever e, neste momento, tem prontos mais dois livros.
Um deles deverá sair no final de Novembro. Chama-se
Crónicas de Beja e reúne crónicas publicadas na imprensa
e na rádio. O outro é um livro de poemas, cujo título é
Alentejo salgado e doce. Porquê? “Para dar a ideia que o
Alentejo também é salgado porque tem mar e doce porque
tem interior”.
sexta-feira
2006.11.03
06
ANÁLISES & OPINIÃO
EDITORIAL • COMENTÁRIOS • DEBATES • BLOGS • RECORTES DA IMPRENSA
RECORTES FRASES FEITAS
Fatalidade?
“[Acho que o primeiroministro tem sido corajoso] pelas mesmas razões
que toda a gente acha. É
óbvio. Vamos ver é se vai
continuar a ser assim.”
António Lobo Antunes
in “Público” 29.10.2006
O
despovoamento é o mais
grave problema que
afecta o Alentejo. Em
média a região vê partir
quase duas dezenas de pessoas por
dia. Essencialmente jovens sem
trabalho, obrigados a procurarem
nas grandes cidades do litoral uma
forma de sustento. É um drama
terrível que está na base de uma
cadeia de outros problemas, que a
EDITORIAL
nosso ver só terão resolução quando for invertida esta tendência de ANTÓNIO JOSÉ BRITO
desertificação humana.
Esta fatalidade alentejana é,
Era bom que o Goafinal, uma adversidade de todo
o interior do país. E contudo não verno, com coragem
houve até agora um Governo ca- e determinação, assupaz e com coragem para imprimir
políticas com a objectividade e misse como desígnio
o pragmatismo necessários para estratégico da sua incombater uma realidade que gera
quadros muito complexos nas tervenção a luta congrandes cidades, fruto dessa des- tra o despovoamento
localização do interior, que obriga
a construir pontes e túneis, pro- do interior português.
move a especulação imobiliária e O litoral também
o desordenamento do território,
acentua a degradação social e até agradecia.
a marginalidade e a insegurança
das pessoas. Mesmo perante este
quadro, nenhum Governo, que se
saiba, apontou como prioridade
no seu programa de acção, uma intervenção consequente para travar
o despovoamento do interior e estimular a deslocalização ao contrário – do litoral para o interior.
Alguns estudos sobre o assunto
demonstram que a luta contra a
desertificação do interior está no
desenvolvimento das cidades médias, como Beja, “através de um investimento público que faça
uma discriminação positiva, em nome da coesão nacional”. E desvendam, como se fosse um mistério, que a qualidade de vida no
interior é cada vez mais uma realidade.
Posto isto, era bom que o Governo, com coragem e determinação, assumisse como desígnio estratégico da sua intervenção a
luta contra o despovoamento do interior português. O litoral também agradecia.
Jornal regional semanário editado em Beja
Director: António José Brito
Editor: Carlos Pinto
Redacção: Luís Lourenço, Paulo Nobre, José Tomé Máximo (fotografia)
Paginação: Pedro Moreira
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Secretariado: Ruben Figueira Ramos
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Paulo Barriga, Rodeia Machado, Rui Sousa Santos, Sandra Serra e Vítor Encarnação
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Tiragem semanal: 3.000 exemplares
Impressão: Gráfica Funchalense
“O Governo começou bem
em quase tudo, embora com
uma tendência para flexibilizar o Estado de direito, o
que não foi um bom sinal.
Criou um estilo de decisão
e de informação e depois
viciou-se nele. Quase todos
os membros do Governo
quiseram parecer-se com
José Sócrates.”
“E que tal José Sócrates
fazer uma remodelaçãozita e criar uma nova pasta
ministerial nomeando
Manuel Pinho ministro
da Farsa? É que Manuel
Pinho pode não ter jeito
nenhum para ministro
da Economia mas que
tem um talento fora do
comum para a farsa lá
isso tem”.
Medeiros Ferreira
José Soeiro
in “DN” 31.10.2006
in “Diário do Alentejo” 27.10.2006
ponto cardeal
tradutor-correspondente*
JOÃO ESPINHO*
[email protected]
1.
Oposições
e boda cigana
Na minha anterior crónica, a que dei o título
de “Um ano cheio de nada!” (Correio Alentejo Nº 28 – 13/10/2006), tentei abordar a
actuação do executivo da Câmara Municipal
de Beja no primeiro ano do mandato iniciado em Outubro de 2005. Gostaria agora de aflorar o papel da oposição durante este período, tarefa que poderá apresentar
algumas dificuldades pois nem sempre é fácil escrever
em causa própria, pelo que tentarei, de forma mais ou
menos autónoma, analisar o exercício da oposição ao
actual executivo.
Começo por afirmar que foi acertada a decisão dos
quantro vereadores (três do PS e um do PSD) em não
aceitar pelouros. A CDU foi a força maioritária e deverá
ser ela a governar os destinos do concelho. Mas com algumas limitações, como adiante se verá.
Questiona-se que papel deverão ter os vereadores da
oposição.
Julgo que, em primeiro lugar, serão “fiscalizadores”
da actividade do executivo e, simultaneamente, geradores de debate sobre as propostas que o município local
pretenda levar a cabo. E aqui a oposição tem dois caminhos a seguir: ou faz oposição por antecipação ou fá-la
por reacção. Quer isto dizer que, ou é a própria oposição
a marcar o compasso da governação ou, em alternativa,
ir a reboque das decisões camarárias.
Este papel não é fácil de desempenhar, pois a regularidade quinzenal das reuniões camarárias e os próprios
assuntos que aí são tratados não dão margem de manobra para que a oposição possa “brilhar”. Acredito que os
vereadores da oposição desconheçam a maior parte do
que se vai passando na Câmara e que algumas das acções desta só cheguem ao seu conhecimento através da
comunicação social.
Para além disso, a oposição não actua em bloco, PS e
PSD não têm estratégias comuns, se é que algum destes
partidos tem uma estratégia enquanto força opositora à
CDU na Câmara Municipal de Beja e as recentes queixas que lhes ouvimos cairão – se não caíram já – em saco
roto.
A acção opositora ao executivo comunista não existiu
durante este primeiro ano de mandato e foi, não se duvide, na Assembleia Municipal (AM) que se assistiu ao
exercício de contraposição, quer pelas intervenções de
munícipes, quer pelos representantes do PS e do PSD.
Só que a aritmética não falha: a CDU detém a maioria
absoluta na AM e qualquer proposta ou diploma do
executivo verão sempre luz verde neste órgão, pelo que
a oposição será, só, um processo de boas intenções e
pouco mais.
Perguntarão, pois, alguns leitores (e eleitores): o que
é que fazem os vereadores da oposição? A resposta caberá aos próprios vereadores – de que desconhecemos
a maior parte das iniciativas – mas, na minha óptica,
eles deveriam fazer isso mesmo: oposição ao executivo,
reprovando aquilo que considerassem inútil ou preju-
“
Os ciganos têm direitos, mas não nos obriguem a abdicar dos nossos em nome de uma
falsa política de inclusão social.
dicial para o desenvolvimento da região e, simultaneamente, fazendo aprovar as propostas que tenham em
vista o bem estar dos munícipes. Só que, como referi,
a oposição não tem uma estratégia comum. Apesar da
aritmética nos dizer que a oposição é maioritária.
Será, pois, com redobrado interesse que verei qual
o posicionamento de PS e PSD na elaboração do Orçamento para 2007 e que propostas serão avançadas por
estes dois partidos para constarem no Plano de Actividades para o próximo ano.
Diz-me a experiência que algumas das sugestões da
oposição serão aceites, de forma a permitir que os documentos sejam aprovados em sede de executivo, mesmo
que as garantias da sua execução não passem de mais
uma promessa. Tem sido assim e assim vai continuar a
ser. O exercício de oposição em executivos tricolores não
é faina fácil, principalmente quando se navega sem um
rumo determinado e sem uma estratégia concertada. Se
um dia PS e PSD compreenderem a força dos votos que
recebem nas urnas talvez a cidade e a região conheçam
um novo rumo. E a oposição também.
2 – A boda cigana, que teve lugar no parque de estacionamento da piscina coberta, deixou perplexos muitos
bejenses, que não compreendem as razões que levaram
a autarquia a autorizar a utilização daquele espaço para
uma festa que, sabia-se à partida, iria originar atritos e
insegurança.
Sabemos do bom acolhimento que a política de inclusão social – principalmente quando se trate de indivíduos de etnia cigana – tem por parte dos sucessivos
executivos comunistas na Câmara Municipal de Beja.
Conhecemos tudo o que tem sido feito – facilidades para
a venda de artigos falsificados, habitação a custo zero
– para que a comunidade cigana se integre na sociedade.
Há, porém, uma questão a que os nossos doutos técnicos não conseguem responder: têm os ciganos vontade
de se incluir numa sociedade que não respeitam e que
não comunga dos seus interesses culturais?
Muitas mais perguntas se poderiam colocar, mas falar
sobre a etnia cigana é quase um tabu que, normalmente, provoca o lado hipócrita daqueles que se escudam
nas acusações de racismo e xenofobia aos que arriscam
abordar o assunto.
É verdade que também os ciganos têm direitos, mas
não nos obriguem a abdicar dos nossos em nome de
uma falsa política de inclusão social.
07
ANÁLISES & OPINIÃO
opinião
sul suave
presidente da concelhia de Castro Verde do PS*
LEANDRO GONÇALVES*
sexta-feira
2006.11.03
*contador de histórias
Da propaganda à realidade
JORGE SERAFIM*
A
inda com forma de proposta, o Orçamento de Estado para 2007 tem o condão de, já nesta fase, desmentir muito
do que se disse acerca da nova Proposta de Lei das Finanças Locais. Das milionárias
perdas entretanto propagandeadas, chegamos à
conclusão (os documentos são públicos) de que
existe apenas um concelho (Beja), no nosso distrito, que vê as suas verbas reduzidas por via das
transferências do Estado para os municípios. Uma
redução de 2,5%, que só acontece porque sobe, e
muito, na cobrança de impostos, sobretudo IMI.
Mas o inverso também é verdade. No distrito de
Beja existe um concelho (Odemira) que vê crescer
a verba a transferir pelo Estado em 2007. Todos os
outros concelhos mantêm as verbas transferidas
pelo Estado.
Quer isto dizer que um primeiro argumento utilizado em Castro Verde já caiu. A transferência de
verbas prevista no Orçamento de Estado de 2006
para o município de Castro Verde era de 5.406.874
euros. Em 2007 a proposta de Orçamento de Estado aponta para uma verba de…5.406.874 euros.
Facilmente se percebe que, o que verdadeiramente está em causa [com a Lei das Finanças
Locais] são os critérios de distribuição de verbas e
fiscalização orçamental dos municípios. São estas
novas regras que ditam que os autarcas CDU se
mostrem contra uma lei que concretiza uma velha aspiração que dizem ser sua, a de uma maior
autonomia. Mais, leva estes mesmos autarcas a
colocar na gaveta um conceito que tantas vezes
repetiram. O conceito de solidariedade e do combate às assimetrias regionais.
O princípio pelo qual pugna a actual proposta
de Lei das Finanças Locais tem em mira o combate às práticas de sub e sobreorçamentação.
Uma das maiores virtudes desta proposta de lei
é a de “obrigar” os municípios a uma gestão mais
rigorosa, impedindo, por exemplo, que se gaste
rios de dinheiro em publicidade em lutas políticas, deixando por fazer intervenções essenciais ao
bem estar das populações, como o são a melhoria
da rede de distribuição de água aos munícipes e
a melhoria de qualidade dessa mesma água. É
deixar por fazer uma infra-estrutura que permita
a instalação de novas iniciativas empresariais, ou
que discipline aquelas que já existem nos concelhos, mas que, manifestamente, começam já a colidir com o bem-estar das populações.
Nem as
cinzas deixou
“
Facilmente se percebe que, o que verdadeiramente
está em causa [com a Lei das Finanças Locais] são os critérios de
distribuição de verbas e fiscalização orçamental dos municípios
CORREIO LEITOR
CARTAS | E.MAIL
Eleitos e tecnocratas
Foi com agrado que li a coluna “Sul Suave” da
autoria do dr. Miguel Rego, arqueólogo. Na
verdade o ataque desencadeado pelo PS ao aparelho autárquico é inédito e conduzirá muitas
autarquias do interior a um sufoco financeiro
enorme. Com o atraso na avaliação da propriedade rústica, com a crescente desertificação
humana e física, muitos concelhos estarão condenados. E claro, com eles uma casta de políticos,
assessores e juristas que de há uns anos a esta
parte se têm mantido um pouco por todo o país,
na órbita dos municípios, aproveitando alguma iliteracia de muitos autarcas. Muitos destes
assessores de vários tipos, surgem como o técnico
necessário, no momento certo, e claro, acabam
por também beneficiar do voto popular sem que
a este algum dia tenham sido sujeitos. Aqui, no
Alentejo, o caso ainda é mais rocambolesco. Dependentes do poder dos autarcas, verificando a
flutuação do eleitorado, deitam os princípios, se
é que algum dia os tiveram, para trás das costas
e pragmaticamente, como é devido nos tempos
que correm, saltam de município em município,
de opinião em opinião, sem se darem conta que
a verticalidade de posições permite descortinar a
verticalidade do pensamento.
Por isso, e sem querer atingir ninguém em especial, acredito mais num mau autarca eleito que
num bom tecnocrata de convite. Acredito mais
em pessoas genuínas e sem experiência que em
gente que muda de vestimenta conforme muda
o espectro político. Os pragmáticos têm o seu lugar na vida, resta saber se a forma como a vivem
deixa algum legado positivo em termos éticos.
Mário Dias Guerreiro
Almodôvar
Museu do Relógio
Sou natural de Espinho e todos os anos no Verão
aproveito e, com a família, vamos passear pelo
interior de Portugal. Há cinco anos visitei Serpa
pela primeira vez e este ano voltou a fazer
parte do nosso roteiro. Adorámos reviver Serpa
e conseguimos ver o desenvolvimento nas suas
ruas remodeladas e nas iniciativas culturais que
decorriam. Os meus sinceros parabéns.
Mas o que me leva também a escrever é que
há cinco anos, quando visitámos o Museu do
Relógio, onde ficámos sem palavras com tão extraordinária colecção, simpatia e profissionalismo
dos seus guias. Só ficámos foi “desapontados” na
altura por o museu estar a atravessar uma fase
financeira difícil, visto não ter qualquer apoio.
Pensei para mim que o Ministério da Cultura,
ou evidentemente a autarquia, não deixariam
um museu tão ímpar fechar ou ser vendido para
outra cidade ou pais. O que é verdade é que este
ano, por “exigência” do meu marido e do meu
filho, voltámos a visitar o Museu do Relógio, o
qual notámos que tinha um espólio ainda mais
interessante. Em harmonia com outras pessoas
que no mesmo momento visitavam o museu
confirmou-se que cada vez mais o museu era
reconhecido em todo o país, pois todos nós já
tínhamos lido ou ouvido algo na comunicação
social. No entanto, todos nós ficámos indignados
por este continuar a ser uma “luta privada” do
fundador do museu, que sem qualquer apoio ou
reconhecimento por parte das entidades competentes vai “lutando” para manter o museu aberto e que consiga atrair mais visitantes a Serpa,
como nós o éramos. (…) Não estará na hora de
reconhecerem e/ou apoiarem tão notável iniciativa que nos dias de hoje deverá ser certamente
um dos ex-libris de Serpa?
Cristina Amorim Marques
Carta recebida por e-mail
Faz um ano que decorreu no corrente mês o primeiro e único Festival do Amor. Longínquo Outubro
que foi para não voltar a ser. Tal
como as cartas de Mariana a Chamilly, revela-se a impossibilidade
de coexistir em partilha, o amor.
Neste caso, o amor à cidade. As
instituições não se gramam. Os
agentes culturais não se querem.
O público apetece-lhe às vezes, outras nem tanto e às vezes nadinha.
O festival poderia ser um motor
para um evento que a consolidar
projectaria a cidade fora-portas. Lá
isso poderia. Que durante os dias
em que decorreria mexeria com o
precário tecido económico da cidade (alojamentos, restauração, centro histórico, etc…) lá isso mexeria.
Que poderia projectar artistas locais e não só para outras paragens,
para outras experiências, lá isso
poderia. Mas acima de tudo, que
tudo servisse para uma séria reflexão sobre o sentido do amor e seus
amares nos tempos que correm
(tempos em que a predominância
da imagem nos exila para uma apatia generalizada). Um reencontro
do homem consigo mesmo. Como
que abrir do baú da memória, a palavra utopia, a palavra tolerância, a
palavra amigo, a palavra fraterna, a
palavra ouvir… E tantas outras que
vêm coladas a esta infinita palavra
que silabicamente ousa terminar
em mar, AMAR. Espaço infinito
que apetece navegar.
