QUARTA-FEIRA 31 JULHO 2013 www.imobiliario.publico.pt
SUPLEMENTO COMERCIAL
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Brasileiros interessados em
investir no imobiliário premium
A ESPART e a Herdade da Comporta foram dois dos promotores de projetos residenciais
de qualidade que estiveram presentes na MIP de São Paulo p15
DR
Moledo é o local eleito
pelos nortenhos para
ter casa de férias p10
“Temos
consciência
dos múltiplos
recursos de
Moledo, que
devem ser
potenciados”
Considera Flamiano
Martins, vice-presidente da Câmara
Municipal
de Caminha p11
Quinta de
Santana é
um projeto
residencial
único, num
local exclusivo
A qualidade das águas e a beleza da região cativaram desde sempre as famílias mais abastadas, que têm em Moledo uma casa de férias.
Atualmente é o local do “descanso do guerreiro” para políticos e empresários
A José Castro &
Filhos já vendeu sete
das nove casas da 1ª
fase. A segunda fase
entrou agora em comercialização, sendo
constituída por sete
unidades p12
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Este suplemento é parte integrante do jornal PÚBLICO e não pode ser vendido separadamente
02 Opinião IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013
Salão de Portugal
resiste e quer relançar
o sector
E
m Outubro do ano passado, neste mesmo espaço e em pleno Salão
Imobiliário de Portugal
(SIL), confessava as dúvidas do sector imobiliário porLuís Lima
tuguês, sobre o qual já pairava o
espetro dos brutais aumentos dos
impostos que ameaçam o património, relativamente à possibilidade
de podermos reerguer, no corrente ano, uma nova edição do SIL
com a dimensão e o impacto que
este evento requer.
Estava, então, longe de saber que
iria, este ano, substituir o Dr. Paulo
Sousa, da Caixa Geral dos Depósitos
(CGD), na presidência da Comissão
Organizadora do SIL, embora defendêssemos com o mesmo grau de
intensidade que Portugal precisava,
como ainda precisa, que o sec“O prestigiado Salão
tor imobiliário
Imobiliário de Portugal contribua para
a urgente recu(SIL) resiste e volta,
peração econófelizmente, este ano.
mica do país,
Com a certeza de que missão que se
projeta melhor
a sua continuidade,
num encontro
nos próximos anos,
como o que um
grande salão
implica que o sector
imobiliário proreadquira outro ritmo
porciona.
e outra valorização,
L embro -me
perfeitamente
seguramente com
de ter revelado
novos paradigmas,
que durante espara bem de todos
sa semana da
nós, de todos aqueles última edição
do SIL enconque dependem do
trei, em Lisboa,
relançamento do
alguns amigos
crescimento sustentado que não me sabiam na capida nossa Economia”.
tal e que, com
a familiaridade
própria dos amigos, queriam saber
das razões da minha presença na
cidade, encontros circunstanciais
onde referi sempre a minha habitual participação neste fórum anu-
al do sector mas também a dúvida,
então muito forte, da continuidade
do salão
Se o rumo para o sector imobiliário continuasse a ser o que perigosamente se desenhava em 2012
(numa tendência que não está totalmente afastada mas que pode ainda ser evitada) então, alertava eu,
não sobraria ninguém para erguer o
SIL2013 que, com muito esforço de
muita gente da AIP e dos parceiros
da AIP, bem como com o patrocínio da CGD e a presença âncora da
Câmara Municipal de Lisboa, está
felizmente já em marcha.
Tinha, há um ano, a esperança de
poder sensibilizar aqueles cujas decisões contam verdadeiramente para o sector no sentido de os convencer a optar por soluções para o imobiliário que claramente o coloquem
como motor para a captação de investimentos que apenas aguardam
destinos seguros para as respetivas
aplicações. Esta perspetiva não se
perdeu irremediavelmente mas ainda falta muito para se concretizar.
Há um ano, no SIL, conseguiu-se
evitar, ou pelo menos adiar, que a
gula sobre o património, com particular relevo para o caso do Imposto
Municipal de Imóveis (IMI), que em
2012 marcou fortemente a agenda
mediática do salão, pudesse inviabilizar o papel do imobiliário português no relançamento da nossa
Economia.
O prestigiado Salão Imobiliário
de Portugal (SIL) resiste e volta,
felizmente, este ano. Com a certeza de que a sua continuidade, nos
próximos anos, implica que o sector
readquira outro ritmo e outra valorização, seguramente com novos paradigmas, para bem de todos nós,
de todos aqueles que dependem do
relançamento do crescimento sustentado da nossa Economia.
Presidente da CIMLOP
e Presidente da Comissão
Organizadora do SIL 2013
[email protected]
Cair na realidade
José de Matos
H
á alguns dias, personalidades insuspeitas
de nutrirem especiais
simpatias com o setor
dos não transacionáveis, nomeadamente com o setor
da construção, como o atual presidente da AICEP e o diretor-geral da
Autoeuropa, fizeram, durante a cerimónia de entrega de prémios de
internacionalização promovidos
por um banco e um jornal económico, declarações que têm tanto
de sensatas, quanto de surpreendentes.
Na verdade, reconhecer, como fez
o Dr. Pedro Reis, que “é ingénuo e
até perigoso pensar que se levanta
uma economia” só com base nas
exportações, contraria a ortodoxia
que se tornou dominante a partir de
2011. Aliás, na ocasião, todo o painel
de intervenientes terá reconhecido,
unanimemente, que só um mercado interno robusto pode dar azo ao
crescimento sustentado das exportações. Mas terá sido o responsável
da Autoeuropa a ir mesmo mais
longe e a sugerir que a reanimação
do mercado interno deveria passar
pela aposta na reabilitação urbana
de Porto e Lisboa, de forma a gerar
o “click” rápido de crescimento que
a economia interna necessita.
Para sermos justos, temos que
reconhecer que a necessidade e a
oportunidade da reabilitação urbana têm merecido a quase unanimidade de políticos, economistas
e gestores. Todavia, o grande obstáculo esgrimido pelo governo para não se empenhar no tema tem
sido, sistematicamente, a falta de
dinheiro.
Não é que isso não seja argumento
válido para estabelecer limites à atuação dos poderes públicos. Aquilo
que nós temos vindo a dizer é que,
entendido estritamente o apoio público como investimento ou subsídio, ele não é rigorosamente necessário. E se excetuarmos a esta regra,
a intervenção indispensável nos
processos de regeneração dos centros históricos de que, inexplicável
e erradamente, o governo se quer
alhear e que, em termos financeiros
são “peanuts”, tudo o mais pode ser
alavancado através de instrumentos
inteligentes de modelação fiscal, alguma sofisticação financeira e uma
gestão adequada as regras e processos de urbanização.
O imobiliário sempre foi a “árvore das patacas” das administrações,
mas as dificuldades orçamentais, como todas as dificuldades, foram más
conselheiras, e explicam porque se
foi tão sofregamente ao “pote”,
acabando por asfixiar e paralisar o
setor. Se adequarmos as taxas dos
vários impostos que incidem sobre o
imobiliário e os seus rendimentos à
necessidade de garantir a exequibilidade dos trabalhos de reabilitação e
a rentabilização dos investimentos,
permitiremos ao setor, enfim, respirar, ganhar confiança e adquirir
uma dinâmica de crescimento que
irá beneficiar toda a economia.
O setor imobiliário precisa de uma
política “inteligente” e não de continuar a ser “tratado com os pés”.
