associação brasileira das locadoras de automóveis
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS
LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS
FROTAS
JULHO / AGOSTO 2010
GRANDES
EMPRESAS OPTAM
POR TERCEIRIZAR
Entrevista
ANO VI - Nº 35
Amyr Klink, o
‘comandante’
da Antártica
SALÃO DO
AUTOMÓVEL
450 modelos
na edição dos
50 anos
Esta revista tem suas emissões compensadas
por restauro florestal em mata ciliar
MERCADO
Picapes
leves em
destaque
E
Conselho Gestor Paulo Gaba Jr.,
Paulo Nemer, Alberto de Camargo
Vidigal, José Adriano Donzelli, Saulo
Fróes, Nildo Pedrosa, Carlos Rigolino
Júnior, Alberto Faria, Roberto Portugal,
Erozalto Nascimento, Luiz Mendonça e
Marcello Simonsen. Conselho Gestor
(suplentes) Carlos Teixeira, João Carlos de
Abreu Silveira, Eládio Paniágua , Luiz Carlos
Lang, Cássio Lemmertz, Paulo Miguel,
Alberto Nemer Neto, Reynaldo Tedesco,
Valmor E. Weiss, Marcelo Fernandes, Carlos
Faustino, Nelma Cavalcanti. Conselho
Fiscal Antonio Pimentel, Eduardo Corrêa,
Paulo Bonilha Jr., Flavio Gerdulo, Raimundo
Teixeira, Jacqueline Moraes de Mello.
Conselho Fiscal (suplentes) Joades
Alves de Souza, Felix Peter, José Zuquim
Militerno, João José Regueira de Souza,
Marco Antonio Lemos e Emerson Ciotto.
Conselho Editorial Aleksander Rangel,
Eduardo Corrêa, Marconi Dutra e Saulo
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assinados. Permitida a reprodução das
matérias desde que citada a fonte.
editorial
ABLA
Setor a pleno vapor!
Entramos no segundo semestre de um ano muito
importante para a ABLA. A economia brasileira está em forte
crescimento, vamos passar por um vibrante momento político
com a eleição presidencial, nosso setor está a pleno vapor e
cada vez mais forte.
Estamos trabalhando em várias frentes. Uma delas:
novas negociações com as montadoras, buscando melhorar
a política de desconto para os associados. Temos alcançado
nossos objetivos e vamos continuar avançando, principalmente
agora que começaram a se formar grandes
estoques nos pátios das montadoras.
Em agosto, teremos a 6ª Convenção
Abla, quando nos encontraremos para
discutir assuntos que vão engrandecer ainda
mais o nosso setor.
Boa leitura e até a
João Claudio Bourg
próxima edição
6
10 L
14 S
20 C : T
A myr K link
fala sobre
o potencial do turismo naútico
ançamento da
H oggar
agita o
mercado das picapes leves
A utomóvel
comemora 50 anos
alão do
apa
erceirização de
frotas está em alta
julho
2010
agosto
índice
expediente
3
amyr klink
“Não sou
aventureiro”
C
omandante de embarcação, Amyr Klink, de 57 (“puxa, como o
tempo passa…”), é natural de São Paulo, filho de pai libanês
e mãe sueca. “Mas mais brasileiros do que muitos brasileiros”, faz
questão de ressaltar ele.
Klink começou a frequentar a região de Paraty (RJ) com
a família quando tinha 2 anos. Essa cidade histórica do litoral
brasileiro é o lugar que o inspirou a viajar pelo mundo. Casou-se
em 1996 com Marina Bandeira, com quem tem as filhas gêmeas
Tamara e Laura, e a caçula, Marininha, nascida no ano 2000. Ele já
fez 35 viagens à Antártica e, desde 1965, é colecionador de canoas
antigas, tendo ajudado a fundar o Museu Nacional do Mar em São
Francisco do Sul (SC).
Qual o seu próximo desafio?
Eu não divido a vida em desafios. Tudo
o que faço é muito bem planejado.
Tenho uma atividade que gosto muito,
que é conceber barcos, colocá-los em
construção e navegar. Gosto de inovar
na parte logística, criar soluções mais
eficientes e simples. Este ano fiz uma
experiência, que queria fazer há muito
tempo, deixar o Paratii 2 invernando até
meados de 2011 na Antártica. Há três
pessoas a bordo com mantimentos para
dois anos. Minha próxima viagem será em
novembro, vou tentar chegar no Paratii 2.
Utiliza alumínio nos projetos?
Gosto muito de trabalhar com alumínio
e estou fazendo uma experiência
interessante, são chassis de alumínio para
atracadores de barcos. Estão fazendo
bastante sucesso. Fundei o Paraty Iate
Clube e estou utilizando a técnica de
concreto com alumínio extrudado para
atracar os barcos.
Qual a sua ligação com Paraty?
Meu pai era um empreendedor. Ele
adquiriu algumas grandes propriedades
em Paraty quando a estrada era ainda
muito ruim. O local é único no mundo
para receber embarcações, tem uma
formação de ilhas que abriga muito
bem o litoral. Eu quero resgatar a
hospitalidade que os navegantes devem
ter quando chegam a um país, por isso
fundei o Paraty Iate Clube. A burocracia
e a falta de infraestrutura para atracar
são empecilhos para os velejadores
chegarem aqui. Estamos perdendo
milhões de dólares de turismo náutico
por falta de estrutura.
O clima está realmente mudando?
Viajo há mais de 25 anos à Antártica
e convivo com um pessoal que estuda
E
o clima. Não há um consenso de que o
mundo está se aquecendo por causa da
atividade humana ou industrial. O que
eu sei é que piorou o problema dos raios
ultravioletas. Antes trabalhava na Antártica
sem camisa, mas agora não posso, o sol
provoca queimaduras sérias. Temos no
barco cabos que não duram nem dois
anos por causa da irradiação solar. Vejo
que a pesca de krill cresce muito na
região, o que está acabando com alguns
espécimes como a merluza negra. Outra
coisa criminosa é a pesca de espinhel,
que está matando o Albatroz, que morre
preso nele. A pesca é liberada pelos
ingleses, que alegam viver da venda de
passes. Mas quanto podem ganhar com as
licenças? US$ 10 milhões? Muito pouco.
Se trabalhassem o turismo de aventura na
região ganhariam muito mais por ano.
Qual viagem lhe deu mais prazer?
A viagem mais legal foi a de 2006, quando
levei minhas filhas e algumas amigas
delas para a Antártica. Foi a primeira vez
que elas foram, ficaram encantadas. A
segunda mais bacana foi este ano com
elas, pela passagem mítica Gullet, bem
entrevista
7ABLA
abaixo do Círculo Polar, um lugar inóspito e
que não tem noite. É uma travessia de 100
quilômetros e em alguns lugares há só 10
metros para passar com um barco de 8m
de largura. Também há muito risco de ficar
engavetado entre icebergs. A quantidade
de baleias que vimos foi de tirar o fôlego.
E a viagem decepcionante?
Foi a mesma viagem. Deveríamos ter
ficado dois meses, mas voltei antes
por causa das condições climáticas.
Arrependo-me até hoje.
É possível viver de aventuras?
Tem um grupo com 10 ou 12 caras no
mundo, que navega há mais de 15 anos
e vive disso. A maioria de franceses e
australianos que faz viagens charter,
“Quem
pensa grande
faz grande”
julho
2010
agosto
turismo pela região antártica. Eu
também alugo meu barco para
turistas quando estou lá. Conheço
um casal francês que praticamente
vive na Antártica, o Jerome e
sua mulher, Sally. Eles são muito
corajosos e tratam o barco com
muito carinho. A ideia de fundar
um iate clube para resgatar a
cordialidade brasileira é deles.
