ENSP PERSPECTIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL EXPERIÊNCIA BRASILEIRA RECENTE E DESAFIOS PARA A SAÚDE Centro de Estudos da ENSP Carlos A G Gadelha DAPS/ENSP/FIOCRUZ Rio de Janeiro, 9 de Agosto de 2006 PERSPECTIVAS ESTRATÉGICAS PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL • Dimensão nacional da desigualdade e da política Uma vertente da política nacional de desenvolvimento (diversidade como oportunidade) Desigualdade em todas as macrorregiões do País Necessidade de ação federativa (3 níveis de governo) e articulada com as sociedades locais • Ação em diversas escalas: nacional, macrorregional e sub-regional Nível sub-regional: espaço privilegiado de articulação de políticas (transversalidade) Regiões especiais: Semi-Árido, Interior da Amazônia e Faixa de Fronteira (integração da América do Sul) • Visão endógena do desenvolvimento Papel-chave dos atores locais articulação de estratégias sub-regionais de desenvolvimento Papel central das inovações e da base de C&T • Requerimento de uma intervenção integrada: É no território que a transversalidade das políticas ocorre (locus onde as políticas se encontram com a sociedade) Desenvolvimento regional como Política de Estado 2 RETOMADA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO REGIONAL • Nova Política Nacional de Desenvolvimento Regional • Plano Amazônia Sustentável • BR-163 Sustentável • Plano de Desenvolvimento do Semi-Árido • Planos Macro-regionais (Nordeste e Centro-Oeste) • Planos de Ação Mesorregionais (Vale do Jequitinhonha, Metade Sul do RGS, Araripe, Alto Solimões, etc.) • Reestruturação do Programa da Faixa de Fronteira 3 TIPOLOGIA DA DESIGUALDADE REGIONAL Sub-regiões da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) RENDA MÉDIA e POUCO DINÂMICA ALTA RENDA RENDA BAIXA e POUCO DINÂMICA RENDA BAIXA/MÉDIA e DINÂMICA 4 BRASIL: MICRORREGIÕES GEOGRÁFICAS 5 Desigualdade Regional Brasileira (PNDR) Brasil, UE e USA - Relação entre o maior produto e o menor segundo unidades espaciais selecionadas (1996 e 1998) Brasil (a) União Européia (b) USA (c) 1998 1998 1998 Unidades (Estados / Países) 9,8 2,7 1,6 Regiões (Mesoregiões / NUTs II) 17,9 3,1 ... Unidades Espaciais / União Fonte: a) Brasil, Mesoregiões: Andrade e Serra apud Ajara (2001) (estimativas PIB/hab. mesoregiões); Brasil, Unidades da Federação: 1980 e 1986 - Pnud/Ipea/Fundação João Pinheiro. J. Pinheiro/IBGE (1996) e 1998 - IBGE/Decon (PIB/hab. UFs); b) União Européia: 1986 e 1996 – Comissão Européia (1998) e 1998 – Comissão Européia (2001) (PNB/hab PPP); c) USA, Estados: - Comissão Européia (2001) (PNB/hab). Obs: (1) dados da UE excluem as regiões externas ao continente europeu. Referem-se aos 15 países federados. 6 IMPLEMENTAÇÃO DA PNDR: AGENDA • Infra-estruturas estratégicas Interligação de Bacias e Revitalização do Rio São Francisco Transnordestina BR-163 • Ação induzida e pactuada (âmbito sub-regional) Atuação Setorial Dinamização econômica em sub-regiões prioritárias (Mesorregiões, Semi-Árido e Faixa de Fronteira) – Apoio à estruturação de 70 Arranjos Produtivos Locais Articulação transversal com foco sub-regional: o desenvolvimento regional como Política de Governo e de Estado (CPDR) 7 Semi-árido Brasileiro - População Eixo Norte PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO SEMI-ÁRIDO E DA BACIA DO SÃO FRANCISCO 7% 25% 8% 9% • Revitalização de Bacias – São Francisco 12% 20% 19% AÇÕES Eixo Leste • Combate à Desertificação - PAN • Interligação de Bacias Hidrográficas • Segurança Hídrica para População Difusa • Segurança Hídrica para População Urbana • Regularização e Ações Fundiárias Semi-árido % Distribuição da População 8 AÇUDES ESTRATÉGICOS: INTEGRAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA HÍDRICA Eixo Norte Eixo Leste 9 Nova Transnordestina Dinamização Econômica • Potencializa novos pólos e arranjos produtivos locais Mineral SÃO LUÍS PA PA Agricultura Porto do Pecém Sobral FORTALEZA Móveis MA CRATEÚS TERESINA CE Limoeiro do Norte PIQUET CARNEIRO Jucurutú RN Uruçuí Balsas Ribeiro Gonçalves NATAL C.Grande Crato PI Calçados JOÃO PESSOA MISSÃO VELHA ARARIPINA Mat. Construção PB PARNAMIRIM SALGUEIRO Caruarú PE RECIFE Porto de Suape Logística PETROLINA AL BA SE Barreiras MACEIÓ Pecuária Propriá Avícola 10 11 AÇÃO INDUZIDA E PACTUADA (ÂMBITO SUB-REGIONAL) EIXOS ESTRUTURANTES ESCALA MESORREGIONAL Valorização da DIVERSIDADE REGIONAL FORTALECIMENTO DA BASE SOCIAL LOCAL • Organização Social • Políticas Sociais • Infra-estrutura Social DINAMIZAÇÃO ECONÔMICA • Arranjos, setores e cadeias produtivas • Infra-estrutura econômica • Sustentabilidade ambiental AGENDA NEGOCIADA REGIONALMENTE EM FÓRUNS MESORREGIONAIS DE DESENVOLVIMENTO 12 AÇÕES INTER-INSTITUCIONAIS Estado Setores Produtivos Instituições públicas e privadas Sociedade Civil Organizada TERRITÓRIO 13 ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS NAS MESORREGIÕES SUB-REGIÕES PARÁ: FRUTICULTURA BICO DO PAPAGAIO: FRUTICULTURA,APICULTURA , PECUÁRIA LEITEIRA, BABAÇU E GEMAS E JÓIAS ALTO SOLIMÕES: ARTESANATO INDÍGENA, PESCADO, CASTANHA-DOBRASIL,TURISMO E MADEIRA CHAPADA DAS MANGABEIRAS: HORTIFRUTICULTURA/MANDIOCA, CACHAÇA E TURISMO CHAPADA DO ARARIPE APICULTURA OVINOCAPRINOCULTURA, GESSO CALCÁRIO LAMINADO TURISMO/CULTURA XINGÓ: PISCICULTURA, FRUTICULTURA, OVINOCAPRINOCULTURA AQÜICULTURA E PESCA, ARTESANATO / SISAL E TURISMO VALE DO RIO ACRE: CASTANHA-DO-BRASIL AVICULTURA E LÁTEX VALE DO JEQUITINHONHA E MUCURI: ÁGUAS EMENDADAS: ARTESANATO E TURISMO PISCICULTURA E MANDIOCA AQÜICULTURA E PESCA, MADEIRA E MÓVEIS, GEMAS E ARTEFATOS, FRUTICULTURA, APICULTURA, CACHAÇA E MANDIOCULTURA GRANDE FRONTEIRA DO MERCOSUL: EMBUTIDOS DE SUÍNOS, DERIVADOS DE LEITE, MADEIRA E MÓVEIS, VITIVINICULTURA, GEMAS E JÓIAS, PISCICULTURA E TURISMO METADE SUL DO RIO GRANDE DO SUL: FLORESTAMENTO, FRUTICULTURA GEMAS E JÓIAS, MADEIRA E MÓVEIS, SEMENTES ORGÂNICAS E LEITE BACIA DO ITABAPOANA: FRUTICULTURA, APICULTURA, PISCICULTURA E FRUTICULTURA VALE DO RIBEIRA / GUARAQUEÇABA: MARICULTURA, AGROINDÚSTRIA MADEIRAS E MÓVEIS E TURISMO 14 ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS NO SEMI-ÁRIDO ARTESANATO, FRUTICULTURA PECUÁRIA LEITEIRA BIODIESEL (DNOCS) PISCICULTURA (CODEVASF) PISCICULTURA (Sobral, Orós e Castanhão) SETOR MINERAL (CERÂMICA VERMELHA) FRUTICULTURA APL MINERAL (QUARTZITO) FRUTICULTURA OVINO / APICULTURA (Araripe) PISCICULTURA – São Gonçalo (DNOCS) TURISMO PISCICULTURA (DNOCS) OVINO (CODEVASF) PISCICULTURA / APICULTURA (CODEVASF) AGRICULTURA FAMILIAR FRUTICULTURA OVINOCAPRINOCULTURA APICULTURA (CODEVASF) PISCICULTURA (CODEVASF) OVINOCAPRINOCULTURA FRUTICULTURA FRUTICULTURA OVINOCAPRINO (CODEVASF) AQUICULTURA (CODEVASF) PISCICULTURA (CODEVASF) PISCICULTURA, SISAL OVINOCAPRINOCULTURA E APICULTURA (CODEVASF) FRUTICULTURA OVINOCULTURA (SPR/CODEVASF) AQUICULTURA E APICULTURA (CODEVASF) FRUTICULTURA CERÂMICA (FLORESTAMENTO) APICULTURA (CODEVASF) 15 