UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL FACULDADES INTEGRADAS DA UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL Aprovadas pela Portaria SESu/MEC Nº 368/2008 de 19/05/2008 (DOU 20/05/2008) Curso de Administração com Habilitação em Administração de Empresas Reconhecido pela Portaria Ministerial Nº 1.088 MEC, de 29/04/2004 – DOU de 03/05/2004. SOCIEDADES ANÔNIMAS – ESTUDO DE CASO SOBRE A ABERTURA DO CAPITAL DA EMPRESA MULTIPLUS S.A. NA BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO NO EXERCÍCIO DE 2010 RUBIA SOUZA SILVA GAMA – DF JUNHO/2013 RUBIA SOUZA SILVA SOCIEDADES ANÔNIMAS – ESTUDO DE CASO SOBRE A ABERTURA DO CAPITAL DA EMPRESA MULTIPLUS S.A. NA BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO NO EXERCÍCIO DE 2010 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no curso de Graduação em Administração de Empresas da Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Administração. Linha de Pesquisa: Gestão Econômico-Financeira. Orientador: MSc GERALDO CARDOSO MOITINHO GAMA – DF JUNHO/2013 ii Silva, Rubia Souza. Sociedades Anônimas – Estudo de caso sobre a Abertura do Capital da empresa Multiplus S.A na Bolsa de Valores de São Paulo no exercício de 2010. Rubia Souza Silva. Gama (DF), Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central (FACIPLAC), 2013. 48 folhas. Orientador: Prof. MSc Geraldo Cardoso Moitinho. Monografia Faculdades Integradas Graduação em Administração de Empresas. do Planalto Central, 1. Administração Financeira 2. Bolsa de Valores 3. Sociedades Anônimas 4. Patrimônio Líquido 5. Ações iii RUBIA SOUZA SILVA SOCIEDADES ANÔNIMAS – ESTUDO DE CASO SOBRE A ABERTURA DO CAPITAL DA EMPRESA MULTIPLUS S.A. NA BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO NO EXERCÍCIO DE 2010 Trabalho de Conclusão de Curso, aprovada como requisito parcial para obtenção do grau Bacharel em Administração no curso Administração de Empresas da Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central. Data de Aprovação: _____/_____/_____ Banca Examinadora: ___________________________________________ Prof. MSc Geraldo Cardoso Moitinho Faculdades Integ.da União Educ. do Planalto Central ____________________________________________ Prof. MSc Antônio Henrique Pereira Faculdades Integ.da União Educ. do Planalto Central ____________________________________________ Prof. MSc Gustavo Faria de Oliveira Faculdades Integ.da União Educ. do Planalto Central iv Agradecimentos A Deus por ter me dado forças e iluminando meu caminho para que pudesse concluir mais uma etapa da minha vida; A minha família, em especial a minha mãe que tanto amo, pelo incentivo e compreensão em tantos momentos de minha vida. Agradeço ao meu orientador professor MSc Geraldo Moitinho, pelos ensinamentos e dedicação no auxilio à concretização deste Trabalho de Conclusão de Curso, ensinando-me como acadêmica a tornar-me profissional. v RESUMO Este trabalho tem como linha de pesquisa, o estudo de caso sobre a Abertura do Capital da empresa Multiplus S.A. na Bolsa de Valores de São Paulo no exercício de 2010. Visou esclarecer e aprofundar o conhecimento desenvolvido através de um referencial teórico explicando assuntos importantes como sobre a Abertura de Capitais em Bolsa de Valores, sempre embasado em conceitos escritos por autores que conhecem a fundo o assunto, e auxiliaram na confecção das teorias do presente trabalho. Para alcançar os objetivos propostos foi realizada uma pesquisa sobre o perfil da empresa Multiplus S.A que abriu seu capital na Bolsa de Valores de São Paulo no exercício de 2010, com consultas a revistas, jornais, sites, entre outros, além de uma combinação de metodologias e pesquisa bibliográficas. Com os resultados obtidos nota-se que a Abertura de Capital da companhia Multiplus S.A foi fundamental para a alavancagem e o crescimento da empresa. Palavras chave: 1. Administração Financeira. 2. Bolsa de Valores. 3. Sociedades Anônimas. 4. Patrimônio Líquido. 5. Ações. vi LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Organograma da BM&FBovespa S.A .................................................................... 16 Figura 2 – Programa Individual ............................................................................................... 34 Figura 3 – Programa de Coalizão ............................................................................................ 35 Figura 4 – Principais vantagens dos Programas de Coalizão ................................................... 36 Figura 5 – Serviços oferecidos pela Multiplus ......................................................................... 37 Figura 6 – Demostração de Resultado 2010 ............................................................................ 41 Figura 7 – Demostração de Resultado 2011 ............................................................................ 43 Figura 8 – Demostração de Resultado 2012 ............................................................................ 44 vii LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Relação de empresas que abriram Capital na Bolsa de Valores no ano de 2010.... 31 Tabela 2 – Dados gerais da empresa Multiplus S.A.. ............................................................... 32 viii SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 10 1.1 Tema: Sociedades Anônimas – Estudo de caso sobre a Abertura de Capitais na Bolsa de Valores de São Paulo no ano de 2010....................... ............................................................... 11 1.2 Justificativa ......................................................................................................................... 11 1.3 Problema de Pesquisa ......................................................................................................... 11 1.4 Hipótese .............................................................................................................................. 11 1.5 Objetivos............................................................................................................................. 12 1.5.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 12 1.5.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 12 2 PERFIL DA EMPRESA ..................................................................................................... 13 2.1 Histórico ............................................................................................................................. 13 2.2 Perfil Estratégico ................................................................................................................ 15 2.2.1 Missão.............................................................................................................................. 16 2.3 Estrutura Organizacional .................................................................................................... 16 3 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 19 3.1 Administração Financeira ................................................................................................... 19 3.2 Bolsa de Valores ................................................................................................................. 20 3.3 Sociedades Anônimas ......................................................................................................... 23 3.4 Patrimônio Líquido ............................................................................................................. 26 3.5 Ações .................................................................................................................................. 28 4 METODOLOGIA................................................................................................................ 30 4.1 Delineamento da Pesquisa .................................................................................................. 30 4.2 Técnica de Pesquisa ............................................................................................................ 30 5 ANÁLISE E RESULTADOS.............................................................................................. 32 5.1 Estudo de Caso Multiplus S.A............................................................................................ 32 5.1.1 Multiplus S.A .................................................................................................................. 33 5.1.2 Vantagens na Abertura de Capital ................................................................................... 