Por isso escolheu Paraty?
Paraty virou a meca dos grandes
barcos. Tenho uma marina com
105 clientes. Perdemos duas
dúzias de megaiates, que vinham
ao Brasil para turismo, por conta
das leis que exigem uma carteira
de comandante, o que só se
consegue fazendo um curso e um
exame na Marinha Mercante. Esses
barcos causam baixo impacto e
empregam 12 pessoas, gerando
riqueza para onde vão. Só a pintura
de um deles custa perto de 800 mil
euros na Europa. Hoje, por causa
das mudanças causadas pela
poluição, formam-se muito mais
cracas nos cascos e só a pintura
deles seria uma fonte de renda
de cerca de 4 bilhões de euros. O
Brasil está jogando fora alguma
coisa perto de US$ 12 bilhões ao
virar as costas para a indústria
amyr klink
naval e o seu turismo. A Argentina ganha
muito ao receber os megaveleiros dos
turistas. A solução é simples, basta criar
uma categoria para comandar barcos
abaixo de 400 toneladas para turismo.
Paraty tem 1.800 barcos, todos irregulares,
que poderiam estar trabalhando e gerando
riqueza para a região.
Vai morar no barco?
Morar em uma casa é um exagero.
Gastamos muita água, energia elétrica
e outras coisas que no barco não tem.
Minhas filhas são apaixonadas pelo mar
e por barcos. Quando foram à Disney,
por causa da escola, elas voltaram
decepcionadas: ‘É tudo artificial’, falaram.
Isso me deixou contente. Hoje elas são
requisitadas para dar palestras sobre o
mar, a Antártica e as viagens. Se saem
melhor do que eu (risos).
Você relaxa quando está no barco?
O barco é muito engraçado, pois é muito
mais fácil de pilotar do que um carro ou
avião, mas você está altamente sujeito a
acidentes. É preciso checar as condições
do mar, a meteorologia, os animais de
grande porte, os navios… enfim, eu durmo
no máximo 50 minutos para dar conforto
e segurança a quem está a bordo. Sou
muito rigoroso. Nosso barco é conhecido
por causa da hospitalidade, temos uma
oficina e um reservatório para 30 mil litros
de óleo diesel. Aliás, é o primeiro veleiro
a não ter um quilo de lastro, já que tem o
reservatório de diesel. Temos autonomia
para vários anos no mar ou na gelada
Antártica, e possibilidade de ajudar outros
barcos. Costumo viajar com gente alegre
e sempre inovamos com um presente
diferente para os amigos nos diversos
pontos. Antes era um pacote de café, mas
agora temos garrafinhas de aguardente
especial de Paraty. São bem disputadas.
São Paulo é uma fábrica de loucos?
Gosto muito de curtir a cidade que acho
fascinante pelas alternativas culturais.
Li recentemente que uma troupe de
palhaços estava se exibindo pela cidade.
Achei fantástico. É possível fazer tudo em
São Paulo, só não tem um plano diretor
bom e faltam placas de sinalização para
indicar os caminhos. Todos nós gostamos
de ganhar dinheiro, inclusive eu, mas a
especulação imobiliária tem que parar
“Estamos
perdendo
milhões
de dólares
de turismo
náutico”
em São Paulo senão corremos o risco de
entrar em colapso. Se fosse possível ser
gestor público sem ser político, São Paulo
seria fascinante de ser governada.
O planeta seria melhor se…?
As pessoas pensassem grande. Eu achei
o fim da picada o anel viário chegar com
30 anos de atraso. Ele deveria ter sido
projetado para durar muito anos, ter
várias pistas e não apenas três, como foi
construído. Quem pensa grande faz grande
e, infelizmente pensaram pequeno. As
pontes de Nova York foram projetadas
para carruagens e cavalos, mas pensaram
no futuro e não estão saturadas. Veja o
exemplo de Florianópolis, fizeram uma
ponte pênsil que não tem altura para
passar um grande veleiro. Construíram
uma nova com o mesmo problema. E é
uma cidade à beira-mar. Deveriam ter
previsto a entrada de grandes navios, isso
atrairia ainda mais o turismo náutico.
Como enxerga o automóvel?
Tivemos um período de embasbacamento
com o automóvel que foi muito ruim.
Deixamos de investir em malhas
ferroviárias ou hidroviárias. Destruímos a
maior parte das hidrovias naturais, como
na Baixada Santista, e muitos rios. Só
não conseguimos ainda acabar com os
grandes rios da Amazônia. Mas eu gosto
do automóvel, só também acho ridículo
ficarem fazendo carros híbridos como uma
Mercedes ou Porsche. Sou favorável a
coisas geniais como o Fiat 500 ou o Mini
Cooper, carros pequenos para grandes
centros. A história do novo Uno, que
começou a ser fabricado depois de ouvir a
“Devemos
incentivar a
construção de
marinas
“
opinião das pessoas. Pela primeira vez um
automóvel nasceu da opinião das pessoas
e não ao contrário. Eu sempre falo que,
quanto mais técnico, mais perigoso é o
produto fabricado. Alguém já perguntou
ao jangadeiro como ele manobra a sua
jangada? Acho que é muito simples para
os tecnocratas. Gosto dos desafios que
virão com os carros a ar-comprimido e os
elétricos. Mas esses não deveriam invadir
países como os Estados Unidos, onde a
geração de energia é termoelétrica. É para
um país como o nosso, cuja geração de
energia é hidroelétrica.
Estamos todos no mesmo barco?
Claro que sim. Uns mais dentro que
os outros. Mas é preciso olhar com
carinho para o mar. O Brasil tem uma
costa maravilhosa, pouco explorada,
ao contrário de países da Europa, por
exemplo. Devemos incentivar a construção
de marinas ao longo da costa e em
capitais como Rio ou Salvador, que não
tem nada para oferecer aos navegantes.
Querem fazer do porto do Rio outro Puerto
Madero, de Buenos Aires: encher de lojas,
escritórios e restaurantes. Um absurdo.
Salvador também tem um bom projeto,
mas não sai do papel. Os brasileiros
acabaram de descobrir Cape Town, na
África do Sul, uma cidade bonita, ótima
para a navegação. Temos de fazer várias
Cape Towns no Brasil.
DIÁRIO DE BORDO
1982: Amyr Klink navega o trecho
Salvador-Fernando de Noronha-Guiana
Francesa pesquisando correntes para o
seu primeiro grande projeto: a travessia
do Atlântico Sul. A ideia era partir
sozinho de Luderitz (Namíbia) para
Salvador (Bahia), a remo.
1984: faz a travessia a remo da África
ao Brasil, relato é publicado no livro
“Cem Dias Entre Céu e Mar”.
1986: inicia viagem preparatória à
Antártica e Cabo Horn, a bordo do
veleiro polar Rapa Nui.
1989: começa em dezembro o Projeto
de Invernagem Antártica. Klink percorre
27 mil milhas da Antártica ao Ártico,
em 642 dias, a bordo do veleiro polar
Paratii. Os livros: "Paratii - Entre Dois
Pólos" e "As Janelas do Paratii" relatam
e ilustram este projeto.
1998: em 31 de outubro inicia o
projeto "Antártica 360” - uma volta
ao mundo pelo trecho mais difícil, a
circunavegação em torno do continente
gelado. Durante 79 dias, Klink enfrenta
sozinho os mares mais temperamentais
do planeta e muitos icebergs. É no
livro “Mar Sem Fim” que se encontra o
relato dessa viagem.
2000: o navegador começa a
desenvolver o projeto de construção de
cais flutuantes adequados às condições
brasileiras, para serem usados em
marinas e portos de lazer.
