associação brasileira das locadoras de automóveis
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS
LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS
visibilidade
Teste mostra os
melhores carros
nacionais
Entrevista
você ainda
vai ter um
ANO VI - Nº 34
maio / junho 2010
O Brasil
na visão
de Ricardo
Amorim
carros
chineses
Essa revista tem suas emissões compensadas por
restauro florestal em mata ciliar
Sensacional!
Conselho Gestor Paulo Gaba Jr.,
Paulo Nemer, Alberto de Camargo
Vidigal, José Adriano Donzelli, Saulo
Fróes, Nildo Pedrosa, Carlos Rigolino
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Marcello Simonsen. Conselho Gestor
(suplentes) Carlos Teixeira, João Carlos de
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Fiscal Antonio Pimentel, Eduardo Corrêa,
Paulo Bonilha Jr., Flavio Gerdulo, Raimundo
Teixeira, Jacqueline Moraes de Mello.
Conselho Fiscal (suplentes) Joades
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Os números não mentem!
editorial
E
ABLA
O Anuário 2010 da ABLA já está circulando. E fazendo sucesso.
O crescimento do setor é animador. E nem estamos falando de Copa
do Mundo e Jogos Olímpicos do Rio, eventos que todos estão acreditando.
Crescemos porque o Brasil está crescendo; a classe C está crescendo; a
economia está estável, ao contrário de muitos outros países. Nosso setor
não fica atrás: registramos um aumento de 9,02% no
faturamento em 2009. Geramos mais de 240 mil
empregos diretos e indiretos e recolhemos mais
de R$ 1,4 bilhão em impostos. Nosso Programa
de Capacitação e Qualificação é referência
para outras entidades. Enfim, a ABLA está
trabalhando para que o setor fique cada vez
mais forte.
João
A nossa meta é melhorar os números
Claudio
Bourg
atuais. Afinal, eles não mentem
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4
12 A
20
26 T
R icardo A morim
fala sobre
locação e o poder da classe c
companhe o lançamento
nacional do
A nuário A bla 2010
O s chineses
P repare - se
estão chegando .
urismo : maravilhas para
aproveitar em um
maio
2010
junho
índice
expediente
3
“ bate
e volta ”
ricardo amorim
O Brasil
que dá
certo
R
icardo Amorim, 39, é economista e apresentador da
televisão brasileira. Morou e trabalhou em Nova York,
Estados Unidos e Paris, França. Atualmente mora em
São Paulo e participa do programa semanal Manhattan
Connection, transmitido no Brasil pelo canal GNT. Nesta
entrevista exclusiva, ele faz um balanço do setor de
locação e fala da importância do crescimento do poder
de compra da Classe C brasileira.
Por que você foi morar em
Nova York?
Depois de concluir o curso de
economia na USP fui para a França
em 1993, voltei para São Paulo e,
no começo de 2001, me mudei
para Nova York, quando estava
completando 30 anos de idade. Morar
fora é muito difícil, sentia saudade
das pessoas, do jeito do brasileiro, do
clima, mas acabei topando. Quando
fui convidado para ir trabalhar nos
Estados Unidos foi mais fácil. Queria
conhecer o coração das finanças
mundial. E também achava que
Nova York podia ser uma cidade
interessante culturalmente. O que tem
lá, e que eu não vi em nenhum outro
lugar do mundo, é a capacidade de
acolher estrangeiros. Mas há um lado
negativo. A agressividade dos novaiorquinos. Nunca vi algo igual nesse
nível. Falam muito do parisiense, que
é muito mal-humorado, mas o novaiorquino é extremamente agressivo.
O problema é que você vai adquirindo
um pouco dessa agressividade, onde
as pessoas não estão nem aí para
os outros. O que também traz uma
grande liberdade. Uma vez, estava na
Grand Central Station, e uma senhora
teve o saco de compras rasgado e tudo
se espalhou pelo chão. Ninguém deu
a menor bola. Comecei a ajudá-la e
ela me agradeceu de uma forma tão
desproporcional que parecia que eu
tinha feito uma coisa de outro mundo.
Hoje vejo como o paulistano é simpático.
E
ABLA
Esses anos em Nova York
modificaram a sua visão
do Brasil?
Fiquei lá dez anos mas viajava muito
para o Brasil a trabalho. O comodismo
do brasileiro é uma coisa que me
incomodava. Adora reclamar, mas
faz pouco para mudar a situação. O
americano se mobiliza. O lado positivo
é que o brasileiro consegue estar de
bem com a vida com muito pouco. O
americano pode ter tudo e estar de
mal com a vida. O Brasil mudou muito
mais ao longo desses anos, até mais
do que os brasileiros perceberam.
A visão internacional sobre o Brasil
é mais positiva do que a que tem o
brasileiro. Converso com investidores
estrangeiros e eles acham que estamos
num processo parecido com países
como a Coréia do Sul, Índia e China. E
esse processo é, muito provavelmente,
irreversível. A questão é se a gente está
aproveitando uma oportunidade única,
de um período favorável, para pular
para o nível destes países. Para isso,
temos que reduzir o tamanho do Estado,
investir em infraestrutura e
em educação.
É o momento de investir
na bolsa?
Recomendo que os investidores vendam
todas as suas ações agora para voltar
a investir na bolsa depois dessa forte
queda. Quem esperar demais para sair
pode vender na hora errada e perder
muito dinheiro. Assumindo que a crise
na Europa não sairá totalmente do
controle, o mercado deve voltar a subir
forte. Acredito que o Ibovespa alcance
os 200.000 pontos até 2014.
maio
2010
junho
O problema financeiro europeu
é pontual?
O que vai definir o tamanho da queda
é a extensão da crise europeia.
Os problemas não se restringem à
Grécia. Outros países, como Portugal,
Espanha, Itália e Irlanda também
estão endividados e não há recursos
suficientes para salvar todos. Se o
pânico europeu der início a uma crise
financeira global nos moldes da causada
pela quebra do banco Lehman Brothers,
em setembro de 2008, a bolsa pode
retomar as mínimas daquele período,
quando o Ibovespa chegou a ficar abaixo
dos 30.000 pontos.
Como você avalia o mercado de
automóveis no Brasil?
Falando de uma maneira macro, o
mercado brasileiro está vivendo o melhor
momento da sua história e a razão
básica é a expansão da população de
baixa renda. As vendas de veículos no
Brasil, até abril, foram mais altas que na
Alemanha. Ficamos em quarto lugar no
mundo, atrás da China, Estados Unidos
“Teremos
uma
fábrica de
automóveis
brasileira”
entrevista
5
ricardo amorim
e Japão. Se a gente for considerar só
a venda de automóveis de passeio,
excluindo os SUV, o brasileiro foi o
segundo maior mercado do mundo, só
atrás da China, à frente dos Estados
Unidos. O que está acontecendo é que
o nosso mercado vem ganhando cada
vez mais importância. A Fiat já vende
mais veículos no Brasil do que na Itália.
A Volkswagen tem planos até 2012 de
vender mais veículos no Brasil do que
na Alemanha. Resumindo: o momento
como um todo no Brasil está muito
bom e estamos em um processo de
crescimento excelente.
Na sua opinião, o mercado
de locações também
está crescendo?
Basicamente a tendência é parecida,
é um reflexo do aumento das vendas
de veículos. O mais importante foi a
expansão de crédito e isso alavancou
a expansão de vendas. No mercado
de locação a renda é mais importante
do que o crédito. É isso que aconteceu
com o mercado de locação. Vejo duas
vertentes: a primeira é que temos
uma expansão de renda muito forte,
não só generalizada, mas forte entre
as classes mais baixas, o que tem
permitido o turismo para essas classes.
A segunda coisa é que esse pessoal
está conseguindo comprar pacotes
financiados de viagens e isso interfere
também no mercado de locação. No
caso específico de locação, tem o
turismo comercial que já vem ganhando
muita força. Eu mesmo faço muitas
palestras e vejo que o mercado de
feiras e eventos corporativos está
crescendo muito. O segundo aspecto
importante são os Jogos Olímpicos no
Rio de Janeiro em 2016 e a Copa do
Mundo em 2014. São eventos que
devem atrair muitos turistas de todo
o mundo e ajudar também o setor
hoteleiro. Esse é um fator muito forte
no mercado de locação. Eu mesmo
fui visitar cidades nos países que
eram sedes de Jogos Olímpicos e
Copa do Mundo só para conhecê-las.
Recentemente estive na África do Sul
e visitei algumas cidades que iriam
receber os jogos.
O segmento de locação é
importante para um país como
o Brasil?