Embora alguma da programação
não tenha merecido o meu parecer
favorável, pois fazer de cabeça de
cartaz num evento desta natureza
– não esquecer que o motivo são as
Lettres Portugaises – strips, perninhas ao léu e outras rebaldarias, *é
projectar o amor onde ele exactamente acaba (palavras que ouvi a
um reputado poeta da cidade), há
que reconhecer que haveria matéria para crescer solidamente e inclusive embarcar nesta aventura,
seria valorizar os seus como nunca. O amor no cante alentejano,
os baladeiros, os artistas plásticos,
os poetas, os fadistas, etc… Passado um ano, da entidade, a Região
de Turismo Planície Dourada, que
apoiou energicamente a realização da fugaz efeméride, nem uma
explicação à cidade. Assim se fez,
assim ficou. Nem água vem nem
água vai. Nada. Tanta televisão,
tanto reclame, tanta aparição mediática e afinal, o amor ardeu, não
se viu e pelos vistos, nem as cinzas
deixou.
P.s. Presto a minha homenagem
ao meu querido amigo Francisco
Sobral. Um percurso de quem sabe
calcorrear caminho. Belíssimo fadista. Actor, a destacar entre outros,
o musical “Amália”, interpretou
apenas 1007 vezes o espectáculo.
1007!!! Por parte da comunicação
social local nem uma entrevista
mereceu. Prantos em casa, milagres
à parte.
sexta-feira
2006.11.03
08
DINHEIRO & NEGÓCIOS
ECONOMIA • BOLSAS • COTAÇÕES • EMPRESAS • SECTORES COMERCIAIS • DÚVIDAS FISCAIS • MARCAS • OPORTUNIDADES • AGENDA • OPINIÕES
POSITIVO
O lançamento da primeira
pedra do projecto da fábrica de
painéis fotovoltaicos é um excelente indicador para a economia
do Baixo Alentejo e do país.
NO
NEGATIVO
A descarga de clínquer do
navio “Samhohn Captain”
para o Porto de Sines causou
problemas ambientais graves.
Uma situação lamentável.
NÚMERO
250.
Milhões de euros é o
valor do projecto global associado à
Central Fotovoltaica de Moura.
O NEGÓCIO
O Ministério da Agricultura vai vender todos os
imóveis, incluindo herdades, que não são fundamentais para o desempenho das suas funções,
revelou o ministro da tutela. O processo de venda
será concretizado pela Parpública.
Ambiente. Ambientalistas da Greenpeace percorreram o rio até ao mar
Montado
Rio Guadiana está
melhor em Portugal
Sobreiros com
alta mortalidade
Greenpeace viajou pelo rio, de Espanha até à
foz, e concluiu que o troço português está “melhor conservado” do que para lá da fronteira.
A
organização ambientalista Greenpeace reconheceu
que o troço português do
Rio Guadiana está “melhor conservado” do que o espanhol, apesar de
sofrer os “efeitos nocivos” da construção da barragem de Alqueva,
como o desaparecimento de espécies.
De acordo com Júlio Barea, responsável pela campanha de Águas
da Greenpeace, “o tamanho e o
impacto da represa (Alqueva) alteraram o bom estado de conservação do rio”, que havia permanecido
“quase virgem” até 2002, quando
foram fechadas as comportas da
barragem alentejana.
As denúncias da Greenpeace foram feitas, em Mértola, no decorrer
de uma descida do Guadiana que a
organização ecologista realizou entre os dias 23 e 27 de Outubro.
Ao descer o rio, os ambientalistas
pretendiam denunciar as agressões
que o Guadiana enfrenta, chamando a atenção para a má qualidade
das águas, “em breve inutilizáveis,
tanto para abastecimento, como
para rega ou usos industriais”.
A Greenpeace denuncia os “efei-
tos nocivos” da barragem de Alqueva no Guadiana, como o desaparecimento de espécies, o aumento da
contaminação salina e a eutrofização (níveis de oxigénio reduzidos)
das águas e a perda de caudal.
De acordo com Júlio Barea, as
barragens do Guadiana, entre as
quais se destaca Alqueva, serão
responsáveis pelo desaparecimento de espécies como a lampreia, a
enguia e o sável.
“O muro de 100 metros de Alqueva, torna impossível para estas
espécies subirem o curso do rio e
continuarem com a sua vida dupla
(no mar, como o seu habitat natural, e no rio, para se reproduzirem e
desovarem)”, explicou.
Além da perda de biodiversidade, a Greenpeace revela também
que, desde o encerramento das
comportas em 2002, os níveis de
salinidade das águas do Guadiana
aumentou, sendo já “praticamente
permanente na zona do Pomarão”
(Mértola).
“A excessiva regulação do Guadiana, da qual Alqueva é o último
episódio, faz com que o cunho salino, que antes só chegava a Alcou-
tim, provoque uma perda importante da qualidade da água (que
deixará de poder ser utilizada para
abastecimento e rega)”, denuncia
Júlio Barea.
O aumento da salinidade da
água do rio, que o ambientalista
considera “mais um agente contaminante”, irá conduzir à extinção
de peixes de água doce incompatíveis com estas novas condições,
que terá como consequência “o
desaparecimento da actividade
piscatória”.
A redução drástica de sedimentos transportados pelo rio também
preocupa os ambientalistas, que,
vaticinam, “é previsível que provoque impactos consideráveis, tanto
nas zonas ribeirinhas como na foz
do Guadiana e nas praias da Huelva”.
Lembrando que o troço português do Guadiana servia de “depurador natural” das águas poluentes
provenientes de Espanha, Júlio Barea explicou que o fecho das comportas de Alqueva veio interromper
este processo.
“Actualmente, a barragem acumula todos os poluentes trazidos
pelo rio”, lamentou, acrescentando
que, a curto prazo, Alqueva “passará a fazer parte da lista de 10 barragens já eutrofizadas do Guadiana,
na parte espanhola.
O desaparecimento das subidas
naturais do rio e a contínua dimi-
nuição do seu caudal (cerca de 70
por cento nos últimos 30 anos), são
outros dos factos da poluição das
águas.
O tamanho da barragem do Alqueva, o maior lago artificial da
Europa com cerca de 250 quilómetros quadrados, permite ainda
prever, segundo o ambientalista,
uma “perda substancial” do caudal
do rio.
“As condições climatéricas aliadas à extensa massa de água fazem
com que a evaporação do lago se
aproxime dos 200 hectómetros cúbicos por ano, o equivalente ao que
uma população de três milhões de
pessoas consumiria no mesmo período de tempo”, precisou.
Além dos impactos de Alqueva,
a organização ambientalista realça ainda as descargas residuais de
explorações mineiras e dos municípios ribeirinhos, como Moura,
Serpa, Castro Verde e Mértola, a
introdução de espécies exóticas
como sendo “outros problemas” do
troço português do Guadiana.
Apesar disto, salientam os ambientalistas, as orlas e a vegetação
ribeirinha encontram-se “bem preservadas”, devido ao modelo de desenvolvimento sustentável da zona
que inclui medidas de conservação
como a protecção das margens, a
criação do Parque Natural do Vale
Guadiana e de Zonas Especiais de
Protecção Ambiental (ZEPA).
A mortalidade dos sobreiros pode
atingir anualmente um valor próximo de um por cento da produção portuguesa por hectare,
apontam dados relativos ao montado na Charneca de Montargil,
divulgados durante uma visita do
secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas,
Rui Gonçalves. As declarações
foram feitas uma visita à Herdade
dos Leitões, em Montargil , uma
região responsável por 25 por
cento da produção portuguesa e
mais de 13 por cento da produção
mundial de cortiça. Na ocasião,
especialistas que acompanharam
a visita indicaram que apesar de
ainda não estar terminado o estudo que quantifica a extensão
do problema da mortalidade dos
sobreiros a nível nacional, os dados referentes ao montado na
Charneca de Montargil apontam
para um valor próximo de um por
cento por hectare por ano. Para o
secretário de Estado, é necessária
uma aposta na revalorização social do montado. Rui Gonçalves
reconheceu que o resultado obtido pelo grupo de trabalho que
estudou o problema do declínio
do montado, não produziu o efeito desejado.
Cadastro
Prédios rústicos
informatizados
O Governo anunciou que vai informatizar a partir de 2007 o cadastro dos 12 milhões de prédios
rústicos do país para permitir um
melhor ordenamento do território
e a cobrança de taxas municipais
nesses imóveis. O secretário de
Estado da Administração Local,
Eduardo Cabrita, afirmou que,
para permitir a informatização do
cadastro, os serviços fiscais irão
contar com o apoio das Juntas de
Freguesia, que poderão esclarecer dúvidas e identificar os proprietários. Com a regularização
do cadastro, será possível depois
instituir uma taxa municipal mais
adequada sobre esses terrenos,
que pagam agora uma média de
50 cêntimos por ano de imposto.
Esta regularização “só pode ser
feita com uma grande cooperação
das freguesias”, que vão “ajudar
a administração fiscal a inserir a
informação correcta “no sistema
informático”. No Fórum Autárquico organizado em Alcanena,
o secretário de Estado esclareceu
que esta medida vai beneficiar as
próprias juntas que receberão 50
por cento das receitas dos impostos municipais sobre esses mesmos prédios rústicos.
DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO
ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO NÚMERO 31 DO JORNAL SEMANÁRIO CORREIO ALENTEJO | SEXTA-FEIRA | 2006.11.03
Cooperação
Empresas
Vasco da Gama é
ponte para a região
IPB estimula atitude
dos empreendedores
Ensino Superior. Está aberto um “novo ciclo” com o início do ano lectivo 2006/2007
Número de alunos
volta a crescer no IPB
Presidente do Instituto Politécnico de Beja confirma que, pela primeira vez nos últimos anos, a instituição vai ter mais
alunos. Entrada de maiores de 23 anos dá uma ajuda mas não é decisiva nesta recuperação.
Presidência.
Acção Social.
Competitividade.
IPB tem
mais bolseiros
Maiores de 23 anos são
responsabilidade acrescida
O número de estudante bolseiros no Instituto Politécnico de Beja (IPB) em 2006-2007
deve superar as oito centenas. Quem o admite é o administrador-geral dos Serviços de
Acção Social (SAS) do instituto, sustentando-se no facto do número de candidaturas a
benefícios sociais neste início de ano lectivo
ter aumentado significativamente. Em
2005-2006, os SAS do IPB atribuíram 787
bolsas de estudo, mas este ano o número
de alunos beneficiários da acção social deve
chegar aos 830.
OTIC ajuda empresas
a serem competitivas
sexta-feira
2006.11.03
02
CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA
Acção Social. Em 2006/2007 devem ser concedidas mais de 800 bolsas de estudo
IPB tem mais bolseiros
Administrador-geral dos Serviços de Acção Social do Politécnico justifica aumento
de alunos bolseiros
com as dificuldades
das famílias.
Novo modelo
de acção social
O administrador-geral dos SAS
sublinha a necessidade de se
definirem novas “orientações
estratégicas” para a acção social,
defendendo uma tese que considera mesmo ser “politicamente
incorrecta”, apesar de praticada
em vários países da Europa,
e que na prática passa pelo
Estado financiar os estudos dos
alunos carenciados, que depois
pagariam, sem juros, o valor
despendido quando entrassem
no mercado de trabalho.
“Esta postura ajudar-nos-ia
a que os estudantes bolseiros
pudessem aplicar-se de uma
forma diferente”, explica Manuel
Pedro Gonçalves, vincando a
necessidade de se “moralizar
e tornar mais responsável” o
actual sistema.
“É esse o grande desafio e nos
últimos anos foram dados passos muito significativos nesse
sentido. Obviamente que a acção
social não é para dar lucro ao
Estado, mas deve haver ponderação, disciplina, rigor e ordem”,
conclui.
Manuel Pedro Gonçalves garante que sem
o apoio das bolsas de
estudo muitos jovens
não poderiam concluir
a sua formação.
O número de estudante bolseiros no
Instituto Politécnico de Beja (IPB)
em 2006/2007 deve superar as oito
centenas. Quem o admite é o administrador-geral dos Serviços de Acção
Social (SAS) do instituto, sustentando-se no facto do número de candidaturas a benefícios sociais neste
início de ano lectivo ter aumentado
significativamente.
Em 2005/2006, os SAS do IPB atribuíram 787 bolsas de estudo, mas
este ano o número de alunos beneficiários da acção social deve chegar
aos 830. Um dado justificado por
Manuel Pedro Gonçalves com as “dificuldades” que grande parte das famílias passa neste momento.
O aumento no número de bolsas
de estudo atribuídas pelo IPB não
significa, contudo, que o orçamento
dos SAS seja reforçado pela tutela.
Esclarece Manuel Pedro Gonçalves
que, para já, não é possível apresentar uma estimativa sobre o valor total
dos gastos em acção social, embora
aponte para uma verba a rondar um
milhão e 450 mil euros.
Um aumento em 250 mil euros
face a 2005/2006 explicado pelo facto
do complemento para a propina ser
este ano pago aos alunos bolseiros
juntamente com a bolsa de estudo.
Mais refeições servidas. Outro aspecto onde os SAS tem registado um
aumento é no número de refeições
servidas no refeitório do IPB. Revela Manuel Pedro Gonçalves que só
no passado mês de Outubro foram
servidas mais 1.200 refeições que no
mesmo período em 2005, passando
das 4.500 refeições para 5.700.
“Esta maior procura do refeitório
surge, se calhar, pelas mesmas razões
por que aumenta o número de candidatos a benefícios sociais”, observa o
administrador-geral dos SAS.
Contudo, acrescenta Manuel
Pedro Gonçalves, “o facto de virem
mais alunos comer ao nosso refeitório agrada-nos”. “Por um lado sai-nos
bastante mais caro, mas agrada-nos
porque temos a compensação de eles
terem uma refeição mais completa, o
que também se reflecte no seu trabalho académico”, acrescenta este responsável, revelando que este ano o
IPB acrescentou à ementa diária um
prato vegetariano.
O refeitório do IPB serviu no passado mês de Outubro 5.700 refeições
Vacas magras. Tudo isto se verifica
numa altura em que o IPB enfrenta
uma situação de “vacas magras” no
plano orçamental. “Temos de saber
viver com esta situação e procurar
cortar nalgum lado, embora saibamos que nesta área é extremamente
difícil fazer cortes com uma previsibilidade muito exacta”, nota Manuel
Pedro Gonçalves.
Apesar destas dificuldades, os SAS
do Politécnico de Beja reforçaram
este ano a sua oferta de alojamento,
com a conclusão de uma nova residência mista com 130 camas, o que
vai aumentar o número camas disponibilizado pelo IPB para 330. Um
número que segundo Manuel Pedro
Gonçalves dá resposta efectiva às
“necessidades” da instituição, não
NÚMEROS
5.700.
o número de
refeições servidas em Outubro de
2006 no refeitório do IPB.
830.
É o número previsto
de estudantes bolseiros no IPB no
ano lectivo de 2006-2007.
330.
É o número total
de camas disponibilizadas pelo
IPB com a abertura da sua quarta
residência para estudantes.
estando por isso previstos novos investimentos do género.
Contudo, o administrador-geral
dos SAS não esconde que uma infraestrutura necessária de forma “urgente” no IPB é o novo edifício para
a Escola Superior de Tecnologias e
Gestão de Beja (Estig).
“Existe já um espaço e estamos a
lançar todas as nossas energias para
que efectivamente a nova Estig possa
ser construída. E creio que se assim
for, teremos um “campus” bastante
equilibrado, onde muitos recursos
podem ser altamente rentabilizados e onde o IPB pode reposicionar-se e redimensionar-se
em termos de intervenção no
mercado”, afiança.
Umaposiçãoconsubstancia-
Acção social “é fundamental”
Foi a 17 de Maio de 1980, através do decreto-lei número 132/ 80, que foi definido como objecto da acção
social a concessão de auxílios económicos aos estudantes carenciados de recursos, quer através
da atribuição de bolsas de estudo quer mediante a criação e manutenção de residências e
refeitórios. Desde então, foram muitos os estudantes oriundos das classes sociais mais
carenciadas que puderam cumprir o sonho de frequentar o ensino superior. Um facto
que, 26 anos depois, ainda se verifica um pouco por todo o país, não sendo o Instituto
Politécnico de Beja excepção. “O papel da acção social é fundamental. Muitos dos nossos
alunos não conseguiriam frequentar a instituição se não tivessem este apoio”, sublinha
com convicção o administrador-geral dos SAS do IPB.Para Manuel Pedro Gonçalves, o
papel da acção social é proporcionar aos alunos “as condições de bem-estar que lhes
permitam ser bem sucedidos nos seus estudos”. “Essa é, aliás, a nossa política interna
e o nosso lema. Um aluno carenciado que queira candidatar-se, por muito difícil
que seja a sua situação socio-económica em termos familiares, encontra aqui [no
IPB] condições de bem-estar e de uma manutenção perfeitamente suficiente para
as suas necessidades básicas”, garante.
