REDEMAT - Rede Temática em Engenharia de Materiais UFOP – CETEC – UEMG Pós-graduação em Engenharia de Materiais UFOP - CETEC - UEMG DISSERTAÇÃO DE MESTRADO “Investigação das Características dos Minérios de Ferro da CVRD que Influenciam seu Comportamento na Moagem” Magno Rodrigues Ribeiro Orientador: Prof. Dr. Cláudio Batista Vieira Co-Orientador: Prof. Dr. José Aurélio Medeiros da Luz Co-Orientador: Dr. Camilo Carlos da Silva Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais da Rede Temática em Engenharia de Materiais, como parte integrante dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Engenharia dos Materiais. Área de concentração: Processos de Fabricação. Ouro Preto, 07 de junho de 2004. R484i Ribeiro, Magno Rodrigues. Investigação das características dos minérios de ferro da CVRD que influenciam seu comportamento na moagem [manuscrito] / Magno Rodrigues Ribeiro. – 2004. xviii, 111 f. : il. color., graf., tabs. Orientador: Prof. Dr. Cláudio Batista Vieira. Co-orientador: Prof. Dr. José Aurélio Medeiros da Luz. Co-orientador: Dr. Camilo Carlos da Silva. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Ouro Preto. Rede Temática em Engenharia de Materiais. Área de concentração: Processos de fabricação. 1. Moagem - Teses. 2. Minérios de ferro - Teses. I. Universidade Federal de Ouro Preto. II. Título. CDU: 622.341 Catalogação: [email protected] ii iii “Só sabemos com exatidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida.” Johann Wolfgang von Goethe † 1749 - ‡ 1832 iv Dedicatória Aos meus pais, in memoriam, e à minha esposa Eliza. v Agradecimentos À Companhia Vale do Rio Doce e à Redemat pelo apoio para a realização deste trabalho. Ao Dr. Camilo Carlos Silva, pelas discussões, pelo incentivo e pela colaboração. Ao Professor Dr. Cláudio Batista Vieira pela orientação, apoio, entusiasmo e estímulo. Às pessoas que me apoiaram em discussões, revisões e ajuda, especialmente, Paulo Antônio de Souza Júnior, Dr. José Aurélio Medeiros da Luz e Dr. Fernando Leopoldo von Krüger. Aos colegas do laboratório da CVRD e da Metramin, pelo comprometimento, esforço, atendimento, e companheirismo. Aos colegas de trabalho pelo apoio, em especial, para Carlos Eduardo Almeida da Silva, Rita Virgínia Gabriel da Silva e Marcos Antonio Medeiros Goossens. Aos pioneiros José Murilo Mourão, Leonídio Stegmiller e Joaquim Donizetti Donda, pelo exemplo e apoio. vi Sumário Dedicatória ................................................................................................................................. v Agradecimentos......................................................................................................................... vi Lista de Tabelas......................................................................................................................... ix Lista de Figuras ......................................................................................................................... xi Lista de Figuras ......................................................................................................................... xi Lista de Quadros......................................................................................................................xiii Lista de Quadros......................................................................................................................xiii Resumo .................................................................................................................................... xv Abstract ..................................................................................................................................xvii 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1 2. OBJETIVOS........................................................................................................................... 4 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................................... 5 3.1. Cominuição ...................................................................................................................... 5 3.2. Mecanismos de fratura..................................................................................................... 6 3.3. Leis da Cominuição ......................................................................................................... 8 3.4. O balanço populacional.................................................................................................. 11 3.5. Modelos fundamentais ................................................................................................... 13 3.6. O ensaio de moabilidade da CVRD ............................................................................... 13 3.7. A relação entre moabilidade e microestrutura ............................................................... 16 3.8. Os ensaios de moabilidade do Midland Research Center e da Samarco Mineração ..... 19 3.9. A Lei de Rittinger e a prática industrial......................................................................... 21 4. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................ 22 4.1. Seleção dos tipos de minérios a serem estudados.......................................................... 22 4.2. Planejamento estatístico dos experimentos.................................................................... 23 4.3. Caracterização dos minérios .......................................................................................... 25 4.3.1. Análise química via fluorescência de raios-X ......................................................... 25 4.3.2. Análise da distribuição granulométrica via peneiramento a úmido e espalhamento de laser ............................................................................................. 26 4.3.3. Medição dos parâmetros de porosimetria via BET – adsorção de N2 .................... 26 4.3.4. Análise por microscopia óptica............................................................................... 27 vii 4.3.5. Determinação da densidade real............................................................................. 27 4.3.6. Determinação da superfície específica no permeâmetro Fisher............................. 27 4.4. Moagem dos minérios em bancada................................................................................ 29 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 30 5.1. Análise química dos minérios........................................................................................ 30 5.2. Caracterização mineralógica e microestrutural.............................................................. 30 5.3. Avaliação dos parâmetros de porosidade e de superfície específica via método de adsorção por nitrogênio (BET) ...................................................................................... 33 5.4. Resultados de energia e correção dos mesmos .............................................................. 34 5.5. Resultados dos ensaios de moabilidade em escala de bancada...................................... 36 6. DESENVOLVIMENTO DOS MODELOS ......................................................................... 41 6.1. Escolha da variável resposta .......................................................................................... 41 6.2. Escolha das variáveis independentes ............................................................................. 43 6.3. Obtenção de modelos por regressão linear múltipla ...................................................... 45 6.4. Análise dos resultados utilizando o modelamento de misturas proposto ...................... 49 6.5. Modelo para a moabilidade conforme a superfície específica....................................... 50 6.5.1. Modelo Linear ......................................................................................................... 50 6.5.2. Modelo Quadrático.................................................................................................. 52 6.5.3. Modelo Cúbico Especial.......................................................................................... 55 6.5.4. Comparação entre os três modelos ........................................................................ 57 6.6. Modelo para a moabilidade conforme a granulometria menor que 45 µm.................... 60 6.7. Avaliação do uso de média ponderada como forma de cálculo do índice de moabilidade de misturas de minérios ............................................................................ 65 7. CONCLUSÕES.................................................................................................................... 70 8. SUGESTÕES DE TRABALHOS FUTUROS..................................................................... 72 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................. 73 APÊNDICE A – Lista de variáveis utilizadas.......................................................................... 81 APÊNDICE B – Banco de dados ............................................................................................. 82 APÊNDICE C – Fotomicrografias obtidas por microscopia óptica de luz refletida................ 88 APÊNDICE D – Gráficos de superfície específica versus energia para cada mistura............. 93 APÊNDICE E – Gráficos de granulometria (% passante em 45 µm) versus logaritmo neperiano da energia para cada mistura........................................................ 97 APÊNDICE F – Distribuições granulométricas dos experimentos (percentuais retidos)...... 101 viii Lista de Tabelas Tabela 1 - Planejamento dos experimentos gerado com as proporções dos componentes das misturas........................................................................................................... 25 Tabela 2 - Análise química dos minérios selecionados (% em massa). ................................. 30 Tabela 3 - Distribuição (%) por classes de tamanho de cristal e de seu tamanho médio harmônico (mm).................................................................................................... 31 Tabela 4 - Análise morfológica em microscopia óptica dos minérios selecionados (% em massa). .................................................................................................................. 33 Tabela 5 - Resultados de medição de porosidade dos minérios pelo método BET. .............. 34 Tabela 6 - Energias medidas [kWh/t] após ajustes usando a equação (2).............................. 36 Tabela 7 - Resultados de superfície específica medida pelo permeâmetro Fisher, para diversos tempos de moagem, e índices de moabilidade [m².10-1.W-1.h-1] (inclinações) calculados. ....................................................................................... 37 Tabela 8 - Resultados obtidos do percentual menor que 45 µm, para diversos tempos de moagem, e índices de moabilidade [t. kW-1.h-1] (inclinações) calculados........... 38 Tabela 9 - Resultados de superfície específica [cm²/g] e inclinações [m².10-1.W-1.h-1] calculadas, para diversos tempos de moagem, sendo a superfície específica calculada pela equação (7), utilizando o tamanho médio harmônico das partículas e a densidade real dos minérios............................................................ 39 Tabela 10 - Matriz de correlações entre variáveis que representam a moabilidade................. 43 Tabela 11 - Correlações entre as variáveis ligadas à morfologia............................................. 45 Tabela 12 - Correlações entre as variáveis químicas ............................................................... 45 Tabela 13 - Correlações entre as variáveis ligadas à porosidade. ............................................ 45 Tabela 14 - Teores (%) calculados e utilizados no presente estudo de cada grupo de morfologias. .......................................................................................................... 49 Tabela 15 - Coeficientes do modelo linear para previsão da moabilidade conforme superfície específica.............................................................................................. 51 Tabela 16 - Coeficientes do modelo quadrático para previsão da moabilidade conforme superfície específica.............................................................................................. 53 Tabela 17 - Coeficientes do modelo cúbico especial para a moabilidade conforme superfície específica.............................................................................................. 55 Tabela 18 - Análise de variância para os modelos de moabilidade conforme superfície específica.............................................................................................. 57 Tabela 19 - Comparação da previsão da moabilidade [m².10-1.W-1.h-1] conforme a superfície específica pelos modelos linear, quadrático e cúbico especial. ........... 57 Tabela 20 - Comparação entre os modelos linear, quadrático e cúbico especial para a moabilidade conforme a granulometria. ............................................................... 60 ix Tabela 21 - Coeficientes do modelo linear para a moabilidade conforme a granulometria..... 61 Tabela 22 - Valores previstos para 20% de cada morfologia................................................... 61 Tabela 23 - Limites de validade dos modelos (% de cada morfologia). .................................. 62 Tabela 24 - Comparação entre a média ponderada e o resultado de índice de moabilidade padrão CVRD........................................................................................................ 67 Tabela 25 - Modelo quadrático de previsão do índice de moabilidade em função dos minérios estudados................................................................................................ 67 Tabela 26 - Banco de dados – parte 1. ..................................................................................... 82 Tabela 27 - Banco de dados – parte 2. ..................................................................................... 83 Tabela 28 - Banco de dados – parte 3. ..................................................................................... 84 Tabela 29 - Banco de dados – parte 4. ..................................................................................... 85 Tabela 30 - Banco de dados – parte 5. ..................................................................................... 86 Tabela 31 - Banco de dados – parte 6. ..................................................................................... 87 Tabela 32 - Distribuições granulométricas dos experimentos 1 e 2....................................... 101 Tabela 33 - Distribuições granulométricas dos experimentos 3 e 4....................................... 101 Tabela 34 - Distribuições granulométricas dos experimentos 5 e 6....................................... 102 Tabela 35 - Distribuições granulométricas dos experimentos 7 e 8....................................... 102 Tabela 36 - Distribuições granulométricas dos experimentos 9 e 10..................................... 103 Tabela 37 - Distribuições granulométricas dos experimentos 11 e 12................................... 103 Tabela 38 - Distribuições granulométricas dos experimentos 13 e 14................................... 104 Tabela 39 - Distribuições granulométricas dos experimentos 15 e 16................................... 104 Tabela 40 - Distribuições granulométricas dos experimentos 17 e 18................................... 105 Tabela 41 - Distribuições granulométricas dos experimentos 19 e 20................................... 105 Tabela 42 - Distribuições granulométricas dos experimentos 21 e 22................................... 106 Tabela 43 - Distribuições granulométricas dos experimentos 23 e 24................................... 106 Tabela 44 - Distribuições granulométricas dos experimentos 25 e 26................................... 107 Tabela 45 - Distribuições granulométricas dos experimentos 27 e 28................................... 107 Tabela 46 - Distribuições granulométricas dos experimentos 29 e 30................................... 108 Tabela 47 - Distribuições granulométricas dos experimentos 31 e 32................................... 108 Tabela 48 - Distribuições granulométricas dos experimentos 33 e 34................................... 109 Tabela 49 - Distribuições granulométricas dos experimentos 35 e 36................................... 109 Tabela 50 - Distribuições granulométricas dos experimentos 37 e 38................................... 110 Tabela 51 - Distribuições granulométricas dos experimentos 39 e 40................................... 110 Tabela 52 - Distribuições granulométricas dos experimentos 41 e 42................................... 111 x Lista de Figuras Figura 1 - Fluxograma típico de moagem de uma usina de pelotização da CVRD. ................ 2 Figura 2 - Mecanismos de fratura, energia aplicada e distribuição dos fragmentos resultantes, adaptada de Kelly e Spottiswood (1982).............................................. 8 Figura 3 - Relação entre a energia consumida e o tamanho da partícula do produto (Hukki, 1961, apud BERALDO, 1987, p.12, adaptada por Conti et al., 2001). .............. 11 Figura 4 - Desenho esquemático do moinho usado para o ensaio de moabilidade (Conti et al., 2001). ............................................................................................... 14 Figura 5 - Fotografia do moinho usado para o ensaio de moabilidade. ................................. 14 Figura 6 - Exemplo de gráfico para previsão de consumo de energia de moagem (DONDA, 1998, p. 112). ....................................................................................... 20 Figura 7 - Fluxograma das atividades experimentais desenvolvidas neste trabalho.............. 22 Figura 8 - Comparação entre o índice de moabilidade padrão e a moabilidade representada pela inclinação da reta superfície versus energia. Cada caso representa um experimento realizado em duplicata. Cada ponto representa a média de um par de resultados e as incertezas foram representadas pela metade da diferença entre o maior e o menor valor do par de resultados .............................................. 41 Figura 9 - Importância dos efeitos das variáveis e interações no modelo linear de previsão da moabilidade conforme superfície específica .................................................... 51 Figura 10 - Verificação do modelo linear de previsão da moabilidade conforme superfície específica. .............................................................................................................. 52 Figura 11 - Importância dos efeitos das variáveis e interações no modelo quadrático de previsão da moabilidade conforme superfície específica...................................... 54 Figura 12 - Verificação do modelo quadrático de previsão da moabilidade conforme superfície específica. ............................................................................................. 54 Figura 13 - Importância dos efeitos das variáveis e interações no modelo cúbico especial de previsão da moabilidade conforme superfície específica. ................................ 56 Figura 14 - Verificação do modelo cúbico especial para a moabilidade conforme superfície específica. ............................................................................................. 56 Figura 15 - Variação da superfície específica em função da energia de moagem e da quantidade de hematita lobular.............................................................................. 59 Figura 16 - Variação da superfície específica em função da energia de moagem e da quantidade de hematita microcristalina. ................................................................ 59 Figura 17 - Extrapolação do modelo linear para comparação das morfologias. ..................... 60 Figura 18 - Verificação do modelo linear de previsão da moabilidade conforme granulometria......................................................................................................... 62 Figura 19 - Variação do %<45 µm com a energia de moagem e o % de hematita lobular..... 63 xi Figura 20 - Variação do %<45 µm com a energia de moagem e o % de hematita microcristalina. ...................................................................................................... 64 Figura 21 -Gráficos de verificação do modelo de média ponderada para previsão da moabilidade. .......................................................................................................... 68 Figura 22 - Gráfico de Pareto para comparação dos coeficientes dos minérios e suas interações (modelo quadrático) sobre o índice de moabilidade. ........................... 68 Figura 23 - Gráficos de verificação do modelo quadrático para previsão do índice de moabilidade em função dos minérios.................................................................... 69 Figura 24 - Fotomicrografias do minério de Gongo Soco (aumento 200 X). ......................... 88 Figura 25 - Fotomicrografias do minério de Timbopeba (aumento 200 X)............................ 89 Figura 26 - Fotomicrografias do minério de Alegria (aumento 200 X). ................................. 90 Figura 27 - Fotomicrografias do minério de Conceição (aumento 200 X). ............................ 91 Figura 28 - Fotomicrografias do minério de Carajás (aumento 200 X). ................................. 92 Figura 29 - Gráficos de superfície específica versus energia para as misturas de números 1 a 5. ...................................................................................................................... 93 Figura 30 - Gráficos de superfície específica versus energia para as misturas de números 6 a 10. .................................................................................................................... 94 Figura 31 - Gráficos de superfície específica versus energia para as misturas de números 11 a 15. .................................................................................................................. 95 Figura 32 - Gráficos de superfície específica versus energia para as misturas de números 16 a 21. .................................................................................................................. 96 Figura 33 - Gráficos de granulometria (passante em 45 µm) versus logaritmo neperiano da energia para as misturas de números 1 a 5. ...................................................... 97 Figura 34 - Gráficos de granulometria (passante em 45 µm) versus logaritmo neperiano da energia para as misturas de números 6 a 10. ................................................... 98 Figura 35 - Gráficos de granulometria (passante em 45 µm) versus logaritmo neperiano da energia para as misturas de números 11 a 15. .................................................. 99 Figura 36 - Gráficos de granulometria (passante em 45 µm) versus logaritmo neperiano da energia para as misturas de números 16 a 21. ................................................ 100 xii Lista de Quadros Quadro 1 - Classificação dos minérios quanto ao percentual de partículas policristalinas (SILVA, 2003). ...................................................................................................... 16 Quadro 2 - Principais tipos texturais de cristais de óxidos e óxido-hidróxidos de ferro.......... 18 Quadro 3 - Parâmetros dos ensaios e energias calculadas para os diferentes tempos de moagem. ................................................................................................................. 