2001: Veleiro Polar Paratii 2,
idealizado por ele próprio para ser uma
"plataforma de trabalho", fica pronto
depois de oito anos.
maio
julho
2010
junho
agosto
entrevista
E
9ABLA
picapes leves
Mercado em movimento
Conheça o novo lançamento da Peugeot, a picape Hoggar. Ela chega para esquentar a concorrência com 3 anos de garantia
O
segmento de picapes leves é um nicho no
mercado brasileiro que nenhuma montadora
quer ficar de fora. Ele cresce (em 2009, foram
vendidas 534 mil unidades, segundo a Anfavea) e cai
no agrado dos consumidores: segundo pesquisas dos
fabricantes, cerca de 40% desses veículos raramente
– ou quase nunca – utilizam as suas caçambas. São
mesmo utilizados essencialmente para lazer.
O maior mercado desses comerciais leves é
São Paulo, seguido por Goiânia. O que mostra uma
mudança no perfil do consumidor que busca uma
picape urbana, leve e econômica. As montadoras
por sua vez vêm travando uma verdadeira “batalha”,
colocando à disposição dos compradores cabine
dupla, três anos de garantia, versões aventureiras e
equipamentos de luxo e conforto dignos de carros de
categorias superiores.
O último lançamento foi a Hoggar da Peugeot,
que chega forte em dois quesitos: dirigibilidade e
capacidade de carga. Foram nesses dois pontos que
a montadora francesa se concentrou para lançar
um produto competitivo. Ao considerar essas duas
características, a posição de dirigir é confortável
– o amplo para-brisa e os quatro vidros laterais
possibilitam ótima visão frontal. A altura da caçamba
e o tamanho do vidro traseiro também ajudam o
motorista a ter a noção exata das dimensões do carro.
O desenho da caçamba foi bem projetado, já que
as caixas de roda não invadem o assoalho. A Hoggar
pode transportar até 742 kgf de carga útil ou 1.151
litros, o maior volume da categoria.
Os preços do novo lançamento da Peugeot
estão na média da concorrência. A mais básica,
a X-Line 1.4, custa a partir de R$ 31,4 mil, preço
público. Já a intermediária, a XR 1.4, sai por R$
35.350, enquanto a top de linha, a Escapade 1.6,
tem preço sugerido a partir de R$ 43,5 mil. Mais
detalhes, visite o site www.peugeot.com.br
PASSOU NA AVALIAÇÃO
O design da picape Hoggar é moderno, bonito.
A posição de dirigir é boa. A visibilidade é ampla. A
dirigibilidade não deixa a desejar. Destaque para a
suspensão, que aguenta bem os impactos do piso
irregular das nossas ruas, e para o câmbio, que tem
engates precisos e macios, o que colabora muito com
a boa performance.
Avaliei o modelo básico, a versão X-Line 1.4, cor
branca, equipada com o opcional ar-condicionado.
Este motor 1.4 L com 8V de 80 cv (gasolina) ou
82 cv (álcool), combinado com um bom projeto de
“escalonamento” do câmbio (significa a melhor
relação de transmissão em cada uma das marchas)
e um torque de 12,85 mkgf a 3.250 rpm oferece
uma excelente dirigibilidade na cidade. Embora não
seja algo a ser difundido, o motorista consegue utilizar
apenas 3 marchas: sai de 1ª e engata 3ª e depois 5ª
ou, estando em 2ª marcha evolui para a 4ª diretamente
sem que o veículo manifeste qualquer situação de
perda de força ou trepidação.
Este modelo de entrada não oferece o opcional
direção hidráulica. Avisei a montadora que o cliente
optante do ar-condicionado, sempre exigirá a direção
hidráulica. Já estão providenciando a devida correção.
João Claudio Bourg
Ampla área envidraçada privilegia a visibilidade. Espaço interno
confortável para dois passageiros
cidade e campo
Como os concorrentes da Hoggar são bons de briga, a
Peugeot optou por um design que fique entre o gosto
aventureiro e o conservador. A meta é conquistar 10%
das vendas no segmento (a expectativa inicial é vender
11 mil unidades neste ano de estreia).
julho
2010
agosto
mercado
m
11 ABLA
picapes leves
a concorrência
São quatro concorrentes. A mais antiga é a Courier, da Ford. E o mercado já fala em um futuro lançamento: a picape do Agile, da GM.
No caso das versões “aventureiras”, existem exageros de adereços na Strada Adventure e bom gosto na Saveiro Cross.
CHEVROLET MONTANA
MOTOR: 1.8, dianteiro, transversal, 4 cilindros, comando duplo, 8 válvulas,flex
CILINDRADA: 1.796 cm3
POTÊNCIA: 109 cv (álc.) / 105 cv (gas.) a 5.400 rpm
TORQUE: 18 kgfm (álc.) 17,3 kgfm (gas.) a 3.750 rpm
SUSPENSÃO: Independente, McPherson (frente) eixo de torção (traseira)
TRANSMISSÃO: Manual de cinco marchas, tração dianteira
RODAS E PNEU: 185/60 R15
DIREÇÃO: Hidráulica
CAPACIDADES: Carga 735 kg; Tanque 52 litros
CAÇAMBA: 1.143 litros
VERSÕES DISPONÍVEIS: 1.4 e 1.8
fiat strada
MOTOR: 1.4, dianteiro, transversal, 4 cilindros, comando duplo, 8 válvulas, flex
CILINDRADA: 1.368
POTÊNCIA: 112 cv (álc.) / 113 cv (gas.) a 5.500 rpm
TORQUE: 12,4 (G) / 12,5 (A) a 3.500 rpm
SUSPENSÃO: Independente, McPherson (frente) eixo de torção (traseira)
TRANSMISSÃO: Manual de cinco marchas, tração dianteira
RODAS E PNEU: 175/70 R14
DIREÇÃO: Hidráulica
CAPACIDADES: Carga 705 kg; Tanque 58 litros
CAÇAMBA: 1.100 litros
VERSÕES DISPONÍVEIS: 1.4, 1.6 e 1.8
FORD COURIER
MOTOR: 1.6 8V Flex
CILINDRADA: 1.598 cm3
POTÊNCIA: 109 cv (álc.) / 103 cv (gas.) a 5.500 rpm
TORQUE: 15,6 kgfm (álc.) 14,7 kgfm (gas.) a 4.250 rpm
SUSPENSÃO: Independente, McPherson (frente) eixo rígido (traseira)
TRANSMISSÃO: Manual de cinco marchas, tração dianteira
RODAS E PNEU: 205/70 R15
DIREÇÃO: Hidráulica
CAPACIDADES: Carga 700 kg; Tanque 68 litros
CAÇAMBA: 1.031 litros
VOLKSWAGEN SAVEIRO
MOTOR: 1.6, dianteiro, transversal, 4 cilindros, comando simples, 8 válvulas, flex
CILINDRADA: 1.598 cm3
POTÊNCIA: 101 cv (álc.) 104 cv (gas.) a 5.250 rpm
TORQUE: 15,4 kgfm (álc.) 15,6 kgfm (gas.) a 2.500 rpm
SUSPENSÃO: Independente, McPherson (frente) eixo de torção (traseira)
TRANSMISSÃO: Manual de cinco marchas, tração dianteira
RODAS E PNEU: 205/60 R15
DIREÇÃO: Mecânica
CAPACIDADES: Carga 700 kg; Tanque 55 litros
CAÇAMBA: 734 litros
mercado
m
13
ABLA
lançamentos
Modelos
mercado
2011
m
E
ste será um ano de muitos lançamentos, pelo menos é o que
prometem as montadoras. Nesta página elencamos as últimas
novidades da indústria automobilística nacional. Acompanhe.