38 5.1.3 Desvantagens na Abertura de Capital .............................................................................. 39 5.1.4 Relatório de Estudo de Caso ............................................................................................ 40 ix 6 CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 45 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 47 x 10 1 INTRODUÇÃO No contexto econômico da atualidade tem-se notado a dificuldade de captação de recursos financeiros no mercado. As razões são as mais diversas, mas uma das premissas para abertura de capital das empresas em Bolsa de Valores é a questão de não incidir juros neste recurso financeiro captado nas Bolsas de Valores e principalmente a ausência de ganhos por conta dos agentes financeiros. Sabe-se que os custos financeiros dos recursos captados junto a instituições financeiras oneram quaisquer empreendimentos, haja vista que os bancos visam o máximo de lucro em qualquer período de tempo. Por isto, uma das alternativas viáveis para as empresas é a abertura de capital. Este estudo mergulhou na descoberta ou em explicações sobre essa modalidade de financiamento de ativos financeiros com um custo de capital muito baixo, que é a venda de ações no mercado de balcão. Um dos motivos das empresas buscarem recursos, por meio da abertura de capital é por ser mais em conta do que um financiamento por meio de bancos, além disso, se as empresas atingirem as expectativas dos acionistas terá cada vez mais recursos para investir em melhorias. Algumas empresas também têm o objetivo de projetar sua marca, pois ficará conhecida por meio da Bolsa de Valores. O Mercado de Capitais é fundamentalmente importante para o crescimento de um país, pois sem ele muitos projetos poderiam não ter saído do papel por falta de capital e/ou financiamento. Muitas empresas perderiam sua competitividade e dificilmente conseguiriam desenvolver-se. A bolsa pode levar alguns benefícios a todos os indivíduos da sociedade, tais como, levantar capital para as organizações por meio de venda de ações, criando oportunidades de investimentos para os pequenos investidores, pois são abertos a quaisquer indivíduos. 11 1.1 TEMA Sociedades Anônimas – Estudo de caso sobre a Abertura do Capital da empresa Multiplus S.A. na Bolsa de Valores de São Paulo no exercício de 2010. 1.2 JUSTIFICATIVA O mercado de capitais se torna mais ativo quando a economia é mais desenvolvida, ou seja, as pessoas, empresas e instituições acabam investindo em poupanças. Quando as empresas decidem abrir seu capital elas encontram uma fonte de recursos financeiros permanentes. A plena abertura de capital acontece quando as empresas decidem lançar suas ações ao público, emite ações e negocia na Bolsa de Valores. E quando a pessoa adquirir ações, automaticamente passa a ser um sócio acionista da empresa. Então, justifica-se este trabalho por querer investigar os motivos da abertura, bem como elucidar casos que deram certo e outros que foram fracassos. Outro ponto relevante para o estudo, pois se trata de assunto novo para academia, bem como pelas informações que este tema pode trazer para futuros investidores da comunidade acadêmica. Existe no mercado o Órgão fiscalizador do mercado de capitais brasileiro que é o CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que libera as operações de abertura de capitais e autoriza a emissão dos valores mobiliários para a distribuição pública. As companhias de capital aberto tem que atender uma série de requisitos que estão definidos na Lei das S.As. e nas regulações da CVM. 1.3 PROBLEMA DE PESQUISA Por que as empresas optam por realizar a abertura de capital em Bolsas de Valores? 12 1.4 HIPÓTESE Se a abertura de capital for bem sucedida e a empresa conseguir alavancar financeiramente o capital captado na Bolsa de Valores suas ações tendem a valorização, que tem como consequência a distribuição de dividendos e o retorno dos investimentos realizados pelos investidores na Bolsa de Valores, bem como se o processo de abertura de capital não houver sucesso esta operação tenderá a tornar a prejuízo, gerando como consequência o medo de novos investidores aplicarem seus recursos em empresas que optam em abrir seu capital em Bolsa de Valores. 1.5 OBJETIVOS 1.5.1 OBJETIVO GERAL Estudar a abertura do capital da empresa Multiplus S.A. na Bolsa de Valores de São Paulo no exercício de 2010. 1.5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Conhecer o perfil da empresa Multiplus S.A., que abriu o capital na Bolsa de Valores de São Paulo no exercício de 2010. Demonstrar as vantagens obtidas pela empresa Multiplus S.A., que abriu o capital na Bolsa de Valores de São Paulo. Demonstrar as desvantagens obtidas pela empresa Multiplus S.A., que abriu o capital na Bolsa de Valores de São Paulo. Elaborar relatório de estudo de caso. 13 2 PERFIL DA EMPRESA 2.1 HISTÓRICO A Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa S.A.) é a bolsa oficial do Brasil. Sediada em São Paulo, a BM&FBovespa é a segunda maior Bolsa de Valores do mundo em valor de mercado. 1890 - Fundação da Bolsa Livre, fechada um ano depois em decorrência da política do Encilhamento; 1895 - Fundação da Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo; 1934 - Mudança da sede da Bolsa de Valores para o Palácio do Café, onde recebeu o nome de Bolsa Oficial de Valores de São Paulo; 1967 - Surgimento das sociedades corretoras e do operador de pregão. A bolsa passa a se chamar Bolsa de Valores de São Paulo - Bovespa; 1970 - As movimentações financeiras que ocorriam na Bovespa passam a ser registradas eletronicamente; 1972 - Implantação do pregão automatizado; 1986 - Início dos pregões da Bolsa Mercantil & de Futuros - BM&F; 1990 - Foram iniciadas as negociações por meio do Sistema de Negociação Eletrônica - CATS (Computer Assisted Trading System) que operava simultaneamente com o sistema tradicional de Pregão Viva Voz; 1991 - Acordo entre a BM&F e a Bolsa de Mercadorias de São Paulo - BMSP; passa a ter a denominação Bolsa de Mercadorias & Futuros; 1997 - Foi implantado com sucesso o novo sistema de negociação eletrônica da Bovespa, o Mega Bolsa. O Mega Bolsa ampliou o volume potencial de processamento de informações; acordo entre a BM&F e a Bolsa Brasileira de Futuros - BBF; 14 1999 - Lançamento dos serviços Home Broker e After-Market pela Bovespa; 2000 - Implantação da plataforma de eletrônica de derivativos GTS da BM&F; 2007 - Desmutualização da Bovespa, que passa a ser chamada de Bovespa Holding, e da BM&F, que passa a ser chamada de BM&F S.A. 2008 - Integração da Bovespa Holding S.A. e da BM&F S.A. com a criação da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros - BM&FBOVESPA S.A., a terceira maior bolsa do mundo em valor de mercado. Lançamento da modalidade de negociação DMA para o segmento de derivativos (BM&F) e estabelecimento do acordo de roteamento de ordens com a Bolsa Mercantil de Chicago (CME). A BM&FBovespa está ligada a todas as Bolsas de Valores brasileiras, incluindo a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ), onde são negociados apenas títulos. O indicador de referência da BM&FBovespa é o Ibovespa. Havia 450 empresas negociadas na BM&FBovespa em 30 de abril de 2008. Em 20 de maio de 2008, o índice Ibovespa atingiu seu décimo recorde consecutivo, fechando em 73.516 pontos, com um volume cujos títulos são negociados a 4,2 bilhões de dólares. 2009 - Lançamento da modalidade de negociação "co-location" para o segmento de derivativos; 2009 - Assinatura de acordo com a bolsa Nasdaq, de Nova York, com licenciamento de ferramentas de auxílio à negociação; 2009 - Encerramento do pregão viva voz no segmento de derivativos. Toda a negociação passou a ser feita pela plataforma eletrônica; 2010 - Lançamento da modalidade de negociação Acesso Direto ao Mercado (DMA, na sigla em inglês) para o segmento de ações (BOVESPA); 2010 - Início da modalidade de negociação "co-location" para o segmento de ações. 2010 - Lançamento do projeto Quer ser Sócio com o objetivo de fomentar novos investidores para o mercado de capitais e desenvolvimento do Brasil. Lançamento do projeto Simulação - Simulador do mercado de ações da BM&FBovespa. 