35 xiii “Investigação das Características dos Minérios de Ferro da CVRD que Influenciam seu Comportamento na Moagem” xiv Resumo A principal fonte de material utilizado nas pelotizações é a parcela das jazidas de minério de ferro cujo tamanho é naturalmente inferior a 6 mm e também dos finos gerados na lavra, no processamento de concentração, na classificação, no manuseio e no transporte do minério. Na pelotização, a moagem do minério se torna necessária para adequar sua superfície específica e distribuição granulométrica às exigências da produção de pelotas. A moagem é responsável por grande parte do consumo de energia de uma usina de pelotização e em alguns casos determina sua capacidade de produção. Informações sobre como os minérios afetam a moagem podem ser utilizadas para aumento de capacidade, redução de custos; verificação rotineira de anomalias de processo de moagem, como variações na distribuição granulométrica ou na taxa de alimentação dos moinhos; mapeamento das minas conforme a moabilidade para efeito de planejamento plurianual; aprimoramento da metodologia de previsão de comportamento na moagem de diferentes pilhas de minérios. Dessa forma, o principal objetivo deste trabalho foi estudar características de minérios de ferro utilizados no complexo de pelotização da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) em Vitória que influenciam seu comportamento na moagem. Realizou-se o trabalho em três etapas: caracterização física, química, e microestrutural de minérios e suas misturas; escolha de misturas de minérios segundo uma metodologia estatística de planejamento de experimentos apropriada para misturas; ensaio padrão de moagem em quatro tempos; correlação das características investigadas com os resultados dos ensaios e elaboração dos modelos estatísticos de previsão da moabilidade. Verificou-se que a Lei de Rittinger pôde ser aplicada às diversas misturas que compuseram esse trabalho e que abrangem parcialmente a gama de morfologias normalmente utilizadas nas usinas de pelotização em Vitória. Mostrou-se que há diversas formas de se indicar a moabilidade e que há correlação entre elas. Verificou-se a validade de se utilizar o índice de moabilidade padrão. Avaliou-se a metodologia de cálculo do índice de moabilidade de misturas por meio de média ponderada pela massa de cada componente da mistura. Estabeleceu-se uma relação linear entre o valor de superfície específica medida pelo permeâmetro Fisher e uma estimativa da superfície específica com base na distribuição granulométrica medida por espalhamento de laser. xv Foram apresentados dois modelos lineares para previsão de comportamento na moagem: um com base na geração de superfície específica e outro com base no desaparecimento do material no tamanho de 45 µm. As morfologias e mineralogias foram agrupadas em cinco categorias, classificadas em ordem crescente de moabilidade com relação à superfície específica da seguinte forma: i) hematita lobular; ii) hematita lamelar e especular; iii) hematita granular; iv) martita; goethita e limonita; v) hematita microcristalina. Com relação à taxa de desaparecimento do material no tamanho de 45 µm, os cinco grupos estudados foram assim classificados: i) hematita lobular; ii) martita, goethita e limonita; iii) hematita granular; iv) hematita lamelar e especular; v) hematita microcristalina. xvi Abstract The main source of raw material to pelletizing plants is the fraction of iron ore naturally smaller than 6 mm and also the fines generated in the mines or in the beneficiation, classification, handling or transportation of the ore. In pelletizing plants, grinding is necessary to suit their specific surface area and size distribution to the pellet production requirements. Grinding is responsible for a big share of the energy consumption in a pelletizing plant and, in some cases, it determines the palnt capacity. Information concerning how the different ores affect their grinding behavior can be utilized to increase capacity and decrease production costs; routine check of daily process anomalies such as size distribution variations or feed rate to the balling mills; mapping of the mines sections concearning grindability in order to elaborate a multiannual production plan; improvement of the methodology of grinding behavior prediction for different iron ore piles. Thus, the main objective of this work was to study characteristics of the iron ores supplied to the pelletizing plants complex of Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) located in Vitoria, which have influence on their grinding process parameters. The study was carried out in three parts: physical, chemical, mineralogical and microstructural characterization of iron ores and blends; standard batch tests to estimate the grinding behavior according to a mixture design (simplex-lattice) and correlation of investigated characteristics with batch tests results. It was observed that the Rittinger’s Law could be applied to the different studied iron ore mixtures, and to the morphologies typically used in pelletizing plants in Vitoria. Many different ways to express grindability were studied, as the correlations between them. It was proved the effectiveness of standard grindability index. It was studied the use of weighted average to calculate the grindability index of a mixture. It was found a linear relation between specific surface area measured by Fisher and estimated by size distribution measured by laser scattering. Two linear models of grinding behavior were established: one based on specific surface generation and another based on material disappearing rate of the 45 µm size. The morphologies were classified in ascending order of grindability regarding specific surface: xvii lobular hematite, lamellar hematite, granular hematite, martitic hematite with goethite, microcrystalline hematite. The morphologies were classified in ascending order of grindability regarding material disappearing rate of the 45 µm size: lobular hematite, martitic hematite with goethite, granular hematite, lamellar hematite, microcrystalline hematite. xviii 1. INTRODUÇÃO A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) é a maior mineradora diversificada das Américas, maior prestadora de serviços de logística do Brasil e maior geradora de divisas do País (CVRD, 2004). É também a maior produtora e exportadora de minério de ferro do mundo. Possui dois sistemas principais de produção e logística constituídos por mina-ferrovia-porto. O Sistema Norte compreende a mina de ferro de Carajás, no Sul do Pará, a Estrada de Ferro Carajás e o Porto de Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão. O Sistema Sul é constituído essencialmente pelas minas de Cauê, Conceição, Alegria, Timbopeba e Gongo Soco, localizadas em Minas Gerais, e pela ferrovia Vitória-Minas, que leva o minério da região das minas até o complexo portuário da Ponta de Tubarão em Vitória, Espírito Santo. O Departamento de Pelotização (DIPE) é uma unidade da Diretoria Executiva de Ferrosos da CVRD e tem por objetivo o aproveitamento de partículas finas e ultrafinas geradas nas operações de extração e beneficiamento de minério de ferro. Um grande complexo industrial, constituído por sete usinas de pelotização, está instalado na Ponta de Tubarão. Sob a responsabilidade desse Departamento estão também uma usina localizada em Ouro Preto, Minas Gerais e outra em São Luís, no Maranhão. As nove usinas apresentam capacidade anual de produção de 35 milhões de toneladas de pelotas. O principal material utilizado nas pelotizações provém da parcela das jazidas de minério de ferro cujo tamanho é naturalmente inferior a 6 mm e também dos finos gerados na lavra, no processamento de concentração, na classificação, no manuseio e no transporte do minério. Na pelotização, a moagem do minério se torna necessária para adequar as características de superfície específica e distribuição granulométrica dos finos de minérios de ferro às exigências para a produção de pelotas. A moagem é uma das etapas que mais consomem energia em uma usina de pelotização. Os moinhos são equipamentos de alto custo e seu correto dimensionamento consiste, principalmente, em determinar a quantidade de energia que os minérios vão demandar para atingir um determinado tamanho. 1 Nas sete usinas do complexo de Tubarão, há 16 moinhos de bolas para realização da moagem. A maioria desses moinhos tem 5,2 m de diâmetro e 10,4 m de comprimento, trabalhando com uma potência média de 4,0 MW. Trata-se de moagem a úmido, em circuito padrão, fechado com hidrociclones, conforme mostra a Figura 1. Diâmetro dos moinhos (m) 5,2 Comprimento dos moinhos (m) 10,4 Alimentação (t/h) 250 Potência (MW) 4 Número de hidrociclones 6 Diâmetro dos hidrociclones (mm) Minério proveniente das pilhas de homogeneização Para espessador 500 Hidrociclone 1850 cm²/g Água Moinho de Bolas 450 cm²/g Água Bomba Figura 1 – Fluxograma típico de moagem de uma usina de pelotização da CVRD. Os minérios utilizados em Vitória são provenientes das minas do Quadrilátero Ferrífero e, em menor escala, da Serra dos Carajás. Eles são dispostos em pilhas de homogeneização com capacidade para abastecer as usinas por aproximadamente quatro dias. No passado, a escolha dos minérios para formar cada pilha levava em consideração a disponibilidade das minas, a qualidade química dos minérios e das pelotas que se desejava produzir. Isso levava a grandes flutuações na capacidade produtiva das usinas, em função da produtividade da moagem, porque a resistência à moagem dos minérios variava . Tornou-se necessário criar um índice que pudesse prever o comportamento da moagem em função dos diferentes tipos de minério. No início dos anos oitenta, com a criação de um índice de moabilidade, a CVRD classificou seus principais produtos das minas destinados à 2 pelotização e passou a utilizar mais esse critério para formação das pilhas, bem como controle e planejamento. Uma crítica que se faz atualmente ao uso do índice de moabilidade é que mudanças de características intrínsecas dos minérios, que afetam a produtividade das usinas de pelotização, não são retratadas no índice. Variações acentuadas do minério em função de mudanças de frente de lavra se refletem no desempenho da moagem, mas não no índice, pois este é histórico, ou seja, é medido nos minérios processados no passado. Quando se trata de minério proveniente de uma mina pouco homogênea, onde a composição mineralógica e morfológica dos minérios se altera ao longo do tempo, a atualização do índice deve ser bastante freqüente, o que nem sempre ocorre. A CVRD encontra-se num momento em que todas suas minas estão sendo detalhadamente mapeadas segundo diversos parâmetros, incluindo-se parâmetros mineralógicos e morfológicos dos seus produtos. Este trabalho pretende aumentar o conhecimento da influência desses parâmetros sobre o comportamento da moagem. Espera-se que, no futuro, um conhecimento completo dos minérios que alimentam as usinas de pelotização permita: i. mapear as minas conforme a moabilidade para efeito de planejamento plurianual de lavra; ii. aprimorar a metodologia de previsão de comportamento na moagem de cada tipo de minérios; iii. verificar anomalias rotineiras no processo de moagem, como variações na distribuição granulométrica ou na taxa de alimentação dos moinhos; iv. aumentar a capacidade e reduzir o custo da moagem. Dessa forma, o principal objetivo deste trabalho é estudar características de minérios de ferro utilizados no complexo de pelotização da CVRD em Vitória que influenciam seu comportamento na moagem. 3 2. OBJETIVOS O principal objetivo deste trabalho é investigar características de minérios de ferro utilizados no complexo de pelotização da CVRD em Vitória que influenciam seu comportamento na moagem. Enumeram-se os seguintes objetivos específicos deste trabalho: i. avaliação da aplicação da Lei de Rittinger para moagem fina; ii. determinação e comparação (em escala de laboratório) de diferentes índices de previsão da moabilidade; iii. desenvolvimento de modelos de previsão dos índices de moabilidade de minérios e de suas misturas, em função das suas características intrínsecas; iv. comparação da metodologia de medição de moabilidade utilizada no presente trabalho com a existente na rotina da CVRD. 4 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1. Cominuição No campo de beneficiamento de minérios, a operação de fragmentação consiste em um conjunto de técnicas que têm por finalidade reduzir um sólido de determinado tamanho em elementos de tamanho menor. Define-se cominuição como sendo o processo de redução de tamanho por processos mecânicos. A operação de fragmentação compreende diversos estágios que se aplicam ao minério, desde a mina, até sua adequação ao processo industrial subseqüente. Os principais objetivos de se reduzir o tamanho das partículas são: i. permitir a geração de partículas em tamanho adequado às etapas posteriores de processo; ii. liberar os minerais de interesse econômico dos minerais de ganga; iii. aumentar a superfície específica das partículas, facilitando o acesso de agentes químicos, (por exemplo, processos de lixiviação), ou agentes físicos (por exemplo, calor nos processos pirometalúrgicos); Na operação das usinas de pelotização, a distribuição granulométrica adequada dos minérios moídos é determinada de modo empírico. Como a maior parte das partículas de um produto moído pelotizável está abaixo da faixa usual das peneiras de laboratório, a medição da distribuição granulométrica nas frações de interesse não é feita por peneiramento. Quando uma planta possui muitos moinhos, os medidores de tamanho de partículas em tempo real se tornam especialmente caros por poderem ser utilizados em apenas dois ou três fluxos, no máximo, devendo ser adquiridos vários medidores para atender a toda a planta. Como exemplos de medidores em tempo real, citam-se o PSM-400 (THERMO GAMMAMETRICS, 2004), fundamentado em atenuação de seis diferentes freqüências ultra-sônicas e o PSI-500 (OUTOKUMPU, 2004), fundamentado em difração de laser. 5 O tempo de resposta da análise granulométrica é fator crítico para que se possa atuar no controle de processo de moagem. Quando não se dispõe dos citados equipamentos de medição e para evitar uma quantidade excessiva de trabalho e tempo, usualmente, determina-se apenas a fração menor que 45 µm. Nota-se que, à medida que um sólido é pulverizado, a sua área superficial aumenta, para uma mesma massa. A determinação do valor da superfície específica é, portanto, um critério bastante adequado para medir o grau de cominuição de um determinado material. Entretanto, também nesse caso devem ser levados em conta problemas experimentais (SCHNEIDER; NEUMANN, 2002). Os métodos usuais são aqueles em que se mede diretamente a permeabilidade1 da amostra, preparada de acordo com procedimento padrão. De acordo com Malghan e Mular (1982), os processos mais usuais para medida indireta da área de superfície são permeametria Blaine, permeametria Fisher e adsorção de gases, como, por exemplo, N2, utilizado na técnica conhecida como BET (PENA, 2002). Uma comparação entre os diferentes métodos de medição, particularmente quando os processos de adsorção de gás são usados, mostra consideráveis diferenças entre os valores medidos. Entretanto, em operação prática, está provado que as medições de permeabilidade podem ser padronizadas até que a reprodutibilidade dessas medições seja suficiente para permitir o controle do processo industrial que delas depende (MALGHAN; MULAR, 1982). 3.2. Mecanismos de fratura A quebra de partículas minerais se dá pela formação de novas superfícies através de aplicação de forças maiores que as forças de coesão ao longo das superfícies das partículas. Portanto, o resultado do processo de quebra é uma distribuição de fragmentos menores. A distribuição característica de tamanhos do produto de fragmentação depende não só da natureza das forças de coesão interna das partículas como também da forma de energia e da intensidade com que ela foi aplicada sobre a partícula. 1 Propriedade dos corpos que se deixam atravessar por líquidos, gases (KOOGAN; HOUAISS, 2004). 6 Dentre as diversas formas de energia que poderiam ser transformadas em energia de fragmentação, incluem-se as energias térmica, elétrica, acústica e mecânica. Alguns pesquisadores têm estudado a aplicação de outras formas de energia ao minério anterior à sua moagem, na tentativa de se reduzir o custo global da operação. Essa energia faz com que haja redução da coesão interna. Como exemplos, recentes, citam-se: i. Nielsen e Malvik (1999): uso de explosivos para geração de trincas no material; ii. Kingman, Vorster e Rowson (2000): aplicação de micro-ondas para geração de tensões internas no material; iii. Améen (2000): desintegração elétrica por aplicação de alta tensão para enfraquecer a ligação entre os cristais. A história de esforços aos quais o material foi submetido afeta sua facilidade de ser moído. Observa-se, por exemplo, na prática da CVRD, que o circuito de moagem onde o minério passa por uma prensa de rolos antes dos moinhos apresenta produtividade superior aos circuitos onde isso não ocorre. Existem três tipos principais de mecanismos de quebra, em ordem crescente de intensidade de energia aplicada: abrasão, compressão e impacto. Na abrasão por cisalhamento, a fratura ocorre quando as forças aplicadas são insuficientes para provocar fraturas ao longo de toda a partícula. Prevalece uma concentração de esforços, na área periférica que provoca o aparecimento de pequenas fraturas. A distribuição resultante desse processo de quebra é aquela em que partículas muito menores em tamanho convivem com partículas de tamanho próximo ao original. Esse tipo de distribuição granulométrica é observado freqüentemente nos produtos de moagem autógena (sem o uso de corpos moedores). No mecanismo de compressão ou esmagamento, a fratura ocorre quando forças são aplicadas lenta e progressivamente, permitindo o alívio do esforço com o aparecimento da fratura. Em geral, as forças de compressão aplicadas são pouco superiores à resistência das rochas ou das partículas. São gerados fragmentos de tamanhos relativamente grandes e em pequeno número. 7 Em moinhos de bolas, verifica-se a compressão das partículas entre corpos moedores ou entre as partículas maiores. O mecanismo de choque ou impacto ocorre quando as forças de fragmentação são aplicadas de forma rápida e em intensidade muito superior à resistência das partículas submetidas à fragmentação. A distribuição granulométrica resultante é rica em partículas de tamanho inferior ao tamanho da partícula original. No interior dos moinhos de bolas observa-se esse mecanismo nas áreas de impacto dos corpos moedores sobre as partículas de minério. A Figura 2 mostra, esquematicamente, os tipos de mecanismos de fratura de partículas e energia aplicada juntamente com a distribuição granulométrica dos produtos da quebra. Figura 2 - Mecanismos de fratura, energia aplicada e distribuição dos fragmentos resultantes, adaptada de Kelly e Spottiswood (1982). 3.3. Leis da Cominuição Ao longo de quase 150 anos, diferentes tipos de modelos empíricos têm sido propostos para correlacionar consumo de energia na moagem com resistência à fragmentação de partículas de diferentes tipos, tamanhos e formas. Os principais trabalhos ficaram conhecidos como as chamadas três leis da cominuição (MARSHALL, 1966) enunciadas a seguir. Essas leis, bem como a relação entre elas, expressas pelos trabalhos de Charles (apud BERALDO, 1987, 8 p.10) e de Hukki (apud LOWRISON, 1974, p.54), são freqüentemente citadas na literatura (LYNCH, 1977). Em 1857, Rittinger (apud AUSTIN; KLIMPEL, 1964), lançou a chamada Primeira Lei da Cominuição ou Lei de Rittinger que diz que o trabalho necessário para realizar a fragmentação de uma partícula é proporcional à superfície nova nela gerada. Em 1883, Kick, (apud NAPIER-MUNN et al., 1996, p.11) lançou a chamada Segunda Lei da Cominuição ou Lei de Kick, que diz que a energia por unidade de massa é constante para reduções de tamanho similares. Uma das formas atualmente mais amplamente aceita para definir a energia necessária para fragmentar um material foi proposta em 1952 por Fred Bond (apud FIGUEIRA; ALMEIDA; PEREIRA NETO, 1995, p.112), através da, assim chamada, Terceira Lei da Cominuição, que diz que a energia consumida para reduzir o tamanho de um material é inversamente proporcional à raiz quadrada do tamanho. Ele definiu como tamanho, a abertura da peneira pela qual passam 80% do material na alimentação e no produto do moinho (BOND, apud FIGUEIRA; ALMEIDA; PEREIRA NETO, 1995, p.112). Bond (apud NAPIER-MUNN et al., 1996, p.13) propôs o uso de um índice conhecido como Wi (Work Index, ou índice de trabalho), que é definido como o trabalho necessário para reduzir uma massa de uma tonelada curta (907 kg) de um dado material, de tamanho inicial infinito, até um tamanho final menor que 100 µm. O Wi é, portanto, uma característica do material. Dessa forma, pode-se calcular a energia necessária para a redução de tamanho, dentro de uma determinada faixa de aplicação, de um material cujo Wi seja previamente conhecido, de um tamanho inicial qualquer a um tamanho final qualquer pela equação: 1 1 W = 10 Wi − F P Sendo: (1) W = energia específica [kWh/t] (t = tonelada curta = 907kg) P = tamanho do produto [mm] F = tamanho da alimentação [mm] 9 Observa-se que as leis energéticas teóricas da fragmentação, e mais especificamente a Lei de Bond, modificada por um produto de oito fatores de natureza mecânico operacional, referenciados por Rowland e Kjos (1997), são largamente utilizadas no dimensionamento real de máquinas de fragmentação. O assunto da simplificação do teste de Bond ainda é alvo de pesquisa, como visto em Berry e Bruce (1966), Magdalinovic (1989a), Levin (1989) e Nematollahi (1994). King, Tavares e Middlemiss (1997) propõem um método para se avaliar a energia necessária à fratura dos minérios através de fraturas sucessivas e medição de energia em células de carga de alta precisão. A energia medida por eles obteve boa correlação com os valores de Wi dos minérios estudados. Entretanto, as leis da cominuição foram sempre questionadas por serem fundamentadas em estudos empíricos, elaborados em laboratório, muitas vezes, não descrevendo de forma completa o processo em escala industrial (AUSTIN; KLIMPEL; LUCKIE, 1984, p.46). Em 1961, Hukki (apud LYNCH, 1977, p.16) verificou que as três teorias da cominuição são aplicáveis, de acordo com os intervalos de tamanho considerados, o que é visto na Figura 3, adaptada por Conti et al. (2001). Observa-se que a Lei de Rittinger se aplica melhor que a Lei de Bond para menores tamanhos de partículas. Encontra-se na mesma figura, a curva granulométrica típica do produto moído no DIPE, indicando um tamanho médio granulométrico da ordem de 0,020 mm, ou seja, fora da faixa convencional de moagem e próximo da faixa onde melhor se aplica a Lei de Rittinger. Austin e Klimpel (1964) mostram, matematicamente, que a abordagem do balanço populacional, assunto da próxima seção, pode representar as chamadas Leis da Cominuição, desde que as condições de moagem e do minério sejam propícias para seguir uma determinada lei. Esse autor aceita a aplicabilidade, ainda que restrita, dessas leis, mas as critica em função da carência de base teórica e fenomenológica. Todavia, o fato é que até hoje ainda é muito comum na indústria a utilização das equações das Leis da Cominuição para dimensionamento de circuitos de moagem e para previsão de comportamento de minérios na moagem. 10 Figura 3 - Relação entre a energia consumida e o tamanho da partícula do produto (Hukki, 1961 apud BERALDO, 1987, p.12, adaptada por Conti et al., 2001). 