QUARTA-FEIRA 31 JULHO 2013 www.imobiliario.publico.pt SUPLEMENTO COMERCIAL PUBLICIDADE Brasileiros interessados em investir no imobiliário premium A ESPART e a Herdade da Comporta foram dois dos promotores de projetos residenciais de qualidade que estiveram presentes na MIP de São Paulo p15 DR Moledo é o local eleito pelos nortenhos para ter casa de férias p10 “Temos consciência dos múltiplos recursos de Moledo, que devem ser potenciados” Considera Flamiano Martins, vice-presidente da Câmara Municipal de Caminha p11 Quinta de Santana é um projeto residencial único, num local exclusivo A qualidade das águas e a beleza da região cativaram desde sempre as famílias mais abastadas, que têm em Moledo uma casa de férias. Atualmente é o local do “descanso do guerreiro” para políticos e empresários A José Castro & Filhos já vendeu sete das nove casas da 1ª fase. A segunda fase entrou agora em comercialização, sendo constituída por sete unidades p12 PUBLICIDADE Este suplemento é parte integrante do jornal PÚBLICO e não pode ser vendido separadamente 02 Opinião IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013 Salão de Portugal resiste e quer relançar o sector E m Outubro do ano passado, neste mesmo espaço e em pleno Salão Imobiliário de Portugal (SIL), confessava as dúvidas do sector imobiliário porLuís Lima tuguês, sobre o qual já pairava o espetro dos brutais aumentos dos impostos que ameaçam o património, relativamente à possibilidade de podermos reerguer, no corrente ano, uma nova edição do SIL com a dimensão e o impacto que este evento requer. Estava, então, longe de saber que iria, este ano, substituir o Dr. Paulo Sousa, da Caixa Geral dos Depósitos (CGD), na presidência da Comissão Organizadora do SIL, embora defendêssemos com o mesmo grau de intensidade que Portugal precisava, como ainda precisa, que o sec“O prestigiado Salão tor imobiliário Imobiliário de Portugal contribua para a urgente recu(SIL) resiste e volta, peração econófelizmente, este ano. mica do país, Com a certeza de que missão que se projeta melhor a sua continuidade, num encontro nos próximos anos, como o que um grande salão implica que o sector imobiliário proreadquira outro ritmo porciona. e outra valorização, L embro -me perfeitamente seguramente com de ter revelado novos paradigmas, que durante espara bem de todos sa semana da nós, de todos aqueles última edição do SIL enconque dependem do trei, em Lisboa, relançamento do alguns amigos crescimento sustentado que não me sabiam na capida nossa Economia”. tal e que, com a familiaridade própria dos amigos, queriam saber das razões da minha presença na cidade, encontros circunstanciais onde referi sempre a minha habitual participação neste fórum anu- al do sector mas também a dúvida, então muito forte, da continuidade do salão Se o rumo para o sector imobiliário continuasse a ser o que perigosamente se desenhava em 2012 (numa tendência que não está totalmente afastada mas que pode ainda ser evitada) então, alertava eu, não sobraria ninguém para erguer o SIL2013 que, com muito esforço de muita gente da AIP e dos parceiros da AIP, bem como com o patrocínio da CGD e a presença âncora da Câmara Municipal de Lisboa, está felizmente já em marcha. Tinha, há um ano, a esperança de poder sensibilizar aqueles cujas decisões contam verdadeiramente para o sector no sentido de os convencer a optar por soluções para o imobiliário que claramente o coloquem como motor para a captação de investimentos que apenas aguardam destinos seguros para as respetivas aplicações. Esta perspetiva não se perdeu irremediavelmente mas ainda falta muito para se concretizar. Há um ano, no SIL, conseguiu-se evitar, ou pelo menos adiar, que a gula sobre o património, com particular relevo para o caso do Imposto Municipal de Imóveis (IMI), que em 2012 marcou fortemente a agenda mediática do salão, pudesse inviabilizar o papel do imobiliário português no relançamento da nossa Economia. O prestigiado Salão Imobiliário de Portugal (SIL) resiste e volta, felizmente, este ano. Com a certeza de que a sua continuidade, nos próximos anos, implica que o sector readquira outro ritmo e outra valorização, seguramente com novos paradigmas, para bem de todos nós, de todos aqueles que dependem do relançamento do crescimento sustentado da nossa Economia. Presidente da CIMLOP e Presidente da Comissão Organizadora do SIL 2013 [email protected] Cair na realidade José de Matos H á alguns dias, personalidades insuspeitas de nutrirem especiais simpatias com o setor dos não transacionáveis, nomeadamente com o setor da construção, como o atual presidente da AICEP e o diretor-geral da Autoeuropa, fizeram, durante a cerimónia de entrega de prémios de internacionalização promovidos por um banco e um jornal económico, declarações que têm tanto de sensatas, quanto de surpreendentes. Na verdade, reconhecer, como fez o Dr. Pedro Reis, que “é ingénuo e até perigoso pensar que se levanta uma economia” só com base nas exportações, contraria a ortodoxia que se tornou dominante a partir de 2011. Aliás, na ocasião, todo o painel de intervenientes terá reconhecido, unanimemente, que só um mercado interno robusto pode dar azo ao crescimento sustentado das exportações. Mas terá sido o responsável da Autoeuropa a ir mesmo mais longe e a sugerir que a reanimação do mercado interno deveria passar pela aposta na reabilitação urbana de Porto e Lisboa, de forma a gerar o “click” rápido de crescimento que a economia interna necessita. Para sermos justos, temos que reconhecer que a necessidade e a oportunidade da reabilitação urbana têm merecido a quase unanimidade de políticos, economistas e gestores. Todavia, o grande obstáculo esgrimido pelo governo para não se empenhar no tema tem sido, sistematicamente, a falta de dinheiro. Não é que isso não seja argumento válido para estabelecer limites à atuação dos poderes públicos. Aquilo que nós temos vindo a dizer é que, entendido estritamente o apoio público como investimento ou subsídio, ele não é rigorosamente necessário. E se excetuarmos a esta regra, a intervenção indispensável nos processos de regeneração dos centros históricos de que, inexplicável e erradamente, o governo se quer alhear e que, em termos financeiros são “peanuts”, tudo o mais pode ser alavancado através de instrumentos inteligentes de modelação fiscal, alguma sofisticação financeira e uma gestão adequada as regras e processos de urbanização. O imobiliário sempre foi a “árvore das patacas” das administrações, mas as dificuldades orçamentais, como todas as dificuldades, foram más conselheiras, e explicam porque se foi tão sofregamente ao “pote”, acabando por asfixiar e paralisar o setor. Se adequarmos as taxas dos vários impostos que incidem sobre o imobiliário e os seus rendimentos à necessidade de garantir a exequibilidade dos trabalhos de reabilitação e a rentabilização dos investimentos, permitiremos ao setor, enfim, respirar, ganhar confiança e adquirir uma dinâmica de crescimento que irá beneficiar toda a economia. O setor imobiliário precisa de uma política “inteligente” e não de continuar a ser “tratado com os pés”. Secretário-geral da APCMC Associação Portuguesa de Comerciantes de Materiais de Construção PUBLICIDADE Conheça já o novo site da Vida Imobiliária ASSINATURA DIGITAL: TRIMESTRAL Oferta Voucher 5€ ANUAL Oferta Voucher 10€ www.vidaimobiliaria.com €19,99 €49,99 Assine já em: loja.vidaimobiliaria.com IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013 Atualidade 03 Vilacelos investe 10 milhões de euros no empreendimento Santa Luzia O projeto residencial é constituído por 62 apartamentos e encontra-se em fase de comercialização a cargo da Frontal O empreendimento Santa Luzia, promovido pela Vilacelos, tem em comercialização apartamentos T2 e T3, “onde se destaca a qualidade da construção e dos acabamentos e um design moderno que pode ser apreciado no andar-modelo”, salienta Domingos Mateus, responsável da empresa. O conjunto residencial representa um investimento de 10 milhões de euros. Constituído por 62 apartamentos e três lojas, o empreendimento Santa Luzia está a beneficiar de uma campanha de financiamento do Millennium bcp que, segundo o responsável, permitiu que em poucos meses tenham conseguido vender 1,5 milhões de euros, correspondendo a 10 apartamentos. Para além das vendas concretizadas tem, também, cinco contratos de promessa de compra e venda, assinados com clientes. A campanha assenta no financiamento a 100%, com um spread de 1%, nos primeiros três anos, e de 2%, nos anos seguintes. Domingos Mateus reconhece que a campanha promocional no crédito à habitação tem sido muito importante na concretização das vendas realizadas este ano. Na opinião do promotor, este resultado tem sido conseguido, também, pelo empenho que foi colocado pela mediadora Frontal, responsável pela comercialização do empreendimento Santa Luzia. Os apartamentos apresentam preços, nos T2, desde 135.000 euros, e O empreendi-mento Santa Luzia apresenta uma fachada de granito e mármore nosT3, desde 175.000 euros. As áreas dos T2 tem entre os 100 m2 a 120 m2, enquanto nos T3 vão de 135 m2 até 150 m2. Domingos Mateus destaca o facto de parte dos apartamentos estarem dotados de boas varandas e de terraços, sendo o projeto de arquitetura assinado por Orlando Gaspar, Arquitetos. No caso das lojas, com áreas mé- dias de 150 m2, uma delas está já vendida para uma farmácia que se encontra em funcionamento. O edifício está inserido em zona habitacional, na Rua Artur Maia Mendes, perto da Rua de Santa Luzia, a poucos minutos do centro do Porto. A nível dos acabamentos destacase a fachada de granito e mármore, a carpintaria em madeira de carva- lho e pavimentos em madeira, tetos falsos com focos embutidos, louças sanitárias suspensas, aspiração central, estores elétricos e cozinhas equipadas. A sala de condomínio é indicada para a realização de convívios e festas de aniversário. A Vilacelos tem em fase de construção, ou já concluídos, um conjunto de outros projetos residenciais, localizados em zonas como o Porto, Maia, Barcelos e Guimarães. Um desses empreendimentos é o edifício Belo Horizonte, localizado em Pedrouços, na Maia, onde Domingos Mateus destaca o fato de estar a construir uma nova fase, tendo em conta que tudo o que tinham em comercialização foi vendido num curto espaço de tempo. É indiscutível que a reforma foi publicada tardiamente. É indiscutível que, de tanto adiada a reforma, esta surgiu num dos piores momentos para todos nós, pelo momento de crise financeira que atravessamos, mas qual a solução, continuar a adiar? É óbvio que não, até pelas restrições ao crédito bancário. Semelhante postura não significa que o Círculo Imobiliário considere que a legislação em vigor seja perfeita, que a mesma não padeça de imprecisões técnicas, provenientes até de reformas anteriores, e de soluções menos felizes para determinadas situações. Por exemplo, um comerciante, próximo da idade de reforma, e que tenha trabalhado longos anos numa atividade comercial, em imóvel arrendado, vê o tão conhecido “direito ao trespasse”, atualmente designado por transmissão da posição do arrendatário, completamente desvalorizado. Não terá sido, salvo melhor opinião, desvirtuada a figura ”trespasse”? Não nos esqueçamos que, por esta forma, era atribuído um prémio/recompensa ao comerciante que se destacava, na sua área de negócio, conseguindo que o seu estabelecimento comercial fosse conhecido e afamado a nível local e por vezes, até a nível nacional. Em nossa opinião, o interesse público ficou a perder, o arrendatário ficou a perder e o senhorio ficou a perder, portanto, qual a razão de ser desta solução? João Pessoa e Costa e Margarida Grave são, respectivamente, presidente e vice presidente do Circulo Imobiliário. Arrendamento: sugestões Opinião João Pessoa e Costa e Margarida Grave M uita tinta tem corrido acerca dos alegados efeitos perversos da nova lei do arrendamento urbano, mas acerca dos benefícios desta recente legislação nem uma palavra… Todos os países da União Europeia adequaram a respetiva legislação à realidade dos tempos modernos e todos eles tiveram a coragem de corrigir as situações anómalas e de gritante injustiça social. Portugal foi o único país da União Europeia que, só, muito tardiamente teve coragem para resolver este problema, e, ainda assim, o mesmo continua a suscitar alguma delicadeza social. Na rua, apela-se incessantemente à revogação da legislação em causa, constituem-se movimentos com este objetivo, mas afinal o que pretendem mudar? Voltar ao passado? A uma situação de distorção de mercado, sobejamente conhecida de todos nós, pelos seus efeitos perversos, seja no âmbito do arrendamento habitacional, seja no âmbito do arrendamento não habitacional? Círculo Imobiliário O Circulo Imobiliário é um grupo de estudo e reflexão sobre o sector imobiliário, tendo sido fundado em 2009. Com sede em Lisboa é a única associação portuguesa filiada no CEPI – European Council of Real Estate Professions, conhecido conselho europeus dos profissionais do imobiliário. É constituído membros singulares e coletivos. 04 Arrendamento e Reabilitação IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013 Imóvel classificado transformado em espaço residencial Casas da Fábrica A Osório de Castro reabilitou antiga fábrica num empreendimento residencial, tendo ficado concluído recentemente. Apresenta 32 apartamentos e 4 moradias, estando a comercialização a cargo da Predibisa DR O projeto Casas da Fábrica teve por base a reabilitação de uma antiga fábrica, imóvel classificado de interesse patrimonial nos empreendimentos da cidade. O empreendimento é constituído por 32 apartamentos, com 78 lugares de estacionamento no seu corpo principal, e quatro moradias com jardim privativo, contemplando ainda um espaço verde comum, com uma área de cerca de 1700 m2 e quatro espaços comerciais. A comercialização do empreendimento está a cargo da Predibisa, sendo que os preços médios de venda rondam os 1600 euros a 1900 euros o m2. Outra das valências do projeto Casas da Fábrica é a aposta na eficiência energética, com especial destaque para os painéis solares em toda a zona habitacional, assim como a aposta feita na qualidade e sobriedade dos acabamentos do edifício, colocação de mármore branco nas cozinhas e casas de banho e ainda a utilização da madeira nas restantes divisões. Toda a caixilharia em alumínio tem vidro duplo e corte térmico e as co- zinhas estão totalmente equipadas, participando no desenho integral de arquitetura que também contempla aquecimento central para todas as divisões, infraestruturas para TV e internet. Todos os apartamentos e moradias têm classe energética A ou A+, resultado do cuidado