1 SÉRIE RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS Estudo 4: Exortar e ser exortado GUIA DO PARTICIPANTE Nesta série, estudamos sobre aceitar o outro como ele é (Estudo 1), amá-lo como Deus o ama (Estudo 2) e servi-lo como Jesus nos serviu (Estudo 3). Hoje investigaremos outro aspecto do amor sacrificial de Deus: a exortação. 1 Estudo bíblico: Hebreus 3:12-14 1.1 Contexto histórico e literário No contexto de Hb 3:7-4:13, a experiência de Israel serve como exortação aos cristãos. O autor cita o Sl 95:7-11, que se refere ao episódio de Nm 13-14. Diante de gigantes e muros altos, os israelitas rejeitaram entrar no descanso por não crerem que Deus lhes daria vitória contra os inimigos. Ficaram vagando pelo deserto por 40 anos. A diferença entre povo de Deus daquela época e de agora é só temporal. Deus ainda quer levar seu povo ao descanso, à sua presença (4:11). A epístola aos Hebreus visa confirmar a fé dos leitores e evitar o perigo do desvio. Com a pressão das outras religiões, eles se questionavam sobre sua própria fé. Havia o perigo de abandono da fé devido à falta de perseverança, rebeldia contra Deus, e pressão e tentação externas. Mas, como em toda advertência de Deus, há sempre a promessa de restauração aos que se arrependerem. Por isso o apelo para cuidar do coração (v.12) e para a exortação mútua (v.13). REFLEXÃO: Quais são os perigos e pressões atuais que levam alguém a abandonar sua fé? 1.2 Puxando o coração para perto de Deus O autor adverte sobre o “coração perverso e incrédulo”. A preocupação é dupla: tanto com os outros (uma célula infectada contamina todo o corpo) quanto com você próprio. Se você é fiel a Deus, você não vai acordar certo dia e decidir se afastar dele. É um processo gradual. O coração vai ficando insensível à voz do Espírito Santo e chega a uma rebelião declarada, que desvia do caminho correto. Afastar-se de Deus (neste contexto) não significa voltar ao paganismo, mas deixar de confiar e depender de Deus (como em Nm 14:9-10). Além disso, afastar-se do “Deus vivo” implica sempre em morte. Pois é este Deus vivo quem concede vida. Quando o repudiamos, escolhemos nossa própria morte, pois não existe verdadeira vida longe de Deus. REFLEXÃO: Se o principal inimigo é o nosso próprio coração, como podemos perseverar na fé? 1.3 Exortando continuamente enquanto há tempo Por isso, exortemo-nos “todos os dias”. Para ficarmos “no mesmo lugar” numa escada rolante que desce, temos que ficar subindo os degraus. O pecado nos engana e nos deixa endurecidos, nos puxa para baixo. Por isso precisamos dos outros para continuarmos “subindo”. O que os outros podem fazer por nós? Podem nos exortar, “chamar para o lado”. Exortar é consolar, admoestar, suplicar, dar direção. A exortação busca ajudar o outro a voltar ao caminho correto (veja Mt 18:15-17), evitando que ele sofra ao permanecer em seu pecado. Mas não podemos nos aproximar com julgamento ou soberba, pois também somos pecadores. “Dedo duro” nunca ajuda, apenas machuca. É preciso criar vínculos de amor, humilhar-se e, daí, chamar ao lado e expor o ensino da Bíblia sobre a situação. Não para conformar o outro ao nosso padrão, mas ao de Deus. 2 Há um prazo para esta exortação: “hoje”! No tempo presente, Deus oferece a entrada no descanso, mas isto terminará (ou em nossa morte ou na volta de Jesus). Por isso encorajemos os outros a perseverarem, “como se Deus exortasse por nosso intermédio” (2Co 5:20). REFLEXÃO: Descreva como e quando você gostaria que outros exortassem você. 1.4 Perseverando por meio da prestação de contas a outros 1Pe 4:8 diz que “o amor perdoa muitíssimos pecados”. Mas o amor que não divulga o pecado alheio não deixa de tratar a situação problemática. Repreensão deve vir com amor e no tempo e espaço apropriados, mas precisa acontecer. Até a criança espera por isto! Os relacionamentos saudáveis se aprofundam no confronto autêntico (Pv 27:17). Crie no grupo pequeno amizades sinceras que sobrevivam a discordâncias e crises. São estes amigos que irão levantá-lo quando estiver desanimado ou caído. Submeta-se à mútua exortação e você encontrará encorajamento à fidelidade. Preste contas aos outros e seja estimulado a ser responsável em sua caminhada cristã. Afinal, fora da fogueira é difícil manter a brasa acesa por longo tempo. REFLEXÃO: Como podemos cobrir em amor o erro do outro? Quando e como devemos intervir? 2 Exemplos práticos 2.1 Paulo e Pedro (Gl 2:11-21) 2.2 Jetro e Moisés (Ex 18:13-27) 2.3 Joabe e Davi (2Sm 19:1-10) REFLEXÃO: Sem mencionar nomes, exemplifique momentos em que você já exortou a alguém. 3 Atividades para a semana 3.1 Leitura devocional para a próxima semana 1º dia = 1Tm 1:5-6 2º dia = Tg 5:16 3º dia = 1Ts 5:12-13 4º dia = 1Ts 2:10-12 5º dia = Cl 3:13-16 6º dia = 2Co 1:3-7 7º dia = Pv 27:21 Seu amor a Jesus se fundamenta nestes três critérios? A quais irmãos você tem confessado seus pecados? Por que? Você respeita e se submete aos irmãos que o exortam? Paulo é um exemplo de exortador. Como você exorta aos outros? Você “suporta” (aguenta) o irmão ou lhe dá verdadeiro suporte? Somos consolados para consolarmos outros. Você age assim? De que forma o elogio e o estímulo dos outros podem nos tentar? 3.2 Atividades sugeridas pelo líder ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 3.3 Motivos de oração do grupo ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________