3.4. O balanço populacional Os chamados balanços populacionais procuram descrever o que acontece numa moagem através de balanços de massas para as partículas que entram e saem de cada classe de tamanho. Man (1999), Austin e Klimpel (1964) fazem referência ao início desse tipo de abordagem por diversos autores, a partir de 1948. O modelo do balanço populacional de partículas baseia-se nos seguintes conceitos, conforme Beraldo (1987): i. velocidade específica de quebra ou função seleção: é a velocidade com que as partículas contidas em um intervalo de tamanho são fragmentadas e passam para o intervalo inferior de tamanho; ii. função distribuição ou função quebra: representa a distribuição de tamanhos do material proveniente de um dado intervalo de tamanho quando esse material se quebra; 11 iii. função classificação ou coeficiente de difusão: representa o movimento diferencial das partículas para dentro ou para fora de um sistema contínuo de moagem, sendo dependente do tamanho das partículas; iv. tempo de residência ou tempo de permanência: essa variável diz respeito ao fato das partículas não possuírem exatamente a mesma velocidade ao longo do moinho, havendo sempre mistura no sentido axial. No caso de moinhos de laboratório, para testes em batelada, apenas os dois primeiros conceitos são considerados. Chaves e Peres (1999, p. 596) dividem os diversos modelos em dois grupos. “No modelo matricial, a cominuição é considerada uma sucessão de eventos de quebra, a alimentação de cada evento sendo o produto do evento precedente [...]. No modelo cinético, a cominuição é considerada um processo contínuo”. Cada vez mais estudados e aplicados, os modelos populacionais ainda recebem críticas. A principal delas é a dificuldade de serem obtidos os dados experimentais. Os exemplos a seguir ilustram essas discussões ocorridas nos últimos anos e servem como consulta para posterior aprofundamento no conhecimento dos balanços populacionais aplicados a moagem. i. Kelly e Spottiswood (1990) defendem o uso da função quebra; ii. Soares e Araújo (1992) obtêm bons resultados de simulação de moagem de minério de ferro, com procedimento e programa de computador próprio; iii. Rajamani e Guo (1992) criticam a presunção de cinéticas lineares de moagem quando aplicadas para todos os casos e lançam dúvidas sobre o papel dos hidrociclones e do transporte de massa no interior do moinho sobre o comportamento desses modelos; iv. Chandrasekaran (1992), Kheifets e Lin (1998) propõem melhorias na função seleção; v. Herbst (1997) afirma que o balanço populacional é o melhor meio de se prever o comportamento da moagem; vi. Austin (1997) afirma que é importante se considerar no equacionamento o efeito do aumento da densidade de descarga dos moinhos industriais, pelo efeito do maior tempo de residência do minério em relação à água. 12 3.5. Modelos fundamentais Um modelo fundamental utiliza as leis da física para gerar a relação entre as condições detalhadas de uma máquina e as conseqüências nos parâmetros de processo. Em moinhos de bolas, isso significa modelar o fluxo de cada bola e partícula, bem como o processo de quebra de cada partícula. Esse tipo de modelo envolve um número enorme de elementos e só pode ser obtido com o uso de computadores extremamente potentes e requerem um elevado tempo de processamento. Mishra e Rajamani (1990) foram os primeiros a desenvolver um modelo fundamental para um moinho de bolas. Eles descrevem as condições físicas dentro do moinho de bolas usando o método de modelagem por elementos discretos, cuja sigla em inglês é DEM (Discrete Element Modelling). Esse primeiro trabalho considerou o moinho como um círculo e as bolas como discos. Outros autores têm contribuído para o desenvolvimento dessa área, mas ainda não se tem notícia de publicação de trabalho conclusivo de aplicação prática de um modelo em três dimensões. Radziszewski (1999) descreve uma utilização conjunta de balanço populacional e simulação utilizando DEM para um moinho de laboratório. Como exemplos de aplicação dessa técnica citam-se Agrawala et al. (1997), Misra e Cheung (1999), Bwalya, Moys e Hinde (2001), Dong e Moys (2002). 3.6. O ensaio de moabilidade da CVRD A CVRD utiliza na pelotização diferentes minérios, com diferentes origens e características. Visando aumentar a previsibilidade do comportamento da moagem das plantas de pelotização, foram caracterizados os diferentes minérios quanto à sua resistência a moagem, através de um ensaio de bancada, desenvolvido com base na Lei de Rittinger (MOURÃO; STEGMILLER, 1990). Para o ensaio de moabilidade utiliza-se uma montagem conforme mostram a Figura 4 e a Figura 5. Foi construído um moinho cilíndrico ligado a um motor redutor, cuja energia é 13 medida ao final do ensaio. São fixados o nível de enchimento, a velocidade, o tempo de duração e a porcentagem de sólidos. A superfície específica do minério é medida antes e após a moagem. O índice de moabilidade é o resultado da divisão da superfície específica gerada pela energia consumida e é expresso na unidade cm²/(gWh). WATTÍMETRO Figura 4 - Desenho esquemático do moinho usado para o ensaio de moabilidade (Conti et al., 2001). Figura 5 - Fotografia do moinho usado para o ensaio de moabilidade. 14 Os índices de moabilidade, mostrados por Conti et al. (2001), apresentaram uma faixa de variação de 1,3 a 4,2 cm²/(gWh), ou seja, o minério de maior moabilidade apresentou um índice três vezes maior que o minério de menor moabilidade. Alguns minérios apresentam índices de moabilidade que não são constantes de uma avaliação para a outra ou apresentam considerável desvio padrão. Isso indica que, apesar do minério atender às especificações químicas e granulométricas, há variação de alguma característica intrínseca que afeta a moabilidade. Nas pilhas da CVRD são usados diferentes tipos de minério em conjunto. Para prever o comportamento dessas misturas, utiliza-se a média ponderada dos índices de moabilidades de cada minério individual. Essa média se mostrou compatível com os resultados da moagem em bancada e foi comprovada em escala industrial sua aplicação (MOURÃO et al., 1992). No moinho de teste da CVRD são utilizadas bolas de um só tamanho, o que ocasiona a mínima área superficial específica (área total das bolas dividida pela sua massa total). O ideal seria se utilizar uma distribuição de tamanhos de bolas, de forma a se obter uma área específica semelhante à das bolas do moinho industrial. Contudo, considerando a dificuldade experimental para se controlar a cada ensaio o número de bolas em cada tamanho e para a reposição das bolas desgastadas por outras de igual diâmetro nominal, optou-se pela carga bolas de um só tamanho. O efeito dessa diferença de distribuição de tamanhos de bolas é reduzir a eficiência da moagem em laboratório, por causa da menor área das bolas em contato com as partículas de minério. Menacho e Concha (1985) mostraram que diferenças na distribuição dos tamanhos das bolas afetam a função seleção, mas não a função quebra.2 pois a Como a redução da eficiência de moagem causada pela menor superfície específica da carga de bolas de igual tamanho se aplica a todos os minérios testados no moinho, acredita-se que não haja prejuízo para as avaliações que se fazem das moabilidades relativas dos minérios. 2 Cf. Seção 3.4. 15 3.7. A relação entre moabilidade e microestrutura Numa primeira tentativa de entender o que afeta a moabilidade, a CVRD procurou correlacionar essa propriedade com as características microscópicas (MOURÃO; STEGMILLER, 1990). A característica que apresentou maior correlação com a moabilidade foi a freqüência de partículas policristalinas (que apresentam mais de um cristal) presentes no minério. Segundo esse critério, os minérios foram agrupados em quatro classes, conforme mostra o Quadro 1. A maior resistência à moagem, apresentada por minérios de menor freqüência de partículas policristalinas, é atribuída ao mecanismo de quebra dos cristais, enquanto nos minérios mais policristalinos ocorre “destacamento” de cristais (SILVA, 2003). Grupo 1 2 3 4 Índice de moabilidade (cm2.g-1.W-1.h-1) 1,16 a 1,25 1,44 a 1,98 2,16 a 2,62 > 3,08 Partículas policristalinas Abaixo de 30 % De 30 a 50 % De 50 a 70 % Acima de 70 % Quadro 1 - Classificação dos minérios quanto ao percentual de partículas policristalinas (SILVA, 2003). Silva (2003) utilizou a metodologia de ensaio descontínuo de moagem em laboratório para levantamento dos parâmetros das funções quebra e seleção de dois tipos de minérios. Os resultados mostraram que as partículas monocristalinas aumentam com o tempo de moagem, à medida que o tamanho diminui. Ele mostrou que, embora a função seleção tivesse valores semelhantes para os dois minérios, a função quebra era bastante diferente. No caso, o que apresentou maior facilidade de gerar partículas mais finas foi o minério de maior índice de moabilidade. Uma afirmação importante de Silva (2003) é que a carga circulante (underflow dos hidrociclones) teria uma proporção maior das partículas do material de menor moabilidade, fato que foi observado experimentalmente por Fuerstenau e Venkataraman (1988). Viana, Turrer e Rabelo (1990) mostraram grandes diferenças na capacidade da moagem com diferentes tipos de minério de ferro de uma mesma mina. Os autores afirmaram que “o 16 mapeamento tipológico na Mina permitiu ao planejamento da lavra, melhor adequação dos tipos de minérios às diferentes campanhas de produção” (VIANA; TURRER; RABELO, 1990, p. 29). Atribuiu-se um aumento de 2,5% na produtividade, com melhores índices de recuperação metálica, ao melhor controle dos minérios alimentados à usina, em função das informações obtidas no referido estudo,. Feitosa et al. (1997) afirmam que, por causa da complexidade e heterogeneidade das minas, é essencial um completo conhecimento e caracterização tecnológica do minério, dos concentrados e das pelotas para atingir as metas de produção e qualidade do produto. Os autores mostram a influência do aumento da proporção de hematita especular no sentido de redução da taxa de alimentação da moagem secundária da Samarco Mineração, mas com efeito benéfico sobre a qualidade física das pelotas. Esse fato também é relatado por Costa et al. (1998). A CVRD tem aumentado seus esforços no sentido de entender a influência dos diferentes minérios nas usinas de pelotização (SILVA et al., 2003). Outro resultado importante nesse sentido foi estabelecer um padrão de classificação dos minérios de acordo com a predominância de seus microconstituintes minerais e morfológicos (SILVA et al., 2003). O Quadro 2 apresenta a nomenclatura adotada. 17 TIPO HEMATITA MICROCRISTALINA CARACTERÍSTICAS ♦ ♦ ♦ FORMA E TEXTURA ILUSTRAÇÃO ESQUEMÁTICA Cristais muito pequenos, <10µm. Textura porosa. Contatos pouco desenvolvidos. ♦ Cristais euédricos, isolados ou em agregados. ♦ Cristais compactos. ♦ Hematita com hábito de magnetita. Oxidação segundo os planos cristalográficos da magnetita. Geralmente porosa. MAGNETITA MARTITA ♦ ♦ HEMATITA LOBULAR (OU RECRISTALIZADA ) ♦ ♦ ♦ HEMATITA GRANULAR ♦ ♦ ♦ ♦ HEMATITA LAMELAR (OU TABULAR) ÓXIDOHIDRÓXIDOS DE FERRO (GOETHITALIMONITA) ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ Formatos irregulares inequidimensionais. Contatos irregulares, geralmente imbricados. Formatos regulares equidimensionais. Contatos retilíneos e junções tríplices. Cristais compactos. Comprimento do cristal menor que o dobro da largura. Hábito tabular; cristais compactos inequidimensionais. Contatos retilíneos. Chamada especular quando a largura do cristal é cinco ou mais vezes menor que o comprimento. Material amorfo ou microcristalino. Estrutura coloforme, hábito botrioidal. Textura porosa. Quadro 2 - Principais tipos texturais de cristais de óxidos e óxido-hidróxidos de ferro.3 3 Adaptação de Silva et al (2003) com fotomicrografias em microscopia óptica cedidas por Maria Beatriz Harmendani Vieira. 18 3.8. Os ensaios de moabilidade do Midland Research Center e da Samarco Mineração Bond (1985) descreve como, no início do Século XX, eram classificados os minérios quanto à moabilidade. Os minérios eram moídos em diferentes intervalos de tempo até se obter uma determinada faixa de tamanho. Os moinhos de laboratório utilizados nesses ensaios eram padronizados quanto ao tamanho, carga de bolas e velocidade. Minérios desconhecidos eram comparados com minérios conhecidos para se calcular o tamanho necessário dos moinhos industriais capazes de obter uma determinada produtividade. Bogren e Wakeman (1969, apud DONDA, 2003, p. 8), do atual Midland Research Center, desenvolveram um método criterioso de se avaliar a moabilidade. É utilizado um moinho padronizado, dotado de medição de energia através de torquímetro. São fixadas as quantidades de bolas, água e minério. A moagem se dá em diferentes tempos; após cada tempo, medem-se a energia do ensaio, a superfície específica do minério e a sua distribuição granulométrica. Os resultados são analisados graficamente, verificando-se nas curvas obtidas qual a energia necessária para se atingir determinado objetivo, ou de superfície específica ou de percentual passante em uma determinada malha. Donda (2003) desenvolveu uma metodologia de testes para uso na Samarco Mineração, em Mariana, Minas Gerais. São feitas moagens de laboratório em três tempos diferentes, sendo padronizadas a carga de bolas e minério, a velocidade do moinho, o percentual de sólidos, a distribuição de tamanhos das bolas. São medidas as superfícies específicas e granulometria passante em 45µm inicialmente e após cada moagem. Para previsão de potência do moinho de teste, é utilizada a equação (2), proposta por Rowland (apud DONDA, 2003, p. 10). 0,1 2,44 - D kWb = 6,3 * D 0,3 * sen 51 - 22 * (3,2 − 3Vp ) * Cs * 1 − (9−10Cs ) 2 2,44 Onde: kWb = potência [kW] por tonelada de bolas, no eixo-pinhão; D = diâmetro do moinho [m] interno ao revestimento; Vp = fração do volume do moinho ocupada pelas bolas; Cs = fração da velocidade crítica. 19 (2) Os dados desses testes são representados em um gráfico onde o eixo das ordenadas representa a energia obtida pela equação (2) para cada tempo de moagem. O eixo das abscissas pode representar a superfície específica ou o percentual menor que 45 µm, conforme ilustra a Figura 6. A energia prevista, portanto, pelo ensaio, é aquela que, de acordo com o gráfico, permite obter os resultados desejados de superfície específica e granulometria. O ensaio já vem sendo utilizado há vários anos e mostra muito boa correlação com a prática industrial. 70 60 Superfície Específica (cm²/g) 2000 50 1500 40 1000 30 20 500 10 0 Retido acumulado em 45 µm (%) 2500 0 0 5 10 15 20 25 Energia (kWh/t) Superfície Específica Retido (%) acumulado em 45 µm Figura 6 - Exemplo de gráfico para previsão de consumo de energia de moagem (DONDA, 1998, p. 112). A unidade do coeficiente angular (da inclinação) da reta da Figura 6 é (cm²/g)/(kWh/t), que, resulta em [m².10-1.W-1.h-1]. Quando esse gráfico é obtido com dados de moinhos industriais, é costume se chamar a inclinação de “Eficiência de Moagem” (ZHENG; HARRIS; SOMASUNDARAN, 1997; RIBEIRO et al., 2002). Comparando-se essa unidade desse índice com a do índice de moabilidade, vê-se que a diferença é apenas a divisão pela massa de minério expressa em toneladas. Como, no caso da moagem de laboratório do ensaio de moabilidade, a massa de minério é constante, basta dividir-se o índice de moabilidade por essa massa (9,56 x 10-3 t) para se chegar à mesma unidade. 20 3.9. A Lei de Rittinger e a prática industrial Casali et al. (2001) mostraram ser possível prever o comportamento de uma moagem, através da média ponderada dos work indexes (Wi), sem considerar interação entre os componentes (modelo linear). Por outro lado, Fuerstenau e Venkataraman (1988) observaram que numa moagem onde há presença de diferentes materiais, há uma tendência de que o material mais resistente fique mais grosso do que se fosse moído sozinho. Fuerstenau e Abouzeid (1991) observaram que, numa moagem onde há materiais finos misturados com grossos, a eficiência de moagem é maior do que se fossem moídos separadamente. Esses trabalhos indicam que que vale a pena investigar o efeito de interações entre diferentes tipos de minérios. Guimarães (1999) e Casali et al. (2001) apontam para a possibilidade de se automatizar a análise morfológica, através da aplicação computadorizada de algoritmos de análise de imagens. Isso aumenta a importância de se conhecer a influência de cada morfologia na moagem. Donda (2003), Donda, Galinari e Rabelo (1999), Donda (1998), Mourão et al. (1992), Mourão e Stegmiller (1990) mostraram a capacidade da Lei de Rittinger de prever a energia consumida nos moinhos em escala industrial. Analisando-se esses trabalhos conclui-se que, no caso dessas moagens, não é necessário fazer uso de modelos mais complexos de previsão do comportamento na moagem. Considerando a sólida base de dados nesses trabalhos, mostra-se que há correlação linear entre o moinho de laboratório e a moagem industrial. Portanto, parece razoável investigar as características intrínsecas dos minérios que influenciam os resultados de sua moagem em laboratório para que as conclusões sejam atribuídas aos moinhos industriais. O índice de moabilidade adotado pela CVRD é criticado por dizer respeito apenas à facilidade dos minérios de gerar superfície específica, mesmo sabendo que é prática das usinas de pelotização controlar o percentual de minério menor que 45 µm. Horst e Bassarear (1976), Magdalinovic (1989b), Viana, Turrer e Rabelo (1990), Aksani e Sönmez (2000), abordaram a previsão da granulometria através de uma cinética de primeira ordem, pela sua simplicidade de uso. É importante, portanto, verificar se é possível prever a granulometria através dessa abordagem e verificar como as características dos minérios afetam essa granulometria. 21 4. MATERIAIS E MÉTODOS A Figura 7 apresenta o fluxograma das atividades experimentais desenvolvidas para a elaboração dos trabalhos de que tratam esta dissertação. Seleção dos minérios de ferro a serem estudados (amostras do quadrilátero Ferrífero e da Serra dos Carajás) Planejamento estatístico dos experimentos Caracterização tecnológica dos minérios. Tipos de análise e técnicas experimentais empregadas Caracterização mineralógica e morfológica (qualitativa e quantitativa); avaliação do tamanho dos cristais via microscopia óptica de luz refletida. Avaliação dos parâmetros de porosidade e de superfície específica via método de adsorção de nitrogênio (BET). Análise da superfície específica via permeâmetro Fisher. Distribuição granulométrica via peneiramento e espalhamento de laser / cálculo teórico da superfície específica. Análise química via fluorescência de raios-X. Ensaios de moagem em escala de bancada (tempos de 10, 20, 40 e 105 minutos) Medição das energias aplicadas nas moagens Análise da superfície específica Análise da distribuição granulométrica Análise da Lei de Rittinger e cálculo dos Índices de Moabilidade Análise dos resultados e elaboração dos modelos de previsão Figura 7 - Fluxograma das atividades experimentais desenvolvidas neste trabalho. 4.1. Seleção dos tipos de minérios a serem estudados Existem diversas categorias tipológicas de minérios de ferro brasileiros contendo diferentes tipos de óxidos e óxido-hidróxidos de ferro, conforme mostrados no Quadro 2. 22 Foram avaliados os principais minérios recebidos no Complexo de Pelotização da CVRD em Vitória entre os anos de 2000 e 2002. Procurou-se encontrar minérios que representassem as características mais marcantes, levando-se em consideração as características mineralógicas e microestruturais dos minérios de maior abrangência utilizados no sistema produtivo atual. Foram selecionados, portanto, cinco minérios de ferro para investigação: i. Minério da Mina de Carajás (Pará): amostra que contém predominantemente hematita microcristalina e lobular, com presença de goethita, tamanho de cristal muito pequeno (cerca de 9 µm), e elevados valores de micro-porosidade, ii. Minério da Mina de Alegria (Minas Gerais): amostra que contém predominantemente hematita martítica (martita), com hematita lamelar e granular, goethita e pouca magnetita, tamanho de cristal pequeno e altos valores de microporosidade; iii. Minério da Mina de Gongo Soco (Minas Gerais): amostra que contém predominantemente hematita granular, com hematita lobular e lamelar, tamanho de cristal pequeno e valores muito elevados de microporosidade; iv. Minério da Mina de Conceição (Minas Gerais): amostra que contém predominantemente hematita granular, tamanho de cristal médio e baixos valores de microporosidade; v. Minério da Mina de Timbopeba (Minas Gerais): amostra que contém predominantemente hematita lamelar e granular, tamanho de cristal grande (cerca de 51µm) e baixo valor de microporosidade. Essas amostras utilizadas nesse estudo não são representativas das minas que as forneceram, portanto, não são produtos típicos. Foram amostras escolhidas por possuir, cada uma, uma determinada característica predominante bem diferente das demais amostras. 4.2. Planejamento estatístico dos experimentos A característica principal de um planejamento de misturas é que a soma dos componentes é constante (BARROS NETO; SCARMINIO; BRUNS, 1995). Portanto, a quantidade de cada uma depende do somatório das quantidades das demais. Pode-se considerar, portanto, cada minério como uma mistura de morfologias, cuja soma é igual a 100%. No planejamento Simplex Lattice, as proporções, igualmente espaçadas, são testadas para cada fator ou 23 componente no modelo. Foram considerados 5 diferentes minérios (q = 5) e duas proporções (m = 2) entre os mesmos. O número de pontos em um experimento Simplex Lattice (CORNELL, 1981) é dado por: N= (q + m − 1)! m!(q − 1)! (3) onde: N = número de pontos experimentais; q = número de componentes; m = proporção entre os componentes. No caso em estudo, são calculados 15 experimentos. Para ampliar a base de estudo, foram adicionados o ponto centróide global e outros pontos intermediários. Dessa forma, obteve-se um número total de experimentos igual a 21. A matriz de experimentos gerada é apresentada na Tabela 1. A ordem de realização dos experimentos foi gerada de forma aleatória, considerando também uma réplica para cada experimento, totalizando 42 experimentos. Na análise dos experimentos são utilizados os seguintes modelos matemáticos (MONTGOMERY, 1991; CALADO; MONTGOMERY, 2003): q y = ∑ β i xi Linear (4) i =1 q y = ∑ β i xi + ∑∑ β ij xi x j Quadrático (5) i< j Cúbico especial q q i =1 i< j y = ∑ β i xi + ∑∑ β ij xi x j + ∑ ∑∑ β i< j<k x x j xk ijk i (6) Os coeficientes βi representam as respostas esperadas para os componentes puros e o termo q ∑β x i =1 i i representa a porção linear da mistura. Quando houver uma curvatura aparecendo da mistura não-linear entre os pares dos componentes, ou seja, interação entre eles, os coeficientes βij serão diferentes de zero. Diz-se que a mistura é sinérgica quando o sinal que precede esse coeficiente é positivo, ou antagônica, quando o sinal é negativo. 24 Tabela 1 - Planejamento dos experimentos gerado com as proporções dos componentes das misturas. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Gongo Soco 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,5 0,5 0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 Timbopeba 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,5 0,5 0,5 0,0 0,0 0,0 0,1 0,6 0,1 0,1 0,1 0,2 Alegria 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,5 0,5 0,0 0,1 0,1 0,6 0,1 0,1 0,2 Conceição 0,0 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,5 0,0 0,5 0,0 0,5 0,1 0,1 0,1 0,6 0,1 0,2 Carajás 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,5 0,0 0,5 0,5 0,1 0,1 0,1 0,1 0,6 0,2 4.3. Caracterização dos minérios As amostras dos minérios recebidos das minas foram armazenadas na usina piloto do laboratório do DIPE, sendo identificadas pela mina de origem. Todos os minérios do estudo foram caracterizados utilizando-se fluorescência de raios-X, analisador a laser de granulometria e porosimetria BET. Os ensaios são descritos a seguir. 4.3.1. Análise química via fluorescência de raios-X De cada minério foi colhida uma amostra de 10 kg para a realização da análise química, seguindo procedimento padronizado pela norma de amostragem ISO 3082. Cada amostra foi devidamente quarteada e uma amostra representativa foi enviada para o laboratório químico da CVRD em Vitória, ES. Num cadinho de platina foram pesados 0,4 g da amostra a ser 25 analisada, adicionando-se 4 g de tetra-borato de Lítio (Li2B4O7) como fundente e o desmoldante Iodeto de Lítio (LiI). A pastilha é fundida e, na seqüência, é levada ao espectrômetro de raios-X para a análise, conforme procedimento padrão. 