REGIONALIZAÇÃO DA FAIXA DE FRONTEIRA BASE ECONÔMICA E CULTURAL: ARCOS NORTE, CENTRAL E SUL 16 ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS NA FAIXA DE FRONTEIRA APICULTURA PESCA ARTESANAL PESCA ARTESANAL CASTANHA-DO-BRASIL ARTESANATO INDÍGENA, PESCADO, TURISMO E MADEIRA CASTANHA-DO-BRASIL, AVICULTURA E LÁTEX PISCICULTURA TURISMO ERVA-MATE APICULTURA OVINOCAPRINOCULTURA AGROINDÚSTRIA, VITIVINICULTURA, GEMAS E JÓIAS, PISCICULTURA E TURISMO MADEIRA E MÓVEIS, AGROINDÚSTRA, VITIVINICULTURA, GEMAS E JÓIAS, PISCICULTURA E TURISMO FLORESTAMENTO,FRUTICULTURA, AGROINDÚSTRIA, GEMAS E JÓIAS, MADEIRA E MÓVEIS ,SEMENTES ORGÂNICAS, VITIVINICULTURA, PISCICULTURA E TURISMO 17 CÂMARA DE POLÍTICAS DE INTEGRAÇÃO NACIONAL E DESENVOLVIMENTO REGIONAL GRUPO DE TRABALHO – PROGRAMAS REGIONAIS • O desenvolvimento regional como Política Integrada • Articulação das ações governamentais em sub-regiões prioritárias • Institucionalização de um novo padrão de intervenção com foco territorial integrado Articulação de 23 Ministérios com ações concretas (metas e orçamento) para espaços prioritários • Dimensões integradas (definição de metas e orçamento em 2005): Dinamização econômica; Infra-estrutura econômica; Infra-estrutura social; e Organização social e institucional. 18 ARTICULAÇÕES INSTITUCIONAIS ESTRATÉGICAS • Ministérios / Órgãos Federais • Governos Estaduais • Governos Municipais • Sociedade Civil Organizada • Sistema S • Federações (Indústria, Comércio e Agricultura) CONVERGÊNCIA NO TERRITÓRIO • Bancos e Agências de Financiamento 19 MATRIZ DE ARTICULAÇÃO TRANSVERSAL NO TERRITÓRIO Matriz de Ações Transversais no Território o Mesorregiões ÁREAS Ministérios/ Programas ALTO SOLIM. ARARIPE JEQUIT/ MUCURI GRANDE FRONTEIRA MERCOSUL Semi-Árido METADE SUL RS SUBREGIÃO 1 SUBREGIÃO “N” Faixa de Fronteira/ Cidades Gêmeas A B C D 1. Ministério da Educação: Valorização e Formação de Professores e Trabalhadores da Educação Básica. Brasil Alfabetizado e Educação de Jovens e Adultos. Brasil Escolarizado. Desenvolvimento do Ensino Médio. Desenvolvimento e Educação Profissional e Tecnológica. 2. Ministério da Saúde: Fortalecer e Qualificar a Atenção Básica. Estruturar a Rede de Atendimento de Urgência e Emergência. Reorganizar o Atendimento Hospitalar e de Alta Complexidade. Qualificar os Trabalhadores do SUS. Coleta, Tratamento e Destinação Final de Resíduos Sólidos. Abastecimento de Água. Esgotamento Sanitário. Controle da Dengue/ Doenças Endêmicas/Epidêmicas. 20 MESORREGIÕES PRIORITÁRIAS 21 SEMI-ÁRIDO SUB-REGIÕES PRIORITÁRIAS PI SÃO RAIMUNDO NONATO CE MÉDIO E BAIXO JUAGUARIBE RN VALE DO AÇU PB SOUSA – PIANCÓ PE SERTÃO DO MOXOTÓ AL SANTANA DO IPANEMA SE SERGIPANA DO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO BA BRUMADO/BOM JESUS DA LAPA/GUANAMBI MG SERRA GERAL (JANAÚBA) 22 FAIXA DE FRONTEIRA Tabatinga / Letícia CIDADES GÊMEAS Ponta Porã/ Pedro Juan Caballero Dionísio Cerqueira/Barracão / Bernardo de Yrigoyen Uruguaiana / Paso de los Libres Santana do Livramento / Rivera 23 INICIATIVAS DA AGENDA DE COMPROMISSOS Exemplos Destacados • Dinamização Econômica: estruturação e estímulo a APLs, setores e cadeias produtivas, atividades econômicas sustentáveis, extensão tecnológica e agricultura familiar • Infra-estrutura Econômica: transporte, energia e telecomunicações • Infra-estrutura Social: comunicações e inclusão digital, saúde, educação, inclusão de grupos sociais específicos, infra-estrutura urbana e