Nesse sentido, e porque um dos principais problemas sentidos pelos estudantes
chegados a Beja é a sua adaptação ao meio envolvente, o administrador-geral
dos SAS enaltece o papel do Gabinete de Apoio Psico-Pedagógico e do Gabinete
de Apoio à Actividade Desportiva, responsáveis pela promoção de várias iniciativas de inserção social no seio do IPB.
da no facto de Manuel Pedro Gonçalves considerar o IPB “um importante
eixo de desenvolvimento regional”.
“Estou convicto que o Politécnico
vai ter um papel preponderante no
desenvolvimento regional. E quando
conseguirmos dar um pequeno salto,
que é o da ligação ao mundo empresarial, creio que o IPB marcará uma
posição determinante no desenvolvimento regional”, conclui.
03
CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA
sexta-feira
2006.11.03
Cooperação. Centro de Estudos Vasco da Gama
Escola Superior Agrária de Beja
Ponte para a região
Agrária inverte ciclo
de perda de alunos
Centro de Estudos
Vasco da Gama afirmase como elo que liga o
Politécnico de Beja e o
Baixo Alentejo.
No seguimento da estratégia definida pelo Instituto Politécnico de Beja
(IPB) foi criado há pouco mais de
um ano o Centro de Estudos Vasco
da Gama (CEVG). Aprofundar o trabalho com a região, ir para “o terreno” e desenvolver investigações e
acções aplicadas à comunidade é o
seu objectivo crucial. E os resultados
começam a aparecer.
Assumindo-se como um centro
de desenvolvimento regional, o Vasco da Gama trabalha na obtenção de
competências do exterior. O objectivo é associar essas competências
às que existem no seio do Instituto
Politécnico e, desse modo, “criar um
grande bloco de competências da
região ao serviço da própria região”.
“Faltava esta ligação do IPB com o
exterior. Éramos um bocadinho fechados”, admite Rui Gaibino, um
dos responsáveis pelo trabalho do
Centro Vasco da Gama.
Numa fase inicial o Centro trabalhou no processo de ligação entre
as várias escolas do IPB. A partir de
valências diferentes, da agricultura à
gestão, foi posto em prática um conjunto de ideias viradas para a comunidade.
Neste contexto, depois de “criar
condições de auto-sustentabilidade”, o CEVG fez avançar alguns projectos de ligação com o exterior. Um
deles ligado à Ecocidadania, feito
nas escolas do 1º e 2º ciclo. E outro,
no âmbito da Agenda 21, que assenta no desenvolvimento de parcerias e na organização de workshops
temáticos. Este último já permitiu
um trabalho de cooperação com as
Câmaras Municipais de Ferreira do
Alentejo, Aljustrel e Almodôvar
“Há uma outra vertente, que deixámos para 2007, que é a da divulgação científica e cultural, de modo a
No ano lectivo
2006/2007 a Escola Superior Agrária de Beja
regista um aumento
no número de alunos
a exemplo do que sucede no resto do IPB.
Miguel Tavares – presidente do Centro Vasco da Gama
atrair as pessoas a participarem em
actividades promovidas por nós”,
explica Miguel Tavares, presidente
da direcção do CEVG, consciente da
existência de “algumas carências” de
proximidade com a região.
“Na aproximação que fizemos
com a Ambaal [Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo
Litoral], ainda veremos os resultados. No que diz respeito às Câmaras,
o processo foi muito bem aceite.
Notámos uma grande abertura e há
um espaço de progressão muito significativo. Há abertura para outros
projectos”, acrescenta.
Convidado a destacar alguns
aspectos positivos deste primeiro
“ciclo” de trabalho, Rui Gaibino não
hesita em eleger como “momento mais marcante” a aprovação da
OTIC – a Oficina de Transferência
de Tecnologia e Conhecimento. Por
outro lado valoriza o “trabalho ainda
embrionário” no âmbito da Agenda
21 que, na sua opinião, “estava completamente esquecida no distrito”.
Inov-Jovem fixa licenciados
O programa Inov-Jovem é um dos mais relevantes deste período inicial
de trabalho no Centro Vasco da Gama. O objectivo é integrar jovens
licenciados nas empresas e, até agora, o programa “tem corrido bem”,
contribuindo para fixar jovens na região. O processo é
simples: o Centro Vasco da Gama reúne um conjunto de inscrições dos licenciados, as empresas
inscrevem-se e, depois, fazem a selecção dos
estagiários que querem. Os jovens têm um
período de formação de dois meses e, a seguir,
passam para a empresa durante nove meses.
Com uma comparticipação muito baixa
das empresas, porque o Estado assegura cerca de 75% dos custos, o
objectivo é que os candidatos se mantenham nos
seus postos de trabalho.
Actualmente o Instituto
Politécnico de Beja é a
única instituição de ensino superior do país que
viu aprovada a candidaRui Gaibino – Centro Vasco da Gama
tura a este programa.
“Relançámos o tema e começa
agora a haver frutos. Já passámos da
fase da sensibilização para a criação
de caminhos de implementação de
novos projectos. Foi possível recolocar o assunto na ordem do dia”,
adianta.
Para Gaibino parece clara a necessidade de unir todas as agendas locais num projecto comum a
todos os concelhos, “fazendo uma
conciliação dos diversos interesses”.
“O Baixo Alentejo deve afirmar-se
enquanto região e faria sentido um
agenda para a região. A bola está do
lado da Ambaal, a quem foi apresentada a ideia”, revela.
Aproximação à região. Uma maior
ligação ao meio é, por isso, algo crucial para o Centro Vasco da Gama.
Apesar de sublinhar que Beja é “uma
cidade complicada”, onde as várias
forças vivas “trabalham um bocadinho de costas voltadas umas para as
outras”, Rui Gaibino reconhece que
essa ligação “tem evoluído bem”,
apesar de o país passar por um período “muitíssimo complicado”.
“As autarquias estão com orçamentos muito baixos, estamos na
transição entre dois quadros comunitários e esta janela de intervalo não
é boa. E até não foi a melhor para o
CEVG”, assinala.
Convicto que a ultrapassagem
do actual ciclo económico permitirá mais margem de intervenção, o
Vasco da Gama tem ideias bem definidas sobre os projectos a desenvolver. Em 2007 haverá uma passagem
maior para o exterior de iniciativas
científicas. E vai ser aprofundado
um planeamento para o futuro, associado aos fundos comunitários
do Quadro de Referência Estratégica
Nacional 2007/2013.
“Isso será feito em Novembro
e, além de uma análise sobre o que
prevê o quadro, vamos ver as necessidades da região do ponto de vista
do desenvolvimento. O Vasco da
Gama deve assumir-se como instituição de desenvolvimento muito
virada para o exterior do IPB”, repete
Miguel Tavares.
É com optimismo e confiança que
a presidente do conselho directiva da Escola Superior Agrária de
Beja (ESAB) encara o ano lectivo
2006/2007. Na primeira e segunda fases de colocação de alunos,
a escola registou um bom índice
de preenchimento das vagas disponíveis, o que leva mesmo Rosa
Fernandes a concluir que o estabelecimento está a “inverter” a
tendência de perda de alunos dos
últimos anos.
“Neste momento, já ultrapassámos a previsão que o Ministério
[da Ciência e do Ensino Superior
(MCES)] nos deu para este ano
em termos de número de novos
alunos”, garante esta responsável, revelando que em 2006/2007
o estabelecimento será frequentado por mais de 650 alunos nos
quatro cursos existentes – Biologia e Recursos naturais, Engenharia Alimentar, Engenharia do Ambiente e Engenharia Agronómica.
Nestas contas, adianta Rosa
Fernandes, falta ainda contemplar
os alunos dos regimes especiais
e os alunos maiores de 23 anos.
“Mediante este quadro, vamos ultrapassar em muito as previsões
do MCES. Julgo que nem todas as
vagas vão ser preenchidas, mas
estou confiante que serão preenchidas mais de metade das que
estão a concurso”, afiança.
Tudo isto leva a presidente do
conselho directivo da ESAB a concluir que, de momento”, a instituição está “inverter o ciclo
de perda de alunos que a
formação inicial vinha
a registar” nos últimos
anos lectivos.
Mudanças que se
devem, na opinião
de Rosa Fernandes,
ao facto da qualidade
do ensino do estabelecimento ter “vindo a
ser melhorada”, sobretudo devido às exigências
impostas pela “extraordinariamente aliciante”
Declaração de Bolonha.
Além do mais, acrescenta esta responsável, a
abertura de vagas
para alunos
maiores de 23 anos favorece o
aumento da qualidade do ensino
ministrado na ESAB. “Estes alunos são mais exigentes”, assevera.
Em termos orçamentais, e um
pouco à imagem de todas as escolas que compõem o Instituto
Politécnico de Beja, também a
ESAB vive com algumas dificuldades, colmatadas em grande
parte com a prestação de serviços que o estabelecimento presta a outras entidades, sobretudo
através do laboratório de análise
de terras e solos, e do laboratório
de controle de qualidade de água,
afluentes e lamas.
“Temos a vantagem de termos
esses serviços que nos rendem
verbas”, adianta Rosa Fernandes,
revelando que em 2005/2006 o
orçamento da ESAB foi suportado em 23% por receitas próprias,
passando para 47% este ano.
Quanto a iniciativas paralelas
às aulas, será profícua a actividade da ESAB em 2006/2007. Já em
Novembro, a escola promove a
segunda edição da Feira do Chocolate (de 22 e 25), assim como o
segundo Encontro Nacional do
Grupo de Trabalho em Etnobotânica Portuguesa (dia 25). Para
Janeiro de 2007 está prevista a realização de um seminário internacional sobre Sustentabilidade e
Desenvolvimento Rural, enquanto que no mês, de 26 a 28 de Fevereiro, seguinte a ESAB receberá
a oitava edição do International
Violet Congress – New Frontiers
in the Violet World. Em Março realiza-se o 8º Congresso Nacional
de Química dos Alimentos (de 4
a 7), ao passo que em Abril, entre os dias 2 e 4, a ESAB receberá
um meeting internacional, promovido conjuntamente com o
Instituto Superior Técnico, sobre
Desenvolvimento e Energia.
Rosa Fernandes – presidente da Escola Superior Agrária
sexta-feira
2006.11.03
04
CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA
Competitividade. João Portugal explica objectivos da nova “oficina” do IP Beja
Escola Superior de Educação de Beja
OTIC ajuda empresas
a serem competitivas
Expectativas
superadas
Oficina de Transferência de Tecnologias do
Conhecimento ajuda empresas a criarem produtos inovadores no Baixo Alentejo.
A Oficina de Transferência de Tecnologia do Conhecimento (OTIC)
é um dos mais recentes projectos
desenvolvidos no seio do Instituto
Politécnico de Beja (IPB). Instalada
na Rua Brito Camacho, em pleno
centro da cidade, a OTIC nasce de
um programa lançado a nível nacional pela Agência de Inovação, a que
todas as universidades e institutos
politécnicos se candidataram, tendo
sido contempladas apenas metade.
O programa pretende implementar junto dos estabelecimentos
de ensino superior, gabinetes que
permitam fazer a transferência de
conhecimento e de inovação junto
das empresas. “É uma lacuna
existente em Portugal e
a Agência de Inovação
lançou o repto ao ensino superior. O dinheiro não chegou
para todos e metade
das candidaturas não
foram contempladas”, afirma João
Portugal, responsável pela coordenação da OTIC baixo alentejana
– uma das que mereceu aprovação.
Em Portugal, o trabalho de transferência de conhecimento e inovação é algo muito recente. Aqui ao
lado, na vizinha Espanha, este tipo
de tarefa já tem mais de 20 anos. Que
explicação há para um atraso tão
grande? João Portugal prefere evitar
respostas concretas: “São coisas de
uma índole que não quero abordar.
Se calhar andámos distraídos com
outras coisas. Agora despertámos
para este assunto e o tema está na
ordem do dia. Verifica-se que há
uma aposta na inovação”, realça o
responsável, destacando questões na ordem do dia, como
o Plano Tecnológico e, mais
recentemente, o aumento do
orçamento no Ministério da
Ciência e Ensino Superior.
Trabalho exigente. Em Beja a
OTIC vai trabalhar muito perto
das empresas. Estas podem fazer sentir a sua
necessidade de criar
um produto novo e
inovador e, nesse
pressuposto, a oficina do IPB vai ajudálas.
“As empresas,
para
evoluírem
num mundo competitivo e globalizado, têm de
incorporar inovação. Isto exige
investigação
e
uma das entidades privilegiadas
para o fazer é o
ensino superior”,
explica João Por-
tugal, confiante que será possível
“dar resposta a produtos que sejam
solicitados pelas empresas, no sentido deste sector evoluir num caminho que não o actual”.
Sem se deter, o responsável da
OTIC destaca que o produto actual
“no futuro é limitado” e, por isso, as
empresas de Beja “devem ter consciência disso”. “Têm de inovar e aqui
podem criar um produto que traga
algo de novo para a empresa”, refere.
Mas há uma pergunta que é
inevitável colocar: com um tecido
empresarial vulnerável, que tipo de
procura pode haver por parte das
empresas da nossa região? A resposta é, para já, pouco concludente.
Contudo, há uma metodologia perfeitamente definida para o trabalho
a realizar.
Uma das componentes que assegurou a aprovação do projecto é
o compromisso de fazer um levantamento das necessidades do tecido
empresarial do Baixo Alentejo e do
Alentejo Litoral. Ora, esse é o trabalho que está a ser feito neste momento.
Numa segunda fase a OTIC vai
fazer um levantamento das capacidades do IPB para dar resposta aos
desafios que se vierem a detectar. E
uma terceira componente aponta
para a concretização de uma plataforma web por parte da Associação
de Municípios do Baixo Alentejo e
do Alentejo Litoral.
Em função dos resultados alcançados neste trabalho inicial – necessidades do tecido empresarial
e capacidades do IPB para dar resposta –, a fase seguinte será “cruzar
os dados e ir junto das empresas
que mostraram maior capacidade e
intencionalidade”. Seguir-se-á uma
proposta da OTIC no sentido de
prestar o seu serviço.
“Iremos procurar junto dos programas da Agência de Inovação integrar as necessidades das empresas,
também para assegurar um financiamento, porque a inovação não é
uma coisa barata”, explica.
Um projecto crucial
João
Portugal –
coordenador
da OTIC
O responsável pelo trabalho da OTIC admite não saber se será
fácil afirmar este projecto numa região com uma cultura empresarial tão débil. João Portugal pensa que “a resposta virá com o
tempo”. “Não quero antecipar cenários, mas tenho a consciência
que o tecido empresarial é fraco. A OTIC terá de ser auto-sustentável, procurará dar resposta a uma área de referência que é o Baixo
Alentejo, mas procurará agir no contexto nacional”, revela.
O “plano de aproximação” às empresas vai ser feito já, com o levantamento a executar na primeira fase. João Portugal espera que haja
alguma abertura dos empresários, mas reconhece que essa abertura
“normalmente é feita em função das necessidades”. “Normalmente a
capacidade de antecipação não é muito grande e é preciso inverter essa
atitude: é preciso antecipar”, avisa.
Uma coisa é certa: o coordenador da OTIC nota que há “um vasto espaço
de intervenção e uma maior noção de que é preciso inovar”.
“As empresas passam por dificuldades e podem resguardar-se de investir
nessa área ou estabelecem outras prioridades. Portanto, há uma
sensibilização que precisa de ser feita, fazendo perceber que é
um investimento reprodutivo”, diz.
João Portugal não tem dúvidas que se trata de um processo
“crucial para a região e para todo o país”. “Mas no Baixo Alentejo
as carências são mais acentuadas”, assinala.
Escola Superior de
Educação de Beja registou a entrada de
mais de duas centenas
de novos alunos em
2006/2007.
Afirmar-se no contexto regional,
nacional e até internacional pela
sua “excelência” e “diversidade” é
a grande meta da Escola Superior
de Educação de Beja (ESEB) para o
novo ano lectivo de 2006/2007, em
que registou a entrada de mais de
duas centenas de novos alunos para
seis dos seus cursos (Animação Sociocultural, Artes Plásticas e Multimédia, Desporto, Actividade Física
e Lazer, Educação de Infância, Educação e Comunicação Multimédia e
Serviço Social).
Os números são revelados pelo
presidente do conselho directivo,
que não esconde o facto das suas
expectativas terem sido “ultrapassadas”. “A competitividade está
instalada e este é um bom ano em
termos de expectativas de alunos
para o ensino superior politécnico.
Para o Instituto Politécnico de Beja
(IPB) foi-o efectivamente. E a nossa
escola ultrapassou todas as expectativas em termos de alunos. Inicialmente tínhamos 200 vagas e neste
momento temos 224 inscritos no
primeiro ano. Ultrapassámos largamente as expectativas do Ministério
da Ciência e do Ensino Superior
(MCES) e isso é bom”, sublinha Vito
Carioca.