4.3.2. Análise da distribuição granulométrica via peneiramento a úmido e espalhamento de laser A análise da granulometria do minério foi realizada utilizando-se peneiramento a úmido em série de peneiras padronizadas e análise por espalhamento de laser no equipamento Microtrac, modelo SRA. O procedimento experimental adotado foi: i. quarteamento das amostras; ii. peneiramento a úmido e envio da fração abaixo de 1,0 mm para análise no Microtrac; iii. pesagem de 1,00 g da amostra; iv. três minutos de espera com a amostra num Becker com 20 mL de dispersante; v. limpeza do equipamento com ácido fosfórico e octil-fenol; vi. alinhamento dos feixes e apagamento da a memória do equipamento; vii. homogeneização por 3 min da amostra no reservatório de água filtrada do Microtrac; viii. inicio da análise, fazendo três medições de 50 segundos cada; ix. interpolação dos três resultados para obtenção do resultado final. Apesar de esse equipamento ter uma boa aceitação na literatura (MALGHAN; MULAR, 1982), o procedimento adotado ainda não é um padrão bem estabelecido na CVRD e os resultados devem ser analisados com reserva. 4.3.3. Medição dos parâmetros de porosimetria via BET – adsorção de N2 Lowell e Shields (1984) e Allen (1981) descrevem o método de porosimetria via BET. A sigla BET é uma homenagem a Brunauer, Emmett e Teller que desenvolveram o modelo de adsorção em que se baseia o método de análise. Esse modelo assume que há formação de camada monomolecular pelo processo de adsorção de vapor de água pela superfície de um sólido seco a baixas pressões de vapor. Assume-se que a maioria das moléculas em 26 empilhamentos adsorvidos está em equilíbrio dinâmico com o vapor. É possível, portanto, a determinação do experimental do número de moléculas necessária para formar uma monocamada. Para este trabalho, as análises de porosimetria por BET foram realizadas no equipamento “High Speed Gas Sorption Analyser” NOVA 1000, da marca Quantachrome, pertencente ao Laboratório do Núcleo de Valorização de Materiais Minerais da UFOP, Ouro Preto, MG. 4.3.4. Análise por microscopia óptica A análise da morfologia dos minérios utilizados foi realizada no Centro de Desenvolvimento Mineral (CDM) da CVRD, localizado em Santa Luzia, MG. As amostras foram divididas em quatro frações granulométricas (+105 µm; -105 +74 µm; -74 +45 µm; –45 µm). Utilizando-se microscópio ótico foram quantificadas as partículas mono e policristalinas das diferentes formas de hematita, os oxi-hidróxidos e os minerais translúcidos. 4.3.5. Determinação da densidade real Para determinação da densidade utilizou-se um Multipicnômetro a gás, marca Quantachrome que utiliza o princípio de Arquimedes de deslocamento de fluido para determinar o volume. O volume do material é determinado através da medida da diferença de pressão quando uma quantidade de hélio sob pressão flui, de um volume conhecido de referência, em uma célula contendo a amostra. Utiliza-se o esse gás para penetrar em poros menores (1Å), dada sua pequena dimensão atômica. 4.3.6. Determinação da superfície específica no permeâmetro Fisher A superfície específica foi determinada utilizando-se um permeâmetro Fisher, modelo 95. O método é baseado no princípio de permeabilidade do ar que passa por uma coluna compacta 27 de material. No aparelho, lê-se o diâmetro médio da partícula, numa escala de 0,2 a 50 µm. O procedimento de determinação da superfície específica no permeâmetro Fisher é o seguinte: i. sempre que necessário, desagrega-se o material em peneira de 0,149 mm; ii. com o valor da densidade real do material, pesa-se esse valor em gramas do mesmo; iii. introduz-se o papel de filtro e a grelha no tubo de ensaio; iv. coloca-se o tubo no pino e coloca-se a amostra dentro do mesmo; v. coloca-se outro papel de filtro e outra grelha por cima da amostra; vi. coloca-se o tubo no pino e abaixa-se a cremalheira até encostar no material de ensaio; vii. aplica-se uma pressão via torquímetro e verifica-se o ponteiro indicador locado na cremalheira; o mesmo deve coincidir com a linha base na carta de cálculo; viii. ix. retira-se o tubo do pino e coloca-se o tubo no local do ensaio; liga-se o aparelho e faz-se a leitura do diâmetro médio das partículas (Øm) na carta, conforme coluna d’água; x. calcula-se a superfície específica pela equação (7): 60000 SE = (7) dr . Øm Onde: SE = superfície específica [cm²/g]; dr = densidade real [g/cm³]; Øm = diâmetro médio [mm]. O diâmetro médio do material maior que 2,00 mm é medido utilizando-se peneiras e com esse diâmetro calcula-se a superfície específica utilizando-se a equação (7). No Fisher é utilizado apenas o material menor que 2,00 mm para cálculo do diâmetro médio e da superfície específica, também fazendo uso da equação (7). Calculando-se a média ponderada das superfícies específicas, tendo como fatores de ponderação as massas das frações acima e abaixo de 2,00 mm, chega-se ao valor final da superfície específica do material. 28 4.4. Moagem dos minérios em bancada As amostras dos cinco minérios escolhidos para o estudo foram transportadas desde as minas de origem até o pátio da usina piloto do laboratório da CVRD, em Vitória-ES. As amostras foram armazenadas e identificadas segundo sua mina de origem. Foi então realizada a etapa de composição das misturas, conforme proporções definidas na Tabela 1. Procedeu-se com a homogeneização, quarteamento e pesagem das amostras, sem que tenha havido peneiramento. A moagem das misturas ocorreu num moinho de 310 mm de comprimento e 312 mm de diâmetro, cujos detalhes poderão ser vistos no Quadro 3, Seção 5.4, página 35. O procedimento geral para a moagem de cada mistura é descrito a seguir: i. funcionar o moinho em vazio para aquecimento; ii. separar para uso 40,00 kg de bolas de 30mm de diâmetro e colocar no moinho; iii. separar para uso a massa de 9,560 kg de minério, base seca; iv. separar para uso 2,337 L de água, levando em consideração a água já contida na amostra (umidade); v. distribuir a carga, o minério e a água, de forma gradativa dentro do moinho; vi. moer por 10 minutos, medidos no cronômetro; vii. descarregar e lavar o moinho; viii. secar o minério em estufa a 105 ºC; ix. separar as amostras para análise de superfície específica e granulométrica; x. repetir o procedimento com novas alíquotas das mesmas misturas de minérios, nos tempos de 20, 40 e 105 minutos. 29 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os principais resultados dos experimentos propostos no capítulo anterior são aqui apresentados e comentados. Optou-se por colocar no APÊNDICE B todos os resultados detalhados, sob a forma de banco de dados, seguindo a descrição das variáveis contida no APÊNDICE A. No APÊNDICE C encontram-se fotomicrografias dos cinco minérios que formam a base desse estudo. No APÊNDICE D estão gráficos de superfície específica versus energia para cada uma das 21 misturas. No APÊNDICE F estão as distribuições granulométricas dos 42 experimentos. 5.1. Análise química dos minérios Os resultados de análise química dos minérios estudados estão descritos na Tabela 2. Tabela 2 - Análise química dos minérios selecionados (% em massa). Minérios Gongo Soco Timbopeba Alegria Conceição Carajás FeT 65,90 68,91 66,90 67,37 68,37 SiO2 3,08 0,63 1,62 1,59 0,73 Al2O3 0,63 0,26 0,56 0,55 0,34 P 0,029 0,013 0,060 0,010 0,017 Mn 0,57 0,10 0,05 0,03 0,24 PPC 0,82 0,21 1,82 0,67 0,71 CaO 0,04 0,03 0,02 0,30 0,01 MgO 0,21 0,01 0,04 0,40 0,02 TiO2 0,101 0,040 0,047 0,032 0,004 5.2. Caracterização mineralógica e microestrutural Na Tabela 3 são apresentados os resultados da análise da distribuição dos tamanhos dos cristais dos minérios estudados e seus respectivos tamanhos médios harmônicos de cristais. É importante salientar a variação existente do tamanho médio harmônico dos cristais para esses minérios (8 µm de Carajás, 15 µm de Alegria, 27 µm de Gongo Soco, 31 µm de Conceição e 51 µm de Timbopeba). O APÊNDICE C apresenta as micrografias das cinco amostras de minérios. As micrografias foram obtidas por microscopia óptica de luz refletida com aumento de 200 vezes. 30 Tabela 3 - Distribuição (%) por classes de tamanho de cristal e de seu tamanho médio harmônico (mm). Tamanho dos Cristais Muito fino (<0,01mm) Fino (0,01-0,03mm) Médio (0,04-0,11mm) Grosso (0,12-0,22mm) Muito grosso (>0,22mm) Tamanho Médio Harmônico (mm) Gongo Soco Timbopeba 2,2 1,3 53,7 14,1 40,5 68,3 3,0 14,6 0,6 1,7 0,027 0,051 Alegria 19,7 51,7 21,4 6,1 1,1 0,015 Conceição 0,5 49,8 47,4 2,2 0,1 0,031 Carajás 50,7 34,2 11,8 2,5 0,8 0,008 Na Tabela 4 são apresentados os resultados da caracterização mineralógica quantitativa via microscopia óptica de luz refletida. A unidade dos valores é percentual volumétrico. Para facilitar a análise dos dados foram feitos diferentes agrupamentos das quantidades de cada morfologia. No agrupamento 1 da Tabela 4, são mostrados todos os minerais com os valores de magnetita, de goethita, dos diferentes tipos morfológicos da hematita, dos minerais transparentes, da ilmenita, e dos óxidos de Mn. São também avaliadas as quantidades de hematitas monocristalinas e policristalinas em cada amostra e as proporções dessas para cada uma das morfologias da hematita (microcristalina, lobular, granular, lamelar, especular). No agrupamento 2 dessa tabela, somaram-se aos teores de magnetita os teores dos minerais transparentes, da ilmenita e dos óxidos de Mn. Somaram-se aos teores de martita os teores de goethita/limonita. Eliminou-se a distinção entre os teores de hematita monocristalina e policristalina, somando-se esses valores nas morfologias correspondentes da hematita (microcristalina, lobular, granular, lamelar, especular). No agrupamento 3, foram eliminados os teores de “magnetita e outros” (outros são: óxidos de manganês, ilmenita e minerais transparentes), sendo seus valores distribuídos, proporcionalmente, entre as demais categorias dessa parte da tabela. Essa configuração foi a mais utilizada neste trabalho. Para avaliar o efeito das morfologias, optou-se por se agruparem as morfologias de características semelhantes, reduzindo-se as variáveis de oito para cinco morfologias. Considerando que os minérios estudados são hematíticos, desprezaram-se as quantidades encontradas de magnetita e outros minerais, distribuindo-se sua quantidade proporcionalmente às quantidades das demais morfologias, mantendo o somatório em 100%. Sabe-se que a magnetita e esses minerais poderiam ter efeitos significativos em outras 31 circunstâncias, mas não neste caso, onde aparecem em quantidades muito pequenas. Também foram agrupadas a hematita especular (que foi encontrada em baixíssima quantidade) com a hematita lamelar, morfologias de propriedades semelhantes. Por fim, foram somados os teores da hematita martítica com o teor de goethita encontrado nas amostras. Sabe-se que as propriedades desses minerais são diferentes mas, como sua ocorrência está associada nas amostras recebidas, não é possível quantificar o efeito de cada um. Tentou-se obter amostras de minérios onde fossem encontrados esses minerais isolados, mas não foi possível. Como nos minérios usualmente recebidos em Vitória essa associação é muito comum, o erro cometido essa soma de teores não tem maiores conseqüências na determinação dos índices de moabilidade desse estudo. No agrupamento 4, foram somados os teores de hematita monocristalina e policristalina, ignorando-se a divisão das morfologias. Ou seja, foram somados apenas os valores das morfologias da hematita (microcristalina, lobular, granular, lamelar, especular) que haviam sido subdivididas em monocristalinas e policristalinas. 32 Tabela 4 - Análise morfológica em microscopia óptica dos minérios selecionados (% em massa). Agrupamento 1 Morfologias Hematita Microcristalina Martita Hematita Lobular policristalina Hematita Lamelar policristalina Hematita Especular policristalina Hematita Granular policristalina Hematita Lobular monocristalina Hematita Lamelar monocristalina Hematita Especular monocristalina Hematita Granular monocristalina Goethita/Limonita Magnetita Óxidos de Mn Ilmenita Minerais transparentes (quartzo, gibsita, etc.) Agr. 4 Agrupamento 3 Agrupamento 2 Morfologias Hematita Microcristalina Martita e Goethita/Limonita Hematita Lobular Hematita Lamelar/Especular Hematita Granular Magnetita e outros (óxidos de Mn, ilmenita e minerais transparentes) Morfologias Hematita Microcristalina Martita e Goethita/Limonita Hematita Lobular Hematita Lamelar/Especular Hematita Granular Morfologias Gongo Soco Timbopeba 0,96 0,79 9,97 2,13 0,00 5,32 15,15 18,73 0,50 40,68 1,14 0,50 0,90 0,05 3,18 0,79 4,02 1,35 1,18 0,00 2,06 0,00 49,11 1,64 36,74 0,79 0,79 0,05 0,05 1,43 Gongo Soco Timbopeba Alegria Conceição Carajás 4,82 34,93 2,23 3,12 0,00 4,97 0,00 17,60 1,09 12,90 13,98 2,34 0,20 0,05 1,76 0,50 0,00 0,86 8,05 0,00 40,07 0,00 6,38 0,05 43,65 0,20 0,00 0,05 0,00 0,20 39,24 5,46 35,02 3,30 0,00 1,44 0,00 0,49 0,20 0,20 7,91 3,64 0,79 0,00 2,32 Alegria Conceição Carajás 1 2 25 21 46 1 5 1 52 39 5 49 2 22 18 0 0 1 14 84 39 13 35 4 2 5 2 4 0 7 Alegria Conceição Carajás 5 51 2 23 19 0 0 1 15 84 42 14 38 4 2 Alegria Conceição Carajás Gongo Soco Timbopeba 1 2 26 22 48 1 5 1 53 40 Gongo Soco Timbopeba Hematita Monocristalina 75 87 32 50 1 Hematita Poli e Microcristalina + Martita 19 9 50 49 84 5.3. Avaliação dos parâmetros de porosidade e de superfície específica via método de adsorção por nitrogênio (BET) Na Tabela 5 são apresentados os resultados dos diversos parâmetros de porosidade e de superfície específica das amostras de minérios de ferro obtidos via método de adsorção por nitrogênio empregando a técnica BET. Verifica-se que existe uma grande variação dos valores de porosidade para as amostras estudadas, a saber, de 0,30 cm³/kg a 10,4 cm³/kg . A amostra 33 de Gongo Soco apresenta um valor muito alto de volume específico de poros (10,4 cm³/kg). A amostra de Timbopeba apresenta valor muito baixo (0,30 cm³/kg). As outras amostras apresentam valores intermediários (5,34 cm³/kg para Alegria; 4,61 cm³/kg para Carajás e 2,12 cm³/kg para Timbopeba). Os valores de superfície específica avaliados por esse método são muito superiores aos do método de permeametria Fisher, uma vez que essa análise considera a área dos poros e microporos abertos das partículas dos minérios e o Fisher não. Tabela 5 - Resultados de medição de porosidade dos minérios pelo método BET. Parâmetros BET Densidade real (cm³/g) Gongo Soco Timbopeba Alegria Conceição Carajás 4,98 5,22 4,93 5,15 5,13 Superfície específica (cm²/g) 38687 1284 23422 7443 17217 Volume específico dos poros (cm³/kg) 10,40 0,30 5,34 2,12 4,61 Volume específico dos microporos (<2 nm) (cm³/kg) 1,65 0,06 1,01 0,32 0,77 Tamanho máximo dos poros (Å) 820 821 833 841 810 Diametro medio dos poros (Å) 108 93 91 114 107 5.4. Resultados de energia e correção dos mesmos Utilizando a equação (2) mostrada na Seção 3.8, foram calculadas as energias para os diferentes tempos de moagem. A energia medida através de wattímetro apresentou-se muito maior que a calculada. Esse fato já era esperado, pois a energia calculada tem por referência o eixo-pinhão e não considera as perdas que existem entre o motor e o moinho. Para efeito deste estudo, os valores absolutos de energia não fariam diferença, pois o que se quer investigar são as diferenças relativas de moabilidade. Optou-se por realizar uma correção da energia, conforme procedimento a seguir, para se ter uma boa correspondência com resultados industriais. Foram realizados ao todo 168 ensaios de moagem. Calculou-se então a energia média (Wh) medida nos ensaios de moagem e dividiu-se pela média da energia específica (kWh/t) calculada conforme a Equação (2), obtendo-se uma constante (23,73 kg). Dividindo-se o valor medido (Wh) pela constante, obtém-se o valor corrigido da energia específica (kWh/t). O Quadro 3 mostra os parâmetros dos ensaios de moagem usados nos cálculos de energia e as energias calculadas para os diferentes tempos de moagem. A Tabela 6 mostra as energias medidas e ajustadas seguindo esse procedimento de cálculo e com base na equação (2). Os 34 valores de desvio, representados pela letra grega ∆, mostram que o procedimento experimental apresenta erros aleatórios significativos, que afetam a medição de energia. Dentre as possíveis causas desses desvios entre um ensaio e outro, encontram-se a diferença preparação de carga, erros de cronômetro, alterações da tensão da rede elétrica, etc. Variáveis do moinho de laboratório Valores Comprimento útil do moinho [mm] 310 Diâmetro interno do moinho [mm] 312 Volume total do moinho [m³] 0,0237 Grau enchimento [%] 36,3% Fração da velocidade crítica [%] 68,6% Diâmetro de bolas [mm] 30,0 Massa de bolas [kg] 40,00 Densidade da carga de bolas [t/m³] 4,65 Massa de minério [kg] 9,56 kWb (Potência por t de bolas) [kW/t] 3,31 Potência total calculada [W] 133 Energia calculada para cada tempo de moagem Tempo [min] Energia [kWh] Energia específica [kWh/t] 10 0,022 2,3 20 0,044 4,6 40 0,088 9,2 105 0,232 24,3 Quadro 3 - Parâmetros dos ensaios e energias calculadas para os diferentes tempos de moagem. Nos últimos anos, o índice de moabilidade tem sido calculado com base no valor de energia de 1050Wh. Isso simplifica o procedimento operacional e, se introduz erro de não medir a energia, reduz o erro pela falta de confiabilidade dessa medição. Neste estudo, para se manter a correspondência com o índice de moabilidade padrão CVRD, mas sem perder a informação obtida pelas diferentes energias medidas, fez-se uma correção no valor de energia. Calculouse a média de energia medida nos 42 ensaios de 105 minutos de duração, obtendo-se 572,9Wh. Dividindo-se 1050 por esse valor, obteve-se uma constante igual a 1,83. O índice de moabilidade corrigido foi obtido pela divisão da superfície específica gerada, pelo produto da energia de cada ensaio vezes essa constante. Os resultados estão mostrados na Tabela 7, na próxima seção. 35 Tabela 6 - Energias medidas [kWh/t] após ajustes usando a equação (2). 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 10 minutos média ∆ 2,6 9% 2,5 7% 2,4 4% 2,4 1% 2,6 0,4% 2,4 7% 2,7 0,3% 2,3 3% 2,4 0,1% 2,3 2% 2,2 1% 2,4 3% 2,2 2% 2,4 1% 2,4 0,1% 2,2 1% 2,3 2% 2,4 2% 2,3 2% 2,4 0,03% 2,4 2% 20 minutos média ∆ 5,4 1% 4,9 0,1% 4,6 0,3% 4,6 0,1% 5,1 0,4% 4,8 0,04% 4,9 3% 4,6 1% 4,6 0,2% 4,5 0,2% 4,4 1% 4,6 0,2% 4,4 1% 4,7 1% 4,4 1% 5,2 1% 4,5 3% 4,6 0,1% 4,5 0,2% 4,8 0,2% 4,7 2% 40 minutos média ∆ 10,7 1% 9,8 0,04% 8,5 7% 9,1 0,1% 9,7 0,1% 9,7 0,2% 9,6 0,04% 8,9 3% 9,1 0,3% 8,8 0,02% 8,7 2% 9,1 0,1% 8,7 0,5% 9,2 1% 9,1 2% 9,9 3% 9,0 1% 9,1 0,2% 9,1 0,1% 8,9 0,5% 9,0 1% 105 minutos média ∆ 28,1 1% 22,7 0,5% 23,8 0,3% 23,8 0,1% 25,9 0,05% 23,4 1% 25,7 1% 24,4 0,04% 23,9 4% 23,0 0,02% 22,8 2% 23,3 0,3% 24,1 5% 24,1 1% 23,0 0,1% 26,5 0,2% 22,7 0,1% 23,5 0,1% 23,1 0,02% 24,2 0,1% 25,1 0,1% Nota: A primeira coluna representa o número do experimento realizado em duplicata; os valores das colunas de nome “∆” representam a metade da diferença entre o maior e o menor valor do par de resultados do experimento, dividida pela média dos dois resultados. 5.5. Resultados dos ensaios de moabilidade em escala de bancada Estão mostrados na Tabela 7 os resultados de superfície específica medidos no permeâmetro Fisher das misturas moídas nos diferentes tempos. Efetuando uma regressão linear com os dados de superfície específica (cm²/g) e energia específica (kWh/t) obtém-se a inclinação mostrada na mesma tabela. Essa inclinação é a principal forma de se expressar a moabilidade: quanto maior seu valor, mais fácil será a geração de superfície. Isso é ilustrado de forma gráfica no APÊNDICE D. 36 A coluna dos valores R² da Tabela 7, representa o coeficiente de determinação. Os valores próximos de 1,0 mostram a boa aplicabilidade da Lei de Rittinger. Tabela 7 - Resultados de superfície específica medida pelo permeâmetro Fisher, para diversos tempos de moagem, e índices de moabilidade [m².10-1.W-1.h-1] (inclinações) calculados. Inicial Caso média ∆ 1 1,06 E+3 1% 2 3,8 E+2 7% 3 6,7 E+2 4% 5,5 E+2 6% 4 3,2 E+2 2% 5 7,3 E+2 1% 6 7 8,5 E+2 5% 8,1 E+2 3% 8 9,8 E+2 4% 9 10 5,9 E+2 1% 11 4,8 E+2 1% 12 4,8 E+2 6% 13 6,7 E+2 1% 14 6,6 E+2 3% 15 6,3 E+2 1% 16 8,0 E+2 2% 17 5,8 E+2 0,3% 18 5,9 E+2 12% 19 7,0 E+2 1% 20 6,3 E+2 6% 21 6,3 E+2 14% 10 minutos média ∆ 1,22 E+3 1% 5,4 E+2 8% 9,2 E+2 6% 9,2 E+2 2% 4,0 E+2 6% 8,3 E+2 6% 1,10 E+3 9% 9,9 E+2 5% 1,29 E+3 4% 7,9 E+2 2% 7,8 E+2 9% 8,0 E+2 10% 8,1 E+2 1% 1,12 E+3 8% 9,4 E+2 8% 9,9 E+2 5% 6,7 E+2 6% 9,5 E+2 2% 9,1 E+2 5% 1,26 E+3 3% 8,5 E+2 3% 20 minutos média ∆ 1,39 E+3 5% 6,7 E+2 1% 1,08 E+3 3% 1,13 E+3 2% 9,5 E+2 3% 1,05 E+3 6% 1,40 E+3 8% 1,21 E+3 7% 1,57 E+3 6% 9,8 E+2 12% 1,06 E+3 9% 1,10 E+3 6% 9,5 E+2 3% 1,63 E+3 10% 1,27 E+3 8% 1,24 E+3 4% 9,4 E+2 1% 1,09 E+3 7% 1,07 E+3 1% 1,40 E+3 3% 1,27 E+3 8% 40 minutos média ∆ 1,69 E+3 0,3% 1,01 E+3 8% 1,74 E+3 5% 1,26 E+3 2% 2,44 E+3 2% 1,36 E+3 2% 1,93 E+3 8% 1,43 E+3 3% 2,06 E+3 5% 1,27 E+3 2% 1,47 E+3 9% 2,05 E+3 8% 1,31 E+3 3% 2,18 E+3 5% 1,88 E+3 1% 1,83 E+3 8% 1,20 E+3 0,4% 2,03 E+3 9% 1,41 E+3 2% 1,66 E+3 4% 1,78 E+3 2% 105 minutos Inclinação R² IM Corrigido média ∆ média ∆ média ∆ média ∆ 2,55 E+3 2% 52 2% 0,995 0,1% 1,2 2% 1,73 E+3 2% 59 5% 0,989 1% 1,4 4% 3,08 E+3 1% 102 1% 0,991 1% 2,3 0,4% 2,01 E+3 0,2% 55 2% 0,948 0,1% 1,4 2% 4,08 E+3 2% 153 2% 0,955 0,2% 3,3 2% 2,08 E+3 2% 59 0,4% 0,990 0,1% 1,3 2% 3,12 E+3 6% 88 8% 0,989 1% 2,0 10% 2,17 E+3 4% 54 6% 0,986 1% 1,3 8% 3,04 E+3 4% 83 1% 0,976 1% 2,0 4% 2,25 E+3 3% 71 2% 0,993 0,3% 1,7 4% 1,93 E+3 8% 59 7% 0,896 2% 1,5 8% 3,17 E+3 2% 116 2% 0,957 2% 2,7 3% 2,16 E+3 3% 63 10% 0,998 0,02% 1,4 10% 4,80 E+3 3% 169 4% 0,995 0,2% 4,0 3% 3,22 E+3 4% 111 3% 0,988 0,2% 2,6 5% 2,83 E+3 4% 76 5% 0,983 1% 1,8 5% 2,17 E+3 0,1% 70 0,5% 0,997 0,2% 1,6 0,2% 3,04 E+3 3% 104 2% 0,953 2% 2,4 1% 2,63 E+3 5% 83 8% 0,997 0,2% 1,9 6% 3,40 E+3 2% 107 0,5% 0,973 0,2% 2,6 0,4% 2,61 E+3 1% 77 1% 0,946 3% 1,8 3% média 0,98 1% Nota: A primeira coluna representa o número do experimento realizado em duplicata; os valores das colunas de nome “∆” representam a metade da diferença entre o maior e o menor valor do par de resultados do experimento, dividida pela média dos dois resultados. A incerteza no valor da superfície específica, envolvida na preparação da amostra e análise no permeâmetro Fisher, foi estimada em 52 cm²/g, por Sérgio Chagas, da DIPE/CVRD, em trabalho não publicado. Os valores chamados de média ao final da tabela correspondem, respectivamente, às médias aritméticas dos valores de média de R² e ∆ de R². Os resultados de granulometria passante em 45 µm são mostrados na Tabela 8. Efetuando uma regressão linear com os dados de granulometria e o logaritmo neperiano da energia específica (kWh/t) obtém-se a inclinação também mostrada na Tabela 8. Essa inclinação é outra forma de se expressar a moabilidade: quanto maior seu valor, mais fácil será a redução de tamanho do minério. Isso é ilustrado de forma gráfica no APÊNDICE E. Essa forma de cálculo empregada na Tabela 8 foi escolhida pela sua simplicidade e facilidade de uso, à semelhança dos trabalhos de Aksani, Sönmez (2000), Viana, Turrer e Rabelo (1990), Horst e Bassarear (1976). A coluna dos valores R², da mesma tabela, representa os coeficientes de determinação. Os valores próximos de 1,0 mostram o bom ajuste das curvas. 