Secretário-geral da APCMC
Associação Portuguesa
de Comerciantes de Materiais
de Construção
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IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013 Atualidade 03
Vilacelos investe 10 milhões de euros
no empreendimento Santa Luzia
O projeto residencial é constituído por 62 apartamentos e encontra-se
em fase de comercialização a cargo da Frontal
O empreendimento Santa Luzia,
promovido pela Vilacelos, tem em
comercialização apartamentos T2
e T3, “onde se destaca a qualidade
da construção e dos acabamentos e
um design moderno que pode ser
apreciado no andar-modelo”, salienta Domingos Mateus, responsável
da empresa. O conjunto residencial
representa um investimento de 10
milhões de euros.
Constituído por 62 apartamentos
e três lojas, o empreendimento Santa
Luzia está a beneficiar de uma campanha de financiamento do Millennium bcp que, segundo o responsável, permitiu que em poucos meses
tenham conseguido vender 1,5 milhões de euros, correspondendo a 10
apartamentos. Para além das vendas
concretizadas tem, também, cinco
contratos de promessa de compra e
venda, assinados com clientes.
A campanha assenta no financiamento a 100%, com um spread de
1%, nos primeiros três anos, e de
2%, nos anos seguintes. Domingos
Mateus reconhece que a campanha
promocional no crédito à habitação tem sido muito importante na
concretização das vendas realizadas
este ano.
Na opinião do promotor, este resultado tem sido conseguido, também, pelo empenho que foi colocado
pela mediadora Frontal, responsável
pela comercialização do empreendimento Santa Luzia.
Os apartamentos apresentam preços, nos T2, desde 135.000 euros, e
O empreendi-mento
Santa Luzia
apresenta
uma fachada
de granito e
mármore
nosT3, desde 175.000 euros. As áreas
dos T2 tem entre os 100 m2 a 120 m2,
enquanto nos T3 vão de 135 m2 até
150 m2. Domingos Mateus destaca
o facto de parte dos apartamentos
estarem dotados de boas varandas
e de terraços, sendo o projeto de
arquitetura assinado por Orlando
Gaspar, Arquitetos.
No caso das lojas, com áreas mé-
dias de 150 m2, uma delas está já
vendida para uma farmácia que se
encontra em funcionamento. O edifício está inserido em zona habitacional, na Rua Artur Maia Mendes, perto da Rua de Santa Luzia, a poucos
minutos do centro do Porto.
A nível dos acabamentos destacase a fachada de granito e mármore,
a carpintaria em madeira de carva-
lho e pavimentos em madeira, tetos
falsos com focos embutidos, louças
sanitárias suspensas, aspiração
central, estores elétricos e cozinhas
equipadas. A sala de condomínio é
indicada para a realização de convívios e festas de aniversário.
A Vilacelos tem em fase de construção, ou já concluídos, um conjunto de outros projetos residenciais,
localizados em zonas como o Porto, Maia, Barcelos e Guimarães. Um
desses empreendimentos é o edifício Belo Horizonte, localizado em
Pedrouços, na Maia, onde Domingos Mateus destaca o fato de estar a
construir uma nova fase, tendo em
conta que tudo o que tinham em comercialização foi vendido num curto
espaço de tempo.
É indiscutível que a reforma foi publicada tardiamente. É indiscutível
que, de tanto adiada a reforma, esta
surgiu num dos piores momentos para todos nós, pelo momento de crise financeira que atravessamos, mas
qual a solução, continuar a adiar? É
óbvio que não, até pelas restrições
ao crédito bancário.
Semelhante postura não significa
que o Círculo Imobiliário considere
que a legislação em vigor seja perfeita, que a mesma não padeça de
imprecisões técnicas, provenientes
até de reformas anteriores, e de soluções menos felizes para determinadas situações. Por exemplo, um
comerciante, próximo da idade de
reforma, e que tenha trabalhado longos anos numa atividade comercial,
em imóvel arrendado, vê o tão conhecido “direito ao trespasse”, atualmente designado por transmissão da
posição do arrendatário, completamente desvalorizado. Não terá sido,
salvo melhor opinião, desvirtuada a
figura ”trespasse”? Não nos esqueçamos que, por esta forma, era atribuído um prémio/recompensa ao comerciante que se destacava, na sua
área de negócio, conseguindo que o
seu estabelecimento comercial fosse
conhecido e afamado a nível local e
por vezes, até a nível nacional. Em
nossa opinião, o interesse público
ficou a perder, o arrendatário ficou
a perder e o senhorio ficou a perder,
portanto, qual a razão de ser desta
solução? João Pessoa e Costa e Margarida Grave são, respectivamente,
presidente e vice presidente do Circulo
Imobiliário.
Arrendamento: sugestões
Opinião
João Pessoa e Costa e
Margarida Grave
M
uita tinta tem corrido acerca dos alegados efeitos perversos da nova lei
do
arrendamento
urbano, mas acerca dos benefícios
desta recente legislação nem uma
palavra…
Todos os países da União Europeia
adequaram a respetiva legislação à
realidade dos tempos modernos
e todos eles tiveram a coragem de
corrigir as situações anómalas e de
gritante injustiça social. Portugal foi
o único país da União Europeia que,
só, muito tardiamente teve coragem
para resolver este problema, e, ainda
assim, o mesmo continua a suscitar
alguma delicadeza social.
Na rua, apela-se incessantemente
à revogação da legislação em causa,
constituem-se movimentos com este
objetivo, mas afinal o que pretendem
mudar? Voltar ao passado? A uma situação de distorção de mercado, sobejamente conhecida de todos nós,
pelos seus efeitos perversos, seja no
âmbito do arrendamento habitacional, seja no âmbito do arrendamento
não habitacional?
Círculo Imobiliário
O Circulo Imobiliário é um grupo
de estudo e reflexão sobre o sector
imobiliário, tendo sido fundado em
2009. Com sede em Lisboa é a única associação portuguesa filiada no
CEPI – European Council of Real Estate Professions, conhecido conselho europeus dos profissionais do
imobiliário. É constituído membros
singulares e coletivos.
04 Arrendamento e Reabilitação IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013
Imóvel classificado transformado em
espaço residencial Casas da Fábrica
A Osório de Castro reabilitou antiga fábrica num empreendimento residencial, tendo ficado concluído
recentemente. Apresenta 32 apartamentos e 4 moradias, estando a comercialização a cargo da Predibisa
DR
O projeto Casas da Fábrica teve por base a reabilitação de uma
antiga fábrica, imóvel classificado de interesse patrimonial
nos empreendimentos da cidade.
O empreendimento é constituído
por 32 apartamentos, com 78 lugares de estacionamento no seu corpo
principal, e quatro moradias com jardim privativo, contemplando ainda
um espaço verde comum, com uma
área de cerca de 1700 m2 e quatro
espaços comerciais.
A comercialização do empreendimento está a cargo da Predibisa, sendo que os preços médios de venda
rondam os 1600 euros a 1900 euros
o m2. Outra das valências do projeto
Casas da Fábrica é a aposta na eficiência energética, com especial destaque
para os painéis solares em toda a zona habitacional, assim como a aposta
feita na qualidade e sobriedade dos
acabamentos do edifício, colocação
de mármore branco nas cozinhas e
casas de banho e ainda a utilização
da madeira nas restantes divisões.
Toda a caixilharia em alumínio tem
vidro duplo e corte térmico e as co-
zinhas estão totalmente equipadas,
participando no desenho integral de
arquitetura que também contempla
aquecimento central para todas as
divisões, infraestruturas para TV e
internet. Todos os apartamentos e
moradias têm classe energética A ou
A+, resultado do cuidado colocado na
seleção dos materiais, equipamentos
e processos construtivos.