O aumento no número de novos alunos na ESEB é justificado
por este responsável, por um lado,
pela qualidade e diversidade dos
cursos ministrados na instituição
– “É muito importante apostarmos mais na qualidade do que na
quantidade. Para mim não é muito
importante termos muitos cursos,
mas sim ter cinco ou seis bons cursos, de excelência a nível nacional”,
esclarece – e, por outro lado, pela
abertura do curso de Serviço Social
em 2005/2006, o que motivou a
transferência de muitos alunos de
outro estabelecimento de ensino
superior privado instalado na cidade.
“Não posso escamotear que
isso me parece ser também uma
das razões para o aumento de alunos”, admite.
A estes dois dados, Vito Carioca
acrescenta ainda o facto da ESEB
não descurar de forma alguma a
publicitação da instituição e dos
eventos que promove anualmente.
Tudo porque, garante o docente,
“uma boa disseminação, centrada,
localizada, prática, demonstrando
efectivamente o que se faz aqui,
polariza a disseminação em termos
nacionais e até internacionais. Por
isso mesmo, fazemos questão de
disseminarmos os nossos cursos e
as suas características”.
Apesar de ter superado algumas
das suas expectativas, a ESEB inicia
o novo ano lectivo com algumas
preocupações de índole financeira.
Contudo, o aumento no número de
novos alunos permite ao presidente do conselho directivo da escola
encarar o futuro com “algumas esperanças”.
“Não estamos desafogados, temos grandes dificuldades como
todo o IPB, mas é importante ter
em conta que a dificuldade é, por
vezes, necessária para romper com
as monotonias”, explica Vito Carioca.
Também o futuro da escola causa esperança ao presidente do seu
conselho directivo. Considerando
as alterações provocadas pela Declaração de Bolonha benéficas para
o ensino superior, obrigando as
instituições a “reflectirem muito” e
a adoptar para o seu léxico ideias e
palavras-chave como “internacionalização”, “redes efectivas de parceria” ou “excelência”, Vito Carioca
garante que este ano “vai ser de
reflexão a dois níveis” para a ESEB.
“Vamos reflectir para a excelência e
reflectir para necessidade efectiva
do que é o sistema educativo nos
próximos anos. Essa vai ser a aposta
deste conselho directivo”, conclui.
Vito Carioca – presidente da Escola Superior de Educação
CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA
05
sexta-feira
2006.11.03
Empresas. Gabinete do IPB ajuda a fazer nascer novos empregos
Escola Superior de Tecnologias e Gestão de Beja
Politécnico estimula
atitude empreendedora
“Ultrapassámos os
nossos piores receios”
Gabinete de Apoio
ao Empreendedorismo
quer auxiliar jovens
licenciados do Instituto
Politécnico a trabalharem na criação do seu
posto de trabalho.
O Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo do Instituto Politécnico de
Beja tem um objectivo muito concreto: motivar o empreendedorismo,
não apenas através da criação de novas empresas, mas também pela inovação de projectos que possam criar
outras linhas de intervenção e novos
postos de trabalho.
Sendo o Politécnico uma instituição de ensino superior que forma
jovens em áreas prioritárias de intervenção, o gabinete aposta em concentrar atenções em todas as linhas
que possam vir a existir, no sentido
de motivar os seus próprios alunos.
Nomeadamente aqueles que estão
em fim de curso, de modo a poderem
candidatar-se a programas ou linhas
de apoio e financiamentos que lhes
permitam criar postos de trabalho.
“O mercado de trabalho é cada vez
mais limitado e os jovens, ao contrário de há 20 ou 30 anos, não podem
estar à espera de lhe baterem à porta
a oferecer um emprego. O jovem tem
de estar disponível para criar o seu
próprio posto de trabalho”, destaca
João Leal, coordenador do Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo
(GAE).
Apesar do trabalho estar numa
fase muito embrionária, o mesmo
responsável não esconde que existem boas expectativas. E assinala a
existência de duas importantes pontes para cimentar a relação com o
exterior. Uma delas está a ser desenvolvida por seis institutos politécnicos em todo o país (Beja, Castelo
Branco, Guarda, Bragança, Portalegre e Tomar). “É um programa que
se chama Poliempreende que visa
motivar alunos e ex-alunos, que terminaram a sua formação há menos
de dois anos, para poderem candidatar-se com projectos inovadores”,
esclarece.
O outro programa, que é uma plataforma criada pelo IAPMEI [Instituto
de Apoio às Pequenas e Médias Empresas], chama-se Finícia e envolve
diversas entidades de todo o Alentejo:
Universidade de Évora, politécnicos
de Beja e Portalegre, núcleos empresariais de Beja, Évora e Portalegre, Cevalor, Agência de Desenvolvimento
Regional do Alentejo (Adral), e ainda
uma entidade financiadora.
“Aquilo que se pretende através
desta plataforma é o aparecimento
de candidaturas de ideias, segundo
o programa define. E naturalmente
poderá recorrer às entidades para
solicitar apoio ao desenvolvimento
dessas ideias.
“Os projectos serão financiados a
partir de candidaturas apresentadas
pelas empresas”, explica João Leal.
João Leal - coordenador do Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo
Aprofundar laços
com a comunidade
O coordenador do GAE está convencido que é necessário “criar um
espírito empreendedor” entre os alunos do Politécnico de Beja. “Não
nos podemos acomodar apenas a tirar um curso e ficar à espera que
nos batam à porta. Temos de ser empreendedores, inovadores e temos
de criar. O IPB terá as portas abertas para apoiar ideias que apareçam
e encaminhá-las para quem de direito no sentido de desbravar este
caminho que ainda falta fazer”, vinca João Leal.
No que diz respeito à relação com a comunidade, o professor entende
que “a relação é fácil” e até defende que “existem boas relações”. No
entanto assinala a necessidade de trabalhar numa maior aproximação,
que justifica um esforço dos dois lados. “A comunidade tem de perceber
um pouco melhor aquilo que se faz no âmbito do IPB. Mas o IPB tem
também de perceber melhor quais são as expectativas da comunidade.
Tem de haver uma aproximação entre estas duas valências no sentido
de a formação dada no IPB se aproximar das necessidades da comunidade. Mas esta também de entender melhor o que se faz aqui, verificar
se a formação é a mais ajustada e se os técnicos formados são os que
fazem falta”, afirma.
Acentuar atitude empreendedora.
O coordenador do GAE revela que,
através do observatório de emprego
do IPB, é possível verificar a existência de números “satisfatórios” no que
diz respeito à empregabilidade. Contudo, no que diz respeito à capacidade empreendedora, João Leal admite
que “é uma das áreas em que o IPB
tem de estar atento e fazer mais alguma coisa”.
“Julgo que é absolutamente necessário criar, no âmbito das unidades curriculares, disciplinas na área
do empreendedorismo. A ESTIG tem
disciplinas nessa área, as outras escolas têm de introduzir esta disciplina”,
aponta o responsável, sublinhando
que na região alentejana não existe “a
ideia de criar e de inovar”.
Para desbravar esse caminho, João
Leal desvenda a estratégia já delineada. Numa primeira fase decorrerão
reuniões da GAE com todos os directores de todos os cursos do IPB, independentemente da unidade orgânica. Depois caberá a esses directores
reunirem com os conselhos de curso
e com os vários docentes. Posteriormente haverá reuniões mais alargadas com alunos em fase terminal do
seu curso, no sentido de os alertar
para os programas existentes.
“Estas estratégias estão programadas e vão avançar dentro de muito
pouco tempo. Apresentaremos os
programas Poliempreende e Financia, sendo que este último deve abrir
algumas portas para afirmar as novas
ideias”, remata.
Novo ano lectivo
registou a entrada de
mais de duas centenas de novos alunos
na Escola Superior de
Tecnologias e Gestão
de Beja.
ano lectivo já em marcha, uma
das apostas da ESTIG vai continuar a passar pela dinamização de
cursos de formação ao longo da
vida e de formação especializada.
Nesse sentido, garante Fernanda Pereira, a escola tem previsto
no seu plano de actividades para
2006/2007 manter a formação na
área da segurança e higiene no
trabalho, assim como algumas
formações na área geral financeira. A estes juntam-se, ainda que
“pontualmente”, alguns cursos
de formação para empresários
no âmbito da contabilidade e das
finanças, além da formação de
curta duração nas áreas da Engenharia Civil e de Sistemas de Informação Geográfica.
No que toca ao plano orçamental, a ESTIG não foge ao quadro
verificado um pouco por todas as
escolas do Instituto Politécnico de
Beja (IPB) e são também algumas
as restrições com que vive. Contudo, revela Fernanda Pereira, os
problemas da instituição “não são
tão prementes” devido à saída de
alguns docentes para outros estabelecimentos escolares, sobretudo no ensino secundário, situação
resolvida com o ajustamento de
horários e a contratação de novos
profissionais, mas apenas a tempo parcial.
Sendo a maior escola de todo
o IPB, com os seus cerca de 1.250
alunos e oito dezenas de docentes, a ESTIG é também a que dispõe de piores condições de trabalho, estando há muito prevista a
construção de novas instalações,
já no “campus” do Instituto Politécnico.
Uma reclamação antiga que
Fernanda Pereira espera ver materializada já em 2007. “Temos
alguma esperança que neste ano
lectivo haja novidades palpáveis
sobre o projecto de construção da
nova escola. Eventualmente, 2007 será
um ano para
pôr mãos a
essa obra”,
conclui.
O novo ano lectivo superou as expectativas dos responsáveis pela
Escola Superior de Tecnologias e
Gestão de Beja (ESTIG) no que diz
respeito à entrada de novos alunos. Em 2006/2007 foram preenchidas mais de duas centenas das
vagas disponibilizadas, o que leva
a presidente do conselho directivo
da ESTIG a afirmar que as piores
expectativas foram suplantadas.
“Ultrapassámos os nossos
piores receios. Criámos algumas
vagas, mas pensámos que os politécnicos iriam ser preteridos em
relação ao resto das instituições
de ensino superior. A grande surpresa é que os alunos reconheceram a validade do ensino superior
politécnico e houve uma boa adesão. Por isso mesmo, conseguimos preencher mais vagas do que
prevíamos e ficámos bem acima
do nosso pior cenário”, revela Fernanda Pereira.
Contudo, e apesar das expectativas iniciais terem sido superadas, ficaram ainda por preencher
na ESTIG mais de uma centena de
vagas na primeira e segunda fase
de acesso, das quais 32 na licenciatura em Engenharia Informática, 28 em Turismo e 22 em Informática de Gestão.
Números que não surpreendem Fernanda Pereira, que os justifica como “uma reacção natural
do mercado”. “A nível nacional,
estão a sobrar muitas vagas na
área da informática, pois o mercado começa a estar preenchido
com esses profissionais”,
garante a presidente do
conselho directivo da Estig, admitindo inclusive
possíveis mudanças ou
reestruturações de cursos já no próximo ano
lectivo.
“Dentro das áreas da
Engenharia Informática
e Informática de Gestão
vamos ter que fazer,
com certeza, algumas reestruturações. E é possível
que dentro destes dois cursos
haja de facto
algumas novidades para
o próximo
ano, até porque, como se
sabe, cursos
com menos
de 10 novos
alunos não
podem
ser
financiados”,
vinca.
Fernanda Pereira - presidente da ESTIG
Com o novo
sexta-feira
2006.11.03
06
CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA
Reforma. Processo deve estar concluído até ao ano lectivo de 2009/2010
Politécnico de Beja
adapta-se a Bolonha
IPB criou grupo dinamizador responsável
pela implementação do
Processo de Bolonha na
instituição.
Declaração
de Bolonha
António Carlos
Carvalho defende que
reforma é “oportunidade” para IPB alcançar grau de excelência.
A Declaração de Bolonha promete
uma “revolução” no sistema de ensino superior de toda a Europa, definindo um conjunto de etapas a dar
pelos vários sistemas de ensino superior europeus no sentido de construir, até ao final da presente década,
“um espaço europeu de ensino superior globalmente harmonizado”.
Foi sob esta perspectiva que o
Instituto Politécnico de Beja (IPB)
criou um Grupo Dinamizador para
a Implementação do Processo de
Bolonha (GDIPB) na instituição, que
neste momento trata da parte “burocrática” do processo, com a adequação dos cursos às directrizes emanadas pela Declaração de Bolonha.
Para o coordenador do GDIPB,
António Carlos Carvalho, esta é
uma oportunidade única para “todos os [institutos] politécnicos se
redimensionarem, quer em termos
qualitativos quer em termos quantitativos”, embora sublinhe que no
IPB o processo se vai estender cronologicamente até ao ano lectivo de
2009/2010.
“As mudanças não vão acontecer
de um momento para o outro. Este é
um processo cujo resultado e implementação só vão tornar-se visíveis,
em termos sociais, daqui a uns três,
quatro ou cinco anos”, assevera António Carlos Carvalho.
Explica este docente que com
pub.
A Declaração de Bolonha prevê “uma mão cheia de objectivos ambiciosos”
as alterações decorrentes da Declaração de Bolonha, o ensino vai
passar a “centrar-se na aprendizagem” e não “na transmissão de
informação”, por forma a que os
“estudantes caminhem nos vários
desenvolvimentos curriculares com
base na aquisição e desenvolvimento de competências”. Além do mais,
acrescenta, o planeamento de toda
a aprendizagem terá de começar
a ser feito “com antecedência” e o
conteúdo dos cursos serão aferidos
por comparação com os cursos de
referência na Europa.
Com a adequação a Bolonha, a
maioria dos cursos passarão igualmente a ser de três anos apenas,
sendo que para efeitos de acreditação o corpo docente de cada curso
deve ser composta, pelo menos em
50%, por especialistas de reconhecido mérito ou professores doutorados. Outro aspecto a desenvolver,
acrescenta o coordenador do GDIPB, é a investigação científica.
“Se não houver investigação sustentada, os cursos vão perder competitividade interna e no espaço
europeu, tendendo depois para desaparecer”, observa António Carlos
Carvalho.
“Questão de sobrevivência”. Para
o coordenador do GDIPB do IPB, a
adopção das “regras” impostas pela
Declaração de Bolonha não se deve
ao facto desta trazer maiores ou menores vantagens para o ensino superior, mas sim a “uma questão de
sobrevivência”.
“O processo de Bolonha foi algo
original na Europa, em que são as
universidades que auto-propõem
reformar-se. Não é um processo imposto de cima para baixo, mas um
processo assumido pelas próprias
instituições de ensino superior. E
das duas uma: ou se está com o processo ou se está fora dele. Não é uma
questão de vantagens ou desvantagens. O aderir a Bolonha é uma
questão de sobrevivência”, afiança
António Carlos Carvalho.
Contudo, este docente acaba por
admitir que ao aderir ao processo, o
IPB pode retirar grandes vantagens,
sobretudo ao nível da sua “internacionalização”, importando tudo
aquilo que de melhor se faz internacionalmente, por forma a garantir
outra competitividade e excelência
no ensino ministrado.
“É que a competitividade não é
com o vizinho do lado. A competitividade é com todos os outros estabelecimentos europeus que leccionam cursos na mesma área”, advoga
o coordenador do GDIPB, defendendo, nesse âmbito, uma cooperação
“aberta e transparente” entre o IPB
e as restantes instituições de ensino
superior do Sul do país, sob pena de
algumas destas desaparecerem.
“Há que repensar o IPB no Sul do
país. Há fluxos de alunos, há fluxos
de candidatos, há parcerias a estabelecer, há áreas de cooperação
Oficializada em Junho de
1999, a Declaração de Bolonha tem por base a Declaração de Sorbonne de
1998, em que se definiu “um
conjunto de etapas e de passos a dar pelos sistemas de
ensino superior europeus no
sentido de construir, até ao
final da presente década, um
espaço europeu de ensino
superior globalmente harmonizado”.
A finalidade do processo, enquadrado na agenda política
da Estratégia de Lisboa da
União Europeia, é garantir
que as instituições de ensino
superior da Europa passem a
funcionar “de modo integrado” e mediante “mecanismos
de formação e reconhecimento de graus académicos
homogeneizados à partida”,
por forma a afirmar “competitivamente” os países do
velho continente com outros
parceiros a nível mundial na
área do ensino superior e da
ciência.
Nesse sentido, a Declaração
de Bolonha prevê “uma mão
cheia de objectivos ambiciosos a atingir a médio prazo”,
entre os quais o “aumento da
competitividade” e a “promoção da mobilidade e empregabilidade dos diplomados do ensino superior no
espaço europeu”.
a explorar. Há várias pistas que se
desenham neste momento e têm de
ser assumidas para redimensionar e
reformar o IPB. E esta é uma oportunidade óptima que temos”, conclui
António Carlos Carvalho.
07
CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA
Presidência. Direcção do IPB satisfeita com inversão na quebra do número de alunos
sexta-feira
2006.11.03
Escola Superior de Saúde de Beja
“Temos horizontes
de crescimento”
Escola Superior de
Saúde de Beja voltou
a preencher todas as
vagas disponibilizadas
no novo ano lectivo.