37 Tabela 8 - Resultados obtidos do percentual menor que 45 µm, para diversos tempos de moagem, e índices de moabilidade [t. kW-1.h-1] (inclinações) calculados. Inicial 10 minutos 20 minutos 40 minutos 105 minutos Inclinação R² Caso média média ∆ média ∆ média ∆ média ∆ média ∆ média ∆ ∆ 70 1% 76 4% 81 2% 90 1% 94 2% 7,5 14% 0,95 1% 1 39 3% 48 8% 59 11% 67 1% 87 1% 15 2% 0,96 1% 2 60 3% 74 7% 78 2% 90 2% 98 0,1% 12 6% 0,97 3% 3 63 2% 81 0,2% 87 0% 91 0,1% 99 0,1% 11 3% 0,92 1% 4 15 0,0% 22 2% 25 3% 51 0,4% 87 0,2% 22 1% 0,86 1% 5 55 2% 60 2% 67 2% 79 2% 93 0,2% 12 2% 0,95 0,3% 6 67 2% 78 7% 87 7% 93 2% 99 0,2% 10 7% 0,92 6% 7 8 68 0,0% 77 5% 86 5% 90 2% 99 0,2% 10 2% 0,96 3% 51 4% 59 7% 67 5% 75 0,3% 95 1% 14 8% 0,96 0,2% 9 51 1% 61 0,3% 68 7% 75 0,3% 92 0,4% 13 2% 0,97 1% 10 38 3% 68 7% 80 2% 92 2% 94 2% 17 2% 0,86 4% 11 23 1% 43 9% 55 8% 66 7% 89 0,1% 20 0,2% 0,99 0,1% 12 63 1% 70 0,4% 77 0,4% 87 0,1% 97 0,2% 11 2% 0,99 0,3% 13 43 4% 64 2% 70 4% 77 3% 97 0,4% 16 5% 0,96 1% 14 42 2% 53 8% 62 3% 74 1% 96 1% 17 4% 0,97 0,2% 15 60 5% 77 5% 83 7% 91 4% 96 2% 10 3% 0,93 4% 16 45 2% 53 7% 60 1% 72 4% 90 0,1% 14 6% 0,96 1% 17 57 0,0% 70 2% 74 3% 85 6% 97 0,1% 12 2% 0,97 0,3% 18 19 57 2% 70 7% 75 3% 85 1% 97 1% 13 4% 0,97 2% 37 2% 50 0,1% 53 1% 64 0,3% 88 1% 15 0,4% 0,95 0,1% 20 21 53 1% 60 0,4% 66 4% 80 1% 95 1% 14 0,3% 0,96 3% média 0,95 2% Nota: A primeira coluna representa o número do experimento realizado em duplicata; os valores das colunas de nome “∆” representam a metade da diferença entre o maior e o menor valor do par de resultados do experimento, dividida pela média dos dois resultados. A incerteza no valor da granulometria, envolvida na preparação da amostra e análise granulométrica, foi estimada em 0,98 pontos percentuais, por Sérgio Chagas, da DIPE/CVRD, em trabalho não publicado. Os valores chamados de média ao final da tabela correspondem, respectivamente, às médias aritméticas dos valores de média de R² e ∆ de R². Os valores de desvio, representados pela letra grega ∆, mostram que o procedimento experimental apresenta erros aleatórios significativos. Dentre as possíveis causas desses desvios entre um ensaio e outro, encontram-se diferenças de amostra além das já citadas diferenças de preparação de carga, erros de cronômetro, alterações de tensão elétrica, etc. Os resultados da análise granulométrica, em combinação de peneiramento e espalhamento de laser de todos os minérios moídos em todos os ensaios, foram obtidos em 23 classes de tamanho, conforme mostra o APÊNDICE F. Para comparação com a superfície específica medida pelo permeâmetro Fisher, também calculou-se a superfície específica com base nos tamanhos médios harmônicos das partículas 38 apresentados no APÊNDICE F. Consideraram-se as partículas como esferas, mesmo sabendose que o fator de forma é diferente para cada tipo de minério avaliado. O cálculo foi feito com base na equação (7), da página 28, considerando a densidade real medida por picnômetro a hélio. As superfícies específicas e a moabilidade assim calculadas são mostradas na Tabela 9. Observa-se que a média dos coeficientes de determinação da Tabela 9 foi bastante alta (0,97), o que mostra, novamente, a boa aplicabilidade da Lei de Rittinger. Tabela 9 - Resultados de superfície específica [cm²/g] e inclinações [m².10-1.W-1.h-1] calculadas, para diversos tempos de moagem, sendo a superfície específica calculada pela equação (7), utilizando o tamanho médio harmônico das partículas e a densidade real dos minérios Caso 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Inicial média ∆ 4,2 E+2 5% 1,8 E+2 3% 2,6 E+2 1% 2,5 E+2 19% 2,6 E+2 0,3% 2,7 E+2 3% 3,3 E+2 0,1% 3,6 E+2 2% 3,8 E+2 2% 2,1 E+2 2% 2,1 E+2 1% 1,8 E+2 21% 2,8 E+2 3% 2,2 E+2 2% 2,4 E+2 0,4% 3,4 E+2 3% 2,0 E+2 1% 2,6 E+2 3% 2,7 E+2 1% 2,1 E+2 9% 2,6 E+2 1% 10 minutos média ∆ 4,5 E+2 7% 2,1 E+2 8% 3,5 E+2 10% 4,1 E+2 7% 2,4 E+2 58% 3,0 E+2 5% 4,3 E+2 20% 5,2 E+2 1% 3,9 E+2 21% 2,6 E+2 1% 3,0 E+2 22% 2,8 E+2 47% 3,4 E+2 2% 4,7 E+2 17% 3,9 E+2 19% 4,3 E+2 15% 2,6 E+2 0,4% 3,7 E+2 5% 3,5 E+2 9% 5,3 E+2 8% 2,8 E+2 13% 20 minutos 40 minutos média média ∆ ∆ 6,3 E+2 4% 8,6 E+2 2% 2,6 E+2 3% 3,4 E+2 6% 4,0 E+2 11% 7,6 E+2 16% 5,7 E+2 4% 6,2 E+2 0,2% 4,2 E+2 21% 9,8 E+2 27% 3,7 E+2 12% 5,5 E+2 8% 5,4 E+2 21% 8,6 E+2 14% 6,2 E+2 7% 7,2 E+2 3% 4,0 E+2 2% 8,5 E+2 16% 3,5 E+2 5% 5,0 E+2 5% 3,9 E+2 11% 7,1 E+2 7% 5,2 E+2 58% 9,7 E+2 17% 3,8 E+2 0,3% 5,7 E+2 3% 6,9 E+2 19% 1,23 E+3 18% 5,0 E+2 7% 9,0 E+2 16% 6,9 E+2 23% 9,5 E+2 26% 2,9 E+2 6% 5,7 E+2 2% 3,9 E+2 1% 8,7 E+2 7% 4,1 E+2 11% 6,5 E+2 7% 5,2 E+2 14% 9,1 E+2 3% 4,1 E+2 15% 5,9 E+2 3% 105 minutos Inclinação R² média média ∆ média ∆ ∆ 1,37 E+3 9% 35 17% 0,98 2% 7,7 E+2 9% 27 12% 0,97 0,3% 1,58 E+3 9% 57 9% 0,98 0,4% 1,19 E+3 0,2% 38 3% 0,97 2% 2,15 E+3 6% 78 9% 0,96 0,8% 1,04 E+3 4% 34 5% 0,99 0,4% 1,48 E+3 5% 45 4% 0,98 0,6% 1,33 E+3 3% 38 4% 0,99 0,8% 1,71 E+3 23% 59 23% 0,97 0,1% 1,27 E+3 12% 47 14% 0,98 1% 9,1 E+2 1% 31 4% 0,88 3% 1,53 E+3 7% 59 0,1% 0,92 2% 9,83 E+2 9% 29 7% 0,99 0,09% 2,46 E+3 5% 93 8% 0,98 2% 1,70 E+3 2% 64 5% 0,98 2% 1,39 E+3 13% 39 15% 0,93 7% 1,18 E+3 4% 45 6% 0,99 0,2% 1,75 E+3 4% 66 4% 0,98 0,8% 1,59 E+3 2% 59 4% 0,98 1% 2,18 E+3 5% 80 7% 0,99 0,2% 1,41 E+3 6% 48 7% 0,99 0,08% média 0,97 3% Nota: A superfície específica foi calculada através da distribuição granulométrica por peneiramento e espalhamento a laser. A primeira coluna representa o número do experimento realizado em duplicata; os valores das colunas de nome “∆” representam a metade da diferença entre o maior e o menor valor do par de resultados do experimento, dividida pela média dos dois resultados. Adotou-se a mesma estimativa de incerteza da superfície específica envolvida na preparação da amostra e análise no permeâmetro Fisher, estimada em 52 cm²/g, por Sérgio Chagas, da DIPE/CVRD, em trabalho não publicado. Os valores chamados de média ao final da tabela correspondem, respectivamente, às médias aritméticas dos valores de média de R² e ∆ de R². Através de regressão linear, obteve-se a seguinte relação: SEFisher = 341 + 1,64 x SELaser R² = 0,927 39 (8) onde SEFisher = superfície específica medida no permeâmetro Fisher [cm²/g] SELaser = superfície específica calculada com base no espalhamento de laser [cm²/g] A título de comparação, calculou-se o intervalo de confiança (95%) para “SEFisher”, a partir de um valor arbitrado em 900 cm²/g para “SELaser”. Obteve-se o intervalo (1817 ± 35) cm²/g, que é perfeitamente admissível, tendo em vista os valores dos erros experimentais das medições. 40 6. DESENVOLVIMENTO DOS MODELOS 6.1. Escolha da variável resposta A Figura 8 mostra uma comparação entre o índice de moabilidade padrão CVRD com a energia corrigida e a moabilidade medida pela inclinação da reta superfície versus energia, para as 21 misturas. Observa-se que as duas linhas apresentam uma forte correlação, o que se vê pela maneira como as linhas se dispõem de forma quase paralela. Essa correlação indica que um índice de moabilidade representa bem o outro. Isso se torna particularmente interessante, pois ratifica o uso do procedimento padrão do índice de moabilidade, bastando utilizar a constante de energia obtida no presente trabalho como forma de conversão de um índice para o outro. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Número da mistura Figura 8 - Comparação entre o índice de moabilidade padrão e a moabilidade representada pela inclinação da reta superfície versus energia. Cada caso representa um experimento realizado em duplicata. Cada ponto representa a média de um par de resultados e as incertezas foram representadas pela metade da diferença entre o maior e o menor valor do par de resultados. 41 Foram avaliadas outras formas de se expressar a moabilidade, conforme a relação a seguir, onde se apresentam, para cada uma, o nome codificado, seu significado e respectiva unidade: m_SE_E inclinação da reta de superfície específica versus energia específica [m².10-1.W-1.h-1]; E_SE1850 energia [kWh/t] para obter 1850 cm²/g, calculada pela equação de superfície específica versus energia; IM índice de moabilidade [cm².g-1.W-1.h-1]; IM_E1050 índice de moabilidade tradicional com energia padrão de 1050Wh [cm².g-1.W-1.h-1]; IM_Ecor índice de moabilidade tradicional corrigindo a energia padrão pela medida [cm².g-1.W-1.h-1]; m_SE45_E inclinação da reta de relação “superfície específica dividida pelo percentual passante em 45 µm” versus “energia específica” [m².10-1.W-1.h-1] ; m-45_lnE inclinação da reta de % passante em 45 µm versus logaritmo neperiano da energia específica [t. kW-1.h-1]; E_88_-45 energia [kWh.t-1] para atingir 88% < 45 µm, calculada pela equação de granulometria versus energia; m_8_E inclinação da reta de %<0,008mm versus energia específica [kW-1.h-1]; m_TMH_E inclinação da reta de tamanho médio harmônico versus energia específica [t. W-1.h-1]; m_SEL_E inclinação da reta de superfície específica medida através da granulometria versus energia específica [m².10-1.W-1.h-1]; E_1850L energia [kWh/t] para obter 1850 cm²/g, calculada pela equação de superfície calculada pela granulometria medida por espalhamento de laser versus energia. Foi medida a correlação entre todas essas variáveis, conforme mostra a Tabela 10. No nível de significância de 5%, todas as correlações se mostraram significantes, mesmo aquelas em que o valor do coeficiente de correlação (R) é relativamente baixo. Escolheu-se para a elaboração do modelo proposto, a variável “m_SE_E”, conforme fora planejado. Além disso, foi estudada também a variável “m-45_lnE”, pois seu resultado tem particular interesse para a pelotização, conforme visto no último parágrafo da página 21, Seção 3.9. 42 Tabela 10 - Matriz de correlações entre variáveis que representam a moabilidade. Variáveis m_SE_E m_SE_E 1,00 IM 1,00 IM_E1050 0,99 IM_Ecor 1,00 m_SE45_E 0,77 m-45_lnE 0,62 m_8_E 0,83 m_TMH_E -0,44 m_SEL_E 0,88 IM IM_E1050 IM_Ecor m_SE45_E m-45_lnE m_8_E m_TMH_E m_SEL_E 1,00 0,99 1,00 0,77 0,62 0,83 -0,44 0,88 1,00 0,99 1,00 0,74 0,61 0,86 -0,42 0,90 1,00 0,99 0,99 0,76 0,57 0,84 -0,37 0,88 1,00 0,99 1,00 0,74 0,61 0,86 -0,42 0,90 1,00 0,74 0,76 0,74 0,82 0,52 -0,54 0,60 1,00 0,61 0,57 0,61 0,82 0,41 -0,74 0,46 1,00 0,86 0,84 0,86 0,52 0,41 -0,35 0,96 -0,42 -0,37 -0,42 -0,54 -0,74 -0,35 1,00 -0,37 1,00 0,90 0,88 0,90 0,60 0,46 0,96 -0,37 Observa-se uma altíssima correlação (R = 0,99) entre a variável “m_SE_E” e o índice de moabilidade calculado da forma rotineira simplificada (energia constante - “IM_E1050”). Isso indica que a simplificação é aceitável. A correlação perfeita (R = 1,00) entre as variáveis “m_SE_E”, “IM” e “IM_Ecor” é natural, pois essas variáveis são obtidas com base na inclinação da reta de superfície específica versus energia, sendo que a mudança nos valores de energia é feita apenas pelo uso de constantes matemáticas. 6.2. Escolha das variáveis independentes Com a finalidade de se obter um modelo estatístico de previsão da moabilidade, é necessário evitar as variáveis que podem ser calculadas por uma função de outras. Para isso, procedeu-se uma avaliação das correlações entre elas, por grupos de semelhança: i. variáveis relativas à análise da microscopia – Tabela 11; ii. variáveis relativas à análise química – Tabela 12; iii. variáveis ligadas à análise dos parâmetros BET relacionados às características de porosidade – Tabela 13. Observar que as células que estão em negrito representam correlações estatisticamente significantes (no nível de 5% de significância). Na relação a seguir, apresentam-se os nomes codificados de cada uma das variáveis, seu significado e respectiva unidade: Micro percentual de hematita microcristalina [%]; MartGoet percentual de martita, goethita e limonita [%]; Lobular percentual de hematita lobular [%]; 43 LamelEsp percentual de hematita lamelar e especular [%]; Granular percentual de hematita granular [%]; HemaPoli percentual de hematita policristalina [%]; HemaMono percentual de hematita monocristalina [%]; TMHCrist tamanho médio harmônico (mm) [%]; MonoPoli relação entre os percentuais de hematita policristalina e monocristalina; Qu_FeT teor de Fe total [%]; Qu_SiO2 teor de SiO2 [%]; Qu_Al2O3 teor de Al2O3 [%]; Qu_P teor de P [%]; Qu_Mn teor de Mn [%]; Qu_PPC teor de PPC [%]; Qu_CaO teor de CaO [%]; Qu_MgO teor de MgO [%]; Qu_TiO2 teor de TiO2 [%]; DenRqu densidade real lida em tabela histórica que indica densidade correspondente ao percentual de Ferro da análise química [g/cm³]; DenRHe densidade real medida no picnômetro a He [g/cm³]; DenRBET densidade Real medida através do BET [g/cm³]; SEspBET superfície específica medida através do BET [cm²/g]; VTPor volume total dos poros medido através do BET [cm²/g]; VTmPor volume total dos microporos [cm³/g]; TMaxPor tamanho máximo dos poros [Å]; DMedPor diâmetro médio dos poros [Å]; 44 Tabela 11 - Correlações entre as variáveis ligadas à morfologia. Variáveis m_SE_E Micro MartGoet Lobular LamelEsp Granular HemaPoli HemaMono TMHCrist MonoPoli m_SE_E 1,00 0,83 0,46 0,50 -0,51 -0,77 0,78 -0,84 -0,72 -0,53 Micro 0,10 0,76 0,83 1,00 -0,60 -0,71 0,82 -0,82 -0,67 -0,50 MartGoet 1,00 -0,19 -0,11 -0,57 0,46 0,10 0,31 -0,46 -0,52 -0,37 Lobular -0,19 1,00 -0,29 0,50 0,76 -0,57 -0,53 0,46 -0,47 -0,58 LamelEsp -0,11 -0,57 1,00 0,15 -0,51 -0,60 -0,85 0,81 0,87 0,81 Granular 0,15 1,00 0,23 -0,77 -0,71 -0,57 -0,53 -0,44 0,57 0,55 HemaPoli 1,00 0,78 0,82 0,31 0,46 -0,85 -0,44 -0,98 -0,84 -0,81 HemaMono -0,84 -0,82 1,00 -0,46 -0,47 0,81 0,57 -0,98 0,90 0,80 TMHCrist 1,00 -0,72 -0,67 -0,52 -0,58 0,87 0,55 -0,84 0,90 0,79 MonoPoli 0,23 1,00 -0,53 -0,50 -0,37 -0,29 0,81 -0,81 0,80 0,79 Tabela 12 - Correlações entre as variáveis químicas. Variáveis m_SE_E Qu_FeT Qu_SiO2 Qu_Al2O3 Qu_P Qu_Mn Qu_PPC Qu_CaO Qu_MgO Qu_TiO2 m_SE_E 1,00 0,29 -0,29 0,22 -0,12 -0,43 0,31 -0,42 -0,52 -0,60 Qu_FeT 0,29 1,00 -0,10 -0,96 -0,96 -0,51 -0,55 -0,54 -0,46 -0,78 Qu_SiO2 1,00 0,10 -0,43 -0,96 0,89 0,32 0,69 0,31 0,49 0,89 Qu_Al2O3 -0,29 1,00 0,47 -0,96 0,89 0,34 0,59 0,32 0,61 0,64 Qu_P 0,22 0,30 -0,51 0,32 0,47 1,00 -0,02 0,94 -0,44 -0,33 Qu_Mn -0,12 1,00 -0,13 0,03 -0,55 0,69 0,34 -0,02 -0,37 0,68 Qu_PPC -0,13 1,00 -0,19 -0,12 0,14 0,31 -0,54 0,31 0,59 0,94 Qu_CaO -0,10 0,10 -0,19 1,00 -0,12 -0,42 0,32 -0,44 -0,37 0,90 Qu_MgO 0,03 -0,12 1,00 0,25 -0,52 -0,46 0,49 0,61 -0,33 0,90 Qu_TiO2 0,14 -0,12 0,25 1,00 -0,60 -0,78 0,89 0,64 0,30 0,68 Tabela 13 - Correlações entre as variáveis ligadas à porosidade. Variáveis m_SE_E DenRqu DenRHe DenRBET SEspBET m_SE_E 1,00 -0,14 -0,21 -0,09 0,05 DenRqu -0,14 1,00 0,37 0,72 -0,84 DenRHe -0,21 0,37 1,00 0,46 -0,39 DenRBET -0,09 1,00 0,72 0,46 -0,84 SEspBET 0,05 -0,84 -0,39 -0,84 1,00 VTPor 0,01 -0,84 -0,35 -0,78 0,99 VTmPor 0,07 -0,85 -0,40 -0,84 1,00 TMaxPor -0,45 0,20 0,14 -0,15 -0,22 DMedPor -0,10 -0,18 0,23 0,18 0,14 VTPor VTmPor TMaxPor DMedPor 0,01 0,07 -0,10 -0,45 -0,84 -0,85 0,20 -0,18 -0,35 -0,40 0,14 0,23 -0,15 0,18 -0,78 -0,84 0,99 1,00 -0,22 0,14 1,00 0,99 -0,25 0,22 1,00 -0,23 0,14 0,99 -0,25 -0,23 1,00 0,09 0,22 0,14 0,09 1,00 6.3. Obtenção de modelos por regressão linear múltipla Essa base de dados não se mostrou propícia para esse tipo de análise, pois as variáveis estão altamente correlacionadas, ou podem ser determinadas através de uma função das demais. São 45 exemplos de problemas: as variáveis químicas têm soma constante (100%); as morfologias têm soma constante (100%); os resultados de hematita mono e policristalina são dependentes entre si, o tamanho médio harmônico de cristais está correlacionado com a presença de hematita monocristalina. Outro problema que impede mais análises é que muitos dos resultados foram calculados em função dos demais. Os dados de composição química, análise morfológica e BET foram medidos apenas para os cinco minérios “puros”. Os valores dessas variáveis para todos os demais casos foram obtidos por média ponderada. Na prática, só se têm cinco dados primários, o que prejudica a regressão múltipla. Ainda assim foram feitas algumas tentativas, conforme o texto a seguir. Para simplificar a leitura, são citadas as equações, com os nomes codificados das variáveis, conforme já definidos, e, ao lado de cada equação, o valor de R a2 . Notar que R a2 depende do número de coeficientes na equação, conforme sua definição: n −1 1 − R 2 R a2 = 1 − n−p ( ) (9) onde n é o número de casos, p é o número de coeficientes e R² é o coeficiente de determinação, assim definido: ∑ (Y − Y ) = ∑ (Ŷ − Y ) 2 R 2 i (10) i onde: “i” representa o caso (experimento); Yi é o valor observado de uma variável, no caso de número “i”; Y é o valor médio de todas as observações daquela variável; Ŷi é o valor da variável estimado pela equação em avaliação, no caso de número “i”. A partir das tabelas de correlação, foram selecionadas as variáveis com maior correlação com a moabilidade. Dentre as morfologias, escolheram-se as hematitas microcristalina e a lamelar/especular. Com relação ao critério de cristais por partícula, selecionou-se a variável 46 percentual de hematita monocristalina. Dentre os componentes observados na análise química, foi escolhido o teor de TiO2. Das variáveis ligadas à porosidade escolheu-se o tamanho máximo de poros. As demais variáveis estavam altamente correlacionadas, portanto não foram consideradas. Realizando uma regressão linear múltipla utilizando o software Statistica, versão 6, da empresa Statsoft. Com todas as variáveis selecionadas, o software excluiu automaticamente algumas delas por não passarem no teste de tolerância. Isso acontece porque as variáveis estão altamente associadas aos cinco minérios utilizados. O teste de tolerância consiste em avaliar se uma variável pode ser representada por uma combinação das demais. Para isso, é avaliado o coeficiente de determinação múltiplo considerando a variável em questão em função das demais. Foi utilizada então a técnica de “stepwise”, ou seleção de variáveis por etapas. Essa técnica inclui variáveis no modelo, progressivamente. Inicia com a variável de maior correlação com a variável resposta e depois entra com a variável que minimiza os erros ou resíduos do modelo. A cada etapa, além de se testar a inclusão de uma nova variável, é realizado o teste de remoção das variáveis selecionadas na etapa anterior. O procedimento termina quando não houver mais variável a ser testada. No caso testado, foram retiradas do modelo as variáveis “Micro”, “HemaMono” e “Qu_TiO2”, porque essas variáveis não passaram no teste de tolerância. O coeficiente de determinação ajustado ( R a2 ) foi de 0,822. O modelo obtido foi: m_SE_E = 1025 + 1,061. LamelEsp - 1,614 . HemaMono - 1,073 TMaxPor (11) É interessante observar que, apesar de um valor R a2 relativamente alto, os sinais dos coeficientes não traduzem a realidade das variáveis independentes envolvidas nesse exemplo. Neste caso, em que é relativamente grande o tamanho de cristal da hematita lamelar, sabe-se que ao se aumentar sua quantidade, a moabilidade é reduzida, o que não ocorre na equação. Da mesma forma, não há explicação intuitiva para a relação do tamanho máximo dos poros, que aparece na equação reduzindo o valor da moabilidade. Recomenda-se, portanto, muito 47 cuidado ao se utilizar esse tipo de modelo, que “apenas” ajustou os dados de 5 minérios a 42 resultados de moabilidade. Com a seleção manual das variáveis, foram testados diversos modelos na tentativa de se obter modelos mais realísticos com o fenômeno de moagem e que tenham valores satisfatórios de de R a2 . São apresentados alguns modelos obtidos para a moabilidade (“m_SE_E”) em função de algumas das variáveis estudadas: i. Moabilidade = 1780 - 801,0 x TMHCrist + 32,11 x Qu_PPC - 782,4 x Qu_TiO2 R a2 = 0,821 2,018 x TMaxPor ii. Moabilidade = 909,5 – 2988 x TMHCrist - 72,87 x Qu_MgO - 0,001611 x SEspBET - 0,8583 x TMaxPor + 1,218 x MonoPoli R a2 = 0,817 iii. Moabilidade = 2108 - 618,8 x Qu_TiO2 - 91,22 x DenRHe -1,836 x TMaxPor R a2 = 0,661 5,881 x MonoPoli iv. Moabilidade = 86,19 + 1,285 x Qu_TiO2 + 2,059 x DenRHe -1,683 x TMaxPor + R a2 = 0,821 14,20 x MonoPoli v. Moabilidade = 50,57 + 2,123 x LamelEsp - 4,218 x HemaMono + 5130 x TMHCrist + R a2 = 0,821 12534 x VTPor É importante notar que, conforme as variáveis são agrupadas, os sinais de seus respectivos coeficientes se alteram, mostrando que não há associação direta com os fenômenos a elas relacionados e que poderiam afetar a moabilidade. Para melhorar esse tipo de análise seria interessante avaliar o tamanho médio harmônico dos cristais, considerando durante a caracterização, a divisão da faixa de 0,04 a 0,11 mm. Outra melhoria seria a análise dos poros acima de 0,2 µm, o que não é possível com o BET. 48 6.4. Análise dos resultados utilizando o modelamento de misturas proposto O planejamento de experimentos simplex-lattice (CORNELL, 1981) estabelece as quantidades de minérios em cada mistura de forma a obter a maior abrangência dos minérios. Entretanto, a técnica considera elementos puros na mistura, o que, no caso deste trabalho, não foi possível conseguir, visto que as reservas de minério de ferro estudadas não possuem uma morfologia única e isolada. Os percentuais de cada uma das morfologias presentes nas misturas foram obtidos por cálculo, assim como as propriedades que foram medidas apenas nos minérios puros, como a análise química e os resultados da análise via BET. O resultados estão na Tabela 14, utilizada para análise e geração dos modelos. Esses valores foram obtidos pelo cálculo direto com os valores já mostrados na Tabela 1 (Seção 4.2) e no agrupamento 3 da Tabela 4 (Seção 5,2). Tabela 14 - Teores (%) calculados e utilizados no presente estudo de cada grupo de morfologias. Hematita Experimento Microcristalina 1 1,0 2 0,8 3 5,0 4 0,5 5 42,1 6 0,9 7 3,0 8 0,8 9 21,5 10 2,9 11 0,7 12 21,4 13 2,8 14 23,6 15 21,3 16 5,4 17 5,3 18 7,5 19 5,2 20 26,0 21 9,9 Martita e Goethita/ Limonita 2,0 4,9 51,1 0,2 14,3 3,5 26,6 1,1 8,2 28,0 2,6 9,6 25,7 32,7 7,3 8,3 9,7 32,8 7,4 14,4 14,5 Hematita Lobular 26,3 1,4 2,3 0,9 37,6 13,9 14,3 13,6 31,9 1,9 1,1 19,5 1,6 19,9 19,2 20,0 7,5 8,0 7,3 25,6 13,7 49 Hematita Lamelar/ Especular 22,4 53,2 22,8 14,5 4,3 37,8 22,6 18,5 13,3 38,0 33,8 28,7 18,7 13,5 9,4 22,9 38,3 23,1 19,0 13,9 23,4 Hematita Granular 48,2 39,7 18,7 83,9 1,8 44,0 33,5 66,1 25,0 29,2 61,8 20,7 51,3 10,2 42,8 43,4 39,1 28,6 61,2 20,1 38,5 6.5. Modelo para a moabilidade conforme a superfície específica Foram obtidos três modelos: linear, quadrático e cúbico especial. Os comentários sobre cada um estão distribuídos nos tópicos seguintes. É comum detectar-se alguma deficiência em um modelo pelo não cumprimento de algumas condições. Essas condições são descritas a seguir e foram aplicadas à avaliação de todos os modelos obtidos nesse trabalho. São condições para se considerar um modelo adequado: i. O gráfico de valores previstos e observados é útil para se avaliar alguma tendência e o distanciamento dos pontos em relação à reta que seria obtida se os resíduos fossem iguais a zero. Quanto mais próximos os pontos estiverem da reta melhor o modelo. ii. A normalidade dos resíduos pode ser verificada pelo histograma em cujo cabeçalho estão os resultados de dois testes não paramétricos de normalidade (KolmogorovSmirnov e Shapiro-Wilk). A normalidade é verificada para p > 0,05. iii. No gráfico dos resíduos em relação aos valores previstos, os resíduos não devem apresentar tendência ou correlação com os valores previstos. iv. No gráfico dos resíduos em relação aos casos, os pontos devem estar distribuídos de forma aleatória, mostrando independência dos erros. 6.5.1. Modelo Linear O modelo linear é particularmente interessante pela sua simplicidade e por ser uma forma de média ponderada entre os efeitos de cada morfologia individual, o que permite quantificar a influência de cada uma. A Tabela 15 mostra os coeficientes e respectivos erros padrões do modelo linear para previsão da moabilidade conforme superfície específica. O parâmetro estatístico “p” indica a probabilidade de que o coeficiente correspondente seja igual a zero. Por esse critério, não se pode afirmar que o coeficiente do teor de hematita lobular seja significativo, no nível de 5% de significância. São significativos, portanto, os coeficientes cujos valores de “p” forem inferiores a 0,05 (linhas em negrito na tabela). As colunas de nomes “-95%” e “95%” representam, respectivamente, os limites inferior e superior do intervalo de 95% de confiança para o valor de cada coeficiente. 