A Investoc é uma sociedade gestora de participações sociais que agrupa um conjunto de participações em
empresas. Tem atualmente, sua atividade, centrada nas áreas da hotelaria, com participações em diversas
empresas que constituem o grupo
Inspira, e na imobiliária, através da
participação na Osório de Castro Investimentos Imobiliários, SA, que para além do empreendimento Casas
da Fábrica no Porto tem em comercialização os edifícios de escritórios
BB113 e BB117 na zona das Avenidas
Novas em Lisboa.
de Agosto, em 12 de Novembro
de 2012, estes contratos de
arrendamento para fins especiais
transitórios, designadamente
para pequenos períodos de
férias, não estavam sujeitos ao
regime imperativo de prazos
mínimos de duração e a forma da
sua celebração era inteiramente
livre. Ou seja, identificada a
habitação pretendida, senhorio
e inquilino acordavam de forma
inteiramente livre os termos do
contrato, designadamente, o
início, o prazo, o valor da renda,
a caução, os encargos com as
despesas de utilização, etc.
Este acordo era inteiramente
válido, mesmo que celebrado
apenas verbalmente. Assim,
celebrado o contrato, mesmo
para fins especiais transitórios.
No entanto, se, por um lado,
a lei liberalizou o prazo para
a celebração dos contratos,
por outro, impôs a forma
escrita para a sua celebração.
A inobservância desta forma
determina a sua invalidade.
Ora, sendo a informalidade
que predomina na negociação
deste tipo de contratos, pois
os contactos na oferta e na
procura entre senhorios e
inquilinos iniciam-se as mais
das vezes através da internet,
prosseguindo por telefone
e fechando-se o acordo sem
que seja elaborado qualquer
documento, coloca-se desde
logo a questão se efetivamente
existe, nestes casos, um vínculo
que o obrigue o pretenso
senhorio a proporcionar o gozo
do imóvel em causa ao pretenso
inquilino. A resposta não deixará
de ser negativa, pois sendo
o arrendamento um negócio
formal, a inobservância da
forma devida determina a sua
invalidade. Isto vale por dizer
que os acordos alcançados
informalmente entre os pretensos
senhorios e os pretensos
inquilinos não conduzem à
celebração de um contrato válido,
deixando numa situação precária
quem viaja para os locais de férias
e se veja confrontado com a falta
de palavra do pretenso senhorio.
Rui Gonçalves
rui.goncalves@abreuadvogados.
com
Elisabete Soares
A Osório de Castro, Investimentos
Imobiliários, conclui recentemente
o empreendimento Casas da Fábrica,
um espaço residencial localizado na
zona das Antas. Teve por base a reabilitação de uma antiga fábrica, imóvel classificado de interesse patrimonial pela Câmara Municipal do Porto.
Com assinatura do gabinete de
arquitetura Barbosa & Guimarães e
projeto coordenado pelo arquiteto
José António Barbosa, a reabilitação do imóvel teve como propósito
permitir que todos os apartamentos
exibissem uma elevada exposição solar, apresentando em todas as tipologias dimensões acima da média.
Destaca-se ainda o jardim como principal fator de relevo do projeto, que
atua como um ponto diferenciador,
concebendo no condomínio o espaço verde como uma área de lazer e
utilização comum, característica rara
Consultório Jurídico
Preciso de celebrar um contrato
de arrendamento para o período
de férias?
No período de férias é comum
as pessoas viajarem para fora
dos seus locais de residência,
normalmente para a praia ou
para o campo, para aí gozarem
um merecido período de férias.
As ofertas de alojamento
são diversas, entre elas o
arrendamento de uma habitação,
seja um apartamento, seja uma
moradia, durante o pequeno
período de duração dessa
deslocação. Neste último caso,
coloca-se a questão dos cuidados
a ter quando se contrata um
arrendamento para um pequeno
período de férias. Até à entrada
em vigor da Lei 31/2012, de 14
que apenas verbalmente, o
inquilino adquiria o direito de
gozar temporariamente o imóvel
que tomou de arrendamento.
Se o senhorio não cumprisse
o contrato, designadamente
não proporcionasse o gozo do
locado no período contratado,
o inquilino podia pedir uma
indeminização nos termos
gerais. Com a entrada em vigor
da Lei 31/2012, de 14 de Agosto,
os contratos de arrendamento
para fins especiais transitórios
deixaram de ser uma exceção.
Com efeito, todos os contratos
para fins habitacionais deixaram
de estar sujeitos a um prazo de
duração mínima, pelo que deixou
de fazer sentido a exceção supra
referida para os arrendamentos
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06 Oportunidades IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013
Papel das mediadoras é fundamental
na concretização do crédito
O trabalho é importante para que o recurso ao crédito na compra de uma casa cumpra os requisitos exigidos
e para que os compradores consigam cumprir com as suas responsabilidades
Os critérios para os empréstimos da
banca mudaram e as análises estão
muito mais apertadas, sendo que
o facilitismo, que existia há uns
anos atrás, deu lugar a um padrão
de consciência muito mais rigorosa.
Contudo, “as pessoas continuam a
ter possibilidade de comprar casa,
mas de uma forma mais adaptada à
sua condição financeira”, considera
Sandra Camelo, da SCI-Sandra Camelo Mediação Imobiliária.
Na sua opinião, o papel da empresa de mediação “é fundamental para que essa compra cumpra
os requisitos exigidos pela banca e
para que os compradores, em caso de uma mudança de condição
financeira, continuem a conseguir
cumprir com as suas responsabilidades”.
Sandra Camelo adianta que o
papel da consultora é fazer uma
análise dos rendimentos mensais
e anuais do agregado familiar e das
despesas existentes para, a partir
daí, calcular a taxa de esforço do
cliente. “Se esta análise for bemfeita, sabemos qual o tipo de casas
que podemos aconselhar ao cliente e sabemos que esse processo de
crédito à habitação não tem nada
para correr mal”.
Opinião semelhante tem João
Martins, diretor geral da Maxfinance - consultora ligada ao grupo Re/
Max - considerando que “o serviço
assenta na qualificação financeira
dos clientes, no sentido de avaliar
qual a capacidade dos mesmos e,
posteriormente, identificar no mer-
DR
cado, a instituição financeira que
apresenta as melhores soluções,
tendo em conta o perfil do cliente e
as particularidades da operação”.
“Este trabalho de qualificação do
cliente e segmentação do parceiro
permite efetuar a relação adequada
entre as necessidades do cliente e
a estratégia do parceiro, o que nos
permite afirmar que as operações
qualificadas pela Maxfinance têm
uma taxa de aprovação média na
ordem dos 90%”, refere.
O negócio do crédito
As pessoas continuam a ter possibilidade de comprar casa, mas adaptada à sua condição financeira.
Na opinião de João Martins, “o
negócio da banca assenta na concessão de crédito (responsável e
rigoroso), em que o produto de
crédito habitação, embora tenha
abrandado nos últimos anos, não
deixa de assumir um papel fundamental na atividade comercial da
banca, nomeadamente pela fidelização e envolvimento dos clientes
com a instituição, a longo prazo”.
Opinião semelhante tem Sandra
Camelo. “Não podemos esquecer
de que o crédito habitação é um
produto apetecível para a banca,
uma vez que através dele possibilita
o cross-seling que garante ao banco a obtenção de outros produtos
importantes para o negócio financeiro, pelo que, tenho a convicção,
que a médio prazo a banca voltará
a aumentar a concessão ao crédito.
Na sua opinião é importante ver o
lado positivo da crise. “Quem decidir comprar casa agora e precise de
recorrer ao crédito habitação.