PARTNER
O novo Peugeot Partner é o segundo lançamento da marca este ano
- o primeiro foi a picape Hoggar. Ele recebeu alterações na frente e na
traseira que passam um ar de luxo ao veículo. Além da versão furgão,
a Peugeot coloca uma inédita configuração com muito conforto e
espaço interno para 5 passageiros.
MALIBU
A General Motors acaba de colocar no mercado o Chevrolet Malibu
como mais uma alternativa no mercado de sedãs de luxo no Brasil. O
Malibu é um carro completo que vai encarar de frente concorrentes de
peso como o Ford Fusion, Volkswagen Jetta e Hyundai Azera. O Malibu
tem um estilo conservador, que evita inovações excessivas, porém, é
elegante e contemporâneo.
PUNTO
Sete versões, quatro motorizações e dois tipos de transmissão.
Assim foi apresentada a nova linha Punto 2011, que acaba de
ganhar modernos motores E.torQ 1.6 16V e 1.8 16V, ambos Flex.
SPACEFOX
A versão familiar do Fox, fabricada na
Argentina pela VW, passou pela mesma
reestilização do compacto, e ficou tão
bonita quanto. A frente é quase igual
com alguns frisos metálicos a mais na
SpaceFox. A traseira é praticamente
nova: com novos para-choques,
aerofólio e lanternas. Recebeu o
câmbio automatizado.
LOGAN
A linha 2011 do Logan recebeu retoques no visual.
Sua dianteira foi reformulada e conta agora com
uma grade frontal formada por filetes horizontais
na cor cinza. Os faróis mantiveram o formato,
mas ficaram maiores. Já a traseira tem uma nova
tampa do porta-malas com um pequeno ressalto,
passando a ideia de um spoiler integrado.
TIIDA SEDAN
Produzido no México, na mesma fábrica da versão hatch
e do Sentra, o novo modelo da Nissan acaba de chegar às
concessionárias. O Tiida Sedan oferece amplo espaço interno e
para bagagens, ótimo desempenho e preço bastante atraente.
São 3 anos de garantia e motor 1.8 16V Flex de última geração.
julho
2010
agosto
salão do automóvel
Edição do cinquentenário
tem previsão recorde
de lançamentos
Antecipando
o futuro
Q
uatrocentos e cinquenta veículos de 42
diferentes marcas são as estrelas do Salão
do Automóvel, que comemora seus 50
anos de idade. São esperadas 600 mil pessoas
– um público conectado nas novas tecnologias
e muito exigente – nos 12 dias de exposição no
Pavilhão do Anhembi.
De 27 de outubro a 7 de novembro,
carros elétricos, híbridos e modelos futuristas já
têm presença garantida no evento paulistano,
seguindo a tendência das principais exposições
do setor, como as de Detroit (EUA), Paris (França)
e Frankfurt (Alemanha). O Salão brasileiro está
entre os seis maiores do mundo.
Os 180 expositores prometem
rechear de novidades os 72 mil metros quadrados
do tradicional pavilhão da zona norte, inaugurado
no Salão do Automóvel de 1970. Entre os destaques está o Fiat Mio,
o Concept Car III desenvolvido com a ajuda de
mais de um milhão de internautas. Urbano,
compacto e com zero emissão, ele tem 2,5 m
de comprimento, 1,56m de largura e 1,53m de
altura. Outra novidade é o Porshe 911 GT2 RS,
modelo mais potente da marca, com 620 cv. Ele
será vendido só sob encomenda a partir do fim
do ano e tem preço estimado em US$ 550 mil
(cerca de R$ 960 mil). A Chevrolet confirmou
a exposição do Camaro V8 de 6.2, o modelo
Audi a1
será vendido aqui até o final deste ano,
trazido do Canadá. A Maserati trará a versão
Award do Quattroporte, uma série limitada.
E a Lamborghini apresentará o Gallardo
Superleggera, de 570 cv.
A Audi, que não participou da
edição de 2008, vai trazer o hatch A1, o A8,
o RS5 e o R8 Spyder, o conversível já tem
preço definido: R$ 790 mil.
A versão híbrida do Cayenne
e o V6 de Panamera também prometem
agradar. O sedã de luxo Cadenza, da Kia, que
foi testado no Piauí, também foi confirmado,
assim como o novo Sportage e o Optima –
sucessor do Magentis.
Já a Smart vai trazer o Fortwo
levemente renovado, que estreará no Salão
de Paris, a partir de 30 de setembro.
Desde a edição passada, há dois
anos, o Salão Internacional do Automóvel
faz parte do calendário oficial da OICA
(Organização Internacional de Fabricantes
de Veículos Automotores). Ou seja, ele tem
a mesma visibilidade mundial que outros
grandes eventos do setor
m
ABLA
Edição de 1961 aconteceu no Ibirapuera
lamborghini
gallardo superleggera
26º SALÃO INTERNACIONAL DO AUTOMÓVEL
Data: 27 de Outubro a 7 de Novembro de 2010
Horário: 27/10 - das 14h às 22h (entrada até as 21h)
28/10 a 06/11 - das 13h às 22h (entrada até as 21h)
07/11 - das 11h às 19h (entrada até as 17h)
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi - Av. Olavo Fontoura,
1.209 - Santana - São Paulo – SP
www.salaodoautomovel.com.br
Em 1978 o Salão do Automóvel já era realizado no Anhembi que foi inaugurado oito anos antes
chevrolet Camaro v8 6.2
Nonononon onon on ono
nonedição
ono nono
non onoem
non2008
ono com
no non
ono o
Última
aconteceu
lançamentos
de 32 marcas
Em 2008 o evento foi incluído no calendário
oficial da OICA (Organização Internacional de
Fabricantes de Veículo Automotores)
julho
2010
agosto
montadoras
15
objeto de desejo
Bem-vindo
ao paraíso
B
anhado pelo Oceano Atlântico, o litoral
brasileiro tem 9.198 km de extensão, com
inúmeras praias, falésias, mangues, dunas,
recifes, baías, restingas... Se somarmos as águas,
a exuberância da flora e a diversidade da fauna,
estamos falando do paraíso.
Águas cristalinas e quentes, o litoral
brasileiro possui condições favoráveis à navegação
praticamente durante o ano todo. Por isso, a ordem
é aproveitar. Não importa o tamanho da embarcação:
de um bote a um veleiro, de uma lancha a um iate a
ordem é navegar, é curtir o que a natureza nos oferece
de melhor.
Aconteceu em abril na Marina da Glória
(RJ), o Rio Boat Show 2010, o salão das embarcações.
Um dos seus destaques foi a nova Intermarine 540,
uma lancha de alto desempenho. Com 54 pés de
comprimento, luxuosa e com muita iluminação ela foi
concebida para quem gosta de estar no barco tanto de
dia quanto de noite
Sobra espaço de convivência: amplo e confortável
flybridge, praça de popa, solário da proa, salão,
luminosa cozinha localizada entre o deck principal e o
deck inferior. E três aposentos íntimos: duas cabines
para convidados e uma suíte master.
o
objeto de desejo
19 ABLA
540 conta ainda com
uma plataforma de
popa submergível,
útil para quem gosta
de cair na água e
também para içar
botes e jet skis. Ela
é equipada com
dois motores Volvo
Penta D12 de 800 HP
cada, que atingem
a velocidade de
cruzeiro de 34 milhas
por hora e alcança a
máxima de 40 mph.
julho
2010
agosto
TERCEIRIZAÇÃO
“Vinte e
cinco por
cento da
frota é
terceirizada”
Luiz Carlos Meneguelli, gestor de
transportes da Coelba
Locação A
de frota
em alta
terceirização de frotas tem sido uma
opção para o aumento de competitividade,
principalmente em função de ganhos de
produtividade nas atividades de infraestrutura das
empresas. Hoje as operações de terceirização de
frotas do mercado brasileiro representam 52%
do faturamento total do setor de locações de
automóveis no País, ficando os outros 48% para
as locações de veículos no sistema de aluguel de
balcão para negócios e lazer.