Em 2007/2008 devem
surgir novos cursos.
IPB trava
perda de alunos
José Luís Ramalho confirma que, pela primeira vez nos últimos anos, o IPB vai ter mais alunos. Maiores de 23 anos dão uma ajuda.
O Instituto Politécnico de Beja (IPB)
vai inverter no novo ano lectivo a
progressiva perda de alunos que tem
vindo a registar. As previsões do Ministério da Ciência e do Ensino Superior apontavam para a entrada de
718 novos alunos no primeiro ano e
2.775 na globalidade. Dados recolhidos pelo “Correio Alentejo” mostram
que, neste momento, feitas as colocações da primeira e segunda fases
do concurso nacional de acesso, já
entraram 730 alunos para o primeiro ano, estando matriculados um
total de 2.874 nas quatro escolas do
IPB – Agrária, Superior de Educação,
Superior de Saúde e ESTIG. Mas este
processo não está concluído, uma
vez que decorre ainda a terceira fase.
Depois de terminada esta última
etapa as vagas sobrantes serão para
os maiores de 23 anos, existindo 78
matriculados em condições de entrar no IPB.
“Há muitos anos que nós ficávamos afastados das previsões do ministério. Essas previsões apontavam
de novo para o não preenchimento
da totalidade das vagas, o que não se
confirma”, assinala José Luís Ramalho, presidente do IPB, visivelmente
satisfeito com esta inversão.
Para este responsável, “estão criadas condições para um futuro melhor” no Politécnico de Beja. Sobretudo quando se atravessa “uma fase de
mudanças no ensino superior”. Entre
aquilo que há a alterar neste novo
ciclo, Ramalho aponta a criação de
redes e parcerias com outros estabelecimentos.
“Estão reunidas condições para
que as instituições se sentem à mesa
e conversem. Temos condições para
estruturar até ao final do ano uma
rede de ensino superior, que inclua
politécnicos, universidades, ensino
privada e até os nossos vizinhos de
Espanha”, afirma José Luís Ramalho,
convicto da necessidade de criar no
sudoeste peninsular “uma grande
região do conhecimento, em que se
aposte na qualidade e na excelência”.
Maiores de 23 anos. Um dos aspectos a realçar nesta fase de colocação de novos alunos é a entrada de
maiores de 23 anos. No IPB deverão
ser um pouco mais de uma centena. Dentro de alguns anos, José
Luís Ramalho espera que esta nova
realidade “possa trazer um número
muito significativo de pessoas que já
tinham perdido a esperança” de ter
um curso superior.
Apesar deste novo quadro, a verdade é que têm surgido situações polémicas em torno do processo. Uma
delas é o facto de estarem a ser aceites alunos que têm apenas o nono
ano de escolaridade. O presidente do
IPB acha “natural que isso aconteça,
porque o que se pretende é reconhecer as capacidades que as pessoas
têm no seu meio profissional”.
“O ensino superior vai transmitirlhes a componente teórica que eles
carecem. E reconhecer as competências profissionais adquiridas ao longo
de uma vida”, explica.
Sem se deter, Ramalho defende
que os maiores de 23 anos requerem para as instituições “uma grande responsabilidade, porque toda a
sociedade está com os olhos neste
processo”.
“Para bem destas pessoas que
vão entrar e das instituições que
os admitiram, e para acabar com a
ideia lançada de que estão a entrar
pessoas sem competências, as instituições devem estar muito atentas e,
se necessário, darem complementos
de formação nas áreas em que revelem maiores carências”, argumenta o
presidente do IPB, avisando que não
há a intenção de “criar licenciados de
segunda”.
Por outro lado, num quadro de
perda de alunos, é legítimo julgar
que poderá haver algum facilitismo
na entrada de maiores de 23 anos.
José Luís Ramalho concorda que há
esse risco e revela que, “precisamente
por haver, o conselho coordenador
dos institutos politécnicos já pediu
ao ministério [da Ciência e Ensino
Superior] que seja feita uma averiguação sobre a forma como decorreu
este processo”.
“Foi dada uma autonomia às instituições. Cada uma criou as provas de
acesso que achou mais convenientes
e, para nós, isso é muito perigoso. Verificámos pela comunicação social a
forma díspar como o processo decorreu entre as várias instituições. Para
não subsistirem dúvidas pedimos
esta análise para corrigir eventuais
erros cometidos”, explica.
O presidente do IPB vai mais longe
e salienta que é necessário salvaguardar este processo “para bem daqueles que vão fazer todos os sacrifícios”.
“Estas pessoas não podem, depois de
um sacrifício tremendo, ficar rotuladas como pessoas que estão a ter facilidades para tirar um curso. Têm de
ter igual dignidade”, adverte.
É de olhos postos em “horizontes
de crescimento” que os responsáveis pela Escola Superior de Saúde Beja (ESSB) encaram o novo
ano lectivo. Um sentimento de
optimismo e confiança alicerçado
no facto de em 2006/2007 a instituição ter preenchido na totalidade as 70 vagas disponibilizadas
para o curso de Enfermagem (as
duas vagas disponibilizadas na
terceira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior
devem-se a alunos que optaram
por não matricular-se depois de
colocados).
“O nosso objectivo passa
por horizontes de crescimento,
contribuindo para o desenvolvimento desta escola e para um
trabalho de intercâmbio com as
instituições na região”, afiança o
presidente do conselho directivo
da ESSB.
Ciente do importante papel
dos institutos politécnicos nas
regiões onde se inserem, Rogério
Ferreira espera um ano lectivo
positivo e onde se consiga, mais
uma vez, combater os “problemas
da interioridade”.
“Não basta sermos bons, temos também de vencer o desafio
de estar no interior, sobretudo no
Baixo Alentejo. Por isso mesmo,
deixe-me puxar um pouco a brasa à minha sardinha em relação
à qualidade dos formandos na
ESSB. Não diremos que são muito
bons em termos técnicos, pois são
como os outros, mas em termos
cognitivos são licenciados que
se destacam pela sua capacidade
crítica nas instituições por onde
passam”, sublinha o docente.
Lembrando as alterações impostas pela Declaração de Bolonha, que implica “uma mudança
do paradigma centrado no ensino para um paradigma assente
na aprendizagem”, o presidente
da ESSB revela a ambição da instituição de “avançar” igualmente
para um segundo ciclo de estudos, “que dê continuidade ao primeiro” e seja “uma garantia” para
quem naquela casa trabalha.
Nesse sentido, os responsáveis pela ESSB ultimam neste momento a documentação
relativa à abertura,
já no ano lectivo
de 2007/2008, de
dois novos cursos,
um de Terapia
Ocupacional
e
outro de Técnico
de Saúde Ambiental. Parale-
lamente, no plano de actividades
da ESSB para 2006/2007 conta-se
também a participação na Feira
Transfronteiriça da Saúde de Beja
já em Novembro, assim como o
início, também em Novembro, da
pós-graduação “Criança/ Adolescente e um Ambiente Seguro”.
Tudo isto surge numa altura
em que são algumas as limitações
financeiras da instituição. “Somos
uma escola pequena que tem feito um grande esforço de contenção e refreado grandes despesas.
[…] Contudo, e apesar de sermos
uma escola que não teve decréscimo de alunos, sentimos na pele
aquilo que são as reduções [orçamentais] que o Instituto Politécnico de Beja teve”, vinca Rogério
Ferreira.
Além do mais, acrescenta este
responsável, é de todo necessário
à ESSB “compensar” algumas das
suas “carências em termos de recursos humanos”. De momento,
a escola conta com 24 docentes
para um universo de quase três
centenas de alunos, estando a
decorrer o concurso público para
a contratação de um professoradjunto.
Herdeira das tradições da antiga Escola de Enfermagem de
Beja, a ESSB mantém uma forte
ligação com o Centro Hospitalar
do Baixo Alentejo (CHBA). Uma
relação que vai agora conhecer
um outro impulso com o novo
protocolo que está a ser estabelecido entre ambos.
“O que vai resultar do novo
protocolo com o CHBA é um
maior intercâmbio entre as duas
instituições ao nível da formação dos enfermeiros, dos nossos
alunos e também em termos de
investigação”, conclui Rogério
Ferreira.
Rogério Ferreira - presidente da Escola Superior de Saúde
sexta-feira
2006.11.03
08
CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA
Comunicação. O Politécnico e a comunicação com o exterior
Como se relaciona
o IPB com o exterior?
O Politécnico de Beja tem um Gabinete de
Relações Externas que desenvolve diariamente
trabalho de aproximação com a comunidade.
Criado em 2001, actua essencialmente ao nível
da comunicação, imagem e relações internacionais.
ANTÓNIO PADEIRINHA*
LUÍSA CASTRO E BRITO*
MARIA CRISTINA PALMA*
* GABINETE DE RELAÇÕES EXTERNAS DO IPB
O Instituto Politécnico de Beja
(IPB) organiza-se em escolas e serviços, funcionando sob coordenação da presidência. A materialização da política geral e da estratégia
global do Instituto como um todo
é coordenada pelos Serviços Centrais, através dos seus vários departamentos e grupos de trabalho,
especialmente criados para definir
estratégias e desenvolver linhas
de orientação para implementar a
agenda do instituto, em estreita cooperação com as diferentes escolas
e serviços, e no estrito respeito pela
autonomia de cada unidade orgânica.
No topo da sua agenda encontram-se actualmente os temas da
internacionalização, da investigação e do desenvolvimento da
qualidade, considerados os pilares
fundamentais para um real desenvolvimento regional no contexto
da globalização, e para implementação do processo de Bolonha no
sentido da criação da Área Euro-
peia do Ensino Superior.
Para prosseguir com as agendas
de internacionalização, investigação e desenvolvimento e garantia
de qualidade, o Instituto Politécnico criou outros serviços específicos, como é o caso do Gabinete
de Relações Externas – GRE, cuja
principal missão é a promoção da
cooperação internacional e a mobilidade de estudantes e docentes,
pela coordenação de programas
de mobilidade, nomeadamente o
programa Socrates/Erasmus, para
além de ter, também, a seu cargo
a projecção da imagem da instituição, produzindo e distribuindo informação e estabelecendo contactos e ligações com a comunidade.
Criado em 2001, o Gabinete de
Relações Externas (GRE) do Instituto Politécnico de Beja actua essencialmente ao nível da comunicação
e imagem e relações internacionais,
e integra actualmente dois técnicos
superiores em permanência. Cristina Palma na área da Relações Internacionais e António Padeirinha
na área da Animação Sociocultural,
contando ainda com a assessoria
de Luísa Castro e Brito, para a ade-
quação institucional ao Processo
de Bolonha.
Ao nível da comunicação e imagem, o gabinete desenvolve actividades relacionadas com a projecção da imagem institucional,
com destaque para a organização
e apoio técnico a eventos diversos
(institucionais,
científico-pedagógicos, lúdico-culturais), criação
e implementação de projectos de
participação em certames, contactos com a comunicação social,
gestão de conteúdos on-line, coordenação da edição do Boletim Informativo do IPB e desenvolvimento de projectos gráficos em estreita
colaboração com o Departamento
Gráfico.
A mobilidade de estudantes é
outra das áreas de intervenção do
GRE, e um pilar essencial para a
internacionalização institucional.
Através do programa Erasmus e do
apoio financeiro do IPB, o número
de alunos e docentes em mobilidade no estrangeiro tem crescido
significativamente nos três últimos anos. De 24 alunos enviados
em 2003/2004 para 38 alunos em
2005/2006. A esta tendência não é
alheio o grupo dos docentes, que
tem aumentando significativamente a mobilidade: tendo-se verificado um de 8 docentes em 2003/2004
para 17 docentes em 2005/2006.
Subjacente a estes números está a
intensificação de relações entre o
IPB e um vasto conjunto de Instituições do Espaço Europeu de Ensino
Superior, que vão desde instituições da Europa Central e de Leste,
com destaque para a Lituânia, República Checa e Polónia, à Europa
Ocidental, com especial incidência
na Itália, Espanha, Bélgica, Dinamarca, Finlândia e Suécia.
Para além da Europa, África,
em especial os PALOP e o Norte de
África, é outra área de intervenção
estratégica para a internacionalização institucional. Efectivamente a
comunidade de estudantes africanos no IPB tem já alguma expressão e conta actualmente com cerca
de 40 estudantes, oriundos na sua
maioria de São Tomé e Príncipe e
Cabo Verde.
De igual modo, também tem havido algumas relações com Timor,
traduzidas na vinda de alunos timorenses para o IPB – actualmente
a Escola Superior de Saúde tem três
alunos timorenses – e no envio de
docentes par o desenvolvimento de
missões de ensino naquele país.
Em 2004, foi criado um outro grupo de trabalho, Grupo Dinamizador da Implementação do Processo
de Bolonha - GDIPB, com a missão
de, em estreita colaboração com o
GRE, desenvolver linhas de orientação, planear, estabelecer planos
de trabalho, distribuir informação,
organizar workshops e desenvolver acções que visam introduzir,
nas diferentes escolas e serviços, as
reformas e mudanças necessárias
ao desenvolvimento de uma maior
convergência e harmonização entre os sistemas educativos do espaço europeu, proposta pelo processo
de Bolonha em curso.
Na sequência desse trabalho,
cerca de 20 cursos foram já reformulados e outros encontram-se na
fase final de reformulação, tendo
como referência exemplos europeus, o que implicou uma maior
interacção entre actores nacionais
e internacionais.
Inerente a este processo de internacionalização está a criação
de um Centro de Línguas aberto
a todos os estudantes e à comunidade em geral, assim como de um
Gabinete de Avaliação da Qualidade, que em colaboração com
o GDIPB, procurará promover o
desenvolvimento critérios de qualidade internacionais já definidos
Pela OCDE (OECD Work on Education - http://www.oecd.org/dataoecd/35/40/30470766.pdf; e Reviews
of National Policies for Education http://www.oecd.org/document/27/
0,2340,en_2649_34511_2744219_
1_1_1_1,00.html); e em termos
europeus pela ENQA (European
Network for Quality Assurance), publicados em 2005 em Standards and
Guidelines for Quality Assurance
in the European Higher Education
Area - (http://www.enqa.eu/files/
ENQA%20Bergen%20Report.pdf)
No início do século XXI e sem
perder de vista a sua missão fundamental - o desenvolvimento regional – o IPB prepara-se, mais uma
vez, para enfrentar os novos desafios desta era global, determinado
a vencer novas batalhas para conquistar o futuro dos estudantes, da
região e da Europa. Um futuro que
se espera melhor, mas que será,
certamente, bem mais complexo.
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ALFUNDÃO
BEJA / S. MATIAS
†- Faleceu o Exmo. Sr.
ANTÓNIO ROSA ROMÃO,
de 63 anos, natural de Santiago Maior - Beja, casado
com a Exma. Sra. D. Maria
Odete Guerreiro Fragoso
Romão. O funeral a cargo
desta Agência realizouse no passado dia 28 de
Outubro, da Casa Mortuária
do Penedo Gordo, para o
cemitério local.
†- Faleceu a Exma. Sra. D.
MARIA DA CONCEIÇÃO
MARTINS, de 83 anos,
natural de São Joaninho
– Santa Comba Dão, viúva.
O funeral a cargo desta
Agência realizou-se no
passado dia 29 de Outubro,
da Casa Mortuária de Alfundão, para o cemitério local.
†- Faleceu a Exma. Sra.
D. MARIA GERTRUDES
AMARO, de 86 anos, natural de São Matias - Beja,
solteira. O funeral a cargo
desta Agência realizouse no passado dia 29 de
Outubro, da Igreja Paroquial
do Carmo, para o cemitério
de Beja.
BEJA
BEJA
BEJA
†- Faleceu a Exma. Sra. D.
EMÍLIA ROSA GARRIDO
MOURINHO, de 60 anos,
natural de Salvador - Beja,
solteira. O funeral a cargo
desta Agência realizou-se
no passado dia 29 de Outubro, da Capela da Mansão
de São José, para o cemitério de Beja.
†- Faleceu o Exmo. Sr.
ANTÓNIO MANUEL VIRIATO, de 86 anos, natural
de Figueira de Cavaleiros
- Ferreira do Alentejo, casado com a Exma. Sra. D.
Mariana Gomes de Goes. O
funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado
dia 29 de Outubro, da Igreja
Paroquial do Carmo, para o
cemitério de Beja.
†- Faleceu LUÍS ALEXANDRE MARTINS NUNES, de
15 anos, natural de Santiago Maior - Beja, solteiro. O
funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado
dia 29 de Outubro, da Igreja
Paroquial do Carmo, para o
cemitério de Beja.
SELMES
BERINGEL
Às famílias
†- Faleceu o Exmo. Sr.