50 Tabela 15 - Coeficientes do modelo linear para previsão da moabilidade conforme superfície específica. (A)Micro (B)MartGoet (C)Lobular (D)LamelEsp (E)Granular Coeficiente 2,9 1,4 0,29 0,51 0,54 Erro Padrão 0,33 0,16 0,30 0,17 0,09 p 0,00 0,00 0,35 0,00 0,00 -95% 2,3 1,1 -0,33 0,17 0,35 95% 3,6 1,7 0,90 0,84 0,73 A Figura 9 mostra a importância dos efeitos das variáveis no modelo linear de previsão da moabilidade conforme superfície específica. É comum nesse tipo de gráfico a utilização dos coeficientes padronizados,4 mas optou-se por apresentar os resultados em sua forma original, tendo em vista a maior clareza de interpretação dos resultados, sem a necessidade de cálculos adicionais. São classificadas, então, em ordem decrescente de importância: i) hematita microcristalina; ii) martita, goethita e limonita; iii) hematita granular; iv) hematita lamelar e especular; v) hematita lobular. Gráfico de Pareto, componentes originais, modelo linear para a variável m_SE_E (A)Micro 2,941 (B)MartGoet 1,411 (E)Granular (D)LamelEsp (C)Lobular 0,0 ,5434 ,5087 ,2877 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 Efeito Estimado (u.a.) Figura 9 - Importância dos efeitos das variáveis e interações no modelo linear de previsão da moabilidade conforme superfície específica. A Figura 10 apresenta os resultados dos testes de verificação do modelo linear de previsão da moabilidade em função da superfície específica. Nota-se que o modelo atendeu a todas as condições citadas anteriormente.5 4 5 Nesse caso, a padronização consiste na divisão do resultado pelo erro padrão. Cf. início da Seção 6.5. 51 Valores observados X preditos Valores Preditos X Resíduos Modelo Linear Modelo Linear 180 60 50 160 40 30 120 Resíduos Valores preditos 140 100 20 10 0 80 -10 -20 60 -30 40 20 40 60 80 100 120 140 160 180 -40 40 200 60 80 100 Valores observados 140 160 180 Resíduo X Número do caso K-S d=,11970, p> .20; Shapiro-Wilk W=,94361, p=,03825 Modelo Linear 60 20 50 18 40 16 30 14 Resíduo Número de observações 120 Valores Preditos 12 10 20 10 0 8 -10 6 -20 4 -30 2 -40 0 0 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 5 10 15 20 25 30 35 40 Número do caso X <= Limites das categorias Figura 10 - Verificação do modelo linear de previsão da moabilidade conforme superfície específica. 6.5.2. Modelo Quadrático Esse modelo apresenta o efeito dos componentes (morfologias) isolados e das interações entre eles, tomados aos pares. Os coeficientes de cada componente e cada interação são mostrados na Tabela 16. Chamou-se cada componente por uma letra (de A a E) e as interações entre esses componentes pelas duas letras correspondentes. São considerados significativos (linhas em negrito na tabela), no nível de 5% de significância, apenas os coeficientes cujos valores da estatística “p” forem menores que 0,05. Portanto, nesse caso, são significativos os coeficientes das variáveis “Micro”, “MartGoet”, “Granular”, e as interações AE (“Micro” e “Granular”), BC (“MartGoet” e “Lobular”) e BE (“MartGoet” e “Granular”). Observa-se que não são significantes nem “Lobular” nem “LamelEsp”. Uma crítica a esse tipo de modelo é justamente a redução da importância dos componentes originais. Outra crítica é que os 52 intervalos de confiança para os coeficientes se mostraram relativamente muito grandes, indicando dificuldade em se precisar a contribuição de cada componente ou de cada interação. Tabela 16 - Coeficientes do modelo quadrático para previsão da moabilidade conforme superfície específica. (A)Micro (B)MartGoet (C)Lobular (D)LamelEsp (E)Granular AB AC AD AE BC BD BE CD CE DE Coeficiente 11 1,9 0,27 0,53 0,54 -0,09 -0,21 -0,079 -0,076 0,070 -0,015 -0,022 -0,0024 0,0024 0,0025 Erro Padrão 3,6 0,65 2,6 0,74 0,19 0,058 0,12 0,041 0,033 0,031 0,024 0,010 0,042 0,038 0,018 p 0,0041 0,0086 0,92 0,48 0,0088 0,12 0,083 0,067 0,029 0,030 0,53 0,039 0,95 0,95 0,89 -95% 3,9 0,51 -5,1 -0,98 0,15 -0,21 -0,45 -0,16 -0,14 0,0073 -0,064 -0,042 -0,088 -0,075 -0,035 95% 19 3,2 5,7 2,0 0,94 0,026 0,029 0,0058 -0,0085 0,13 0,034 -0,0011 0,083 0,079 0,040 A Figura 11 mostra a importância dos efeitos das variáveis e interações no modelo quadrático de previsão da moabilidade conforme superfície específica.6 A Figura 12 mostra a verificação da adequação do modelo. Nota-se que o modelo atendeu a todas as condições citadas anteriormente.7 6 7 Cf. subseção 6.5.1. para interpretação deste tipo de gráfico Cf. início da Seção 6.5. 53 Gráfico de Pareto, componentes originais, modelo quadrático para a variável m_SE_E (A)Micro (B)MartGoet (E)Granular (D)LamelEsp (C)Lobular AC AB AD AE BC BE BD DE CD CE 11,40 1,857 ,5446 ,5328 ,2718 -,2084 -,0941 -,07925 -,07605 ,07037 -,02175 -,01499 ,002501 -,002382 ,002353 -2 0 2 4 6 8 10 12 14 Efeito Estimado (u.a.) Figura 11 - Importância dos efeitos das variáveis e interações no modelo quadrático de previsão da moabilidade conforme superfície específica. Valores observados X preditos Valores Preditos X Resíduos Modelo Quadrático Modelo Quadrático 180 25 20 160 15 10 Resíduos Valores preditos 140 120 100 5 0 -5 -10 80 -15 60 -20 40 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 -25 40 60 80 Valores Observados 100 120 140 160 180 Valores preditos Resíduos X números dos casos K-S d=0,08874, p> 0,20; Shapiro-Wilk W=0,97579, p=0,50527 Modelo Quadrático 25 18 20 16 15 10 12 Resíduos Número de Observações 14 10 8 5 0 -5 6 -10 4 -15 -20 2 -25 0 0 -25 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 5 10 15 20 25 30 35 40 Número do caso Limite da Categoria X Figura 12 - Verificação do modelo quadrático de previsão da moabilidade conforme superfície específica. 54 6.5.3. Modelo Cúbico Especial Esse modelo apresenta o efeito das morfologias isoladas e das interações entre elas, tomadas aos pares e em grupos de três. Os coeficientes de cada morfologia e cada interação são mostrados na Tabela 17, cuja interpretação é a mesma explicada na subseção anterior para o modelo quadrático. Observa-se que, com exceção da hematita granular, que é a única variável cujo coeficiente é significativo (ao nível de 5% de significância), as interações têm efeito maior que os componentes originais, o que é bastante questionável. A Figura 13 mostra a importância dos efeitos das variáveis e interações no modelo cúbico especial, em ordem decrescente de importância. A Figura 14 mostra a verificação da adequação do modelo. Nota-se que o modelo atendeu a todas as condições citadas anteriormente.8 Tabela 17 - Coeficientes do modelo cúbico especial para a moabilidade conforme superfície específica. (A)Micro (B)MartGoet (C)Lobular (D)LamelEsp (E)Granular AB AC AD AE BC BD BE CD CE DE ABC ABD ABE ACD ACE 8 Coeficiente 2,4 -7,5 -0,52 -1,2 0,41 2,3 0,19 0,13 -0,0060 0,29 0,30 -0,0036 -0,0051 0,020 0,030 -0,071 -0,085 0,0057 0,021 -0,012 Erro Padrão 7,6 8,9 1,9 2,6 0,14 2,8 0,28 0,61 0,20 0,20 0,39 0,037 0,030 0,030 0,040 0,073 0,13 0,023 0,017 0,0078 Cf. início da Seção 6.5. 55 p 0,75 0,41 0,78 0,65 0,0073 0,41 0,50 0,84 0,98 0,16 0,45 0,92 0,87 0,51 0,46 0,34 0,51 0,81 0,23 0,14 -95% -13 -26 -4,4 -6,5 0,12 -3,4 -0,39 -1,1 -0,41 -0,12 -0,51 -0,079 -0,067 -0,042 -0,053 -0,22 -0,35 -0,042 -0,014 -0,028 95% 18 11 3,3 4,1 0,69 8,1 0,77 1,4 0,40 0,70 1,1 0,072 0,057 0,082 0,11 0,081 0,18 0,054 0,056 0,0042 Gráfico de Pareto, componentes originais, modelo cúbico especial para a variável m_SE_E (B)MartGoet (A)Micro AB (D)LamelEsp (C)Lobular (E)Granular BD BC AC AD ABD ABC DE ACD CE ACE AE ABE CD BE -7,482 2,425 2,324 -1,164 -,5213 ,4055 ,2985 ,2864 ,1919 ,1267 -,08542 -,07115 ,02992 ,02078 ,02002 -,01189 -,005976 ,005682 -,005116 -,003635 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Efeito Estimado (u.a.) Figura 13 - Importância dos efeitos das variáveis e interações no modelo cúbico especial de previsão da moabilidade conforme superfície específica. Valores observados X Preditos Valores preditos X resíduos Modelo Cúbico Especial (alguns termos removidos) Modelo Cúbico Especial (alguns termos removidos) 200 12 10 180 8 6 4 140 Resíduos Valores preditos 160 120 100 2 0 -2 -4 80 -6 60 -8 40 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 -10 40 60 80 100 Valores observados 120 140 160 180 200 Valores Preditos Histograma dos resíduos do modelo cúbico especial Resíduos X números dos casos Modelo cúbico especial (alguns termos removidos) 22 12 20 10 18 8 16 6 14 4 Resíduos Número de Observações. K-S d=0,06695, p> 0,20 Shapiro-Wilk W=,98249, p=0,75723 12 10 8 2 0 -2 6 -4 4 -6 2 -8 0 -10 -5 0 5 -10 10 0 Limite da Categoria X 5 10 15 20 25 30 35 40 Número do caso Figura 14 - Verificação do modelo cúbico especial para a moabilidade conforme superfície específica. 56 6.5.4. Comparação entre os três modelos A Tabela 18 mostra um comparativo entre os três modelos sob a óptica da análise de variância. Considerando os dados estatísticos tender-se-ia a adotar o modelo cúbico especial, contudo, alguns comentários devem ser feitos. Um deles, como já comentado, é a baixa significância de muitos coeficientes presentes nesses modelos. Algumas tentativas de se removerem esses termos do modelo resultaram em redução do valor de R² ajustado. Tabela 18 - Análise de variância para os modelos de moabilidade conforme superfície específica. Modelo Linear Quadrático Cúbico Especial Total Ajustado Graus de Soma quadrática liberdade dos dos efeitos efeitos 34707 4702 1274 41412 4 10 5 41 Soma quadrática dos erros Graus de liberdade dos erros Média quadrática dos erros 6705 2002 728 37 27 22 181,2 74,2 33,1 F p R² 47,88 0,00000 0,838 6,34 0,00006 0,952 7,70 0,00026 0,982 R²a 0,821 0,927 0,967 Para comparação dos modelos, realizou-se uma previsão para o ponto em que cada morfologia está presente com 20% em massa. Os três modelos apresentam diferentes estimativas para a moabilidade, conforme Tabela 19. Observa-se que as previsões de moabilidade feitas pelos modelos linear e quadrático são muito mais coerentes que a previsão do modelo cúbico especial, considerando que o valor (42 m².10-1.W-1.h-1) previsto por esse modelo é menor que o menor dos valores experimentais. Outro problema do modelo cúbico especial é o grande tamanho do intervalo de confiança para a estimativa. Tabela 19 - Comparação da previsão da moabilidade [m².10-1.W-1.h-1] conforme a superfície específica pelos modelos linear, quadrático e cúbico especial. Valor predito -95% confiança +95% confiança Tamanho do intervalo de confiança (95%) Modelo Linear 114 108 120 12 Modelo Modelo Cúbico Quadrático Especial 123 42 117 -175 130 260 13 435 A conclusão de todas essas comparações entre os três modelos é que é melhor se utilizar o modelo linear para previsão da contribuição de cada morfologia, pelos seguintes motivos: 57 i. apresenta, relativamente, bom valor de coeficiente de determinação ajustado; ii. quase todos os coeficientes (morfologias) são estatisticamente significativos; iii. atendeu às condições de verificação dos resíduos; iv. a prática industrial da CVRD também adota, com bons resultados, esse tipo de modelo para composição de pilhas. Para ilustrar a influência das morfologias na moagem, através do modelo linear, foram construídos os gráficos das Figuras 15 e 16. Esses gráficos são obtidos variando-se a proporção da morfologia que se quer estudar (hematita lobular na Figura 15 e hematita microcristalina na Figura 16) e atribuindo-se o restante da mistura aos demais componentes, em partes iguais. Foram escolhidas essas duas morfologias por terem apresentado, respectivamente, o menor e o maior coeficiente. É interessante observar o comportamento da moabilidade quando se aumenta a quantidade presente de hematita lobular, mantendo as demais morfologias em quantidades iguais e a soma em 100%, conforme mostra a Figura 15. Para um mesmo nível de energia, com o aumento da participação da hematita lobular, é nítido o efeito de redução na superfície específica gerada, apesar de seu coeficiente no modelo ser positivo. Isso se explica porque, apesar de positivo ele é o menor dos coeficientes, logo, se há redução da hematita lobular, há aumento das outras morfologias, que possuem coeficientes maiores. A grande diferença de um modelo desse tipo para uma regressão linear múltipla é que aqui há uma dependência explícita e aceita das variáveis. Não se pode simplesmente aumentar a proporção da hematita lobular sem diminuir as demais: a soma é 100%. Com relação à hematita microcristalina, a situação é diferente. Observa-se, na Figura 16, que a hematita microcristalina tem efeito direto em aumentar a moabilidade, sempre que se aumenta a sua proporção na mistura. É claro: como tem o maior coeficiente, sempre que há redução na proporção da hematita microcristalina, a proporção de outra microestrutura que possui menor coeficiente aumenta, e por conseqüência a moabilidade diminui. Sabe-se que a validade do modelo é apenas nas faixas de variação das morfologias nos dados experimentais. Sabe-se também que as morfologias não existem puras em nenhum minério dos comumente utilizados. Contudo, apenas como comparação dos efeitos das morfologias, 58 foi montado o gráfico da Figura 17, considerando as morfologias isoladas (100% de cada uma) e os coeficientes obtidos no modelo linear. A única conclusão válida desse gráfico é a posição relativa das morfologias. Figura 15 - Variação da superfície específica em função da energia de moagem e da quantidade de hematita lobular. Figura 16 - Variação da superfície específica em função da energia de moagem e da quantidade de hematita microcristalina. 59 Acréscimo de superfície específica (cm²/g) 8000 Hematita microristalina Martita + goethita Hematita lobular Hematita lamelar + especular Hematita granular 7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0 0 5 10 15 20 25 30 Energia fornecida (kWh/t) Figura 17 - Extrapolação do modelo linear para comparação das morfologias. 6.6. Modelo para a moabilidade conforme a granulometria menor que 45 µm Utilizando-se a mesma metodologia estatística que gerou os modelos para a moabilidade conforme a superfície específica, foi calculado um modelo para explicar a inclinação da reta de % passante em 45 µm versus logaritmo neperiano da energia específica [t. kW-1.h-1], chamada neste trabalho de “m-45_lnE”. Comparam-se os três modelos na Tabela 20. Tabela 20 - Comparação entre os modelos linear, quadrático e cúbico especial para a moabilidade conforme a granulometria. Modelo Linear Quadrático Cúbico Especial Total Ajustado Soma Graus de Média Soma Quadrática liberdade Quadrática quadrática dos efeitos dos efeitos dos efeitos dos erros 451 35 12 512 4 10 5 41 112,8 3,5 2,4 12,5 60,7 26,0 14,1 Graus de Média Liberdade Quadrática dos erros dos erros 37 27 22 1,64 0,96 0,64 F p R² 68,78 0,0000 0,881 3,60 0,0039 0,949 3,75 0,013 0,973 R²a 0,869 0,923 0,949 O modelo linear para previsão da moabilidade pela granulometria apresentou um melhor coeficiente de determinação ajustado do que no caso do modelo linear da moabilidade em função da superfície específica. Considerando as observações relativas à comparação dos três 60 modelos, feitas anteriormente (subseção 6.5.4), novamente faz-se a opção por se estudar o modelo linear. Os coeficientes obtidos pelo modelo linear são mostrados na Tabela 21. Todos os coeficientes se mostraram significativos ao nível de 5% de significância. Quanto maior o módulo do coeficiente maior sua importância. Assim, são classificadas em ordem decrescente de importância: i) hematita microcristalina; ii) martita, goethita e limonita; iii) hematita lobular; iv) hematita lamelar e especular; v) hematita granular. Tabela 21 - Coeficientes do modelo linear para a moabilidade conforme a granulometria. Coeficiente Erro Padrão (A)Micro 0,57 0,031 (B)MartGoet 0,033 0,015 (C)Lobular -0,12 0,029 (D)LamelEsp 0,23 0,016 (E)Granular 0,10 0,009 p 0,000 0,031 0,000 0,000 0,000 -95% 0,51 0,00 -0,18 0,19 0,08 95% 0,64 0,06 -0,06 0,26 0,12 Realizando a previsão da variável resposta quando as variáveis independentes estão no nível de 20%, são obtidos valores mostrados na Tabela 22. Observa-se que o modelo cúbico especial não forneceu uma boa estimativa para o valor solicitado. Como esse valor não faz parte dos dados experimentais, o poder preditivo do modelo é reduzido. Isso pode ser observado também através da maior extensão do intervalo de confiança para a previsão. Tabela 22 - Valores previstos para 20% de cada morfologia. Valor previsto -95 % Confiança +95 % Confiança Tamanho do intervalo de 95% de confiança Modelo Linear Modelo Quadrático 16 16 17 1 16 15 17 2 Modelo Cúbico Especial 9 -22 39 60 A Figura 18 mostra que o modelo linear é adequado, segundo os testes que são comuns de se fazer neste tipo de análise para verificação de alguma deficiência do modelo.9 9 Cf. início da Seção 6.5. 61 Valores observados X preditos Valores preditos X resíduos Modelo Linear Modelo linear 24 5 22 4 3 18 2 Resíduos Valores preditos 20 16 14 1 0 12 -1 10 -2 8 6 -3 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 6 8 10 12 14 Valores observados K-S d=0,08913, p> 0,20; Shapiro-Wilk W=0,97144, p=0,36874 18 20 22 24 Resíduos X números dos casos Modelo Linear 16 5 14 4 12 3 10 2 Resíduos Número de observações 16 Valores preditos 8 1 6 0 4 -1 2 -2 0 -3 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 -5 0 5 10 Limite das categorias X 15 20 25 30 35 40 45 50 Número do caso Figura 18 - Verificação do modelo linear de previsão da moabilidade conforme granulometria. Uma vez que o modelo linear é mais simples, tem menos termos, apresenta um valor de coeficiente de determinação ajustado satisfatório e um intervalo de confiança para previsão menor que dos modelos quadrático e cúbico especial, esse modelo pode ser utilizado para se avaliar o efeito das morfologias. O intervalo de validade do modelo é dado pela faixa de variação apresentada pelas quantidades de cada morfologia no estudo. Esses limites são dados na Tabela 23. Tabela 23 - Limites de validade dos modelos (% de cada morfologia). Morfologia Micro MartGoet Lobular LamelEsp Granular Mínimo 0 0 1 4 2 62 Máximo 42 51 38 53 84 Deve-se ter cuidado na interpretação dos coeficientes do modelo. O coeficiente negativo da hematita lobular significa que um aumento na proporção dessa morfologia reduz a moabilidade da mistura. Por isso, é importante atentar para a faixa de validade do modelo (Tabela 23). Uma interpretação equivocada seria considerar a hematita lobular a um nível de 100% e concluir que o material aumenta de tamanho à medida em que se aplica energia. A interpretação correta é a mesma que foi feita para a Figura 15. Ou seja, ao se elevar o teor de hematita lobular, e à medida que se aplica mais energia, continua havendo redução de tamanho da mistura, porém numa taxa menor do que o que ocorre quando há menor quantidade de hematita lobular. Isso é ilustrado na Figura 19. Esse gráfico é obtido variandose a proporção de hematita lobular e atribuindo o restante da mistura aos demais componentes, em partes iguais. O mesmo se fez, a título de exemplo, com a hematita microcristalina, conforme mostra a Figura 20. Figura 19 - Variação do %<45 µm com a energia de moagem e o % de hematita lobular. 63 Figura 20 - Variação do %<45 µm com a energia de moagem e o % de hematita microcristalina. Conforme visto na subseção 6.5.1, com relação à superfície específica, as morfologias estudadas podem ser assim classificadas, em ordem crescente de moabilidade: 1. Hematita Lobular 2. Hematita Lamelar/Especular 3. Hematita Granular 4. Martita e Goethita/Limonita 5. Hematita Microcristalina Por outro lado, com relação à taxa de desaparecimento do material no tamanho de 45 µm, as morfologias estudadas podem ser assim classificadas, em ordem crescente de moabilidade: 1. Hematita Lobular 2. Martita e Goethita/Limonita 3. Hematita Granular 4. Hematita Lamelar/Especular 5. Hematita Microcristalina 64 Atribuiu-se a diferença nas duas ordens apresentadas de moabilidade às diferentes distribuições de tamanhos de partículas resultantes da cominuição das diferentes morfologias. As hematitas lamelares e especulares tendem a fragmentarem-se em partículas de tamanho próximo, características de mecanismos de compressão e impacto (ver Figura 2, página 8), enquanto parecem predominar os mecanismos de abrasão e cisalhamento nas morfologias martita, goethita e limonita. Essa explicação é coerente com a energia necessária para se fragmentar os dois tipos de estrutura. Sendo o primeiro grupo (hematitas lamelares e especulares) mais compacto (menos poroso) que o segundo (martita, goethita e limonita), é natural que a energia necessária para a fragmentação do primeiro grupo seja maior. Contudo, a fragmentação do segundo grupo, apesar de gerar mais superfície específica, mantém partículas ainda acima do tamanho desejado, sendo necessária a aplicação de mais energia para eliminá-las. 6.7. Avaliação do uso de média ponderada como forma de cálculo do índice de moabilidade de misturas de minérios O uso da média ponderada dos índices de moabilidade dos minérios, como forma de cálculo do índice de moabilidade de suas misturas, faz parte da rotina do planejamento de pilhas de minério para consumo nas moagens. A base de ponderação é a massa de cada um dos minérios que compõem cada pilha. Para avaliar se o método de cálculo é satisfatório, adotouse o índice de moabilidade tradicional, calculado com energia padrão de 1050Wh (“IM_E1050”), por ser esse o índice atualmente utilizado na rotina. A Tabela 24, mostra uma comparação entre os valores medidos (observados) de índice de moabilidade (“IM_E1050”) e os calculados através de média ponderada. A média ponderada é obtida pela multiplicação dos índices de moabilidade dos minérios “puros” (na proporção de 100%) pela quantidade de cada minério presente na mistura. Como os ensaios foram feitos em duplicata, adotou-se a média dos dois ensaios em que os minérios estavam isolados para representar sua moabilidade. 65 Foram retirados da comparação os valores de moabilidade dos casos 1 a 5 e 22 a 26, por representarem os minérios “puros”. Como todos os experimentos foram feitos em duplicata, adotou-se a média dos valores de moabilidade dos dois ensaios de cada caso para se realizarem os cálculos. O coeficiente de determinação R² obtido foi 0,74 enquanto o R a2 foi de 0,68, mostrando-se que a estimativa pela média ponderada é apenas razoável. Os gráficos de avaliação do modelo, Figura 21, mostram que há uma certa tendência em aumento de resíduo quando se aumenta o valor do índice de moabilidade. Isso pode ser o indicativo de uma interação sinérgica. Para verificar esse efeito, foi ajustado um modelo quadrático aos mesmos dados da Tabela 24. O modelo obtido é mostrado na Tabela 25. Obteve-se um valor de R² de 0,97 e R a2 de 0,95. A Figura 22 mostra o gráfico de Pareto para comparação dos coeficientes padronizados dos minérios e suas interações sobre o índice de moabilidade. Observa-se que, realmente, os valores das interações sinérgicas (coeficientes positivos) são maiores que as antagônicas (coeficientes negativos). A conseqüência foi que o modelo quadrático previu moabilidades maiores do que a previsão feita pela média ponderada. A Figura 23 traz os gráficos de avaliação do modelo quadrático, onde se observa que o ajuste foi bem melhor que o obtido pela média ponderada.10 10 Cf. início da Seção 6.5. 