A expansão do setor é um reflexo de
um Brasil mais forte. Quando um país
é muito pobre, pouco desenvolvido,
a expansão é pequena. Pequena
porque uma população pobre tem
menos dinheiro para gastar com
o turismo e isso quer dizer menos
locação. Segundo é que o país que
tem estabilidade financeira muito
grande depende de crédito para
expansão. Para as grandes locadoras
internacionais, o Brasil vai representar
uma parcela cada vez maior e vão
querer investir aqui. Isso é muito
bom, pois as nacionais terão uma boa
parcela para crescer também, porque
haverá muita oferta. Resumindo, o
setor vai passar por uma revolução.
O aumento do poder aquisitivo
da classe C pode alavancar ainda
mais este segmento?
Exatamente. E o cartão de crédito
é muito importante. De 2002 para
cá são 22 milhões de pessoas
que foram para as classes B e C e o
montante de potencial do setor aumenta
excepcionalmente. É um processo global,
acontece também na Índia e na China.
No Brasil além de fatores econômicos,
tem também o fator político que é muito
importante. São ações governamentais
como o Bolsa Escola, Bolsa Família e
outras ações que, independentemente
do resultado das eleições, vão continuar
crescendo. O salário mínimo brasileiro
nos últimos anos aumentou mais que
a inflação e o grau de escolaridade
também. Tivemos nos últimos dez anos,
11,5 milhões de empregos formais
com carteira assinada no Brasil e no
mesmo período, nos Estados Unidos,
foram 1 milhão a menos de pessoas
empregadas.
E
ABLA
Na sua opinião, é vantajoso para as grandes
empresas ter uma frota terceirizada?
A questão é simples. Gera nas empresas a
necessidade de focar a sua própria atividade, não se
preocupando com atividades não correlatas. Segundo,
acaba com um problema de imobilização de capital,
colocando mais força no mercado. Ao locar veículos, a
empresa libera o capital para expansão e como agora
o Brasil está crescendo e investindo, as empresas
acabam investindo cada vez mais. Nos Estados
Unidos, o rent a car é mais forte justamente por causa
da expansão do cartão de crédito, que possibilita ao
americano viajar mais e alugar mais carros.
A invasão de carros chineses, que está
próxima de acontecer, poderá afetar a nossa
indústria automobilística?
Ela vai acontecer. É bom a gente se preparar para
isso. Inclusive eu acho que as montadoras chinesas
vêm para o Brasil, montando suas próprias fábricas.
O processo da indústria automobilística acaba sendo
um processo da evolução econômica. As primeiras
foram as europeias, depois as americanas, mais
recentemente foram as japonesas. A onda seguinte,
que vem ganhando mais mercado é a dos coreanos
e agora é a vez das chinesas e indianas. Eu acredito
que vamos ter uma montadora totalmente brasileira
em breve. Não sei qual, mas agora o Brasil atingiu
uma maturidade econômica e estabilidade que
vai ajudar na criação de uma indústria totalmente
nacional. Quando tivemos a nossa primeira fábrica
totalmente nacional, a Gurgel, o mercado era outro,
não tinha o mercado doméstico para sustentálo. Agora temos mais condições para isso. Os
chineses estão trazendo carros mais baratos, mas
gradualmente vão trazer os modelos mais premium.
O homem mais rico da china fabrica um carro elétrico
que tem motor elétrico e uma bateria que permite
autonomia oito vezes maior que os outros modelos.
Já é o terceiro carro mais vendido na China. Também
devemos ficar atentos ao mercado indiano, que
está crescendo muito. A Tata, por exemplo, fabrica
modelos populares e também comprou as marcas
Rover e Jaguar, top do mundo. É bom se preparar,
maio
2010
junho
pois eles chegarão com tudo. Nós temos
condições de competir. Quer exemplos:
a Embraer é a terceira empresa mais
valiosa do setor aeronáutico mundial. Se
pensar em software, temos uma empresa
de ponta no mundo.
Qual é o seu carro?
Essa é uma boa pergunta. Não tenho
carro. E a razão é muito simples: morei
quase 10 anos em Nova York e lá é difícil
andar de carro. Como moro em São
Paulo e o trânsito é infernal, prefiro ir
aos lugares de táxi, que é mais rápido e
podem trafegar nos corredores de ônibus.
Aluga carros quando viaja para
o exterior?
Dependendo para onde vou, gosto
de alugar carros para experimentar e
também me divertir. Fui para o Havaí, por
exemplo, e fiz questão de alugar um carro
conversível para curtir o sol e ir às praias.
Acho que essa é a grande vantagem do
mercado de locação: permitir conhecer os
lançamentos sem precisar comprá-los.
entrevista
7
Programa de Capacitação
ABLA larga na frente
O
Programa Nacional de Qualificação e
Capacitação ABLA, fruto do convênio
firmado com o Ministério do Turismo –
MTur, passou a integrar, junto com os projetos
de outras quatro entidades representativas do
setor de turismo, o Programa Bem Receber Copa
Brasil 2014.
O Bem Receber Copa é um
programa de qualificação dos serviços turísticos
brasileiros com vistas à Copa do Mundo FIFA
2014. De agora até 2014, o programa objetiva
capacitar 300.000 trabalhadores, sobretudo os
profissionais de “linha de frente”, isto é, que têm
contato direto com o cliente. Boa parte das ações
de qualificação, no entanto, serão na prática,
executadas pelas entidades setoriais, cabendo
ao MTur o planejamento, o acompanhamento e
a supervisão das ações de capacitação. Nesse
primeiro momento, o programa envolve, além
da ABLA, projetos das associações brasileiras:
da Indústria de Hotéis – ABIH, de Bares e
Restaurantes – ABRASEL, das Empresas de
Ecoturismo e Turismo de Aventura - ABETA, e
das Empresas de Transporte Aéreo Regional –
ABETAR.
O Bem Receber Copa definiu uma
série de requisitos que as associações precisam
levar em consideração para executar as
ações de capacitação. Dentre eles, podemos
destacar como mais importantes: construir,
em conjunto com as entidades de ensino e/
ou empresas parceiras, o itinerário formativo
para cada ocupação a ser capacitada, com
o desenvolvimento de atividades de ensino
que tenham como alvo as competências
(conhecimentos, habilidades e atitudes)
necessárias para o desempenho eficaz das
atividades de cada ocupação;
Implantar um sistema integrado de
gestão acadêmica para acompanhamento e
avaliação do programa, o que significa dizer
que o MTur acompanhará o alcance de metas
qualitativas e quantitativas dos convênios.
O Programa Nacional de Qualificação e
Capacitação da ABLA precisou, dessa forma,
passar por uma série de adaptações, sobretudo,
no planejamento pedagógico para se adequar
às exigências do Programa Bem Receber
Copa. Contudo, o trabalho foi facilitado pelo
fato de que, diferentemente de outros setores,
a ABLA já estava construindo o mapa de
ocupações e competências, parte fundamental do
planejamento pedagógico a partir de então.
As ações do programa estão evoluindo para
fases mais agudas de preparação para os cursos
de capacitação profissional e empresarial e
qualificação dos serviços das locadoras, que
sejam ou não associadas à ABLA. Dentre elas,
cabe destacar as mais importantes, a seguir:
Cursos de capacitação
A Universidade Federal de Santa
Catarina - UFSC, contratada para elaborar os
conteúdos das disciplinas e executar os cursos de
capacitação do projeto, concluiu no mês de maio
os conteúdos programáticos dos cursos e passa
agora a desenvolver o desenho instrucional dos
mesmos. Nessa fase, os designers instrucionais
e os responsáveis pelo planejamento pedagógico
definem para cada disciplina - dependendo
das características do conteúdo - como serão
realizadas as aulas, quantos serão os fóruns de
debate entre os alunos e sobre quais temas,
qual será o conteúdo das vídeo aulas e das
teleconferências, quais documentos devem fazer
T
ABLA
treinamento
9
parte da biblioteca virtual, e, finalmente,
quais devem ser os exercícios de avaliação
dos alunos.
Desenvolvimento do Mapa de
Ocupações e Competências O Instituto de Desenvolvimento
do Transporte – IDT, entidade ligada à
CNT, está realizando no âmbito do projeto,
uma pesquisa para conhecer quais
são os conhecimentos, habilidades e
atitudes necessárias ao desempenho das
atividades de 16 ocupações do setor. Esta
pesquisa subsidiará ainda um diagnóstico
das necessidades de capacitação do
setor. Espera-se colher informações de
3.000 respondentes de todo o Brasil.
Os formulários eletrônicos podem ser
acessados pelo portal da ABLA
(http://www.abla.com.br/) ou pelo blog do
projeto (http://www.abla.com.br/blog).
Rádio ABLA
Com programação 24h de
primeiríssima qualidade, a Rádio ABLA
passou, no mês de maio, a incluir nos
intervalos de sua programação trechos de
entrevistas, que estão sendo realizadas
com empresários do setor e assessores
jurídicos da ABLA e dos SINDLOCs
(Sindicatos das Locadoras de Automóveis).