colocado na seleção dos materiais, equipamentos e processos construtivos. A Investoc é uma sociedade gestora de participações sociais que agrupa um conjunto de participações em empresas. Tem atualmente, sua atividade, centrada nas áreas da hotelaria, com participações em diversas empresas que constituem o grupo Inspira, e na imobiliária, através da participação na Osório de Castro Investimentos Imobiliários, SA, que para além do empreendimento Casas da Fábrica no Porto tem em comercialização os edifícios de escritórios BB113 e BB117 na zona das Avenidas Novas em Lisboa. de Agosto, em 12 de Novembro de 2012, estes contratos de arrendamento para fins especiais transitórios, designadamente para pequenos períodos de férias, não estavam sujeitos ao regime imperativo de prazos mínimos de duração e a forma da sua celebração era inteiramente livre. Ou seja, identificada a habitação pretendida, senhorio e inquilino acordavam de forma inteiramente livre os termos do contrato, designadamente, o início, o prazo, o valor da renda, a caução, os encargos com as despesas de utilização, etc. Este acordo era inteiramente válido, mesmo que celebrado apenas verbalmente. Assim, celebrado o contrato, mesmo para fins especiais transitórios. No entanto, se, por um lado, a lei liberalizou o prazo para a celebração dos contratos, por outro, impôs a forma escrita para a sua celebração. A inobservância desta forma determina a sua invalidade. Ora, sendo a informalidade que predomina na negociação deste tipo de contratos, pois os contactos na oferta e na procura entre senhorios e inquilinos iniciam-se as mais das vezes através da internet, prosseguindo por telefone e fechando-se o acordo sem que seja elaborado qualquer documento, coloca-se desde logo a questão se efetivamente existe, nestes casos, um vínculo que o obrigue o pretenso senhorio a proporcionar o gozo do imóvel em causa ao pretenso inquilino. A resposta não deixará de ser negativa, pois sendo o arrendamento um negócio formal, a inobservância da forma devida determina a sua invalidade. Isto vale por dizer que os acordos alcançados informalmente entre os pretensos senhorios e os pretensos inquilinos não conduzem à celebração de um contrato válido, deixando numa situação precária quem viaja para os locais de férias e se veja confrontado com a falta de palavra do pretenso senhorio. Rui Gonçalves rui.goncalves@abreuadvogados. com Elisabete Soares A Osório de Castro, Investimentos Imobiliários, conclui recentemente o empreendimento Casas da Fábrica, um espaço residencial localizado na zona das Antas. Teve por base a reabilitação de uma antiga fábrica, imóvel classificado de interesse patrimonial pela Câmara Municipal do Porto. Com assinatura do gabinete de arquitetura Barbosa & Guimarães e projeto coordenado pelo arquiteto José António Barbosa, a reabilitação do imóvel teve como propósito permitir que todos os apartamentos exibissem uma elevada exposição solar, apresentando em todas as tipologias dimensões acima da média. Destaca-se ainda o jardim como principal fator de relevo do projeto, que atua como um ponto diferenciador, concebendo no condomínio o espaço verde como uma área de lazer e utilização comum, característica rara Consultório Jurídico Preciso de celebrar um contrato de arrendamento para o período de férias? No período de férias é comum as pessoas viajarem para fora dos seus locais de residência, normalmente para a praia ou para o campo, para aí gozarem um merecido período de férias. As ofertas de alojamento são diversas, entre elas o arrendamento de uma habitação, seja um apartamento, seja uma moradia, durante o pequeno período de duração dessa deslocação. Neste último caso, coloca-se a questão dos cuidados a ter quando se contrata um arrendamento para um pequeno período de férias. Até à entrada em vigor da Lei 31/2012, de 14 que apenas verbalmente, o inquilino adquiria o direito de gozar temporariamente o imóvel que tomou de arrendamento. Se o senhorio não cumprisse o contrato, designadamente não proporcionasse o gozo do locado no período contratado, o inquilino podia pedir uma indeminização nos termos gerais. Com a entrada em vigor da Lei 31/2012, de 14 de Agosto, os contratos de arrendamento para fins especiais transitórios deixaram de ser uma exceção. Com efeito, todos os contratos para fins habitacionais deixaram de estar sujeitos a um prazo de duração mínima, pelo que deixou de fazer sentido a exceção supra referida para os arrendamentos PUBLICIDADE 06 Oportunidades IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013 Papel das mediadoras é fundamental na concretização do crédito O trabalho é importante para que o recurso ao crédito na compra de uma casa cumpra os requisitos exigidos e para que os compradores consigam cumprir com as suas responsabilidades Os critérios para os empréstimos da banca mudaram e as análises estão muito mais apertadas, sendo que o facilitismo, que existia há uns anos atrás, deu lugar a um padrão de consciência muito mais rigorosa. Contudo, “as pessoas continuam a ter possibilidade de comprar casa, mas de uma forma mais adaptada à sua condição financeira”, considera Sandra Camelo, da SCI-Sandra Camelo Mediação Imobiliária. Na sua opinião, o papel da empresa de mediação “é fundamental para que essa compra cumpra os requisitos exigidos pela banca e para que os compradores, em caso de uma mudança de condição financeira, continuem a conseguir cumprir com as suas responsabilidades”. Sandra Camelo adianta que o papel da consultora é fazer uma análise dos rendimentos mensais e anuais do agregado familiar e das despesas existentes para, a partir daí, calcular a taxa de esforço do cliente. “Se esta análise for bemfeita, sabemos qual o tipo de casas que podemos aconselhar ao cliente e sabemos que esse processo de crédito à habitação não tem nada para correr mal”. Opinião semelhante tem João Martins, diretor geral da Maxfinance - consultora ligada ao grupo Re/ Max - considerando que “o serviço assenta na qualificação financeira dos clientes, no sentido de avaliar qual a capacidade dos mesmos e, posteriormente, identificar no mer- DR cado, a instituição financeira que apresenta as melhores soluções, tendo em conta o perfil do cliente e as particularidades da operação”. “Este trabalho de qualificação do cliente e segmentação do parceiro permite efetuar a relação adequada entre as necessidades do cliente e a estratégia do parceiro, o que nos permite afirmar que as operações qualificadas pela Maxfinance têm uma taxa de aprovação média na ordem dos 90%”, refere. O negócio do crédito As pessoas continuam a ter possibilidade de comprar casa, mas adaptada à sua condição financeira. Na opinião de João Martins, “o negócio da banca assenta na concessão de crédito (responsável e rigoroso), em que o produto de crédito habitação, embora tenha abrandado nos últimos anos, não deixa de assumir um papel fundamental na atividade comercial da banca, nomeadamente pela fidelização e envolvimento dos clientes com a instituição, a longo prazo”. Opinião semelhante tem Sandra Camelo. “Não podemos esquecer de que o crédito habitação é um produto apetecível para a banca, uma vez que através dele possibilita o cross-seling que garante ao banco a obtenção de outros produtos importantes para o negócio financeiro, pelo que, tenho a convicção, que a médio prazo a banca voltará a aumentar