JOSÉ JACINTO CANDEIAS GRILO, de 55
anos, natural de Selmes
- Vidigueira, casado com a
Exma. Sra. D. Joana Rosa
Oleiro Barrocas Grilo. O funeral a cargo desta Agência
realizou-se no passado dia
29 de Outubro, da Casa
Mortuária de Selmes, para
o cemitério local.
†- Faleceu a Exma. Sra. D.
MARIA ROSA FERNANDES DAVID, de 80 anos,
natural de Beringel - Beja,
viúva. O funeral a cargo
desta Agência realizou-se
no passado dia 29 de Outubro, da Casa Mortuária de
Beringel, para o cemitério
local.
enlutadas
ALMODÔVAR
apresentamos
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no centro da vila
as nossas mais
sinceras
condolências.
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11
VIDA ACTUAL SOCIEDADE
sexta-feira
2006.11.03
Festa. Navegador que descobriu continente americano homenageado na “terra natal”
Cuba inaugura
“estátua da polémica”
cá dentro
lá fora
Tondela
China
Bombeiros
demitiram-se
Pena de morte
mais dificultada
Quarenta e sete bombeiros da
corporação de Tondela, de um
total de cerca de 70 (12 dos quais
assalariados),
apresentaram
a demissão, solidarizando-se
com o comandante que não foi
reconduzido no cargo pela di
recção. Com lágrimas e muita
emoção, 47 bombeiros da corporação de Tondela, no distrito
de Viseu, apresentaram a sua
demissão. Esta foi a forma que
encontraram para se solidarizar
com o comandante, Eduardo
Rolo, que cessa funções à meianoite de segunda-feira.
No princípio de Outubro, a
direcção informou Eduardo Rolo
de que não seria reconduzido no
cargo de comandante, cessando
funções a 31 de Outubro.
“Falta de diálogo e indisciplina” foram algumas das razões apontadas pelo presidente
da direcção da Associação dos
Bombeiros Voluntários de Tondela, Graciano Simões, para a
não recondução do comandante. As relações entre o comando
e a direcção, empossada a 07 de
Janeiro passado, vinham-se deteriorando.
A China alterou a lei sobre a pena
capital, obrigando todas as condenações à morte a serem ratificadas pelo Supremo Tribunal
para evitar erros judiciais, segundo a agência de notícias Nova
China. A alteração à lei, aprovada
pela Assembleia Nacional Popular (ANP), que entra em vigor a 01
de Janeiro de 2007, obriga a que
todas as condenações à pena capital pronunciadas por tribunais
locais sejam vistas e ratificadas
pelo Supremo Tribunal, adianta a Nova China. Para grupos de
defesa dos Direitos Humanos, a
decisão é considerada decisiva
para uma redução do número de
penas de morte na China, país
onde foram executadas 1.770
pessoas em 2005, segundo dados
da Amnistia Internacional (AI).
De acordo com a AI, o Governo
chinês não fornece informações
sobre todas as execuções levadas
a cabo no país, estimando a organização que poderão ser de 8.000
a 10.000 por ano. A reforma legal
dará maior controlo ao Supremo
Tribunal nacional e reduzirá o poder dos tribunais locais de condenarem os detidos à morte.
pub.
Dezenas de pessoas assistiram no último sábado à inauguração da estátua de Cristóvão Colon.
A “estátua da polémica”, como afirmou o presidente da Câmara Municipal.
A “estátua da polémica” foi descerrada em pleno interior alentejano
no passado sábado, 28 de Outubro,
no centro da vila de Cuba, numa
homenagem a um “filho da terra”
que as teses de investigadores portugueses garantem ser o célebre
descobridor das Américas.
Em dia de festa na vila, com música cubana e cantares alentejanos,
a homenagem atraiu a população
ao principal largo da terra para assistir a uma cerimónia com “pompa e circunstância”, em que não
faltaram as principais autoridades
regionais, um representante da ministra da Cultura e o emocionado
embaixador de Cuba em Lisboa.
“Esta estátua da polémica vai
ser origem de debate e de mais investigação nos meios académicos
em torno da naturalidade do descobridor das Américas”, admitiu o
presidente da Câmara Municipal
de Cuba, Francisco Orelha, convicto das teses portugueses que atribuem ao cubense Cristóvão Colon
a autoria do feito histórico.
É a Cristóvão Colon, pseudónimo do alentejano Salvador Fernandes Zarco, filho ilegítimo do Duque
de Beja com Isabel Gonçalves Zarco, que as teses portuguesas reivindicam a descoberta das Américas,
e não ao genovês Cristóvão Colombo.
Numa evocação unânime da
naturalidade alentejana do explorador, os promotores da homenagem, a primeira em Portugal a
Cristóvão Colon, defenderam a
alteração dos manuais escolares,
para que os livros passem a mencionar o alentejano Colon em vez
do genovês Colombo.
O presidente do Núcleo de Amigos da Cuba, Carlos Calado, defendeu a proposta com o argumento
de ser Cristóvão Colon que figura
nas Bulas Papais da época e numa
carta do rei D. João II, datada de
1488.
Em representação da ministra
da Cultura, Isabel Pires de Lima,
participou na cerimónia o delegado regional da Cultura do Alentejo,
José Nascimento, que defendeu o
desenvolvimento das investigações
históricas sobre a naturalidade do
descobridor das Américas “para
que se possam confirmar as teses”.
Cerimónia concorrida
Além de autarcas, deputados e historiadores, também se associaram à homenagem o bispo e o governador civil de Beja e Henrique
Zarco, representante da família Zarco, de que Colon descende. E
o interesse pela homenagem até ultrapassou fronteiras, levando
uma equipa da televisão espanhola TVE a fazer a cobertura da
cerimónia. Antes do principal largo da vila ser baptizado com o
nome de Cristóvão Colon, foi descerrada, sob uma salva de palmas, uma estátua em bronze, com tonelada e meia, assente num
pedestal em granito, da autoria do escultor português Alberto
Trindade. Com dois metros e meio de altura, a estátua, apresentando a “verdade histórica”, constitui o primeiro monumento
a reivindicar a nacionalidade portuguesa do navegador. O monumento foi oferecido à vila de Cuba pela Fundação Alentejo – Terra
Mãe, liderada pelo advogado José Flamínio Roza.
sexta-feira
2006.11.03
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284 329 400 PUBLICIDADE
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CORREIO DESPORTIVO
sexta-feira
2006.11.03
FUTEBOL • MODALIDADES • CLUBES • ASSOCIAÇÕES • DESPORTO ESCOLAR
BENFICA RECEBE BEIRA MAR
Depois da derrota no Dragão, o Benfica
regressa ao Estádio da Luz, onde recebe
o Beira Mar. O grego Karagounis deve regressar ao lote de convocados para o jogo
de domingo, às 19h45.
SPORTING DE BRAGA VISITA ALVALADE
Alvalade recebe um jogo de leões
na segunda-feira, a partir das 19h15.
Sporting e Sporting de Braga medem
forças numa partida importante para as
contas do topo da classificação.
SEM ANDERSON EM SETÚBAL
O brasileiro Anderson é a grande ausência já confirmada na equipa do FC Porto,
que joga esta segunda-feira em Setúbal,
com o Vitória, a partir das 20h30. À equipa portista deve regressar Bosingwa.
3ª Divisão – Comentário
jogo do fim-de-semana.
Calhau
COVA DA PIEDADE – FC SERPA
Domingo, 15 horas
suplentes: Hernâni, Varela, Tiago Meira, Pedro
Eugénio, Jorge Paulo, Ramalho e Pedro Maurício
treinador: Ricardo Cravo
João
Paulo
suplentes: Peraltinha, Velhinho, Édinho,
Ricardo Oliveira, Vilão, Semedo e Facaia
José Cláudio
Quim
Zé
treinador: Carlos Simão
“
Nuno
Alves
António
Carlos
Vítor
Teixeira
Sérgio
Válter Canhita
Rui Maurício
Numa jornada em que o FC Serpa
foi obrigado a descansar, o grande destaque vai para o Desportivo de Beja, que arrancou uma
surpreendente vitória no terreno
do então líder FC Ferreiras. No
Algarve, os comandados de Jorge
Vicente sofreram, mas acabaram
por garantir a terceira vitória da
época (a segunda consecutiva) e
respiram agora com outra tranquilidade na tabela classificativa.
Numa ronda com algumas
surpresas, nota de destaque para
a vitória do Atlético de Reguengos
sobre o vizinho Juventude e para
o triunfo do Lagoa em Évora, no
reduto do Lusitano. Com a vitória, o Lagoa ascendeu ao primeiro lugar da classificação.
Nuno
Martins
Rui Pepe
Filipe
Costa
Ruben
Espero que a minha equipa jogue aquilo que pode. Que mantenha a mesma alegria,
confiança e solidariedade das outras partidas,
no sentido de, no mínimo, vencermos.
Desportivo
surpreende
Carlos
Rato
Dirceu
Pelé
José
Carlos
Adilson
Luís Leal
Marco
Bruno
Estádio José Martins Vieira
Cova da Piedade
8ª jornada
3ª Divisão Nacional | Série F
Carlos Simão | treinador do FC Serpa
FC Serpa desloca-se à Cova da Piedade a pensar exclusivamente na conquista de pontos
Simão quer “no mínimo vencer”
R
ealistas, mas confiantes. É
este o estado de espírito do FC
Serpa, que se desloca no domingo, 5, à Cova da Piedade, onde
vai defrontar a equipa local em partida a contar para a 8ª jornada da
Série F da 3ª Divisão Nacional.
Depois de uma semana de “descanso” – deveriam ter jogado com o
Vasco da Gama de Sines, que acabou no entanto por desitir do campeonato –, os serpenses regressam
à competição num estádio tradicionalmente complicado e onde
são esperadas muitas dificuldades,
série F III DIVISAO
até porque a prestação do Cova da
Piedade até ao momento no campeonato não deixa antever grandes
facilidades, como o ilustra a vitória
do passado domingo em Almancil
(2-4).
“Encaramos este jogo com muito realismo. O campeonato é muito
complicado, tem denotado bastante equilíbrio e, pelo que temos observado, este jogo não deve fugir à
regra. Por isso, espero uma partida
muito difícil”, revela ao “Correio
Alentejo” o técnico do FC Serpa.
Sobre o adversário de domingo,
Carlos Simão diz ter bem presente
o “valor” do Cova da Piedade, que
caracteriza como uma “equipa típica” do terceiro escalão do futebol
nacional, que “utiliza um futebol
simples” e a “pensar no ponto”, beneficiando do facto de possuir “um
triângulo a meio-campo de grande
força”.
“Vai ser muito difícil [jogar com
o Cova da Piedade], mas espero
que a minha equipa jogue aquilo
que pode. Que mantenha a mesma
alegria, confiança e solidariedade
das outras partidas, no sentido de,
Futebol
Futebol
Atletismo
Scolari e Madaíl
visitam Beja
Segunda divisão
arranca sábado
Beja recebe
Torneio de Outono
O seleccionador nacional e o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) visitaram na
quinta-feira, 2, a cidade de Beja. A
deslocação de Luís Filipe Scolari –
e respectiva equipa técnica – e Gilberto Madaíl a Beja resultou de um
convite da direcção da Associação
de Futebol de Beja, que pretendeu
dessa forma transmitir o seu reconhecimento público pelo êxito da
selecção nacional no último Campeonato do Mundo, na Alemanha,
onde obteve o quarto lugar.
Scolari e Madaíl chegaram a
Beja a meio da tarde de ontem
e foram recebidos numa sessão
pública de boas vindas, que teve
lugar no Salão Nobre do Governo
Civil de Beja. Posteriormente, o seleccionador nacional e o presidente da FPF jantaram com representantes de algumas das instituições
da cidade e da região.
Tem início este sábado, 4, a edição
de 2006-2007 do campeonato da
2ª Divisão da Associação de Futebol de Beja (AFB). Ao todo, são 16
os emblemas que, separados em
duas séries de oito clubes cada,
vão tentar ocupar as quatro vagas
que dão acesso à segunda fase da
prova, onde depois se discute a
subida à 1ª Divisão Distrital.
A Série A arranca no domingo,
5, com o favoritismo a recair nos
históricos Cabeça Gorda e Aldenovense. O popular “Ferrobico”
retorna oficialmente ao escalão
secundário no reduto do Alvito,
enquanto o Aldenovense diante
do Bairro da Conceição.
Um dia antes, no sábado, tem
início a Série B, onde Santa Claraa-Nova e Renascente de São Teotónio são os principais candidatos
à subida. Os primeiros defrontam
em casa o Boavista, enquanto a
formação do Litoral Alentejano
recebe o Alvorada de Ervidel.
Em 2005-2006, o Salvadense
conquistou o título de campeão
distrital da 2ª Divisão, garantindo
igualmente a promoção ao campeonato maior da AFB, juntamente com o Milfontes.
A pista de atletismo do Complexo
Desportivo Fernando Mamede,
em Beja, recebe este sábado, 4, a
nona edição do Torneio de Outono em atletismo. A prova é promovida pela Associação de Atletismo
de Beja (AAB), com o apoio da
Câmara Municipal local, e é a primeira do calendário regional oficial nesta temporada 2006-2007.
Destinado a atletas federados ou
do Desporto Escolar, o Torneio
de Outono da AAB tem início às
15h00 e integra provas de lançamento do peso, lançamento do
dardo, salto em altura e salto em
comprimento, além de corridas
de 60, 300, 800 e 1000 metros.
no mínimo, vencermos”, sublinha
Simão.
À partida para esta 8ª jornada, o
FC Serpa ocupa uma incómoda 13ª
posição no campeonato. Um dado
que, ainda assim, não preocupa de
sobremaneira o seu técnico, que
avalia a prestação da equipa como
“normal”.
“É certo que podíamos ter mais
três ou quatro pontos. Temos falhado apenas nos pormenores, devido
à nossa falta de maturidade, mas
acredito plenamente que a equipa
vai crescer ainda mais”, conclui.
AGENDA
FUTEBOL | 8
Sábado, 04
Juniores | 2ª Div. Nacional > jornada 10
União de Montemor - Despertar [15h00]
Juniores | Camp. Distrital > jornada 1
Aljustrelense - FC Castrense [15h00]
Moura - Bairro da Conceição [15h00]
Ferreirense - Piense [15h00]
JORNADA | 7
Silves - Lusitano VRSA ....................................2-0
Amora - Campinense .....................................1-0
FC Ferreiras - Desportivo de Beja ....................1-2
At. Reguengos - Juventude de Évora ..............2-1
Almansilense - Cova da Piedade .....................2-4
Beira Mar MG - Vit. Setúbal B ........................3-2
Lusitano de Évora - Lagoa ..............................1-2
Descansou: FC Serpa
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
Lagoa
Juventude
FC Ferreiras
Cova da Piedade
Amora
Beira Mar MG
Almansilense
Desportivo Beja
Lusitano VRSA
At. Reguengos
Vit. Setúbal B
Campinense
FC Serpa
Silves
Lusitano Évora
Vasco da Gama
J
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M-S
12-6
12-6
11-5
12-8
6-4
7-4
14-10
6-7
6-9
8-11
6-10
5-10
4-9
6-10
5-11
0-0
P
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14
14
12
12
11
10
9
9
8
6
6
6
4
3
0
Próxima Jornada | 05.11.2006
Lusitano VRSA-Lusitano de Évora; Campinense-Silves;
Desportivo de Beja-Amora; Juventude de Évora-FC
Ferreiras; Cova da Piedade-FC Serpa; Vit. Setúbal
B-Almansilense e Lagoa-Beira Mar MG
Descansa: At. Reguengos
AF BEJA 1ª DIVISAO
Seniores | 2ª Div. Distrital
Série B > jornada 1
Santa Clara-a-Nova - Boavista [15h00]
Naverredondense - Sanluizense [15h00]
São Domingos - Messejanense [15h00]
Renascente - Alvorada [15h00]
JORNADA | 5 | 29-10-2006
FC São Marcos - Entradense ...........................2-1
Barrancos - Ferreirense ...................................1-4
Moura - Guadiana .........................................2-0
Salvadense - Odemirense ...............................2-1
Vasco da Gama - Piense .................................3-1
Mineiro Aljustrelense - Almodôvar..................4-0
Milfontes - FC Castrense ................................1-2
Domingo, 05
Iniciados | Camp. Nacional > jornada 8
Despertar - Imortal [11h00]
Olhanense - Sp. Cuba [11h00]
JORNADA | 6 | 01-11-2006
Entradense - Milfontes ...................................2-1
Ferreirense - FC São Marcos ...........................3-0
Guadiana - Barrancos.....................................0-3
Odemirense - Moura ......................................2-2
Piense - Salvadense ........................................3-1
Almodôvar - Vasco da Gama ..........................1-1
FC Castrense - Mineiro Aljustrelense ..............3-3
Juvenis | Camp. Nacional > jornada 7
Barreirense - Odemirense [10h30]
Seniores | 2ª Div. Distrital
Série A > jornada 1
Bairro da Conceição - Aldenovense [15h00]
Alvito - Cabeça Gorda [15h00]
Vale de Vargo - Ficalho [15h00]
Alfundão - Baleizão [15h00]
Seniores | 1ª Div. Distrital > jornada 7
Entradense - Ferreirense [15h00]
FC São Marcos - Guadiana [15h00]
Barrancos - Odemirense [15h00]
Moura - Piense [15h00]
Salvadense - Almodôvar [15h00]
Vasco da Gama - FC Castrense [15h00]
Milfontes - Aljustrelense [15h00]
Seniores | 3ª Div. Nacional
Série F > jornada 8
Desportivo de Beja - Amora [15h00]
Cova da Piedade - FC Serpa [15h00]
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FC São Marcos
Moura
FC Castrense
Vasco da Gama
Aljustrelense
Entradense
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Milfontes
Piense
Odemirense
Almodôvar
Barrancos
Guadiana
Salvadense
J
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5
M-S
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13
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10
10
8
7
7
5
4
4
3
7ª Jornada | 05.11.2006
Entradense-Ferreirense; FC São Marcos-Guadiana;
Barrancos-Odemirense; Moura-Piense; Salvadense-Almodôvar; Vasco da Gama-FC Castrense e Milfontes-Mineiro Aljustrelense
sexta-feira
2006.11.03
14
GUI’ ARTE
CULTURA • EXPOSIÇOES • ESPECTÁCULOS > teatro | cinema | música | tv | radio | video] • GENTES • MODA • SAÍDAS > festas | discotecas] • PRAZERES > viagens | restaurantes | livros] • SERVIÇOS> farmácias | telefones úteis ] • TEMPO
DANÇAS DE SALÃO EM ALJUSTREL
A Associação de Profissionais de Dança Desportiva, em cooperação com
a Câmara de Aljustrel, organiza no
sábado, 4, a nona eliminatória da Taça
de Portugal de Dança Desportiva.
