P.05 MOVIMENTO BAAL 21 pub. “O PS isolou-se” acusa Francisco Pacheco semanário regional // ÀS SEXTAS // 2006.11.03 DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 1 // N 31 Ensino Superior. Suplemento de oito páginas sobre o IPB // € 0,70 [IVA INCLUÍDO] Moura ELVAS PRESS Politécnico de Beja trava perda de alunos José Sócrates elogia projecto da central solar O primeiro-ministro, José Sócrates, classificou segunda-feira a aposta da empresa espanhola Acciona na energia solar em Portugal como um dos exemplos da confiança dos investidores estrangeiros na economia nacional. “Nos últimos seis meses, a economia portuguesa recuperou e este investimento, tal como outros que se fizeram e anunciaram neste período, vem demonstrar a confiança dos investidores estrangeiros na economia portuguesa”, declarou. As declarações do chefe do Governo foram proferidas depois do lançamento simbólico da primeira pedra da fábrica de painéis fotovoltaicos de Moura. Presidente do Instituto Politécnico de Beja confirma que, pela primeira vez nos últimos anos, a instituição vai ter mais alunos. Entrada de maiores de 23 anos dá uma ajuda mas não é decisiva nesta recuperação. P. 02 | BAIXO ALENTEJO JOSÉ TOMÉ MÁXIMO pub. O Instituto Politécnico de Beja (IPB) vai inverter no novo ano lectivo a progressiva perda de alunos que tem vindo a registar. As previsões do Ministério da Ciência e do Ensino Superior apontavam para a entrada de 718 novos alunos no primeiro ano e 2.775 na globalidade. Dados recolhidos pelo “Corpub. reio Alentejo” mostram que neste momento, feitas as colocações da primeira e segunda fases do concurso nacional de acesso, já entraram 730 alunos para o primeiro ano, estando matriculados um total de 2.874 nas quatro escolas do IPB – Agrária, Superior de Educação, Superior de Saúde e ESTIG. Mas este processo não está concluído, uma vez que decorre ainda a terceira fase. Depois de terminada esta última etapa as vagas sobrantes serão para os maiores de 23 anos, existindo 78 matriculados em condições de entrar no IPB. | CADERNO IPB - SUPLEMENTO sexta-feira 2006.11.03 02 REGIÃO BAIXO ALENTEJO ALJUSTREL • ALMODÔVAR • ALVITO • BARRANCOS • BEJA • CASTRO VERDE • CUBA • FERREIRA DO ALENTEJO • MÉRTOLA • MOURA • ODEMIRA • OURIQUE • SERPA • VIDIGUEIRA 115 NOVOS POSTOS DE TRABALHO A unidade fabril de Moura tem uma incorporação de valor nacional superior a 50 por cento e irá criar 115 postos de trabalho permanente, a maioria dos quais na produção. “Ninguém investe 250 milhões de euros se não tiver confiança no país”. José Sócrates Primeiro-ministro BP SOLAR ASSEGURA LABORATÓRIO O projecto envolve ainda a construção de um laboratório de referência para a energia fotovoltaica e outras renováveis, cujo funcionamento será assegurado durante três anos pela BP Solar. Investimento. Projecto da fábrica de painéis fotovoltaicos vai criar 115 novos postos de trabalho Sócrates elogia central de Moura Primeiro-ministro participou segundafeira no lançamento simbólico da primeira pedra da fábrica de painéis fotovoltaicos de Moura. Espanhóis da Acciona investem na Margem Esquerda 10 milhões de euros e vão ter uma facturação anual superior a 62,5 milhões. ELVAS PRESS O primeiro-ministro, José Sócrates, classificou segundafeira a aposta da empresa espanhola Acciona na energia solar em Portugal como um dos exemplos da confiança dos investidores estrangeiros na economia nacional. “Nos últimos seis meses, a economia portuguesa recuperou e este investimento, tal como outros que se fizeram e anunciaram neste período, vem demonstrar a confiança dos investidores estrangeiros na economia portuguesa”, disse. As declarações do chefe do Governo foram proferidas depois do lançamento simbólico da primeira pedra da fábrica de painéis fotovoltaicos de Moura. Acompanhado pelo ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, o primeiro-ministro garantiu que a confiança dos investidores estrangeiros tem “boas razões” de existir, devido aos “sinais evidentes” do início da recuperação económica. “Ninguém investe 250 milhões de euros senão tiver confiança no país. Nos últimos seis meses, a economia portuguesa tem dado sinais evidentes de começar a recuperar, de inverter um ciclo marcado por momentos difíceis, mas agora abrem-se novas perspectivas com mais optimismo para o futuro”, afirmou. A fábrica de painéis fotovoltaicos de Moura, que começou a ser Primeiro-ministro e ministro da Economia assistiram ao lançamento do projecto de Moura, acompanhados pelo autarca José Maria Pós-de-Mina construída e que deverá entrar em funcionamento até ao final do próximo ano, implica um investimento de 10 milhões de euros e vai ter uma facturação anual superior a 62,5 milhões de euros. A fábrica, cuja construção é da responsabilidade da Acciona, líder no mercado espanhol das energias renováveis que vai adquirir a totalidade do capital da Amper Solar, terá uma capacidade de produção anual de 25 megawatts (MW). A unidade fabril, que vai utilizar tecnologia de ponta, tem uma incorporação de valor nacional superior a 50 por cento e irá criar 115 postos de trabalho permanentes, a maioria dos quais na produção. Numa primeira fase vai construir painéis solares para a central de Moura, que será a maior a nível mundial, com uma capacidade instalada de 62 MW, mas a partir de 2009, quando terminar a construção da central, terá uma grande capacidade de exportação. Prevê-se ainda que a nova fábrica seja um factor de atracção para investimentos adicionais no local de outros componentes fotovoltaicos como inversores, controladores de carga e fusíveis. A fábrica está intimamente ligada ao projecto da construção da maior central fotovoltaica do mundo, a instalar na Amaraleja, com um investimento de 250 milhões de euros. A central será constituída por 350 mil painéis solares que vão permitir produzir 88 gigawatts/hora (GWh) de energia eléctrica por ano. Esta produção permite evitar a NÚMEROS 250. Milhões de euros é o volume de investimento para construção em Moura da maior central fotovoltaica do mundo. 62,5 Milhões de euros é o valor estimado para a facturação anual da fábrica de painéis fotovoltaicos. 10. Milhões de euros é o volume de investimento que vai ser feito na nova unidade de produção de painéis. emissão para a atmosfera de 60 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano. Toda a produção eléctrica da central de Moura, que irá criar 130 postos de trabalho entre a fase de construção e exploração, será injectada na rede. O projecto envolve ainda a construção de um laboratório de referência para a energia fotovoltaica e outras renováveis, cujo funcionamento será assegurado durante três anos pela BP Solar. O laboratório estará disponível para projectos e programas de universidades e instituições de investigação científica nacionais e estrangeiras, prevendo-se a sua cooperação e o estabelecimento parcerias com os principais laboratórios europeus e mundiais. REGIÃO BAIXO ALENTEJO Beja 03 sexta-feira 2006.11.03 Ambiente. Medida para compensar impactos da auto-estrada do Sul Hospital melhora condições de aquecimento e ventilação Almodôvar Beja Trânsito da vila com novas regras PS satisfeito com o Governo A Câmara de Almodôvar aprovou o projecto para o novo regulamento de trânsito da vila. O documento entra brevemente em fase de audiência pública, estando por isso disponível para consulta na secretaria da autarquia. O Município garante ser sua “tarefa prioritária o ordenamento do trânsito com vista ao desenvolvimento harmonioso da malha urbana da vila”. Nesse sentido, a Câmara de Almodôvar espera a participação de todos os munícipes no documento, até para “promover uma clara definição do fluxo de tráfego urbano, cuja finalidade visa permitir, não só uma maior fluidez, como também a diminuição de alguns impactos negativos ao nível do ambiente”. A Federação do Baixo Alentejo (FBA) do PS revelou em comunicado o seu “agrado” pela visita do primeiro-ministro a Moura, onde assistiu ao lançamento da primeira pedra da futura fábrica de painéis fotovoltaicos, que irá depois fornecer a maior central solar do mundo, a instalar na freguesia da Amareleja. “Graças à acção do Governo PS, este importante projecto económico e ambiental vai concretizar-se na nossa região”, sublinha a nota socialista, garantindo de seguida que o Governo socialista e José Sócrates continuam “a privilegiar positivamente o Baixo Alentejo, na sequência do que já tinha feito para a reabertura das Minas de Aljustrel e para o acelerar do Empreendimento do Alqueva”. Beja Comércio tradicional organiza sorteio de carro A Associação Comercial do Distrito de Beja e as Caixas de Crédito Agrícola de Beja e Mértola, Guadiana Interior e Ferreira do Alentejo celebraram na passada segunda-feira, 30 de Outubro, um protocolo que visa o sorteio periódico de um automóvel e vales de compras. Nesse sentido, no âmbito da campanha “O futuro da região está nas nossas mãos – Compre no comércio tradicional”, por cada 50 euros de compras realizadas nos estabelecimentos aderentes ao concurso, os consumidores vão receber uma senha numerada, que será posteriormente sorteada. O primeiro prémio do concurso é um carro da marca alemã BMW, enquanto os restantes prémios são vales de desconto no comércio tradicional. Em declarações à Rádio Pax, o director adjunto da Caixa de Crédito Agrícola de Beja e Mértola, Francisco Correia, revelou que a adesão da instituição à iniciativa se deve à sua preocupação com as actividades da região, “especialmente o comércio”. JOSÉ TOMÉ MÁXIMO Tiveram início esta quinta-feira, 2, as obras de instalação de um mais adequado sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC) no serviço de Urgência do Hospital José Joaquim Fernandes, de Beja. Em nota de imprensa, o conselho de administração do hospital explica que “o novo sistema AVAC pretende melhorar a qualidade de filtragem do ar daquele espaço, elevando o conforto térmico”, estimando um período de quatro meses para a conclusão da intervenção. As obras vão decorrer de forma faseada, o que não deixará de provocar “alguns constrangimentos” ao normal funcionamento das Urgências. Nesse sentido, serão feitas algumas adaptações de espaços, entre as quais se destaca a passagem da sala de observações para uma enfermaria de seis camas no primeiro piso do hospital. ZPE de Castro Verde deverá ser ampliada Decisão é medida compensatória do impacte ambiental provocado pela auto-estrada do Sul na Zona de Protecção Especial (ZPE). Ministério do Ambiente assume a medida na sequência da condenação decidida pelo Tribunal de Justiça Europeu. O Ministério do Ambiente deverá alargar a Zona de Protecção Especial (ZPE) de Castro Verde, para compensar o impacte ambiental da construção da A2 que foi motivo de uma condenação do Tribunal de Justiça Europeu. O projecto de alargamento da ZPE, que está a ser elaborado pelo Instituto da Conservação da Natureza (ICN), foi pedido pelo Ministério do Ambiente para ser apresentado à Comissão Europeia como uma medida compensatória do impacte ambiental na ZPE por causa da construção da auto-estrada do Sul (A2). “O projecto de alargamento está a ser elaborado pelo ICN e, depois de analisado pelo Ministério do Ambiente, vai ser apresentado à Comissão Europeia como uma medida minimizadora do impacto ambiental causado na ZPE” de Castro Verde, disse à agência Lusa fonte do Ministério do Ambiente. Recorde-se que o Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias deu provimento a uma queixa apresentada pela Comissão Europeia ao condenar o Estado português por violação de normas ambientais na escolha do traçado da A2. O acórdão do Tribunal sedeado no Luxemburgo considera que o Estado português não cumpriu as obrigações relativas à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens, ao dar execução a um projecto de auto-estrada cujo traçado atravessa a ZPE de Castro Verde, apesar de um estudo de impacto ambiental negativo. O caso foi levado a tribunal na sequência de uma queixa apresentada em 2000 por três associações ambientalistas – Liga para a Protecção da Natureza (LPN), Quercus e Geota –, que defenderam existirem alternativas à execução de um troço de cerca de 10 quilómetros no interior da ZPE de Castro Verde, assim classificada devido aos habitats de aves selvagens. O Tribunal de Justiça salientou, no acórdão, que a República Portuguesa deu execução à obra sem ter demonstrado a inexistência de soluções alternativas ao referido traçado e, no momento em que autorizaram o projecto, “não podia legitimamente considerar que estava isento de efeitos prejudiciais para a integridade da zona”. As associações ambientalistas LPN e Quercus congratularam-se pela condenação do Estado português mas lamentaram a demora na decisão. “As decisões dos tribunais, muitas vezes, tardam, mas chegam, dando-nos razão quanto à apresentação das queixas por violação de normas ambientais”, argumentou Rita Alcazar, da Liga para a Protecção da Natureza (LPN). José Paulo Martins, responsável pelo núcleo de Beja e Évora da Quercus, também saudou a decisão do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, mas lembrou que a decisão surge “seis anos” após a apresentação da queixa. “A decisão do tribunal dá-nos razão em termos avançado com a queixa e o Estado não pode argumentar, como pretendeu, que não houve impactos, porque essa não é a forma correcta de actuar”, frisou. O projecto de construção da A2, que liga Lisboa ao Algarve, foi adjudicado em 1997 à sociedade Brisa, que, em relação ao sublanço da auto-estrada em causa, elaborou um projecto de traçado atravessando a parte ocidental da ZPE de Castro Verde, tendo em 2000 o secretário de Estado do Ambiente autorizado a execução da obra. O sublanço da auto-estrada A2 de Aljustrel a Castro Verde foi aberto à circulação em Julho de 2001, numa altura em que já estava em curso um processo de infracção aberto pela Comissão na sequência da queixa apresentada pelas associações ambientalistas. sexta-feira 2006.11.03 04 REGIÃO BAIXO ALENTEJO Saúde. Mértola pode receber prémio internacional Autarquias ONU selecciona projecto mertolense Câmara de Aljustrel consulta populações Unidade Móvel Médico-Social de Mértola está entre finalistas para receber um prémio de boas práticas atribuído pela ONU. É a primeira vez que uma candidatura portuguesa consegue chegar à final deste prémio internacional. A unidade móvel médico-social de Mértola está entre os finalistas a um prémio internacional de boas práticas atribuído pelas Nações Unidas (ONU), tornando-se a primeira candidatura portuguesa a conseguir chegar à última fase de escolha. O presidente do município, Jorge Pulido Valente, explicou que a unidade foi seleccionada para o grupo de 48 finalistas candidatos ao prémio internacional Dubai/ONU Habitat de “Melhores Práticas para Melhoria das Condições de Vida”. A unidade, adquirida pela autarquia em 2002, consiste numa carrinha com mobiliário e equipamento médico, vocacionada para a prestação de cuidados médicos de enfermagem e assistência social. A escolha surge depois de a autarquia ter candidatado, em Maio, a unidade móvel àquele prémio, que visa distinguir projectos inovadores fruto de parcerias públicas e privadas que contribuam para melhorar a qualidade de vida das populações em termos sociais, culturais, económicos e ambientais. De acordo com o autarca, dos 609 projectos de todo o mundo que se candidataram à edição deste ano do prémio, 31 foram considerados não elegíveis, 116 como “Práticas Promissoras”, 336 como “Boas Práticas” e 126 como “As Melhores Prá- ticas”. Foi de entre este último grupo que saiu a lista de 48 projectos finalistas, na qual se inclui a unidade móvel médico-social de Mértola. Destes finalistas serão premiados 12 projectos, dez como “Melhores Práticas” e dois como “Melhores Práticas em Transferência”, que irão receber, no total, 360 mil dólares (mais de 282 mil euros), repartidos em partes iguais. O anúncio da decisão final e a entrega dos prémios está agendada para 22 de Novembro, durante a reunião do Comité Técnico da Agenda Habitat, a realizar na cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. “Independentemente do resultado final, o facto de a unidade estar entre os finalistas já significa que a ONU a reconheceu como uma boa prática”, salientou Jorge Pulido Valente, acrescentando que “esta é a primeira vez que uma candidatura portuguesa consegue chegar à final”. Por outro lado, continuou, a unidade vai passar a constar da Base de Dados de Boas Práticas gerida pela ONU, juntando-se assim aos 2.100 projectos de 140 países que já se candidataram ao prémio, deste que foi atribuído pela primeira vez, em 1996. De acordo com o autarca, “o carácter percursor do trabalho da unidade reside na assistência social e nos cuidados de saúde preventiva prestados à população idosa, que vive nas freguesias dispersas e isoladas do concelho”. A população idosa e as famílias mais desfavorecidas do concelho são os principais destinatários da unidade móvel, nomeadamente no acompanhamento de situações de problemática social, como a solidão, e no controlo e prevenção de doenças. A unidade identifica factores de risco e elabora estratégias de prevenção, tendo já promovido 29 campanhas e acções de sensibilização. Entre estes trabalhos, contam-se as campanhas de vacinação antigripe, controlo de diabetes, colesterol e obesidade e as acções de sensibilização sobre higiene oral, cancros da pele e da mama, automedicação, acidentes domésticos e tabagismo. A equipa é constituída por um enfermeiro, um assistente social, um psicólogo e um animador social, que trabalham em articulação com técnicos da autarquia e do centro de saúde. Nos últimos quatro anos, a unidade atendeu mais de 5.400 pessoas, percorreu quase 58.000 quilómetros, distância que, de acordo com a autarquia, “é mais do que suficiente para dar a volta à Terra pelo Equador”. O prémio “Melhores Práticas para Melhoria das Condições de Vida”, com periodicidade bianual, foi lançado pela ONU em 1996, de acordo com o definido na “Declaração do Dubai”, assinada em Novembro de 1995. A Câmara Municipal de Aljustrel inicia na próxima quarta-feira, 8, um processo de auscultação popular tendo em vista a elaboração e aprovação de documentos onde se inscrevam as acções e os projectos da autarquia a curto, médio e longo prazo. A primeira sessão pública vai realizar-se na sede da Junta da Freguesia de Ervidel, seguindo-se Messejana (dia 9), Rio de Moinhos (dia 14), São João de Negrilhos (dia 15) e Aljustrel (dia 16). Em nota de imprensa, a autarquia da vila das minas explica que “democracia local não é apenas votar-se de quatro em quatro anos, mas sim exercer permanentemente o direito e o dever de participar activamente na vida da colectividade a que se pertence”. Por isso mesmo, acrescenta o comunicado da Câmara de Aljustrel, “para além da participação directa nas reuniões, os munícipes poderão ainda contribuir [para o processo] através do preenchimento de um questionário que será oportunamente distribuído”. Saúde Concurso José Soeiro