15 2010 - Torna-se a segunda maior Bolsa de Valores do mundo em valor de mercado, alcançando a marca de R$ 30,4 bilhões. Por meio de suas plataformas de negociação, realiza o registro, a compensação e a liquidação de ativos e valores mobiliários transacionados e a listagem de ações e de outros ativos, bem como divulga informação de suporte ao mercado. A companhia também atua como depositária central dos ativos negociados em seus ambientes, além de licenciar softwares e índices. A Bolsa brasileira desempenha também atividades de gerenciamento de riscos das operações realizadas por meio de seus sistemas. Para tanto, possui uma robusta estrutura de clearings de ações, derivativos, câmbio e ativos, que atua de forma integrada, com o Banco BM&F, de maneira a assegurar o funcionamento eficiente de seus mercados e a consolidação adequada das operações. Única Bolsa de Valores, mercadorias e futuros em operação no Brasil, a BM&FBOVESPA ainda exerce o papel de fomentar o mercado de capitais brasileiro. Para tanto, desenvolve inúmeros programas de educação e popularização de seus produtos e serviços. Também gerencia investimentos sociais, com foco no desenvolvimento de comunidades que se relacionam com seu universo. Tendo em vista sua área de atuação, a BM&FBOVESPA está sujeita à regulação e à supervisão da Comissão de Valores Mobiliários e do Banco Central do Brasil. 2.2 PERFIL ESTRATÉGICO A BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros foi criada em 2008 com a integração entre Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA). Juntas, as companhias formam uma das maiores bolsas do mundo em valor de mercado, a segunda das Américas e a líder no continente latino-americano. No cenário global, em que acompanhar a velocidade das transformações torna-se um diferencial competitivo, a BM&FBOVESPA apresenta atraentes opções de investimento com custos de operação alinhados ao mercado. 16 A nova Bolsa oferece para negociação ações, títulos e contratos referenciados em ativos financeiros, índices, taxas, mercadorias e moedas nas modalidades a vista e de liquidação futura. 2.2.1 MISSÃO Líder no mercado de valores e derivativos da América Latina, a missão da BM&FBOVESPA é atuar na dinâmica macroeconômica de crescimento do mercado latinoamericano e posicionar não apenas a Bolsa, mas também o Brasil como centro financeiro internacional de negociação de ações, commodities e outros instrumentos financeiros, com excelência operacional e atitudes socialmente responsáveis. 2.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Figura 1 – Organograma da BM&FBOVESPA Fonte: Site BM&FBOVESPA A BM&FBOVESPA é muito mais do que um espaço de negociação: lista empresas e fundos; realiza negociação de ações, títulos, contratos derivativos; divulga cotações; produz índices de mercado; desenvolve sistemas e softwares; promove avanços tecnológicos e muito mais. A Bolsa, efetivamente, contribui para o crescimento econômico brasileiro. A BM&FBOVESPA está apta a disputar investidores locais e internacionais com qualquer bolsa do mundo. Tem credibilidade e transparência para assegurar o acesso dos mais diversos investidores, de pessoas físicas a fundos internacionais. 17 Bolsa Brasileira de Mercadorias Por intermédio de sua controlada, a Bolsa Brasileira de Mercadorias, a BM&FBOVESPA viabiliza a comercialização de produtos agropecuários e atua na prestação de serviços para o setor público por meio do sistema de licitação eletrônica e para a iniciativa privada na aquisição de bens e serviços. A BVRJ BANCO BM&F BSM. BM&F USA Escritório de representação da BM&FBOVESPA em Nova Iorque oferece infraestrutura e suporte às corretoras de valores e mercadorias que desenvolvem atividades com clientes estrangeiros. É uma subsidiária integral da BM&FBOVESPA. Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) Trata-se de uma Bolsa de Valores inativa. Atualmente, possui um protocolo de intenções, celebrado com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, visando à sugestão de alternativas para o fortalecimento do setor financeiro do Estado. A BM&FBOVESPA é detentora de 99 títulos patrimoniais da BVRJ, com participação correspondente a 86,09% de seu patrimônio social. Banco BM&F Com atividades restritas às operações realizadas e/ou registradas nos ambientes de negociação da Bolsa, os serviços de liquidação do Banco BM&F responderam por R$3,4 milhões em 2008. BSM A BM&FBOVESPA Supervisão de Mercado (BSM) é responsável pela fiscalização das operações e das atividades dos participantes do mercado e dos agentes de compensação e/ou custódia perante a CBLC, bem como pela administração do Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos (MRP). Clearings A CBLC desempenha atividades de compensação, liquidação, gerenciamento de risco e depositária central, além de oferecer serviços de empréstimos de títulos e valores 18 mobiliários. Atua como contraparte para o mercado de ações e de títulos de renda fixa privada, realizando todos os pagamentos e recebimentos, bem como a guarda de ativos. Já as Clearings de Derivativos, Câmbio e Ativos prestam serviços de registro, compensação, liquidação e gerenciamento de risco de operações realizadas nos mercados derivativos, interbancário de dólar e de títulos públicos federais, respectivamente, proporcionando eficientes mecanismos para cobertura de perdas relacionadas a um ou mais participantes. 19 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA A Administração Financeira utiliza de vários métodos para chegar ao objetivo de maximizar o valor da empresa, como método de composição de ativos de capital, métodos para gerir financiamentos e métodos para maximizar os lucros. O estudo da Administração Financeira teve inicio no termo finanças que segundo WESTON, Brighan (2000) consiste em três áreas que estão inter-relacionadas que são o mercado monetário e de capitais, investimentos e administração financeira ou finanças corporativas que envolvem a administração efetiva das empresas. Em suas conclusões, Chiavenato (apud JOHNSON, 2006, p.9) diz que administração financeira é: “Finanças significa a ação de prover os meios de pagamento. Assim, as finanças incluem o planejamento financeiro, a estimativa de entradas e saídas de caixa, o levantamento de fundos, o emprego e a distribuição desses fundos e o seu controle financeiro para confrontar o que foi realmente executado com os planos originais. O termo administração financeira vai mais além. Além de providenciar para que as contas sejam pagas, torna-se necessário criar os meios para perpetuar a empresa e alcançar os lucros previstos pelos proprietários ou acionistas. Ou seja, providenciar os recursos para pagamento das contas e buscar maximizar o valor atual dos lucros futuros dos proprietários ou acionistas.” A administração financeira ou finanças corporativas sofreu importante evolução, antes era chamada técnica, pois visavam às movimentações financeiras num fluxo de caixa e decisões que eram tomadas e discutidas para assim ser formada por métodos e teorias, pois, passou a dar maior ênfase nos indicadores financeiros de qualidade, tendo grande impacto nas decisões de incorporação, fusão de grandes empresas constituídas sob a forma de sociedades anônimas. Segundo o SEBRAE (2011), Gestão Financeira é de uma importância incalculável para o sucesso das empresas. Consiste no conjunto de atividades que visam à facilitação do planejamento à execução das atividades. “A Gestão Financeira é um conjunto de ações 20 administrativas envolvendo o planejamento, a análise e o controle das atividades financeiras da empresa”. 3.2 BOLSA DE VALORES Nesta parte da pesquisa serão apresentadas informações que possam permitir o maior conhecimento da Bolsa de Valores. No decorrer da Idade Média, as operações resumiram-se na compra e venda de moedas, letra de câmbio e metais preciosos. Os negócios nesse período ainda eram de pouca abrangência, pela escassez de capital e falta de crédito. Segundo RUDGE (1993 p. 36), quando uma Bolsa de Valores foi inaugurada em Amsterdam, em 1963, a palavra bilhão talvez não existisse. Algumas poucas iniciativas de associação de capitais movimentaram recursos financeiros. Foi somente no ano de 1964 com as leis de Reforma Bancária e do Mercado de Capitais, que as Bolsas de Valores assumiram as funções básicas que possuem hoje em dia. RUDGE (1993 p. 138) ressalta que Joseph de La Veja, o primeiro narrador a contar a historia das Bolsas em 1688, conta que a Bolsa é uma pequena praça rodeada de pilares, e chama-se assim já por encarnarem-se nela os mercadores como em uma Bolsa, já pelas diligências que cada um faz de aí encher a sua. A Bourse de Paris foi implantada por Luis VII em 1141, sendo regulamentada em 1304. Os agentes de change, todavia, preferiam reunir-se na Pont-aux-Changes sobre o Sena. Napoleão I fixou-a depois em um prédio, onde permanece até hoje. Daí se organizou a corbeille, espaço circular onde os corretores apregoavam os negócios. Em 1698 foi fundada a Bolsa de Fundos Públicos de Londres, de acesso vedado ao público em geral, orientado por um delegado, e com associados com corretores intermediários e os que negociavam por conta própria. Esses fatos criaram o primeiro sistema financeiro integrado do mundo moderno, embora as operações com valores já estivessem legalizadas. O enorme crescimento das negociações naquele ano exigiu organização da Bolsa em caráter oficial. 