a concessão ao crédito. Na sua opinião é importante ver o lado positivo da crise. “Quem decidir comprar casa agora e precise de recorrer ao crédito habitação. Perguntas & Respostas “O Millennium bcp dispõe de um preçário preferencial para apoiar a venda de imóveis próprios.” José Araújo é diretor do Millennium bcp A redução dos montantes de crédito à habitação nos últimos anos é uma realidade? A principal razão reside na conjuntura económica existente, com o relevante crescimento do desemprego, a par com a forte redução do rendimento disponível das famílias. Estes dois fatores, em conjunto, são responsáveis pela forte redução na procura de habitação própria, sendo que a retração no mercado imobiliário tem reflexo direto e imediato na quebra da procura de crédito habitação/hipotecário. Uma das críticas ouvidas com frequência é o facto de a banca avaliar os imóveis 20% a 30%, abaixo do seu preço? A avaliação dos imóveis, habitacionais ou outros, depende do próprio mercado imobiliário. Aliás, nesta matéria, a prática vigente para as avaliações utilizadas pelos bancos é o recurso a empresas especializadas, externas e independentes dos bancos, devidamente registadas e certificadas para o efeito junto da CMVM. Como se pode depreender, são os próprios operadores do mercado imobiliário quem procede a avaliações e determina a evolução do respetivo padrão de preços. Quais os critérios aplicados pelo Millennium bcp na concessão de crédito à habitação? O Millennium bcp baseia a avaliação de risco na conjugação de diversos fatores, donde se destacam a notação de risco do cliente e a respetiva capacidade de endividamento/ reembolso. Sobre a operação específica concorrem ainda o rácio entre o valor financiado e a avaliação do imóvel (LTV), bem como o prazo da operação. A concessão de crédito em condições mais vantajosas na aquisição de casas da própria banca impulsionou estas vendas? O Millennium bcp dispõe de um preçário diferenciado, e preferencial, associado às operações de crédito habitação/ hipotecário para apoiar a venda de imóveis próprios. Esta diferenciação incide exclusivamente no preço praticado, e constitui naturalmente apoio para o impulsionamento das vendas desta tipologia de imóveis. Mas, os fatores mais importantes para a promoção da venda de imóveis próprios são a rede de mediadores imobiliários protocolados, bem como a extensa rede de sucursais do banco, que apoiam a divulgação destes imóveis. No caso das frações não habitacionais qual é a política do banco na concessão de crédito? Desde a entrada em vigor do Decreto-Lei 226/2012, que alargou a aplicação das regras do crédito habitação a todo o crédito hipotecário a clientes particulares, que o Millennium bcp mantém uma política única de contratação, sem distinção relevante na tipologia do imóvel em apreço IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013 Oportunidades 07 Oportunidades Mais Oportunidades Millennium na área de imobiliário de millenniumbcp.pt. Marque as suas visitas através da linha M Imóveis 707 91 20 20 (atendimento personalizado das 10h-22h). Custo máximo por minuto: 0,10€ para chamadas a partir da rede fixa e 0,25€ para chamadas a partir da rede móvel. Acresce IVA. Lisboa Índice confidencial imobiliário Campanha Verão – (Valores válidos até 14/09/2013)* Fogos Novos (2005=100) 115 Moradia V2 Nº do imóvel 62590 Freguesia: Usseira - Concelho: Óbidos Valor 58.000 euros Moradia V2, com 137 m2 de área. Ano 1998. 110 105 100 95 Jan. 2005 Jun. 2013 Fogos Usados Moradia V3 Nº do imóvel 63396 Freguesia: Pataias – Concelho: Alcobaça Valor 49.000 euros Fração autónoma constituída por: R/c: hall, sala, despensa, cozinha e wc; 1º andar: 3 quartos (1 com vestíbulo) e wc e garagem na cave. Ano 2004. (2005=100) 115 110 105 100 95 Jan. 2005 Jun. 2013 Valor médio de oferta/m2 Área Metropolitana de Lisboa - 1.º T de 2013 A I H B G E C D N O F Moradia V3 Nº do imóvel 63725 Freguesia: Gaula – Concelho: Santa Cruz (Funchal) Valor 130.000 euros Moradia V3 isolada dispõe de áreas acima da média em bom estado de habitabilidade. Tem uma garagem grande que, pode ser utilizada como armazém. Acessos muito bons e próximo de transportes públicos. Ano 2011. N M J K P L R Q A Mafra I B Sintra J Almada C Cascais K Seixal - 3,5% <-> -2,5% D Oeiras L Barreiro - 4,5% <-> - 3,5% E Amadora M Moita V .F. Xira F Lisboa N Montijo G Odivelas O Alcochete H Loures P Sesimbra Fonte: INE; Estatísticas Ci/ADENE; LardoceLar.com Q Setúbal - 1,5% <-> -0,5% R Palmela - 2,5% <-> -1,5% Apartamento T2 Nº do imóvel 66932 Freguesia: São Pedro – Concelho: Torres Vedras Valor 59.000 euros Apartamento T2, com 84 m2. Ano 1994. *Campanha Nacional com imóveis de diversas tipologias, espaços comerciais, apartamentos, moradias e terrenos. Podem ser adquiridos por valores atrativos até 14 de setembro de 2013. Se a escritura se realizar até 31 de outubro de 2013, haverá lugar a um desconto de 2% a aplicar sobre o preço em catálogo. 08 Certificação Energética IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013 A nova plataforma do Sistema de Etiquetagem Energética de Produtos A ADENE está a desenvolver um plano de comunicação para divulgar a vantagem do sistema junto do consumidor final, para gerar um maior interesse na procura de janelas eficientes e alavancar o negócio das empresas DR Porquê ser uma empresa aderente? Desde o passado dia 7 de maio que a nova plataforma www.seep.pt já se encontra disponível para registo e emissão de etiquetas por parte dos Fabricantes de Janelas. Neste momento já se encontram registadas mais de 140 empresas e emitida a primeira centena de etiquetas energéticas, número que continua a aumentar diariamente. A ADENE- Agência para a Energia está a desenvolver um plano de comunicação para divulgar a vantagem do sistema junto do consumidor final, para gerar, neste segmento, um maior interesse na procura de janelas eficientes e alavancar o negócio das empresas. Cursos Seep lançados pela ACADEMIA ADENE A formação é uma componente fundamental da atividade da ADENE, e um vetor prioritário da sua missão de promover e realizar atividades de interesse público na área da Energia e das respetivas interfaces com as demais políticas sectoriais. É neste enquadramento que foram lançados os seguintes cursos de formação de Projetistas e Instaladores de Janelas do Sistema de Etiquetagem Energética de Produtos (SEEP Projetistas e SEEP Instaladores). • O SEEP Projetistas visa proporcionar aos participantes a aquisição e atualização de conhecimentos na elaboração de projetos de Construção e Reabilitação, nomeadamente na prescrição de soluções de substituição e instalação de janelas, e tem como público alvo: arquitetos, engenheiros, peritos qualificados, empreiteiros, e demais profissionais com responsabilidade na elaboração do projeto de soluções de substituição e instalação de janelas. • O SEEP Instaladores tem por objetivo proporcionar aos participantes a aquisição e atualização de conhecimentos teóricos com uma forte componente prática de soluções de substituição e instalação de Foram lançados os cursos de formação de Projetistas e Instaladores de Janelas do Sistema de Etiquetagem Energética de Produtos (SEEP Projetistas e SEEP Instaladores). janelas, tendo como destinatários os instaladores, futuros instaladores e fabricantes de janelas, orçamentistas, empreiteiros e responsáveis de