66 Tabela 24 - Comparação entre a média ponderada e o resultado de índice de moabilidade padrão CVRD. Número do Caso 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Índice de Moabilidade Média Observado ponderada "IM_E1050" 1,25 2,38 1,19 1,80 1,52 1,51 2,65 1,49 4,08 2,34 1,83 1,51 2,35 1,72 2,63 1,83 1,35 1,86 1,40 2,50 1,79 1,34 2,44 1,84 2,94 2,49 1,71 1,64 2,15 1,69 2,79 2,00 Resíduo Índice de Número Moabilidade Média Resíduo do Caso Observado ponderada "IM_E1050" -0,10 0,52 -0,22 -0,70 -0,27 0,18 0,21 -0,35 1,14 -0,15 0,13 -0,13 0,20 0,03 -0,17 -0,16 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 1,32 1,96 1,40 2,11 1,65 1,24 2,49 1,35 3,81 2,60 2,03 1,51 2,31 1,96 2,65 1,93 1,35 1,86 1,40 2,50 1,79 1,34 2,44 1,84 2,94 2,49 1,71 1,64 2,15 1,69 2,79 2,00 -0,03 0,10 0,00 -0,39 -0,14 -0,10 0,05 -0,49 0,87 0,11 0,33 -0,13 0,16 0,27 -0,14 -0,07 Tabela 25 - Modelo quadrático de previsão do índice de moabilidade em função dos minérios estudados. (A)GS (B)TO (C)AL (D)CE (E)CJ AB AC AD AE BC BD BE CD CE DE Coeficiente Erro Padrão 2,9 0,54 0,6 0,54 2,4 0,54 2,5 0,54 2,2 0,54 -2 1,5 -2 1,5 -6 1,5 -2 1,5 0,3 1,5 -1 1,5 5 1,5 -4 1,5 7 1,5 0,5 1,5 67 p 0,00 0,25 0,00 0,00 0,00 0,26 0,25 0,00 0,18 0,85 0,61 0,01 0,02 0,00 0,74 -95% 1,7 -0,5 1,3 1,4 1,0 -5,1 -5,1 -8,9 -5,5 -3,0 -4,1 1,4 -7,5 3,4 -2,7 95% 4,0 1,8 3,6 3,7 3,3 1,5 1,4 -2,3 1,1 3,6 2,5 8,0 -0,9 9,9 3,8 IM1050 x índice calculado pela média ponderada Resíduos X Media Ponderada 3,4 3,2 3,0 Índice de Moabilidade Médio Ponderado Índice de Moabilidade - Média Ponderada 3,2 3,0 2,8 2,6 2,4 2,2 2,0 1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 2,8 2,6 2,4 2,2 2,0 1,8 1,6 1,4 1,2 -0,8 4,5 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 IM1050 K-S d=,14122, p> .20; 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 Número do caso x Resíduo 20 1,4 18 1,2 1,0 16 0,8 14 0,6 12 Resíduo Número de observações 0,2 Resíduos 10 0,4 0,2 8 0,0 6 -0,2 4 -0,4 2 -0,6 0 -0,8 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 0 5 10 15 Limite da categoria X 20 25 30 35 40 45 Número do caso Figura 21 – Gráficos de verificação do modelo de média ponderada para previsão da moabilidade. Gráfico de Pareto, componentes originais, modelo quadrático para a variável "IM_E1050" CE AD BE CD (A)Gongo Soco (D)Conceição (C)Alegria AE (E)Carajás AC AB BD (B)Timbopeba DE BC 6,67 -5,60 4,72 -4,19 2,87 2,55 2,42 -2,18 2,17 -1,84 -1,81 -,804 ,640 ,520 ,291 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Efeito Estimado (u. a.) Figura 22 – Gráfico de Pareto para comparação dos coeficientes dos minérios e suas interações (modelo quadrático) sobre o índice de moabilidade. 68 Valores Observados X Preditos Valores preditos X residuais 4,5 0,3 4,0 0,2 0,1 3,0 Resíduos Valores preditos 3,5 2,5 0,0 2,0 -0,1 1,5 -0,2 1,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 -0,3 1,0 Valores observados 1,5 2,0 K-S d=0,13626, p> 0,20 3,0 3,5 4,0 4,5 Resíduos X Número dos casos 14 0,3 12 0,2 10 0,1 Resíduos Número de observações 2,5 Valores Preditos 8 6 0,0 -0,1 4 -0,2 2 0 -0,3 -0,2 -0,1 0,0 0,1 -0,3 -5 0,2 Limite das categorias X 0 5 10 15 20 25 30 35 Número dos casos Figura 23 - Gráficos de verificação do modelo quadrático para previsão do índice de moabilidade em função dos minérios. 69 40 7. CONCLUSÕES A Lei de Rittinger pôde ser aplicada às diversas misturas que compuseram esse trabalho e que, de certa forma, abrangem a gama de morfologias normalmente utilizadas nas Usinas de Pelotização em Vitória. Há diversas formas de se indicar a moabilidade e que há correlação entre elas. A utilização do índice de moabilidade padrão, que é uma simplificação da metodologia utilizada nesse trabalho, não introduz erros consideráveis nos resultados. Dada a simplicidade de sua execução e o uso consagrado, não há razão para mudança do procedimento. A metodologia de medição da superfície específica através do permeâmetro Fisher se mostrou satisfatória na análise dos resultados. Isso se deve, em parte, ao cuidado especial que foi dispensado aos testes, o que nem sempre acontece na rotina. Como alternativa, foi estabelecida uma relação linear entre o valor de superfície específica medido pelo permeâmetro Fisher e uma estimativa da superfície específica com base na distribuição granulométrica medida por espalhamento de laser. A técnica de análise de dados por regressão linear múltipla não foi adequada ao tratamento dos dados desse trabalho, porque essa base foi construída através de um planejamento de experimentos voltado para misturas, utilizando o caso particular da regressão que atende às restrições de soma dos componentes constante e ausência de intercepto. A metodologia de cálculo de moabilidade de pilhas de minérios utilizando média ponderada é apenas razoável, merecendo maiores estudos. Foram gerados dois modelos lineares para previsão de comportamento na moagem: um com base na geração de superfície específica e outro com base no desaparecimento do material no tamanho de 45 µm. A quantificação das morfologias presentes em um minério foi suficiente para prever seu comportamento na moagem, segundo esses modelos. Embora tenha havido melhor ajuste dos pontos experimentais pelos modelos quadrático e cúbico especial, os modelos lineares foram suficientes e melhores para explicar a influência de cada morfologia, por não apresentarem termos sem significância estatística. 70 Em ordem crescente de moabilidade com relação à superfície específica, as morfologias estudadas podem ser assim classificadas: 1. Hematita Lobular 2. Hematita Lamelar/Especular 3. Hematita Granular 4. Martita e Goethita/Limonita 5. Hematita Microcristalina Em ordem crescente de moabilidade com relação à taxa de desaparecimento do material no tamanho de 45 µm, as morfologias estudadas podem ser assim classificadas: 1. Hematita Lobular 2. Martita e Goethita/Limonita 3. Hematita Granular 4. Hematita Lamelar/Especular 5. Hematita Microcristalina 71 8. SUGESTÕES DE TRABALHOS FUTUROS 1. Utilizar medidor de tamanho de partículas instalado no fluxo do produto da moagem industrial (overflow dos hidrociclones) para estimar a superfície específica. Utilizar uma constante de calibração para compensar variações da forma das partículas e diferenças inerentes aos métodos de medição. 2. Aplicar a metodologia de análise de misturas às amostras de minérios e aos resultados de processo da moagem em escala industrial, num monitoramento contínuo e sistemático. 3. Desenvolver e utilizar um sistema de análise de imagens em tempo real, fornecendo dados de composição morfológica do minério a um computador onde se possa calcular a moabilidade utilizando os modelos desenvolvidos e atuar preventivamente nos parâmetros de controle de processo da moagem. 4. Desenvolver trabalhos que determinem a distribuição granulométrica mais adequada a cada tipo de pelota produzida. Como foi visto, a moabilidade com relação à superfície específica é diferente da moabilidade com relação à granulometria. A manipulação da matriz de minérios pode ser importante nesse contexto. 5. Fazer estudo semelhante ao relatado nessa Dissertação de Mestrado com maior número de minérios e caracterizando cada mistura, ao invés de calcular suas características por meio de médias ponderadas das características dos minérios que compuseram as misturas. 72 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGRAWALA, S. et al. Mechanics of media motion in tumbling mills with 3D discrete element method. Minerals Engineering, [S.l.], v. 10, n. 2, p. 215-227, 1997. AKSANI, B.; SÖNMEZ, B. Simulation of bond grindability test by using cumulative based kinetic model. Minerals Engineering, [S.l.], v. 13, n. 6, p. 673-677, 2000. ALLEN, T. Particle Size Measurement, Londres: Chapman and Hall, 1981. 678 p. AMÉEN, U. Research and Development at LKAB. In: LKAB Pellet Symposium, apr. 2000. Disponível em: <http://www.lkab.se/pdf/foredrag/kundsem_2000_msword.pdf>. Acesso em: 30 jan. 2004. AUSTIN, L. G.; KLIMPEL, R. R. 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In: ENCONTRO NACIONAL DE TRATAMENTO DE MINÉRIOS E HIDROMETALURGIA, 14., set. 1990, Salvador, BA, Anais... São Paulo: ABM, 1990. p. 1833. ZHENG, J.; HARRIS, C. C.; SOMASUNDARAN, P. Powder surface and polymer structural changes in ultrafine grinding in stirred media mills. In: KAWATRA, S. K. (Ed). Comminution Practices. Littleton, Colorado, U.S.A: SME, 1997. cap. 30, p. 233-239. 80 APÊNDICE A – Lista de variáveis utilizadas Código Significado da variável m_SE_E E_SE1850 Inclinação da reta de Superfície Específica versus Energia Específica [m².10-1.W-1.h-1] IM Energia [kWh/t] para obter 1850 cm²/g, calculada pela equação de superfície específica versus energia Índice de moabilidade [cm².g-1.W-1.h-1] IM_E1050 Índice de moabilidade tradicional com energia padrão de 1050Wh [cm².g-1.W-1.h-1] IM_Ecor Índice de moabilidade padrão corrigindo a energia padrão pela medida [cm².g-1.W-1.h-1] m_SE45_E Inclinação da reta de relação SE/(%<0,045mm) versus energia específica [m².10-1.W-1.h-1] m-45_lnE E_88_-45 Inclinação da reta de % passante em 0,045mm X ln da energia específica [t. kW-1.h-1] m_8_E Energia [kWh/t] para atingir 88% < 0,045mm, calculada pela equação de granulometria versus energia Inclinação da reta de %<0,008mm versus energia específica [kW-1.h-1] m_TMH_E Inclinação da reta de Tamanho médio harmônico versus Energia Específica [t. W-1.h-1] m_SEL_E E_1850L GS TO AL CE CJ Cripto MartGoet Sinuosa LamelEsp Granular HemaPoli HemaMono MonoPoli TMHCrist Qu_FeT Qu_SiO2 Qu_Al2O3 Qu_P Qu_Mn Qu_PPC Qu_CaO Qu_MgO Qu_TiO2 DenRqu DenRHe DenRBET SEspBET VTPor VTmPor TMaxPor DMedPor Inclinação da reta de Sup.Esp. medida pela gran. X Energia Espec. [m².10-1.W-1.h-1] Energia [kWh/t] p/ 1850 cm²/g, calc. pela eq. de Sup.Esp. med.pelo laser X energia Minério micro-poroso de Gongo Soco [%] Minério Lamelar de Timbopeba [%] Minério Martítico-Goethítico de Alegria [%] Minério Granular de Conceição [%] Minério Criptocristalino de Carajás [%] Percentual de Hematita Criptocristalina [%] Percentual de Martita e Goethita/Limonita [%] Percentual de Hematita Sinuosa [%] Percentual de Hematita Lamelar/Especular [%] Percentual de Hematita Granular [%] Percentual de Hematita Policristalina [%] Percentual de Hematita Monocristalina [%] Relação entre o percental de hematita monocristalina e o % de hematita policristalina Tamanho Médio Harmônico (mm) [%] FeT [%] SiO2 [%] Al2O3 [%] P [%] Mn [%] PPC [%] CaO [%] MgO [%] TiO2 [%] Densidade real calculada através do percentual de Ferro da análise química [g/cm³] Densidade real medida no picnômetro a He [g/cm³] Densidade Real medida através do BET [g/cm³] Superfície Específica medida através do BET [cm²/g] Volume total dos poros medido através do BET [cm²/g] Volume total dos microporos [cm³/g] Tamanho máximo dos poros [Å] Diâmetro médio dos poros [Å] 81 APÊNDICE B – Banco de dados Tabela 26 - Banco de dados – parte 1. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 m_SE_E 51,2 56,2 100,5 56,3 149,5 58,3 94,5 50,9 82,6 69,6 63,0 118,2 68,9 176,8 107,5 73,0 70,1 105,9 76,4 106,9 77,3 53,5 62,7 103,4 54,5 155,6 58,8 81,2 57,1 84,4 73,2 55,1 113,9 56,1 162,1 115,3 79,9 70,8 101,5 89,9 107,9 76,2 E_SE1850 15,0 25,6 11,2 20,3 10,3 19,6 9,3 19,2 9,3 18,0 17,5 10,1 17,0 7,1 10,8 14,2 18,1 10,0 14,7 10,2 13,7 14,0 23,5 11,5 20,0 9,8 18,3 12,0 16,5 8,2 16,4 22,0 11,4 20,5 6,3 9,5 11,7 18,2 11,9 13,2 9,3 13,7 IM 2,180 2,395 4,252 2,629 5,990 2,385 4,116 2,152 3,486 2,934 2,884 5,040 2,889 7,456 4,494 3,066 2,944 4,420 3,305 4,814 3,234 2,278 2,620 4,288 2,529 6,284 2,491 3,352 2,547 3,753 3,183 2,439 4,713 2,360 7,041 5,001 3,387 2,934 4,333 3,755 4,850 3,402 IM_E1050 1,375 1,222 2,294 1,412 3,501 1,250 2,379 1,186 1,803 1,522 1,513 2,645 1,491 4,079 2,341 1,835 1,510 2,348 1,722 2,627 1,831 1,460 1,350 2,300 1,361 3,677 1,324 1,959 1,402 2,110 1,651 1,239 2,488 1,348 3,812 2,600 2,033 1,509 2,305 1,958 2,652 1,929 82 IM_Ecor 1,189 1,306 2,320 1,435 3,268 1,301 2,246 1,174 1,902 1,601 1,573 2,750 1,576 4,068 2,452 1,673 1,606 2,412 1,803 2,627 1,764 1,243 1,430 2,340 1,380 3,429 1,359 1,829 1,389 2,048 1,737 1,330 2,571 1,287 3,842 2,728 1,848 1,601 2,364 2,049 2,646 1,856 m_SE45_E m-45_lnE 0,848 6,5 1,680 14,8 1,832 11,4 1,098 11,1 10,662 22,0 1,288 12,0 1,577 9,3 0,898 9,8 2,152 14,9 1,582 12,7 2,194 17,6 6,029 20,3 1,277 11,4 4,336 15,2 3,009 17,6 1,480 10,8 1,916 15,4 2,088 12,8 1,628 12,2 3,459 15,2 1,679 13,5 0,923 8,6 1,896 15,4 2,009 13,0 1,030 10,4 11,094 22,3 1,274 12,4 1,416 10,8 1,012 9,4 1,941 12,7 1,726 13,2 1,807 17,1 5,685 20,2 1,031 11,0 4,480 16,7 3,086 16,4 1,467 10,1 1,816 13,6 1,957 12,2 1,783 13,2 3,387 15,3 1,695 13,6 Tabela 27 - Banco de dados – parte 2. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 E_88_-45 11 27 8 7 44 21 5 9 19 22 9 21 10 16 18 13 23 10 11 35 18 11 35 10 7 44 18 9 6 18 18 11 27 11 13 17 7 26 14 12 32 16 m_8_E 0,008 0,006 0,010 0,007 0,010 0,008 0,009 0,008 0,009 0,007 0,006 0,012 0,006 0,016 0,010 0,007 0,008 0,011 0,010 0,014 0,009 0,006 0,005 0,009 0,007 0,012 0,007 0,009 0,007 0,011 0,010 0,007 0,011 0,007 0,014 0,009 0,008 0,009 0,011 0,010 0,014 0,008 m_TMH_E m_SEL_E -7,0 40,3 -15,6 29,7 -12,4 62,6 -8,9 36,4 -12,4 70,5 -10,8 35,9 -8,8 47,2 -6,9 39,6 -8,7 45,4 -14,4 40,6 -13,3 29,5 -14,4 58,8 -9,4 27,4 -14,7 99,6 -14,5 67,1 -7,7 33,1 -15,9 42,4 -12,3 63,4 -11,0 56,3 -15,5 74,5 -13,0 51,1 -5,6 28,9 -15,3 23,4 -12,4 52,0 -14,0 38,6 -21,3 85,0 -10,5 32,4 -9,2 43,8 -7,1 36,3 -8,1 73,0 -15,6 54,3 -15,2 32,0 -27,1 58,8 -9,5 31,6 -14,4 85,4 -12,5 60,6 -8,5 44,6 -16,2 47,5 -12,8 68,3 -11,8 61,1 -13,4 86,3 -11,4 44,1 83 E_1850L 13,5 26,3 10,7 16,2 9,1 18,9 10,9 13,3 14,3 18,3 20,7 9,1 23,3 7,8 10,2 17,5 17,8 11,0 12,2 8,7 14,3 15,7 33,3 14,1 16,4 10,8 21,7 14,8 13,9 8,9 14,6 21,5 14,3 20,4 6,2 10,9 9,4 16,4 10,7 12,4 8,7 16,2 GS 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,5 0,5 0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,5 0,5 0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 TO 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,5 0,5 0,5 0,0 0,0 0,0 0,1 0,6 0,1 0,1 0,1 0,2 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,5 0,5 0,5 0,0 0,0 0,0 0,1 0,6 0,1 0,1 0,1 0,2 Tabela 28 - Banco de dados – parte 3. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 AL 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,5 0,5 0,0 0,1 0,1 0,6 0,1 0,1 0,2 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,5 0,5 0,0 0,1 0,1 0,6 0,1 0,1 0,2 CE 0,0 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,5 0,0 0,5 0,0 0,5 0,1 0,1 0,1 0,6 0,1 0,2 0,0 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,5 0,0 0,5 0,0 0,5 0,1 0,1 0,1 0,6 0,1 0,2 CJ 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,5 0,0 0,5 0,5 0,1 0,1 0,1 0,1 0,6 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,5 0,0 0,5 0,5 0,1 0,1 0,1 0,1 0,6 0,2 Micro 1,0 0,8 5,0 0,5 42,1 0,9 3,0 0,8 21,5 2,9 0,7 21,4 2,8 23,6 21,3 5,4 5,3 7,5 5,2 26,0 9,9 1,0 0,8 5,0 0,5 42,1 0,9 3,0 0,8 21,5 2,9 0,7 21,4 2,8 23,6 21,3 5,4 5,3 7,5 5,2 26,0 9,9 84 MartGoet 2,0 4,9 51,1 0,2 14,3 3,5 26,6 1,1 8,2 28,0 2,6 9,6 25,7 32,7 7,3 8,3 9,7 32,8 7,4 14,4 14,5 2,0 4,9 51,1 0,2 14,3 3,5 26,6 1,1 8,2 28,0 2,6 9,6 25,7 32,7 7,3 8,3 9,7 32,8 7,4 14,4 14,5 Lobular 26,3 1,4 2,3 0,9 37,6 13,9 14,3 13,6 31,9 1,9 1,1 19,5 1,6 19,9 19,2 20,0 7,5 8,0 7,3 25,6 13,7 26,3 1,4 2,3 0,9 37,6 13,9 14,3 13,6 31,9 1,9 1,1 19,5 1,6 19,9 19,2 20,0 7,5 8,0 7,3 25,6 13,7 LamelEsp 22,4 53,2 22,8 14,5 4,3 37,8 22,6 18,5 13,3 38,0 33,8 28,7 18,7 13,5 9,4 22,9 38,3 23,1 19,0 13,9 23,4 22,4 53,2 22,8 14,5 4,3 37,8 22,6 18,5 13,3 38,0 33,8 28,7 18,7 13,5 9,4 22,9 38,3 23,1 19,0 13,9 23,4 Tabela 29 - Banco de dados – parte 4. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 Granular 48,2 39,7 18,7 83,9 1,8 44,0 33,5 66,1 25,0 29,2 61,8 20,7 51,3 10,2 42,8 43,4 39,1 28,6 61,2 20,1 38,5 48,2 39,7 18,7 83,9 1,8 44,0 33,5 66,1 25,0 29,2 61,8 20,7 51,3 10,2 42,8 43,4 39,1 28,6 61,2 20,1 38,5 HemaPoli HemaMono TMHCrist 19,2 75,1 0,027 9,4 87,5 0,051 50,1 31,6 0,015 49,5 50,1 0,031 84,4 0,9 0,009 14,3 81,3 0,039 34,6 53,3 0,021 34,3 62,6 0,029 51,8 38,0 0,018 29,7 59,5 0,033 29,4 68,8 0,041 46,9 44,2 0,030 49,8 40,8 0,023 67,3 16,2 0,012 67,0 25,5 0,020 30,8 62,0 0,027 26,0 68,3 0,039 46,3 40,3 0,021 46,0 49,6 0,029 63,5 25,0 0,018 42,5 49,0 0,026 19,2 75,1 0,027 9,4 87,5 0,051 50,1 31,6 0,015 49,5 50,1 0,031 84,4 0,9 0,009 14,3 81,3 0,039 34,6 53,3 0,021 34,3 62,6 0,029 51,8 38,0 0,018 29,7 59,5 0,033 29,4 68,8 0,041 46,9 44,2 0,030 49,8 40,8 0,023 67,3 16,2 0,012 67,0 25,5 0,020 30,8 62,0 0,027 26,0 68,3 0,039 46,3 40,3 0,021 46,0 49,6 0,029 63,5 25,0 0,018 42,5 49,0 0,026 85 Qu_FeT 65,90 68,91 66,90 67,37 68,37 67,41 66,40 66,64 67,14 67,91 68,14 68,64 67,14 67,64 67,87 66,70 68,20 67,20 67,43 67,93 67,49 65,90 68,91 66,90 67,37 68,37 67,41 66,40 66,64 67,14 67,91 68,14 68,64 67,14 67,64 67,87 66,70 68,20 67,20 67,43 67,93 67,49 Qu_SiO2 3,08 0,63 1,62 1,59 0,73 1,86 2,35 2,34 1,91 1,13 1,11 0,68 1,61 1,18 1,16 2,31 1,08 1,58 1,56 1,13 1,53 3,08 0,63 1,62 1,59 0,73 1,86 2,35 2,34 1,91 1,13 1,11 0,68 1,61 1,18 1,16 2,31 1,08 1,58 1,56 1,13 1,53 Qu_Al2O3 0,63 0,26 0,56 0,55 0,34 0,45 0,60 0,59 0,49 0,41 0,41 0,30 0,56 0,45 0,45 0,55 0,36 0,51 0,51 0,40 0,47 0,63 0,26 0,56 0,55 0,34 0,45 0,60 0,59 0,49 0,41 0,41 0,30 0,56 0,45 0,45 0,55 0,36 0,51 0,51 0,40 0,47 Tabela 30 - Banco de dados – parte 5. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 Qu_P 0,029 0,013 0,060 0,010 0,017 0,021 0,045 0,020 0,023 0,037 0,012 0,015 0,035 0,039 0,014 0,027 0,019 0,043 0,018 0,021 0,026 0,029 0,013 0,060 0,010 0,017 0,021 0,045 0,020 0,023 0,037 0,012 0,015 0,035 0,039 0,014 0,027 0,019 0,043 0,018 0,021 0,026 Qu_Mn 0,57 0,10 0,05 0,03 0,24 0,34 0,31 0,30 0,41 0,08 0,07 0,17 0,04 0,15 0,14 0,38 0,15 0,12 0,11 0,22 0,20 0,57 0,10 0,05 0,03 0,24 0,34 0,31 0,30 0,41 0,08 0,07 0,17 0,04 0,15 0,14 0,38 0,15 0,12 0,11 0,22 0,20 Qu_PPC 0,82 0,21 1,82 0,67 0,71 0,52 1,32 0,75 0,77 1,02 0,44 0,46 1,25 1,27 0,69 0,83 0,53 1,33 0,76 0,78 0,85 0,82 0,21 1,82 0,67 0,71 0,52 1,32 0,75 0,77 1,02 0,44 0,46 1,25 1,27 0,69 0,83 0,53 1,33 0,76 0,78 0,85 Qu_CaO 0,04 0,03 0,02 0,30 0,01 0,04 0,03 0,17 0,03 0,03 0,17 0,02 0,16 0,02 0,16 0,06 0,06 0,05 0,19 0,05 0,08 0,04 0,03 0,02 0,30 0,01 0,04 0,03 0,17 0,03 0,03 0,17 0,02 0,16 0,02 0,16 0,06 0,06 0,05 0,19 0,05 0,08 86 Qu_MgO 0,21 0,01 0,04 0,40 0,02 0,11 0,13 0,31 0,12 0,03 0,21 0,02 0,22 0,03 0,21 0,17 0,07 0,09 0,27 0,08 0,14 0,21 0,01 0,04 0,40 0,02 0,11 0,13 0,31 0,12 0,03 0,21 0,02 0,22 0,03 0,21 0,17 0,07 0,09 0,27 0,08 0,14 Qu_TiO2 0,101 0,040 0,047 0,032 0,004 0,071 0,074 0,067 0,053 0,044 0,036 0,022 0,040 0,026 0,018 0,073 0,042 0,046 0,038 0,024 0,045 0,101 0,040 0,047 0,032 0,004 0,071 0,074 0,067 0,053 0,044 0,036 0,022 0,040 0,026 0,018 0,073 0,042 0,046 0,038 0,024 0,045 DenRqu 5,04 5,20 5,11 5,18 5,13 5,12 5,12 5,10 5,07 5,15 5,17 5,17 5,14 5,12 5,14 5,09 5,15 5,11 5,14 5,14 5,13 5,15 5,20 5,11 5,15 5,12 5,12 5,07 5,10 5,06 5,16 5,19 5,17 5,14 5,09 5,15 5,09 5,16 5,13 5,15 5,13 5,13 Tabela 31 - Banco de dados – parte 6. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 DenRHe 5,14 5,01 5,08 5,17 5,15 5,15 5,07 5,05 5,11 5,10 5,23 5,20 5,17 5,09 5,15 5,13 5,07 5,14 5,19 5,19 5,18 5,09 5,26 5,05 5,18 5,06 5,18 5,10 5,20 5,02 5,11 5,20 5,20 5,13 5,07 5,17 5,19 5,19 5,08 5,14 5,10 5,12 DenRBET 4,98 5,22 4,93 5,15 5,13 5,10 4,95 5,06 5,05 5,07 5,19 5,18 5,04 5,03 5,14 5,03 5,15 5,00 5,12 5,11 5,08 4,98 5,22 4,93 5,15 5,13 5,10 4,95 5,06 5,05 5,07 5,19 5,18 5,04 5,03 5,14 5,03 5,15 5,00 5,12 5,11 5,08 SEspBET 38687 1284 23422 7443 17217 19986 31055 23065 27952 12353 4364 9251 15433 20320 12330 28149 9447 20516 12527 17414 17611 38687 1284 23422 7443 17217 19986 31055 23065 27952 12353 4364 9251 15433 20320 12330 28149 9447 20516 12527 17414 17611 VTPor 0,01040 0,00030 0,00534 0,00212 0,00461 0,00535 0,00787 0,00626 0,00751 0,00282 0,00121 0,00246 0,00373 0,00498 0,00337 0,00748 0,00243 0,00495 0,00334 0,00458 0,00455 0,01040 0,00030 0,00534 0,00212 0,00461 0,00535 0,00787 0,00626 0,00751 0,00282 0,00121 0,00246 0,00373 0,00498 0,00337 0,00748 0,00243 0,00495 0,00334 0,00458 0,00455 87 VTmPor 0,00165 0,00006 0,00101 0,00032 0,00077 0,00086 0,00133 0,00099 0,00121 0,00054 0,00019 0,00042 0,00067 0,00089 0,00055 0,00121 0,00041 0,00089 0,00054 0,00077 0,00076 0,00165 0,00006 0,00101 0,00032 0,00077 0,00086 0,00133 0,00099 0,00121 0,00054 0,00019 0,00042 0,00067 0,00089 0,00055 0,00121 0,00041 0,00089 0,00054 0,00077 0,00076 TMaxPor 820 821 833 841 810 820 826 830 815 827 831 816 837 821 826 822 823 829 833 818 825 820 821 833 841 810 820 826 830 815 827 831 816 837 821 826 822 823 829 833 818 825 DMedPor 108 93 91 114 107 100 99 111 107 92 103 100 103 99 110 105 98 97 108 105 103 108 93 91 114 107 100 99 111 107 92 103 100 103 99 110 105 98 97 108 105 103 APÊNDICE C – Fotomicrografias obtidas por microscopia óptica de luz refletida Fração entre 20 µm e 45 µm Fração entre 45 µm e 75 µm 20 µm 20 µm Fração entre 75 µm e 150 µm 20 µm Fração acima de 150 µm 20 µm Figura 24 - Fotomicrografias do minério de Gongo Soco (aumento 200 X). 88 Fração entre 20 µm e 45 µm 20 µm Fração entre 45 µm e 75 µm 20 µm Fração entre 75 µm e 150 µm 20 µm Fração acima de 150 µm 20 µm Figura 25 - Fotomicrografias do minério de Timbopeba (aumento 200 X). 89 Fração entre 20 µm e 45 µm Fração entre 45 µm e 75 µm 20 µm 20 µm Fração entre 75 µm e 150 µm 20 µm Fração acima de 150 µm 20 µm Figura 26 - Fotomicrografias do minério de Alegria (aumento 200 X). 90 Fração entre 20 µm e 45 µm Fração entre 45 µm e 75 µm 20 µm 20 µm Fração entre 75 µm e 150 µm 20 µm Fração acima de 150 µm 20 µm Figura 27 - Fotomicrografias do minério de Conceição (aumento 200 X). 91 Fração entre 20 µm e 45 µm Fração entre 45 µm e 75 µm 20 µm 20 µm Fração entre 75 µm e 150 µm 20 µm Fração acima de 150 µm 20 µm Figura 28 – Fotomicrografias do minério de Carajás (aumento 200 X). 92 APÊNDICE D – Gráficos de superfície específica versus energia para cada mistura Mistura 1 - Gongo Soco Mistura 2 - Timbopeba 5000 Superfiície específica (cm²/g) Superfiície específica (cm²/g) 5000 4000 3000 2000 1000 4000 3000 2000 1000 0 0 0 5 10 15 20 25 30 0 5 10 Energia (kWh/t) Mistura 3 - Alegria 20 25 30 25 30 Mistura 4 - Conceição Superfiície específica (cm²/g) 5000 4000 3000 2000 1000 4000 3000 2000 1000 0 0 0 5 10 15 20 25 30 0 5 10 Energia (kWh/t) 15 20 Energia (kWh/t) Mistura 5 - Carajás 5000 Superfiície específica (cm²/g) Superfiície específica (cm²/g) 5000 15 Energia (kWh/t) 4000 3000 2000 1000 0 0 5 10 15 20 25 30 Energia (kWh/t) Superfície específica Superfície específica Superfície específica Superfície específica (Fisher) - resultado 1 (Fisher) - resultado 2 (granulometria) - resultado 1 (granulometria) - resultado 2 Figura 29 – Gráficos de superfície específica versus energia para as misturas de números 1 a 5. 93 Mistura 6 Mistura 7 5000 Superfície Específica (cm²/g) Superfície Específica (cm²/g) 5000 4000 3000 2000 1000 4000 3000 2000 1000 0 0 0 5 10 15 20 25 30 0 5 Energia (kWh/t) 20 25 30 20 25 30 Mistura 9 5000 Superfície Específica (cm²/g) Superfície Específica (cm²/g) 15 Energia (kWh/t) Mistura 8 5000 10 4000 3000 2000 1000 4000 3000 2000 1000 0 0 0 5 10 15 20 25 30 0 5 Energia (kWh/t) 15 Energia (kWh/t) Mistura 10 5000 Superfície Específica (cm²/g) 10 4000 3000 2000 1000 0 0 5 10 15 20 25 30 Energia (kWh/t) Superfície específica Superfície específica Superfície específica Superfície específica (Fisher) - resultado 1 (Fisher) - resultado 2 (granulometria) - resultado 1 (granulometria) - resultado 2 Figura 30 - Gráficos de superfície específica versus energia para as misturas de números 6 a 10. 94 Mistura 11 Mistura 12 5000 Superfície Específica (cm²/g) Superfície Específica (cm²/g) 5000 4000 3000 2000 1000 4000 3000 2000 1000 0 0 0 5 10 15 20 25 30 0 5 10 Energia (kWh/t) Mistura 13 20 25 30 20 25 30 Mistura 14 Superfície Específica (cm²/g) 5000 4000 3000 2000 1000 4000 3000 2000 1000 0 0 0 5 10 15 20 25 30 0 5 10 Energia (kWh/t) 15 Energia (kWh/t) Mistura 15 5000 Superfície Específica (cm²/g) Superfície Específica (cm²/g) 5000 15 Energia (kWh/t) 4000 3000 2000 1000 0 0 5 10 15 20 25 30 Energia (kWh/t) Superfície específica Superfície específica Superfície específica Superfície específica (Fisher) - resultado 1 (Fisher) - resultado 2 (granulometria) - resultado 1 (granulometria) - resultado 2 Figura 31 - Gráficos de superfície específica versus energia para as misturas de números 11 a 15. 