Qualidade e competitividade, canais de
distribuição, Súmula 492, Código de Defesa
do Consumidor, são alguns dos diferentes
temas das entrevistas. As entrevistas
podem também ser ouvidas na íntegra no
sítio eletrônico da ABLA
maio
2010
junho
anuário
O lançamento do Anuário ABLA 2010
foi feito simultaneamente em 17
estados brasileiros. Um sucesso!
93978902987
Números que impressionam
L
ançado simultaneamente em 17 estados,
o Anuário Estatístico ABLA 2010 apontou
um crescimento no faturamento, passando
de R$ 3,99 bilhões em 2008 para R$ 4,5 bilhões
em 2009. De acordo com dados do Anuário,
os números do setor mostraram também uma
queda percentual na participação de compra
das locadoras, de 11,5% para 9%, porém
com aumento da ordem de 44.591 veículos. O
número de locadoras existentes aumentou de
1.894 para 1.955 e a frota passou de 318.865
para 363.456 veículos.
“Mantivemos um crescimento
constante há mais de uma década. É
importante ressaltar que o setor continuou
crescendo apesar da crise”, disse o presidente
do Conselho Nacional, Paulo Gaba Jr.,
durante apresentação em São Paulo.
“A diminuição do crédito, no final
de 2008, fez com que a frota
envelhecesse um pouco. Hoje
a média é de 16,5 meses,
mas este mesmo número
demonstra uma retomada,
pois somente no primeiro semestre a média
chegou a 18 meses”, complementou.
O segmento que mais cresceu na
locação de automóveis é o turismo de negócios,
que representa hoje 26% do total de locações,
contra 18% em 2008. O turismo de lazer teve
uma pequena queda, de 27% em 2008 para 22%
em 2009. A terceirização de frota representa
52%, contra 55% no ano anterior.
No Rio de Janeiro a expectativa no
crescimento do setor é ainda maior. Segundo o
diretor Regional Rio da ABLA, Gustavo Azevedo, a
perspectiva para o mercado carioca
é de crescer 10% este ano e dobrar
a frota até 2014. Atualmente a frota das
118 locadoras é de 33.076 veículos.
“O Rio vai sediar a Copa e as Olimpíadas e
em função destes mega eventos deve
registrar um crescimento superior aos
demais estados.”
O setor gerou em impostos
em 2009 um volume de R$ 1,4 bilhão
empregando 240.644 pessoas. O setor
também cresceu na geração de emprego
em 2009. O volume de usuários foi de
16,8 milhões.
Durante o lançamento do anuário
foi apresentado também o Programa
Nacional de Capacitação e Qualificação
online, que começa a ser implantado nos
próximos meses pela ABLA
Apresentação em Brasília
83763672
L
Números Nacionais dos lançamentos
1 - Alagoas
70 pessoas
10 - Pernambuco
58 pessoas
2 - Bahia
67 pessoas
11 - Paraná
68 pessoas
3 - Ceará
63 pessoas
12 - Rio de Janeiro
19 pessoas
4 - Distrito Federal
74 pessoas
13 - Rio Grande do Sul 35 pessoas
5 - Espírito Santo
45 pessoas
14 - Roraima
39 pessoas
6 - Goiás
33 pessoas
15 - Santa Catarina
32 pessoas
7 - Minas Gerais
62 pessoas
16 - Sergipe
32 pessoas
17 - São Paulo
67 pessoas
8 - Mato Grosso do Sul 45 pessoas
9 - Pará
65 pessoas
Mantivemos um crescimento
constante há mais de uma
década, apesar da crise.
Paulo Gaba Jr., Presidente do Conselho Nacional
“
O Programa de Qualificação
e Capacitação da ABLA
virou referência.
João Claudio Bourg, Presidente Executivo
maio
2010
junho
lançamento
Apresentação em São Paulo
“
13 ABLA
Uno, mas pode me chamar de novo
O
cenário escolhido para a apresentação do
novo Uno foi a bucólica Praia do Forte, na
Bahia. Em contraponto com o belo cenário,
um carro de linhas exclusivas, charmosas,
diferentes. Que agradam. Além do novo conceito
e das linhas arrojadas, o carro permite um
nível de personalização inédito no mercado
brasileiro, com inúmeras opções de fábrica e na
concessionária, onde o cliente pode customizar o
carro ao seu gosto, com opcionais e acessórios,
transformando o novo Uno em uma extensão de
sua própria individualidade.
Dentro do capô, dois novos motores
– o Fire 1.0 Evo e o Fire 1.4 Evo, ambos Flex
– que incorporam modernas tecnologias para
garantir economia de combustível e baixo nível
de emissões.
O novo Uno estava lá parado. Pronto
para ser experimentado. Não foi apenas entrar,
afivelar o cinto de segurança, girar a chave
no contato e engatar a primeira. O interior é
espaçoso, iluminado, confortável,
funcional e muito bem
acabado – ele é totalmente revestido, sem chapa
aparente. E, sem dúvida, está em completa
harmonia com o espírito do novo modelo.
A parte frontal do
painel traz a tecnologia “insert
molding”, um filme
estampado
e injetado
conjuntamente ao componente plástico vem de série nas versões Attractive e Way e
como opcional na versão Vivace. O recurso
propicia a criação de elementos gráficos
variados, coloridos e decorativos no painel,
diferenciando as versões do carro.
A posição de pilotar é muito
boa, desde o ajuste do banco até os
comandos de mão. O motor 1.4 Flex
não deixa a desejar. Sobe suavemente
de rotação e mantêm-se com torque
suficiente para as ultrapassagens.
As suspensões estão bem
calibradas, duras o suficiente para giros
rápidos, e suaves para transmitir conforto
aos ocupantes.
A Fiat quer comercializar mais
de 9.000 unidades por mês. A expectativa
gerada é boa e as vendas também
sinalizam para isso
T
test-drive
A Fiat espera vender mais de 9.000
modelos do novo Uno por mês. Pela
expectativa, pode vender até mais.
ABLA
ABLA na CIT
A ABLA passa a
integrar este ano a Câmara
Interamericana de Transportes
(CIT), o principal fórum
de discussões sobre o
desenvolvimento dos transportes
no continente americano.
A aprovação definitiva
do ingresso da associação
aconteceu em maio, durante
a 13ª Assembleia Ordinária
da CIT, em Medellín, na
Colômbia, onde estiveram
presentes o presidente do
Conselho Nacional, Paulo
Gaba Jr., o Conselheiro
Nacional José Adriano Donzelli
e o presidente executivo João
Claudio Bourg.
“Com a filiação,
estaremos mais presentes
aos debates da Câmara,
com o intuito de levar para a
discussão nas Assembleias
os principais problemas que o
setor de locação de automóveis
enfrenta no Brasil. É também
uma oportunidade de entrarmos
em contato com outras
realidades, para encontrarmos
ou buscarmos soluções que
venham beneficiar o mercado
brasileiro de locação”,
explica Bourg.
Las Vegas
Paulo Gaba Jr. e João
Claudio Bourg também estiveram
presentes ao Car Rental Show,
realizado em Las Vegas, no
mês de abril, o maior encontro
de entidades do segmento de
locação de veículos do mundo.
Salão do Turismo
De 26 a 30 de maio de 2010 aconteceu no
Anhembi em São Paulo a 5ª edição do Salão do Turismo Roteiros do Brasil. O Salão do Turismo é uma estratégia
de mobilização, promoção e comercialização dos roteiros
turísticos desenvolvidos a partir das diretrizes do Programa de
Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil.
A ABLA esteve presente em dois estandes mostrando
a importância do setor de locação para o desenvolvimento
turístico. Promovido pelo Governo Federal por meio do
Ministério do Turismo, o evento apresentou o que o Brasil
tem de melhor no setor para quem quer viajar ou fechar bons
negócios. Os visitantes puderam conhecer os roteiros das 27
unidades da Federação e adquirir pacotes e produtos/serviços
turísticos para visitá-los nas suas próximas viagens, conhecer
nosso artesanato e a comida típica de várias regiões.
N
notas
15
Uma mulher comanda a GM
Pela primeira vez na história do setor automobilístico
uma mulher assume a presidência de uma montadora.
Denise Johnson é a nova CEO da General Motors do
Brasil, no lugar de Jaime Ardila, que será o responsável
pelas subsidiárias na América do Sul.
Estamos entre os maiores
Mesmo com duas quedas
seguidas de vendas, em abril e
maio, o Brasil conseguiu manterse como quarto maior mercado
mundial de automóveis, atrás da
China, Estados Unidos e Japão. O
País vendeu, nos primeiros cinco
meses do ano, 1,316 milhão de
veículos, enquanto a Alemanha,
que até o ano passado ocupava
o posto, vendeu 1,18 milhão. A
aposta de analistas é de que o
Brasil vai segurar sua posição no
ranking mundial durante o ano.