21 Mas foi somente no século XVIII que estas instituições atingiram um grande desenvolvimento, quando as exigências de credito público obrigaram os banqueiros a fracionar os empréstimos em títulos de participação. Com a expansão das sociedades por ações, permitindo grandes agrupamentos de recursos, elas assumiram um papel importante na oferta e procura por capitais. No Brasil o desenvolvimento está diretamente ligado ao desenvolvimento da estrutura financeira do país, que se assentou basicamente sobre dois tipos de instituições que são os bancos comerciais e as bolsas de valores. Somente na segunda metade do século passado surgiram as instituições especializadas em diferentes tipos de crédito. Antes do século XIX não encontrava instituições organizadas, mas apenas pessoas exercendo as funções de corretores ou banqueiros. A reestruturação econômica do país, na primeira metade de século passado exigiu a reorganização do sistema financeiro, inserindo também a figura do corretor. As informações sobre o ofício já apareciam na legislação, a partir do século XVIII, porém a regulamentação da atividade só veio a acontecer no ano de 1845. No ano de 1876 foi decretada a cotação de títulos em pregão, mas foi no ano seguinte que aconteceu a regulamentação do pregão que foi considerada o marco inicial do funcionamento do pregão da Bola de Valores do Rio de Janeiro. Em um dos artigos do Decreto nº 417 de 1845, dizia que caberia ao Poder Executivo expedir decreto regulamentando a investidura e o exercício dos corretores e as respectivas operações. A regulamentação não provocou alterações imediatas no movimento da Bolsa. Em 1878 foi que surgiu maior confiança no mercado, provocando um aumento nas transações e no numero de companhias com títulos em bolsas. Em 13 de março de 1897 foi expedido o Decreto nº 2.475, que veio a constituir a legislação sobre Bolsas e Corretoras. Contudo todos esses diplomas legais levaram em consideração somente as Bolsas e Corretores do Distrito Federal, omitindo-se quanto a esta atividade em outros estados. 22 Em dezembro de 1894, no Estado de São Paulo foi aprovada uma tabela de corretagem para a embrionária Bolsa Livre de Valores, por ato do governo estadual. Este fato representou o passo inicial para a criação dos primeiros cargos de corretores de fundos públicos. O governo estadual instituiu a Bolsa Oficial de títulos em São Paulo no ano de 1897. As atividades das Corretoras e Bolsas dos demais estados e do Distrito Federal foram regulamentada pelo Governo Federal somente no ano de 1934. Depois das reformas que institucionalizaram o sistema financeiro nacional, iniciadas em 1964, foi que as Bolsas de Valores assumiram as características que possuem hoje. A principal Bolsa de Valores do Brasil é a BM&FBOVESPA - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros que é a antiga BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo, a qual foi fundada no ano de 1980, mas somente a partir das reformas institucionais do mercado financeiro brasileiro, estabelecidas em meados da década de sessenta, é que começou a ter a “forma atual”. É constituída sob forma jurídica de associação civil sem fins lucrativos, seu quadro social é formado por sociedades corretoras membros, que podem operar em ambos os sistemas de negociação por elas mantidos – pregão viva voz e sistema eletrônico de negociação. A Bolsa de Valores é representada por títulos patrimoniais que pertencem a sociedades corretoras membros. A Comissão de Valores Mobiliários supervisiona as atividades das Bolsas de Valores e tem por objetivo zelar pelo bom funcionamento do Mercado de Ações. O trabalho de supervisão da Comissão de Valores Mobiliários consiste, basicamente, em zelar pela abertura das negociações com ações e disseminar as informações relevantes ao maior número de participante possível, apesar de aparentemente simples, é a preocupação constante da Comissão de Valores Mobiliários. As companhias que têm ações negociadas nas bolsas são chamadas companhias "listadas". Para ter ações em bolsas, uma companhia deve ser aberta ou pública, o que não significa que pertença ao governo, e sim que o público em geral detém suas ações. 23 A companhia deve, ainda, atender aos requisitos estabelecidos pela Lei das S.A. (Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976) e pelas instruções da CVM, além de obedecer a uma série de normas e regras estabelecidas pelas próprias bolsas. No passado, o Brasil chegou a ter nove bolsas de valores, mas atualmente a BM&FBOVESPA é a principal. A BM&FBOVESPA foi criada em maio de 2008 com a integração entre Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), tornando-se a maior bolsa da América Latina, a segunda das Américas e a terceira maior do mundo. Nela são negociados títulos e valores mobiliários, tais como: ações de companhias abertas, títulos privados de renda fixa, derivativos agropecuários (commodities), derivativos financeiros, entre outros valores mobiliários. 3.3 SOCIEDADES ANÔNIMAS Sociedade é entidade resultante do acordo de vontade de duas ou mais pessoas que de forma organizada dispõe a explorar atividade econômica com fins lucrativos. Essas organizações visam não somente o lucro, bem como participar o cliente de novas perspectivas de produtos, e, propiciam a quaisquer pessoas a participarem como sócio preferencial, aquele que tem direito a dividendos na empresa. Sociedade anônima ou companhia é a sociedade empresária que possui capital social dividido em ações, espécie de valor mobiliário, na qual os sócios/acionistas, respondem pelas obrigações sociais até o limite do preço de emissão das ações que possuem. Já VALVERDE Miranda (1953) esclarece que: “Sociedade anônima é uma pessoa jurídica de direito privado, de natureza mercantil, em que todo o capital se divide em ações, que limitam a responsabilidade dos participantes, sócios ou acionistas ao montante das ações, por eles subscritas ou adquiridas, as quais facilitam, por sua circulação, a substituição de todos os sócios ou acionistas.” A sociedade anônima ou companhia no Brasil é regulamentada, atualmente, pela Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, que já sofreu algumas alterações no decorrer do tempo. 24 A lei brasileira de 1976 inspirou-se na legislação norte-americana e na parte relativa a grupos de sociedades, na disciplina de Konzern pelo AktG Alemão de 1965. Segundo LIMA (2005) a lei 6.404/76, de autoria dos juristas Alfredo Lamy Filho e José Luiz Bulhões Pedreira, foi promulgada sob a égide do II PND da chamada “Nova República” (Lei n. 6.151/74 – Governo Geisel), que priorizava que com o objetivo de proteger as minorias acionárias e desenvolver o espírito associativo entre os grupos empresariais privados, reformara a lei das sociedades por ações, tendo em vistas alguns objetivos que assegure às minorias acionárias o direito a dividendos mínimos em dinheiro; evitar que cada ação do majoritário possua valor superior a cada ação do minoritário; disciplinar a distribuição de gratificações a diretores e funcionários; aperfeiçoar os mecanismos de auditorias, hoje precariamente realizados pelos conselhos fiscais; facilitar o funcionamento das sociedades de capital autorizado. Curiosamente, a sociedade anônima nem sempre é sociedade, no sentido convencional de reunião de pessoas com objetivo comum. O direito positivo brasileiro, até hoje, sempre repudiou a ideia de sociedade unipessoal. Não obstante, a subsidiária integral (art. 251) e a empresa pública pode reverter da forma de sociedade anônima unipessoal. Além disso, é possível que a companhia continue a existir, transitoriamente com um único acionista. A companhia jamais pode ser considerada como anônima, pois toda sociedade anônima deve possuir uma denominação. A companhia não pode ser firma ou razão social, sempre deve mencionar o nome de algum sócio ou todos os sócios atuais, por este motivo a sociedade é chamada de sociedade anônima. A expressão anônima é dada pelo fato da companhia ter uma quantidade indefinida de sócios, cujo número pode ser de milhares ou milhões. Com essa rotatividade é impossível constatar em determinados momentos com precisão, os nomes de todos os sócios. Pessoas que hoje são acionistas poderá não ser no instante seguinte, por este motivo basta que aliene suas ações a outra pessoa, em Bolsa de Valores ou fora delas, em operações que fogem inteiramente ao controle ou interveniência da companhia. 