FORÇA AÉREA FESTEJA EM BEJA
As comemorações do Dia da Força Aérea
em 2007 vão realizar-se na cidade de Beja.
A garantia foi dada pelo chefe do Estado-maior da Força Aérea, general Taveira
Martins.
GUIA CULTURAL
Gastronomia. Pratos de lebre, perdiz ou javali em toda a região
Sabores da caça
em 26 restaurantes
Até ao próximo domingo, em 10 concelhos
e 26 restaurantes do distrito de Beja, ainda há
oportunidade de experimentar os petiscos da
Semana Gastronómica da Caça.
S
abores “selvagens” de pratos
como “sauté” de javali com
cogumelos ou açorda de perdiz enriquecem até ao próximo
domingo as ementas de 26 restaurantes do distrito de Beja, durante
a Semana Gastronómica da Caça.
Em plena época venatória, a iniciativa, promovida pela Região de Turismo da Planície Dourada (RTPD),
envolve restaurantes de 10 dos 14
concelhos do distrito.
Beja e Mértola são os municípios com mais restaurantes aderentes, mas os acepipes podem
também ser degustados em Aljustrel, Almodôvar, Castro Verde, Ferreira do Alentejo, Moura, Ourique,
Serpa e Vidigueira.
O presidente da RTPD, Vítor
Silva, referiu que a Semana Gastronómica da Caça pretende “promover o património gastronómico
do Baixo Alentejo, potenciando a
qualidade da cozinha tradicional à
base de caça como factor diferenciador do turismo na região”.
Por outro lado, continuou, a
iniciativa pretende “sensibilizar
os empresários do sector para que
mantenham os tradicionais pratos
do receituário alentejano nos seus
menus”.
Os apreciadores de gastronomia
de caça vão poder saborear pratos à
base de perdiz, lebre, coelho, javali,
veado e pombo, confeccionados de
“mil e uma maneiras”, nomeadamente com cogumelos, castanhas
e ameixas ou acompanhados de
couve, feijão e grão.
Entre os manjares disponíveis
nos cardápios, os apreciadores têm
à sua disposição pratos mais convencionais, como o tradicional coelho frito ou lebre com grão, feijão
branco ou estufada.
Já os mais aventureiros em matéria de paladar, vão poder experimentar pratos menos convencionais, como açorda de perdiz ou de
lebre, “sauté” de javali com cogumelos e ameixas ou veado assado
com geleia.
“Além dos pratos cozinhados,
esta é também uma excelente ocasião para provar a doçaria, os vinhos e enchidos da região”, realçou
Vítor Silva.
Anualmente, a RTPD promove
também outras duas semanas gastronómicas, uma dedicada ao porco, em plena época das tradicionais matanças no Alentejo, e outra
à base de pratos de borrego, que se
realiza durante a Páscoa.
BTT POR TERRAS DE PIAS
A Casa do Povo de Pias promove
este domingo, 5, a primeira edição
do passeio em bicicletas todo-o-terreno (BTT) “Por Terras de Azeite e
Vinho”.
EXPOSIÇÕES | 7
ALJUSTREL
Biblioteca Municipal
Até 29 de Novembro
“Colecção Camoniana”
ALMODÔVAR
Galeria de Exposições da Praça
Até 7 de Dezembro
“Mina de São Domingos - Olhares Sobre
Um Lugar”, fotografias de António Cunha,
Helena Lousinha e Jean Pierre dos Santos
FERREIRA DO ALENTEJO
Museu Municipal
Até 30 de Novembro
“Meninos de Ontem e de Hoje
- Sonhos e Brincadeiras”
Posto de Turismo
Até 15 de Novembro
Exposição de Aguarelas de Ana Pereira
Capela de Santo António
Até 10 de Dezembro
Artes plásticas de Cristiana Ramos
MÉRTOLA
Convento de S. Francisco
Até 31 de Dezembro
“Arte Cinética de Christaan Zwannikken”
MOURA
Museu Municipal de Moura
Até 31 de Dezembro
“Artes e Ofícios Tradicionais”
ESPECTÁCULOS | 2
BEJA
Pax Júlia Teatro Municipal
Raices del Sul (Espanha)
Sexta | dia 3 | 21h30
Kilema (Madagáscar)
Sábado | dia 4 | 21h30
TEATRO | 1
BEJA
Pax Júlia Teatro Municipal
“A Última Geração de Krapp”
Quarta e quinta | dias 8 e 9 | 22h00
CINEMA | 8
A lebre é um dos produtos em destaque
Beja
Odemira
Almodôvar
Alentejo Elementar
na Casa da Cultura
Sonoridades
e sabores
Vaivém do Oceanário
deixa a vila este sábado
A Casa da Cultura de Beja mostra
a partir desta sexta-feira, 3, a exposição de fotografias “Alentejo Elementar”. A mostra pode ser vista
até dia 23 e junta trabalhos dos fotógrafos alentejanos António Carrapato, António Cunha, Augusto
Brázio, Bruno Portela, Céu Guarda, Edgar Martins, João Francisco
Vilhena, José Manuel Rodrigues,
Luís Pavão, Mariano Piçarra, Nuno
Cera e Rui Gaudêncio. “Alentejo
Elementar” é uma exposição onde
cada fotógrafo expõe a sua “visão”
sobre os quatro elementos que são
o “princípio de tudo e de todas as
coisas”. A estes juntaram um quinto elemento, o Homem, que “é
também a máquina, é também o
olhar, é também o instante retido”.
“Manter vivos” os gestos e tradições do concelho de Odemira é o
grande objectivo da “Sonoridades
& Sabores”, iniciativa conjunta da
Câmara de Odemira e da Associação de Desenvolvimento Local de
Amoreiras-Gare que se realiza ao
longo deste mês de Novembro. A
primeira sessão realiza-se este sábado, 4, a partir das 15h00, na Taberna do Gil (Moitinhas - Sabóia).
Ali se podem provar carne da banha, carapaus alimados ou galinha
de cabidela, enquanto se aprecia
o cante ao baldão e a música das
Gentes do Alto Mira. Seguem-se o
Café Porfírio, em Vale Ferro (11); o
Paraíso da Serra, em Corte Brique
(18); e o Café Poço Novo, em São
Martinho das Amoreiras (25).
O Vaivém do Oceanário de Lisboa está quase de partida de Almodôvar,
onde se encontra estacionado na Praça da República desde o passado
sábado, 28 de Outubro. O último dia de visitas é amanhã, sábado, 4, e
depois o Vaivém do Oceanário rumará a outro ponto do país.
Sendo uma espécie de Oceanário portátil, o vaivém é uma viatura
que se transforma numa sala onde os visitantes podem assistir a um
filme sobre o Oceanário e participar em várias actividades. Desta forma, miúdos e graúdos ficam a conhecer um pouco do maior aquário
de Portugal, numa “viagem” que tem também por objectivo sensibilizá-los para uma visita futura ao equipamento-mãe, situado no Parque das Nações, em Lisboa. Desde que foi lançado, a 8 de Junho de
ano passado, em Cascais, o vaivém
já foi visitado por mais de 25 mil
pessoas, passando pelos concelhos
de Setúbal, Grândola, Alcochete,
Beja, Sesimbra, Lisboa, Olhão, Santarém, Albufeira, Oeiras, Abrantes,
Guimarães, Vila Nova de Foz Côa,
Portimão, Covilhã, Marinha Grande,
Seia, Serpa e Santiago do Cacém.
ALMODÔVAR
Cine-Teatro Municipal
A Casa da Lagoa
Sexta | dia 3 | 21h30
BEJA
Pax Júlia Teatro Municipal
Águas Silenciosas
Segunda | dia 6 | 21h30
CASTRO VERDE
Cine-Teatro Municipal
O Mito
Sexta | dia 3 | 21h30
FERREIRA DO ALENTEJO
Cine-Teatro Municipal
Carros
Sexta a domingo | dias 3 e 5 | 21h30
MÉRTOLA
Cine-Teatro Marques Duque
Clique
Sexta | dia 3 | 21h00
MOURA
Cine-Teatro Caridade
A Casa da Lagoa
Sexta e domingo | dias 3 e 5 | 21h15
ODEMIRA
Cine-Teatro Camacho Costa
Um Homem na Cidade
Sexta | dia 3 | 21h30
SERPA
Cine-Teatro Municipal
Serpentes a Bordo
Sexta a domingo | dias 3 a 5 | 21h30
15
GUI’ ARTE
sexta-feira
2006.11.03
FARMÁCIAS
TEMPO
HOJE/SEXTA | 03
PREVISÃO NA REGIÃO DO ALENTEJO
Alcácer
do Sal
HOJE
Períodos de céu muito nublado. Possibilidade de ocorrência de aguaceiros. Pequena subida da temperatura
máxima.
Alvito Cuba
SÁBADO
Céu muito nublado. Condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros.
Descida das temperaturas.
Chuva
DOMINGO
Céu pouco nublado. Pequena subida
das temperaturas máximas.
Céu nublado
Vidigueira
Grândola
temperatura média prevista para hoje
Abertas
aguaceiros
Moura
Ferreira
do Alentejo
Barrancos
Santiago
do Cacém
BEJA
23
Sines
céu nublado
abertas
aguaceiros
Aljustrel
20º
13
céu limpo
Serpa
Ourique
Castro
Verde
céu muito
nublado
muito nublado
com abertas
Mértola
trovoadas
1m
Almôdovar
nevoeiro
LUA
nova
crescente
geada
20 Nov.
28 Nov.
ocaso
vento fraco
moderado
04h27
vento forte
nascente
nascente
cheia
06h57
16h15
5 Nov.
ocaso
17h34
minguante
12 Nov.
ondulação
<1m
Faro
21º
fonte: http//weather.msn.com
TELEVISAO
SEXTA
06:30
10:00
13:00
14:10
15:15
17:15
18:00
19:00
19:15
20:00
21:00
21:15
21:45
22:45
23:00
00:00
SÁBADO
02:00
02:15
04:00
07:00
10:00
11:00
12:00
12:30
13:00
14:15
15:45
16:30
17:30
19:00
19:15
20:00
21:00
21:15
23:15
01:45
02:00
DOMINGO
04:15
04:30
07:00
08:00
09:30
10:00
11:00
12:00
12:30
13:00
14:15
15:15
17:00
19:00
20:00
21:00
21:30
22:00
00:00
00:30
04:00
06:05
RÁDIO
FM
2:
Bom Dia Portugal
Praça da Alegria
Jornal da Tarde
Os Ricos Também Choram
Portugal no Coração
Lingo
Portugal em Directo
27.ª Moda Lisboa
O Preço Certo
Telejornal
Cuidado com a Língua
Câmara Café
Um Contra Todos
Contra-informação
O Caso de Sharon Tate
Sessão da Meia Noite
“Passageiro 57”
27.ª Moda Lisboa
Só Visto!
Televendas
14:00
15:30
16:00
16:30
17:20
17:45
18:30
19:05
19:30
20:40
21:00
21:50
22:00
22:30
23:20
00:15
Brinca Comigo
A Floresta Tropical
Um Mar com Vida
Destinos.pt
Camilo, O Pendura
Jornal da Tarde
Top +
Reencontro com o Passado
Na Terra dos Ricos
Sessão da Tarde
“A Aventura do Ouro
Perdido”
27.ª Moda Lisboa
O Preço Certo
Telejornal
A Voz do Cidadão
Dança Comigo
Sessão da Noite
“Um Crime Real”
27.ª Moda Lisboa
Última Sessão
“O Princípio da Incerteza”
A Hora da Sorte
Televendas
07:00
07:30
08:00
09:00
12:00
12:30
13:30
14:00
15:00
19:00
19:30
20:00
20:30
21:00
21:50
22:00
22:30
23:00
Brincar a Brincar
Brinca Comigo
O Homem dos Leões
Eucaristia Dominical
Viagens Extraordinárias
A Minha Sogra é uma Bruxa
Contra-informação
Jornal Da Tarde
Só Visto!
Invasão
Dança Comigo
Naufrágio ao Largo de
Moçambique
Telejornal
As Escolhas de Marcelo
Rebelo de Sousa
Gato Fedorento
Lotação Esgotada
“Doce Novembro”
Ela Por Ela
Última Sessão
“Loucos Pela Dança”
Televendas
Nós
90.0
Rádio
Vidigueira
92.6
01:00
01:55
02:55
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03:50
05:20
00:45
01:45
02:45
07:00
07:15
08:00
08:30
09:00
09:30
10:00
11:00
11:30
12:00
12:30
13:00
13:30
14:00
14:45
15:00
19:00
20:00
20:30
21:00
21:30
22:00
22:30
23:15
SIC
Sociedade Civil
A Alma e a Gente
Entre Nós
Euronews
National Geographic
Hora Discovery
A Fé dos Homens
Eurodeputados
Zig Zag
Dois Homens e Meio
Hora Discovery
A Hora da Sorte
Jornal 2:
Perto de Casa
Mundos
Noites da 2:
“O Tutor Estreia”
Universidades
Diga Lá Excelência
Eurodeputados
Vida Por Vida
Sociedade Civil
Euronews
07:05
09:00
09:55
13:00
14:10
14:50
15:40
17:25
19:00
20:00
21:15
21:30
22:15
23:15
00:35
Euronews
África 7 Dias
Notícias de Portugal
Universidade Aberta
Vida Por Vida
Câmara Clara
Bombordo
Parlamento
Desporto 2:
Couto & Coutadas
Vida de João
Kulto
Gato Fedorento
A Terceira Frente
A Hora da Sorte
Jornal 2:
Calma, Larry
Sala 2:
“Cidade de Deus”
Músicas
Scissor Sisters
- “Red Square Live”
Parlamento
Desporto 2:
07:00
08:20
10:05
10:35
10:55
11:55
13:00
14:00
15:00
Euronews
A Terceira Frente
Músicas de África
Áfric@global
Caminhos
70x7
Nós
Da Terra ao Mar
Consigo
Couto & Coutadas
Olhar o Mundo
Portugueses de Sucesso
National Geographic
Mundos
A Voz do Cidadão
Desporto 2:
Revolta dos Pastéis de Nata
Jovens Titãs
Futurama
Bombordo
A Alma e a Gente
Jornal 2:
Diga Lá Excelência
Britcom
92.8
TLA - Telefonia
Rádio Planície
Local de Aljustrel Moura
DOMINGO | 05
Aljustrel > Dias. T. 284 600 020
Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251
Beja > Oliveira Suc. T. 284 323 819
Ferreira do Alentejo > Salgado. T. 284 732 242
Mértola > Maktub. T. 286 612 820
Moura > Ferreira da Costa. T. 285 252 156
Odemira > Central. T. 283 322 183
Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485
Vidigueira > Luís A. da Costa. T. 284 434 129
mar calmo
PROVÉRBIO POPULAR SOBRE O TEMPO
“Cava fundo em Novembro para plantares em Janeiro.”