O mercado brasileiro vinha
num ritmo de vendas acelerado
durante todo o ano de 2009 e
também no primeiro trimestre deste
ano, que fechou com o recorde
mensal de 353,7 mil veículos
vendidos em março, incluindo
caminhões e ônibus. Nesse período,
o consumo foi beneficiado pela
redução do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), que voltou a ser
cobrado integralmente em abril.
A projeção das fabricantes
é de encerrar 2010 com 3,4 milhões
de veículos vendidos, 8% a mais do
que no ano passado. Esse volume,
se confirmado, deverá assegurar
o posto de quarto maior mercado
global de veículos, uma posição à
frente da obtida no ano passado. A
China vendeu de janeiro a maio 5,4
milhões de veículos e os Estados
Unidos venderam 4,6 milhões,
segundo dados preliminares.
Carros elétricos
Os carros elétricos invadirão as ruas
de todo o mundo nos próximos 10
anos e recebem incentivos fiscais.
Ih! Acabou a luz
Pode parecer piada, mas o Brasil ainda não tem uma política clara para incentivar a fabricação ou
utilização de carros elétricos. O álcool continua sendo o combustível preferido.
“A
mor, você deixou o carro na tomada?”
Essa pergunta parecia surreal há algumas
décadas, mas está cada vez mais próxima
de acontecer. Ecologistas de plantão, engenheiros
verdes, ambientalistas e até mesmo motoristas estão
muito próximos de ver os carros elétricos que não
poluem nada circulando normalmente. Antes eram
pequenos estudos, projetos acadêmicos e conversa
de grupos preocupados com o futuro do petróleo
como combustível para os automóveis e procuravam
combustíveis alternativos. Agora o universo se
ampliou. Grandes fabricantes estudam seriamente a
possibilidade de utilizar a energia elétrica como fonte
para seus veículos. Até mesmo esportivos, capazes
de passar dos 200 km/h de velocidade máxima e
acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 5 segundos,
estão sendo fabricados. E tem gente grande envolvida,
como a Audi, que até trouxe para o Brasil, para
apresentação, o E-tron, e a Fiat, que já utiliza alguns
modelos Palio Weekend na binacional Itaipu.
Primeiro precisamos saber exatamente quais as
diferenças entre carros Flex, Elétrico e Híbrido.
Veículo Flex, grande aposta da indústria
automobilística nacional, com apoio do governo
Federal, utilizam gasolina e etanol sem qualquer
adaptação do motor. O combustível pode ser colocado
em qualquer proporção e não é necessário mais
reservatórios adicionais de gasolina para acionar o
motor quando frio. O Brasil é líder no desenvolvimento
deste tipo de motor e um dos grandes defensores da
utilização do etanol derivado da cana de açúcar em
todo o mundo.
Veículo Híbrido é um carro com
propulsão a motor elétrico alimentado com baterias e
um gerador movido com algum tipo de combustível
(gás natural, gasolina, etanol, entre outros).
Veículo Elétrico é acionado por motor
elétrico com suprimento por baterias instaladas a
bordo do carro. O atual problema desse modelo é
a autonomia das baterias, que permitem percorrer
pouco mais de 100 quilômetros.
Os carros elétricos estão em evidência
na mídia. Vários motivos que explicam o interesse
crescente por esses veículos: eles poluem menos
do que carros movidos a gasolina, tornando-se uma
alternativa ambientalmente saudável a esse tipo de
veículo (especialmente nas cidades).
À primeira vista, é difícil saber se um carro
é elétrico. Ao dirigir um carro elétrico, a única diferença
perceptível é o fato de ele ser bastante silencioso.
Sob o capô, porém, há muitas diferenças entre os
carros a gasolina e os elétricos. O motor elétrico
recebe força de um regulador, cuja alimentação é feita
por um conjunto de baterias recarregáveis. A maior parte dos carros híbridos hoje
existentes funcionam a gasolina e eletricidade, embora
a fábrica francesa PSA Peugeot Citroën tenha dois
carros híbridos diesel-elétricos em seus planos. Outro
aparelho eletroquímico que conhecemos bem é a
bateria. Uma bateria tem todos os elementos químicos
dentro dela, e também os converte em eletricidade.
Isso significa que a bateria eventualmente “morre”,
obrigando-nos a jogá-la fora ou a recarregá-la.
No caso da célula a combustível, os elementos
químicos fluem constantemente para a célula.
Ela nunca morre. Desde que existam elementos
químicos afluindo, a eletricidade emanará da célula
a combustível. Atualmente, a maioria das células a
combustível utiliza o hidrogênio e o oxigênio.
A célula a combustível compete com muitos
outros tipos de aparelhos de conversão de energia,
incluindo as turbinas a gás na usina geradora de
eletricidade de sua cidade, o motor a gasolina de
seu carro e a bateria do seu laptop. Os motores de
combustão como a turbina e o motor à gasolina
queimam combustível e usam a pressão criada
pela expansão dos gases para fazer trabalho
mecânico. As baterias convertem a energia química
novamente em energia elétrica, quando isto se
torna necessário. As células a combustível fazem
essas tarefas de forma mais eficiente.
A célula a combustível fornece tensão em CC
(corrente contínua) que pode ser empregada
para energizar motores, lâmpadas e outros
aparelhos elétricos. Existem muitos tipos de
células a combustível, cada qual com um processo
químico responsável pelo seu funcionamento. Elas
geralmente são classificadas pelo tipo de eletrólito
que usam. No momento, a Fiat ainda engatinha
no desenvolvimento deste tipo de veículo, cuja
T
ABLA
tecnologia
19
ênfase atual no projeto é aumentar a autonomia
do carro para poder ser viável economicamente, e
de tentar baratear o custo do modelo. Além de não
emitir poluentes, os elétricos são mais silenciosos e
econômicos. O Palio Weekend Elétrico roda apenas
120 km com uma carga. O custo do km rodado com
gasolina é de R$ 0,25, com álcool o valor cai para R$
0,18, mas com energia elétrica o valor é de
apenas R$ 0,05! Ou seja, se paga apenas R$ 6,00
para rodar 120 km!
Já tivemos um
João Augusto do Amaral Gurgel era um visionário.
Combatia ferozmente o programa do álcool como
alternativa para o petróleo e acreditava no carro elétrico.
Em 1974, apresentou um carro que levava o nome da
usina hidrelétrica instalada entre o Brasil e o Paraguai:
Itaipu. O desenho era estranho, mas o carro tinha uma
proposta idêntica a muitos conceitos apresentados
nos salões de todo o mundo atualmente: um meio de
transporte compacto (levava apenas duas pessoas)
e ágil, que poderia ser recarregado em tomadas
espalhadas por pontos estratégicos das grandes cidades.
O compacto não chegou à linha de montagem, mas
o projeto Itaipu também foi oferecido na forma de
um furgão - chamado de E-400. O veículo chegou a
equipar as frotas de companhias de eletricidade, mas as
baterias utilizadas na época, muito pesadas e com baixa
capacidade de carga, acabaram com o sonho de Gurgel.
Vexame
Depois do fiasco do anúncio do programa de estímulo ao desenvolvimento do carro
elétrico, cancelado de última hora no início de junho, por divergências dentro do governo,
o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou os ministros da Fazenda, Guido Mantega,
do Desenvolvimento, Miguel Jorge, de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, e do Meio
Ambiente, Izabella Teixeira, para buscar um consenso.
O que está na mesa é se o governo deve ou não incentivar a produção local de veículos
elétricos com corte de impostos e subsídios. Ficou a maior saia-justa entre Mantega e
os cerca de 30 empresários e vários jornalistas convidados para o evento. Eles foram
informados da suspensão apenas cinco minutos antes do horário agendado.
O documento que seria apresentado enumera uma série de vantagens fiscais ao carro
elétrico, como redução de IPI, ICMS, IPVA, Imposto de Importação e bônus. Também cita
a criação de uma política de compras e concessões governamentais para veículos com
essa tecnologia. Uma parte do governo considerou desproporcional os privilégios ao
carro elétrico em relação aos modelos flex, bandeira levada por Lula a diversos países.
No documento de 41 páginas, o etanol é citado apenas uma vez. Os autores dizem que
a “tecnologia flex tem proporcionado ampla vantagem competitiva para o Brasil”, mas
reforçam que o carro elétrico é ‘consenso’ para o futuro da indústria e que esse tipo de
veículo “já é uma realidade comercial”.
Para alguns membros do governo, o Brasil não pode deixar de lado a tecnologia flex.