obra. No final de ambos os cursos, e após aprovação na avaliação efetuada no final de cada tema, os participantes obterão o reconhecimento CERTIF de “Projetista SEEP Janelas” e/ou “Instalador/SEEP Janelas”, passando a integrar as respetivas bolsas, a serem disponibilizadas pela ADENE e pela CERTIF. Porque comparar é poupar energia, o SEEP potencia a escolha Energética mais eficiente. As empresas ganham e os consumidores também. Vamos poupar energia para poupar Portugal. Desde o passado dia 7 de maio que a nova plataforma www. seep.pt já se encontra disponível para registo e emissão de etiquetas por parte dos Fabricantes de Janelas. PUBLICIDADE 10 Praia de Moledo IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013 Moledo é o local eleito pelos nortenhos para ter casa de férias A qualidade das águas e a beleza da região cativaram desde sempre as famílias mais abastadas, que têm em Moledo uma casa de férias. Atualmente é o local do “descanso do guerreiro” para políticos e empresários DR Elisabete Soares As primeiras referências sobre a qualidade da estância balnear da praia de Moledo vêm já do início do séc. XX, altura que figuras ilustres da sociedade portuguesa, especialmente nortenhas, aproveitavam para desfrutar, durante largos períodos de tempo, a qualidade das suas águas e a beleza da região. A extensa praia, com um areal que se estende por cerca de cinco quilómetros, localizada muito perto da foz do Rio Minho e contígua ao Pinhal do Camarido, a poucos quilómetros do centro urbano de Caminha, continuou a ser, durante as últimas décadas, muito procuradas por famílias mais abastadas que tinham possibilidade de comprar uma propriedade ou mandar construir uma casa a seu gosto, erguendo aqui o seu poiso de férias e de fins-de-semana. Não admira, por isso, que alguns arquitetos de renome como Siza Viera, Souto Moura ou Manuel Correia de Sá, estejam associados a projetos de algumas casas destas famílias, que não menos conhecidas. Na última década a construção de alguns empreendimentos imobiliários destinados a uma gama média alta de clientes, especialmente médicos e empresários, veio alargar o leque dos tradicionais veraneantes, que nas noites quentes de Agosto enchem as esplanadas de Moledo e de Caminha. O “descanso do guerreiro” Embora a crise também esteja a afetar o turismo em Moledo, com a redução do número turistas, a verdade é que esta localidade continua a conservar uma tradição que António Magalhães, responsável pela área residencial da Predibisa, chama de “o descanso de guerreiro”. Ou seja, a seguir a uma viagem ou de umas férias no Algarve, os jovens e as famílias, regressam a Moledo porque sabem que aí encontram os amigos e podem prolongar a estadia por mais algumas semanas. Bem servida de locais de diversão, a época balnear em Moledo e Caminha, atinge o pico em meados de Agosto. Uma altura em que muitas famílias regressaram das férias, para dar a vez aos jovens que ocupam as casas até Setembro. Sendo um local aprazível, onde apetece estar, Moledo beneficia do facto de ter o “mar, a montanha e Espanha ao lado”, salienta António Magalhães. Na verdade a proximidade de Espanha é benéfica para este destino, tendo em conta que muitos espanhóis são atraídos por esta região e acabam por comprar cada de férias. Valor do arrendamento em queda Moledo: um século de história Na procura de velhas notícias sobre o concelho de Caminha, o jornal local Terra e Mar, trazia, na edição de Março de 2013, uma crónica, publicada no verão de 1930, intitulada Moledo do Minho. “O seu autor não era um qualquer jornalista ou repórter de passagem mas sim o advogado, escritor e político católico-monárquico Alberto Pinheiro Torres (1874-1962), habitual frequentador da praia de Moledo e de conhecidas ligações ao concelho desde que aqui exercera o cargo de administrador ainda no tempo da Monarquia, de 1902 a 1904”. Por esta altura, a praia de Moledo era já uma reconhecida estância balnear — em 1921, com a Praia de Âncora, surgia entre as 29 “principaes praias de banhos do Paíz” na escolha da especializada Revista de Turismo — mas estava ainda a dar os primeiros passos na sua organização urbanística e na criação de condições para melhor receber os turistas de verão que se distinguiam pela sua elevada condição social. Na sua crónica, Pinheiro Torres dá conta dessa evolução, destacando os nomes dos engenheiros Luís Albuquerque Couto dos Santos — futuro administrador-geral dos CTT — e Álvaro Aurélio de Sousa Rego, diretor-geral dos Caminhos de Ferro, ambos distintos membros da elite veraneante moledense e figuras gradas do regime que se instalava. O conselheiro Arnaldo Álvaro de Sousa Rego, irmão do diretor dos Caminhos deFerro, aparece entretanto a ilustrar o artigo na sua qualidade de “Presidente da Comissão de Iniciativa de Moledo do Minho”. Com o propósito de desenvolver o turismo nacional, as comissões de iniciativa tinham sido legisladas em 1921 mas, com a habitual lentidão de processos da Primeira República, seriam regulamentadas somente em 1923. Foi de imediato criada a Comissão de Iniciativa da Praia de Âncora mas, no caso de Moledo, foi preciso esperar até 23 de Junho de 1929 para que a mesma fosse instalada. Nos anos seguintes, seriam da responsabilidade desta Comissão de Iniciativa de Moledo alguns melhoramentos na zona da praia mas em 1936, com a extinção das comissões de iniciativa — afinal, uma herança do republicanismo —, as questões do turismo passariam para a alçada das câmaras municipais. Embora a maioria das famílias não coloque as casas no arrendamento sazonal, há, no entanto, algumas que rentabilizam este património especialmente durante os meses de Junho e Junho, reservado o mês de Agosto para as suas férias. De acordo com António Magalhães, tal como em outras zonas turísticas, os valores de arrendamento das casas sofreram este ano uma redução de preço, que acompanha o abaixamento na procura. Assim, numa casa de três a quatro quartos, o valor de renda praticado ronda os 1250 euros e os 1500 euros, por semana. Esse valor baixa para os mil euros, por semana, em casas com dois a três quartos e com localizações menos atraentes, ou poder subir para os 1600 euros, conforme as boas condições das casas e em localizações e vistas excelentes. Quanto à venda de casas a situação é, neste momento, de algum arrefecimento, com as famílias a aguardar que a situação do país apresente alguma melhoria. Contudo verifica-se alguma procura por parte de turistas, que visitam a região de Moledo. Com um enquadramento natural fabuloso, com uma pequena ilha a 200 metros da costa pontuada pelo Forte da Ínsua e, a norte, marcada pela presença tutelar do Monte de Santa Tecla, em Espanha, esta região tem ainda boas condições para a prática de windsurf. A nível geográfico a freguesia de Moledo tem, aproximadamente, uma área de 765 hectares e está a cerca de três quilómetros da vila de Caminha, a sede do concelho a que pertence. Como curiosidade, a nível de toponímia, Moledo significa pequeno monte de pedras, uma alusão ao aspeto geral do solo. IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013 Entrevista 11 “Temos consciência dos múltiplos recursos de Moledo, que devem ser potenciados” Para Flamiano Martins, vice-presidente da Câmara Municipal de Caminha, a Praia de Moledo possui condições ímpares, quer pela sua água com forte presença de