RTP1
SÁBADO | 04
Aljustrel > Dias. T. 284 600 020
Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251
Beja > Fonseca. T. 284 324 413
Ferreira do Alentejo > Salgado. T. 284 732 242
Mértola > Maktub. T. 286 612 820
Moura > Faria. T. 285 252 412
Odemira > Central. T. 283 322 183
Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485
Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274
chuva
Odemira
neve
SOL
Aljustrel > Dias. T. 284 600 020
Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251
Beja > J.A. Pacheco. T. 284 322 501
Ferreira do Alentejo > Salgado. T. 284 732 242
Mértola > Maktub. T. 286 612 820
Moura > Rodrigues. T. 285 252 266
Odemira > Central. T. 283 322 183
Serpa > Central. T. 284 549 107
Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274
02:45
TVI
SIC Kids
Floribella
Fátima
Primeiro Jornal
O Profeta
Laços de Família
Contacto
Floribella
Sinhá Moça
Jornal da Noite
Tcharan
Floribella
Cobras & Lagartos
Jura
Cinema:
“Kickboxer IV:
O Agressor“
Cinema
“A Caserna dos Calões”
CABO/SATÉLITE
07:00
10:00
10:05
13:00
14:00
15:45
17:00
18:00
20:00
21:15
21:30
22:30
23:30
00:45
03:15
04:15
Diário da Manhã
Separar vai Colar
Você na TV!
Jornal da Uma
Anjo Selvagem
Quem Quer Ganha
Clube Morangos
Morangos com Açúcar IV
Jornal Nacional
Euromilhões
Tempo de Viver
Doce Fugtiva
Fala-me de Amor
Fiel ou Infiel?
No Limite do Mal
TVI Negócios
SPORT TV:
Futebol de Praia
Campeonato do Mundo
12:40 EUA X Japão
14:00 Brasil X Polónia
15:20 Canadá X Irão
16:40 Espanha X França
20:30
01:00
Futebol - Liga Portuguesa
Belenenses X UD Leiria
Basquetebol - NBA
SA Spurs X C. Cavaliers
LUSOMUNDO PREMIUM
22:00 Madagáscar
LUSOMUNDO ACTION
23:20 Operação Flecha Quebrada
LUSOMUNDO HAPPY
22:55 Através da Noite
LUSOMUNDO GALLERY
21:00 Assédio
17:00
20:00
21:15
21:45
22:30
00:15
02:30
06:50
08:35
10:10
10:40
11:10
11:55
13:00
14:00
16:00
18:15
20:00
21:00
21:30
22:15
23:15
01:30
03:30
SIC Kids
Disney Kids
Witch
Power Rangers
Uma Aventura
O Nosso Mundo
Primeiro Jornal
Êxtase
Cinema
“A Bela e o Bandido”
Cinema:
“Relatório Minoritário”
Jornal da Noite
Exclusivo
Floribella
Cobras & Lagartos
Cinema:
“Caçadores de Mentes”
Cinema:
“Os Homens de Branco”
SIC KIds
Disney Kids
Bratz
Action Man
Uma Aventura
BBC Vida Selvagem
Primeiro Jornal
Cinema:
“Cadete Kelly”
Cinema:
“A Todo o Custo”
Cinema:
“O Barco do Amor”
Jornal da Noite
Reportagem SIC
Malucos do Riso
Aqui Não Há Quem Viva
Herman SIC
Cinema:
“A Outra Irmã”
Manobras de Diversão
93.0
Rádio Castrense
Castro Verde
101.4
Rádio Pax
Beja
07:00
07:30
07:55
08:15
08:45
10:00
11:30
12:15
13:00
14:00
17:00
20:00
21:15
23:15
00:15
02:30
03:30
07:00
07:30
08:00
08:30
08:45
11:00
12:30
13:00
14:00
15:00
17:45
18:00
20:00
21:15
00:00
02:00
03:45
04:15
Batatoon
Sitting Ducks
Dan Dare
Powerpuff Girls
Morangos Com Açúcar
O Bando dos Quatro
deLUXe
bwinLiga - Antevisão
Jornal da Uma
Canta por Mim
Filme a Designar
Jornal Nacional
bwinLiga
Jogo a Designar
Doce Fugitiva
Cinema:
“Paciente Misteriosa”
O Júri
No Limite do Mal
Batatoon
Sitting Ducks
Dan Dare
Powerpuff Girls
Morangos Com Açúcar
Eucaristia Dominical
Oitavo Dia
Jornal da Uma
Pedro, O Milionário
Filme a Designar
bwinLiga - Golos
Filme a Designar
Jornal Nacional
Canta por Mim
BwinLiga - a jornada,
os casos, o fórum
Filme:
“Um Dia a Casa Vem
Abaixo”
Will & Grace V
As Feiticeiras VIII
102.9
Maré Alta
V.N. Milfontes
SPORT TV:
12:45 Futebol - Premier League
Fulham X Everton
15:00 Futebol - Premier League
Man. United X Portsmouth
19:15 Futebol - Liga Portuguesa
Boavista FC X Desp. Aves
21:20 Futsal - Camp. Nacional
Pombal X Benfica
02:00 Boxe - Peso Meio Médio
F.Mayweather X C.Baldomir
LUSOMUNDO PREMIUM
22:00 Open Range
SEGUNDA | 06
Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181
Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254
Beja > Palma. T. 284 322 498
Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235
Mértola > Pancada. T. 286 612 176
Moura > Nataniel Pedro. T. 285 252 338
Odemira > Confiança. T. 283 300 010
Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485
Vidigueira > Luís A. da Costa. T. 284 434 129
TERÇA | 07
Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181
Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254
Beja > Central. T. 284 322 899
Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235
Mértola > Pancada. T. 286 612 176
Moura > Rodrigues. T. 285 252 266
Odemira > Confiança. T. 283 300 010
Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485
Vidigueira > Luís A. da Costa. T. 284 434 129
QUARTA | 08
Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181
Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254
Beja > Santos. T. 284 389 331
Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235
Mértola > Pancada. T. 286 612 176
Moura > Faria. T. 285 252 4123
Odemira > Confiança. T. 283 300 010
Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485
Vidigueira > Luís A. da Costa. T. 284 434 129
QUINTA | 02
Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181
Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254
Beja > J.A. Pacheco. T. 284 322 501
Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235
Mértola > Pancada. T. 286 612 176
Moura > Ferreira da Costa. T. 285 252 156
Odemira > Confiança. T. 283 300 010
Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485
Vidigueira > Luís A. da Costa. T. 284 434 129
LUSOMUNDO ACTION
18:05 Alerta Máximo
LUSOMUNDO HAPPY
10:00 Batman - O Invencível
URGÊNCIAS
LUSOMUNDO GALLERY
11:00 Horizonte Perdido
Polícia de Segurança Pública
AXN
14:50
22:25
Emergência Social
Um Pai à Maneira
Mar de Chamas
SPORT TV:
11:40 Futebol de Praia
Campeonato do Mundo
França Canadá
13:30 Futebol - Premier League
West Ham X Arsenal
15:35 Basquetebol - Liga Port.
Benfica X Queluz
LUSOMUNDO PREMIUM
13:35 Team América
LUSOMUNDO ACTION
14:45 Kickboxer 3
LUSOMUNDO HAPPY
19:10 Mesmo Debaixo do Nariz
LUSOMUNDO GALLERY
19:25 Alerta Nuclear
AXN
14:50
18:30
22:25
00:50
104.0
Rádio Singa
Ferr. Alentejo
Fantasmas do Passado
Corações Roubados
A Máscara de Zorro
A Flecha e a Rosa
104.5
Voz da
Planície - Beja
112
114
117
144
Protecção à floresta
Emergência Social
SEGURANÇA
Bombeiros
t. 284 311 660
GNR - BT
t. 284 324 428
OUTROS
Centro de Saúde de Beja > Rua António
Sardinha // tel: 284 329 706
Centro Regional de Segurança Social
> Serviço Sub-regional de Beja | Rua Prof.
Bento de Jesus Caraça. 25 Beja. //
tel 284 312 700
Táxis > tel: 284 322474
Instituto Politécnico de Beja > Rua de
Santo António, n.º 1 - A //
tel: 284 314 400
Posto de Turismo >Rua Cap. João Francisco de Sousa, n.º 25 //
Tel:284 320 281
Polícia de Segurança Pública (PSP) >
Largo D. Nuno Álvares Pereira. //
tel: 284 322022
Protecção Civil > Rua D. Nuno Álvares
Pereira. // tel. 284 320 340
MÍNIMA
MÁXIMA
SEXTA 03.11.2006
22
14
TEMPO PARA HOJE. Períodos de céu muito nublado. Possibilidade de ocorrência de aguaceiros. Pequena subida da temperatura máxima. pág. 22
p.02 REGIÃO > Baixo Alentejo • p.05 CONTRA_FACTOS • p.06 ANÁLISES & OPINIÃO • p.08 DINHEIRO & NEGÒCIOS • p.11 VIDA ACTUAL > Sociedade • p.13 CORREIO DESPORTIVO • p.14 GUI’ARTE • suplemento INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA
pub.
SUGERE...
SEXTA-FEIRA [21H30]
MÚSICAS DO SUL EM BEJA
O grupo espanhol “Raíces del
Sur” sobe ao palco do Pax Julia
no âmbito do Festival “Músicas
do Sul”.
Francisco Orelha PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE CUBA [pág.11]
“
Esta estátua da polémica vai ser origem de debate e de mais investigação nos meios académicos em torno da naturalidade do descobridor
das Américas [Cristóvão Colon]
SEXTA-FEIRA. [21H00]
O PERFUMISTA EM FERREIRA
Joaquim Figueira Mestre
apresenta o seu novo livro O
Perfumista na biblioteca de
Ferreira do Alentejo.
Concertos. Festival “Músicas do Sul” com sons de Espanha e África
Óbito
Beja ouve sons do Sul
no palco do Teatro Pax Julia
Manuel Geraldo
faleceu esta semana
“Músicas do Sul”
“inundam” durante
três dias o palco do
Teatro Pax Julia.
O espectáculo “La Frágua”, no qual
um guitarrista, dois cantadores e
três bailarinos dão som, voz e corpo às artes do flamenco tradicional,
marca um ciclo dedicado às músicas
do Sul, que começou esta quintafeira em Beja.
O ciclo “Músicas do Sul”, que dura
até este sábado no Teatro Municipal
Pax Julia, inclui três espectáculos, um
por noite, sempre a partir das 21h30,
que exploram sons do Sul, como o
flamenco e os ritmos africanos.
O ciclo arrancou ontem com o estilo afro-pop da banda do guineense
Alex Ikot Batua, misturando ritmos
africanos, como o bangambé, sabar,
cacha, dundumba e bikutsí, com
melodias e arranjos de jazz e flamenco.
Hoje, sexta-feira, á a vez do grupo
espanhol “Raíces del Sur” subir ao
palco do Pax Julia, com o espectáculo “La Frágua”, que conta com um
guitarrista, dois cantadores e três
bailarinos.
Os intérpretes dão som, voz e corpo
às várias artes do flamenco tradicional, como a guitarra, o cajón, o canto, a frágua e o baile.
O espectáculo desenvolve-se à volta
de uma frágua (forja), com um cantador, representando um ferreiro no
seu árduo trabalho, a interpretar o
chamado “cante hondo flamenco”,
o canto profundo da arte flamenca
“sem aditivos”.
Além do “cante hondo”, que se caracteriza por ser extremamente ortodoxo e alheio às inovações e fusões,
o espectáculo inclui ritmos mais
festivos, como as alegrias, tangos e
bulerías interpretadas pela guitarra
que acompanha as vozes e os bailes
Ensino Superior
sudoku
grau de dificuldade > MÉDIO
8
1
7
3
6
2
9
4
5
5
6
2
9
4
1
3
8
7
3
4
9
5
7
8
6
2
1
pub.
7
8
4
6
1
3
2
5
9
7
2 3 9 8 1
7
5 3
1 8
8
2
3 6
6 3
7
4 8
5
1
9
3
2
8
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7
6
1
7 2
3
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2
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3
6
4
2
5
6
4
3
7
1
9
8
9 8
solução
INSTRUÇÕES DO JOGO
Completar a grelha (de 9
quadrados) com 81 casas
dispostas em 9 colunas
alinhando as mesma com
os números de 1 a 9,
sem que repita nenhum
número em cada coluna
nem em cada quadrado.
9
7
1
8
2
6
5
3
4
6
4
3
8
1
5
9
7
6
2
9
flamencos.
No último dia deste ciclo temático,
sábado, a música africana volta a
soar no Pax Julia, desta vez pela voz
de Kilema, considerado o “embaixador” da tradição e cultura musical da
ilha de Madagáscar.
Originário da cidade de Toliary, na
zona Sudoeste de Madagáscar, Kilema mantém os vínculos com as músicas ancestrais originárias daquela
ilha africana, interpretando músicas
à base de instrumentos autóctones
como o Kabosy (bandolina) e o Katsá. Além dos espectáculos, o programa desta iniciativa inclui ainda uma
oficina de Flamenco, que vai decorrer sexta-feira e sábado.
IPB “inaugura”
novo ano lectivo
A cerimónia solene de comemoração do Dia do Instituto
Politécnico de Beja (IPB) realiza-se na próxima terça-feira, 7,
a partir das 14h30, no auditório
dos Serviços Comuns, marcando a abertura oficial do novo
ano lectivo. Na sessão vão discursar o presidente do IPB, José
Luís Ramalho, o presidente da
Escola Superior de Educação,
Vito Carioca, e um representante dos estudantes.
Nesta edição, a propósito do
arranque do ano lectivo, o “CA”
publica um caderno de oito páginas sobre o IPB.
E AINDA...
O jornalista e escritor Manuel
Geraldo, de 63 anos, nascido na
Salvada, morreu terça-feira, 31,
em Lisboa, vítima de doença prolongada. O corpo foi velado na
Capela Mortuária de Santa Joana
Princesa e o funeral seguiu para
o cemitério do Alto de S. João, em
Lisboa. Manuel Geraldo tinha
quase quatro décadas de carreira
como jornalista. O seu percurso
iniciou-se no “Diário de Lisboa”,
tendo passado pelo “Tal & Qual”,
“Câmbio 16” (Espanha), “Revista
Alentejana”, “Almanaque Alentejano” e “Diário do Alentejo”.
Como escritor, publicou vários
livros, a maioria dos quais ligados
ao Alentejo e à defesa da cultura
regional alentejana. À família
enlutada o “CA” manifesta o seu
mais sentido pesar.
ACIDENTE GRAVE NO IP 2. Uma
pessoa morreu e três ficaram feridas
num choque entre três automóveis
que ocorreu terça-feira, dia 31 de
manhã no IP 2, perto de Entradas.
A morte do condutor de um dos
veículos envolvidos foi atestada no
local por elementos da viatura médica de emergência e reanimação
(VMER) do INEM. Além da vítima
mortal, a colisão provocou também
três feridos ligeiros. O choque
envolvendo os três veículos ligeiros
ocorreu cerca das 07h25, numa
altura com intenso nevoeiro.
CONFERÊNCIA EM ALJUSTREL.
O Clube Aljustrelense recebe
este sábado, a partir das 17h30,
a conferência “José Couso: Um
crime de Guerra – A Ocupação do
Iraque”, do espanhol Javier Couso.
A iniciativa conta com o apoio do
Centro de Cultura Anarquista Gonçalves Correia e vai centrar-se no
“assassinato” pelo exército dos EUA
do repórter de imagem espanhol
José Couso, a 8 de Abril de 2003 na
cidade de Bagdad.
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VIATURAS USADAS
PARA VENDA
Mazda B2500 4x4 Free-Style 3L c/ AC - Cx. Metálica - Serviço . 03/2006
Mazda B2500 4x4 Cab Dup. Active AC Cx. Met. c/11.000Km.... 10/2005
Mazda B2500 4x4 Cab. Dupla c/AC - Cx.Metálica - c/7.600Km . 10/2005
Mazda 6 SW MZR-CD 2.0 Sport - Serviço/Poucos Km ............ 10/2005
Mazda 3 HB MZ-CD 1.6 Exclusive - Diesel - Cinzento ............. 03/2005
Mazda 3 HB MZ-CD 1.6 Exclusive - Diesel - Cinzento ............. 03/2005
Mazda B2500 4x4 Free-Style 3L - Cx. Madeira ...................... 09/2003
Mazda B2500 4x4 Free-Style 3L c/ AC - Cx. Madeira .............. 06/2003
Mazda B2500 4x4 3L - Cx. Madeira ..................................... 11/2002
Mazda B2500 4x4 Cab. Dupla c/ AC - Cx. Metálica c/ Hard Top .. 01/2001
Mazda MX-5 1.6 I Verde c/ cap. lona e estofos T. preto............ 07/2002
Mazda B2500 4x4 Cab. Dupla c/ AC - Cx. Madeira (stand J.Faias) .. 09/2001
Mazda 323 S 1.6 GT c/ AC .................................................. 09/2001
Mazda B2500 4x4 Cab. Dupla - Cx. Madeira............................ 09/1999
Mazda 323 S 1.5 GLX ........................................................ 12/1998
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