Perguntas & Respostas
“O Millennium bcp dispõe de um
preçário preferencial para apoiar a
venda de imóveis próprios.”
José Araújo é diretor
do Millennium bcp
A redução dos montantes de
crédito à habitação nos últimos
anos é uma realidade?
A principal razão reside na
conjuntura económica existente,
com o relevante crescimento do
desemprego, a par com a forte
redução do rendimento disponível
das famílias. Estes dois fatores,
em conjunto, são responsáveis
pela forte redução na procura de
habitação própria, sendo que a
retração no mercado imobiliário
tem reflexo direto e imediato na
quebra da procura de crédito
habitação/hipotecário.
Uma das críticas ouvidas com
frequência é o facto de a banca
avaliar os imóveis 20% a 30%,
abaixo do seu preço?
A avaliação dos imóveis,
habitacionais ou outros, depende
do próprio mercado imobiliário.
Aliás, nesta matéria, a prática
vigente para as avaliações
utilizadas pelos bancos é o recurso
a empresas especializadas,
externas e independentes dos
bancos, devidamente registadas e
certificadas para o efeito junto da
CMVM. Como se pode depreender,
são os próprios operadores
do mercado imobiliário quem
procede a avaliações e determina
a evolução do respetivo padrão de
preços.
Quais os critérios aplicados pelo
Millennium bcp na concessão de
crédito à habitação?
O Millennium bcp baseia a
avaliação de risco na conjugação
de diversos fatores, donde
se destacam a notação
de risco do cliente e a
respetiva capacidade
de endividamento/
reembolso. Sobre a
operação específica
concorrem ainda o
rácio entre o valor
financiado e a
avaliação do imóvel
(LTV), bem como o prazo da
operação.
A concessão de crédito em
condições mais vantajosas na
aquisição de casas da própria
banca impulsionou estas vendas?
O Millennium bcp dispõe de
um preçário diferenciado, e
preferencial, associado às
operações de crédito habitação/
hipotecário para apoiar a
venda de imóveis próprios.
Esta diferenciação incide
exclusivamente no preço
praticado, e constitui
naturalmente apoio para
o impulsionamento das
vendas desta tipologia
de imóveis. Mas, os
fatores mais importantes para a
promoção da venda de imóveis
próprios são a rede de mediadores
imobiliários protocolados, bem
como a extensa rede de sucursais
do banco, que apoiam a divulgação
destes imóveis.
No caso das frações não
habitacionais qual é a política do
banco na concessão de crédito?
Desde a entrada em vigor do
Decreto-Lei 226/2012, que alargou
a aplicação das regras do crédito
habitação a todo o crédito
hipotecário a clientes particulares,
que o Millennium bcp mantém uma
política única de contratação, sem
distinção relevante na tipologia do
imóvel em apreço
IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013 Oportunidades 07
Oportunidades
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Lisboa
Índice confidencial imobiliário
Campanha Verão –
(Valores válidos
até 14/09/2013)*
Fogos Novos
(2005=100)
115
Moradia V2
Nº do imóvel 62590
Freguesia: Usseira - Concelho:
Óbidos
Valor 58.000 euros
Moradia V2, com 137 m2 de área.
Ano 1998.
110
105
100
95
Jan. 2005
Jun. 2013
Fogos Usados
Moradia V3
Nº do imóvel 63396
Freguesia: Pataias – Concelho:
Alcobaça
Valor 49.000 euros
Fração autónoma constituída por:
R/c: hall, sala, despensa, cozinha
e wc; 1º andar: 3 quartos (1 com
vestíbulo) e wc e garagem na
cave. Ano 2004.
(2005=100)
115
110
105
100
95
Jan. 2005
Jun. 2013
Valor médio de oferta/m2
Área Metropolitana de Lisboa - 1.º T de 2013
A
I
H
B
G
E
C
D
N
O
F
Moradia V3
Nº do imóvel 63725
Freguesia: Gaula – Concelho:
Santa Cruz (Funchal)
Valor 130.000 euros
Moradia V3 isolada dispõe de
áreas acima da média em bom
estado de habitabilidade. Tem
uma garagem grande que, pode
ser utilizada como armazém.
Acessos muito bons e próximo de
transportes públicos. Ano 2011.
N
M
J
K
P
L
R
Q
A Mafra
I
B Sintra
J Almada
C Cascais
K Seixal
- 3,5% <-> -2,5%
D Oeiras
L Barreiro
- 4,5% <-> - 3,5%
E Amadora
M Moita
V .F. Xira
F Lisboa
N Montijo
G Odivelas
O Alcochete
H Loures
P Sesimbra
Fonte: INE; Estatísticas Ci/ADENE; LardoceLar.com
Q Setúbal
- 1,5% <-> -0,5%
R Palmela
- 2,5% <-> -1,5%
Apartamento T2
Nº do imóvel 66932
Freguesia: São Pedro –
Concelho: Torres Vedras
Valor 59.000 euros
Apartamento T2, com 84 m2. Ano
1994.
*Campanha Nacional com imóveis de
diversas tipologias, espaços comerciais,
apartamentos, moradias e terrenos.
Podem ser adquiridos por valores atrativos
até 14 de setembro de 2013. Se a escritura
se realizar até 31 de outubro de 2013,
haverá lugar a um desconto de 2% a
aplicar sobre o preço em catálogo.
08 Certificação Energética IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013
A nova plataforma do Sistema de
Etiquetagem Energética de Produtos
A ADENE está a desenvolver um plano de comunicação para divulgar a vantagem do sistema junto do consumidor
final, para gerar um maior interesse na procura de janelas eficientes e alavancar o negócio das empresas
DR
Porquê ser uma empresa
aderente?
Desde o passado dia 7 de maio que a
nova plataforma www.seep.pt já se
encontra disponível para registo e
emissão de etiquetas por parte dos
Fabricantes de Janelas.
Neste momento já se encontram
registadas mais de 140 empresas e
emitida a primeira centena de etiquetas energéticas, número que
continua a aumentar diariamente.
A ADENE- Agência para a Energia está a desenvolver um plano de
comunicação para divulgar a vantagem do sistema junto do consumidor final, para gerar, neste segmento, um maior interesse na procura
de janelas eficientes e alavancar o
negócio das empresas.
Cursos Seep lançados pela
ACADEMIA ADENE
A formação é uma componente fundamental da atividade da ADENE, e
um vetor prioritário da sua missão
de promover e realizar atividades de
interesse público na área da Energia
e das respetivas interfaces com as
demais políticas sectoriais.
É neste enquadramento que foram lançados os seguintes cursos de
formação de Projetistas e Instaladores de Janelas do Sistema de Etiquetagem Energética de Produtos (SEEP
Projetistas e SEEP Instaladores).
• O SEEP Projetistas visa proporcionar aos participantes a aquisição
e atualização de conhecimentos na
elaboração de projetos de Construção e Reabilitação, nomeadamente
na prescrição de soluções de substituição e instalação de janelas, e
tem como público alvo: arquitetos,
engenheiros, peritos qualificados,
empreiteiros, e demais profissionais
com responsabilidade na elaboração
do projeto de soluções de substituição e instalação de janelas.
• O SEEP Instaladores tem por
objetivo proporcionar aos participantes a aquisição e atualização de
conhecimentos teóricos com uma
forte componente prática de soluções de substituição e instalação de
Foram lançados os
cursos de formação
de Projetistas e
Instaladores de
Janelas do Sistema de
Etiquetagem Energética
de Produtos
(SEEP Projetistas e SEEP
Instaladores).
janelas, tendo como destinatários os
instaladores, futuros instaladores
e fabricantes de janelas, orçamentistas, empreiteiros e responsáveis
de obra.
