O Marxismo e o Construtivismo
nas Relações Internacionais
Marxismo, Dependência e Sistema
Mundo
O Marxismo e o Construtivismo
nas Relações Internacionais
• A relevância do Mundo para o pensamento
Marxista
• Por que a Revolução não ocorreu ainda?
• A Teoria da Dependência
• O Sistema Mundo
• Robert Cox e o conceito de Forças Sociais
• O Pensamento Marxista Hoje
• O Construtivismo nas RIs
• O pensamento Pós-Colonial
A relevância do Mundo para o
pensamento Marxista
• Marx: Operários do Mundo, Uni-vos! A revolução
em um país só era inviável para Marx. Era
importante que a revolução ocorresse, mas era
crucial que ocorresse em vários lugares
• O pensamento de Marx era universal, apesar de
reconhecer peculiaridades. Mas a lógica do
Materialismo Histórico era tida por ele como
universal. O modelo de reprodução pelo mundo do
partido comunista como instrumento de
conscientização de classe era crucial para Marx
A relevância do Mundo para o
pensamento Marxista
• O palco do Marx era global ... Ou pelo
menos europeu: a revolução era para
acontecer no Reino Unido, mas quando
houve a Comuna de Paris, ele se deslocou
imediatamente para lá ... E ficou frustrado
com seu fracasso
Por que a Revolução não ocorreu
ainda?
• Este era o assunto angustiante dos Marxistas na
virada do século passado: se a análise/diagnóstico
Marxista era correta/correto, porque a revolução
não havia ocorrido ainda?
• A teoria do Imperialismo de Lenin: Em
Imperialismo, Último Estágio do Capitalismo,
Lenin apresenta o imperialismo como a válvula de
escape através da qual o capitalismo exporta e
resolve temporariamente suas contradições a
outros lugares. Daí a retirada da URSS da
Primeira Guerra Mundial!!!
Por que a Revolução não ocorreu
ainda?
• A hegemonia, para ser exercida efetivamente,
precisa de uma mistura de convicção
(contemplando a razão) e coerção (contemplando
o medo) -imagem do centauro, metade homem
metade animal-. Aqueles que seguem a hegemonia
precisam ter a convicção que ela está sendo
exercida em seu benefício.
• O Conceito de hegemonia de Gramsci então passa
pelas Guerra de Posições Vs. Guerra de
Movimento, e pelo papel fundamental do chamado
Bloco Histórico
Por que a Revolução não ocorreu
ainda?
• As contribuições da Escola de Frankfurt: A revolução é
possível mas não inevitável. Condições históricas, que vão
além da simples criação de um partido comunista,
precisam ser criadas para permitir que a revolução
aconteça. E isto passa inclusive por uma revolução nos
modos de produção do conhecimento e a crítica ao
Iluminismo.
• A produção de um tipo de conhecimento emancipatório, ao
contrário do conhecimento que mantém o status quo
• Outras formas de exclusão existem, e sequer eram
relevantes para Marx (de raças, gênero, etnia)
A Teoria da Dependência
• A grande contribuição do terceiro Mundo à Teoria
das Relações Internacionais.
• O desafio para uma parte considerável do mundo
era de subsistência e não de sobrevivência: o que
preocupava não era o equilíbrio nuclear, mas sim
as condições propícias –ou não- para o
desenvolvimento.
• Três constatações: condições econômicas distintas
(herança da desenvolvimentismo da década de
1950 e do pensamento Cepalino do Raúl Prebish),
degradação dos termos de troca, e condições
dependentes de uns perante os outros.
A Teoria da Dependência
• Mas esta dependência tem uma natureza complexa
e estrutural: estrutural porque põe lado a lado
Centro e Periferia em uma relação que reproduz
esta dinâmica de maneira pré-determinada e
permanente. Complexa porque ela só é possível
porque alguns na Periferia são estruturalmente
ligados ao Centro, e se beneficiam desta relação.
• Ao mesmo tempo que o centro da periferia
continua dependente do Centro, ele se beneficia e
prospera com ela. É precisamente esta elite da
periferia que permite a reprodução estrutural e
eterna da relação dependente Centro-Periferia
O Sistema Mundo
• A evolução do “mundo lá fora” levou alguns, e em
particular o Immanuel Wallerstein, a modificarem
o pensamento da teoria da dependência: as
relações não são estancas no tempo, e a evolução
de países como a Grécia, Portugal, Irlanda,
Espanha, e Coréia do Sul –assim como outros
países do Sudeste Asiático- ilustraram o excessivo
engessamento do pensamento estrutural da teoria
da dependência
O Sistema Mundo
• Wallerstein fala de um Sistema Mundo, que ele vê
coincidir com a era do capitalismo, e que resolve
suas crises de maneira a poder continuar existindo.
As crises de capitalismo, para Wallerstein, sempre
levaram a resoluções satisfatórias –do
imperialismo à globalização- e que permitiram a
contínua dominação da economia capitalista. Mas
isto só é possível porque se trata de um sistema
único e fechado
• Além de Centro e Periferia, existe a semiperiferia, o que incluiu um aspecto dinâmico que
era ausente da teoria da dependência
Robert Cox e o conceito de
Forças Sociais
• Forças Sociais, Idéias e Condições Materiais,
Ordem Global, Instituições e Estado constituem
dois triângulos complementares e que explicam 1)
a não inevitabilidade da revolução, 2) que as
condições materiais não são determinantes de
mudança, e 3) da dimensão global, na qual o local
e o global se complementam, e que é necessária
para qualquer possibilidade de mudança
significativa DO sistema internacional, e não
apenas NO sistema internacional.
O Pensamento Marxista Hoje
• Os movimentos sociais e a globalização:
reforçando e reafirmando a dimensão global
dos desafios marxistas, assim como da sua
solução
• A Social Democracia, o reformismo, a
Terceira Via e a ameaça ao Marxismo:
duelos e lutas desde o início do século
passado até hoje.
O construtivismo nas RIs
• Agentes e estruturas são co-constitutivos, negando
com isso antecedência ontológica a ambos.
• Processos são fundamentais, e o tempo e a história
podem resultar em grandes diferenças
• A importância das idéias, e não apenas dos fatores
materiais.
• A história é fruto da nossa ação, e podemos mudar
seus rumos, o que não quer necessariamente dizer
que isso seja fácil.
Os dois Construtivismos hoje
• Anarchy Is What States Make of It:
discutindo questionando a questão da
anarquia, e colocando o Estado no Centro
dos processos históricos.
• World of Our Making: a virada lingüística
no centro do processo, e as regras como
fundamentais para entender a relação entre
agentes e estrutura.
O Pensamento Pós-Colonial
• Que independência é essa que não nos permitiu
resolver nossos problemas essenciais, e que
apenas substituiu nossa exploração pelos Europeus
pela exploração por nossos líderes?
• Que conceitos na produção do conhecimento nos
são úteis para entendermos, analisarmos e agirmos
sobre nossos problemas? Serve o Estado? O
Nacionalismo? O Desenvolvimento?
• Há um conhecimento universal ou não? Ele serve
aos excluídos? E aos Duplamente excluídos?
• Influência da Literatura e dos Mitos nos Estudos
Pós-Coloniais.
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