faz pergunta BD compete em Odemira O deputado do PCP eleito pelo distrito de Beja pretende saber, através do Ministério da Saúde, que medidas vai o Governo adoptar “para garantir à população do concelho de Mértola os cuidados de saúde a que tem direito”. As preocupações de José Soeiro surgem na sequência da redução do horário de funcionamento do Centro de Saúde da vila-museu, que fecha agora às 18h00 depois da saída de um dos médicos. Em requerimento apresentado na Assembleia da República esta semana, Soeiro quer saber de que forma “vai ser reforçado o corpo clínico do Centro de Saúde de Mértola” e também se o Governo pretende “rever o horário de funcionamento do Centro de Saúde”. A Câmara de Odemira está a promover um concurso de banda desenhada (BD). A iniciativa tem por objectivo “promover este género de arte junto da população” e insere-se no projecto “BDTeca”, que entre os meses de Novembro e Janeiro de 2007 vai levar até ao município várias actividades associadas ao mundo da BD. Aberto a todas as pessoas com idade igual ou superior a 16 anos, o concurso decorre até 2 de Dezembro e os trabalhos são de tema livre. O vencedor do concurso receberá um prémio de 200 euros. Ainda no âmbito do projecto “BDTeca”, a Biblioteca de Odemira recebe até Janeiro uma feira de livros, um workshop de BD para crianças e jovens e uma exposição. Sinistralidade Jovem residente em Beja morre na estrada da Salvada Um morto e cinco feridos, dois dos quais em estado grave, todos menores, é o resultado de um despiste de um veículo ocorrido na madrugada do último sábado, próximo de Beja, na estrada que liga a cidade à Salvada. A vítima mortal é um jovem de 15 anos que, segundo fonte do Hospital Distrital de Beja, morreu naquela unidade de saúde. A fonte hospitalar indicou ainda que os dois feridos em estado grave, de 15 e 16 anos, foram transferidos para o Hospital de S. José, em Lisboa, enquanto os três feridos ligeiros tiveram alta. Segundo a fonte da Brigada de Trânsito, no veículo ligeiro de passageiros viajavam seis rapazes, entre os 17 e os 15 anos. O condutor, de 17 anos, não tinha carta de condução, e o acidente ocorreu cerca das 02h00, na Estrada Municipal 511, entre Beja e Salvada. Um grupo de seis amigos de Beja, todos menores, levou sem consentimento o potente BMW do pai de um deles a uma festa “rave” na Salvada. Por volta das 02h00 de sábado (dia 28), no regresso a casa, a viatura despistou-se tendo morrido um jovem com 15 anos. 05 CONTRA FACTOS sexta-feira 2006.11.03 • CONTRA FACTOS É UM ESPAÇO DE ENTREVISTA COM EDIÇÃO NO “CORREIO ALENTEJO” E EMISSÃO NA RÁDIO PAX À QUINTA-FEIRA DAS 18 ÀS 19H00 [a entrevista é retransmitida nas rádios Castrense e Singa] Administrador-delegado da Associação de Municípios, porta-voz do Movimento BAAL 21 e director do “Diário do Alentejo”, Francisco Pacheco acredita que há muito por reivindicar na região do Baixo Alentejo FRANCISCO PACHECO NOME COMPLETO: Francisco Maria do Ó Pacheco IDADE: 55 anos NATURALIDADE: Sines PERCURSO: Presidente da Câmara de Sines (76/97); Administrador-delegado da Associação de Municípios de Beja desde 1998 CARGO: Administrador-delegado da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral “O PS isolou-se” ANTÓNIO JOSÉ BRITO FRANCISCO PALMA CARVALHO (RÁDIO PAX) Francisco do Ó Pacheco considera que o PS “isolou-se” no processo de criação do Movimento BAAL 21. Em entrevista ao “CA” e Rádio Pax, o porta-voz do movimento lamenta essa decisão, vê coincidência entre as propostas do PCP e do Governo no que diz respeito a uma região polinucleada, e garante que a Associação de Municípios não está apagada. O BAAL 21 é um movimento que reage em função da ameaça do desaparecimento de serviços ou do atraso de projectos na cidade de Beja. Essa acção vai prosseguir no futuro? Creio que, essencialmente, um movimento cívico deste tipo é intemporal e não é simpático para o poder. São sempre antipáticos. Neste contexto, o movimento deverá pressionar as decisões políticas que entende serem necessárias. Se ficarmos à espera das decisões elas demoram décadas. O melhor é não ficar à espera e lutar para que sejam tomadas. Um movimento deste tipo tem de ser sempre reivindicativo e intemporal. Um eventual abandono do movimento por parte de entidades como a ACOS, o NERBE ou o Instituto Politécnico não põe em causa a sua existência? Mas admite que há fragilidades no BAAL 21? Estamos a trabalhar com esse cuidado. Quando à partida uma força político-partidária tentou fazer a identificação do movimento com outra força político-partidária, o que não nos parece nada justo, é preciso ter muito cuidado. Este movimento está preocupado com o seu território e vai agir em função do seu território. Claro. O movimento começou há dois meses e logo à partida teve adversários de peso que tentaram dar-lhe rótulos para o diminuir e tornar mais frágil. A ausência do PS e de largas franjas do PSD não tornou fraco o movimento? Vejamos o movimento pelas entidades que o compõem e não pela presença ou ausência de partidos. O BAAL 21 pode reunir dentro de si próprio um conjunto de entidades cuja menor preocupação é a sua identificação político-partidária. E cuja maior preocupação é a própria região que está a servir. Quanto a mim as posições do Partido Socialista foram extremamente injustas. Essencialmente o PS identifica o movimento como algo que irá confrontar-se e denegrir as políticas do poder central. O PS alega que as principais bandeiras do movimento – o aeroporto e as direcções regionais – não fazem sentido porque são processos em desenvolvimento? Temos é muito receio que as coisas possam não acontecer na realidade. Essa preocupação tem de estar permanentemente em cima da mesa. Temos de agir quando a interligação do triângulo é cada vez mais estilhaçada e as ligações de Sines ao aeroporto de Beja e do IP8 a Espanha têm menos consistência e cada vez mais recuos. Por outro lado o movimento procura afirmar que não queremos continuar a viver neste processo de recessão e de mágoa contínuas. Mas objectivamente como é que comenta a atitude do PS? Formalmente o PS continuará a dizer que o movimento é contra o PS e que não se revê nessa situação. Tenho a certeza que muita gente ligada ao PS continuará a apoiar o movimento. Para mim o PS isolou-se. O PCP reivindicou, no quadro da regionalização, a criação de uma região Alentejo. Hoje apela para a importância de Beja. Não há aqui uma contradição? Não creio que haja. Aliás, tenho a certeza que não há nenhuma contradição. Não tenho a ideia que o Alentejo tenha de ser Évora e o resto paisagem. O PCP, no quadro da regionalização, reclamou uma região polinucleada. Essa é a intenção actual do secretário de Estado Eduardo Cabrita. Há aí uma sintonia entre o governante e o PCP? Sem dúvida nenhuma. O PS de Beja é que ainda não ultrapassou esta ideia de dois Alentejos. Mas isso é mais que provável. Será um Alentejo polinucleado, com poder de decisão nas várias sub-regiões que tem. Há alguma estratégia definida para dar dimensão ao BAAL 21? Na última reunião foi afirmado que o movimento deveria caminhar para angariação de personalidades, que poderão aderir individualmente. Este processo vai passar para as câmaras municipais e juntas de freguesia, que irão fazer os convites. Este movimento não apagou a Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (AMBAAL)? A AMBAAL é uma associação de municípios e, enquanto tal, promoverá e realizará o que os municípios entenderem. Não devemos estar preocupados com perdas. Estou convencido que o movimento trará mais ganhos à região, porque são ganhos de outro tipo. São ganhos do processo de desenvolvimento global para a região. Por que é que a AMBAAL não tomou qualquer posição sobre a nova Lei das Fianças Locais? Não teve ainda uma reunião. Os municípios da AMBAAL participaram no congresso dos municípios, têm tomado posições sozinhos. A Associação Nacional de Municípios já tomou posição sobre o assunto. Um homem, muitas causas Francisco do Ó Pacheco acumula várias funções. É administrador-delegado da Associação de Municípios, porta-voz do Movimento BAAL 21, presidente da Assembleia Municipal de Sines e director do “Diário do Alentejo”. O autarca até aceita que é “muito cargo para um homem só”, mas ressalva que consegue “conciliar com muito trabalho e algum sacrifício”. A juntar a tudo isto, também gosta de escrever e, neste momento, tem prontos mais dois livros. Um deles deverá sair no final de Novembro. Chama-se Crónicas de Beja e reúne crónicas publicadas na imprensa e na rádio. O outro é um livro de poemas, cujo título é Alentejo salgado e doce. Porquê? “Para dar a ideia que o Alentejo também é salgado porque tem mar e doce porque tem interior”. sexta-feira 2006.11.03 06 ANÁLISES & OPINIÃO EDITORIAL • COMENTÁRIOS • DEBATES • BLOGS • RECORTES DA IMPRENSA RECORTES FRASES FEITAS Fatalidade? “[Acho que o primeiroministro tem sido corajoso] pelas mesmas razões que toda a gente acha. É óbvio. Vamos ver é se vai continuar a ser assim.” António Lobo Antunes in “Público” 29.10.2006 O despovoamento é o mais grave problema que afecta o Alentejo. Em média a região vê partir quase duas dezenas de pessoas por dia. Essencialmente jovens sem trabalho, obrigados a procurarem nas grandes cidades do litoral uma forma de sustento. É um drama terrível que está na base de uma cadeia de outros problemas, que a EDITORIAL nosso ver só terão resolução quando for invertida esta tendência de ANTÓNIO JOSÉ BRITO desertificação humana. Esta fatalidade alentejana é, Era bom que o Goafinal, uma adversidade de todo o interior do país. E contudo não verno, com coragem houve até agora um Governo ca- e determinação, assupaz e com coragem para imprimir políticas com a objectividade e misse como desígnio o pragmatismo necessários para estratégico da sua incombater uma realidade que gera quadros muito complexos nas tervenção a luta congrandes cidades, fruto dessa des- tra o despovoamento localização do interior, que obriga a construir pontes e túneis, pro- do interior português. move a especulação imobiliária e O litoral também o desordenamento do território, acentua a degradação social e até agradecia. a marginalidade e a insegurança das pessoas. Mesmo perante este quadro, nenhum Governo, que se saiba, apontou como prioridade no seu programa de acção, uma intervenção consequente para travar o despovoamento do interior e estimular a deslocalização ao contrário – do litoral para o interior. Alguns estudos sobre o assunto demonstram que a luta contra a desertificação do interior está no desenvolvimento das cidades médias, como Beja, “através de um investimento público que faça uma discriminação positiva, em nome da coesão nacional”. E desvendam, como se fosse um mistério, que a qualidade de vida no interior é cada vez mais uma realidade. Posto isto, era bom que o Governo, com coragem e determinação, assumisse como desígnio estratégico da sua intervenção a luta contra o despovoamento do interior português. O litoral também agradecia. Jornal regional semanário editado em Beja Director: António José Brito Editor: Carlos Pinto Redacção: Luís Lourenço, Paulo Nobre, José Tomé Máximo (fotografia) Paginação: Pedro Moreira Infografia: I+G - www.imaisg.com Secretariado: Ruben Figueira Ramos Colaboradores Permanentes: Cláudia Gonçalves e Napoleão Mira Colunistas: António Revez, Carlos Monteverde, João Espinho, Jorge Serafim, Miguel Rêgo, Paulo Barriga, Rodeia Machado, Rui Sousa Santos, Sandra Serra e Vítor Encarnação Projecto Gráfico: Sérgio Braga – Atelier I+G Departamento Comercial: Fernando Cotovio [967 818 953] Redacção, administração e publicidade Rua Dr. Diogo Castro e Brito, 6 – 7800-498 Beja Tel. 284 329 400 | 284 329 401 Fax 284 329 402 | e-mail: [email protected] Propriedade: JOTA CBS – Comunicação e Imagem Lda. - NIF 503 039 640 Depósito Legal nº 240930/06 Registo ICS: 124.893 Tiragem semanal: 3.000 exemplares Impressão: Gráfica Funchalense “O Governo começou bem em quase tudo, embora com uma tendência para flexibilizar o Estado de direito, o que não foi um bom sinal. Criou um estilo de decisão e de informação e depois viciou-se nele. Quase todos os membros do Governo quiseram parecer-se com José Sócrates.” “E que tal José Sócrates fazer uma remodelaçãozita e criar uma nova pasta ministerial nomeando Manuel Pinho ministro da Farsa? É que Manuel Pinho pode não ter jeito nenhum para ministro da Economia mas que tem um talento fora do comum para a farsa lá isso tem”. Medeiros Ferreira José Soeiro in “DN” 31.10.2006 in “Diário do Alentejo” 27.10.2006 ponto cardeal tradutor-correspondente* JOÃO ESPINHO* [email protected] 1. Oposições e boda cigana Na minha anterior crónica, a que dei o título de “Um ano cheio de nada!” (Correio Alentejo Nº 28 – 13/10/2006), tentei abordar a actuação do executivo da Câmara Municipal de Beja no primeiro ano do mandato iniciado em Outubro de 2005. Gostaria agora de aflorar o papel da oposição durante este período, tarefa que poderá apresentar algumas dificuldades pois nem sempre é fácil escrever em causa própria, pelo que tentarei, de forma mais ou menos autónoma, analisar o exercício da oposição ao actual executivo. Começo por afirmar que foi acertada a decisão dos quantro vereadores (três do PS e um do PSD) em não aceitar pelouros. A CDU foi a força maioritária e deverá ser ela a governar os destinos do concelho. Mas com algumas limitações, como adiante se verá. Questiona-se que papel deverão ter os vereadores da oposição. Julgo que, em primeiro lugar, serão “fiscalizadores” da actividade do executivo e, simultaneamente, geradores de debate sobre as propostas que o município local pretenda levar a cabo. E aqui a oposição tem dois caminhos a seguir: ou faz oposição por antecipação ou fá-la por reacção. Quer isto dizer que, ou é a própria oposição a marcar o compasso da governação ou, em alternativa, ir a reboque das decisões camarárias. Este papel não é fácil de desempenhar, pois a regularidade quinzenal das reuniões camarárias e os próprios assuntos que aí são tratados não dão margem de manobra para que a oposição possa “brilhar”. Acredito que os vereadores da oposição desconheçam a maior parte do que se vai passando na Câmara e que algumas das acções desta só cheguem ao seu conhecimento através da comunicação social. Para além disso, a oposição não actua em bloco, PS e PSD não têm estratégias comuns, se é que algum destes partidos tem uma estratégia enquanto força opositora à CDU na Câmara Municipal de Beja e as recentes queixas que lhes ouvimos cairão – se não caíram já – em saco roto. A acção opositora ao executivo comunista não existiu durante este primeiro ano de mandato e foi, não se duvide, na Assembleia Municipal (AM) que se assistiu ao exercício de contraposição, quer pelas intervenções de munícipes, quer pelos representantes do PS e do PSD. Só que a aritmética não falha: a CDU detém a maioria absoluta na AM e qualquer proposta ou diploma do executivo verão sempre luz verde neste órgão, pelo que a oposição será, só, um processo de boas intenções e pouco mais. Perguntarão, pois, alguns leitores (e eleitores): o que é que fazem os vereadores da oposição? A resposta caberá aos próprios vereadores – de que desconhecemos a maior parte das iniciativas – mas, na minha óptica, eles deveriam fazer isso mesmo: oposição ao executivo, reprovando aquilo que considerassem inútil ou preju- “ Os ciganos têm direitos, mas não nos obriguem a abdicar dos nossos em nome de uma falsa política de inclusão social. dicial para o desenvolvimento da região e, simultaneamente, fazendo aprovar as propostas que tenham em vista o bem estar dos munícipes. Só que, como referi, a oposição não tem uma estratégia comum. Apesar da aritmética nos dizer que a oposição é maioritária. Será, pois, com redobrado interesse que verei qual o posicionamento de PS e PSD na elaboração do Orçamento para 2007 e que propostas serão avançadas por estes dois partidos para constarem no Plano de Actividades para o próximo ano. Diz-me a experiência que algumas das sugestões da oposição serão aceites, de forma a permitir que os documentos sejam aprovados em sede de executivo, mesmo que as garantias da sua execução não passem de mais uma promessa. Tem sido assim e assim vai continuar a ser. O exercício de oposição em executivos tricolores não é faina fácil, principalmente quando se navega sem um rumo determinado e sem uma estratégia concertada. Se um dia PS e PSD compreenderem a força dos votos que recebem nas urnas talvez a cidade e a região conheçam um novo rumo. E a oposição também. 2 – A boda cigana, que teve lugar no parque de estacionamento da piscina coberta, deixou perplexos muitos bejenses, que não compreendem as razões que levaram a autarquia a autorizar a utilização daquele espaço para uma festa que, sabia-se à partida, iria originar atritos e insegurança. Sabemos do bom acolhimento que a política de inclusão social – principalmente quando se trate de indivíduos de etnia cigana – tem por parte dos sucessivos executivos comunistas na Câmara Municipal de Beja. Conhecemos tudo o que tem sido feito – facilidades para a venda de artigos falsificados, habitação a custo zero – para que a comunidade cigana se integre na sociedade. Há, porém, uma questão a que os nossos doutos técnicos não conseguem responder: têm os ciganos vontade de se incluir numa sociedade que não respeitam e que não comunga dos seus interesses culturais? Muitas mais perguntas se poderiam colocar, mas falar sobre a etnia cigana é quase um tabu que, normalmente, provoca o lado hipócrita daqueles que se escudam nas acusações de racismo e xenofobia aos que arriscam abordar o assunto. É verdade que também os ciganos têm direitos, mas não nos obriguem a abdicar dos nossos em nome de uma falsa política de inclusão social. 