Oficina sobre Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) Santana, J.S *1 ; Massa, F.A1 1Discente *email: [email protected] do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental Faculdade de Tecnologia - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Rua Paschoal Marmo, 1888 Jardim Nova Itália CEP 13484-332 – Limeira/SP INTRODUÇÃO Resíduos de serviço de saúde são resíduos especiais, que por suas características necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição final. O perigo está associado à toxicidade, radioatividade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, além do caráter de patogenicidade. Já seus riscos podem afetar as pessoas que tenham contato direto ou indireto podendo ocorrer exposição das mesmas durante a manipulação, armazenamento, tratamento e disposição final, ou atingindo o meio ambiente, e consequentemente a população, uma vez que a disposição inadequada a céu aberto ou em cursos de água representa um fator preocupante na disseminação de doenças por meio de vetores que se multiplicam nestes locais. A necessidade de levantar esta questão em Crisópolis/BA, durante a Operação 2 de Julho, foi observada na viagem precursora, onde notou-se que este tipo de resíduos não recebiam nenhum cuidado especial, sendo assim, eram recolhidos, segregados e destinados juntamente com resíduos comuns. MATERIAIS E MÉTODOS A atividade desenvolvida no município de Crisópolis foi uma palestra informativa, aberta à discussão dos presentes, como apresentado pela Figura 1a. O material informativo utilizado está exibido na Figura 1b. O público alvo foram os profissionais da área de saúde e seus agentes. RESULTADOS E DISCUSSÃO Além das informações quanto à correta segregação, o risco que estes resíduos podem causar e levando-se em consideração que o município dificilmente contará com tratamentos como esterilizações, desinfecção, incineração ou pirólise, foi proposta uma alternativa de tratamento simplificado para estes tipos de resíduos – as valas sépticas. O esquema de operação de uma vala séptica é representado na figura 2. Figura 2 - Esquema operacional de uma vala séptica (ANVISA, 2006) O método da vala séptica consiste na disposição final do RSS sem tratamento prévio em valas escavadas no solo em locais isolados e de acesso limitado. Nessas valas os resíduos são tratados por meio de reação exotérmica com cal virgem e recobertos por terra, e não sofrem compactação para que não haja o rompimento dos invólucros que os acondicionam. A alternativa mostrou-se viável uma vez que, o município atende geologicamente e ambientalmente às exigências para implantação de uma vala, possuindo um local distante de lençol freático e com solo de baixa permeabilidade. CONCLUSÕES Ressalvou-se grande interesse dos profissionais com relação ao assunto abordado, observou-se ainda que, mesmo sendo muitos deles profissionais da área de saúde, poucos tinham conhecimento com a temática. Espera-se, ao menos, um maior cuidado dos profissionais na manipulação destes resíduos. A ideia da implantação e funcionamento de uma vala séptica foi deixada como um projeto a ser discutido e implantado pelo poder público do município. AGRADECIMENTOS (a) (b) Figura 1 – Desenvolvimento da atividade em Crisópolis (a) apresentação com os profissionais e agentes de saúde; (b) manual de RSS.