25 Segundo o artigo 1º (primeiro) da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das S.A.): “O art. 1º define como característica da companhia a d ivisão de capital em ações e a limitação da responsabilidade dos sócios ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. O preço que fixa o limite de responsabilidade do acionista é aquele pelo qual a ação é subscrita na constituição da sociedade, ou quando esta promove um aumento de capital por subscrição de novas ações. Não se confunde com o preço de revenda das ações no mercado secundário.” O preço no mercado primário, que coloca o limite de responsabilidade do acionista, pode ser igual ou superior o valor nominal eventualmente ostentado no certificado de propriedade da ação ou do referido no estatuto da sociedade. Não pode ser de valor inferior. A ocasional diferença entre o preço e o valor nominal é denominado ágio. A sociedade anônima pode ter objeto civil ou mercantil. Em qualquer das hipóteses é mercantil e é regida pelas leis e uso dos comércios. É conveniente que as sociedades civis, sem revestirem da forma das sociedades anônimas, adotem a estrutura organizacional, realizando assembleias gerais, conselho de administração, diretoria, conselho fiscal e outros. Como determina a lei o estatuto social é quem define o objeto social, ela delimita a atuação da sociedade e de seus representantes. Mas não afasta a existência de poderes implícitos dos administradores. A companhia pode ser uma holding pura que tem por objeto exclusivamente participar de outras sociedades, como uma holding mista que tem por objeto simultaneamente, uma empresa de fim lucrativo e a participação em outra sociedade. Existem dois tipos de companhias que são elas: Companhia Aberta e Companhia Fechada. A Companhia de Capital Aberto tem como característica a disponibilização de ações no mercado balcão e na Bolsa de Valores, onde os interessados podem subscrevê-las ou as adquirir. Na Bolsa de Valores, as ações são oferecidas por meio de operações de mercado, enquanto que, no mercado balcão, há instituições regularizadas conforme o art. 21 da Lei nº 6385/76 que podem fazer o intermédio de compra e venda, quando for exigido pela lei ou Instrução Normativa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Enquanto a Companhia de 26 Capital Fechado, de modo diverso, não terá a disponibilização de ações no mercado balcão, nem na Bolsa de Valores. Para que a sociedade anônima possa ter seus valores mobiliários abertos a negociação em bolsa ou no mercado de balcão é necessário algumas formalidades burocráticas como o registro da companhia e registro das emissões na CVM, os valores mobiliados são Ações que são títulos normativos negociáveis que representa para quem possui um pedaço do capital social da empresa; Bônus de subscrição são títulos nominativos negociáveis que conferem ao seu proprietário o direito de subscrever ações do capital social da companhia emissora, nas condições previamente definidas; Debêntures são caracterizados como títulos nominativos negociáveis representativos de dívida de médio/longo prazos contraída pela companhia perante o credor, neste caso chamado debenturista e outros títulos menos usuais que são partes beneficiárias e notas promissórias para distribuição pública com ampla divulgação. 3.4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO As empresas necessitam de garantias para cobertura de capitais de terceiros. A melhor indicação para essa garantia é o excesso de patrimônio liquido, que seria a superação dos ativos com relação a passivos. A Resolução CFC nº 774/94 que aprova o Apêndice à Resolução sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade conceitua o patrimônio como aquele que possui autonomia em relação aos demais patrimônios existentes, o que significa que a Entidade pode dispor livremente, claro que nos limites estabelecidos pela ordem jurídica e, sob certo aspecto, da racionalidade econômica e administrativa. Segundo HOJI (2012) o patrimônio líquido representa os recursos próprios de uma empresa, que pertencem aos seus acionistas ou sócios. O Patrimônio Líquido é formado pelos seguintes subgrupos: Capital Social; Reserva de Capital; Ajuste de Avaliação Patrimonial; Reserva de Lucros; Ações em tesourarias e prejuízos acumulados. O Capital Social representa os valores efetivamente integralizados pelos acionistas, ou sócios. É demonstrado com o valor do Capital subscrito deduzido pela conta devedora que representa o Capital a integralizar. 27 Os valores recebidos e que não são exigíveis e nem são receitas são classificados como Reserva de Capital, ele pode ser composto pelas seguintes contas: Contribuição do subscritor que ultrapassar o valor nominal e parte do preço de emissão de ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada para a formação de capital, Alienação de partes beneficiárias e Alienação de bônus de subscrição. As reservas de capital podem ser utilizadas nos seguintes casos: aumento do capital social, absorção dos prejuízos, resgate, reembolso ou compras de ações, resgates de partes beneficiárias e pagamento de dividendos de ações preferenciais, quando assim previstas. Serão classificadas como Ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado. Incluam-se nesta rubrica os registros de ajustes de avaliação patrimonial nas operações relativas à fusão, cisão e incorporação de sociedades. As reservas de lucros são constituídas pelos lucros obtidos pela empresa, retidos com finalidade específica. Os principais tipos de reservas são as reservas legal que de acordo com o art. 193 da Lei nº 6.404/1976, diz que deverá ser constituída mediante destinação de 5% (cinco por cento) do lucro líquido do exercício, antes de qualquer outra destinação. Esta reserva será constituída, obrigatoriamente, pela companhia, até que seu valor atinja 20% (vinte por cento) do capital social realizado, quando então deixará de ser acrescida; ou então, poderá, a critério da companhia, deixar de receber créditos, quando o saldo desta reserva, somados ao montante das reservas de capital (exceto a reserva de correção monetária do capital realizado), atingir 30% (trinta por cento) do capital social. As reservas estatutárias são constituídas por determinação do estatuto da companhia, como destinação de uma parcela dos lucros do exercício, e não podem restringir o pagamento do dividendo obrigatório; reservas para contingências têm a finalidade de compensar uma provável perda ou prejuízo no futuro; reservas de lucros a realizar representam lucros apurados contabilmente, que ainda não se realizaram financeiramente e não se deverão se realizar nem no próximo exercício social; reserva de lucros para expansão ressalta que para atender a projetos de investimento e expansão, a companhia poderá reter parte dos lucros do exercício. Essa retenção deverá estar justificada com o respectivo orçamento de capital aprovado pela assembleia geral. 28 As sociedades por ações podem optar por adquirir ações de própria emissão e mantêlas em tesouraria. Neste caso, as ações adquiridas são classificadas na conta Ações em tesouraria e, por ser esta uma conta redutora, reduz o valor do capital social e, por consequência, do Patrimônio Liquido. Os Prejuízos acumulados representam o prejuízo do exercício atual e os remanescentes de exercícios sociais anteriores, mas somente os prejuízos. As empresas que são constituídas na forma de sociedade por ações quando apurados o resultado positivo/lucro no exercício social, deve ser destinado de acordo com a proposta da administração da companhia. 