07 ANÁLISES & OPINIÃO opinião sul suave presidente da concelhia de Castro Verde do PS* LEANDRO GONÇALVES* sexta-feira 2006.11.03 *contador de histórias Da propaganda à realidade JORGE SERAFIM* A inda com forma de proposta, o Orçamento de Estado para 2007 tem o condão de, já nesta fase, desmentir muito do que se disse acerca da nova Proposta de Lei das Finanças Locais. Das milionárias perdas entretanto propagandeadas, chegamos à conclusão (os documentos são públicos) de que existe apenas um concelho (Beja), no nosso distrito, que vê as suas verbas reduzidas por via das transferências do Estado para os municípios. Uma redução de 2,5%, que só acontece porque sobe, e muito, na cobrança de impostos, sobretudo IMI. Mas o inverso também é verdade. No distrito de Beja existe um concelho (Odemira) que vê crescer a verba a transferir pelo Estado em 2007. Todos os outros concelhos mantêm as verbas transferidas pelo Estado. Quer isto dizer que um primeiro argumento utilizado em Castro Verde já caiu. A transferência de verbas prevista no Orçamento de Estado de 2006 para o município de Castro Verde era de 5.406.874 euros. Em 2007 a proposta de Orçamento de Estado aponta para uma verba de…5.406.874 euros. Facilmente se percebe que, o que verdadeiramente está em causa [com a Lei das Finanças Locais] são os critérios de distribuição de verbas e fiscalização orçamental dos municípios. São estas novas regras que ditam que os autarcas CDU se mostrem contra uma lei que concretiza uma velha aspiração que dizem ser sua, a de uma maior autonomia. Mais, leva estes mesmos autarcas a colocar na gaveta um conceito que tantas vezes repetiram. O conceito de solidariedade e do combate às assimetrias regionais. O princípio pelo qual pugna a actual proposta de Lei das Finanças Locais tem em mira o combate às práticas de sub e sobreorçamentação. Uma das maiores virtudes desta proposta de lei é a de “obrigar” os municípios a uma gestão mais rigorosa, impedindo, por exemplo, que se gaste rios de dinheiro em publicidade em lutas políticas, deixando por fazer intervenções essenciais ao bem estar das populações, como o são a melhoria da rede de distribuição de água aos munícipes e a melhoria de qualidade dessa mesma água. É deixar por fazer uma infra-estrutura que permita a instalação de novas iniciativas empresariais, ou que discipline aquelas que já existem nos concelhos, mas que, manifestamente, começam já a colidir com o bem-estar das populações. Nem as cinzas deixou “ Facilmente se percebe que, o que verdadeiramente está em causa [com a Lei das Finanças Locais] são os critérios de distribuição de verbas e fiscalização orçamental dos municípios CORREIO LEITOR CARTAS | E.MAIL Eleitos e tecnocratas Foi com agrado que li a coluna “Sul Suave” da autoria do dr. Miguel Rego, arqueólogo. Na verdade o ataque desencadeado pelo PS ao aparelho autárquico é inédito e conduzirá muitas autarquias do interior a um sufoco financeiro enorme. Com o atraso na avaliação da propriedade rústica, com a crescente desertificação humana e física, muitos concelhos estarão condenados. E claro, com eles uma casta de políticos, assessores e juristas que de há uns anos a esta parte se têm mantido um pouco por todo o país, na órbita dos municípios, aproveitando alguma iliteracia de muitos autarcas. Muitos destes assessores de vários tipos, surgem como o técnico necessário, no momento certo, e claro, acabam por também beneficiar do voto popular sem que a este algum dia tenham sido sujeitos. Aqui, no Alentejo, o caso ainda é mais rocambolesco. Dependentes do poder dos autarcas, verificando a flutuação do eleitorado, deitam os princípios, se é que algum dia os tiveram, para trás das costas e pragmaticamente, como é devido nos tempos que correm, saltam de município em município, de opinião em opinião, sem se darem conta que a verticalidade de posições permite descortinar a verticalidade do pensamento. Por isso, e sem querer atingir ninguém em especial, acredito mais num mau autarca eleito que num bom tecnocrata de convite. Acredito mais em pessoas genuínas e sem experiência que em gente que muda de vestimenta conforme muda o espectro político. Os pragmáticos têm o seu lugar na vida, resta saber se a forma como a vivem deixa algum legado positivo em termos éticos. Mário Dias Guerreiro Almodôvar Museu do Relógio Sou natural de Espinho e todos os anos no Verão aproveito e, com a família, vamos passear pelo interior de Portugal. Há cinco anos visitei Serpa pela primeira vez e este ano voltou a fazer parte do nosso roteiro. Adorámos reviver Serpa e conseguimos ver o desenvolvimento nas suas ruas remodeladas e nas iniciativas culturais que decorriam. Os meus sinceros parabéns. Mas o que me leva também a escrever é que há cinco anos, quando visitámos o Museu do Relógio, onde ficámos sem palavras com tão extraordinária colecção, simpatia e profissionalismo dos seus guias. Só ficámos foi “desapontados” na altura por o museu estar a atravessar uma fase financeira difícil, visto não ter qualquer apoio. Pensei para mim que o Ministério da Cultura, ou evidentemente a autarquia, não deixariam um museu tão ímpar fechar ou ser vendido para outra cidade ou pais. O que é verdade é que este ano, por “exigência” do meu marido e do meu filho, voltámos a visitar o Museu do Relógio, o qual notámos que tinha um espólio ainda mais interessante. Em harmonia com outras pessoas que no mesmo momento visitavam o museu confirmou-se que cada vez mais o museu era reconhecido em todo o país, pois todos nós já tínhamos lido ou ouvido algo na comunicação social. No entanto, todos nós ficámos indignados por este continuar a ser uma “luta privada” do fundador do museu, que sem qualquer apoio ou reconhecimento por parte das entidades competentes vai “lutando” para manter o museu aberto e que consiga atrair mais visitantes a Serpa, como nós o éramos. (…) Não estará na hora de reconhecerem e/ou apoiarem tão notável iniciativa que nos dias de hoje deverá ser certamente um dos ex-libris de Serpa? Cristina Amorim Marques Carta recebida por e-mail Faz um ano que decorreu no corrente mês o primeiro e único Festival do Amor. Longínquo Outubro que foi para não voltar a ser. Tal como as cartas de Mariana a Chamilly, revela-se a impossibilidade de coexistir em partilha, o amor. Neste caso, o amor à cidade. As instituições não se gramam. Os agentes culturais não se querem. O público apetece-lhe às vezes, outras nem tanto e às vezes nadinha. O festival poderia ser um motor para um evento que a consolidar projectaria a cidade fora-portas. Lá isso poderia. Que durante os dias em que decorreria mexeria com o precário tecido económico da cidade (alojamentos, restauração, centro histórico, etc…) lá isso mexeria. Que poderia projectar artistas locais e não só para outras paragens, para outras experiências, lá isso poderia. Mas acima de tudo, que tudo servisse para uma séria reflexão sobre o sentido do amor e seus amares nos tempos que correm (tempos em que a predominância da imagem nos exila para uma apatia generalizada). Um reencontro do homem consigo mesmo. Como que abrir do baú da memória, a palavra utopia, a palavra tolerância, a palavra amigo, a palavra fraterna, a palavra ouvir… E tantas outras que vêm coladas a esta infinita palavra que silabicamente ousa terminar em mar, AMAR. Espaço infinito que apetece navegar. Embora alguma da programação não tenha merecido o meu parecer favorável, pois fazer de cabeça de cartaz num evento desta natureza – não esquecer que o motivo são as Lettres Portugaises – strips, perninhas ao léu e outras rebaldarias, *é projectar o amor onde ele exactamente acaba (palavras que ouvi a um reputado poeta da cidade), há que reconhecer que haveria matéria para crescer solidamente e inclusive embarcar nesta aventura, seria valorizar os seus como nunca. O amor no cante alentejano, os baladeiros, os artistas plásticos, os poetas, os fadistas, etc… Passado um ano, da entidade, a Região de Turismo Planície Dourada, que apoiou energicamente a realização da fugaz efeméride, nem uma explicação à cidade. Assim se fez, assim ficou. Nem água vem nem água vai. Nada. Tanta televisão, tanto reclame, tanta aparição mediática e afinal, o amor ardeu, não se viu e pelos vistos, nem as cinzas deixou. P.s. Presto a minha homenagem ao meu querido amigo Francisco Sobral. Um percurso de quem sabe calcorrear caminho. Belíssimo fadista. Actor, a destacar entre outros, o musical “Amália”, interpretou apenas 1007 vezes o espectáculo. 1007!!! Por parte da comunicação social local nem uma entrevista mereceu. Prantos em casa, milagres à parte. sexta-feira 2006.11.03 08 DINHEIRO & NEGÓCIOS ECONOMIA • BOLSAS • COTAÇÕES • EMPRESAS • SECTORES COMERCIAIS • DÚVIDAS FISCAIS • MARCAS • OPORTUNIDADES • AGENDA • OPINIÕES POSITIVO O lançamento da primeira pedra do projecto da fábrica de painéis fotovoltaicos é um excelente indicador para a economia do Baixo Alentejo e do país. NO NEGATIVO A descarga de clínquer do navio “Samhohn Captain” para o Porto de Sines causou problemas ambientais graves. Uma situação lamentável. NÚMERO 250. Milhões de euros é o valor do projecto global associado à Central Fotovoltaica de Moura. O NEGÓCIO O Ministério da Agricultura vai vender todos os imóveis, incluindo herdades, que não são fundamentais para o desempenho das suas funções, revelou o ministro da tutela. O processo de venda será concretizado pela Parpública. Ambiente. Ambientalistas da Greenpeace percorreram o rio até ao mar Montado Rio Guadiana está melhor em Portugal Sobreiros com alta mortalidade Greenpeace viajou pelo rio, de Espanha até à foz, e concluiu que o troço português está “melhor conservado” do que para lá da fronteira. A organização ambientalista Greenpeace reconheceu que o troço português do Rio Guadiana está “melhor conservado” do que o espanhol, apesar de sofrer os “efeitos nocivos” da construção da barragem de Alqueva, como o desaparecimento de espécies. De acordo com Júlio Barea, responsável pela campanha de Águas da Greenpeace, “o tamanho e o impacto da represa (Alqueva) alteraram o bom estado de conservação do rio”, que havia permanecido “quase virgem” até 2002, quando foram fechadas as comportas da barragem alentejana. As denúncias da Greenpeace foram feitas, em Mértola, no decorrer de uma descida do Guadiana que a organização ecologista realizou entre os dias 23 e 27 de Outubro. Ao descer o rio, os ambientalistas pretendiam denunciar as agressões que o Guadiana enfrenta, chamando a atenção para a má qualidade das águas, “em breve inutilizáveis, tanto para abastecimento, como para rega ou usos industriais”. A Greenpeace denuncia os “efei- tos nocivos” da barragem de Alqueva no Guadiana, como o desaparecimento de espécies, o aumento da contaminação salina e a eutrofização (níveis de oxigénio reduzidos) das águas e a perda de caudal. De acordo com Júlio Barea, as barragens do Guadiana, entre as quais se destaca Alqueva, serão responsáveis pelo desaparecimento de espécies como a lampreia, a enguia e o sável. “O muro de 100 metros de Alqueva, torna impossível para estas espécies subirem o curso do rio e continuarem com a sua vida dupla (no mar, como o seu habitat natural, e no rio, para se reproduzirem e desovarem)”, explicou. Além da perda de biodiversidade, a Greenpeace revela também que, desde o encerramento das comportas em 2002, os níveis de salinidade das águas do Guadiana aumentou, sendo já “praticamente permanente na zona do Pomarão” (Mértola). “A excessiva regulação do Guadiana, da qual Alqueva é o último episódio, faz com que o cunho salino, que antes só chegava a Alcou- tim, provoque uma perda importante da qualidade da água (que deixará de poder ser utilizada para abastecimento e rega)”, denuncia Júlio Barea. O aumento da salinidade da água do rio, que o ambientalista considera “mais um agente contaminante”, irá conduzir à extinção de peixes de água doce incompatíveis com estas novas condições, que terá como consequência “o desaparecimento da actividade piscatória”. A redução drástica de sedimentos transportados pelo rio também preocupa os ambientalistas, que, vaticinam, “é previsível que provoque impactos consideráveis, tanto nas zonas ribeirinhas como na foz do Guadiana e nas praias da Huelva”. Lembrando que o troço português do Guadiana servia de “depurador natural” das águas poluentes provenientes de Espanha, Júlio Barea explicou que o fecho das comportas de Alqueva veio interromper este processo. “Actualmente, a barragem acumula todos os poluentes trazidos pelo rio”, lamentou, acrescentando que, a curto prazo, Alqueva “passará a fazer parte da lista de 10 barragens já eutrofizadas do Guadiana, na parte espanhola. O desaparecimento das subidas naturais do rio e a contínua dimi- nuição do seu caudal (cerca de 70 por cento nos últimos 30 anos), são outros dos factos da poluição das águas. O tamanho da barragem do Alqueva, o maior lago artificial da Europa com cerca de 250 quilómetros quadrados, permite ainda prever, segundo o ambientalista, uma “perda substancial” do caudal do rio. “As condições climatéricas aliadas à extensa massa de água fazem com que a evaporação do lago se aproxime dos 200 hectómetros cúbicos por ano, o equivalente ao que uma população de três milhões de pessoas consumiria no mesmo período de tempo”, precisou. Além dos impactos de Alqueva, a organização ambientalista realça ainda as descargas residuais de explorações mineiras e dos municípios ribeirinhos, como Moura, Serpa, Castro Verde e Mértola, a introdução de espécies exóticas como sendo “outros problemas” do troço português do Guadiana. Apesar disto, salientam os ambientalistas, as orlas e a vegetação ribeirinha encontram-se “bem preservadas”, devido ao modelo de desenvolvimento sustentável da zona que inclui medidas de conservação como a protecção das margens, a criação do Parque Natural do Vale Guadiana e de Zonas Especiais de Protecção Ambiental (ZEPA). A mortalidade dos sobreiros pode atingir anualmente um valor próximo de um por cento da produção portuguesa por hectare, apontam dados relativos ao montado na Charneca de Montargil, divulgados durante uma visita do secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Rui Gonçalves. As declarações foram feitas uma visita à Herdade dos Leitões, em Montargil , uma região responsável por 25 por cento da produção portuguesa e mais de 13 por cento da produção mundial de cortiça. Na ocasião, especialistas que acompanharam a visita indicaram que apesar de ainda não estar terminado o estudo que quantifica a extensão do problema da mortalidade dos sobreiros a nível nacional, os dados referentes ao montado na Charneca de Montargil apontam para um valor próximo de um por cento por hectare por ano. Para o secretário de Estado, é necessária uma aposta na revalorização social do montado. Rui Gonçalves reconheceu que o resultado obtido pelo grupo de trabalho que estudou o problema do declínio do montado, não produziu o efeito desejado. Cadastro Prédios rústicos informatizados O Governo anunciou que vai informatizar a partir de 2007 o cadastro dos 12 milhões de prédios rústicos do país para permitir um melhor ordenamento do território e a cobrança de taxas municipais nesses imóveis. O secretário de Estado da Administração Local, Eduardo Cabrita, afirmou que, para permitir a informatização do cadastro, os serviços fiscais irão contar com o apoio das Juntas de Freguesia, que poderão esclarecer dúvidas e identificar os proprietários. Com a regularização do cadastro, será possível depois instituir uma taxa municipal mais adequada sobre esses terrenos, que pagam agora uma média de 50 cêntimos por ano de imposto. Esta regularização “só pode ser feita com uma grande cooperação das freguesias”, que vão “ajudar a administração fiscal a inserir a informação correcta “no sistema informático”. No Fórum Autárquico organizado em Alcanena, o secretário de Estado esclareceu que esta medida vai beneficiar as próprias juntas que receberão 50 por cento das receitas dos impostos municipais sobre esses mesmos prédios rústicos. DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO NÚMERO 31 DO JORNAL SEMANÁRIO CORREIO ALENTEJO | SEXTA-FEIRA | 2006.11.03 Cooperação Empresas Vasco da Gama é ponte para a região IPB estimula atitude dos empreendedores Ensino Superior. Está aberto um “novo ciclo” com o início do ano lectivo 2006/2007 Número de alunos volta a crescer no IPB Presidente do Instituto Politécnico de Beja confirma que, pela primeira vez nos últimos anos, a instituição vai ter mais alunos. Entrada de maiores de 23 anos dá uma ajuda mas não é decisiva nesta recuperação. Presidência. Acção Social. Competitividade. IPB tem mais bolseiros Maiores de 23 anos são responsabilidade acrescida O número de estudante bolseiros no Instituto Politécnico de Beja (IPB) em 2006-2007 deve superar as oito centenas. Quem o admite é o administrador-geral dos Serviços de Acção Social (SAS) do instituto, sustentando-se no facto do número de candidaturas a benefícios sociais neste início de ano lectivo ter aumentado significativamente. Em 2005-2006, os SAS do IPB atribuíram 787 bolsas de estudo, mas este ano o número de alunos beneficiários da acção social deve chegar aos 830. OTIC ajuda empresas a serem competitivas sexta-feira 2006.11.03 02 CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA Acção Social. Em 2006/2007 devem ser concedidas mais de 800 bolsas de estudo IPB tem mais bolseiros Administrador-geral dos Serviços de Acção Social do Politécnico justifica aumento de alunos bolseiros com as dificuldades das famílias. Novo modelo de acção social O administrador-geral dos SAS sublinha a necessidade de se definirem novas “orientações estratégicas” para a acção social, defendendo uma tese que considera mesmo ser “politicamente incorrecta”, apesar de praticada em vários países da Europa, e que na prática passa pelo Estado financiar os estudos dos alunos carenciados, que depois pagariam, sem juros, o valor despendido quando entrassem no mercado de trabalho. “Esta postura ajudar-nos-ia a que os estudantes bolseiros pudessem aplicar-se de uma forma diferente”, explica Manuel Pedro Gonçalves, vincando a necessidade de se “moralizar e tornar mais responsável” o actual sistema. “É esse o grande desafio e nos últimos anos foram dados passos muito significativos nesse sentido. Obviamente que a acção social não é para dar lucro ao Estado, mas deve haver ponderação, disciplina, rigor e ordem”, conclui. Manuel Pedro Gonçalves garante que sem o apoio das bolsas de estudo muitos jovens não poderiam concluir a sua formação. O número de estudante bolseiros no Instituto Politécnico de Beja (IPB) em 2006/2007 deve superar as oito centenas. Quem o admite é o administrador-geral dos Serviços de Acção Social (SAS) do instituto, sustentando-se no facto do número de candidaturas a benefícios sociais neste início de ano lectivo ter aumentado significativamente. Em 2005/2006, os SAS do IPB atribuíram 787 bolsas de estudo, mas este ano o número de alunos beneficiários da acção social deve chegar aos 830. Um dado justificado por Manuel Pedro Gonçalves com as “dificuldades” que grande parte das famílias passa neste momento. O aumento no número de bolsas de estudo atribuídas pelo IPB não significa, contudo, que o orçamento dos SAS seja reforçado pela tutela. Esclarece Manuel Pedro Gonçalves que, para já, não é possível apresentar uma estimativa sobre o valor total dos gastos em acção social, embora aponte para uma verba a rondar um milhão e 450 mil euros. Um aumento em 250 mil euros face a 2005/2006 explicado pelo facto do complemento para a propina ser este ano pago aos alunos bolseiros juntamente com a bolsa de estudo. Mais refeições servidas. Outro aspecto onde os SAS tem registado um aumento é no número de refeições servidas no refeitório do IPB. Revela Manuel Pedro Gonçalves que só no passado mês de Outubro foram servidas mais 1.200 refeições que no mesmo período em 2005, passando das 4.500 refeições para 5.700. “Esta maior procura do refeitório surge, se calhar, pelas mesmas razões por que aumenta o número de candidatos a benefícios sociais”, observa o administrador-geral dos SAS. Contudo, acrescenta Manuel Pedro Gonçalves, “o facto de virem mais alunos comer ao nosso refeitório agrada-nos”. “Por um lado sai-nos bastante mais caro, mas agrada-nos porque temos a compensação de eles terem uma refeição mais completa, o que também se reflecte no seu trabalho académico”, acrescenta este responsável, revelando que este ano o IPB acrescentou à ementa diária um prato vegetariano. O refeitório do IPB serviu no passado mês de Outubro 5.700 refeições Vacas magras. Tudo isto se verifica numa altura em que o IPB enfrenta uma situação de “vacas magras” no plano orçamental. “Temos de saber viver com esta situação e procurar cortar nalgum lado, embora saibamos que nesta área é extremamente difícil fazer cortes com uma previsibilidade muito exacta”, nota Manuel Pedro Gonçalves. Apesar destas dificuldades, os SAS do Politécnico de Beja reforçaram este ano a sua oferta de alojamento, com a conclusão de uma nova residência mista com 130 camas, o que vai aumentar o número camas disponibilizado pelo IPB para 330. Um número que segundo Manuel Pedro Gonçalves dá resposta efectiva às “necessidades” da instituição, não NÚMEROS 5.700. o número de refeições servidas em Outubro de 2006 no refeitório do IPB. 830. É o número previsto de estudantes bolseiros no IPB no ano lectivo de 2006-2007. 