“Estamos tocando o desenvolvimento do carro elétrico independentemente dessa
decisão, temos dinheiro dos fundos setoriais, mas precisamos de mais”, argumenta
Sergio Rezende, numa referência aos incentivos fiscais anunciados pelo colega Guido
Mantega (Fazenda). “O carro flex é importante e não vai deixar de ser, o carro elétrico é
para daqui a 10 anos”, argumentou o ministro, sugerindo que o motivo da resistência ao
carro elétrico é a defesa da tecnologia dos veículos a álcool, desenvolvida no país há 30
anos. Os carros flex já representam mais de 30% da frota nacional.
maio
2010
junho
Carros
Principais marcas chinesas estão
chegando ao Brasil associadas a
importadores independentes.
Os chineses
estão chegando
E
les já invadiram países da Ásia, África
e Europa e preparam sua investida nos
Estados Unidos, na América Central e...
no Brasil! Os carros chineses já não são mais
“restritos” aos mais de 1,3 bilhão de habitantes
locais. Assim como outros inúmeros produtos
feitos por lá, começam a ganhar o mundo. E por
aqui não é diferente. Já em 2007, os primeiros
veículos chineses começam a desembarcar em
portos brasileiros.
De acordo com o presidente da
Câmara do Comércio e Indústria Brasil-China,
Charles Andrew Tang, algumas montadoras
chinesas já estão negociando com representantes
brasileiros sua entrada no mercado nacional. A
Abeiva, associação que reúne as importadoras
independentes, confirma que já há negociações
avançadas entre grupos dos dois países. Para
competir com os nacionais, a arma chinesa é o
preço baixo. Mesmo com o imposto de importação
de 35%, os valores não ficarão muito longe dos
similares nacionais, mas com a vantagem de
terem, em alguns casos, equipamentos de série
como ar-condicionado, airbag duplo e até freios
com ABS.
O maior desafio das montadoras
chinesas não será conseguir um preço competitivo,
o que eles já têm, mas sim melhorar a imagem
dos seus produtos. Brasileiro é exigente na hora
de comprar carro e não quer só preço baixo.
Procura uma marca de confiança, com facilidade
de assistência técnica e bom valor de revenda.
“Os chineses não podem repetir no
Brasil o erro de algumas marcas, como Lada,
Daihatsu, Daewoo, Asia Motors e Suzuki, que
tinham um pós-venda ineficiente, com falta de
peças e preço muito alto”, diz José Roberto
Ferro, consultor automotivo do Lean Institute.
“Será necessário um representante brasileiro
capitalizado que possa suprir essas deficiências,
uma vez que os grupos chineses não contam
com muito dinheiro para investir.” Ferro acredita
que o carro chinês vai ocupar um segmento de
entrada e com preço baixo, mas não deve causar
preocupação nas montadoras locais.
A qualidade em jogo
Outro fator lembrado por especialistas
é o status. A China sempre foi famosa por
fabricar produtos falsificados e de qualidade
duvidosa. Como o brasileiro preza pela imagem
dos seus bens - e gosta de mostrar isso para os
outros -, não seria fácil reverter esse quadro. A
imagem do carro chinês atualmente é o preço
e não a qualidade. “Tudo indica, porém, que
ao longo dos próximos anos esse problema
será resolvido. Os chineses estão avaliando
os mercados em que pretendem atuar e
buscando melhorar seus produtos. Trata-se
de um fenômeno normal. O Japão passou por
uma situação semelhante na década de 1950,
inclusive no aspecto das cópias e imitações,
e hoje é uma potência em tecnologia”, afirma
Marco Saltini, presidente da Associação de
Engenharia Automotiva (AEA).
Quando se fala da qualidade, o
que logo salta aos olhos é seu design. Alguns
modelos estão longe de ter desenhos atraentes.
O carro chinês é um mistura de estilos. Traços
da década de 1980 convivem com modernos
faróis de lentes lisas e lanternas com elementos
arredondados. Sem falar que são comuns os
vãos irregulares entre portas e carroceria. Tal
irregularidade no acabamento se repete no
interior, que quase sempre abusa das cores
claras nos revestimentos e dos apliques imitando
madeira desde os modelos mais baratos.
Mas nem tudo está perdido. De olho
em mercados exigentes como o europeu e o
americano, os chineses tratam de se mexer para
tornar seus carros mais atraentes e confiáveis.
Episódios como o que aconteceu com o Jiangling
Landwind X6 - reprovado num teste realizado
em 2005 pela ADAC (Automóvel Clube da
Alemanha), mostrando que o condutor poderia
morrer em uma colisão a apenas 64 km/h podem ficar no passado. Muitas empresas
aproveitam as associações com grandes
montadoras ocidentais, obrigatórias a quem
pretenda instalar uma fábrica na China, para
aprender a absorver novas tecnologias. O carro
hoje pode até ter qualidade um pouco inferior,
porém o chinês, além de já lidar com tecnologia
C
ABLA
CAPA
21
Chery QQ
de ponta, tem uma grande capacidade de
aprendizado. Construir carros com o mesmo nível
de coreanos e japoneses é uma questão
de tempo.
Indústria globalizada
Os chineses se beneficiam de uma
indústria globalizada e têm acesso fácil aos mais
diferentes fornecedores. Produzir um veículo
moderno e confiável não é difícil para eles. É uma
tarefa muito mais simples do que a enfrentada
pelas montadoras japonesas na década de 1970,
que sozinhas precisaram desenvolver uma série
de componentes.
A Chery, por exemplo, já contratou
os renomados estúdios italianos Pininfarina
e Bertone para desenhar seus modelos e a
empresa austríaca AVL List para desenvolver
motores. Seu sedã médio A5 se destaca com
linhas bonitas, construção cuidadosa e interior
caprichado, recheado de equipamentos, o que
inclui até um ar-condicionado digital. O motor
2.0 16V rende 130 cavalos de potência e a
suspensão traseira é do tipo multibraço, mais
eficiente e de construção mais complexa e cara
que as convencionais de eixo de torção.
A Zhonghua, marca que pertence
à gigantesca Brilliance, apresentou o novo
Junjie, um sedã do porte do Vectra, com quatro
diferentes opções de motor e estilo arrojado
assinado por Pininfarina.
Antes que alguém faça comparações
com a Lada, a Abeiva rejeita qualquer
semelhança com a marca que trouxe no início
dos anos 90 modelos baratos da Rússia.
Segundo a associação, a montadora era
ineficiente e muito defasada, remanescente do
antigo regime socialista. Apesar da situação
política parecida, a China de hoje conseguiria
produzir produtos bem mais modernos e
confiáveis que os antigos Lada.
Chery Tiggo
maio
2010
junho
Cópias
A China sempre se destacou como sendo o
país número 1 em falsificações. Tênis, roupas,
aparelhos eletrônicos, brinquedos e CDs
encabeçam a lista, mas quem poderia imaginar
que a pirataria um dia chegaria aos automóveis?
Pois chegou. O primeiro caso veio à tona em 2003,
quando a Chery apresentou o compacto QQ, uma
cópia do Chevrolet Spark - que já foi o Matiz, da
Daewoo, empresa que, falida, vendeu parte do
projeto original aos chineses. A GM ingressou com
um processo de plágio contra a fábrica chinesa,
perdeu em primeira instância e desistiu da ação.
Na mesma Chery, o utilitário Tiggo conseguiu a
proeza de copiar dois concorrentes de uma só
vez: a frente veio do Honda CR-V e a traseira do
utilitário Toyota RAV4. Esses episódios contribuem
negativamente para a imagem dos carros
chineses. Assim como no Brasil, o automóvel é
um sinônimo de status em diversos países do
mundo. E ninguém quer andar com algo que possa
soar como falsificado. A lista não para por aí. Na
marca BYD, o Corolla foi a fonte para concepção
do sedã médio F3 e o BMW Série 7 para o sedã
grande F6. Em ambos, traseira e dianteira são
parecidos, com faróis e lanternas de linhas bem
semelhantes. Já a Great Wall pegou emprestada
a dianteira da Nissan Frontier para sua picape
Sailor e o utilitário esportivo Opel Frontera foi a
base para o Landwind X6. Há, contudo, os clones
autorizados, isto é, modelos produzidos sob licença
com outras marcas. Os Toyota Yaris e Echo são
produzidos pela FAW sob a marca Xiali e com os
nomes de Vizi e Vela. Pela mesma FAW, os Mazda
3, Premancy e MPV recebem a marca Haima.
Sérgio Habib, ex-presidente da
Citroën do Brasil montou a empresa
SHC para trazer os modelos JAC.
Carros
JAC J5
o que estão fazendo
O ex-presidente da Citroën, Sérgio
Habib, hoje dono da empresa SHC que também
vai importar modelos chineses, acredita que com
produção local o carro chinês “perde a vantagem
do custo-China” e terá preços similares aos dos
veículos fabricados pelas marcas tradicionais.