iodo, quer pela proximidade com a Ínsua e Espanha Entrevista Elisabete Soares Sendo Moledo um local de grande afluência, especialmente no Verão, que medidas adicionais são tomadas pela autarquia para que esta zona tenha boas condições de funcionamento? O concelho de Caminha está, na sua generalidade, habituado a ver triplicada a sua população durante o Verão, quer pelo regresso dos estudantes universitários, como da população emigrada, dos habitantes de segunda habitação e de todos os turistas e visitantes que desfrutam do “mosaico de paisagens” que Caminha proporciona. Moledo é muito procurada pela praia que, para além da extrema qualidade, tem também o reconhecimento dos veraneantes pelo bom ambiente e boa oferta a nível de restauração. A Praia de Moledo possui condições ímpares, quer pela sua água com forte presença de iodo, quer pela proximidade com a Ínsua e Espanha, quer pelas ótimas condições para a prática de desportos náuticos. Por estas razões, o município de Caminha costuma reorganizar o trânsito de forma a facilitar a circulação; reforça a recolha de resíduos sólidos urbanos, aumenta a iluminação pública e intensifica a limpeza de praia. O objetivo é continuar a ser um destino de preferência, a primar pela qualidade e pela arte de bem receber. Que investimento fez a autarquia, nos últimos anos, na modernização, acessibilidade e qualidade da praia? Para além da limpeza, que referi anteriormente, criamos rampas de acesso à praia com um nível de rampa adequada a pessoas com pouca mobilidade e executamos os trabalhos de recuperação do paredão, que sofreu os efeitos do inverno rigoroso. Aliás, ainda no que diz respeito à mobilidade, convém referir que no início da época balnear tivemos a honra de içar a Bandeira de Praia Acessível, a par da Bandeira Azul. Convém lembrar que para garantir a bandeira de Praia Acessível é necessário que a praia tenha acesso pedonal de fácil acesso e estacionamento ordenado, bem como lugares reservados no parque para viaturas particulares que transportem pessoas com mobilidade reduzida. As rampas de acesso ao areal são outro fator distintivo. Além disso, as praias com o galardão da acessibilidade têm ainda de disponibilizar instalações sanitárias e garantir o acesso ao serviço de primeiros socorros. Intervenções mais profundas não são competência dos municípios, contudo, quero recordar que estão previstas para o final da época balnear as obras para o restauro do cordão dunar, as quais serão fundamentais para a preservação da Mata do Camarido, da praia de Moledo e de todo o ecossistema. Como responsável pelas pastas do planeamento estratégico e PDM, que linhas orientaram a sua atuação nesta localidade? As linhas que orientaram a nossa atuação decorreram das que foram traçadas pelo Plano Diretor Municipal, já que cabe a esse instrumento estabelecer a estratégia de desenvolvimento territorial, a política municipal de ordenamento do território, de urbanismo e as demais políticas urbanas, estabelecendo o modelo de organização espacial do território municipal. Este instrumento orientou ainda estudos de escala de maior pormenor, como sejam os estudos desencadeados no âmbito do Plano de Urbanização de Moledo (um trabalho que será retomado oportunamente), bem como outros estudos nomeadamente de trafego. O princípio é conseguir manter a qualidade do ambiente urbano que se vive em Moledo e o bom relacionamento com a parte mais rural da freguesia. Moledo é uma freguesia que tem imensa vida durante todo o ano, com escola e jardim-de-infância em funcionamento, com coletividades e instituições públicas, privadas e religiosas com grande dinamismo, e com comércios e atividades agrícolas que dão trabalho a muitas pessoas. Ou seja, a freguesia de Moledo não se limita à praia e ao turismo e o planeamento estratégico deve ter em conta também a população residente na freguesia. Tal como em outras zonas turísticas houve uma maior pressão urbanística, na última década, devido à procura de casa, especialmente, de segunda habitação. Que medidas foram tomadas para disciplinar a construção? Temos um Plano Diretor Municipal (PDM) em vigor desde 1995. Traduzindo a estratégia de desenvolvimento territorial para o concelho e desenhando o modelo de organização espacial do território municipal - estabelecendo, entre outras, a referenciação espacial dos usos e das atividades, a especificação quantitativa e qualitativa dos índices, parâmetros e indicadores de referencia – este tem sido o principal instrumento que nos vem apoiando na gestão da edificabilidade no concelho (e em Moledo). A sua progressiva implementação tem demonstrado, contudo, alguma falta de adequabilidade face à conjuntura atual e foi nesse sentido que iniciamos o processo de revisão. Assim, contamos poder dispor em breve de um instrumento de gestão territorial mais ajustado à evolução das condições sociais, culturais e ambientais. Temos consciência dos múltiplos recursos de Moledo - para além de uma praia peculiar, é preciso ter em atenção todo o restante património natural, histórico e imaterial - que devem ser potenciados numa perspetiva de desenvolvimento sustentável. Necessitamos, por isso, de projetos que se comportem como eficazes motores de desenvolvimento (económico, ambiental e social), promovendo a cooperação estratégica de diferentes atores, fomentando a criação de emprego qualificado e a fixação da população, e contrariando também a vivência sazonal, tão pouco conveniente à qualidade de vida urbana. Moledo é uma localidade caracterizada pela existência de moradias de arquitetos de renome? É verdade, nomes de referência da nossa arquitetura contemporânea, internacionalmente reconhecidos, tal como como Siza Vieira e Eduardo Souto Moura, têm intervenções em Moledo, o que enriquece ainda mais este território, pelo que muito nos congratulamos com este facto. São arquitetos com enorme qualidade e que têm sabido adequar os projetos às caraterísticas próprias da freguesia, dando-lhes o devido enquadramento arquitetónico que favorece ainda mais Moledo. 12 Promoção IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013 Quinta de Santana é um projeto residencial único numa localidade exclusiva A José Castro & Filhos já vendeu sete, das nove casas da 1ª fase. A segunda fase entrou agora em comercialização, sendo constituída por sete unidades, com áreas idênticas às moradias da 1ª fase, mas de tipologia T4 (4 suites). “Naturalmente que a localização na 1ª linha de mar é única. Tanto nas unidades da 1ª fase como nas da 2ª fase, o projeto da autoria do arquiteto Carvalho Araújo foi muito bem conseguido e privilegia um ambiente minimalista com grandes espaços abertos sobre o mar rentabilizando a beleza exterior, obrigando cada cliente a desfrutar da paisagem sobre o mar salpicado pelo Forte da Ínsua e o monte de Santa Tecla”, considera Nuno Castro, administrador da José Castro & Filhos. Para o responsável da empresa promotora e de construção, a qualidade construtiva da Quinta de Santana é também um ponto distintivo. “Desde o início assumimos que cada pormenor conta. O interior traduz o melhor que o mercado tem para oferecer, com técnicas construtivas e materiais de qualidade garantida”, adverte. Este facto permitiu que, naturalmente, o projeto resultasse precisamente no conceito idealizado. Isto é, conseguir reunir num local de excelência, espaços