330. É o número total de camas disponibilizadas pelo IPB com a abertura da sua quarta residência para estudantes. estando por isso previstos novos investimentos do género. Contudo, o administrador-geral dos SAS não esconde que uma infraestrutura necessária de forma “urgente” no IPB é o novo edifício para a Escola Superior de Tecnologias e Gestão de Beja (Estig). “Existe já um espaço e estamos a lançar todas as nossas energias para que efectivamente a nova Estig possa ser construída. E creio que se assim for, teremos um “campus” bastante equilibrado, onde muitos recursos podem ser altamente rentabilizados e onde o IPB pode reposicionar-se e redimensionar-se em termos de intervenção no mercado”, afiança. Umaposiçãoconsubstancia- Acção social “é fundamental” Foi a 17 de Maio de 1980, através do decreto-lei número 132/ 80, que foi definido como objecto da acção social a concessão de auxílios económicos aos estudantes carenciados de recursos, quer através da atribuição de bolsas de estudo quer mediante a criação e manutenção de residências e refeitórios. Desde então, foram muitos os estudantes oriundos das classes sociais mais carenciadas que puderam cumprir o sonho de frequentar o ensino superior. Um facto que, 26 anos depois, ainda se verifica um pouco por todo o país, não sendo o Instituto Politécnico de Beja excepção. “O papel da acção social é fundamental. Muitos dos nossos alunos não conseguiriam frequentar a instituição se não tivessem este apoio”, sublinha com convicção o administrador-geral dos SAS do IPB.Para Manuel Pedro Gonçalves, o papel da acção social é proporcionar aos alunos “as condições de bem-estar que lhes permitam ser bem sucedidos nos seus estudos”. “Essa é, aliás, a nossa política interna e o nosso lema. Um aluno carenciado que queira candidatar-se, por muito difícil que seja a sua situação socio-económica em termos familiares, encontra aqui [no IPB] condições de bem-estar e de uma manutenção perfeitamente suficiente para as suas necessidades básicas”, garante. Nesse sentido, e porque um dos principais problemas sentidos pelos estudantes chegados a Beja é a sua adaptação ao meio envolvente, o administrador-geral dos SAS enaltece o papel do Gabinete de Apoio Psico-Pedagógico e do Gabinete de Apoio à Actividade Desportiva, responsáveis pela promoção de várias iniciativas de inserção social no seio do IPB. da no facto de Manuel Pedro Gonçalves considerar o IPB “um importante eixo de desenvolvimento regional”. “Estou convicto que o Politécnico vai ter um papel preponderante no desenvolvimento regional. E quando conseguirmos dar um pequeno salto, que é o da ligação ao mundo empresarial, creio que o IPB marcará uma posição determinante no desenvolvimento regional”, conclui. 03 CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA sexta-feira 2006.11.03 Cooperação. Centro de Estudos Vasco da Gama Escola Superior Agrária de Beja Ponte para a região Agrária inverte ciclo de perda de alunos Centro de Estudos Vasco da Gama afirmase como elo que liga o Politécnico de Beja e o Baixo Alentejo. No seguimento da estratégia definida pelo Instituto Politécnico de Beja (IPB) foi criado há pouco mais de um ano o Centro de Estudos Vasco da Gama (CEVG). Aprofundar o trabalho com a região, ir para “o terreno” e desenvolver investigações e acções aplicadas à comunidade é o seu objectivo crucial. E os resultados começam a aparecer. Assumindo-se como um centro de desenvolvimento regional, o Vasco da Gama trabalha na obtenção de competências do exterior. O objectivo é associar essas competências às que existem no seio do Instituto Politécnico e, desse modo, “criar um grande bloco de competências da região ao serviço da própria região”. “Faltava esta ligação do IPB com o exterior. Éramos um bocadinho fechados”, admite Rui Gaibino, um dos responsáveis pelo trabalho do Centro Vasco da Gama. Numa fase inicial o Centro trabalhou no processo de ligação entre as várias escolas do IPB. A partir de valências diferentes, da agricultura à gestão, foi posto em prática um conjunto de ideias viradas para a comunidade. Neste contexto, depois de “criar condições de auto-sustentabilidade”, o CEVG fez avançar alguns projectos de ligação com o exterior. Um deles ligado à Ecocidadania, feito nas escolas do 1º e 2º ciclo. E outro, no âmbito da Agenda 21, que assenta no desenvolvimento de parcerias e na organização de workshops temáticos. Este último já permitiu um trabalho de cooperação com as Câmaras Municipais de Ferreira do Alentejo, Aljustrel e Almodôvar “Há uma outra vertente, que deixámos para 2007, que é a da divulgação científica e cultural, de modo a No ano lectivo 2006/2007 a Escola Superior Agrária de Beja regista um aumento no número de alunos a exemplo do que sucede no resto do IPB. Miguel Tavares – presidente do Centro Vasco da Gama atrair as pessoas a participarem em actividades promovidas por nós”, explica Miguel Tavares, presidente da direcção do CEVG, consciente da existência de “algumas carências” de proximidade com a região. “Na aproximação que fizemos com a Ambaal [Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral], ainda veremos os resultados. No que diz respeito às Câmaras, o processo foi muito bem aceite. Notámos uma grande abertura e há um espaço de progressão muito significativo. Há abertura para outros projectos”, acrescenta. Convidado a destacar alguns aspectos positivos deste primeiro “ciclo” de trabalho, Rui Gaibino não hesita em eleger como “momento mais marcante” a aprovação da OTIC – a Oficina de Transferência de Tecnologia e Conhecimento. Por outro lado valoriza o “trabalho ainda embrionário” no âmbito da Agenda 21 que, na sua opinião, “estava completamente esquecida no distrito”. Inov-Jovem fixa licenciados O programa Inov-Jovem é um dos mais relevantes deste período inicial de trabalho no Centro Vasco da Gama. O objectivo é integrar jovens licenciados nas empresas e, até agora, o programa “tem corrido bem”, contribuindo para fixar jovens na região. O processo é simples: o Centro Vasco da Gama reúne um conjunto de inscrições dos licenciados, as empresas inscrevem-se e, depois, fazem a selecção dos estagiários que querem. Os jovens têm um período de formação de dois meses e, a seguir, passam para a empresa durante nove meses. Com uma comparticipação muito baixa das empresas, porque o Estado assegura cerca de 75% dos custos, o objectivo é que os candidatos se mantenham nos seus postos de trabalho. Actualmente o Instituto Politécnico de Beja é a única instituição de ensino superior do país que viu aprovada a candidaRui Gaibino – Centro Vasco da Gama tura a este programa. “Relançámos o tema e começa agora a haver frutos. Já passámos da fase da sensibilização para a criação de caminhos de implementação de novos projectos. Foi possível recolocar o assunto na ordem do dia”, adianta. Para Gaibino parece clara a necessidade de unir todas as agendas locais num projecto comum a todos os concelhos, “fazendo uma conciliação dos diversos interesses”. “O Baixo Alentejo deve afirmar-se enquanto região e faria sentido um agenda para a região. A bola está do lado da Ambaal, a quem foi apresentada a ideia”, revela. Aproximação à região. Uma maior ligação ao meio é, por isso, algo crucial para o Centro Vasco da Gama. Apesar de sublinhar que Beja é “uma cidade complicada”, onde as várias forças vivas “trabalham um bocadinho de costas voltadas umas para as outras”, Rui Gaibino reconhece que essa ligação “tem evoluído bem”, apesar de o país passar por um período “muitíssimo complicado”. “As autarquias estão com orçamentos muito baixos, estamos na transição entre dois quadros comunitários e esta janela de intervalo não é boa. E até não foi a melhor para o CEVG”, assinala. Convicto que a ultrapassagem do actual ciclo económico permitirá mais margem de intervenção, o Vasco da Gama tem ideias bem definidas sobre os projectos a desenvolver. Em 2007 haverá uma passagem maior para o exterior de iniciativas científicas. E vai ser aprofundado um planeamento para o futuro, associado aos fundos comunitários do Quadro de Referência Estratégica Nacional 2007/2013. “Isso será feito em Novembro e, além de uma análise sobre o que prevê o quadro, vamos ver as necessidades da região do ponto de vista do desenvolvimento. O Vasco da Gama deve assumir-se como instituição de desenvolvimento muito virada para o exterior do IPB”, repete Miguel Tavares. É com optimismo e confiança que a presidente do conselho directiva da Escola Superior Agrária de Beja (ESAB) encara o ano lectivo 2006/2007. Na primeira e segunda fases de colocação de alunos, a escola registou um bom índice de preenchimento das vagas disponíveis, o que leva mesmo Rosa Fernandes a concluir que o estabelecimento está a “inverter” a tendência de perda de alunos dos últimos anos. “Neste momento, já ultrapassámos a previsão que o Ministério [da Ciência e do Ensino Superior (MCES)] nos deu para este ano em termos de número de novos alunos”, garante esta responsável, revelando que em 2006/2007 o estabelecimento será frequentado por mais de 650 alunos nos quatro cursos existentes – Biologia e Recursos naturais, Engenharia Alimentar, Engenharia do Ambiente e Engenharia Agronómica. Nestas contas, adianta Rosa Fernandes, falta ainda contemplar os alunos dos regimes especiais e os alunos maiores de 23 anos. “Mediante este quadro, vamos ultrapassar em muito as previsões do MCES. Julgo que nem todas as vagas vão ser preenchidas, mas estou confiante que serão preenchidas mais de metade das que estão a concurso”, afiança. Tudo isto leva a presidente do conselho directivo da ESAB a concluir que, de momento”, a instituição está “inverter o ciclo de perda de alunos que a formação inicial vinha a registar” nos últimos anos lectivos. Mudanças que se devem, na opinião de Rosa Fernandes, ao facto da qualidade do ensino do estabelecimento ter “vindo a ser melhorada”, sobretudo devido às exigências impostas pela “extraordinariamente aliciante” Declaração de Bolonha. Além do mais, acrescenta esta responsável, a abertura de vagas para alunos maiores de 23 anos favorece o aumento da qualidade do ensino ministrado na ESAB. “Estes alunos são mais exigentes”, assevera. Em termos orçamentais, e um pouco à imagem de todas as escolas que compõem o Instituto Politécnico de Beja, também a ESAB vive com algumas dificuldades, colmatadas em grande parte com a prestação de serviços que o estabelecimento presta a outras entidades, sobretudo através do laboratório de análise de terras e solos, e do laboratório de controle de qualidade de água, afluentes e lamas. “Temos a vantagem de termos esses serviços que nos rendem verbas”, adianta Rosa Fernandes, revelando que em 2005/2006 o orçamento da ESAB foi suportado em 23% por receitas próprias, passando para 47% este ano. Quanto a iniciativas paralelas às aulas, será profícua a actividade da ESAB em 2006/2007. Já em Novembro, a escola promove a segunda edição da Feira do Chocolate (de 22 e 25), assim como o segundo Encontro Nacional do Grupo de Trabalho em Etnobotânica Portuguesa (dia 25). Para Janeiro de 2007 está prevista a realização de um seminário internacional sobre Sustentabilidade e Desenvolvimento Rural, enquanto que no mês, de 26 a 28 de Fevereiro, seguinte a ESAB receberá a oitava edição do International Violet Congress – New Frontiers in the Violet World. Em Março realiza-se o 8º Congresso Nacional de Química dos Alimentos (de 4 a 7), ao passo que em Abril, entre os dias 2 e 4, a ESAB receberá um meeting internacional, promovido conjuntamente com o Instituto Superior Técnico, sobre Desenvolvimento e Energia. Rosa Fernandes – presidente da Escola Superior Agrária sexta-feira 2006.11.03 04 CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA Competitividade. João Portugal explica objectivos da nova “oficina” do IP Beja Escola Superior de Educação de Beja OTIC ajuda empresas a serem competitivas Expectativas superadas Oficina de Transferência de Tecnologias do Conhecimento ajuda empresas a criarem produtos inovadores no Baixo Alentejo. A Oficina de Transferência de Tecnologia do Conhecimento (OTIC) é um dos mais recentes projectos desenvolvidos no seio do Instituto Politécnico de Beja (IPB). Instalada na Rua Brito Camacho, em pleno centro da cidade, a OTIC nasce de um programa lançado a nível nacional pela Agência de Inovação, a que todas as universidades e institutos politécnicos se candidataram, tendo sido contempladas apenas metade. O programa pretende implementar junto dos estabelecimentos de ensino superior, gabinetes que permitam fazer a transferência de conhecimento e de inovação junto das empresas. “É uma lacuna existente em Portugal e a Agência de Inovação lançou o repto ao ensino superior. O dinheiro não chegou para todos e metade das candidaturas não foram contempladas”, afirma João Portugal, responsável pela coordenação da OTIC baixo alentejana – uma das que mereceu aprovação. Em Portugal, o trabalho de transferência de conhecimento e inovação é algo muito recente. Aqui ao lado, na vizinha Espanha, este tipo de tarefa já tem mais de 20 anos. Que explicação há para um atraso tão grande? João Portugal prefere evitar respostas concretas: “São coisas de uma índole que não quero abordar. Se calhar andámos distraídos com outras coisas. Agora despertámos para este assunto e o tema está na ordem do dia. Verifica-se que há uma aposta na inovação”, realça o responsável, destacando questões na ordem do dia, como o Plano Tecnológico e, mais recentemente, o aumento do orçamento no Ministério da Ciência e Ensino Superior. Trabalho exigente. Em Beja a OTIC vai trabalhar muito perto das empresas. Estas podem fazer sentir a sua necessidade de criar um produto novo e inovador e, nesse pressuposto, a oficina do IPB vai ajudálas. “As empresas, para evoluírem num mundo competitivo e globalizado, têm de incorporar inovação. Isto exige investigação e uma das entidades privilegiadas para o fazer é o ensino superior”, explica João Por- tugal, confiante que será possível “dar resposta a produtos que sejam solicitados pelas empresas, no sentido deste sector evoluir num caminho que não o actual”. Sem se deter, o responsável da OTIC destaca que o produto actual “no futuro é limitado” e, por isso, as empresas de Beja “devem ter consciência disso”. “Têm de inovar e aqui podem criar um produto que traga algo de novo para a empresa”, refere. Mas há uma pergunta que é inevitável colocar: com um tecido empresarial vulnerável, que tipo de procura pode haver por parte das empresas da nossa região? A resposta é, para já, pouco concludente. Contudo, há uma metodologia perfeitamente definida para o trabalho a realizar. Uma das componentes que assegurou a aprovação do projecto é o compromisso de fazer um levantamento das necessidades do tecido empresarial do Baixo Alentejo e do Alentejo Litoral. Ora, esse é o trabalho que está a ser feito neste momento. Numa segunda fase a OTIC vai fazer um levantamento das capacidades do IPB para dar resposta aos desafios que se vierem a detectar. E uma terceira componente aponta para a concretização de uma plataforma web por parte da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e do Alentejo Litoral. Em função dos resultados alcançados neste trabalho inicial – necessidades do tecido empresarial e capacidades do IPB para dar resposta –, a fase seguinte será “cruzar os dados e ir junto das empresas que mostraram maior capacidade e intencionalidade”. Seguir-se-á uma proposta da OTIC no sentido de prestar o seu serviço. “Iremos procurar junto dos programas da Agência de Inovação integrar as necessidades das empresas, também para assegurar um financiamento, porque a inovação não é uma coisa barata”, explica. Um projecto crucial João Portugal – coordenador da OTIC O responsável pelo trabalho da OTIC admite não saber se será fácil afirmar este projecto numa região com uma cultura empresarial tão débil. João Portugal pensa que “a resposta virá com o tempo”. “Não quero antecipar cenários, mas tenho a consciência que o tecido empresarial é fraco. A OTIC terá de ser auto-sustentável, procurará dar resposta a uma área de referência que é o Baixo Alentejo, mas procurará agir no contexto nacional”, revela. O “plano de aproximação” às empresas vai ser feito já, com o levantamento a executar na primeira fase. João Portugal espera que haja alguma abertura dos empresários, mas reconhece que essa abertura “normalmente é feita em função das necessidades”. “Normalmente a capacidade de antecipação não é muito grande e é preciso inverter essa atitude: é preciso antecipar”, avisa. Uma coisa é certa: o coordenador da OTIC nota que há “um vasto espaço de intervenção e uma maior noção de que é preciso inovar”. “As empresas passam por dificuldades e podem resguardar-se de investir nessa área ou estabelecem outras prioridades. Portanto, há uma sensibilização que precisa de ser feita, fazendo perceber que é um investimento reprodutivo”, diz. João Portugal não tem dúvidas que se trata de um processo “crucial para a região e para todo o país”. “Mas no Baixo Alentejo as carências são mais acentuadas”, assinala. Escola Superior de Educação de Beja registou a entrada de mais de duas centenas de novos alunos em 2006/2007. Afirmar-se no contexto regional, nacional e até internacional pela sua “excelência” e “diversidade” é a grande meta da Escola Superior de Educação de Beja (ESEB) para o novo ano lectivo de 2006/2007, em que registou a entrada de mais de duas centenas de novos alunos para seis dos seus cursos (Animação Sociocultural, Artes Plásticas e Multimédia, Desporto, Actividade Física e Lazer, Educação de Infância, Educação e Comunicação Multimédia e Serviço Social). Os números são revelados pelo presidente do conselho directivo, que não esconde o facto das suas expectativas terem sido “ultrapassadas”. “A competitividade está instalada e este é um bom ano em termos de