A discussão sobre terceirização no
Brasil, segundo a especialista Marcelle Cristina
Pedriali no seu trabalho Business Process
Outsourcing, vem ganhando importância à medida
que as empresas, preocupadas com a redução
de custos, vêm reestudando seus processos na
tentativa de transformar custos fixos em variáveis.
As empresas de grande porte estão enfatizando
a rentabilidade sobre os investimentos dos
acionistas, o que tem sido um dos principais
fatores na decisão de utilizar terceiros nas suas
operações de transporte de frotas. Como a
rentabilidade sobre investimentos é o resultado
do lucro sobre os investimentos do acionista, a
maneira mais rápida de aumentar a rentabilidade
é reduzir os investimentos dos acionistas, ou seja,
optar por uma frota terceirizada.
É o que está fazendo a Coelba,
distribuidora de energia da Bahia, de controle
privado e controlada pelo Grupo Neoenergia.
O gestor de transportes da Coelba, Luiz Carlos
Meneguelli, explica que estão terceirizando a frota
dos projetos de curto e médio prazo, como o Luz
para Todos do governo federal, por exemplo.
“As áreas de pesquisas e desenvolvimento e as
de investimentos, como as novas construções de
usina, também tiveram a frota terceirizada”, conta.
No total são 150 veículos tercerizados, o que
corresponde a 25% da frota da Coelba.
Entre as vantagens, Meneguelli
destaca o custo menor e a facilidade de não ter
de se preocupar com a gestão de frota e com a
documentação. “Começamos a terceirizar a frota
com mais veemência em 2007, verificamos que a
locação é muito interessante para descarregar os
custos em investimentos.” A Coelba faz licitações
para os contratos, que são de 24 meses
21
ABLA
C
Grandes empresas aumentam a
rentabilidade mais rápido com a
locação das frotas de veículos
CAPA
240
4,37
Cronologia
Mil pessoas trabalham direta e indiretamente nas empresas
brasileiras de locação de veículos, dados de 2009
- Em 1916, Joe Saunders de Omaha, em Nebraska
nos (EUA), aluga um Ford modelo T por US$ 0,10
a milha. Quatro anos depois, ele já operava em 21
Estados norte-americanos.
- Em 1918, Walter L. Jacobs abre um negócio de
locação de automóveis em Chicago (EUA). Em cinco
anos, os negócios geraram receitas anuais de cerca
de US$ 1 milhão. Em 1923, ele vende seus negócios
para John Hertz, presidente da Empresa Yellow Cab e
Yellow Truck and Coach.
- Em 1926, Jacobs e Hertz lançam o cartão de
crédito. Em 1959, o cartão “National Credential” é o
primeiro cartão de cobrança da Hertz International.
- Na década de 1950, o mercado europeu se
recupera da guerra e a locação de automóveis tem
um grande impulso. No Brasil, na região central de
São Paulo, alguns empresários de revendas de carros
usados começam a alugar os automóveis como
atividade complementar.
- Em 1956, o empresário Adalberto Camargo
visualiza no aluguel de carros um negócio de
potencial. Ele se associa a empresários de outros
setores em busca de financiamento para fundar a
Auto Drive S.A. Indústria e Comércio, a primeira
empresa criada exclusivamente com a finalidade de
alugar carros no Brasil. O primeiro automóvel alugado
pela empresa é um Fusca.
- Nos anos 1970, aparecem as empresas de leasing
mercantil, com as quais é possível alavancar o
desenvolvimento das locadoras de veículos. A ABLA é
fundada em 30 de março de 1977.
Bilhões de reais é o faturamento do setor no Brasil, que
conta com uma frota de 363,456 mil carros, dados de 2009
20,9%
É a economia em cada carro locado frente à compra, indica
pesquisa do V Congresso Nacional de Excelência em Gestão
19,4%
É a economia por veículo locado comparado ao leasing,
segundo dados do mesmo estudo
julho
2010
agosto
Por dentro da lei
Garanta a proteção
Como utilizar adequadamente a “proteção” no contrato de locação de veículos
Por Adriano Augusto Pereira de Castro*
“P
roteção” ou “Garantia” são os nomes
comerciais que geralmente se dão a
cláusula do contrato de locação que exonera
ou reduz a responsabilidade do cliente indenizar a
locadora de veículos no caso de danos ao veículo
locado. Mediante o pagamento antecipado de quantia
no ato da contratação o cliente terá a “proteção” ou
“garantia” que não será processado judicialmente pela
locadora de veículos em caso de danos ao veículo
locado. Trata-se de importante disposição contratual
que pode responder por até 20% do valor econômico
da operação, mas sua relevância não se reflete na
limitada atenção que recebe dos estudiosos e tribunais.
Por Que Proteger?
A popularidade da “cláusula de
proteção” revela o grande interesse dos clientes e
locadoras nesse dispositivo. Ela permite, a preço
módico e de forma prática e descomplicada,
limitarem substancialmente os riscos envolvidos
na locação de veículos.
Pelo lado dos clientes, é da essência do
contrato de locação a preservação da coisa
alugada (Código Civil, art. 566, I). O cliente assume
todos os riscos de conservação do veículo durante a sua
posse, inclusive por fatos que em outras circunstâncias
seriam considerados caso fortuito ou força maior, como
inundações e outros eventos da natureza.
Pelo lado das empresas, as receitas
auferidas lhes permitem executar pequenos
reparos em avarias que lhes seria anti-econômico
cobrar judicialmente dos clientes de boa-fé. Os
padrões de conservação dos veículos que hoje
imperam no mercado de locação obriga as empresas
a consertar até mesmo pequenos arranhões que
poderiam ser considerados consequência do “uso
normal” do veículo. Esses pequenos consertos são
frequentes e corroem a rentabilidade do negócio.
Um detalhe importante: enquanto o cliente
normalmente também se protege contra grandes
prejuízos – com a “cláusula de proteção” (acidentes
com perda total ou vítimas, por exemplo), as locadoras
não auferem receitas em patamar que lhes permitam
suportar tais prejuízos, adotando outros meios para
limitar sua exposição a tais riscos.
É um Seguro?
O fluxo econômico da “cláusula de
proteção” possui dois pontos de contato com o contrato
de seguro, o que traz algumas confusões. O primeiro
ponto de contato é a pré-determinação da exposição
da responsabilidade de uma das partes (o locatário e o
segurado), com a outra os assumindo (a locadora e
a seguradora).
A segunda identidade é a limitação da
proteção contratual ou cobertura securitária a eventos
ocorridos sem a culpa do cliente, só protegendo em
caso de estrita boa-fé. Exceto por estes dois pontos
não se confundem seguros e proteções
contratuais, absolutamente.
As seguradoras integram o sistema
nacional de seguros privados, têm autorização
para segurar valores superiores ao seu capital social
por meio do resseguro e contam com um semnúmero de mecanismos para dispersão de riscos no
mercado sendo fiscalizadas pela SUSEP. As locadoras
de veículos têm sua exposição estritamente limitada
ao seu patrimônio e capital, como qualquer outra
empresa mercantil.