3.5 AÇÕES As ações são cotas/parcelas do patrimônio líquido das empresas que são constituídas sob a forma de Sociedades Anônimas, ou seja, quando a empresa é aberta, seu patrimônio pode ser dividido em diversas cotas/ações que são distribuídas/vendidas a investidores que, assim, se tornam seus donos. Podendo estas organizações ter a expressão S.A. no final do nome de fantasia ou com o nome Companhia, que significa que é constituída sob sociedade anônima. Ainda segundo CASTRO (1979): “A ação é um título representativo da fração unitária do capital social de uma sociedade anônima ou companhia, denominação deste tipo de empresa na legislação brasileira, conferindo a seu proprietário o direito de participação nessa sociedade.” As ações também são chamadas de "papéis", pois, segundo a definição formal, ações são "títulos nominativos" que representam frações do capital social de uma empresa. Existem dois tipos de ações que normalmente são classificadas em: Ações ordinárias que conferem direito de voto a seu titular nas deliberações das assembleias de acionistas; e as Ações preferenciais que normalmente não concede o poder de voto, entretanto, possuem vantagens e preferências em relação às ações ordinárias, protegendo seus titulares contra decisões tomadas nas assembleias de acionistas. Essas preferências consistem em prioridade na distribuição de dividendos, no reembolso de capital no caso de dissolução da empresa e na acumulação destas vantagens. 29 Segundo RUDGE (1993), a legislação brasileira prevê a existência de ações de fruição, ou gozo, ou ainda partes beneficiárias, porém essas formas acionárias não são objetos de negociação em mercados organizados. RUDGE (1993) classifica as ações ordinárias e preferenciais quanto à forma de circulação em nominativas e escriturais. As ações, ordinárias ou preferenciais, são sempre nominativas, que são aquelas que o titular vem identificado em certificados e inscrito no Livro de Ações Nominativas. As transferências entre titulares exige o consentimento do acionista vendedor e da inscrição do acionista comprador no Livro de Transferência de Ações Nominativas. As ações escriturais não são representadas por certificados, pois seus títulos são mantidos em conta depósito no nome de seus titulares. 30 4 METODOLOGIA A metodologia visa apresentar a descrição dos métodos e técnicas apresentadas na pesquisa. Tem como objetivo captar e analisar as características dos vários métodos indispensáveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou distorções e criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização. 4.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA A pesquisa é qualitativa, pois os dados qualitativos são todos os elementos que apresentam mais do que números, baseia-se então nas pesquisas realizadas, ou seja, esses dados não podem ser quantificados. 4.2 TÉCNICA DE PESQUISA Por se tratar de pesquisa bibliográfica alcançar os objetivos deste trabalho foram utilizadas como fontes de dados primários, as informações produzidas e fornecidas por sites, livros, jornais, revistas, internet e artigos. Segundo GIL (2008) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente por livros e artigos científicos. Uma das principais vantagens da pesquisa bibliográfica é de permitir que o investigador tenha uma gama de informações mais ampla do que poderia pesquisar diretamente. A finalidade é de o pesquisador fique em contato direto com que já se produziu e foi registrado a respeito do tema. As vantagens relatadas revelam o compromisso da qualidade da pesquisa. Além de a pesquisa bibliográfica permitir os levantamentos da pesquisa referentes aos temas estudados, ela permite ainda o aprofundamento teórico que orienta a pesquisa. Segundo Andrade (1997, pág. 110), método de abordagem é o conjunto de procedimentos utilizados na investigação de fenômenos ou no caminho para chegar-se à verdade. Seguindo este pensador, conclui-se que a pesquisa é qualitativa, abordando a relevância dos métodos gerenciais, deixando de enfatizar os dados estatísticos. 31 Neste trabalho será realizado um estudo de caso que é uma forma de se fazer pesquisa social empírica ao investigar-se um fenômeno atual dentro de seu contexto de vida real, onde as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas e na situação em que múltiplas fontes de evidência são usadas. A clara necessidade pelos estudos de caso surge do desejo de se compreender fenômenos sociais complexos. Ou seja, o estudo de caso permite uma investigação para se preservar as características gerais e significativas dos eventos da vida real. 32 5 ANÁLISE E RESULTADOS 5.1 ESTUDO DE CASO MULTIPLUS S.A. Para atender a metodologia, bem como os objetivos da pesquisa, foi realizado o estudo de caso na empresa, Multiplus S.A. que abriu o capital na Bolsa de Valores BM&FBOVESPA no ano de 2010. No entanto, apresenta-se uma relação que discrimina as empresas que abriram o capital no ano de 2010 na BM&FBovepa. TABELA 1: RELAÇÃO DE EMPRESAS QUE ABRIRAM O CAPITAL NA BOLSA DE VALORES NO ANO DE 2010. NOME DO PREGÃO Raia DATA DE ABERTURA 20 de dezembro 2010 BR Insurance 01 de novembro de 2010 HRT Petróleo 25 de outubro de 2010 Renova Energia 13 de julho de 2010 Júlio Simões 22 de abril de 2010 Mills 16 de abril de 2010 Ecorodovias 01 de abril de 2010 OSX Brasil 22 de março de 2010 BR Properties 08 de março de 2010 Multiplus 05 de fevereiro de 2010 Aliansce 29 de janeiro de 2010 Fonte: Site BM&FBOVESPA A empresa escolhida para realizar o estudo de caso foi a Multiplus S.A. 33 5.1.1 MULTIPLUS S.A TABELA 2: DADOS GERAIS DA EMPRESA MULTIPLUS S.A Nome Empresarial: MULTIPLUS S.A Última Alteração do Nome Empresarial: 28/10/2009 Data De Constituição: 06/08/2009 Situação do Registro na CVM: Ativo País de Origem: Brasil Página do Emissor na Rede Mundial de Computadores: www.multiplusfidelidade.com.br Q.X.A.S.P.E. Empreendimentos Nome Empresarial Anterior: Participações S.A. C.N.P.J.: 11.094.546/0001-75 Data de Início da Situação do Registro na CVM: 03/02/2010 Fonte: Site BM&FBOVESPA A empresa Multiplus atua no mercado com o conceito de rede de coalizão de programas de fidelidade com 207 parcerias nos quais os 10,1 milhões de participantes podem acumular pontos. Segundo informações do site da Multiplus, atualmente, os principais parceiros que permitem tanto acúmulo quanto resgate de pontos são: TAM, TAM Viagens, Postos Ipiranga e Texaco, Livraria Cultura, rede de hotéis Accor e Hilton HHonors, Oi, Editora Globo, SKY, Luigi Bertolli, Microlins, Wizard, Drogaria Rosário, BM&FBOVESPA, PontoFrio.com, Extrafarma, Unicasa, Droga Raia, Icatu, Ofertas.com.br, Groupon, Movida, Pague Menos, Panvel, XP Educação e TAM Cargo. As empresas de programas de fidelização de clientes abrangem ferramentas e práticas de premiação em função da fidelidade a uma determinada empresa. Uma das formas mais utilizadas é o acúmulo de pontos de incentivo, que podem ser convertidos em prêmios. Os programas podem ser classificados em duas categorias distintas: Programas Individuais e Programas de Coalizão. Até a algum tempo, os programas de fidelização de clientes de companhias aéreas (frequent-flyer programs) eram o tipo mais popular de programa de fidelização individual que preveem o resgate de pontos por meio da aquisição de produtos de uma única empresa. O sucesso deve-se principalmente ao aumento da utilização de passagens aéreas sem desembolso financeiro. Com o intuito de disponibilizar resgates em passagens aéreas para os 34 participantes, vários programas de fidelização individuais buscam estabelecer relacionamentos com os frequent-flyer programs. Figura 2 – Programa Individual Fonte: Site Multiplus S.A Já os programas de coalizão permitem o acúmulo e regate de pontos em diferentes companhias. Nesse caso, o programa incentiva a fidelidade do consumidor não somente a um estabelecimento, mas a uma rede de parceiros comerciais. Uma das vantagens para esses parceiros estão os menores custos de aquisição e de retenção de clientes, uma vez que os mesmos são compartilhados entre todos os parceiros da rede e, ainda, acesso à base de consumidores de outros segmentos. Abertura de um novo canal de divulgação da marca e possibilidade de realização de ações promocionais conjuntas com outros parceiros, entre outros benefícios. Em relação aos consumidores, os programas de coalizão permitem um acúmulo mais rápido de pontos, mais opções de resgate e melhor gerenciamento e controle dos pontos. 