expectativas de alunos para o ensino superior politécnico. Para o Instituto Politécnico de Beja (IPB) foi-o efectivamente. E a nossa escola ultrapassou todas as expectativas em termos de alunos. Inicialmente tínhamos 200 vagas e neste momento temos 224 inscritos no primeiro ano. Ultrapassámos largamente as expectativas do Ministério da Ciência e do Ensino Superior (MCES) e isso é bom”, sublinha Vito Carioca. O aumento no número de novos alunos na ESEB é justificado por este responsável, por um lado, pela qualidade e diversidade dos cursos ministrados na instituição – “É muito importante apostarmos mais na qualidade do que na quantidade. Para mim não é muito importante termos muitos cursos, mas sim ter cinco ou seis bons cursos, de excelência a nível nacional”, esclarece – e, por outro lado, pela abertura do curso de Serviço Social em 2005/2006, o que motivou a transferência de muitos alunos de outro estabelecimento de ensino superior privado instalado na cidade. “Não posso escamotear que isso me parece ser também uma das razões para o aumento de alunos”, admite. A estes dois dados, Vito Carioca acrescenta ainda o facto da ESEB não descurar de forma alguma a publicitação da instituição e dos eventos que promove anualmente. Tudo porque, garante o docente, “uma boa disseminação, centrada, localizada, prática, demonstrando efectivamente o que se faz aqui, polariza a disseminação em termos nacionais e até internacionais. Por isso mesmo, fazemos questão de disseminarmos os nossos cursos e as suas características”. Apesar de ter superado algumas das suas expectativas, a ESEB inicia o novo ano lectivo com algumas preocupações de índole financeira. Contudo, o aumento no número de novos alunos permite ao presidente do conselho directivo da escola encarar o futuro com “algumas esperanças”. “Não estamos desafogados, temos grandes dificuldades como todo o IPB, mas é importante ter em conta que a dificuldade é, por vezes, necessária para romper com as monotonias”, explica Vito Carioca. Também o futuro da escola causa esperança ao presidente do seu conselho directivo. Considerando as alterações provocadas pela Declaração de Bolonha benéficas para o ensino superior, obrigando as instituições a “reflectirem muito” e a adoptar para o seu léxico ideias e palavras-chave como “internacionalização”, “redes efectivas de parceria” ou “excelência”, Vito Carioca garante que este ano “vai ser de reflexão a dois níveis” para a ESEB. “Vamos reflectir para a excelência e reflectir para necessidade efectiva do que é o sistema educativo nos próximos anos. Essa vai ser a aposta deste conselho directivo”, conclui. Vito Carioca – presidente da Escola Superior de Educação CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA 05 sexta-feira 2006.11.03 Empresas. Gabinete do IPB ajuda a fazer nascer novos empregos Escola Superior de Tecnologias e Gestão de Beja Politécnico estimula atitude empreendedora “Ultrapassámos os nossos piores receios” Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo quer auxiliar jovens licenciados do Instituto Politécnico a trabalharem na criação do seu posto de trabalho. O Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo do Instituto Politécnico de Beja tem um objectivo muito concreto: motivar o empreendedorismo, não apenas através da criação de novas empresas, mas também pela inovação de projectos que possam criar outras linhas de intervenção e novos postos de trabalho. Sendo o Politécnico uma instituição de ensino superior que forma jovens em áreas prioritárias de intervenção, o gabinete aposta em concentrar atenções em todas as linhas que possam vir a existir, no sentido de motivar os seus próprios alunos. Nomeadamente aqueles que estão em fim de curso, de modo a poderem candidatar-se a programas ou linhas de apoio e financiamentos que lhes permitam criar postos de trabalho. “O mercado de trabalho é cada vez mais limitado e os jovens, ao contrário de há 20 ou 30 anos, não podem estar à espera de lhe baterem à porta a oferecer um emprego. O jovem tem de estar disponível para criar o seu próprio posto de trabalho”, destaca João Leal, coordenador do Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo (GAE). Apesar do trabalho estar numa fase muito embrionária, o mesmo responsável não esconde que existem boas expectativas. E assinala a existência de duas importantes pontes para cimentar a relação com o exterior. Uma delas está a ser desenvolvida por seis institutos politécnicos em todo o país (Beja, Castelo Branco, Guarda, Bragança, Portalegre e Tomar). “É um programa que se chama Poliempreende que visa motivar alunos e ex-alunos, que terminaram a sua formação há menos de dois anos, para poderem candidatar-se com projectos inovadores”, esclarece. O outro programa, que é uma plataforma criada pelo IAPMEI [Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas], chama-se Finícia e envolve diversas entidades de todo o Alentejo: Universidade de Évora, politécnicos de Beja e Portalegre, núcleos empresariais de Beja, Évora e Portalegre, Cevalor, Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (Adral), e ainda uma entidade financiadora. “Aquilo que se pretende através desta plataforma é o aparecimento de candidaturas de ideias, segundo o programa define. E naturalmente poderá recorrer às entidades para solicitar apoio ao desenvolvimento dessas ideias. “Os projectos serão financiados a partir de candidaturas apresentadas pelas empresas”, explica João Leal. João Leal - coordenador do Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo Aprofundar laços com a comunidade O coordenador do GAE está convencido que é necessário “criar um espírito empreendedor” entre os alunos do Politécnico de Beja. “Não nos podemos acomodar apenas a tirar um curso e ficar à espera que nos batam à porta. Temos de ser empreendedores, inovadores e temos de criar. O IPB terá as portas abertas para apoiar ideias que apareçam e encaminhá-las para quem de direito no sentido de desbravar este caminho que ainda falta fazer”, vinca João Leal. No que diz respeito à relação com a comunidade, o professor entende que “a relação é fácil” e até defende que “existem boas relações”. No entanto assinala a necessidade de trabalhar numa maior aproximação, que justifica um esforço dos dois lados. “A comunidade tem de perceber um pouco melhor aquilo que se faz no âmbito do IPB. Mas o IPB tem também de perceber melhor quais são as expectativas da comunidade. Tem de haver uma aproximação entre estas duas valências no sentido de a formação dada no IPB se aproximar das necessidades da comunidade. Mas esta também de entender melhor o que se faz aqui, verificar se a formação é a mais ajustada e se os técnicos formados são os que fazem falta”, afirma. Acentuar atitude empreendedora. O coordenador do GAE revela que, através do observatório de emprego do IPB, é possível verificar a existência de números “satisfatórios” no que diz respeito à empregabilidade. Contudo, no que diz respeito à capacidade empreendedora, João Leal admite que “é uma das áreas em que o IPB tem de estar atento e fazer mais alguma coisa”. “Julgo que é absolutamente necessário criar, no âmbito das unidades curriculares, disciplinas na área do empreendedorismo. A ESTIG tem disciplinas nessa área, as outras escolas têm de introduzir esta disciplina”, aponta o responsável, sublinhando que na região alentejana não existe “a ideia de criar e de inovar”. Para desbravar esse caminho, João Leal desvenda a estratégia já delineada. Numa primeira fase decorrerão reuniões da GAE com todos os directores de todos os cursos do IPB, independentemente da unidade orgânica. Depois caberá a esses directores reunirem com os conselhos de curso e com os vários docentes. Posteriormente haverá reuniões mais alargadas com alunos em fase terminal do seu curso, no sentido de os alertar para os programas existentes. “Estas estratégias estão programadas e vão avançar dentro de muito pouco tempo. Apresentaremos os programas Poliempreende e Financia, sendo que este último deve abrir algumas portas para afirmar as novas ideias”, remata. Novo ano lectivo registou a entrada de mais de duas centenas de novos alunos na Escola Superior de Tecnologias e Gestão de Beja. ano lectivo já em marcha, uma das apostas da ESTIG vai continuar a passar pela dinamização de cursos de formação ao longo da vida e de formação especializada. Nesse sentido, garante Fernanda Pereira, a escola tem previsto no seu plano de actividades para 2006/2007 manter a formação na área da segurança e higiene no trabalho, assim como algumas formações na área geral financeira. A estes juntam-se, ainda que “pontualmente”, alguns cursos de formação para empresários no âmbito da contabilidade e das finanças, além da formação de curta duração nas áreas da Engenharia Civil e de Sistemas de Informação Geográfica. No que toca ao plano orçamental, a ESTIG não foge ao quadro verificado um pouco por todas as escolas do Instituto Politécnico de Beja (IPB) e são também algumas as restrições com que vive. Contudo, revela Fernanda Pereira, os problemas da instituição “não são tão prementes” devido à saída de alguns docentes para outros estabelecimentos escolares, sobretudo no ensino secundário, situação resolvida com o ajustamento de horários e a contratação de novos profissionais, mas apenas a tempo parcial. Sendo a maior escola de todo o IPB, com os seus cerca de 1.250 alunos e oito dezenas de docentes, a ESTIG é também a que dispõe de piores condições de trabalho, estando há muito prevista a construção de novas instalações, já no “campus” do Instituto Politécnico. Uma reclamação antiga que Fernanda Pereira espera ver materializada já em 2007. “Temos alguma esperança que neste ano lectivo haja novidades palpáveis sobre o projecto de construção da nova escola. Eventualmente, 2007 será um ano para pôr mãos a essa obra”, conclui. O novo ano lectivo superou as expectativas dos responsáveis pela Escola Superior de Tecnologias e Gestão de Beja (ESTIG) no que diz respeito à entrada de novos alunos. Em 2006/2007 foram preenchidas mais de duas centenas das vagas disponibilizadas, o que leva a presidente do conselho directivo da ESTIG a afirmar que as piores expectativas foram suplantadas. “Ultrapassámos os nossos piores receios. Criámos algumas vagas, mas pensámos que os politécnicos iriam ser preteridos em relação ao resto das instituições de ensino superior. A grande surpresa é que os alunos reconheceram a validade do ensino superior politécnico e houve uma boa adesão. Por isso mesmo, conseguimos preencher mais vagas do que prevíamos e ficámos bem acima do nosso pior cenário”, revela Fernanda Pereira. Contudo, e apesar das expectativas iniciais terem sido superadas, ficaram ainda por preencher na ESTIG mais de uma centena de vagas na primeira e segunda fase de acesso, das quais 32 na licenciatura em Engenharia Informática, 28 em Turismo e 22 em Informática de Gestão. Números que não surpreendem Fernanda Pereira, que os justifica como “uma reacção natural do mercado”. “A nível nacional, estão a sobrar muitas vagas na área da informática, pois o mercado começa a estar preenchido com esses profissionais”, garante a presidente do conselho directivo da Estig, admitindo inclusive possíveis mudanças ou reestruturações de cursos já no próximo ano lectivo. “Dentro das áreas da Engenharia Informática e Informática de Gestão vamos ter que fazer, com certeza, algumas reestruturações. E é possível que dentro destes dois cursos haja de facto algumas novidades para o próximo ano, até porque, como se sabe, cursos com menos de 10 novos alunos não podem ser financiados”, vinca. Fernanda Pereira - presidente da ESTIG Com o novo sexta-feira 2006.11.03 06 CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA Reforma. Processo deve estar concluído até ao ano lectivo de 2009/2010 Politécnico de Beja adapta-se a Bolonha IPB criou grupo dinamizador responsável pela implementação do Processo de Bolonha na instituição. Declaração de Bolonha António Carlos Carvalho defende que reforma é “oportunidade” para IPB alcançar grau de excelência. A Declaração de Bolonha promete uma “revolução” no sistema de ensino superior de toda a Europa, definindo um conjunto de etapas a dar pelos vários sistemas de ensino superior europeus no sentido de construir, até ao final da presente década, “um espaço europeu de ensino superior globalmente harmonizado”. Foi sob esta perspectiva que o Instituto Politécnico de Beja (IPB) criou um Grupo Dinamizador para a Implementação do Processo de Bolonha (GDIPB) na instituição, que neste momento trata da parte “burocrática” do processo, com a adequação dos cursos às directrizes emanadas pela Declaração de Bolonha. Para o coordenador do GDIPB, António Carlos Carvalho, esta é uma oportunidade única para “todos os [institutos] politécnicos se redimensionarem, quer em termos qualitativos quer em termos quantitativos”, embora sublinhe que no IPB o processo se vai estender cronologicamente até ao ano lectivo de 2009/2010. “As mudanças não vão acontecer de um momento para o outro. Este é um processo cujo resultado e implementação só vão tornar-se visíveis, em termos sociais, daqui a uns três, quatro ou cinco anos”, assevera António Carlos Carvalho. Explica este docente que com pub. A Declaração de Bolonha prevê “uma mão cheia de objectivos ambiciosos” as alterações decorrentes da Declaração de Bolonha, o ensino vai passar a “centrar-se na aprendizagem” e não “na transmissão de informação”, por forma a que os “estudantes caminhem nos vários desenvolvimentos curriculares com base na aquisição e desenvolvimento de competências”. Além do mais, acrescenta, o planeamento de toda a aprendizagem terá de começar a ser feito “com antecedência” e o conteúdo dos cursos serão aferidos por comparação com os cursos de referência na Europa. Com a adequação a Bolonha, a maioria dos cursos passarão igualmente a ser de três anos apenas, sendo que para efeitos de acreditação o corpo docente de cada curso deve ser composta, pelo menos em 50%, por especialistas de reconhecido mérito ou professores doutorados. Outro aspecto a desenvolver, acrescenta o coordenador do GDIPB, é a investigação científica. “Se não houver investigação sustentada, os cursos vão perder competitividade interna e no espaço europeu, tendendo depois para desaparecer”, observa António Carlos Carvalho. “Questão de sobrevivência”. Para o coordenador do GDIPB do IPB, a adopção das “regras” impostas pela Declaração de Bolonha não se deve ao facto desta trazer maiores ou menores vantagens para o ensino superior, mas sim a “uma questão de sobrevivência”. “O processo de Bolonha foi algo original na Europa, em que são as universidades que auto-propõem reformar-se. Não é um processo imposto de cima para baixo, mas um processo assumido pelas próprias instituições de ensino superior. E das duas uma: ou se está com o processo ou se está fora dele. Não é uma questão de vantagens ou desvantagens. O aderir a Bolonha é uma questão de sobrevivência”, afiança António Carlos Carvalho. Contudo, este docente acaba por admitir que ao aderir ao processo, o IPB pode retirar grandes vantagens, sobretudo ao nível da sua “internacionalização”, importando tudo aquilo que de melhor se faz internacionalmente, por forma a garantir outra competitividade e excelência no ensino ministrado. “É que a competitividade não é com o vizinho do lado. A competitividade é com todos os outros estabelecimentos europeus que leccionam cursos na mesma área”, advoga o coordenador do GDIPB, defendendo, nesse âmbito, uma cooperação “aberta e transparente” entre o IPB e as restantes instituições de ensino superior do Sul do país, sob pena de algumas destas desaparecerem. “Há que repensar o IPB no Sul do país. Há fluxos de alunos, há fluxos de candidatos, há parcerias a estabelecer, há áreas de cooperação Oficializada em Junho de 1999, a Declaração de Bolonha tem por base a Declaração de Sorbonne de 1998, em que se definiu “um conjunto de etapas e de passos a dar pelos sistemas de ensino superior europeus no sentido de construir, até ao final da presente década, um espaço europeu de ensino superior globalmente harmonizado”. A finalidade do processo, enquadrado na agenda política da Estratégia de Lisboa da União Europeia, é garantir que as instituições de ensino superior da Europa passem a funcionar “de modo integrado” e mediante “mecanismos de formação e reconhecimento de graus académicos homogeneizados à partida”, por forma a afirmar “competitivamente” os países do velho continente com outros parceiros a nível mundial na área do ensino superior e da ciência. Nesse sentido, a Declaração de Bolonha prevê “uma mão cheia de objectivos ambiciosos a atingir a médio prazo”, entre os quais o “aumento da competitividade” e a “promoção da mobilidade e empregabilidade dos diplomados do ensino superior no espaço europeu”. a explorar. Há várias pistas que se desenham neste momento e têm de ser assumidas para redimensionar e reformar o IPB. E esta é uma oportunidade óptima que temos”, conclui António Carlos Carvalho. 