A despeito dos critérios técnicos indicados
acima, uma simples constatação permite de plano
distinguir seguro da “cláusula de proteção”: o seguro
protege patrimônio alheio, a seguradora protege o
patrimônio de seus clientes segurados; a “cláusula de
proteção” protege o patrimônio da própria locadora de
veículos. Não há a intermediação de riscos que é da
essência do contrato de seguros na contratação da
“cláusula de proteção” da locação.
Cláusula de Não Indenizar
A “cláusula de proteção” é na verdade a
figura da cláusula de não indenizar. Por esta cláusula
se convenciona que uma das partes será total ou
parcialmente exonerada de responsabilidade pelos
danos emergentes do contrato. É mecanismo de
limitação contratual da responsabilidade de amplo
emprego no exterior (nos Estados Unidos se chama
“collision damage waiver”), no comércio internacional
(cláusula FOB) e no Brasil.
O Código Civil regula só indiretamente a
a
ABLA
artigo
23
“cláusula de não indenizar”, mas isso não é motivo
para confusão. O Código Civil, art. 946, determina
que “se a obrigação for indeterminada” e “não
houver na lei ou no contrato disposição fixando a
indenização”, as perdas e danos serão apuradas pelo
juiz na forma da lei processual.
Ora, se na assinatura do contrato de locação
não se sabe se haverá ou não sinistro com o veículo,
nem o valor da indenização, a “cláusula de proteção”
estipula obrigação indeterminada. E se o valor da
responsabilidade do cliente se limita ao adicional sobre
o preço da locação, isso significa que o contrato fixa a
indenização, dispensando a apuração judicial das perdas
e danos. Nos espaços do Código Civil, art. 946, está
regulada a “cláusula de não indenizar”.
Conclusão
A “cláusula de não indenizar” é importante componente
do contrato de locação, sendo mecanismo jurídico
e prático para se alocarem os riscos do negócio. A
“cláusula de não indenizar” não é modalidade de
seguro, pois o patrimônio protegido é o da própria
locadora e ela mesmo assume os riscos do evento.
Trata-se de obrigação de não fazer assumida pela
locadora de não processar judicialmente o locatário em
caso de acidente sem culpa no uso do veículo.
A ampla difusão da “cláusula de não
indenizar” no Brasil e da “collision damage waiver”
nos Estados Unidos e no mercado europeu atestam a
utilidade do instituto para a indústria de locação de veículos
maio
2010
junho
Advogado (OAB/MG 94.959);
Assessor Jurídico do SINDLOC/
MG - (31) 3224-1292;
Professor de Direito Empresarial
da Faculdade de Direito Promove;
Mestrando em Direito Empresarial
pela Faculdade de Direito
Milton Campos;
Diretor-Secretário da Associação
Mineira de Direito e Economia.
NOTAS
Qualidade de vida
Um benefício diferenciado e gratuito é oferecido a todos os
empresários e funcionários de locadoras de automóveis e
seus familiares em todo o País. São atendimentos nas áreas
de educação, médica, odontológica, cultural e de lazer e
esportes nas 134 unidades do Serviço Social do Transporte
(SEST) e Serviço Nacional de Aprendizagem do
Transporte (SENAT).
Integrante do Sistema S e ligada à CNT (Confederação
Nacional do Transporte), o SEST SENAT tem como
missão desenvolver e disseminar a cultura do transporte,
promovendo a melhoria da qualidade de vida e do
desempenho profissional do trabalhador, bem
como a formação e a qualificação de novos profissionais
para a eficiência e eficácia dos serviços a serem
prestados à sociedade.
A instituição possui infraestrutura completa para a realização
de cursos de capacitação profissional, com salas de aulas,
bibliotecas e laboratório de informática. Na área de saúde,
os atendimentos são realizados nas especialidades de
clínica geral, oftalmologia, fisioterapia e psicologia, além de
atendimento odontológico em consultórios especializados.
Para as atividades de lazer e esportivas, as unidades
oferecem piscina semi-olímpica adulta e infantil, parque
infantil, churrasqueiras, quadras poliesportivas e campo de
futebol soçaite gramado.
É simples participar, basta que as empresas efetuem o
recolhimento da contribuição compulsória sobre a folha de
pagamento para o SEST SENAT. “Na GPS, o recolhimento
deve ser feito no código 2100 (exceto empresas cadastradas
no simples); e na Gefip o código FPAS deve ser o 612”,
explica Weber Mesquita, diretor adjunto da Abla. Depois,
os interessados devem se cadastrar na unidade mais
próxima, munidos de RG, CPF, carteira de trabalho, último
contra-cheque, comprovante de residência e uma foto (3X4).
Para os dependentes só é preciso apresentar a certidão de
nascimento ou casamento e uma foto. Confira a relação de
todas as unidades no site: www.sestsenat.org.br
F-1: GP da Alemanha
Que vergonha! No Grande Prêmio do dia 27 de
julho, a Ferrari desrespeitou o esporte e o nosso
País. Novamente, contrariando o regulamento
do campeonato da Fórmula-1 e a ética, a farsa
se repetiu: o chefe da escuderia deu ordens para
o piloto Felipe Massa frear para que Fernando
Alonso passasse. Os comissários do GP da
Alemanha consideraram que a Ferrari quebrou o
regulamento e aplicaram uma multa de US$ 100
mil (R$ 176 mil) à equipe, que ainda pode ser
punida com mais veemência pela FIA (Federação
Internacional de Automobilismo). Entre 2002
e 2005, por várias vezes, a escuderia italiana
ordenou que Rubens Barrichello deixasse Michael
Schumacher ultrapassar.
Prêmio ABLA para
Estudantes 2011
A próxima edição do Prêmio ABLA para
Estudantes em Nível Superior 2011 será em
agosto de 2011, no X Fórum e Salão da Indústria
do Aluguel de Automóveis, em São Paulo.
O objetivo da ABLA com o Prêmio é a maior
integração da cadeia acadêmica com o setor de
locação de automóveis no País.
O Prêmio ABLA proporciona aos estudantes
a oportunidade de apresentar seus trabalhos
de conclusão de curso de graduação, de pósgraduação, mestrado e doutorado, que abordem
assuntos voltados ao tema central do Fórum e
Salão da Indústria do Aluguel de Automóveis, evento
bianual. Os melhores trabalhos serão publicados em
livro, nesta revista e no site da ABLA.
A comissão julgadora é formada por representantes
de várias entidades como o Ministério do Turismo,
CNT (Confederação Nacional dos Transportes),
SEBRAE Nacional, Universidade de Brasília e dos
Sindicatos das Locadoras de Automóveis no Brasil,
além de representantes Nacionais e Regionais
da ABLA. O Regulamento de participação já está
disponível no site da ABLA. Participe.
N
ABLA
notas
25
Campeões em reparabilidade
julho
3º Grande Encontro e
mA
O lançamento do 3º
rax
Grande Encontro do SINDLOC-MG,
marcado para setembro em Araxá (MG), superou
á
O mercado automobilístico
se reuniu em 1º de julho,
na sede da Anfavea
(Associação
Nacional dos
Fabricantes
de Veículos
Automotores)
para conhecer
os veículos melhores
colocados no CAR Group
2010 – índice criado pelo CESVI BRASIL (Centro
de Experimentação e Segurança Viária) que avalia o custo
e o tempo de reparo de um veículo. A Volkswagen foi a
montadora mais premiada este ano, com quatro troféus.
Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, parabenizou
o CESVI BRASIL: “O centro de pesquisa já realiza
estudos muito relevantes na área de segurança
viária e veicular. Espero que continue com esta
evolução, que reflete no trabalho de todos”.