No final de ambos os cursos, e
após aprovação na avaliação efetuada no final de cada tema, os participantes obterão o reconhecimento
CERTIF de “Projetista SEEP Janelas”
e/ou “Instalador/SEEP Janelas”, passando a integrar as respetivas bolsas, a serem disponibilizadas pela
ADENE e pela CERTIF.
Porque comparar é poupar energia, o SEEP potencia a escolha Energética mais eficiente. As empresas
ganham e os consumidores também.
Vamos poupar energia para poupar Portugal.
Desde o passado dia
7 de maio que a nova
plataforma www.
seep.pt já se encontra
disponível para
registo e emissão de
etiquetas por parte dos
Fabricantes de Janelas.
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10 Praia de Moledo IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013
Moledo é o local eleito pelos
nortenhos para ter casa de férias
A qualidade das águas e a beleza da região cativaram desde sempre as famílias mais abastadas, que têm
em Moledo uma casa de férias. Atualmente é o local do “descanso do guerreiro” para políticos e empresários
DR
Elisabete Soares
As primeiras referências sobre a
qualidade da estância balnear da
praia de Moledo vêm já do início do séc. XX, altura que figuras
ilustres da sociedade portuguesa,
especialmente nortenhas, aproveitavam para desfrutar, durante
largos períodos de tempo, a qualidade das suas águas e a beleza
da região.
A extensa praia, com um areal
que se estende por cerca de cinco
quilómetros, localizada muito perto da foz do Rio Minho e contígua
ao Pinhal do Camarido, a poucos
quilómetros do centro urbano de
Caminha, continuou a ser, durante
as últimas décadas, muito procuradas por famílias mais abastadas
que tinham possibilidade de comprar uma propriedade ou mandar
construir uma casa a seu gosto, erguendo aqui o seu poiso de férias
e de fins-de-semana. Não admira,
por isso, que alguns arquitetos de
renome como Siza Viera, Souto
Moura ou Manuel Correia de Sá,
estejam associados a projetos de
algumas casas destas famílias, que
não menos conhecidas.
Na última década a construção
de alguns empreendimentos imobiliários destinados a uma gama
média alta de clientes, especialmente médicos e empresários, veio
alargar o leque dos tradicionais veraneantes, que nas noites quentes
de Agosto enchem as esplanadas
de Moledo e de Caminha.
O “descanso
do guerreiro”
Embora a crise também esteja a
afetar o turismo em Moledo, com a
redução do número turistas, a verdade é que esta localidade continua a conservar uma tradição que
António Magalhães, responsável
pela área residencial da Predibisa,
chama de “o descanso de guerreiro”. Ou seja, a seguir a uma viagem
ou de umas férias no Algarve, os
jovens e as famílias, regressam a
Moledo porque sabem que aí encontram os amigos e podem prolongar a estadia por mais algumas
semanas. Bem servida de locais de
diversão, a época balnear em Moledo e Caminha, atinge o pico em
meados de Agosto. Uma altura em
que muitas famílias regressaram
das férias, para dar a vez aos jovens
que ocupam as casas até Setembro.
Sendo um local aprazível, onde
apetece estar, Moledo beneficia do
facto de ter o “mar, a montanha e
Espanha ao lado”, salienta António
Magalhães. Na verdade a proximidade de Espanha é benéfica para
este destino, tendo em conta que
muitos espanhóis são atraídos por
esta região e acabam por comprar
cada de férias.
Valor do arrendamento
em queda
Moledo: um século de história
Na procura de velhas notícias
sobre o concelho de Caminha,
o jornal local Terra e Mar, trazia,
na edição de Março de 2013,
uma crónica, publicada no verão
de 1930, intitulada Moledo
do Minho. “O seu autor não
era um qualquer jornalista ou
repórter de passagem mas sim
o advogado, escritor e político
católico-monárquico Alberto
Pinheiro Torres (1874-1962),
habitual frequentador da praia
de Moledo e de conhecidas
ligações ao concelho desde
que aqui exercera o cargo de
administrador ainda no tempo da
Monarquia, de 1902 a 1904”.
Por esta altura, a praia de
Moledo era já uma reconhecida
estância balnear — em 1921,
com a Praia de Âncora, surgia
entre as 29 “principaes praias
de banhos do Paíz” na escolha
da especializada Revista de
Turismo — mas estava ainda
a dar os primeiros passos na
sua organização urbanística e
na criação de condições para
melhor receber os turistas de
verão que se distinguiam pela
sua elevada condição social.
Na sua crónica, Pinheiro
Torres dá conta dessa evolução,
destacando os nomes dos
engenheiros Luís Albuquerque
Couto dos Santos — futuro
administrador-geral dos CTT — e
Álvaro Aurélio de Sousa Rego,
diretor-geral dos Caminhos de
Ferro, ambos distintos membros
da elite veraneante moledense e
figuras gradas do regime que se
instalava.
O conselheiro Arnaldo Álvaro
de Sousa Rego, irmão do diretor
dos Caminhos deFerro, aparece
entretanto a ilustrar o artigo na
sua qualidade de “Presidente
da Comissão de Iniciativa de
Moledo do Minho”. Com o
propósito de desenvolver o
turismo nacional, as comissões
de iniciativa tinham sido
legisladas em 1921 mas, com a
habitual lentidão de processos
da Primeira República, seriam
regulamentadas somente em
1923. Foi de imediato criada a
Comissão de Iniciativa da Praia
de Âncora mas, no caso de
Moledo, foi preciso esperar até
23 de Junho de 1929 para que a
mesma fosse instalada.
Nos anos seguintes, seriam
da responsabilidade desta
Comissão de Iniciativa de
Moledo alguns melhoramentos
na zona da praia mas em 1936,
com a extinção das comissões
de iniciativa — afinal, uma
herança do republicanismo —, as
questões do turismo passariam
para a alçada das câmaras
municipais.
Embora a maioria das famílias não
coloque as casas no arrendamento
sazonal, há, no entanto, algumas
que rentabilizam este património
especialmente durante os meses
de Junho e Junho, reservado o mês
de Agosto para as suas férias.
De acordo com António Magalhães, tal como em outras zonas
turísticas, os valores de arrendamento das casas sofreram este
ano uma redução de preço, que
acompanha o abaixamento na procura. Assim, numa casa de três a
quatro quartos, o valor de renda
praticado ronda os 1250 euros e
os 1500 euros, por semana. Esse
valor baixa para os mil euros, por
semana, em casas com dois a três
quartos e com localizações menos
atraentes, ou poder subir para os
1600 euros, conforme as boas condições das casas e em localizações
e vistas excelentes.
Quanto à venda de casas a situação é, neste momento, de algum
arrefecimento, com as famílias a
aguardar que a situação do país
apresente alguma melhoria. Contudo verifica-se alguma procura
por parte de turistas, que visitam
a região de Moledo. Com um enquadramento natural fabuloso,
com uma pequena ilha a 200 metros da costa pontuada pelo Forte
da Ínsua e, a norte, marcada pela
presença tutelar do Monte de Santa Tecla, em Espanha, esta região
tem ainda boas condições para a
prática de windsurf.
A nível geográfico a freguesia de
Moledo tem, aproximadamente,
uma área de 765 hectares e está a
cerca de três quilómetros da vila
de Caminha, a sede do concelho a
que pertence. Como curiosidade, a
nível de toponímia, Moledo significa pequeno monte de pedras, uma
alusão ao aspeto geral do solo.
IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013 Entrevista 11
“Temos consciência dos
múltiplos recursos de Moledo,
que devem ser potenciados”
Para Flamiano Martins, vice-presidente da Câmara Municipal de Caminha, a Praia de Moledo possui condições
ímpares, quer pela sua água com forte presença de iodo, quer pela proximidade com a Ínsua e Espanha
Entrevista
Elisabete Soares
Sendo Moledo um local de
grande afluência, especialmente
no Verão, que medidas
adicionais são tomadas pela
autarquia para que esta zona
tenha boas condições de
funcionamento?
O concelho de Caminha está, na
sua generalidade, habituado a ver
triplicada a sua população durante o Verão, quer pelo regresso dos
estudantes universitários, como da
população emigrada, dos habitantes de segunda habitação e de todos
os turistas e visitantes que desfrutam do “mosaico de paisagens” que
Caminha proporciona. Moledo é
muito procurada pela praia que,
para além da extrema qualidade,
tem também o reconhecimento dos
veraneantes pelo bom ambiente e
boa oferta a nível de restauração. A
Praia de Moledo possui condições
ímpares, quer pela sua água com
forte presença de iodo, quer pela
proximidade com a Ínsua e Espanha, quer pelas ótimas condições
para a prática de desportos náuticos. Por estas razões, o município
de Caminha costuma reorganizar o
trânsito de forma a facilitar a circulação; reforça a recolha de resíduos
sólidos urbanos, aumenta a iluminação pública e intensifica a limpeza de praia. O objetivo é continuar
a ser um destino de preferência, a
primar pela qualidade e pela arte
de bem receber.
Que investimento fez a
autarquia, nos últimos anos, na
modernização, acessibilidade e
qualidade da praia?
Para além da limpeza, que referi
anteriormente, criamos rampas de
acesso à praia com um nível de rampa adequada a pessoas com pouca
mobilidade e executamos os trabalhos de recuperação do paredão,
que sofreu os efeitos do inverno
rigoroso. Aliás, ainda no que diz
respeito à mobilidade, convém referir que no início da época balnear
tivemos a honra de içar a Bandeira
de Praia Acessível, a par da Bandeira Azul. Convém lembrar que
para garantir a bandeira de Praia
Acessível é necessário que a praia
tenha acesso pedonal de fácil acesso
e estacionamento ordenado, bem
como lugares reservados no parque para viaturas particulares que
transportem pessoas com mobilidade reduzida. As rampas de acesso
ao areal são outro fator distintivo.
Além disso, as praias com o galardão da acessibilidade têm ainda de
disponibilizar instalações sanitárias
e garantir o acesso ao serviço de
primeiros socorros. Intervenções
mais profundas não são competência dos municípios, contudo, quero
recordar que estão previstas para
o final da época balnear as obras
para o restauro do cordão dunar,
as quais serão fundamentais para
a preservação da Mata do Camarido, da praia de Moledo e de todo o
ecossistema.
Como responsável pelas pastas
do planeamento estratégico e
PDM, que linhas orientaram a
sua atuação nesta localidade?
As linhas que orientaram a nossa
atuação decorreram das que foram
traçadas pelo Plano Diretor Municipal, já que cabe a esse instrumento
estabelecer a estratégia de desenvolvimento territorial,
a política municipal
de ordenamento
do território,
de urbanismo e as demais políticas
urbanas, estabelecendo o modelo
de organização espacial do território municipal. Este instrumento
orientou ainda estudos de escala de
maior pormenor, como sejam os estudos desencadeados no âmbito do
Plano de Urbanização de Moledo
(um trabalho que será retomado
oportunamente), bem como outros
estudos nomeadamente de trafego.
O princípio é conseguir manter a
qualidade do ambiente urbano que
se vive em Moledo e o bom relacionamento com a parte mais rural da
freguesia. Moledo é uma freguesia
que tem imensa vida durante todo
o ano, com escola e jardim-de-infância em funcionamento, com coletividades e instituições públicas,
privadas e religiosas com grande
dinamismo, e com comércios e atividades agrícolas que dão trabalho a
muitas pessoas. Ou seja, a freguesia
de Moledo não se limita à praia
e ao turismo e o planeamento
estratégico deve ter em conta
também a população residente
na freguesia.
Tal como em outras zonas
turísticas houve uma
maior pressão urbanística,
na última década, devido
à procura de casa,
especialmente, de segunda
habitação. Que medidas foram
tomadas para disciplinar a
construção?
Temos um Plano Diretor Municipal (PDM) em vigor desde 1995.
Traduzindo a estratégia de desenvolvimento territorial para o concelho e desenhando o modelo de
organização espacial do território
municipal - estabelecendo, entre
outras, a referenciação espacial
dos usos e das atividades, a especificação quantitativa e qualitativa
dos índices, parâmetros e indicadores de referencia – este tem sido o
principal instrumento que nos vem
apoiando na gestão da edificabilidade no concelho (e em Moledo).
A sua progressiva implementação
tem demonstrado, contudo, alguma falta de adequabilidade face à
conjuntura atual e foi nesse sentido
que iniciamos o processo de revisão. Assim, contamos poder dispor em breve de um instrumento
de gestão territorial mais ajustado
à evolução das condições sociais,
culturais e ambientais. Temos consciência dos múltiplos recursos de
Moledo - para além de uma praia
peculiar, é preciso ter em atenção
todo o restante património natural,
histórico e imaterial - que devem
ser potenciados numa perspetiva
de desenvolvimento sustentável.
Necessitamos, por isso, de projetos
que se comportem como eficazes
motores de desenvolvimento (económico, ambiental e social), promovendo a cooperação estratégica
de diferentes atores, fomentando a
criação de emprego qualificado e a
fixação da população, e contrariando também a vivência sazonal, tão
pouco conveniente à qualidade de
vida urbana.
Moledo é uma localidade
caracterizada pela existência
de moradias de arquitetos de
renome?
É verdade, nomes de referência da
nossa arquitetura contemporânea,
internacionalmente reconhecidos,
tal como como Siza Vieira e Eduardo Souto Moura, têm intervenções
em Moledo, o que enriquece ainda
mais este território, pelo que muito
nos congratulamos com este facto.
São arquitetos com enorme qualidade e que têm sabido adequar os
projetos às caraterísticas próprias
da freguesia, dando-lhes o devido
enquadramento arquitetónico que
favorece ainda mais Moledo.
12 Promoção IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013
Quinta de Santana é um
projeto residencial único
numa localidade exclusiva
A José Castro & Filhos já vendeu sete, das nove casas da 1ª fase. A segunda fase entrou agora em comercialização,
sendo constituída por sete unidades, com áreas idênticas às moradias da 1ª fase, mas de tipologia T4 (4 suites).
“Naturalmente que a localização na
1ª linha de mar é única. Tanto nas
unidades da 1ª fase como nas da 2ª
fase, o projeto da autoria do arquiteto Carvalho Araújo foi muito bem
conseguido e privilegia um ambiente minimalista com grandes espaços
abertos sobre o mar rentabilizando
a beleza exterior, obrigando cada
cliente a desfrutar da paisagem sobre
o mar salpicado pelo Forte da Ínsua
e o monte de Santa Tecla”, considera
Nuno Castro, administrador da José
Castro & Filhos.
Para o responsável da empresa
promotora e de construção, a qualidade construtiva da Quinta de Santana é também um ponto distintivo.