07 CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA Presidência. Direcção do IPB satisfeita com inversão na quebra do número de alunos sexta-feira 2006.11.03 Escola Superior de Saúde de Beja “Temos horizontes de crescimento” Escola Superior de Saúde de Beja voltou a preencher todas as vagas disponibilizadas no novo ano lectivo. Em 2007/2008 devem surgir novos cursos. IPB trava perda de alunos José Luís Ramalho confirma que, pela primeira vez nos últimos anos, o IPB vai ter mais alunos. Maiores de 23 anos dão uma ajuda. O Instituto Politécnico de Beja (IPB) vai inverter no novo ano lectivo a progressiva perda de alunos que tem vindo a registar. As previsões do Ministério da Ciência e do Ensino Superior apontavam para a entrada de 718 novos alunos no primeiro ano e 2.775 na globalidade. Dados recolhidos pelo “Correio Alentejo” mostram que, neste momento, feitas as colocações da primeira e segunda fases do concurso nacional de acesso, já entraram 730 alunos para o primeiro ano, estando matriculados um total de 2.874 nas quatro escolas do IPB – Agrária, Superior de Educação, Superior de Saúde e ESTIG. Mas este processo não está concluído, uma vez que decorre ainda a terceira fase. Depois de terminada esta última etapa as vagas sobrantes serão para os maiores de 23 anos, existindo 78 matriculados em condições de entrar no IPB. “Há muitos anos que nós ficávamos afastados das previsões do ministério. Essas previsões apontavam de novo para o não preenchimento da totalidade das vagas, o que não se confirma”, assinala José Luís Ramalho, presidente do IPB, visivelmente satisfeito com esta inversão. Para este responsável, “estão criadas condições para um futuro melhor” no Politécnico de Beja. Sobretudo quando se atravessa “uma fase de mudanças no ensino superior”. Entre aquilo que há a alterar neste novo ciclo, Ramalho aponta a criação de redes e parcerias com outros estabelecimentos. “Estão reunidas condições para que as instituições se sentem à mesa e conversem. Temos condições para estruturar até ao final do ano uma rede de ensino superior, que inclua politécnicos, universidades, ensino privada e até os nossos vizinhos de Espanha”, afirma José Luís Ramalho, convicto da necessidade de criar no sudoeste peninsular “uma grande região do conhecimento, em que se aposte na qualidade e na excelência”. Maiores de 23 anos. Um dos aspectos a realçar nesta fase de colocação de novos alunos é a entrada de maiores de 23 anos. No IPB deverão ser um pouco mais de uma centena. Dentro de alguns anos, José Luís Ramalho espera que esta nova realidade “possa trazer um número muito significativo de pessoas que já tinham perdido a esperança” de ter um curso superior. Apesar deste novo quadro, a verdade é que têm surgido situações polémicas em torno do processo. Uma delas é o facto de estarem a ser aceites alunos que têm apenas o nono ano de escolaridade. O presidente do IPB acha “natural que isso aconteça, porque o que se pretende é reconhecer as capacidades que as pessoas têm no seu meio profissional”. “O ensino superior vai transmitirlhes a componente teórica que eles carecem. E reconhecer as competências profissionais adquiridas ao longo de uma vida”, explica. Sem se deter, Ramalho defende que os maiores de 23 anos requerem para as instituições “uma grande responsabilidade, porque toda a sociedade está com os olhos neste processo”. “Para bem destas pessoas que vão entrar e das instituições que os admitiram, e para acabar com a ideia lançada de que estão a entrar pessoas sem competências, as instituições devem estar muito atentas e, se necessário, darem complementos de formação nas áreas em que revelem maiores carências”, argumenta o presidente do IPB, avisando que não há a intenção de “criar licenciados de segunda”. Por outro lado, num quadro de perda de alunos, é legítimo julgar que poderá haver algum facilitismo na entrada de maiores de 23 anos. José Luís Ramalho concorda que há esse risco e revela que, “precisamente por haver, o conselho coordenador dos institutos politécnicos já pediu ao ministério [da Ciência e Ensino Superior] que seja feita uma averiguação sobre a forma como decorreu este processo”. “Foi dada uma autonomia às instituições. Cada uma criou as provas de acesso que achou mais convenientes e, para nós, isso é muito perigoso. Verificámos pela comunicação social a forma díspar como o processo decorreu entre as várias instituições. Para não subsistirem dúvidas pedimos esta análise para corrigir eventuais erros cometidos”, explica. O presidente do IPB vai mais longe e salienta que é necessário salvaguardar este processo “para bem daqueles que vão fazer todos os sacrifícios”. “Estas pessoas não podem, depois de um sacrifício tremendo, ficar rotuladas como pessoas que estão a ter facilidades para tirar um curso. Têm de ter igual dignidade”, adverte. É de olhos postos em “horizontes de crescimento” que os responsáveis pela Escola Superior de Saúde Beja (ESSB) encaram o novo ano lectivo. Um sentimento de optimismo e confiança alicerçado no facto de em 2006/2007 a instituição ter preenchido na totalidade as 70 vagas disponibilizadas para o curso de Enfermagem (as duas vagas disponibilizadas na terceira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior devem-se a alunos que optaram por não matricular-se depois de colocados). “O nosso objectivo passa por horizontes de crescimento, contribuindo para o desenvolvimento desta escola e para um trabalho de intercâmbio com as instituições na região”, afiança o presidente do conselho directivo da ESSB. Ciente do importante papel dos institutos politécnicos nas regiões onde se inserem, Rogério Ferreira espera um ano lectivo positivo e onde se consiga, mais uma vez, combater os “problemas da interioridade”. “Não basta sermos bons, temos também de vencer o desafio de estar no interior, sobretudo no Baixo Alentejo. Por isso mesmo, deixe-me puxar um pouco a brasa à minha sardinha em relação à qualidade dos formandos na ESSB. Não diremos que são muito bons em termos técnicos, pois são como os outros, mas em termos cognitivos são licenciados que se destacam pela sua capacidade crítica nas instituições por onde passam”, sublinha o docente. Lembrando as alterações impostas pela Declaração de Bolonha, que implica “uma mudança do paradigma centrado no ensino para um paradigma assente na aprendizagem”, o presidente da ESSB revela a ambição da instituição de “avançar” igualmente para um segundo ciclo de estudos, “que dê continuidade ao primeiro” e seja “uma garantia” para quem naquela casa trabalha. Nesse sentido, os responsáveis pela ESSB ultimam neste momento a documentação relativa à abertura, já no ano lectivo de 2007/2008, de dois novos cursos, um de Terapia Ocupacional e outro de Técnico de Saúde Ambiental. Parale- lamente, no plano de actividades da ESSB para 2006/2007 conta-se também a participação na Feira Transfronteiriça da Saúde de Beja já em Novembro, assim como o início, também em Novembro, da pós-graduação “Criança/ Adolescente e um Ambiente Seguro”. Tudo isto surge numa altura em que são algumas as limitações financeiras da instituição. “Somos uma escola pequena que tem feito um grande esforço de contenção e refreado grandes despesas. […] Contudo, e apesar de sermos uma escola que não teve decréscimo de alunos, sentimos na pele aquilo que são as reduções [orçamentais] que o Instituto Politécnico de Beja teve”, vinca Rogério Ferreira. Além do mais, acrescenta este responsável, é de todo necessário à ESSB “compensar” algumas das suas “carências em termos de recursos humanos”. De momento, a escola conta com 24 docentes para um universo de quase três centenas de alunos, estando a decorrer o concurso público para a contratação de um professoradjunto. Herdeira das tradições da antiga Escola de Enfermagem de Beja, a ESSB mantém uma forte ligação com o Centro Hospitalar do Baixo Alentejo (CHBA). Uma relação que vai agora conhecer um outro impulso com o novo protocolo que está a ser estabelecido entre ambos. “O que vai resultar do novo protocolo com o CHBA é um maior intercâmbio entre as duas instituições ao nível da formação dos enfermeiros, dos nossos alunos e também em termos de investigação”, conclui Rogério Ferreira. Rogério Ferreira - presidente da Escola Superior de Saúde sexta-feira 2006.11.03 08 CADERNO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA Comunicação. O Politécnico e a comunicação com o exterior Como se relaciona o IPB com o exterior? O Politécnico de Beja tem um Gabinete de Relações Externas que desenvolve diariamente trabalho de aproximação com a comunidade. Criado em 2001, actua essencialmente ao nível da comunicação, imagem e relações internacionais. ANTÓNIO PADEIRINHA* LUÍSA CASTRO E BRITO* MARIA CRISTINA PALMA* * GABINETE DE RELAÇÕES EXTERNAS DO IPB O Instituto Politécnico de Beja (IPB) organiza-se em escolas e serviços, funcionando sob coordenação da presidência. A materialização da política geral e da estratégia global do Instituto como um todo é coordenada pelos Serviços Centrais, através dos seus vários departamentos e grupos de trabalho, especialmente criados para definir estratégias e desenvolver linhas de orientação para implementar a agenda do instituto, em estreita cooperação com as diferentes escolas e serviços, e no estrito respeito pela autonomia de cada unidade orgânica. No topo da sua agenda encontram-se actualmente os temas da internacionalização, da investigação e do desenvolvimento da qualidade, considerados os pilares fundamentais para um real desenvolvimento regional no contexto da globalização, e para implementação do processo de Bolonha no sentido da criação da Área Euro- peia do Ensino Superior. Para prosseguir com as agendas de internacionalização, investigação e desenvolvimento e garantia de qualidade, o Instituto Politécnico criou outros serviços específicos, como é o caso do Gabinete de Relações Externas – GRE, cuja principal missão é a promoção da cooperação internacional e a mobilidade de estudantes e docentes, pela coordenação de programas de mobilidade, nomeadamente o programa Socrates/Erasmus, para além de ter, também, a seu cargo a projecção da imagem da instituição, produzindo e distribuindo informação e estabelecendo contactos e ligações com a comunidade. Criado em 2001, o Gabinete de Relações Externas (GRE) do Instituto Politécnico de Beja actua essencialmente ao nível da comunicação e imagem e relações internacionais, e integra actualmente dois técnicos superiores em permanência. Cristina Palma na área da Relações Internacionais e António Padeirinha na área da Animação Sociocultural, contando ainda com a assessoria de Luísa Castro e Brito, para a ade- quação institucional ao Processo de Bolonha. Ao nível da comunicação e imagem, o gabinete desenvolve actividades relacionadas com a projecção da imagem institucional, com destaque para a organização e apoio técnico a eventos diversos (institucionais, científico-pedagógicos, lúdico-culturais), criação e implementação de projectos de participação em certames, contactos com a comunicação social, gestão de conteúdos on-line, coordenação da edição do Boletim Informativo do IPB e desenvolvimento de projectos gráficos em estreita colaboração com o Departamento Gráfico. A mobilidade de estudantes é outra das áreas de intervenção do GRE, e um pilar essencial para a internacionalização institucional. Através do programa Erasmus e do apoio financeiro do IPB, o número de alunos e docentes em mobilidade no estrangeiro tem crescido significativamente nos três últimos anos. De 24 alunos enviados em 2003/2004 para 38 alunos em 2005/2006. A esta tendência não é alheio o grupo dos docentes, que tem aumentando significativamente a mobilidade: tendo-se verificado um de 8 docentes em 2003/2004 para 17 docentes em 2005/2006. Subjacente a estes números está a intensificação de relações entre o IPB e um vasto conjunto de Instituições do Espaço Europeu de Ensino Superior, que vão desde instituições da Europa Central e de Leste, com destaque para a Lituânia, República Checa e Polónia, à Europa Ocidental, com especial incidência na Itália, Espanha, Bélgica, Dinamarca, Finlândia e Suécia. Para além da Europa, África, em especial os PALOP e o Norte de África, é outra área de intervenção estratégica para a internacionalização institucional. Efectivamente a comunidade de estudantes africanos no IPB tem já alguma expressão e conta actualmente com cerca de 40 estudantes, oriundos na sua maioria de São Tomé e Príncipe e Cabo Verde. De igual modo, também tem havido algumas relações com Timor, traduzidas na vinda de alunos timorenses para o IPB – actualmente a Escola Superior de Saúde tem três alunos timorenses – e no envio de docentes par o desenvolvimento de missões de ensino naquele país. Em 2004, foi criado um outro grupo de trabalho, Grupo Dinamizador da Implementação do Processo de Bolonha - GDIPB, com a missão de, em estreita colaboração com o GRE, desenvolver linhas de orientação, planear, estabelecer planos de trabalho, distribuir informação, organizar workshops e desenvolver acções que visam introduzir, nas diferentes escolas e serviços, as reformas e mudanças necessárias ao desenvolvimento de uma maior convergência e harmonização entre os sistemas educativos do espaço europeu, proposta pelo processo de Bolonha em curso. Na sequência desse trabalho, cerca de 20 cursos foram já reformulados e outros encontram-se na fase final de reformulação, tendo como referência exemplos europeus, o que implicou uma maior interacção entre actores nacionais e internacionais. Inerente a este processo de internacionalização está a criação de um Centro de Línguas aberto a todos os estudantes e à comunidade em geral, assim como de um Gabinete de Avaliação da Qualidade, que em colaboração com o GDIPB, procurará promover o desenvolvimento critérios de qualidade internacionais já definidos Pela OCDE (OECD Work on Education - http://www.oecd.org/dataoecd/35/40/30470766.pdf; e Reviews of National Policies for Education http://www.oecd.org/document/27/ 0,2340,en_2649_34511_2744219_ 1_1_1_1,00.html); e em termos europeus pela ENQA (European Network for Quality Assurance), publicados em 2005 em Standards and Guidelines for Quality Assurance in the European Higher Education Area - (http://www.enqa.eu/files/ ENQA%20Bergen%20Report.pdf) No início do século XXI e sem perder de vista a sua missão fundamental - o desenvolvimento regional – o IPB prepara-se, mais uma vez, para enfrentar os novos desafios desta era global, determinado a vencer novas batalhas para conquistar o futuro dos estudantes, da região e da Europa. Um futuro que se espera melhor, mas que será, certamente, bem mais complexo. 284 329 400 PUBLICIDADE PREDIAL ALENTEJANA Almodôvar Castro Verde T2 novo, situado junto ao posto da Apartamento T2 em 1º andar, 2 quartos, 1 GNR, c/ 2 quartos com roupeiro, WC, sala, cozinha com ou sem mobília. 09 sexta-feira 2006.11.03 Herdades Propriedades COMPRO Com ou sem casas Só aos proprietários CONFIDENCIAL cozinha equipada, sala de estar, WC c/ banheira de hidromassagem, despensa com divisões. Contactar 97.000.00 € 95.000.00 € Ref. UAL00005 Ref. UCV00016 Castro Verde Castro Verde Apartamento T2 em 1º andar, 2 quar- T3 r/chão com 3 quartos, WC, sala, tos, 1 WC, sala com lareira, cozinha, cozinha, despensa, lareira e quintal. Área despensa e quintal com 36m². Área de de habitação 93m² quintal 36.6m². 937 202 331 para visita imediata MORADIA EM ENTRADAS habitação 80m². 90.000.00 € 100.000.00 € Ref. UCV00019 Ref. 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O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 29 de Outubro, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja. BEJA BEJA BEJA †- Faleceu a Exma. Sra. D. EMÍLIA ROSA GARRIDO MOURINHO, de 60 anos, natural de Salvador - Beja, solteira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 29 de Outubro, da Capela da Mansão de São José, para o cemitério de Beja. †- Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO MANUEL VIRIATO, de 86 anos, natural de Figueira de Cavaleiros - Ferreira do Alentejo, casado com a Exma. Sra. D. Mariana Gomes de Goes. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 29 de Outubro, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja. †- Faleceu LUÍS ALEXANDRE MARTINS NUNES, de 15 anos, natural de Santiago Maior - Beja, solteiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 29 de Outubro, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja. SELMES BERINGEL Às famílias †- Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ JACINTO CANDEIAS GRILO, de 55 anos, natural de Selmes - Vidigueira, casado com a Exma. Sra. D. Joana Rosa Oleiro Barrocas Grilo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 29 de Outubro, da Casa Mortuária de Selmes, para o cemitério local. †- Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA ROSA FERNANDES DAVID, de 80 anos, natural de Beringel - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 29 de Outubro, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local. enlutadas ALMODÔVAR apresentamos T1 no centro da vila as nossas mais sinceras condolências. c/ sala + kitchnet, WC, quarto c/ roupeiro, dispensa, A/C e garagem. PREÇO: € 70.200 CONTACTO: 286 322 060 Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt CASTRO VERDE Moradia com r/chão e 1º andar. R/chão: Com cozinha, despensa, sala de estar, espaço comercial com 3 divisões e um pequeno quintal. 1º andar: Com quatro quartos, sala de estar e casa de banho PREÇO: € 105.000 CONTACTO: 914 909 397 11 VIDA ACTUAL SOCIEDADE sexta-feira 2006.11.03 Festa. Navegador que descobriu continente americano homenageado na “terra natal” Cuba inaugura “estátua da polémica” cá dentro lá fora Tondela China Bombeiros demitiram-se Pena de morte mais dificultada Quarenta e sete bombeiros da corporação de Tondela, de um total de cerca de 70 (12 dos quais assalariados), apresentaram a demissão, solidarizando-se com o comandante que não foi reconduzido no cargo pela di recção. Com lágrimas e muita emoção, 47 bombeiros da corporação de Tondela, no distrito de Viseu, apresentaram a sua demissão. Esta foi a forma que encontraram para se solidarizar com o comandante, Eduardo Rolo, que cessa funções à meianoite de segunda-feira. No princípio de Outubro, a direcção informou Eduardo Rolo de que não seria reconduzido no cargo de comandante, cessando funções a 31 de Outubro. “Falta de diálogo e indisciplina” foram algumas das razões apontadas pelo presidente da direcção da Associação dos Bombeiros Voluntários de Tondela, Graciano Simões, para a não recondução do comandante. As relações entre o comando e a direcção, empossada a 07 de Janeiro passado, vinham-se deteriorando. A China alterou a lei sobre a pena capital, obrigando todas as condenações à morte a serem ratificadas pelo Supremo Tribunal para evitar erros judiciais, segundo a agência de notícias Nova China. A alteração à lei, aprovada pela Assembleia Nacional Popular (ANP), que entra em vigor a 01 de Janeiro de 2007, obriga a que todas as condenações à pena capital pronunciadas por tribunais locais sejam vistas e ratificadas pelo Supremo Tribunal, adianta a Nova China. Para grupos de defesa dos Direitos Humanos, a decisão é considerada decisiva para uma redução do número de penas de morte na China, país onde foram executadas 1.770 pessoas em 2005, segundo dados da Amnistia Internacional (AI). De acordo com a AI, o Governo chinês não fornece informações sobre todas as execuções levadas a cabo no país, estimando a organização que poderão ser de 8.000 a 10.000 por ano. A reforma legal dará maior controlo ao Supremo Tribunal nacional e reduzirá o poder dos tribunais locais de condenarem os detidos à morte. pub. Dezenas de pessoas assistiram no último sábado à inauguração da estátua de Cristóvão Colon. A “estátua da polémica”, como afirmou o presidente da Câmara Municipal. A “estátua da polémica” foi descerrada em pleno interior alentejano no passado sábado, 28 de Outubro, no centro da vila de Cuba, numa homenagem a um “filho da terra” que as teses de investigadores portugueses garantem ser o célebre descobridor das Américas. Em dia de festa na vila, com música cubana e cantares alentejanos, a homenagem atraiu a população ao principal largo da terra para assistir a uma cerimónia com “pompa e circunstância”, em que não faltaram as principais autoridades regionais, um representante da ministra da Cultura e o emocionado embaixador de Cuba em Lisboa. “Esta estátua da polémica vai ser origem de debate e de mais investigação nos meios académicos em torno da naturalidade do descobridor das Américas”, admitiu o presidente da Câmara Municipal de Cuba, Francisco Orelha, convicto das teses portugueses que atribuem ao cubense Cristóvão Colon a autoria do feito histórico. É a Cristóvão Colon, pseudónimo do alentejano Salvador Fernandes Zarco, filho ilegítimo do Duque de Beja com Isabel Gonçalves Zarco, que as teses portuguesas reivindicam a descoberta das Américas, e não ao genovês Cristóvão Colombo. Numa evocação unânime da naturalidade alentejana do explorador, os promotores da homenagem, a primeira em Portugal a Cristóvão Colon, defenderam a alteração dos manuais escolares, para que os livros passem a mencionar o alentejano Colon em vez do genovês Colombo. O presidente do Núcleo de Amigos da Cuba, Carlos Calado, defendeu a proposta com o argumento de ser Cristóvão Colon que figura nas Bulas Papais da época e numa carta do rei D. João II, datada de 1488. Em representação da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, participou na cerimónia o delegado regional da Cultura do Alentejo, José Nascimento, que defendeu o desenvolvimento das investigações históricas sobre a naturalidade do descobridor das Américas “para que se possam confirmar as teses”. Cerimónia concorrida Além de autarcas, deputados e historiadores, também se associaram à homenagem o bispo e o governador civil de Beja e Henrique Zarco, representante da família Zarco, de que Colon descende. E o interesse pela homenagem até ultrapassou fronteiras, levando uma equipa da televisão espanhola TVE a fazer a cobertura da cerimónia. Antes do principal largo da vila ser baptizado com o nome de Cristóvão Colon, foi descerrada, sob uma salva de palmas, uma estátua em bronze, com tonelada e meia, assente num pedestal em granito, da autoria do escultor português Alberto Trindade. Com dois metros e meio de altura, a estátua, apresentando a “verdade histórica”, constitui o primeiro monumento a reivindicar a nacionalidade portuguesa do navegador. O monumento foi oferecido à vila de Cuba pela Fundação Alentejo – Terra Mãe, liderada pelo advogado José Flamínio Roza. sexta-feira 2006.11.03 12 284 329 400 PUBLICIDADE 13 CORREIO DESPORTIVO sexta-feira 2006.11.03 FUTEBOL • MODALIDADES • CLUBES • ASSOCIAÇÕES • DESPORTO ESCOLAR BENFICA RECEBE BEIRA MAR Depois da derrota no Dragão, o Benfica regressa ao Estádio da Luz, onde recebe o Beira Mar. O grego Karagounis deve regressar ao lote de convocados para o jogo de domingo, às 19h45. SPORTING DE BRAGA VISITA ALVALADE Alvalade recebe um jogo de leões na segunda-feira, a partir das 19h15. Sporting e Sporting de Braga medem forças numa partida importante para as contas do topo da classificação. SEM ANDERSON EM SETÚBAL O brasileiro Anderson é a grande ausência já confirmada na equipa do FC Porto, que joga esta segunda-feira em Setúbal, com o Vitória, a partir das 20h30. À equipa portista deve regressar Bosingwa. 