Por isso, aposta na importação. Em 2011, ele vai
começar a trazer quatro modelos da montadora
JAC, com preços acima de R$ 35 mil. A JAC não
tem intenção de montar automóveis no Brasil,
mas estuda uma fábrica de caminhões pesados. Nesse segmento, só produtos nacionais
têm acesso a financiamentos via Finame.
Sérgio Habib informou que a escolha da
JAC Motors se deu após seguidas viagens a
China, onde visitou as principais montadoras
independentes, sem vínculo tecnológico e
societário com qualquer indústria automobilística
norte-americana, europeia ou asiática. Entre
as quatro empresas analisadas a JAC Motors
foi a que apresentou as melhores condições de
ser representada pelo Grupo SHC no mercado
automobilístico brasileiro.
Para o vice-presidente da JAC Motors,
David Zhang, “o Brasil é um mercado estratégico
para a expansão da empresa fora da China,
pois integra o BRIC e ao lado de Índia, China e
Rússia, constitui o único grupo de países com
mercados acima de 2 milhões de carros por ano
“
“
O Brasil é um
mercado
estratégico
para a expansão
da empresa fora
da China
David Zhang, vice-presidente
da JAC Motors
e com forte potencial de crescimento no setor
automobilístico mundial.”
O dirigente chinês informou ainda
que recebeu a visita de diversos empresários
brasileiros interessados em formar uma parceria
com a JAC Motors, decidindo-se pelo Grupo
SHC pela sua capitalização financeira, sua
enorme experiência na implantação de marcas
no mercado automobilístico brasileiro e sua forte
presença como distribuidor de veículos em todo
o território nacional, tanto assim que a parceria
da JAC Motors com o Grupo SHC foi firmada
pelo prazo de 10 anos.
No início a SHC importará quatro
modelos: um sedã médio denominado J5,
a minivan J6 e o modelo compacto J3, nas
versões sedan e hatch que chegarão ao
mercado brasileiro oferecendo a mais avançada
tecnologia em termos de design, conforto,
desempenho e segurança. Freios com ABS, arcondicionado digital, air-bags frontais e laterais
e CD player serão itens de série dos quatro
modelos da JAC Motors.
A estimativa do Grupo SHC é iniciar
a comercialização dos veículos JAC Motors no
Brasil no final de 2010, com uma rede de pelo
menos 50 concessionários exclusivos da marca,
distribuídos pelas principais capitais e cidades
brasileiras. O objetivo do grupo é comercializar
50.000 veículos em 2012, quando a rede de
concessionários JAC Motors já terá se expandido
para 100 pontos de venda em todo o país.
O grupo Effa, importador das marcas
Hafei e Lifan, fez uma aposta intermediária.
Abriu uma linha de montagem no Uruguai, país
natal do dono da empresa, Eduardo Effa, que já
mantinha outros negócios no ramo automotivo.
Há planos também para uma linha no Brasil, de
produção de utilitários em Manaus (AM).
Segundo o diretor comercial Clairto Acciarto,
as obras da unidade foram interrompidas
para priorizar a Uruguaia, mas em breve serão
retomadas. Essa unidade vai montar utilitários
da Hafei, hoje importados, e a do Uruguai ficará
com os automóveis da Lifan, o 320, visto pelo
mercado como uma cópia do Mini Cooper e o
sedã 620 com preços entre R$ 30 mil e
R$ 40 mil.
A instalação no Uruguai recebe os
componentes desmontados da China e apenas
monta os veículos num galpão. O projeto, com
capacidade para 5 mil veículos ao ano, recebeu US$
6,5 milhões bancados pela Effa. A Lifan fornece
peças e tecnologia e estuda uma participação
societária na fábrica. Outros US$ 8 milhões a US$ 10
milhões deverão ser investidos numa ampliação
para elevar a capacidade para 25 mil veículos até
o final do ano.
Os planos incluem também a produção
local de motores. Segundo Acciarto, 85% da
produção será destinada ao mercado brasileiro e o
restante para o Uruguai e Paraguai. Futuramente, a
unidade também abastecerá a Venezuela e o México.
A previsão da Effa é de vender mais de 8
mil veículos neste ano. A empresa também importa o
M100, que compete com o Fiat Mille. O modelo tem
Effa Lifan 320
C
ABLA
vendas baixas e foi mal avaliado em testes feitos pela
imprensa especializada.
Até agora responsável pela importação
dos veículos Towner e Topic das marcas Hafei e
Jinbei, a brasileira CN Auto decidiu ampliar o leque
de produtos. Vai trazer ainda neste ano modelos
da marca Great Wall, inicialmente o utilitário Hover,
a picape média Wingle e o CoolBear. A CN Auto
resgatou os nomes Towner e Topic da Asia Motors,
que atuou no País nos anos 90 mas faliu na Coreia
e saiu do Brasil, deixando para trás uma dívida
bilionária em impostos.
Outra marca que até agora atuava no
segmento de comerciais leves com picapes e vans
e entrou no segmento de automóveis é a Chana. O
executivo da empresa fechou acordo para trazer ao
país os compactos Mini Benni e Benni 1.0 (na faixa
de R$ 30 mil a R$ 32 mil) e o hatch Alsvin 1.5 (a
partir de R$ 40 mil).
A Chana, cujos modelos são fabricados
maio
2010
junho
pela ChangAn vendeu em 2009 apenas 300
unidades, segundo a Fenabrave. Este ano, projeta um
salto para 3,5 mil unidades.
O grupo ChangAn estuda instalar uma
unidade na América Latina e o país mais cotado para
receber uma linha de montagem de CKDs é o Brasil.
A ideia é usar o Brasil como base para exportar para
outros países da região, como Chile e Colômbia.
A BYD é o terceiro maior fabricante de
carros da China e seus carros elétricos inundam
as ruas e estradas chinesas. Negocia uma parceria
local com o grupo CAOA, do empresário brasileiro
Carlos Alberto de Oliveira Andrade, que já tem em
Goiás uma fábrica com a bandeira da
coreana Hyundai.
Os planos também são ousados
para a rede de concessionários. De acordo com
representantes das quatro marcas chinesas que já
atuam como importadores, o número de lojas deve
pular de 149 para 259 até o fim do ano.
CAPA
23
Completa avaliação do índice de
visibilidade classifica dezenas de
carros nacionais e importados.
Cesvi
Visibilidade, o que
você precisa ver
Todos os carros, nacionais ou importados, têm pontos cegos. Alguns mais, outros menos. Por isso, é comum discussões
no trânsito por causa de fechadas involuntárias que causam confusões, principalmente com motociclistas.
O
CESVI estuda detalhadamente os veículos
oferecidos no mercado brasileiro e, após
diversas análises, cria indicativos técnicos.
Esses índices são divulgados em forma de rankings,
que servem como critério de escolha para os mercados
automobilístico, segurador, reparador e para o
consumidor final. E elaborou um ranking de diversos
veículos que apresentam melhor e pior visibilidade.
O estudo apresenta os elementos que
contribuem para uma boa visibilidade em uma série de
aspectos e os procedimentos utilizados para os testes.
Foi medido o índice de visibilidade dos
veículos de grande número de vendas no mercado
nacional, que foram separados por categorias. Os
resultados levam em consideração a medição e análise
das áreas não visíveis ao motorista.
A classificação é
apresentada em
um intervalo de
0,5 a 5 estrelas.
Quanto maior a
nota, melhor a
visibilidade do
veículo
Critérios
Para definir especificações e parâmetros,
pode-se dizer que a visibilidade proporcionada
pelos automóveis é auxiliada pelos retrovisores
externos e internos do veículo. Os fatores
que influenciam na visibilidade são os vidros,
espelhos retrovisores, carroceria e pontos cegos.
A pontuação de cada componente leva em
consideração os seguintes pesos:
• Visão traseira (fornecida pelo espelho
retrovisor interno);
• Visão lateral (fornecida pelos espelhos laterais);
• Visão dianteira (verificação da obstrução na
visibilidade causada pela coluna A).