Alguns campeões: Hatch compacto – Novo
Fox (Volkswagen); Hatch compacto off-road
– Sandero Stepway (Renault); Hatch médio
– Stilo (Fiat); Minivan – Grand Livina (Nissan);
Minivan compacta – Livina (Nissan); Picape
compacta – Nova Saveiro (Volkswagen);
Picape média – S10 Cabine Simples
(Chevrolet); Sedan compacto – Novo
Polo Sedan (Volkswagen); Sedan médio
– Mégane (Renault); SW – Mégane Grand
Tour (Renault); SW compacto – SpaceFox
(Volkswagen); e Utilitário – Transit (Ford).
Confira o ranking no site do CESVI BRASIL
www.cesvibrasil.com.br/indices/comparativo.aspx
todas as expectativas. Em menos de um dia, 80% dos
estandes foram vendidos. Para o presidente do SINDLOC-MG,
Saulo Fróes, a confraternização em 10 de junho foi “o primeiro
traço de um desenho da superação”.
Entre as atrações confirmadas estão as palestras do presidente da TAM
Linhas Aéreas, Líbano Miranda Barroso, e a consultora de estética Silvana
Lages, da empresa Fino Traje. O Encontro será realizado entre os dias 23 e 26 de
setembro. Os Sindicatos, como do Paraná e da Bahia, já prometeram levar toda a
diretoria. “Reafirmo o que sempre digo quando me perguntam sobre o 3º Grande
Encontro: quem não for, vai perder!”, disse Fróes.
Os patrocinadores do Encontro, General Motors e Fiat, além de representantes da
apoiadora Ford, também marcaram presença. “A GM tem virado o foco para fazer
crescer o mercado de vendas diretas em Minas. E a gente vê o SINDLOC-MG
como o coração de tudo isso. Por isso, apostamos incondicionalmente nesse
evento que é o maior do Brasil no segmento”, disse Diego Martins, da GM.
Participar do Encontro, segundo Marcelo Murilo, da Fiat, é estar perto
dos clientes e entender as necessidades que cada um tem no seu
dia a dia. “Estive em Tiradentes e percebi que a gente, da Ford,
não poderia deixar de estar presente nos eventos do
SINDLOC-MG”, contou Márcio Lopes,
da Júpiter Representações.
2010
agosto
Título:
Análise da Rentabilidade dos Ativos de uma Locadora de Veículos:
Um Estudo Empírico
Autor: Thiago Alexandre das Neves Almeida
Curso: Mestrado Multi-Institucional em Ciências Contábeis
UnB / UFPB / UFRN, João Pessoa - PB
Este é o resumo do trabalho classificado em quinto lugar
no prêmio abla para estudantes em nível superior
Os resultados
apoiam-se nos conceitos de
Administração Financeira e
A
dinâmica nesta era da informação
vem exigindo mudanças nas
estratégias competitivas para consolidar
vantagens na busca de conquistar e
manter mercado. Neste sentido, se
faz necessário identificar os riscos
e a rentabilidade dos ativos, estas
informações são relevantes nas tomadas
de decisões.
Este trabalho é resultado
de uma pesquisa que investigou a
rentabilidade dos principais ativos
operacionais em uma Locadora de
Veículos. Trata-se de uma pesquisa de
natureza quantitativa e teórico-empírico.
No primeiro momento foi
realizada uma pesquisa bibliográfica
sobre os principais conceitos que
permeiam o tema para formação da
base teórica servindo de subsídio para
realização da pesquisa empírica. A partir
da construção do marco teórico, foi
realizado um estudo de caso em uma
franquia que oferece este serviço na
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS
LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS
cidade de João Pessoa (PB). Foram
identificados e selecionados dois
tipos de veículos: luxo e popular.
Ambos são locados em duas
modalidades: diário e terceirizado,
neste último uma empresa utiliza de
veículos das locadoras para formar
sua frota.
A pesquisa abrange um
período de um ano para avaliar
a rentabilidade desses ativos,
considerando as receitas com a
locação dos veículos e as despesas
de manutenção desses bens. Os
dados utilizados serviram para
analisar as características e o
desempenho de dois tipos de locação
existentes numa locadora de veículos.
Em seguida foram aplicadas algumas
ferramentas para mensurar a
rentabilidade de cada tipo de veículo
em cada modalidade de locação.
Orçamentária, mais precisamente
as técnicas de análise de
investimentos (RCM, Payback,
VPL, TIR e IR), as quais indicam
a melhor opção de investimento.
Ficou evidenciado que para
terceirização, o veículo mais
rentável para uma locadora
veicular foi o de luxo. Porém, para
a locação diária para os clientes
que se apresentam no balcão
para adquirir este serviço, o
mais rentável foi o veículo básico
ou popular. Estas informações
são relevantes na tomada de
decisões, principalmente na
definição da carteira de portfólios
de serviços e investimentos em
ativos das Locadoras de Veículos.
Palavras-Chave: Análise de
Investimentos, Rentabilidade,
Locadora de Veículos
5º lugar
prêmio ABLA PARA ESTUDANTES EM NÍVEL SUPERIOR
turismo
Friozinho
bom na Serra
Capixaba
Nada melhor do que passar um fim de semana em clima europeu.
Conheça toda a região da serra do Espírito Santo a partir de
Domingos Martins, a apenas 50 quilômetros de Vitória
Trem nas Montannhas Capixabas
Praça Dr. Arthur Gerhardt em Domingos Martins
Tombo da polenta, ponto alto da festa em Venda Nova do Imigrante
T
ABLA
turismo
29
A
Maciço da Pedra Azul e a formação do lagarto (acima)
Pedra Azul, ou do Lagarto, é o cartãopostal da Serra Capixaba. É um maciço
rochoso de 1.822 metros de altura que, por
causa dos liquens presos à sua superfície,
reflete tons de anil.
Uma das maneiras mais gostosas
de se conhecer o Parque Estadual da
Pedra Azul, com várias trilhas, cachoeiras
e piscinas naturais, é a cavalo. Faça a
cavalgada ecológica guiada com animais
da raça Norwegian Fjord Horse. Originários
da Noruega, eles são extremamente dóceis.
O passeio longo de duas horas vai até o
Mirante do Lagarto, da onde se tem uma
vista panorâmica incrível. Em dias de
céu limpo é possível avistar até o Pico da
Bandeira, na Serra do Caparaó, na divisa
com Minas Gerais e Rio de Janeiro.
A Fjordland oferece esse passeio
e também outros mais curtos com todo o
suporte técnico. No pacote, estão inclusos
equipamentos de segurança e o seguro
de acidentes. Crianças até 7 anos podem
ir no mesmo cavalo do responsável
(www.cavalgadadapedraazul.com.br).
Outra opção na cidade é curtir
a paisagem em uma das 45 cadeirinhas
do teleférico do Parque do China
(www.parquedochina.com.br), o único
Cavalgada na Fjordland no Parque da Pedra Azul
julho
2010
agosto
equipamento do Espírito Santo. À noite,
brinde o inverno com um bom vinho em um
dos restaurantes de alta gastronomia da
cidade, a maioria com lareira e adega.
A 58 km de Domingos Martins
está Venda Nova do Imigrante, cidade
de colonização italiana com 17 casarões
do século 19. Parada obrigatória para
os apaixonados por queijo e polenta, é
desse refúgio da serra que são exportados
os gruyère e o morbier fabricados pelas
famílias Busato e Carnielli. E, na segunda
semana de outubro há quase 40 anos,
Venda Nova para durante três dias para a
Festa da Polenta (www.festadapoenta.com.br).
Cerca de mil voluntários preparam a iguaria
para essa festa beneficente.