3ª Divisão – Comentário jogo do fim-de-semana. Calhau COVA DA PIEDADE – FC SERPA Domingo, 15 horas suplentes: Hernâni, Varela, Tiago Meira, Pedro Eugénio, Jorge Paulo, Ramalho e Pedro Maurício treinador: Ricardo Cravo João Paulo suplentes: Peraltinha, Velhinho, Édinho, Ricardo Oliveira, Vilão, Semedo e Facaia José Cláudio Quim Zé treinador: Carlos Simão “ Nuno Alves António Carlos Vítor Teixeira Sérgio Válter Canhita Rui Maurício Numa jornada em que o FC Serpa foi obrigado a descansar, o grande destaque vai para o Desportivo de Beja, que arrancou uma surpreendente vitória no terreno do então líder FC Ferreiras. No Algarve, os comandados de Jorge Vicente sofreram, mas acabaram por garantir a terceira vitória da época (a segunda consecutiva) e respiram agora com outra tranquilidade na tabela classificativa. Numa ronda com algumas surpresas, nota de destaque para a vitória do Atlético de Reguengos sobre o vizinho Juventude e para o triunfo do Lagoa em Évora, no reduto do Lusitano. Com a vitória, o Lagoa ascendeu ao primeiro lugar da classificação. Nuno Martins Rui Pepe Filipe Costa Ruben Espero que a minha equipa jogue aquilo que pode. Que mantenha a mesma alegria, confiança e solidariedade das outras partidas, no sentido de, no mínimo, vencermos. Desportivo surpreende Carlos Rato Dirceu Pelé José Carlos Adilson Luís Leal Marco Bruno Estádio José Martins Vieira Cova da Piedade 8ª jornada 3ª Divisão Nacional | Série F Carlos Simão | treinador do FC Serpa FC Serpa desloca-se à Cova da Piedade a pensar exclusivamente na conquista de pontos Simão quer “no mínimo vencer” R ealistas, mas confiantes. É este o estado de espírito do FC Serpa, que se desloca no domingo, 5, à Cova da Piedade, onde vai defrontar a equipa local em partida a contar para a 8ª jornada da Série F da 3ª Divisão Nacional. Depois de uma semana de “descanso” – deveriam ter jogado com o Vasco da Gama de Sines, que acabou no entanto por desitir do campeonato –, os serpenses regressam à competição num estádio tradicionalmente complicado e onde são esperadas muitas dificuldades, série F III DIVISAO até porque a prestação do Cova da Piedade até ao momento no campeonato não deixa antever grandes facilidades, como o ilustra a vitória do passado domingo em Almancil (2-4). “Encaramos este jogo com muito realismo. O campeonato é muito complicado, tem denotado bastante equilíbrio e, pelo que temos observado, este jogo não deve fugir à regra. Por isso, espero uma partida muito difícil”, revela ao “Correio Alentejo” o técnico do FC Serpa. Sobre o adversário de domingo, Carlos Simão diz ter bem presente o “valor” do Cova da Piedade, que caracteriza como uma “equipa típica” do terceiro escalão do futebol nacional, que “utiliza um futebol simples” e a “pensar no ponto”, beneficiando do facto de possuir “um triângulo a meio-campo de grande força”. “Vai ser muito difícil [jogar com o Cova da Piedade], mas espero que a minha equipa jogue aquilo que pode. Que mantenha a mesma alegria, confiança e solidariedade das outras partidas, no sentido de, Futebol Futebol Atletismo Scolari e Madaíl visitam Beja Segunda divisão arranca sábado Beja recebe Torneio de Outono O seleccionador nacional e o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) visitaram na quinta-feira, 2, a cidade de Beja. A deslocação de Luís Filipe Scolari – e respectiva equipa técnica – e Gilberto Madaíl a Beja resultou de um convite da direcção da Associação de Futebol de Beja, que pretendeu dessa forma transmitir o seu reconhecimento público pelo êxito da selecção nacional no último Campeonato do Mundo, na Alemanha, onde obteve o quarto lugar. Scolari e Madaíl chegaram a Beja a meio da tarde de ontem e foram recebidos numa sessão pública de boas vindas, que teve lugar no Salão Nobre do Governo Civil de Beja. Posteriormente, o seleccionador nacional e o presidente da FPF jantaram com representantes de algumas das instituições da cidade e da região. Tem início este sábado, 4, a edição de 2006-2007 do campeonato da 2ª Divisão da Associação de Futebol de Beja (AFB). Ao todo, são 16 os emblemas que, separados em duas séries de oito clubes cada, vão tentar ocupar as quatro vagas que dão acesso à segunda fase da prova, onde depois se discute a subida à 1ª Divisão Distrital. A Série A arranca no domingo, 5, com o favoritismo a recair nos históricos Cabeça Gorda e Aldenovense. O popular “Ferrobico” retorna oficialmente ao escalão secundário no reduto do Alvito, enquanto o Aldenovense diante do Bairro da Conceição. Um dia antes, no sábado, tem início a Série B, onde Santa Claraa-Nova e Renascente de São Teotónio são os principais candidatos à subida. Os primeiros defrontam em casa o Boavista, enquanto a formação do Litoral Alentejano recebe o Alvorada de Ervidel. Em 2005-2006, o Salvadense conquistou o título de campeão distrital da 2ª Divisão, garantindo igualmente a promoção ao campeonato maior da AFB, juntamente com o Milfontes. A pista de atletismo do Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja, recebe este sábado, 4, a nona edição do Torneio de Outono em atletismo. A prova é promovida pela Associação de Atletismo de Beja (AAB), com o apoio da Câmara Municipal local, e é a primeira do calendário regional oficial nesta temporada 2006-2007. Destinado a atletas federados ou do Desporto Escolar, o Torneio de Outono da AAB tem início às 15h00 e integra provas de lançamento do peso, lançamento do dardo, salto em altura e salto em comprimento, além de corridas de 60, 300, 800 e 1000 metros. no mínimo, vencermos”, sublinha Simão. À partida para esta 8ª jornada, o FC Serpa ocupa uma incómoda 13ª posição no campeonato. Um dado que, ainda assim, não preocupa de sobremaneira o seu técnico, que avalia a prestação da equipa como “normal”. “É certo que podíamos ter mais três ou quatro pontos. Temos falhado apenas nos pormenores, devido à nossa falta de maturidade, mas acredito plenamente que a equipa vai crescer ainda mais”, conclui. AGENDA FUTEBOL | 8 Sábado, 04 Juniores | 2ª Div. Nacional > jornada 10 União de Montemor - Despertar [15h00] Juniores | Camp. Distrital > jornada 1 Aljustrelense - FC Castrense [15h00] Moura - Bairro da Conceição [15h00] Ferreirense - Piense [15h00] JORNADA | 7 Silves - Lusitano VRSA ....................................2-0 Amora - Campinense .....................................1-0 FC Ferreiras - Desportivo de Beja ....................1-2 At. Reguengos - Juventude de Évora ..............2-1 Almansilense - Cova da Piedade .....................2-4 Beira Mar MG - Vit. Setúbal B ........................3-2 Lusitano de Évora - Lagoa ..............................1-2 Descansou: FC Serpa 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Lagoa Juventude FC Ferreiras Cova da Piedade Amora Beira Mar MG Almansilense Desportivo Beja Lusitano VRSA At. Reguengos Vit. Setúbal B Campinense FC Serpa Silves Lusitano Évora Vasco da Gama J 6 7 5 6 7 6 6 7 7 7 6 7 6 7 6 0 V 5 4 4 4 3 3 3 3 3 2 2 1 2 1 1 0 E 0 2 2 0 3 2 1 0 0 2 0 3 0 1 0 0 D 1 1 1 2 1 1 2 4 4 3 4 3 4 5 5 0 M-S 12-6 12-6 11-5 12-8 6-4 7-4 14-10 6-7 6-9 8-11 6-10 5-10 4-9 6-10 5-11 0-0 P 15 14 14 12 12 11 10 9 9 8 6 6 6 4 3 0 Próxima Jornada | 05.11.2006 Lusitano VRSA-Lusitano de Évora; Campinense-Silves; Desportivo de Beja-Amora; Juventude de Évora-FC Ferreiras; Cova da Piedade-FC Serpa; Vit. Setúbal B-Almansilense e Lagoa-Beira Mar MG Descansa: At. Reguengos AF BEJA 1ª DIVISAO Seniores | 2ª Div. Distrital Série B > jornada 1 Santa Clara-a-Nova - Boavista [15h00] Naverredondense - Sanluizense [15h00] São Domingos - Messejanense [15h00] Renascente - Alvorada [15h00] JORNADA | 5 | 29-10-2006 FC São Marcos - Entradense ...........................2-1 Barrancos - Ferreirense ...................................1-4 Moura - Guadiana .........................................2-0 Salvadense - Odemirense ...............................2-1 Vasco da Gama - Piense .................................3-1 Mineiro Aljustrelense - Almodôvar..................4-0 Milfontes - FC Castrense ................................1-2 Domingo, 05 Iniciados | Camp. Nacional > jornada 8 Despertar - Imortal [11h00] Olhanense - Sp. Cuba [11h00] JORNADA | 6 | 01-11-2006 Entradense - Milfontes ...................................2-1 Ferreirense - FC São Marcos ...........................3-0 Guadiana - Barrancos.....................................0-3 Odemirense - Moura ......................................2-2 Piense - Salvadense ........................................3-1 Almodôvar - Vasco da Gama ..........................1-1 FC Castrense - Mineiro Aljustrelense ..............3-3 Juvenis | Camp. Nacional > jornada 7 Barreirense - Odemirense [10h30] Seniores | 2ª Div. Distrital Série A > jornada 1 Bairro da Conceição - Aldenovense [15h00] Alvito - Cabeça Gorda [15h00] Vale de Vargo - Ficalho [15h00] Alfundão - Baleizão [15h00] Seniores | 1ª Div. Distrital > jornada 7 Entradense - Ferreirense [15h00] FC São Marcos - Guadiana [15h00] Barrancos - Odemirense [15h00] Moura - Piense [15h00] Salvadense - Almodôvar [15h00] Vasco da Gama - FC Castrense [15h00] Milfontes - Aljustrelense [15h00] Seniores | 3ª Div. Nacional Série F > jornada 8 Desportivo de Beja - Amora [15h00] Cova da Piedade - FC Serpa [15h00] 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 FC São Marcos Moura FC Castrense Vasco da Gama Aljustrelense Entradense Ferreirense Milfontes Piense Odemirense Almodôvar Barrancos Guadiana Salvadense J 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 V 4 4 3 3 2 3 3 2 2 2 1 1 1 1 E 1 1 2 2 4 1 1 2 1 1 2 1 1 0 D 1 1 1 1 0 2 2 2 3 3 3 4 4 5 M-S 12-08 17-06 11-06 11-08 15-09 10-12 16-07 11-10 10-12 06-10 07-11 07-17 05-13 06-15 P 13 13 11 11 10 10 10 8 7 7 5 4 4 3 7ª Jornada | 05.11.2006 Entradense-Ferreirense; FC São Marcos-Guadiana; Barrancos-Odemirense; Moura-Piense; Salvadense-Almodôvar; Vasco da Gama-FC Castrense e Milfontes-Mineiro Aljustrelense sexta-feira 2006.11.03 14 GUI’ ARTE CULTURA • EXPOSIÇOES • ESPECTÁCULOS > teatro | cinema | música | tv | radio | video] • GENTES • MODA • SAÍDAS > festas | discotecas] • PRAZERES > viagens | restaurantes | livros] • SERVIÇOS> farmácias | telefones úteis ] • TEMPO DANÇAS DE SALÃO EM ALJUSTREL A Associação de Profissionais de Dança Desportiva, em cooperação com a Câmara de Aljustrel, organiza no sábado, 4, a nona eliminatória da Taça de Portugal de Dança Desportiva. FORÇA AÉREA FESTEJA EM BEJA As comemorações do Dia da Força Aérea em 2007 vão realizar-se na cidade de Beja. A garantia foi dada pelo chefe do Estado-maior da Força Aérea, general Taveira Martins. GUIA CULTURAL Gastronomia. Pratos de lebre, perdiz ou javali em toda a região Sabores da caça em 26 restaurantes Até ao próximo domingo, em 10 concelhos e 26 restaurantes do distrito de Beja, ainda há oportunidade de experimentar os petiscos da Semana Gastronómica da Caça. S abores “selvagens” de pratos como “sauté” de javali com cogumelos ou açorda de perdiz enriquecem até ao próximo domingo as ementas de 26 restaurantes do distrito de Beja, durante a Semana Gastronómica da Caça. Em plena época venatória, a iniciativa, promovida pela Região de Turismo da Planície Dourada (RTPD), envolve restaurantes de 10 dos 14 concelhos do distrito. Beja e Mértola são os municípios com mais restaurantes aderentes, mas os acepipes podem também ser degustados em Aljustrel, Almodôvar, Castro Verde, Ferreira do Alentejo, Moura, Ourique, Serpa e Vidigueira. O presidente da RTPD, Vítor Silva, referiu que a Semana Gastronómica da Caça pretende “promover o património gastronómico do Baixo Alentejo, potenciando a qualidade da cozinha tradicional à base de caça como factor diferenciador do turismo na região”. Por outro lado, continuou, a iniciativa pretende “sensibilizar os empresários do sector para que mantenham os tradicionais pratos do receituário alentejano nos seus menus”. Os apreciadores de gastronomia de caça vão poder saborear pratos à base de perdiz, lebre, coelho, javali, veado e pombo, confeccionados de “mil e uma maneiras”, nomeadamente com cogumelos, castanhas e ameixas ou acompanhados de couve, feijão e grão. Entre os manjares disponíveis nos cardápios, os apreciadores têm à sua disposição pratos mais convencionais, como o tradicional coelho frito ou lebre com grão, feijão branco ou estufada. Já os mais aventureiros em matéria de paladar, vão poder experimentar pratos menos convencionais, como açorda de perdiz ou de lebre, “sauté” de javali com cogumelos e ameixas ou veado assado com geleia. “Além dos pratos cozinhados, esta é também uma excelente ocasião para provar a doçaria, os vinhos e enchidos da região”, realçou Vítor Silva. Anualmente, a RTPD promove também outras duas semanas gastronómicas, uma dedicada ao porco, em plena época das tradicionais matanças no Alentejo, e outra à base de pratos de borrego, que se realiza durante a Páscoa. BTT POR TERRAS DE PIAS A Casa do Povo de Pias promove este domingo, 5, a primeira edição do passeio em bicicletas todo-o-terreno (BTT) “Por Terras de Azeite e Vinho”. EXPOSIÇÕES | 7 ALJUSTREL Biblioteca Municipal Até 29 de Novembro “Colecção Camoniana” ALMODÔVAR Galeria de Exposições da Praça Até 7 de Dezembro “Mina de São Domingos - Olhares Sobre Um Lugar”, fotografias de António Cunha, Helena Lousinha e Jean Pierre dos Santos FERREIRA DO ALENTEJO Museu Municipal Até 30 de Novembro “Meninos de Ontem e de Hoje - Sonhos e Brincadeiras” Posto de Turismo Até 15 de Novembro Exposição de Aguarelas de Ana Pereira Capela de Santo António Até 10 de Dezembro Artes plásticas de Cristiana Ramos MÉRTOLA Convento de S. Francisco Até 31 de Dezembro “Arte Cinética de Christaan Zwannikken” MOURA Museu Municipal de Moura Até 31 de Dezembro “Artes e Ofícios Tradicionais” ESPECTÁCULOS | 2 BEJA Pax Júlia Teatro Municipal Raices del Sul (Espanha) Sexta | dia 3 | 21h30 Kilema (Madagáscar) Sábado | dia 4 | 21h30 TEATRO | 1 BEJA Pax Júlia Teatro Municipal “A Última Geração de Krapp” Quarta e quinta | dias 8 e 9 | 22h00 CINEMA | 8 A lebre é um dos produtos em destaque Beja Odemira Almodôvar Alentejo Elementar na Casa da Cultura Sonoridades e sabores Vaivém do Oceanário deixa a vila este sábado A Casa da Cultura de Beja mostra a partir desta sexta-feira, 3, a exposição de fotografias “Alentejo Elementar”. A mostra pode ser vista até dia 23 e junta trabalhos dos fotógrafos alentejanos António Carrapato, António Cunha, Augusto Brázio, Bruno Portela, Céu Guarda, Edgar Martins, João Francisco Vilhena, José Manuel Rodrigues, Luís Pavão, Mariano Piçarra, Nuno Cera e Rui Gaudêncio. “Alentejo Elementar” é uma exposição onde cada fotógrafo expõe a sua “visão” sobre os quatro elementos que são o “princípio de tudo e de todas as coisas”. A estes juntaram um quinto elemento, o Homem, que “é também a máquina, é também o olhar, é também o instante retido”. “Manter vivos” os gestos e tradições do concelho de Odemira é o grande objectivo da “Sonoridades & Sabores”, iniciativa conjunta da Câmara de Odemira e da Associação de Desenvolvimento Local de Amoreiras-Gare que se realiza ao longo deste mês de Novembro. A primeira sessão realiza-se este sábado, 4, a partir das 15h00, na Taberna do Gil (Moitinhas - Sabóia). Ali se podem provar carne da banha, carapaus alimados ou galinha de cabidela, enquanto se aprecia o cante ao baldão e a música das Gentes do Alto Mira. Seguem-se o Café Porfírio, em Vale Ferro (11); o Paraíso da Serra, em Corte Brique (18); e o Café Poço Novo, em São Martinho das Amoreiras (25). O Vaivém do Oceanário de Lisboa está quase de partida de Almodôvar, onde se encontra estacionado na Praça da República desde o passado sábado, 28 de Outubro. O último dia de visitas é amanhã, sábado, 4, e depois o Vaivém do Oceanário rumará a outro ponto do país. Sendo uma espécie de Oceanário portátil, o vaivém é uma viatura que se transforma numa sala onde os visitantes podem assistir a um filme sobre o Oceanário e participar em várias actividades. Desta forma, miúdos e graúdos ficam a conhecer um pouco do maior aquário de Portugal, numa “viagem” que tem também por objectivo sensibilizá-los para uma visita futura ao equipamento-mãe, situado no Parque das Nações, em Lisboa. Desde que foi lançado, a 8 de Junho de ano passado, em Cascais, o vaivém já foi visitado por mais de 25 mil pessoas, passando pelos concelhos de Setúbal, Grândola, Alcochete, Beja, Sesimbra, Lisboa, Olhão, Santarém, Albufeira, Oeiras, Abrantes, Guimarães, Vila Nova de Foz Côa, Portimão, Covilhã, Marinha Grande, Seia, Serpa e Santiago do Cacém. ALMODÔVAR Cine-Teatro Municipal A Casa da Lagoa Sexta | dia 3 | 21h30 BEJA Pax Júlia Teatro Municipal Águas Silenciosas Segunda | dia 6 | 21h30 CASTRO VERDE Cine-Teatro Municipal O Mito Sexta | dia 3 | 21h30 FERREIRA DO ALENTEJO Cine-Teatro Municipal Carros Sexta a domingo | dias 3 e 5 | 21h30 MÉRTOLA Cine-Teatro Marques Duque Clique Sexta | dia 3 | 21h00 MOURA Cine-Teatro Caridade A Casa da Lagoa Sexta e domingo | dias 3 e 5 | 21h15 ODEMIRA Cine-Teatro Camacho Costa Um Homem na Cidade Sexta | dia 3 | 21h30 SERPA Cine-Teatro Municipal Serpentes a Bordo Sexta a domingo | dias 3 a 5 | 21h30 15 GUI’ ARTE sexta-feira 2006.11.03 FARMÁCIAS TEMPO HOJE/SEXTA | 03 PREVISÃO NA REGIÃO DO ALENTEJO Alcácer do Sal HOJE Períodos de céu muito nublado. Possibilidade de ocorrência de aguaceiros. Pequena subida da temperatura máxima. Alvito Cuba SÁBADO Céu muito nublado. Condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros. Descida das temperaturas. Chuva DOMINGO Céu pouco nublado. Pequena subida das temperaturas máximas. Céu nublado Vidigueira Grândola temperatura média prevista para hoje Abertas aguaceiros Moura Ferreira do Alentejo Barrancos Santiago do Cacém BEJA 23 Sines céu nublado abertas aguaceiros Aljustrel 20º 13 céu limpo Serpa Ourique Castro Verde céu muito nublado muito nublado com abertas Mértola trovoadas 1m Almôdovar nevoeiro LUA nova crescente geada 20 Nov. 28 Nov. ocaso vento fraco moderado 04h27 vento forte nascente nascente cheia 06h57 16h15 5 Nov. ocaso 17h34 minguante 12 Nov. ondulação <1m Faro 21º fonte: http//weather.msn.com TELEVISAO SEXTA 06:30 10:00 13:00 14:10 15:15 17:15 18:00 19:00 19:15 20:00 21:00 21:15 21:45 22:45 23:00 00:00 SÁBADO 02:00 02:15 04:00 07:00 10:00 11:00 12:00 12:30 13:00 14:15 15:45 16:30 17:30 19:00 19:15 20:00 21:00 21:15 23:15 01:45 02:00 DOMINGO 04:15 04:30 07:00 08:00 09:30 10:00 11:00 12:00 12:30 13:00 14:15 15:15 17:00 19:00 20:00 21:00 21:30 22:00 00:00 00:30 04:00 06:05 RÁDIO FM 2: Bom Dia Portugal Praça da Alegria Jornal da Tarde Os Ricos Também Choram Portugal no Coração Lingo Portugal em Directo 27.