rural, infra-estrutura hídrica e de saneamento, ampliação de áreas da reforma agrária, preservação ambiental, segurança alimentar e combate à fome etc. • Organização social e Institucional: fóruns de desenvolvimento, territórios rurais, planos diretores, regularização fundiária, justiça e cidadania básica, difusão de informações sócio-econômicas, etc 24 AÇÃO INTEGRADA PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL AGENDA DE COMPROMISSOS CONSOLIDADA 2005 ESPAÇOS ALTO SOLIMÕES CHAPADA DO ARARIPE Mesorregiões GRANDE FRONTEIRA DO MERCOSUL METADE SUL DO RIO GRANDE DO SUL VALES DO JEQUITINHONHA E DO MUCURI Semi-árido Faixa de Fronteira BRUMADO - BOM JESUS DA LAPA - GUANAMBI/BA MÉDIO E BAIXO JAGUARIBE/CE SANTANA DO IPANEMA/AL SÃO RAIMUNDO NONATO/PI SERGIPANA DO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO/SE SERRA GERAL (JANAÚBA)/MG SERTÃO DO MOXOTÓ/PE SOUSA/PIANCÓ/PB VALE DO AÇU/RN DIONÍSIO CERQUEIRA E BARRACÃO/BERNARDO DE IRIGOYEN PONTA PORÃ/PEDRO JUAN CABALLERO SANTANA DO LIVRAMENTO/RIVERA TABATINGA/LETÍCIA URUGUAIANA/PASO DE LOS LIBRES Total Global INICIATIVAS 380 RECURSOS R$ 1.566.132.475,00 56 94 75 88 67 R$ 63.190.185,00 R$ 370.757.841,00 R$ 364.434.427,00 R$ 346.082.108,00 R$ 421.667.914,00 632 R$ 898.056.392,00 89 77 67 70 65 74 67 67 56 R$ 187.525.128,00 R$ 125.420.838,00 R$ 62.626.605,00 R$ 95.645.326,00 R$ 86.403.187,00 R$ 107.392.581,00 R$ 65.105.878,00 R$ 95.241.560,00 R$ 72.695.289,00 164 R$ 61.197.990,00 34 34 35 30 31 R$ 7.108.179,00 R$ 14.156.109,00 R$ 17.403.480,00 R$ 8.584.275,00 R$ 13.945.947,00 1.176 R$ 2.525.386.857,00 25 AÇÃO INTEGRADA PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL AGENDA DE COMPROMISSOS CONSOLIDADA 2005 MINISTÉRIOS E SECRETARIAS ESPECIAIS Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Ministério da Ciência e Tecnologia Ministério da Cultura Ministério da Defesa Ministério da Educação Ministério da Integração Nacional Ministério da Justiça Ministério da Saúde Ministério das Cidades Ministério das Comunicações 3 Ministério das Relações Exteriores Ministério de Minas e Energia Ministério do Desenvolvimento Agrário Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Ministério do Meio Ambiente Ministério do Trabalho e Emprego Ministério do Turismo Ministério dos Transportes Total Global INICIATIVAS RECURSOS 78 31 21 8 107 251 6 71 8 19 10 27 256 117 11 66 28 37 24 R$ 5.482.965,00 R$ 35.121.600,00 R$ 15.165.683,00 R$ 1.450.060,00 R$ 86.168.557,00 R$ 278.596.331,00 R$ 4.544.690,00 R$ 112.842.351,00 R$ 686.296,00 Não orçamentários R$ 53.598.129,00 R$ 285.598.201,00 R$ 1.457.886.135,00 R$ 1.064.265,00 R$ 10.862.687,00 R$ 732.219,00 R$ 15.710.688,00 R$ 159.876.000,00 1.176 R$ 2.525.386.857,00 Notas: 1. Participam do GTI nas atividades de articulação, acompanhamento e implementação os seguintes órgãos: Casa Civil da Presidência da Repúb lica (Sub chefia de Articulação e Monitoramento - SAM), Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da Repúb lica (Sub chefia de Assuntos Federativos - SAF) e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. 2. Somente foram considerados valores das iniciativas regionalizadas por mesorregião selecionada. 3. Os programas apresentados - Governo Eletrônico, Inclusão Digital, Universalização do Acesso aos Serviços de Comunicação Eletrônica e Aprimoramento dos Serviços Postais - possuem somente informações de ab rangência nacional que ainda devem ser regionalizadas. 