O Trem das Montanhas
Capixabas é outra opção de lazer. É uma
litorina operada pela empresa Serra Verde
Express. Ela percorre 43 quilômetros entre
as cidades de Viana, Domingos Martins e
Marechal Floriano, a cidade das orquídeas.
Crianças até 5 anos não pagam e há vários
tipos de pacote
(www.tremdasmontanhascapixabas.com.br)
O duopólio do preto e do prata
Realmente temos um fato inusitado no Brasil!
As montadoras aumentam sua margem cobrando mais pela opção da pintura metálica!
S
erá que os veículos pintados nas cores preto
e prata valerão menos, quando vendidos no
mercado como usados ?
Há aproximadamente 20 anos, adquirir
um veículo na cor metálica, principalmente nas cores prata
ou preto, era um indicador de poder econômico, status e
também uma preocupação com o valor da venda como
usado, haja vista a famosa lei da oferta e da procura: “Tem
muito e vale pouco ou tem pouco e vale muito”. Naquela
época as montadoras já cobravam o valor da cor
metálica como um ítem opcional e caro.
Hoje, podemos afirmar que na economia
de escala, devido à quantidade de veículos nas cores
prata e cinza por exemplo, a cor metálica custa bem
menos do que a chamada cor lisa ou sólida, mas as
montadoras vendem a opção da cor metálica por um
valor não inferior a R$ 800,00.
A DuPont anunciou que as cores
prata, preto e branco constam como as preferidas no
primeiro ranking mundial sobre a Popularidade das
Cores para Automóveis. Em seu 57º ano, o DuPont
Global Automotive Color Popularity Report é a fonte
mais confiável de informações sobre a popularidade
e tendência das cores para automóveis, com análises
detalhadas para os principais mercados automotivos.
Na última edição, estreia a nova classificação global das
cores mais procuradas.
As 10 principais cores para veículos no mundo:
1ª Prata – 25%, 2ª Preto – 23%, 3ª
Branco – 16%, 4ª Cinza – 13%, 5ª Azul
– 9%, 6ª Vermelho – 8%, 7ª Marrom/
Bege – 4%, 8ª Verde – 1%, 9ª Amarelo/
Dourado – 1%, 10ª Outras.
“Coletando e analisando informações sobre
a popularidade das cores em todo o mundo, a DuPont pode
identificar melhor as tendências e ajudar nossos clientes na
indústria automotiva a desenvolver futuras paletas de cores”,
afirma Nancy Lockhart, gerente de marketing de cores para a
DuPont OEM Performance Coatings. “O setor automotivo é um
negócio cada vez mais global. Por isso, dados de cores regionais e
globais são extremamente importantes para os designers”, afirma
a gerente. Embora os resultados sugiram uma convergência
global em curso para a escolha das cores, com preferências cada
vez mais homogêneas em todas as regiões, diferenças regionais
ainda existem. As três principais cores (preto, branco e prata)
continuam fortes em todo o mundo e demonstram crescimento
em todas as regiões. “É importante reconhecer que atualmente a
maioria das pessoas, não importa onde vivam, possui fácil acesso
a informações atualizadas sobre as cores mais populares a partir
de diferentes fontes como revistas e sites”, destaca Leatrice
Eiseman, diretora executiva do Pantone Color Institute e autora do
blog Eisemancolorblog.com. “As cores se tornaram ‘inspirativas’
com um apelo universal”, comenta.
Tendências em cores automotivas
O 57º DuPont Automotive Color Popularity
Report concluiu que o prata é a cor automotiva mais popular
do mundo. “No mercado automotivo, é essencial prever
tendências com, pelo menos, três anos à frente do lançamento
do modelo do carro, devido ao período necessário para
desenvolver e fabricar um veículo”, afirma Nancy. “Como
parceira dos nossos clientes no setor automotivo, a DuPont
desenvolve um relatório anual de tendências que destaca
novas cores de veículo e os avanços tecnológicos para a
indústria”, reforça a gerente.
De acordo com o 57º DuPont Automotive Color
Popularity Report, os fabricantes de automóveis estão usando
variações de marrom com toques metálicos para oferecer um
elemento avançado exclusivo para os veículos.
O evento ‘Contrast of Color’ de 2009, realizado
nos Estados Unidos, teve como foco o interesse global por
revestimentos para automóveis, usando ideias contrastantes
para dar uma abordagem completa e atual para a preferência
das cores. Com o uso de pigmentos e elementos para as
mais diferentes variações, as cores tradicionais têm sido
renovadas para apresentar um toque de exclusividade e
personalidade para os veículos dos consumidores.
O branco continua sendo a cor preferida no
mercado norte-americano de veículos, conforme anunciou
o 57º DuPont Automotive Color Popularity Report. O
branco perolado transforma o branco tradicional em uma
Por João Claudio Bourg
artigo
a
ARTIGO
opção exclusiva para os consumidores. “Há muitas razões
para comprar um carro novo, mas sabemos que a cor é
frequentemente um direcionador na aquisição de um veículo”,
comenta Leatrice. “Os consumidores sabem como e onde
procurar informações sobre tendências de cores e procuram
orientação sobre o que é novo e notável em termos de cor.”
Cores fortes – vermelho e azul – continuam
populares nos mercados automotivos de todo o mundo, de
acordo com o 57º DuPont Automotive Color Popularity Report.
O evento sobre cores abordou diversos temas que evoluíram
para uma paleta com várias tendências. Os temas foram
definidos como: “Traditional Avant-Gardist”, “Normal Maniac”,
“High-Tech Ecologist” e ” Global Patriot”.
A categoria “Traditional Avant-Gardist” explora
cores como sendo clássicas e modernas. As cores clássicas
têm um toque de elegância e prestígio, mantendo o interesse
ao longo do tempo. Essas cores – Water Desert (azul), Wooden
Nickel (cinza médio) e Winter Lavender (roxo) – são expressões
de cores históricas lembradas por gerações e que foram
atualizadas para se adaptarem às próximas tendências.
A categoria de “Normal Maniac” mostra que as
cores podem ser bastante simples e selvagem. Essas cores
são brilhantes e cromáticas – Simple Chaos (azul), Serious Fun
(verde) e Running Start (amarelo). Carros pequenos, edições
limitadas e uso em mercados de reposição podem demonstrar o
valor dessa paleta.
A paleta “High-Tech Ecologist” apresenta cores
naturais com características modernas. Esta paleta suave, mas ainda
rústica, terá um apelo duradouro para os consumidores – Light
Intensity (laranja), Frozen Wave (azul claro) e Microcosm (azul escuro).
A categoria “Global Patriot” corresponde ao
crescimento nos mercados globais. Embora cada região tenha
suas próprias preferências, tendências gerais de cores são
compartilhadas mundialmente. Esta paleta global vai relacionar
a tendência mundial às exigências locais do consumidor. Cores
familiares como prata, preto, branco, cinza, azul, vermelho e
bege foram atualizadas para expor a ampla popularidade no
atual mercado como “Authentic Replica” (vermelho escuro),
“Crystal Crème” (bege) e “Dark Diamond” (prata).
Quem tem a bola de cristal devidamente polida
poderá advinhar: “Em um futuro bem próximo, as cores prata e
preto desvalorizarão os veículos usados devido à lei da oferta e
da procura?”
FATTO STAMPA
O Programa
de
O Programa
Nacional Nacional
de
Qualificação
e Capacitação
Qualificação
e Capacitação
estávapor.
a todo vapor.
ABLA estáABLA
a todo
Estamos desenvolvendo
um conceito de
Estamos desenvolvendo
um conceito de
qualidade
paradas
os locadoras
serviços das locadoras
qualidade para
os serviços
de automóveis.
de automóveis.
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
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