35 Programa de Coalizão Figura 3 – Programa de Coalizão Fonte: Site Multiplus S.A O tipo mais popular dentre os programas de fidelização de companhias aéreas é o (frequent-flyer programs). O mercado brasileiro está em uma fase inicial de desenvolvimento no que se refere à indústria de programas de fidelização. O que de fato nos trás uma boa notícia é o crescimento notório do setor no país, com destaque para os segmentos de telecomunicações, vestuário e alimentos. Essa indústria tende a apresentar altas taxas de crescimento no futuro não somente pelo atual estágio inicial, mas também pelas favoráveis expectativas relacionadas ao desempenho da economia no Brasil. 36 Figura 4 – Principais vantagens dos Programas de Coalizão em Relação a Programas Individuais Fonte: Site Multiplus S.A Antes da criação da empresa Multiplus, a emissão de pontos aos participantes e os resgates em passagens-prêmio ficavam sob a responsabilidade da TAM. A Multiplus surgiu em janeiro de 2010 e assumiu a atividade operacional de acúmulo e resgate de pontos da TAM, bem como a venda de pontos a parceiros comerciais. A TAM permaneceu responsável pela emissão de passagens-prêmio e pela definição das regras do TAM Fidelidade, a exemplo de número de pontos tanto acumulados por voo quanto necessários para resgate de passagens-prêmio, além da classificação dos clientes por categorias. O estabelecimento de uma coalizão a partir de um frequent flyer program potencializou as vantagens da rede ao reunir em um mesmo sistema de pontos consumidores com comportamento de recompra (frequent shoppers) e clientes assíduos de companhias de transporte aéreo (frequent flyers). A Multiplus adotou um modelo de negócio flexível que tem origem da reunião dos benefícios dos dois modelos existentes: programas individuais e programas de coalizão. Dessa forma, a Companhia não compete, e sim coopera, com os programas de fidelização de seus parceiros comerciais, dando-lhes alternativas de resgates de alta atratividade, ao mesmo tempo em que os estimula a continuarem se relacionando com seus consumidores. Os serviços oferecidos pela Multiplus podem ser divididos em cinco categorias: 1. Parcerias de acúmulo de pontos; 2. Parcerias de resgate de prêmios; 3. Parcerias de coalizão; 37 4. CRM (do inglês Customer Relationship Management). Figura 5 – Serviços oferecidos pela Multiplus Fonte: Site Multiplus S.A Parcerias de acúmulo de pontos Com o foco em atrair e fidelizar seus clientes, os parceiros de acúmulo de pontos oferecem a seus clientes os chamados “pontos Multiplus”, que podem ser resgatados em produtos e serviços nos parceiros de resgate de prêmios ou nos parceiros de coalizão. A Multiplus conta com parceiros comerciais de acúmulo de vários segmentos da economia, como instituições financeiras, hotéis e locadoras de automóveis, além de editoras, farmácias, perfumarias e comércio eletrônico. O destaque fica por conta das instituições financeiras, tendo em vista sua tradição na prática de fidelização de clientes no segmento de cartões de crédito. Parcerias de resgate de prêmios Os parceiros de resgate de prêmios permitem a conversão de pontos Multiplus em produtos e serviços. Parcerias de coalizão Geralmente os clientes estão acostumados a usar seus pontos para efetuar resgates em passagens aéreas. Espera-se, porém, uma crescente participação de resgates nos demais 38 parceiros de coalizão recém-chegados permitam tanto o acúmulo quanto o resgate de pontos da rede. CRM (Customer Relationship Management) Atualmente coleta e analisa dados transacionais de seus participantes. Em um futuro próximo, pretende auxiliar os parceiros comerciais em suas estratégias de negócios como, por exemplo, a oferta de pontos em dobro para um determinado produto ou serviço, vantagem que afetará positivamente o mercado de fidelidade de clientes, inclusive, forçando outros concorrentes se readaptarem no mercado. Com um modelo de negócios flexível, com um fluxo de caixa muito sólido. A Companhia integra diversos parceiros comerciais, que compartilham seus gastos com marketing de fidelização. E, mais do que isso, oferece uma proposta de valor atraente aos consumidores, que podem acumular pontos de maneira rápida e ter acesso a um abrangente portfólio de prêmios. 5.1.2 VANTAGENS NA ABERTURA DE CAPITAL As vantagens em relação à Abertura de Capitais de uma companhia são inúmeras, dentre elas podemos destacar algumas das vantagens da empresa Multiplus S.A. Acesso ao mercado de capitais do País, ou seja, a empresa detém de mais recursos para financiar projetos de investimentos, diversificação de seus negócios ou até mesmo à reestruturação de seus passivos financeiros. Margem para administração de sua estrutura de capital, balanceando as relações entre capital acionário e de terceiros, e consequentemente, seu risco empresarial. Empreendedores e/ou seus sócios tem a possibilidade de transformar em qualquer momento, parte de suas ações que possuem na empresa em dinheiro. A transparência e confiabilidade exigidas nas suas informações básicas facilitam os negócios, atraindo o consumidor final, gerando maior presença e prestígio no mercado. Uma companhia de capital aberto tem mais projeção e reconhecimento de todos os públicos com os quais se relacionam. 39 A empresa poderá utilizar suas ações, para adquirir outra organização, que lhe proporcione obtenção de ganhos por escala, diversificação e complementação de linhas de produtos, clientes, regiões de atuação e outros. A abertura de capital facilita a obtenção de lucros, disponibiliza o acesso a fontes de fundos que não bancos. Empresas necessitando de grande volume de fundos podem estar sujeitas a altas taxas de juros ou restrições de crédito. A emissão de ações pode aliviar tais restrições. Soluções para problemas relativos à estratégia empresarial partilham de heranças e processos sucessórios podem ser equacionados por meio de uma abertura de capital, orientado por especialistas em questões societárias que estão aptos a apresentar inúmeras alternativas, de acordo com os parâmetros desejados de independência gerencial e eficiência fiscal. Por outro lado, o status de companhia aberta tende a facilitar as associações internacionais. A abertura de capital leva à aceleração da profissionalização da companhia. Inicialmente, esse processo é consequência das disposições legais, dada a eleição de conselheiros representantes dos novos acionistas e a exigência da figura do Diretor de Relações com Investidores (DRI). Uma administração profissionalizada é um dos pontos que mais interessa ao investidor, dada à necessidade de treinamento profissional dos ocupantes de cargos de direção. A abertura do capital de uma empresa pode ser feita também para seus funcionários, procedimento esse muito utilizado no mercado internacional e que começou a surgir no mercado brasileiro, sobretudo no Programa Nacional de Desestatização. Abrir o capital pode ser um primeiro passo dentro de uma estratégia ótima de venda de uma empresa. A venda de uma parcela inicial das ações de uma empresa pode aumentar o valor da venda do bloco restante de ações. 5.1.3 DESVANTAGENS NA ABERTURA DE CAPITAL As desvantagens em relação à Abertura de Capitais de uma Companhia são de naturezas diversas, dentre elas podemos destacar os custos que podem ser legais e institucionais, como o pagamento de taxas, anuidades, serviços e afins, em atendimento às exigências legais; Custos com marketing que são os gastos com o prospecto e com a 40 divulgação da operação no mercado; Custos internos que é responsável pela alocação de pessoal para acompanhamento do processo, montagem de estrutura interna para dar suporte à abertura, e outros. É necessário que a companhia mantenha um departamento de acionistas, com isso será necessário gastos com manutenção. A empresa realiza pagamento de taxas a CVM e a Bolsa de Valores. As companhias contratam empresas para a realização de serviços de auditores independentes e profissionais qualificados para a divulgação de informações sistemática ao mercado sobre as atividades da empresa, com estes tipos de ações são realizados gastos. Além dos custos descritos acima a empresa Multiplus S.A até o momento não divulgou nenhuma desvantagem na Abertura de Capital realizada no ano de 2010. 5.1.4 RELATÓRIO DE ESTUDO DE CASO A empresa Multiplus S.A encerrou o exercício de 2010 com 8,0 milhões de membros e com 151 parcerias com destaque para 12 parcerias de coalizão1. Neste ano a administração da companhia esteve voltada para a estruturação da equipe, implantação e estabilização do sistema operacional e da governança corporativa. Entre as áreas estruturadas destaca-se a área de marketing, produtos, novos negócios, tecnologias e finanças. Em relação a resultados financeiros a Multiplus S.A encerrou o ano de 2010 com 53,2 bilhões de pontos emitidos. O faturamento destes pontos rendeu R$ 1.119,5 milhões. A Companhia apresentou uma receita líquida de R$ 469,8 milhões e um Lucro Líquido de R$ 118,4 milhões, representando uma margem líquida de 25,2%. 