“Desde o início assumimos que cada
pormenor conta. O interior traduz
o melhor que o mercado tem para
oferecer, com técnicas construtivas
e materiais de qualidade garantida”,
adverte. Este facto permitiu que, naturalmente, o projeto resultasse precisamente no conceito idealizado.
Isto é, conseguir reunir num local
de excelência, espaços de design,
sustentabilidade, luxo, inovação, requinte e funcionalidade. “Admito, era
um programa ambicioso, mas foi exatamente com esta pule que concebemos o programa base e selecionamos
a equipa de arquitetura”, confessa.
“Importa não esquecer uma última vantagem das casas da Quinta de
Santana e que é exatamente Moledo.
Quem conhece sabe que Moledo é
mais que uma praia, é um refúgio
para todo o ano”, constata Nuno
Castro.
Na sua opinião, “sendo um projeto
único, sabemos que apenas está ao
alcance de um cliente de elevada exigência, daí que fomos particularmente rigorosos na seleção dos materiais
e das técnicas construtivas”.
Como é comum nos projetos concebidos pela José Castro & Filhos,
todas as casas são entregues completamente equipadas com marcas
que são referências mundiais. “Até os
cortinados foram selecionados pela
nossa equipa de interiores e são colocados por nós”.
Neste projeto, em particular, tiveram a colaboração da Vitra, uma das
marcas de decoração mais conceituadas a nível mundial. E esta colaboração é caso único em Portugal,
destaca o responsável.
A recetividade
ao empreen-dimento
Quinta de
Santana tem
sido extrema-mente
positiva
A recetividade ao empreendimento
Quinta de Santana tem sido extremamente positiva, atendendo ao clima
económico e às incertezas que atravessam este mercado em particular.
“Embora não exista um padrão fidedigno de comparação, já comercializamos sete das nove casas da 1ª
fase. Quanto à 2ª fase, as primeiras
três casas ficam prontas até ao final
deste ano. Uma já está comercializada, e é curiosamente a de valor mais
elevado”, adianta Nuno Castro.
Outro aspeto a destacar, é o facto
de, para a José Castro & Filhos enquanto promotor e construtor, o
feedback estar a ser extremamente
positivo em termos de projeção. O feedback que o empreendimento está
a atingir gera resultados muito para
além das vendas realizadas. “Inúmeras vezes a casa modelo é visitada
apenas por curiosidade, seja por
apreciadores seja inclusive por profissionais da área, e todos têm manifestado uma opinião consensual sobre a
qualidade do conjunto, arquitetura,
decoração e acabamentos”, adianta.
Acrescenta que, recentemente, a
J. Castro & Filhos foi convidada para
construir uma unifamiliar em Ponte
de Lima, para um cliente cujo primeiro contacto com a José Castro &
Filhos foi na Quinta de Santana.
Neste momento, adianta que “as
nove unidades da 1ª fase estão terminadas, faltando ainda comercializar
duas unidades”. As casas de tipologia
T3, com áreas na ordem do 280m2,
são todas idênticas e estão a ser comercializadas por um valor próximo
dos 2.500 euros/m2.
Quanto à segunda fase, que agora
entrou em comercialização, são apenas sete unidades com áreas idênticas às da 1ª fase mas de tipologia T4
(4 Suites). “A particularidade destas
habitações é que a zona de estar foi
puxada para o piso superior favorecendo a vista para o mar e o uso do
espaço exterior. A 2ª fase está ser
comercializada por valores entre os
400 e os 450 mil euros”, refere Nuno Castro.
IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013 Arquitetura 13
“Cada projeto tem uma história
própria, não se repete”
Entrevista
De que forma foi possível
conciliar os conceitos
de design, nas casas do
empreendimento Quinta de
Santana?
Entendemos o conceito
de design como uma atitude de projeto global, transversal às diferentes escalas.
Do mesmo modo as noções
de sustentabilidade, luxo,
funcionalidade, inovação e
requinte enquadram-se na
lógica de coerência de desenho e da qualidade espacial. Cada projeto tem
uma história própria e
portanto é específico,
não se repete. É esse o
Carvalho
Araújo é o
arquiteto da
Quinta de
Santana
nosso desafio em cada projeto, tal
como o foi na Quinta de Santana.
A nível de arquitetura, quais as
características que distinguem
a conceção a nível interior e
exterior?
Um é interdependente do outro e
nesse sentido deve haver uma atitude coerente, o que não significa ser
igual, porque respondem necessariamente a requisitos diferentes. No
interior uma maior disponibilidade
para a experimentação e variedade,
ajustadas aos clientes. No exterior
uma preocupação adicional nas
relações com a paisagem natural
e urbana.
Quais os aspetos que distinguem
o empreendimento a nível da
sustentabilidade energética?
Para nós a base de qualquer projeto são os princípios das soluções
O projeto de arquitetura da Quinta de Santana foi um desafio
para Carvalho Araújo
passivas que advém de uma boa implantação, orientação, organização
espacial e materiais adequados. Os
equipamentos eletromecânicos são
opções suplementares, elementos
de melhoria adicional que resulta de
uma análise custo / benefício, mas
que não ditam as soluções de projeto.
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14 Empreendimento IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013
Casas de Santana são referência
na construção sustentável no país
O projeto das Casas de Santana privilegia um ambiente minimalista com grandes espaços abertos sobre
envidraçados, rentabilizando a beleza exterior. É constituído por 16 casas, das quais nove são de frente de mar
O empreendimento Quinta de Santana é constituído por 16 casas, das
quais nove são de frente de mar,
com tipologias de T3 e T4+1. Reunir num local de excelência conceitos de design, luxo, funcionalidade
e requinte, foi o desafio colocado à
empresa de promoção e construção,
José Castro & Filhos, que convidou
o arquiteto Carvalho Araújo, para a
concretização do projeto.
O empreendimento cria uma estrutura que consolida a malha urbana e
remata, no desenvolvimento da baía,
o centro de Moledo. Por um lado, assume-se como um condomínio compacto, que aproveita o limite do muro
existente, mantendo a sua estrutura
de relação com a via. Por outro, aproveita o suave desnível do terreno,
para que as casas de segunda linha,
desfrutem também de vista de mar.
Esta solução define uma zona de
jardim e acesso automóvel no interior, de caracter privado e íntimo,
valorizando as relações dentro do
conjunto. O projeto privilegia um
ambiente minimalista com grandes
espaços abertos sobre envidraçados,
rentabilizando a beleza exterior e
realçando-a.
Sustentabilidade
é um imperativo
O desempenho energético e ambiental, mais que um fator de diferenciação, é, atualmente, um imperativo
ético. No empreendimento Quinta de
Santana a sustentabilidade está em
perfeita harmonia com a arquitetura
e fazem deste projeto uma referência
na construção sustentável no país.
Assim a nível das características
de sustentabilidade destacam-se: a
certificação energética; o sistema
fotovoltaico de microgeração de
energia solar para o condomínio; os
vidros duplos em caixilharia de rutura térmica; a iluminação de baixo
consumo; a orientação dos espaços
de permanência; a ventilação natural e arrefecimento passivo; a inércia
térmica e medidas de otimização do
consumo de água.
Acabamentos
e equipamentos
Em relação aos acabamentos exteriores as casas do condomínio da
Quinta de Santana apresentam pavimento em betão aparente, lajetas de
basalto e grelhas de enrelvamento.
As fachadas são em betão aparente.
As caixilharias são da Vitrocsa, de
rotura térmica e micragem reforça-
O empreendimento cria uma estrutura que consolida a malha
urbana e remata, no desenvolvimento da baía, o centro de Moledo
da, com vidro duplo. A iluminação
exterior é decorativa.