Veja a tabela completa dos testes realizados:
Ranking Visibilidade
Hatch Compacto
Ford Ka (2007 a 2008)
BMW Mini Cooper (2009 a 2009)
Fiat 500 (2009 a 2010)
Fiat Mille Fire (2004 a 2008)
Ford Ka (2002 a 2007)
Peugeot 206 (2004 a 2008)
Renault Sandero (2008)
VW Polo (2006 a 2008)
Novo Gol (2008 a 2009)
Renault Clio (2003 a 2008)
Fiat Palio (2004 a 2007)
Citroën C3 (2003 a 2008)
Fiat Novo Palio (2007 a 2008)
Fiat Punto (2007 a 2008)
Fiat Palio (2001 a 2006)
GM Celta (2000 a 2006)
Peugeot 207 (2008 a 2009)
Renault Sandero - Novo retrovisor (2009 a 2010)
Chevrolet Agile (2009 a 2010)
Fiat Novo Uno (2011)
GM Celta (2006 a 2008)
VW Gol (2006 a 2008)
Ford Fiesta (2007 a 2008)
GM Novo Corsa (2002 a 2008)
VW Fox (2003 a 2008)
estrelas
4
4
4
3 1/2
3 1/2
3 1/2
3 1/2
3 1/2
3 1/2
3 1/2
3 1/2
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
2 1/2
2 1/2
2 1/2
S
ABLA
Hatch Médio
Peugeot 307 (2006 a 2008)
Citroën C4 (2008-2009)
Volvo C 30 (2007 a 2008)
Audi novo A3 (2008)
Novo Ford Focus (2008 a 2009)
Fiat Stilo (2002 a 2008)
Nissan Tiida (2007 a 2008)
Citroën C4 (2007 a 2008)
GM Vectra GT (2007 a 2008)
VW Golf (2007 a 2008)
Hyunday I30 2.0 (2007 a 2007)
Ford Focus (2001 a 2008)
Subaru Impreza 2.5 T WRX (2007 a 2008)
Chevrolet Astra (2009 a 2010)
GM Astra (2003 a 2008)
estrelas
4
4
4
4
4
4
4
3 1/2
3 1/2
3 1/2
3 1/2
3 1/2
3 1/2
3
2 1/2
Sedan Compacto
GM Prisma (2006 a 2008)
Ford Fiesta (2007 a 2008)
GM Classic (2005 a 2008)
Fiat Novo Siena (2007 a 2008)
GM Novo Corsa (2002 a 2008)
Renault Symbol (2008 a 2009)
VW Polo (2004 a 2005)
Renault Clio (2003 a 2008)
Novo Voyage (2008 a 2009)
Renault Logan (2007 a 2008)
Fiat Siena (2005 a 2007)
estrelas
3 1/2
3
3
2 1/2
2 1/2
2 1/2
2 1/2
2 1/2
2
1 1/2
1
Sedan Médio
VW Jetta (2006 a 2008)
Audi A5 (2008 a 2009)
Hyundai Genesis (2007 a 2007)
Honda Civic SI (2007 a 2008)
Mercedes C-200 Kompressor (2007 a 2008)
Mercedes Benz C-320 (2001 a 2008)
Peugeot 307 (2006 a 2008)
Toyota Novo Corolla (2008)
Ford Novo Focus (2008 a 2009)
Kia Magentis (2008 a 2009)
GM Astra (2003 a 2008)
GM Vectra (2005 a 2008)
Hyundai Azera (2007 a 2008)
Peugeot 207 (2008 a 2009)
Citroën C4 Pallas (2007 a 2008)
Renault Mégane (2005 a 2008)
Toyota Corolla (2003 a 2007)
GM Omega CD 3.8 (1999 a 2004)
Honda Civic (2007 a 2008)
Fiat Linea (2008)
Chrysler 300-C (2008 a 2008)
Nissan Sentra (2007 a 2008)
Ford Fusion (2006 a 2008)
estrelas
4 1/2
4 1/2
4
4
4
4
3 1/2
3 1/2
3 1/2
3 1/2
3
3
3
3
3
3
2 1/2
2 1/2
2 1/2
2 1/2
2 1/2
2
2
Sedan Luxo
Audi A6 (2009 a 2009)
Mercedes E 350 (2009 2010)
BMW 335i (2008 a 2009)
Novo Ford Fusion (2009 a 2010)
VW Passat CC (2008 a 2009)
Mercedes CLS 350 (2008 2009)
Honda novo Accord (2008)
Jaguar XF SV 8
estrelas
4 1/2
4
3 1/2
3
3
3
3 1/2
4
Picape Média
estrelas
Mitsubishi L200 (2006 a 2008)
3 1/2
GM nova S10 (2008)
3 1/2
Nissan Frontier (2002 a 2007)
3 1/2
VW Amarok (2010 a 2011)
3
Fiat Nova Strada Adventure Locker (2009 a 2010)
3
Toyota Hilux (2005 a 2007)
2 1/2
Ford Ranger (2004 a 2008)
2 1/2
maio
2010
junho
Picape Compacta
Fiat Nova Strada (2007 a 2008)
VW Nova Saveiro (2009 a 2009)
Peugeot 207 (2010 a 2011)
Fiat Strada (2005 a 2008)
VW Saveiro (2006 a 2008)
GM Montana (2003 a 2008)
estrelas
3
3
3
2 1/2
2 1/2
2
Minivan Compacta
Novo Honda Fit Flex (2008 a 2009)
Honda Fit (2004 a 2008)
GM Meriva (2005 a 2008)
Fiat Idea (2003 a 2008)
Nissan Livina (2008 a 2009)
estrelas
4 1/2
4 1/2
4
3 1/2
3
Minivan Média
Citroën C4 Picasso (2008)
Renaut Grand Scénic (2007 a 2008)
Citroen Xsara Picasso (2001 a 2008)
GM Zafira (2004 a 2008)
Renault Scénic (2001 a 2008)
Mercedes Benz Classe A (2005 a 2008)
Chrysler PT Cruser (2001 a 2007)
estrelas
4 1/2
4 1/2
4
4
3 1/2
3 1/2
2
SW Compacta
Peugeot 206 (2005 a 2008)
VW SpaceFox (2006 a 2008)
VW Parati (2006 a 2008)
Fiat Novo Palio Weekend (2009 a 2009)
Fiat Palio Weekend (2004 a 2008)
estrelas
3
3
2 1/2
2 1/2
2
SW Média
Toyota Corolla Fielder (2005 a 2008)
VW Jetta 2.5 SW (2006 a 2008)
Renault Megane Grand Tour (2007 a 2008)
estrelas
3 1/2
3 1/2
3
Utilitário Esportivo
VW Jetta (2006 a 2008)
Audi A5 (2008 a 2009)
Hyundai Genesis (2007 a 2007)
Honda Civic SI (2007 a 2008)
Mercedes C-200 Kompressor (2007 a 2008)
Mercedes Benz C-320 (2001 a 2008)
Peugeot 307 (2006 a 2008)
Toyota novo Corolla (2008)
Ford Novo Focus (2008 a 2009)
Kia Magentis (2008 a 2009)
GM Astra (2003 a 2008)
GM Vectra (2005 a 2008)
Hyundai Azera (2007 a 2008)
Peugeot 207 (2008 a 2009)
Citroën C4 Pallas (2007 a 2008)
Renault Mégane (2005 a 2008)
Toyota Corolla (2003 a 2007)
GM Omega CD 3.8 (1999 a 2004)
Honda Civic (2007 a 2008)
Fiat Linea (2008)
Chrysler 300-C (2008 a 2008)
Nissan Sentra (2007 a 2008)
Ford Fusion (2006 a 2008)
estrelas
4 1/2
4 1/2
4
4
4
4
3 1/2
3 1/2
3 1/2
3 1/2
3
3
3
3
3
3
2 1/2
2 1/2
2 1/2
2 1/2
2 1/2
2
2
COUPE
Audi TTS (2009 a 2010)
Nissan 350 Z (2004 a 2008)
Spyder (2008)
BMW Z4 (2009 a 2010)
Jaguar XK 4.2 (2007 a 2008)
estrelas
4 1/2
4 1/2
4 1/2
4
4
segurança
tecnologia
25
turismo
Bate e volta
Vista sua bermuda mais confortável; não esqueça os óculos de sol ou um agasalho aconchegante. Dê a partida
no motor do seu carro, engate a primeira marcha e pé no acelerador. Em menos de uma hora, você estará em
locais diferenciados, esticando-se nas areias da Praia do Forte, a 55 km de Salvador ou caminhando por entre
as mais famosas vinícolas do Brasil, em Caxias do Sul, a 125 km de Porto Alegre.
A Polinésia Brasileira
P
or ser um destino turístico muito procurado
pelos turistas nacionais e internacionais,
a Praia do Forte possui uma excelente
infraestrutura. Vários resorts se instalaram na
região, os hotéis e pousadas são de alta categoria,
além disso, possui um Albergue da Juventude que
é uma excelente opção para os mochileiros.
A antiga aldeia dos pescadores deu
origem ao que é hoje a Praia do Forte. Um destino
imperdível, com biodiversidade e beleza natural
que fica a apenas cinquenta quilômetros do
Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães,
de Salvador.
É na rua principal, chamada Alameda do
Sol, que turistas do mundo inteiro circulam e apreciam
as diversas lojinhas, restaurantes, bares, cafés, todos
em estilo rústico com requinte e sofisticação.