1. No dia 28 de dezembro de 2010 a Companhia divulgou Comunicado ao Mercado informa ndo sobre o encerramento do programa Bomclube, cartão de fidelidade do Walmart Brasil nas lojas Bompreço e Hiper Bompreço, a partir do dia 2 de janeiro de 2011, seguindo sua estratégia de negócios voltada para uma “política de preços baixos”. Desta forma o Walmart deixou de fazer parte rede de coalizão de parceiros do Multiplus a partir do início de 2011. 41 Figura 6 – Demonstração de Resultado 2010 Fonte: Site Multiplus S.A Em 31 de dezembro de 2010, as ações da empresa Multiplus S.A estavam cotadas a R$ 33,75, representando uma valorização de 113% desde o início da oferta de ações e um valor de mercado de R$ 5,4 bilhões. A valorização do índice Ibovespa (IBOV) foi de 8,4% no período. 42 Já no ano de 2011 a companhia Multiplus S.A encerrou o ano com 9,4 milhões de participantes e 190 parcerias com destaque para as parcerias de coalizão além de novas parcerias dedicadas exclusivamente a resgates. Com um pouco mais de um ano no mercado a empresa pode entender melhor o seu papel no mercado brasileiro de fidelização, e assim acabou anunciando um novo posicionamento e uma nova identidade visual. Por meio da visão, juntos podemos muito mais, a nova Multiplus reforça sua missão de conectar empresas e pessoas por meio de uma rede de relacionamentos onde todos ganham. A nova proposta de valor posiciona a Multiplus como uma empresa de fidelização que, por meio da melhor rede de parceiros, oferece reconhecimento e recompensa pelas escolhas de consumo de seus participantes. Quanto aos resultados, a Multiplus encerrou 2011 com 76,2 bilhões de pontos emitidos. O Faturamento de pontos totalizou R$ 1.525,3 milhões. A Companhia apresentou uma receita de serviços e pontos resgatados de R$ 1.246,8 milhões e um Lucro Líquido de R$ 274,2 milhões, representando uma margem líquida de 22,0%. 43 Figura 7 – Demonstração de Resultado 2011 Fonte: Site Multiplus S.A Em 31 de dezembro de 2011, as ações da empresa Multiplus S.A estavam cotadas a R$ 32,25, representando uma valorização de 135,1% desde o início da oferta de ações e um valor de mercado de R$ 5,2 bilhões. No ano de 2011, a valorização foi de 14,1% comparado a desvalorização de 14,5% do índice Ibovespa (IBOV) e o volume médio diário foi de aproximadamente R$ 9,4milhões. Em 2012, a administração da empresa Multiplus trabalhou continuamente para a consolidação da estratégia da rede, incluindo importantes parceiros de coalizão como a Editora Abril e os supermercados Muffato e Y.Yamada, que atuam no Paraná e no Pará, respectivamente. Para estimular ainda mais os resgates nos parceiros de varejo, a Multiplus realizou importantes promoções como a “Black Friday” e Natal, e desenvolveu também 44 ofertas direcionadas com a Droga Raia e a loja de roupas femininas Cori que apresentaram excelentes resultados. Quanto aos resultados do ano de 2012, a Multiplus encerrou o exercício com 85,1 bilhões de pontos emitidos. O faturamento de pontos totalizou R$1.870 milhões. A Companhia apresentou uma receita de serviços e pontos resgatados de R$1.476 milhões e um lucro líquido de R$224,3 milhões, representando uma margem líquida de 15,2%. Figura 8 – Demonstração de Resultado 2012 Fonte: Site Multiplus S.A Em 31 de dezembro de 2012, as ações da empresa Multiplus S.A estavam cotadas a R$47,72, representando uma valorização de 265,3% desde o início da oferta de ações e um valor de mercado de R$7,7 bilhões. Em 2012, a variação foi de +55,4% comparada à valorização de 7,4% do índice Ibovespa (IBOV), e o volume médio diário de negociação foi de, aproximadamente, R$ 16,7 milhões. 45 6 CONCLUSÃO A abertura de capital representa para o mercado financeiro acesso ao crédito mais barato tendo tem vista a estrutura que a Bolsa de Valores disponibiliza, ainda, a credibilidade que a instituição oferece. Tomar a iniciativa de abrir o capital é uma das decisões mais importantes para qualquer empresa. Uma companhia de capital aberto tem acesso às alternativas que o mercado de capitais proporciona não disponíveis à empresa de capital fechado, além de usar as suas próprias ações como moeda para adquirir outras empresas, torna-se mais fácil o seu crescimento tendo em vista a alavancagem operacional e financeira que os recursos financeiros proporcionam a empresa que optou por abrir seu capital social. O processo de abertura de capital apresenta alguns desafios muito particulares que uma empresa precisa estar preparada para enfrentar. Uma oferta pública inicial bem-sucedida exige um planejamento cuidadoso com trabalho estratégico que envolve algumas iniciativas importantes. A formação de uma equipe vencedora com base na experiência de seus integrantes em processos e indústrias semelhantes é fundamental. A partir da experiência do grupo que lidera a operação poder-se-à provisionar se haverá sucesso ou fracasso à companhia. No caso brasileiro várias empresas obtiveram grande sucesso na abertura de capital na Bolsa de Valores. Registra-se outros fracassos, mas por hora o foco é nas grandes vantagens que tem-se na abertura do capital. Por meio da pesquisa realizada o objetivo geral foi atingido, estudar a abertura de capital da empresa Multiplus S.A na Bolsa de Valores de São Paulo no exercício de 2010. Tornou-se possível tirar conclusões acerca das vantagens obtidas pela empresa Multiplus S.A, após a abertura de capital na Bolsa de Valores de São Paulo no exercício de 2010. Os objetivos específicos, por sua vez, foram alcançados por meio do estudo de caso realizado, bem como as análises das demonstrações dos resultados dos anos de 2010, 2011 e 2012. A partir dos dados obtidos com a pesquisa, foi possível chegar ao conhecimento da receita bruta da companhia no exercício de 2010, o valor foi de R$ 517.8 milhões, obtendo 46 um lucro liquido no exercício de R$ 118,3 milhões. Já no ano de 2011 a receita bruta da Multiplus S.A foi de R$ 1.373.446 bilhões com um lucro liquido no final do exercício de 2011 de R$ 274.2 milhões. A companhia Multiplus S.A encerra o ano de 2012 com a receita bruta de R$ 1.628.143 bilhões com um lucro liquido no final do exercício de R$ 224 milhões, um valor inferior ao de 2011, porém a empresa obteve uma receita maior que nos anos anteriores. Houve crescimento bastante notável nos custos da empresa, decorrente, em especial, do aumento do quadro de funcionários e do aumento com as despesas com consultoria e assessoria, principalmente as ligadas à área de Tecnologia da Informação. A hipótese anteriormente abordada se mostra verdadeira, pois a empresa até o momento foi bem sucedida e conseguiu alavancar financeiramente o capital captado na Bolsa de valores. As ações da companhia finalizaram o ano de 2010 cotadas no valor de R$ 33,75 representando uma valorização de 113% desde o inicio das ofertas de ações e fechou o ano de 2012 com as ações cotadas em R$ 47,72 representando uma valorização de 265,3% desde o inicio da oferta de ações no ano de 2010, nota-se uma valorização constante no valor das ações que consequentemente houve retorno dos investimentos realizados pelos investidores na Bolsa de Valores de São Paulo. Destarte, conclui-se com este estudo que mesmo com o lucro liquido inferior ao dos anos anteriores a companhia Multiplus S.A vem crescendo continuamente, com mais parcerias, colaboradores e investidores, ou seja, a companhia com o passar dos anos crescerá, pois, só a economia com uma estrutura mais enxuta e com captação de fontes de financiamentos a custo zero elevam as margens operacionais bruta e liquida da companhia. 47 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia científica. São Paulo: Ed. Atlas, 1997. BM&FBOVESPA, Bolsa de Valores de São Paulo SA. História. Disponível em: http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/a-bmfbovespa/sobre-abolsa/historia/historia.aspx?Idioma=pt-br. Acessado às 00h59min do dia 22 de abril de 2012. BM&FBOVESPA, Bolsa de Valores de São Paulo SA. Negociação de ações na BM&FBOVESPA. Disponível http://www.bmfbovespa.com.br/cias- em: listadas/consultas/ipos-recentes/ipos-recentes.aspx?idioma=pt-br. 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