No interior das casas destacam-se
os pavimentos em basalto, nos espaços sociais, e nos espaços íntimos
em madeira de carvalho.
As instalações sanitárias tem os
pavimentos em aglomerado de mármore branco, e as paredes em
vidro lacada, igualmente
branco. As portas e armários são em mdf lacado a
branco.
Com teto falso nos espaços íntimos, foram construídas
câmaras de isolamento acústico entre os prédios, privilegiando, assim,
a privacidade entre as habitações.
A nível de revestimentos, no interior, destaca-se, ainda, a colocação
de lâmina de isolamento acústico
entre pisos e no exterior, o isola-
mento térmico na envolvente.
Equipamentos
As casas da Quinta de Santana são
vendidas com as cozinhas equipadas
com eletrodomésticos de uma marca de gama alta. Destaca-se também
a colocação do sistema ONLY – automação integrada de iluminação,
climatização e segurança.
Outro dos pormenores
interessantes é a colocação
de cortinas em todos os
vãos, com tecido blackout,
em espaços íntimos. Ou, ainda,
a colocação de aquecimento central
completo. Moledo é servida atualmente por excelentes infraestruturas viárias. É o caso da A3, da A28
e do IC1, que coloca esta localidade
perto das grandes cidades do norte
do país e da Galiza.
IMOBILIÁRIO 31 JULHO 2013 Turismo residencial 15
Brasileiros interessados
em investir no imobiliário
de características premium
Winning
strategies
Opinião
A ESPART e a Herdade da Comporta foram dois dos promotores de projetos residenciais
de qualidade que estiveram presentes na MIP de São Paulo
Francisco S. Ribeiro
DR
Elisabete Soares
“O mercado brasileiro está aberto a
investir em produtos imobiliários de
características premium, segmento
onde marcamos presença e nos posicionamos como uma referência
em Portugal”, considera Aniceto
Viegas, administrador da ESPART.
O balanço da presença da ESPART
na Mostra do Imobiliário Português
- MIP de São Paulo, realizado entre
os dias 20 a 23 de Junho, foi, na opinião do responsável, muito positivo.
“Tanto no desenvolvimento de contactos muito interessantes de negócio, não só com potenciais clientes
como também com influenciadores
do mercado imobiliário brasileiro, à
semelhança do que se registou em
dezembro, aquando da MIP no Rio
de Janeiro”, adianta.
A ESPART esteve presente com os
empreendimentos Palácio Estoril
Residências, com o Edifício Ivens
31, localizado no Chiado, e com o
Edifício Foz Diogo Botelho, no Porto. Aniceto Viegas destaca também
o interesse manifestado pelos visitantes em relação às Casas de São
Francisco, um condomínio privado
localizado perto de Santiago do Cacém, vocacionado sobretudo para
segunda habitação ou residência de
férias. “No caso deste último projeto, estamos a promover uma proposta qualidade/preço muito competitiva que não passou despercebida aos visitantes da MIP”, refere.
Na sua opinião, Portugal assumese, cada vez mais, como um dos
mercados mais competitivos neste
sector. Não só os preços se encontram num valor justo, comparativamente com outros países europeus,
como é percecionado como um
investimento seguro e de elevado
interesse por parte de potenciais
clientes estrangeiros.
Visitas agendas
na Herdade da Comporta
Aniceto Viegas adianta que a procura recaiu sobretudo sobre as
tipologias T3 e T4. Em relação às
características e preços, os clientes
valorizaram a segurança, a qualidade de construção, a arquitetura e a
localização, sendo que o preço dos
imóveis foi considerado bastante
competitivo.
Casas de São Francisco, um condomínio privado localizado perto de Santiago do Cacém, foi um dos
projetos que cativou os visitantes brasileiros
Para Carlos Beirão da Veiga, presidente da Herdade da Comporta, o
balanço da participação da Herdade
da Comporta na MIP foi igualmente
muito positivo. “Ao longo dos três
dias do evento sentimos muito interesse por parte dos visitantes em
conhecer, com mais pormenor, tu-
do o que a Herdade da Comporta
tem para oferecer ao nível turístico e imobiliário. O interesse manifestado por potenciais clientes ao
longo do evento foi tal que, neste
momento, já contamos com visitas
agendadas para o período entre julho e outubro”, esclarece.
Internacionalização do imobiliário
no rumo certo
“Portugal é reconhecido a nível
internacional pela promoção de
produtos com elevada qualidade.
Eventos como os que têm sido
promovidos recentemente no
Brasil, Inglaterra ou em França
são passos muito importantes
nesse sentido. Seja o Governo
a promove-lo, seja através da
congregação e esforços de
entidades públicas e privadas,
este é um caminho que deve
continuar a ser seguido”,
destaca Carlos da Veiga.
Aniceto Viegas considera
que “as condições atrativas de
incentivo ao investimento em
imobiliário criadas pelo Estado
português, nomeadamente
o designado “visto gold”,
vieram sem dúvida ajudar
na internacionalização do
imobiliário nacional. É um
passo importante, que merece
ser apoiado, que pretende
posicionar internacionalmente
o imobiliário português e
promover o nosso destino”.
Na opinião de Carlos da Veiga, os
visitantes da MIP “mostraram-se
muito interessados em saber mais
sobre os produtos imobiliários da
Herdade da Comporta, graças às
características da arquitetura tradicional da região que estão presentes nos vários projetos que temos
em desenvolvimento”. Destaca o
interesse suscitado pelas casas de
madeira e colmo, com 3 e 4 quartos,
que demonstraram a valorização e
a preservação do legado arquitetónico da região e o uso de materiais
originários da região.
A Herdade da Comporta está a ser
promovida enquanto novo destino
de excelência a nível internacional,
com uma oferta de qualidade tanto
ao nível turístico como imobiliário.
Para além de uma mensagem mais
global, focada no destino, “demos
a conhecer o nosso projeto de desenvolvimento turístico, focado no
Comporta Dunes e no hotel, spa e
villas AMAN, assim como o golfe e
os vários produtos imobiliários que
estamos a promover neste momento”, adianta Carlos da Veiga.
A
crise financeira dos últimos anos mudou o
mercado
imobiliário
Português para sempre.
Também as estratégias
deverão mudar, em especial, aquelas que ajudaram os vários players
do setor a assegurarem uma onda
de crescimento e de bons resultados, para promotores, construtores, financiadores ou consultores.
Aquilo que ajudou a ter sucesso no
imobiliário nas últimas duas décadas, não ajudará a ultrapassar esta
crise.
Nos últimos anos provou-se que
é possível desenvolver abordagens
práticas que permitem interligar a
estratégia com a sua efetiva implementação. Em alguns projetos em
que tenho participado (v.g. o Palácio
Estoril Residências) ficou demonstrado que as estratégias de posicionamento e/ou reposicionamento
alinhadas com as novas condições
do mercado, permitem a sustentabilidade do valor dos ativos.
Uma abordagem estruturada,
fundamentada em procedimentos e metodologias práticas, ajuda
a desbloquear o valor “potencial”
dos imóveis quer estejam eles na
fase de projeto, em construção ou
já concluídos.
Assisto regularmente à utilização
de diversas receitas pelos meus colegas: re-positioning, re-design to
market, re-design to cost, lease
restructuring, negotiation and exit
strategies, PER, etc. Estas mezinhas,
normalmente em Inglês, pois claro,
de nada servem (i) sem um plano
estruturado e valorizado de implementação, (ii) sem uma equipa capaz que o implemente e, em especial, (iii) sem a determinação clara
dos proprietários/credores.
Rockbuilding
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