de design, sustentabilidade, luxo, inovação, requinte e funcionalidade. “Admito, era um programa ambicioso, mas foi exatamente com esta pule que concebemos o programa base e selecionamos a equipa de arquitetura”, confessa. “Importa não esquecer uma última vantagem das casas da Quinta de Santana e que é exatamente Moledo. Quem conhece sabe que Moledo é mais que uma praia, é um refúgio para todo o ano”, constata Nuno Castro. Na sua opinião, “sendo um projeto único, sabemos que apenas está ao alcance de um cliente de elevada exigência, daí que fomos particularmente rigorosos na seleção dos materiais e das técnicas construtivas”. Como é comum nos projetos concebidos pela José Castro & Filhos, todas as casas são entregues completamente equipadas com marcas que são referências mundiais. “Até os cortinados foram selecionados pela nossa equipa de interiores e são colocados por nós”. Neste projeto, em particular, tiveram a colaboração da Vitra, uma das marcas de decoração mais conceituadas a nível mundial. E esta colaboração é caso único em Portugal, destaca o responsável. A recetividade ao empreen-dimento Quinta de Santana tem sido extrema-mente positiva A recetividade ao empreendimento Quinta de Santana tem sido extremamente positiva, atendendo ao clima económico e às incertezas que atravessam este mercado em particular. “Embora não exista um padrão fidedigno de comparação, já comercializamos sete das nove casas da 1ª fase. Quanto à 2ª fase, as primeiras três casas ficam prontas até ao final deste ano. Uma já está comercializada, e é curiosamente a de valor mais elevado”, adianta Nuno Castro. Outro aspeto a destacar, é o facto de, para a José Castro & Filhos enquanto promotor e construtor, o feedback estar a ser extremamente positivo em termos de projeção. O feedback que o empreendimento está a atingir gera resultados muito para além das vendas realizadas. “Inúmeras vezes a casa modelo é visitada apenas por curiosidade, seja por apreciadores seja inclusive por profissionais da área, e todos têm manifestado uma opinião consensual sobre a qualidade do conjunto, arquitetura, decoração e acabamentos”, adianta. Acrescenta que, recentemente, a J. Castro & Filhos foi convidada para construir uma unifamiliar em Ponte de Lima, para um cliente cujo primeiro contacto com a José Castro & Filhos foi na Quinta de Santana. Neste momento, adianta que “as nove unidades da 1ª fase estão terminadas, faltando ainda comercializar duas unidades”. As casas de tipologia T3, com áreas na ordem do 280m2, são todas idênticas e estão a ser comercializadas por um valor próximo dos 2.500 euros/m2. Quanto à segunda fase, que agora entrou em comercialização, são apenas sete unidades com áreas idênticas às da 1ª fase mas de tipologia T4 (4 Suites). “A particularidade destas habitações é que a zona de estar foi puxada para o piso superior favorecendo a vista para o mar e o uso do espaço exterior. A 2ª fase está ser comercializada por valores entre os 400 e os 450 mil euros”, refere Nuno Castro. IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013 Arquitetura 13 “Cada projeto tem uma história própria, não se repete” Entrevista De que forma foi possível conciliar os conceitos de design, nas casas do empreendimento Quinta de Santana? Entendemos o conceito de design como uma atitude de projeto global, transversal às diferentes escalas. Do mesmo modo as noções de sustentabilidade, luxo, funcionalidade, inovação e requinte enquadram-se na lógica de coerência de desenho e da qualidade espacial. Cada projeto tem uma história própria e portanto é específico, não se repete. É esse o Carvalho Araújo é o arquiteto da Quinta de Santana nosso desafio em cada projeto, tal como o foi na Quinta de Santana. A nível de arquitetura, quais as características que distinguem a conceção a nível interior e exterior? Um é interdependente do outro e nesse sentido deve haver uma atitude coerente, o que não significa ser igual, porque respondem necessariamente a requisitos diferentes. No interior uma maior disponibilidade para a experimentação e variedade, ajustadas aos clientes. No exterior uma preocupação adicional nas relações com a paisagem natural e urbana. Quais os aspetos que distinguem o empreendimento a nível da sustentabilidade energética? Para nós a base de qualquer projeto são os princípios das soluções O projeto de arquitetura da Quinta de Santana foi um desafio para Carvalho Araújo passivas que advém de uma boa implantação, orientação, organização espacial e materiais adequados. Os equipamentos eletromecânicos são opções suplementares, elementos de melhoria adicional que resulta de uma análise custo / benefício, mas que não ditam as soluções de projeto. PUBLICIDADE 14 Empreendimento IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013 Casas de Santana são referência na construção sustentável no país O projeto das Casas de Santana privilegia um ambiente minimalista com grandes espaços abertos sobre envidraçados, rentabilizando a beleza exterior. É constituído por 16 casas, das quais nove são de frente de mar O empreendimento Quinta de Santana é constituído por 16 casas, das quais nove são de frente de mar, com tipologias de T3 e T4+1. Reunir num local de excelência conceitos de design, luxo, funcionalidade e requinte, foi o desafio colocado à empresa de promoção e construção, José Castro & Filhos, que convidou o arquiteto Carvalho Araújo, para a concretização do projeto. O empreendimento cria uma estrutura que consolida a malha urbana e remata, no desenvolvimento da baía, o centro de Moledo. Por um lado, assume-se como um condomínio compacto, que aproveita o limite do muro existente, mantendo a sua estrutura de relação com a via. Por outro, aproveita o suave desnível do terreno, para que as casas de segunda linha, desfrutem também de vista de mar. Esta solução define uma zona de jardim e acesso automóvel no interior, de caracter privado e íntimo, valorizando as relações dentro do conjunto. O projeto privilegia um ambiente minimalista com grandes espaços abertos sobre envidraçados, rentabilizando a beleza exterior e realçando-a. Sustentabilidade é um imperativo O desempenho energético e ambiental, mais que um fator de diferenciação, é, atualmente, um imperativo ético. No empreendimento Quinta de Santana a sustentabilidade está em perfeita harmonia com a arquitetura e fazem deste projeto uma referência na construção sustentável no país. Assim a nível das características de sustentabilidade destacam-se: a certificação energética; o sistema fotovoltaico de microgeração de energia solar para o condomínio; os vidros duplos em caixilharia de rutura térmica; a iluminação de baixo consumo; a orientação dos espaços de permanência; a ventilação natural e arrefecimento passivo; a inércia térmica e medidas de otimização do consumo de água. Acabamentos e equipamentos Em relação aos acabamentos exteriores as casas do condomínio da Quinta de Santana apresentam pavimento em betão aparente, lajetas de basalto e grelhas de enrelvamento. As fachadas são em betão aparente. As caixilharias são da Vitrocsa, de rotura térmica e micragem reforça- O empreendimento cria uma estrutura que consolida a malha urbana e remata, no desenvolvimento da baía, o centro de Moledo da, com vidro duplo. A iluminação exterior é decorativa. No interior das casas destacam-se os pavimentos em basalto, nos