A Praia do Forte é um local que atrai
jovens e famílias, pois têm quilômetros de praias
onde o turista pode praticar diversos tipos de
esportes náuticos, como por exemplo: surfe,
windesurf, mergulho, pesca oceânica e canoagem.
Além disso, tem piscinas naturais
com águas cristalinas que atraem um público
eclético. Eles mergulham nas águas mornas em
busca de peixes, que se distinguem em cores e
embelezam o universo aquático das praias do
“Lord” e “Papa-Gente”. Visitar o Projeto Tamar é
obrigatório, assim como o Forte, que empresta o
nome à cidade e é o mais antigo do Brasil.
Praia do Forte é isso tudo,
das praias paradisíacas, da fauna e
flora, da preservação ambiental,
lagoas, cachoeiras, trilhas,
reservas ecológicas, que
evidenciam o que a Bahia tem
de mais peculiar
PROJETO TAMAR
Nos meses de maio a junho, é possível encontrar tartarugas marinhas
gigantes, nadando no imenso oceano de águas azuis e de julho
a outubro, é a vez de receber as baleias Jubarte. Elas chegam
da Antárctica para alegrar os turistas que aqui estão e que se
entusiasmam quando avistam essas imensas baleias com os seus
filhotes, em exuberantes acrobacias.
T
ABLA
A região do vinho e da fartura
A
história de Caxias do Sul, localizada a
125 km de Porto Alegre, começa antes
dos italianos, ainda quando a região era
percorrida por tropeiros e ocupada por índios,
chamada “Campo dos Bugres”. A ocupação por
imigrantes italianos, em sua maioria camponeses
da região do Vêneto (Itália), deu-se a partir de 1875,
localizando-se em Nova Milano. Estes por sua vez,
buscavam um lugar melhor para viver, no entanto,
encontraram lombardos, trentinos e outros. Embora
tivessem ganho auxílio do governo, ferramentas,
alimentação e sementes, esse mesmo auxílio teve
que ser reembolsado aos cofres públicos.
Dois anos depois, a sede da colônia
do Campo dos Bugres recebeu a denominação
de Colônia de Caxias. Vários ciclos econômicos
marcaram a evolução do Município ao longo dos
anos. O primeiro deles está ligado ao traço mais
forte da sua identidade: O Cultivo da Videira e
a Produção de Vinho. Num primeiro momento,
para consumo próprio, e mais adiante para
comercialização.
As melhores vinícolas brasileiras têm
seus campos na região. Visitar as lojas que vendem
os produtos e também fazer a degustação é
imperdível. Só não beba antes de dirigir.
Na zona rural instala-se a agricultura
de subsistência que se concentra na produção de
uva, trigo e milho, começando a industrialização
em nível doméstico. Todo o excedente era
comercializado. No início, a uva e o trigo. Com o
decorrer do tempo, a diversificação da indústria
caseira para, juntamente com o processo
humano da colônia, a ampliação do leque
de manufaturados. Das pequenas oficinas
caseiras, as grandes indústrias hoje,
internacionalmente conhecidas
maio
2010
junho
turismo
27
Título:
Impactos do gerenciamento de processos
na organização – O caso da rede Brasil
Autora: Jaqueline Grijó Denadai
Curso: Pós-Graduação em Gestão da Qualidade e Produtividade
FUCAPE Business Scholl, Serra - ES
Este é o resumo do trabalho classificado em quarto lugar
no prêmio abla para estudantes em nível superior
O
trabalho proporciona uma
contribuição às empresas que
pretendem adotar o gerenciamento de
processos como modelo de gestão,
descrevendo os impactos ocasionados
pela sua implementação na empresa
Rede Brasil – Franquia Serra/ES,
locadora de veículos, e a metodologia
utilizada. A análise da implantação desta
ferramenta em uma locadora de veículos
servirá para demonstrar seu objetivo, de
que forma sua metodologia pode auxiliar
no processo de gestão das organizações
e quais os possíveis impactos com
sua implementação. Lembrando que o
estudo de caso tem como característica
a não obrigatoriedade de projeção
dos seus resultados em outros casos,
mesmo que tão semelhantes.
Com este intuito, é
apresentado um estudo de caso da
Rede Brasil – Franquia Serra/ES, bem
como a metodologia utilizada e seus
impactos. Os dados coletados foram
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS
LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS
necessários para a análise do caso, isto
é, as informações coletadas contribuíram
significativamente para a conclusão da
proposta deste estudo.
Outro ponto que pode ser
destacado é o pequeno número de
pesquisas realizadas com empresas
locadoras de veículos. Dessa forma,
este trabalho pode contribuir como um
parâmetro e exemplo para as empresas
locadoras de veículos as quais têm
objetivo de implantar um sistema de
gestão da qualidade, pois este estudo
não só mostrará conceitos básicos
desta gestão como também os impactos
positivos e/ou negativos que uma
ferramenta como esta pode ocasionar
dentro de uma organização
4º lugar
prêmio ABLA PARA ESTUDANTES EM NÍVEL SUPERIOR
Veículos chineses X preocupação das
montadoras locais
Por João Claudio Bourg
O
que é “pós-vendas” ( after sales service na língua
inglesa) no mundo automobilístico?
É a assistência eficiente e eficaz de uma
Montadora que faz com que o seu produto esteja à
disposição para utilização, pelo usuário/proprietário do
veículo, o maior tempo no período analisado/avaliado.
Vamos melhorar a explicação: devemos
desvincular a qualidade de um veículo do número
de vezes que ele quebra! Expurgando-se os
extremos obviamente.
Se colocarmos a ponta seca do compasso
na cidade de Americana-SP e abrirmos em um raio de
cem quilometros, encontraremos as melhores estradas
brasileiras que oferecem total condição de mensurarmos a
qualidade de um veículo.
Caso avaliemos o que acontece com
outras estradas que encontram-se em má
qualidade de conservação, independente de
serem pedagiadas - vide o caso da Rodovia
Régis Bittencourt próximo à cidade de RegistroSP, - com certeza haverá situações de quebra
provocadas por buracos que nada tem a ver com a
qualidade - os veículos não são um trator ou tanque
de guerra.
Quando este veículo quebra é que devemos
acionar o nosso cronômetro, questionando:
A montadora tem um serviço de atendimento
suficientemente bom para rapidamente assistir o
cliente e até mesmo seus passageiros?
A Montadora tem um serviço de guincho que
chega rapidamente ao veículo avariado e o
transporta para uma concessionária
mais próxima?
Oferece táxi para o motorista e
demais ocupantes?
A oficina da concessionária
mantem mecânicos treinados
na fábrica que sejam
capacitados a identificar/
diagnosticar o defeito e
também mantém as peças
básicas em estoque?
A concessionária trabalha em parceria com Locadoras
de veículos de tal forma que o cliente possa ser assistido,
continuar sua viagem não comprometendo sua agenda
de trabalho?
Podemos utilizar mais algumas páginas
descrevendo as ações pertinentes a dar um atendimento
compatível com o valor do bem e o respeito ao
consumidor.
Portanto, pós-vendas no mundo automobilístico
significa muito mais do que “peças, serviço e garantia”!
No caso das Corporações com frota própria e
das Locadoras, um veículo tem um bom “pós-vendas “
quando, ao se avaliar a “taxa de ocupação” ou a “eficácia
de utilização” no período de, por exemplo, um ano, o
veículo ofereceu o maior percentual de disponibilidade de
utilização, ou seja:
veiculo novo pronto para operar (revisado/licenciado/
adesivado/etc) na data zero menos (-) o tempo que ficou
parado por motivo de quebra/deslocamento, revisõespadrão, recall’s, consertos mal feitos que exigem retorno
para a Concessionária, etc.
As Montadoras locais estão preocupadas com
a chegada dos Chineses!!
Recado para as Montadoras/Importadoras Chinesas:
Além da necessária preocupação com o
desenvolvimento da rede de concessionárias,
preocupem-se em assinar contratos rigorosos com o
item oficina, treinamento e peças de reposição.
Normalmente os empresários destas novas
marcas costumam colocar o foco na venda e considerar
a oficina (pós-vendas) como obrigação para receber
a concessão: isso significa dar pouca ou nenhuma
importância em assistir o cliente final.
Copiem o que os chamados “mega dealers” –
empresários que possuem concessões de várias marcas
– estão fazendo:
Tem uma única oficina multimarcas ou terceirizam este
serviço, utilizando a instalação da marca apenas para
receber o veiculo do cliente, fazer a abertura da OS
(ordem de serviço) e posterior envio para o reparo.
Como recado final, não poderia deixar de
destacar o canal das Locadoras de Automóveis,
como a melhor ferramenta de divulgação de
um novo lançamento ou de um modelo que não
encontrou a sua merecida posição no mercado e
precisa de um incentivo.
É o melhor programa de
demonstração do mundo!
PÓS-VENDAS
P
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