26 ESTÁGIO ATUAL: DESAFIOS • Superação da lógica setorial e integração da política de desenvolvimento com foco territorial Estágio incipiente Necessidade de mudança de paradigma na gestão pública e no sistema nacional de Planejamento Elevados requerimentos de articulação • Articulação com Estados, Municípios e Sociedades Locais em bases permanentes e de longo prazo O desenvolvimento regional como política de Estado (estruturas permanentes, ação pluripartidária e articulação local) • Dificuldade de uma agenda estruturante na política brasileira Problemas de governabilidade e de governança • “Empoderamento” local Regiões como “territórios vivos” Superação do localismo (o papel do Estado Nacional continua....) 27 Lições da área da Saúde • Uma experiência social única de pactuação federativa e participação social Estabilidade relativa da política, dos programas e do orçamento Potencial de ação estruturante do Estado com objetivos de médio e longo prazos • Articulação política e social pluripartidária muito bem sucedida (é possível reproduzir esta experiência para uma estratégia nacional de desenvolvimento, com inclusão social e regional?) • Regionalização das ações de saúde (potencial de articulação com a regionalização do desenvolvimento?) 28 Desafio estratégico: Saúde e Desenvolvimento • Elo político e conceitual consolidado no pensamento sanitarista saúde como qualidade de vida perspectiva integradora das políticas • Prática política e programática ainda fortemente setorial Limites cognitivos (“cegueira paradigmática”) Limites políticos e organizacionais: baixa participação da saúde nas iniciativas ligadas às políticas nacionais de desenvolvimento e de inclusão social 29 Desafio estratégico: Saúde e Desenvolvimento • Necessidade de avançar (e de construir?) nos elos analíticos entre saúde e desenvolvimento (ir além de Amartya Sen) O Brasil é um País periférico e dependente e isto se expressa direta e indiretamente nas condições de saúde O atraso do País se expressa nas condições de vida A dependência econômica se expressa na saúde (via, por exemplo, na dependência de importações em saúde) Saúde como fonte de geração de emprego e renda Saúde como fonte de conhecimento estratégicos para a entrada do Brasil no novos paradigmas tecnológicos Saúde como parte essencial do Sistema Nacional de Inovação (tradição desenvolvimentista recolocada no contexto atual) Saúde como parte essencial do desenvolvimento das sub-regiões atrasadas e/ou pouco dinâmicas de todo país e de uma estratégica de coesão social, incluindo regiões críticas como a Amazônia, o Semi-árido ou a Faixa de Fronteira Saúde como parte de um novo padrão de desenvolvimento (a estrutura produtiva brasileira está associada a um modelo excludente e concentrador – Furtado) 30 Desafios para a ENSP/Fiocruz • Participação (Promoção?) no debate em torno de um novo padrão nacional de desenvolvimento voltado para a dinamização econômica com inclusão social em sua dimensão pessoal e regional • Discussão e proposição de políticas concretas e articuladas em âmbito multissetorial As políticas de desenvolvimento como parte da agenda de saúde (política industrial, agrícola/agrária, de inovação e competitividade, etc.) • Contribuição para pensar o desenvolvimento da produção em saúde com a mudança no padrão nacional de desenvolvimento no contexto político e econômico da globalização e de 3ª Revolução Tecnológica 31 32 Pescador carregando gelo Público-alvo do PRODUZIR 33 34 35