espaços sociais, e nos espaços íntimos em madeira de carvalho. As instalações sanitárias tem os pavimentos em aglomerado de mármore branco, e as paredes em vidro lacada, igualmente branco. As portas e armários são em mdf lacado a branco. Com teto falso nos espaços íntimos, foram construídas câmaras de isolamento acústico entre os prédios, privilegiando, assim, a privacidade entre as habitações. A nível de revestimentos, no interior, destaca-se, ainda, a colocação de lâmina de isolamento acústico entre pisos e no exterior, o isola- mento térmico na envolvente. Equipamentos As casas da Quinta de Santana são vendidas com as cozinhas equipadas com eletrodomésticos de uma marca de gama alta. Destaca-se também a colocação do sistema ONLY – automação integrada de iluminação, climatização e segurança. Outro dos pormenores interessantes é a colocação de cortinas em todos os vãos, com tecido blackout, em espaços íntimos. Ou, ainda, a colocação de aquecimento central completo. Moledo é servida atualmente por excelentes infraestruturas viárias. É o caso da A3, da A28 e do IC1, que coloca esta localidade perto das grandes cidades do norte do país e da Galiza. IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013 Turismo residencial 15 Brasileiros interessados em investir no imobiliário de características premium Winning strategies Opinião A ESPART e a Herdade da Comporta foram dois dos promotores de projetos residenciais de qualidade que estiveram presentes na MIP de São Paulo Francisco S. Ribeiro DR Elisabete Soares “O mercado brasileiro está aberto a investir em produtos imobiliários de características premium, segmento onde marcamos presença e nos posicionamos como uma referência em Portugal”, considera Aniceto Viegas, administrador da ESPART. O balanço da presença da ESPART na Mostra do Imobiliário Português - MIP de São Paulo, realizado entre os dias 20 a 23 de Junho, foi, na opinião do responsável, muito positivo. “Tanto no desenvolvimento de contactos muito interessantes de negócio, não só com potenciais clientes como também com influenciadores do mercado imobiliário brasileiro, à semelhança do que se registou em dezembro, aquando da MIP no Rio de Janeiro”, adianta. A ESPART esteve presente com os empreendimentos Palácio Estoril Residências, com o Edifício Ivens 31, localizado no Chiado, e com o Edifício Foz Diogo Botelho, no Porto. Aniceto Viegas destaca também o interesse manifestado pelos visitantes em relação às Casas de São Francisco, um condomínio privado localizado perto de Santiago do Cacém, vocacionado sobretudo para segunda habitação ou residência de férias. “No caso deste último projeto, estamos a promover uma proposta qualidade/preço muito competitiva que não passou despercebida aos visitantes da MIP”, refere. Na sua opinião, Portugal assumese, cada vez mais, como um dos mercados mais competitivos neste sector. Não só os preços se encontram num valor justo, comparativamente com outros países europeus, como é percecionado como um investimento seguro e de elevado interesse por parte de potenciais clientes estrangeiros. Visitas agendas na Herdade da Comporta Aniceto Viegas adianta que a procura recaiu sobretudo sobre as tipologias T3 e T4. Em relação às características e preços, os clientes valorizaram a segurança, a qualidade de construção, a arquitetura e a localização, sendo que o preço dos imóveis foi considerado bastante competitivo. Casas de São Francisco, um condomínio privado localizado perto de Santiago do Cacém, foi um dos projetos que cativou os visitantes brasileiros Para Carlos Beirão da Veiga, presidente da Herdade da Comporta, o balanço da participação da Herdade da Comporta na MIP foi igualmente muito positivo. “Ao longo dos três dias do evento sentimos muito interesse por parte dos visitantes em conhecer, com mais pormenor, tu- do o que a Herdade da Comporta tem para oferecer ao nível turístico e imobiliário. O interesse manifestado por potenciais clientes ao longo do evento foi tal que, neste momento, já contamos com visitas agendadas para o período entre julho e outubro”, esclarece. Internacionalização do imobiliário no rumo certo “Portugal é reconhecido a nível internacional pela promoção de produtos com elevada qualidade. Eventos como os que têm sido promovidos recentemente no Brasil, Inglaterra ou em França são passos muito importantes nesse sentido. Seja o Governo a promove-lo, seja através da congregação e esforços de entidades públicas e privadas, este é um caminho que deve continuar a ser seguido”, destaca Carlos da Veiga. Aniceto Viegas considera que “as condições atrativas de incentivo ao investimento em imobiliário criadas pelo Estado português, nomeadamente o designado “visto gold”, vieram sem dúvida ajudar na internacionalização do imobiliário nacional. É um passo importante, que merece ser apoiado, que pretende posicionar internacionalmente o imobiliário português e promover o nosso destino”. Na opinião de Carlos da Veiga, os visitantes da MIP “mostraram-se muito interessados em saber mais sobre os produtos imobiliários da Herdade da Comporta, graças às características da arquitetura tradicional da região que estão presentes nos vários projetos que temos em desenvolvimento”. Destaca o interesse suscitado pelas casas de madeira e colmo, com 3 e 4 quartos, que demonstraram a valorização e a preservação do legado arquitetónico da região e o uso de materiais originários da região. A Herdade da Comporta está a ser promovida enquanto novo destino de excelência a nível internacional, com uma oferta de qualidade tanto ao nível turístico como imobiliário. Para além de uma mensagem mais global, focada no destino, “demos a conhecer o nosso projeto de desenvolvimento turístico, focado no Comporta Dunes e no hotel, spa e villas AMAN, assim como o golfe e os vários produtos imobiliários que estamos a promover neste momento”, adianta Carlos da Veiga. A crise financeira dos últimos anos mudou o mercado imobiliário Português para sempre. Também as estratégias deverão mudar, em especial, aquelas que ajudaram os vários players do setor a assegurarem uma onda de crescimento e de bons resultados, para promotores, construtores, financiadores ou consultores. Aquilo que ajudou a ter sucesso no imobiliário nas últimas duas décadas, não ajudará a ultrapassar esta crise. Nos últimos anos provou-se que é possível desenvolver abordagens práticas que permitem interligar a estratégia com a sua efetiva implementação. Em alguns projetos em que tenho participado (v.g. o Palácio Estoril Residências) ficou demonstrado que as estratégias de posicionamento e/ou reposicionamento alinhadas com as novas condições do mercado, permitem a sustentabilidade do valor dos ativos. Uma abordagem estruturada, fundamentada em procedimentos e metodologias práticas, ajuda a desbloquear o valor “potencial” dos imóveis quer estejam eles na fase de projeto, em construção ou já concluídos. Assisto regularmente à utilização de diversas receitas pelos meus colegas: re-positioning, re-design to market, re-design to cost, lease restructuring, negotiation and exit strategies, PER, etc. Estas mezinhas, normalmente em Inglês, pois claro, de nada servem (i) sem um plano estruturado e valorizado de implementação, (ii) sem uma equipa capaz que o implemente e, em especial, (iii) sem a determinação clara dos proprietários/credores. Rockbuilding