ª Moda Lisboa O Preço Certo Telejornal Cuidado com a Língua Câmara Café Um Contra Todos Contra-informação O Caso de Sharon Tate Sessão da Meia Noite “Passageiro 57” 27.ª Moda Lisboa Só Visto! Televendas 14:00 15:30 16:00 16:30 17:20 17:45 18:30 19:05 19:30 20:40 21:00 21:50 22:00 22:30 23:20 00:15 Brinca Comigo A Floresta Tropical Um Mar com Vida Destinos.pt Camilo, O Pendura Jornal da Tarde Top + Reencontro com o Passado Na Terra dos Ricos Sessão da Tarde “A Aventura do Ouro Perdido” 27.ª Moda Lisboa O Preço Certo Telejornal A Voz do Cidadão Dança Comigo Sessão da Noite “Um Crime Real” 27.ª Moda Lisboa Última Sessão “O Princípio da Incerteza” A Hora da Sorte Televendas 07:00 07:30 08:00 09:00 12:00 12:30 13:30 14:00 15:00 19:00 19:30 20:00 20:30 21:00 21:50 22:00 22:30 23:00 Brincar a Brincar Brinca Comigo O Homem dos Leões Eucaristia Dominical Viagens Extraordinárias A Minha Sogra é uma Bruxa Contra-informação Jornal Da Tarde Só Visto! Invasão Dança Comigo Naufrágio ao Largo de Moçambique Telejornal As Escolhas de Marcelo Rebelo de Sousa Gato Fedorento Lotação Esgotada “Doce Novembro” Ela Por Ela Última Sessão “Loucos Pela Dança” Televendas Nós 90.0 Rádio Vidigueira 92.6 01:00 01:55 02:55 03:30 03:50 05:20 00:45 01:45 02:45 07:00 07:15 08:00 08:30 09:00 09:30 10:00 11:00 11:30 12:00 12:30 13:00 13:30 14:00 14:45 15:00 19:00 20:00 20:30 21:00 21:30 22:00 22:30 23:15 SIC Sociedade Civil A Alma e a Gente Entre Nós Euronews National Geographic Hora Discovery A Fé dos Homens Eurodeputados Zig Zag Dois Homens e Meio Hora Discovery A Hora da Sorte Jornal 2: Perto de Casa Mundos Noites da 2: “O Tutor Estreia” Universidades Diga Lá Excelência Eurodeputados Vida Por Vida Sociedade Civil Euronews 07:05 09:00 09:55 13:00 14:10 14:50 15:40 17:25 19:00 20:00 21:15 21:30 22:15 23:15 00:35 Euronews África 7 Dias Notícias de Portugal Universidade Aberta Vida Por Vida Câmara Clara Bombordo Parlamento Desporto 2: Couto & Coutadas Vida de João Kulto Gato Fedorento A Terceira Frente A Hora da Sorte Jornal 2: Calma, Larry Sala 2: “Cidade de Deus” Músicas Scissor Sisters - “Red Square Live” Parlamento Desporto 2: 07:00 08:20 10:05 10:35 10:55 11:55 13:00 14:00 15:00 Euronews A Terceira Frente Músicas de África Áfric@global Caminhos 70x7 Nós Da Terra ao Mar Consigo Couto & Coutadas Olhar o Mundo Portugueses de Sucesso National Geographic Mundos A Voz do Cidadão Desporto 2: Revolta dos Pastéis de Nata Jovens Titãs Futurama Bombordo A Alma e a Gente Jornal 2: Diga Lá Excelência Britcom 92.8 TLA - Telefonia Rádio Planície Local de Aljustrel Moura DOMINGO | 05 Aljustrel > Dias. T. 284 600 020 Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251 Beja > Oliveira Suc. T. 284 323 819 Ferreira do Alentejo > Salgado. T. 284 732 242 Mértola > Maktub. T. 286 612 820 Moura > Ferreira da Costa. T. 285 252 156 Odemira > Central. T. 283 322 183 Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485 Vidigueira > Luís A. da Costa. T. 284 434 129 mar calmo PROVÉRBIO POPULAR SOBRE O TEMPO “Cava fundo em Novembro para plantares em Janeiro.” RTP1 SÁBADO | 04 Aljustrel > Dias. T. 284 600 020 Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251 Beja > Fonseca. T. 284 324 413 Ferreira do Alentejo > Salgado. T. 284 732 242 Mértola > Maktub. T. 286 612 820 Moura > Faria. T. 285 252 412 Odemira > Central. T. 283 322 183 Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485 Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274 chuva Odemira neve SOL Aljustrel > Dias. T. 284 600 020 Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251 Beja > J.A. Pacheco. T. 284 322 501 Ferreira do Alentejo > Salgado. T. 284 732 242 Mértola > Maktub. T. 286 612 820 Moura > Rodrigues. T. 285 252 266 Odemira > Central. T. 283 322 183 Serpa > Central. T. 284 549 107 Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274 02:45 TVI SIC Kids Floribella Fátima Primeiro Jornal O Profeta Laços de Família Contacto Floribella Sinhá Moça Jornal da Noite Tcharan Floribella Cobras & Lagartos Jura Cinema: “Kickboxer IV: O Agressor“ Cinema “A Caserna dos Calões” CABO/SATÉLITE 07:00 10:00 10:05 13:00 14:00 15:45 17:00 18:00 20:00 21:15 21:30 22:30 23:30 00:45 03:15 04:15 Diário da Manhã Separar vai Colar Você na TV! Jornal da Uma Anjo Selvagem Quem Quer Ganha Clube Morangos Morangos com Açúcar IV Jornal Nacional Euromilhões Tempo de Viver Doce Fugtiva Fala-me de Amor Fiel ou Infiel? No Limite do Mal TVI Negócios SPORT TV: Futebol de Praia Campeonato do Mundo 12:40 EUA X Japão 14:00 Brasil X Polónia 15:20 Canadá X Irão 16:40 Espanha X França 20:30 01:00 Futebol - Liga Portuguesa Belenenses X UD Leiria Basquetebol - NBA SA Spurs X C. Cavaliers LUSOMUNDO PREMIUM 22:00 Madagáscar LUSOMUNDO ACTION 23:20 Operação Flecha Quebrada LUSOMUNDO HAPPY 22:55 Através da Noite LUSOMUNDO GALLERY 21:00 Assédio 17:00 20:00 21:15 21:45 22:30 00:15 02:30 06:50 08:35 10:10 10:40 11:10 11:55 13:00 14:00 16:00 18:15 20:00 21:00 21:30 22:15 23:15 01:30 03:30 SIC Kids Disney Kids Witch Power Rangers Uma Aventura O Nosso Mundo Primeiro Jornal Êxtase Cinema “A Bela e o Bandido” Cinema: “Relatório Minoritário” Jornal da Noite Exclusivo Floribella Cobras & Lagartos Cinema: “Caçadores de Mentes” Cinema: “Os Homens de Branco” SIC KIds Disney Kids Bratz Action Man Uma Aventura BBC Vida Selvagem Primeiro Jornal Cinema: “Cadete Kelly” Cinema: “A Todo o Custo” Cinema: “O Barco do Amor” Jornal da Noite Reportagem SIC Malucos do Riso Aqui Não Há Quem Viva Herman SIC Cinema: “A Outra Irmã” Manobras de Diversão 93.0 Rádio Castrense Castro Verde 101.4 Rádio Pax Beja 07:00 07:30 07:55 08:15 08:45 10:00 11:30 12:15 13:00 14:00 17:00 20:00 21:15 23:15 00:15 02:30 03:30 07:00 07:30 08:00 08:30 08:45 11:00 12:30 13:00 14:00 15:00 17:45 18:00 20:00 21:15 00:00 02:00 03:45 04:15 Batatoon Sitting Ducks Dan Dare Powerpuff Girls Morangos Com Açúcar O Bando dos Quatro deLUXe bwinLiga - Antevisão Jornal da Uma Canta por Mim Filme a Designar Jornal Nacional bwinLiga Jogo a Designar Doce Fugitiva Cinema: “Paciente Misteriosa” O Júri No Limite do Mal Batatoon Sitting Ducks Dan Dare Powerpuff Girls Morangos Com Açúcar Eucaristia Dominical Oitavo Dia Jornal da Uma Pedro, O Milionário Filme a Designar bwinLiga - Golos Filme a Designar Jornal Nacional Canta por Mim BwinLiga - a jornada, os casos, o fórum Filme: “Um Dia a Casa Vem Abaixo” Will & Grace V As Feiticeiras VIII 102.9 Maré Alta V.N. Milfontes SPORT TV: 12:45 Futebol - Premier League Fulham X Everton 15:00 Futebol - Premier League Man. United X Portsmouth 19:15 Futebol - Liga Portuguesa Boavista FC X Desp. Aves 21:20 Futsal - Camp. Nacional Pombal X Benfica 02:00 Boxe - Peso Meio Médio F.Mayweather X C.Baldomir LUSOMUNDO PREMIUM 22:00 Open Range SEGUNDA | 06 Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181 Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254 Beja > Palma. T. 284 322 498 Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235 Mértola > Pancada. T. 286 612 176 Moura > Nataniel Pedro. T. 285 252 338 Odemira > Confiança. T. 283 300 010 Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485 Vidigueira > Luís A. da Costa. T. 284 434 129 TERÇA | 07 Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181 Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254 Beja > Central. T. 284 322 899 Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235 Mértola > Pancada. T. 286 612 176 Moura > Rodrigues. T. 285 252 266 Odemira > Confiança. T. 283 300 010 Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485 Vidigueira > Luís A. da Costa. T. 284 434 129 QUARTA | 08 Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181 Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254 Beja > Santos. T. 284 389 331 Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235 Mértola > Pancada. T. 286 612 176 Moura > Faria. T. 285 252 4123 Odemira > Confiança. T. 283 300 010 Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485 Vidigueira > Luís A. da Costa. T. 284 434 129 QUINTA | 02 Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181 Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254 Beja > J.A. Pacheco. T. 284 322 501 Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235 Mértola > Pancada. T. 286 612 176 Moura > Ferreira da Costa. T. 285 252 156 Odemira > Confiança. T. 283 300 010 Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485 Vidigueira > Luís A. da Costa. T. 284 434 129 LUSOMUNDO ACTION 18:05 Alerta Máximo LUSOMUNDO HAPPY 10:00 Batman - O Invencível URGÊNCIAS LUSOMUNDO GALLERY 11:00 Horizonte Perdido Polícia de Segurança Pública AXN 14:50 22:25 Emergência Social Um Pai à Maneira Mar de Chamas SPORT TV: 11:40 Futebol de Praia Campeonato do Mundo França Canadá 13:30 Futebol - Premier League West Ham X Arsenal 15:35 Basquetebol - Liga Port. Benfica X Queluz LUSOMUNDO PREMIUM 13:35 Team América LUSOMUNDO ACTION 14:45 Kickboxer 3 LUSOMUNDO HAPPY 19:10 Mesmo Debaixo do Nariz LUSOMUNDO GALLERY 19:25 Alerta Nuclear AXN 14:50 18:30 22:25 00:50 104.0 Rádio Singa Ferr. Alentejo Fantasmas do Passado Corações Roubados A Máscara de Zorro A Flecha e a Rosa 104.5 Voz da Planície - Beja 112 114 117 144 Protecção à floresta Emergência Social SEGURANÇA Bombeiros t. 284 311 660 GNR - BT t. 284 324 428 OUTROS Centro de Saúde de Beja > Rua António Sardinha // tel: 284 329 706 Centro Regional de Segurança Social > Serviço Sub-regional de Beja | Rua Prof. Bento de Jesus Caraça. 25 Beja. // tel 284 312 700 Táxis > tel: 284 322474 Instituto Politécnico de Beja > Rua de Santo António, n.º 1 - A // tel: 284 314 400 Posto de Turismo >Rua Cap. João Francisco de Sousa, n.º 25 // Tel:284 320 281 Polícia de Segurança Pública (PSP) > Largo D. Nuno Álvares Pereira. // tel: 284 322022 Protecção Civil > Rua D. Nuno Álvares Pereira. // tel. 284 320 340 MÍNIMA MÁXIMA SEXTA 03.11.2006 22 14 TEMPO PARA HOJE. Períodos de céu muito nublado. Possibilidade de ocorrência de aguaceiros. Pequena subida da temperatura máxima. pág. 22 p.02 REGIÃO > Baixo Alentejo • p.05 CONTRA_FACTOS • p.06 ANÁLISES & OPINIÃO • p.08 DINHEIRO & NEGÒCIOS • p.11 VIDA ACTUAL > Sociedade • p.13 CORREIO DESPORTIVO • p.14 GUI’ARTE • suplemento INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA pub. SUGERE... SEXTA-FEIRA [21H30] MÚSICAS DO SUL EM BEJA O grupo espanhol “Raíces del Sur” sobe ao palco do Pax Julia no âmbito do Festival “Músicas do Sul”. Francisco Orelha PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE CUBA [pág.11] “ Esta estátua da polémica vai ser origem de debate e de mais investigação nos meios académicos em torno da naturalidade do descobridor das Américas [Cristóvão Colon] SEXTA-FEIRA. [21H00] O PERFUMISTA EM FERREIRA Joaquim Figueira Mestre apresenta o seu novo livro O Perfumista na biblioteca de Ferreira do Alentejo. Concertos. Festival “Músicas do Sul” com sons de Espanha e África Óbito Beja ouve sons do Sul no palco do Teatro Pax Julia Manuel Geraldo faleceu esta semana “Músicas do Sul” “inundam” durante três dias o palco do Teatro Pax Julia. O espectáculo “La Frágua”, no qual um guitarrista, dois cantadores e três bailarinos dão som, voz e corpo às artes do flamenco tradicional, marca um ciclo dedicado às músicas do Sul, que começou esta quintafeira em Beja. O ciclo “Músicas do Sul”, que dura até este sábado no Teatro Municipal Pax Julia, inclui três espectáculos, um por noite, sempre a partir das 21h30, que exploram sons do Sul, como o flamenco e os ritmos africanos. O ciclo arrancou ontem com o estilo afro-pop da banda do guineense Alex Ikot Batua, misturando ritmos africanos, como o bangambé, sabar, cacha, dundumba e bikutsí, com melodias e arranjos de jazz e flamenco. Hoje, sexta-feira, á a vez do grupo espanhol “Raíces del Sur” subir ao palco do Pax Julia, com o espectáculo “La Frágua”, que conta com um guitarrista, dois cantadores e três bailarinos. Os intérpretes dão som, voz e corpo às várias artes do flamenco tradicional, como a guitarra, o cajón, o canto, a frágua e o baile. O espectáculo desenvolve-se à volta de uma frágua (forja), com um cantador, representando um ferreiro no seu árduo trabalho, a interpretar o chamado “cante hondo flamenco”, o canto profundo da arte flamenca “sem aditivos”. Além do “cante hondo”, que se caracteriza por ser extremamente ortodoxo e alheio às inovações e fusões, o espectáculo inclui ritmos mais festivos, como as alegrias, tangos e bulerías interpretadas pela guitarra que acompanha as vozes e os bailes Ensino Superior sudoku grau de dificuldade > MÉDIO 8 1 7 3 6 2 9 4 5 5 6 2 9 4 1 3 8 7 3 4 9 5 7 8 6 2 1 pub. 7 8 4 6 1 3 2 5 9 7 2 3 9 8 1 7 5 3 1 8 8 2 3 6 6 3 7 4 8 5 1 9 3 2 8 5 4 7 6 1 7 2 3 6 2 5 7 9 4 8 1 3 6 4 2 5 6 4 3 7 1 9 8 9 8 solução INSTRUÇÕES DO JOGO Completar a grelha (de 9 quadrados) com 81 casas dispostas em 9 colunas alinhando as mesma com os números de 1 a 9, sem que repita nenhum número em cada coluna nem em cada quadrado. 9 7 1 8 2 6 5 3 4 6 4 3 8 1 5 9 7 6 2 9 flamencos. No último dia deste ciclo temático, sábado, a música africana volta a soar no Pax Julia, desta vez pela voz de Kilema, considerado o “embaixador” da tradição e cultura musical da ilha de Madagáscar. Originário da cidade de Toliary, na zona Sudoeste de Madagáscar, Kilema mantém os vínculos com as músicas ancestrais originárias daquela ilha africana, interpretando músicas à base de instrumentos autóctones como o Kabosy (bandolina) e o Katsá. Além dos espectáculos, o programa desta iniciativa inclui ainda uma oficina de Flamenco, que vai decorrer sexta-feira e sábado. IPB “inaugura” novo ano lectivo A cerimónia solene de comemoração do Dia do Instituto Politécnico de Beja (IPB) realiza-se na próxima terça-feira, 7, a partir das 14h30, no auditório dos Serviços Comuns, marcando a abertura oficial do novo ano lectivo. Na sessão vão discursar o presidente do IPB, José Luís Ramalho, o presidente da Escola Superior de Educação, Vito Carioca, e um representante dos estudantes. Nesta edição, a propósito do arranque do ano lectivo, o “CA” publica um caderno de oito páginas sobre o IPB. E AINDA... O jornalista e escritor Manuel Geraldo, de 63 anos, nascido na Salvada, morreu terça-feira, 31, em Lisboa, vítima de doença prolongada. O corpo foi velado na Capela Mortuária de Santa Joana Princesa e o funeral seguiu para o cemitério do Alto de S. João, em Lisboa. Manuel Geraldo tinha quase quatro décadas de carreira como jornalista. O seu percurso iniciou-se no “Diário de Lisboa”, tendo passado pelo “Tal & Qual”, “Câmbio 16” (Espanha), “Revista Alentejana”, “Almanaque Alentejano” e “Diário do Alentejo”. Como escritor, publicou vários livros, a maioria dos quais ligados ao Alentejo e à defesa da cultura regional alentejana. À família enlutada o “CA” manifesta o seu mais sentido pesar. ACIDENTE GRAVE NO IP 2. Uma pessoa morreu e três ficaram feridas num choque entre três automóveis que ocorreu terça-feira, dia 31 de manhã no IP 2, perto de Entradas. A morte do condutor de um dos veículos envolvidos foi atestada no local por elementos da viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do INEM. Além da vítima mortal, a colisão provocou também três feridos ligeiros. O choque envolvendo os três veículos ligeiros ocorreu cerca das 07h25, numa altura com intenso nevoeiro. CONFERÊNCIA EM ALJUSTREL. O Clube Aljustrelense recebe este sábado, a partir das 17h30, a conferência “José Couso: Um crime de Guerra – A Ocupação do Iraque”, do espanhol Javier Couso. A iniciativa conta com o apoio do Centro de Cultura Anarquista Gonçalves Correia e vai centrar-se no “assassinato” pelo exército dos EUA do repórter de imagem espanhol José Couso, a 8 de Abril de 2003 na cidade de Bagdad. pub. VIATURAS USADAS PARA VENDA Mazda B2500 4x4 Free-Style 3L c/ AC - Cx. Metálica - Serviço . 03/2006 Mazda B2500 4x4 Cab Dup. Active AC Cx. Met. c/11.000Km.... 10/2005 Mazda B2500 4x4 Cab. Dupla c/AC - Cx.Metálica - c/7.600Km . 10/2005 Mazda 6 SW MZR-CD 2.0 Sport - Serviço/Poucos Km ............ 10/2005 Mazda 3 HB MZ-CD 1.6 Exclusive - Diesel - Cinzento ............. 03/2005 Mazda 3 HB MZ-CD 1.6 Exclusive - Diesel - Cinzento ............. 03/2005 Mazda B2500 4x4 Free-Style 3L - Cx. Madeira ...................... 09/2003 Mazda B2500 4x4 Free-Style 3L c/ AC - Cx. Madeira .............. 06/2003 Mazda B2500 4x4 3L - Cx. Madeira ..................................... 11/2002 Mazda B2500 4x4 Cab. Dupla c/ AC - Cx. Metálica c/ Hard Top .. 01/2001 Mazda MX-5 1.6 I Verde c/ cap. lona e estofos T. preto............ 07/2002 Mazda B2500 4x4 Cab. Dupla c/ AC - Cx. Madeira (stand J.Faias) .. 09/2001 Mazda 323 S 1.6 GT c/ AC .................................................. 09/2001 Mazda B2500 4x4 Cab. Dupla - Cx. Madeira............................ 09/1999 Mazda 323 S 1.5 GLX ........................................................ 12/1998 VISITE-NOS Viaturas com 2 anos de Garantia Mazda Credit Crédito até 60 meses Visite o concessionário MAZDA no Parque Industrial - Beja Aproveite e faça um test drive. TRIMOTOR, LDA - Tel. 284 311 560 - Tlm: 917 265 337