95 Mistura 16 Mistura 17 5000 Superfície Específica (cm²/g) Superfície Específica (cm²/g) 5000 4000 3000 2000 1000 4000 3000 2000 1000 0 0 0 5 10 15 20 25 30 0 5 Energia (kWh/t) Superfície Específica (cm²/g) Superfície Específica (cm²/g) 20 25 30 20 25 30 20 25 30 Mistura 19 5000 4000 3000 2000 1000 4000 3000 2000 1000 0 0 0 5 10 15 20 25 30 0 5 Energia (kWh/t) 10 15 Energia (kWh/t) Mistura 20 Mistura 21 5000 Superfície Específica (cm²/g) 5000 Superfície Específica (cm²/g) 15 Energia (kWh/t) Mistura 18 5000 10 4000 3000 2000 1000 4000 3000 2000 1000 0 0 0 5 10 15 20 25 30 0 Energia (kWh/t) 5 10 15 Energia (kWh/t) Superfície específica Superfície específica Superfície específica Superfície específica (Fisher) - resultado 1 (Fisher) - resultado 2 (granulometria) - resultado 1 (granulometria) - resultado 2 Figura 32 - Gráficos de superfície específica versus energia para as misturas de números 16 a 21. 96 APÊNDICE E – Gráficos de granulometria (% passante em 45 µm) versus logaritmo neperiano da energia para cada mistura Mistura 1 - Gongo Soco Mistura 2 - Timbopeba 100 Passante em 45 µm (%) Passante em 45 µm (%) 100 80 60 40 20 0 80 60 40 20 0 0 1 2 3 4 0 Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) 1 Mistura 3 - Alegria 3 4 Mistura 4 - Conceição 100 Passante em 45 µm (%) 100 Passante em 45 µm (%) 2 Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) 80 60 40 20 0 80 60 40 20 0 0 1 2 3 4 0 Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) 1 2 3 4 Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) Mistura 5 - Carajás Passante em 45 µm (%) 100 80 60 40 20 0 0 1 2 3 4 Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) Passante em 45 µm - resultado 1 Passante em 45 µm - resultado 2 Figura 33 – Gráficos de granulometria (passante em 45 µm) versus logaritmo neperiano da energia para as misturas de números 1 a 5. 97 Mistura 6 Mistura 7 100 Passante em 45 µm (%) Passante em 45 µm (%) 100 80 60 40 20 80 60 40 20 0 0 0 1 2 3 0 4 1 Mistura 8 3 4 Mistura 9 100 100 Passante em 45 µm (%) Passante em 45 µm (%) 2 Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) 80 60 40 20 80 60 40 20 0 0 0 1 2 3 0 4 1 2 3 4 Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) Mistura 10 Passante em 45 µm (%) 100 80 60 40 20 0 0 1 2 3 4 Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) Passante em 45 µm - resultado 1 Passante em 45 µm - resultado 2 Figura 34 - Gráficos de granulometria (passante em 45 µm) versus logaritmo neperiano da energia para as misturas de números 6 a 10. 98 Mistura 11 Mistura 12 100 Passante em 45 µm (%) Passante em 45 µm (%) 100 80 60 40 20 80 60 40 20 0 0 0 1 2 3 0 4 1 Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) Mistura 13 3 4 Mistura 14 100 100 Passante em 45 µm (%) Passante em 45 µm (%) 2 Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) 80 60 40 20 80 60 40 20 0 0 0 1 2 3 0 4 1 2 3 4 Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) Mistura 15 Passante em 45 µm (%) 100 80 60 40 20 0 0 1 2 3 4 Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) Passante em 45 µm - resultado 1 Passante em 45 µm - resultado 2 Figura 35 - Gráficos de granulometria (passante em 45 µm) versus logaritmo neperiano da energia para as misturas de números 11 a 15. 99 Mistura 17 100 Passante em 45 µm (%) Passante em 45 µm (%) Mistura 16 80 60 40 20 100 80 60 40 20 0 0 0 1 2 3 0 4 1 Mistura 18 4 100 Passante em 45 µm (%) Passante em 45 µm (%) 3 Mistura 19 100 80 60 40 20 80 60 40 20 0 0 0 1 2 3 0 4 1 2 3 4 Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) Mistura 20 Mistura 21 100 Passante em 45 µm (%) 100 Passante em 45 µm (%) 2 Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) 80 60 40 20 80 60 40 20 0 0 0 1 2 3 0 4 1 2 3 4 Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) Logaritmo neperiano da energia (kWh/t) Passante em 45 µm - resultado 1 Passante em 45 µm - resultado 2 Figura 36 - Gráficos de granulometria (passante em 45 µm) versus logaritmo neperiano da energia para as misturas de números 16 a 21. 100 APÊNDICE F – Distribuições granulométricas dos experimentos (percentuais retidos) Tabela 32 - Distribuições granulométricas dos experimentos 1 e 2. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Experimento 1 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,51 0,59 0,56 0,00 0,00 7,62 4,55 3,05 0,29 0,00 13,39 12,51 8,66 4,15 0,93 8,73 9,41 7,14 4,89 1,82 17,79 19,48 16,25 13,71 7,21 8,63 9,31 8,74 8,59 6,35 18,53 19,75 20,81 21,98 20,48 8,77 9,85 11,39 13,09 14,32 4,81 5,81 7,03 8,77 10,28 3,02 3,72 5,00 6,53 8,11 1,37 1,63 2,76 3,71 4,97 2,10 2,29 4,75 6,44 9,11 1,69 1,10 2,73 4,84 7,29 0,04 0,00 0,61 1,78 4,03 0,00 0,00 0,52 1,21 4,42 0,00 0,00 0,00 0,02 0,68 29,3 28,2 19,3 13,8 7,8 Experimento 2 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10,91 5,74 3,08 1,66 0,04 16,70 12,43 10,11 6,71 1,37 23,37 21,12 19,56 15,10 6,47 12,54 12,36 12,15 10,38 5,95 19,19 21,28 22,25 21,27 15,08 6,18 8,12 8,96 9,82 8,89 8,05 12,58 14,85 18,47 22,10 2,10 3,73 4,71 6,96 11,61 0,75 1,69 2,09 3,58 7,05 0,21 0,82 1,23 2,37 5,23 0,00 0,13 0,50 1,17 3,11 0,00 0,00 0,42 1,71 5,40 0,00 0,00 0,09 0,80 3,90 0,00 0,00 0,00 0,00 1,99 0,00 0,00 0,00 0,00 1,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 63,9 52,0 45,0 33,5 14,2 Tabela 33 - Distribuições granulométricas dos experimentos 3 e 4. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Experimento 3 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,68 1,00 0,65 0,16 0,41 11,46 4,74 3,45 0,90 1,28 16,63 12,02 9,85 4,97 3,47 9,99 9,20 7,89 5,35 3,13 19,14 20,10 18,41 15,34 8,87 8,69 10,00 9,99 9,88 6,51 17,18 21,91 23,05 24,87 20,20 6,30 10,01 11,27 12,86 13,56 2,51 4,73 6,20 7,42 8,50 1,03 2,57 3,89 4,78 6,05 0,15 1,08 1,73 2,24 3,67 0,18 1,81 2,45 3,91 6,58 0,06 0,83 1,17 2,91 5,54 0,00 0,00 0,00 1,71 4,44 0,00 0,00 0,00 2,44 6,46 0,00 0,00 0,00 0,26 1,43 45,5 30,6 26,7 13,5 6,9 101 Experimento 4 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 0,95 0,00 0,00 0,00 0,00 2,96 0,00 0,00 0,00 0,00 7,84 0,00 0,00 0,00 0,00 6,84 1,42 0,74 0,74 0,19 13,06 8,94 6,16 5,60 1,70 9,12 8,04 6,63 6,04 2,27 18,64 20,19 18,88 17,79 8,41 9,01 11,26 11,35 11,00 7,19 17,63 25,10 26,30 26,25 23,79 6,94 10,85 11,99 12,05 16,15 3,53 5,59 6,49 6,62 10,37 1,86 3,41 4,02 4,37 7,31 0,45 1,50 1,74 2,12 3,97 0,78 2,46 2,74 3,24 6,66 0,39 1,12 1,57 2,20 5,19 0,00 0,07 0,87 1,07 2,99 0,00 0,05 0,52 0,90 3,38 0,00 0,00 0,00 0,01 0,42 39,8 26,5 21,2 18,7 9,7 Tabela 34 - Distribuições granulométricas dos experimentos 5 e 6. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Experimento 5 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 9,63 8,11 2,82 0,00 0,00 20,89 19,29 10,50 0,03 0,00 29,01 33,77 31,52 10,03 0,00 9,26 9,18 13,10 13,11 1,45 9,28 6,31 10,35 15,28 9,28 4,66 3,09 4,89 7,57 7,74 6,40 4,89 7,73 12,02 15,42 1,86 1,78 2,69 4,50 6,88 2,74 3,05 4,34 8,62 13,94 1,01 1,82 2,05 4,22 6,85 0,59 1,34 1,40 2,82 4,48 0,48 0,99 1,09 2,50 3,75 0,35 0,57 0,68 1,81 2,57 0,99 1,49 1,51 3,53 5,16 1,21 1,48 1,39 3,90 5,91 0,57 0,97 1,40 3,43 5,32 1,05 1,78 2,29 5,44 8,94 0,00 0,09 0,25 1,19 2,31 44,5 30,2 23,0 9,3 5,8 Experimento 6 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7,21 5,31 3,09 0,85 0,00 12,61 11,41 7,65 4,24 0,45 18,49 18,18 14,70 10,28 3,96 10,46 10,75 9,52 7,70 4,25 18,00 19,49 18,25 17,26 12,02 7,47 8,15 8,21 8,92 8,02 13,98 14,63 17,01 19,86 21,71 5,51 5,42 7,96 9,92 12,66 2,76 2,83 4,57 6,11 8,41 1,58 1,79 3,15 4,33 6,54 0,56 0,73 1,63 2,26 3,95 0,91 0,90 2,35 4,03 6,70 0,46 0,41 1,64 2,69 5,34 0,00 0,00 0,13 0,80 2,99 0,00 0,00 0,14 0,73 2,80 0,00 0,00 0,00 0,01 0,20 42,2 41,0 28,3 19,7 10,8 Tabela 35 - Distribuições granulométricas dos experimentos 7 e 8. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Inicial 0,00 0,00 5,25 9,01 14,30 9,26 18,77 8,91 18,28 7,62 3,75 2,21 0,94 1,24 0,46 0,00 0,00 0,00 36,1 Experimento 7 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,96 0,44 0,71 0,41 3,73 2,42 1,97 2,29 9,96 7,53 5,21 5,31 8,02 6,69 4,76 3,94 18,41 16,92 12,71 8,79 9,80 9,69 8,17 5,78 21,62 22,79 21,98 16,90 10,37 11,80 13,00 12,22 6,11 6,86 8,13 8,96 3,93 4,42 5,66 6,79 1,68 2,13 3,02 3,83 2,57 3,48 5,41 7,06 1,65 2,50 4,02 6,52 0,71 1,26 2,37 5,01 0,48 1,05 2,64 5,30 0,00 0,02 0,24 0,89 22,8 18,0 12,0 102 7,6 Inicial 0,00 1,14 5,49 6,40 11,95 8,50 18,40 9,02 19,49 8,71 4,38 2,63 1,18 1,72 0,98 0,00 0,00 0,00 32,1 Experimento 8 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,22 0,35 0,00 0,00 4,54 2,44 0,61 0,00 10,55 8,39 5,16 0,96 8,28 7,61 5,58 2,03 18,76 18,94 16,12 8,65 9,80 10,47 10,34 7,34 21,43 22,84 25,34 22,78 9,66 10,44 12,35 15,08 5,35 6,01 7,33 10,08 3,37 3,87 5,06 7,25 1,42 1,73 2,52 3,96 2,31 3,01 4,19 7,44 1,95 2,18 2,96 6,33 0,74 1,00 1,53 3,61 0,61 0,71 0,90 3,94 0,01 0,01 0,01 0,55 22,7 20,4 16,8 8,7 Tabela 36 - Distribuições granulométricas dos experimentos 9 e 10. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Experimento 9 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 3,68 0,30 0,00 0,00 0,00 7,89 3,58 1,55 0,00 0,00 13,90 17,55 13,65 1,70 0,00 7,74 10,41 11,16 5,50 0,02 11,03 12,67 13,30 12,07 1,88 6,94 7,17 7,25 7,93 2,99 13,13 13,27 13,53 16,25 10,04 6,03 6,20 6,39 8,00 7,31 12,91 13,12 13,58 17,33 19,97 6,20 6,19 6,53 8,52 13,19 3,45 3,37 3,93 5,16 9,94 2,18 2,16 2,78 3,88 7,86 1,00 1,08 1,47 2,38 4,56 1,67 1,88 2,39 4,29 8,03 1,19 1,05 1,73 3,68 6,60 0,47 0,00 0,27 1,76 3,46 0,58 0,00 0,48 1,53 3,68 0,01 0,00 0,01 0,02 0,47 31,6 38,1 28,7 16,5 8,9 Experimento 10 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 9,85 3,61 2,02 0,43 0,00 14,41 9,99 8,27 4,33 0,96 19,71 19,23 16,35 11,79 6,28 10,89 11,67 10,14 8,71 5,85 18,79 21,43 20,16 19,84 15,28 7,54 9,03 9,46 9,97 8,98 12,61 15,42 18,26 20,95 21,88 4,03 5,18 6,89 9,09 11,34 1,64 2,50 3,59 4,77 6,81 0,53 1,27 2,14 3,05 4,76 0,00 0,25 0,77 1,50 2,54 0,00 0,21 1,32 2,31 4,58 0,00 0,21 0,63 1,64 3,74 0,00 0,00 0,00 0,63 2,62 0,00 0,00 0,00 0,97 3,74 0,00 0,00 0,00 0,02 0,64 54,6 44,7 35,6 22,3 10,5 Tabela 37 - Distribuições granulométricas dos experimentos 11 e 12. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Inicial 0,00 1,99 11,34 14,19 18,98 10,49 17,75 7,00 12,06 3,94 1,48 0,61 0,11 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 55,9 Experimento 11 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,01 0,31 0,49 0,53 4,82 2,58 0,95 2,56 12,45 9,14 4,35 7,21 9,68 7,93 4,96 5,64 21,02 19,12 14,13 12,58 10,38 10,55 9,05 7,40 20,89 24,38 23,75 19,94 8,54 11,09 13,90 12,42 4,58 5,73 8,62 7,94 2,81 3,58 5,85 5,66 1,13 1,64 2,97 3,17 1,92 2,58 4,82 5,62 0,77 1,37 3,26 4,31 0,00 0,00 1,49 2,38 0,00 0,00 1,39 2,50 0,00 0,00 0,02 0,14 31,1 26,4 15,2 103 12,4 Inicial 1,25 8,09 20,08 15,65 18,14 9,06 13,68 4,60 6,58 1,82 0,75 0,29 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 53,7 Experimento 12 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 1,20 0,00 0,00 0,00 6,53 0,92 0,72 0,20 9,64 4,49 2,72 0,77 15,70 10,70 7,28 3,45 9,67 7,87 5,55 3,44 17,87 16,98 12,06 8,93 7,44 8,34 6,53 5,73 13,29 17,11 16,15 16,19 5,15 7,60 9,68 10,68 2,91 4,69 6,58 7,82 2,13 3,63 5,31 6,66 1,24 2,19 3,54 4,51 2,20 4,12 6,85 8,32 1,95 3,99 6,05 7,95 1,51 2,72 4,15 5,87 1,54 3,96 5,68 7,76 0,03 0,69 1,15 1,72 27,6 13,9 10,2 7,0 Tabela 38 - Distribuições granulométricas dos experimentos 13 e 14. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Experimento 13 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 0,08 0,00 0,00 0,00 0,00 0,99 0,00 0,00 0,00 0,00 7,47 0,29 0,53 0,00 0,00 8,91 4,27 4,22 1,11 0,81 14,56 13,42 11,55 8,15 4,82 9,36 10,16 8,98 7,76 4,41 18,98 22,37 20,85 19,43 12,30 9,23 10,95 10,75 10,75 8,40 18,26 21,41 22,54 23,99 23,13 6,75 8,20 9,40 10,71 13,90 3,23 4,00 4,68 5,94 8,80 1,56 2,25 2,77 3,90 6,05 0,24 0,82 1,17 1,83 3,11 0,24 1,17 1,69 3,13 5,63 0,14 0,69 0,87 2,05 4,41 0,00 0,00 0,00 0,36 2,07 0,00 0,00 0,00 0,87 2,12 0,00 0,00 0,00 0,02 0,04 42,5 33,2 30,4 20,7 12,9 Experimento 14 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 1,47 0,00 0,00 0,00 0,00 7,01 0,00 0,00 0,00 0,00 14,03 8,25 4,73 1,95 0,29 10,90 11,68 9,30 6,17 1,05 14,56 16,23 15,29 12,20 2,36 8,52 9,50 9,48 8,38 2,10 15,53 17,83 17,85 17,09 5,51 6,67 7,95 7,93 8,13 4,06 12,97 14,81 15,49 16,75 14,04 4,81 5,44 6,58 7,68 11,33 1,80 2,66 3,37 4,29 8,47 0,78 1,61 2,19 2,97 6,87 0,24 0,70 1,16 1,72 4,41 0,45 1,06 1,80 3,19 9,04 0,26 0,80 1,67 2,65 9,59 0,00 0,60 1,35 2,32 7,70 0,00 0,87 1,78 3,80 10,61 0,00 0,01 0,03 0,71 2,57 52,4 30,2 20,9 11,7 4,5 Tabela 39 - Distribuições granulométricas dos experimentos 15 e 16. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Inicial 3,78 13,80 20,11 7,20 8,86 5,75 11,99 5,84 11,93 4,80 2,26 1,27 0,53 1,16 0,71 0,00 0,00 0,00 49,3 Experimento 15 10 min 20 min 40 min 105 min 0,51 0,00 0,00 0,00 10,79 2,38 0,00 0,00 24,43 15,61 1,51 0,01 10,22 11,58 5,70 1,14 10,85 14,25 12,66 5,67 5,82 7,69 8,59 4,83 11,24 14,32 16,96 11,35 5,31 6,51 7,98 6,90 10,10 12,04 16,47 18,51 3,82 4,77 7,63 11,39 2,14 2,93 4,42 7,21 1,33 1,90 3,14 5,23 0,50 0,73 1,81 3,16 0,95 1,48 3,42 6,26 0,59 1,07 2,74 5,57 0,55 1,05 2,07 4,39 0,84 1,66 4,03 6,79 0,01 0,03 0,87 1,59 37,3 24,9 11,2 104 6,8 Inicial 0,00 0,89 5,66 8,15 13,66 8,98 18,04 8,54 17,72 7,89 4,14 2,48 1,03 1,68 1,14 0,00 0,00 0,00 33,1 Experimento 16 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,26 2,16 0,17 0,00 6,95 5,93 3,03 0,56 13,96 12,26 10,55 3,94 9,63 8,56 8,28 3,72 19,59 17,84 17,95 9,62 9,07 8,76 8,86 6,62 18,45 18,82 19,19 19,51 8,00 8,93 9,62 12,97 4,24 5,18 5,91 9,23 2,70 3,48 4,13 7,39 1,26 1,69 2,13 4,61 1,84 2,79 3,74 8,40 1,04 2,02 3,11 6,77 0,01 0,72 1,89 3,38 0,00 0,85 1,42 3,03 0,00 0,01 0,02 0,25 31,8 22,0 16,7 9,7 Tabela 40 - Distribuições granulométricas dos experimentos 17 e 18. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Experimento 17 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,72 0,02 0,00 0,00 0,00 12,64 8,97 4,79 1,71 0,19 15,58 13,42 10,97 6,07 1,42 20,37 19,08 17,82 12,68 5,25 10,74 10,60 10,64 8,87 4,76 17,21 18,10 19,52 18,72 12,36 6,64 7,34 8,22 9,07 7,97 10,83 13,01 14,83 18,72 21,32 3,37 4,53 5,55 8,17 12,05 1,42 2,19 2,94 4,51 7,68 0,48 1,27 1,89 3,15 5,77 0,00 0,43 0,86 1,76 3,44 0,00 0,61 1,33 2,86 6,37 0,00 0,44 0,64 1,63 4,81 0,00 0,00 0,00 0,87 2,94 0,00 0,00 0,00 1,19 3,31 0,00 0,00 0,00 0,02 0,39 58,8 45,9 38,5 21,3 10,4 Experimento 18 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,50 2,11 0,85 0,00 0,00 10,65 6,38 4,70 0,49 0,00 16,89 13,86 12,41 4,97 1,14 10,39 9,60 9,46 5,36 2,42 19,58 20,05 21,00 14,29 8,96 8,84 9,92 10,46 8,73 7,14 16,90 20,21 21,39 22,32 22,17 6,35 8,02 8,69 12,88 14,22 2,95 4,11 4,28 8,14 8,97 1,54 2,43 2,62 5,83 6,48 0,39 0,93 1,22 3,20 3,85 0,02 1,60 1,88 5,20 7,48 0,00 0,78 1,04 3,77 5,63 0,00 0,00 0,00 2,13 3,92 0,00 0,00 0,00 2,51 6,21 0,00 0,00 0,00 0,18 1,41 44,2 32,9 30,6 12,5 6,9 Tabela 41 - Distribuições granulométricas dos experimentos 19 e 20. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Inicial 0,74 3,54 10,12 9,18 14,47 9,08 17,37 7,94 15,54 5,92 2,87 1,59 0,46 0,61 0,57 0,00 0,00 0,00 42,6 Experimento 19 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 4,87 0,00 0,00 0,00 17,19 1,58 0,13 0,00 9,63 5,41 1,77 0,00 12,02 12,24 7,23 0,83 7,27 8,90 6,78 2,00 14,66 19,97 18,10 8,95 6,94 9,87 10,34 7,59 13,50 20,50 23,45 23,41 4,87 8,59 10,70 14,40 2,53 4,46 6,04 8,94 1,71 2,87 4,16 6,58 0,81 1,35 2,17 3,96 1,35 1,82 3,32 6,67 1,04 1,24 2,52 5,73 0,57 0,48 1,62 4,35 1,02 0,71 1,64 5,52 0,02 0,00 0,03 1,07 29,9 25,3 16,7 105 7,4 Inicial 6,42 11,70 18,56 9,90 12,92 7,28 12,08 4,90 9,01 3,42 1,62 0,88 0,32 0,65 0,34 0,00 0,00 0,00 60,4 Experimento 20 10 min 20 min 40 min 105 min 0,63 0,00 0,00 0,00 1,75 0,05 0,00 0,00 15,90 6,16 3,97 0,00 12,94 8,58 8,23 0,34 13,67 13,85 12,85 2,28 6,84 8,62 7,62 2,62 12,20 17,38 14,99 8,75 5,40 8,14 7,01 6,15 11,22 16,32 13,96 16,88 5,09 6,47 6,89 10,60 2,68 3,03 4,44 7,16 1,84 2,01 3,18 5,65 1,10 1,25 1,77 3,75 2,32 2,36 3,78 8,09 2,59 2,30 4,52 10,78 2,02 1,70 3,24 7,89 1,78 1,75 3,21 7,64 0,03 0,03 0,34 1,41 20,3 19,6 12,2 5,6 Tabela 42 - Distribuições granulométricas dos experimentos 21 e 22. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Experimento 21 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 0,49 0,00 0,00 0,00 0,00 3,58 1,56 0,00 0,00 0,00 11,15 14,13 3,80 0,39 0,00 11,07 12,91 8,59 4,40 0,33 15,33 16,55 15,30 12,43 3,25 8,90 8,88 9,54 9,13 3,69 17,03 16,09 18,62 20,07 11,33 7,52 7,08 8,52 9,83 7,90 13,90 12,82 16,31 19,73 21,52 5,44 4,65 6,74 8,04 12,58 2,70 2,44 4,13 4,23 7,91 1,42 1,38 2,72 2,80 5,61 0,40 0,38 1,06 1,48 3,13 0,69 0,69 1,67 2,50 6,34 0,38 0,44 1,12 1,80 5,84 0,00 0,00 0,79 1,31 4,26 0,00 0,00 1,07 1,83 5,31 0,00 0,00 0,02 0,03 1,00 45,2 46,8 24,8 19,0 7,8 Experimento 22 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,22 0,83 0,28 0,00 0,00 7,23 4,20 2,71 0,44 0,00 12,80 11,47 8,98 4,64 1,30 8,62 8,60 7,46 5,14 2,68 17,80 17,83 17,22 14,42 9,67 8,63 9,06 9,10 9,08 7,86 18,70 20,52 20,95 22,60 23,29 9,06 10,22 10,93 12,44 14,04 5,04 5,78 6,49 8,19 9,39 3,12 3,84 4,48 5,99 7,12 1,38 1,95 2,40 3,21 4,11 2,33 3,25 4,02 5,79 7,73 1,52 2,40 2,81 4,18 6,12 0,20 0,05 1,09 1,94 2,81 0,35 0,00 1,06 1,91 3,42 0,00 0,00 0,02 0,03 0,46 26,7 24,6 17,9 13,5 9,4 Tabela 43 - Distribuições granulométricas dos experimentos 23 e 24. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Inicial 0,00 0,00 11,24 17,35 23,31 12,08 18,43 6,17 8,36 2,19 0,71 0,16 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 64,2 Experimento 23 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,75 2,41 1,61 0,00 15,45 11,34 8,42 1,83 24,05 20,61 17,53 10,31 13,32 12,64 11,51 8,28 20,65 22,19 21,06 17,52 7,01 8,54 8,94 8,89 9,96 13,45 16,36 19,37 2,36 4,42 6,06 9,90 1,02 2,17 3,23 6,29 0,43 1,22 2,22 4,50 0,00 0,40 1,07 2,42 0,00 0,43 1,36 4,37 0,00 0,18 0,63 3,19 0,00 0,00 0,00 1,60 0,00 0,00 0,00 1,51 0,00 0,00 0,00 0,02 58,5 45,6 36,2 106 16,3 Inicial 0,00 0,00 8,17 11,22 15,91 9,79 19,27 8,78 16,87 6,20 2,54 1,07 0,17 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 46,6 Experimento 24 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,91 0,99 0,06 0,21 7,87 5,95 2,79 1,15 16,22 14,82 11,14 4,39 10,77 10,37 8,89 4,02 21,18 21,18 19,73 10,35 9,70 9,84 10,07 7,13 18,43 19,69 21,45 21,37 6,99 8,06 9,38 13,54 3,43 3,82 5,02 8,53 1,73 2,20 3,19 6,06 0,38 0,96 1,49 3,37 0,79 1,41 2,50 6,02 0,60 0,71 1,62 4,81 0,00 0,00 0,75 2,93 0,00 0,00 1,78 5,02 0,00 0,00 0,14 1,10 37,5 33,6 18,6 8,2 Tabela 44 - Distribuições granulométricas dos experimentos 25 e 26. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Experimento 25 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 14,54 0,00 0,00 0,00 0,00 24,77 0,00 0,00 0,00 0,00 29,39 0,99 0,00 0,00 0,00 8,12 4,19 0,48 0,25 0,00 7,36 11,54 5,36 4,56 0,87 3,35 8,93 6,12 5,83 1,92 4,36 20,40 17,82 17,70 7,81 1,35 10,58 11,10 11,13 7,14 1,92 22,75 27,03 27,02 24,23 0,86 9,42 12,56 12,50 16,80 0,57 4,55 6,68 6,71 10,73 0,43 2,76 4,29 4,43 7,40 0,30 1,28 2,03 2,24 3,97 0,92 1,80 2,95 3,53 6,99 0,68 0,81 2,03 2,32 5,34 0,24 0,00 0,81 1,06 3,22 0,82 0,00 0,73 0,70 3,24 0,02 0,00 0,01 0,01 0,34 57,8 30,4 19,7 18,8 9,7 Experimento 26 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 14,39 3,97 2,98 0,00 0,00 27,98 25,89 15,03 0,28 0,00 33,02 43,67 40,09 11,48 0,00 6,80 10,64 14,03 14,15 0,39 4,67 5,97 8,48 17,39 4,04 1,90 2,38 3,25 8,61 4,39 2,51 3,27 4,66 13,44 11,85 0,81 1,11 1,52 5,18 6,97 1,34 1,51 2,63 8,20 15,89 1,04 0,63 1,34 3,30 8,50 0,70 0,37 0,81 2,62 6,17 0,45 0,12 0,54 2,25 5,30 0,33 0,00 0,27 1,41 3,61 1,14 0,02 0,69 3,23 7,48 1,08 0,11 1,08 3,58 7,78 0,62 0,14 0,99 2,33 5,80 1,21 0,20 1,58 2,42 9,43 0,02 0,00 0,03 0,13 2,40 45,6 114,5 36,2 16,6 5,2 Tabela 45 - Distribuições granulométricas dos experimentos 27 e 28. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Inicial 0,00 0,00 8,29 13,59 19,02 10,37 17,80 7,29 13,02 5,21 2,65 1,36 0,35 0,61 0,44 0,00 0,00 0,00 44,8 Experimento 27 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,93 2,52 0,43 0,00 10,09 8,45 5,04 1,50 18,41 17,71 13,35 6,77 10,88 11,16 9,17 5,32 19,26 20,54 19,19 12,57 8,09 8,61 9,36 7,85 15,04 15,92 19,30 20,53 6,04 6,31 8,36 12,07 3,22 3,32 4,73 8,03 2,04 2,17 3,30 5,92 0,89 1,03 1,75 3,31 1,31 1,46 2,93 6,07 0,80 0,80 1,83 4,42 0,00 0,00 0,52 2,70 0,00 0,00 0,73 2,74 0,00 0,00 0,01 0,20 37,2 35,7 22,9 107 11,6 Inicial 0,00 0,00 5,18 9,29 14,69 9,20 18,53 8,75 18,20 7,67 3,62 2,01 0,82 1,44 0,60 0,00 0,00 0,00 35,8 Experimento 28 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,81 0,37 0,01 0,01 8,00 4,37 1,85 0,67 15,58 12,66 8,32 2,79 10,08 9,26 6,84 2,38 19,80 19,84 15,89 6,58 9,12 9,73 8,97 5,23 18,33 20,22 21,63 18,07 7,63 9,16 11,40 14,26 3,83 5,12 7,00 10,55 2,35 3,41 4,95 8,61 1,07 1,73 2,62 5,57 1,58 2,61 4,52 9,82 0,82 1,50 3,06 7,59 0,00 0,02 1,35 3,71 0,00 0,00 1,56 3,72 0,00 0,00 0,03 0,44 33,6 27,5 16,0 8,4 Tabela 46 - Distribuições granulométricas dos experimentos 29 e 30. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Experimento 29 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 1,22 0,00 0,00 0,00 0,00 5,87 1,26 0,17 0,06 0,20 6,99 4,40 1,66 0,88 0,30 12,23 10,43 6,13 5,40 1,93 8,55 8,20 5,78 5,80 2,65 17,99 18,59 16,19 16,01 8,84 8,83 9,49 10,04 9,69 7,01 19,16 20,89 24,50 24,02 22,18 8,56 10,26 12,54 12,31 14,86 4,34 5,73 7,35 7,17 9,81 2,58 3,62 4,73 5,10 7,12 1,08 1,68 2,17 2,85 3,99 1,57 2,64 3,89 4,42 7,30 0,99 1,66 2,56 3,19 5,94 0,00 0,39 1,08 1,62 3,53 0,00 0,75 1,19 1,46 3,82 0,00 0,01 0,02 0,02 0,52 32,8 22,7 17,4 15,5 9,0 Experimento 30 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 2,54 0,00 0,00 0,00 0,00 6,15 1,12 0,00 0,00 0,00 10,40 10,54 7,89 1,86 0,00 7,60 10,49 11,84 5,69 0,00 13,62 15,36 16,37 11,48 1,58 8,60 9,11 9,31 7,82 2,86 15,14 16,26 16,84 15,80 9,27 6,48 6,82 7,01 7,66 6,64 13,04 13,15 13,39 16,85 19,14 6,08 5,63 5,86 8,38 11,80 3,41 2,97 3,36 5,13 7,91 2,14 1,96 2,30 3,75 6,21 0,93 1,02 1,20 2,11 3,84 1,52 1,88 2,32 3,68 7,06 1,17 1,50 1,57 3,47 7,50 0,53 0,97 0,46 2,56 6,21 0,64 1,20 0,27 3,29 8,14 0,01 0,02 0,00 0,47 1,84 30,7 25,1 30,1 12,2 5,7 Tabela 47 - Distribuições granulométricas dos experimentos 31 e 32. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Inicial 0,00 0,00 9,53 15,05 21,56 11,73 18,72 6,91 11,20 3,58 1,33 0,39 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 57,1 Experimento 31 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,70 1,52 1,22 0,07 10,85 5,75 5,57 0,65 17,98 13,15 12,38 3,43 11,05 9,59 9,24 3,75 21,07 20,87 20,73 11,37 9,01 10,02 9,86 7,82 15,98 20,56 19,92 21,65 5,14 8,38 8,15 12,83 2,37 4,04 4,19 8,16 1,30 2,49 2,76 5,90 0,31 1,18 1,36 3,34 0,17 1,64 1,94 6,18 0,07 0,81 1,41 5,31 0,00 0,00 0,49 3,74 0,00 0,00 0,77 4,88 0,00 0,00 0,01 0,92 45,5 32,1 24,8 108 8,3 Inicial 0,00 1,26 11,27 14,57 18,99 10,60 18,20 7,05 11,76 3,62 1,69 0,87 0,12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 55,4 Experimento 32 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,49 1,17 0,02 0,07 11,16 5,40 1,16 1,30 19,40 12,81 6,06 5,82 12,03 9,72 5,91 5,28 22,16 21,54 16,28 12,96 8,99 10,61 9,88 8,19 14,55 20,99 24,10 22,04 4,24 8,27 12,52 12,73 1,87 4,15 7,48 8,07 0,94 2,34 5,12 5,81 0,16 0,83 2,63 3,19 0,01 1,46 4,17 5,74 0,00 0,71 2,64 4,28 0,00 0,00 1,01 2,19 0,00 0,00 1,01 2,25 0,00 0,00 0,01 0,08 49,2 32,8 17,5 12,8 Tabela 48 - Distribuições granulométricas dos experimentos 33 e 34. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Experimento 33 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 3,00 0,03 0,00 0,00 0,00 9,84 7,56 1,67 0,00 0,00 21,65 23,89 15,45 3,99 0,00 14,76 16,80 16,27 9,48 0,91 16,83 17,54 19,80 16,01 5,85 8,39 8,33 10,24 9,68 5,50 12,91 12,48 16,01 17,40 13,38 4,31 4,15 5,55 7,33 7,54 5,94 6,24 8,24 13,12 17,98 1,69 1,80 2,83 5,49 9,73 0,55 0,73 1,38 3,44 6,50 0,13 0,36 0,82 2,52 5,38 0,00 0,09 0,40 1,38 3,64 0,00 0,00 0,77 2,73 6,96 0,00 0,00 0,57 2,21 6,58 0,00 0,00 0,00 1,59 4,38 0,00 0,00 0,00 3,08 4,86 0,00 0,00 0,00 0,55 0,81 81,8 77,5 53,2 14,3 8,1 Experimento 34 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,99 0,00 0,00 0,00 0,00 7,17 2,39 0,24 0,00 0,00 8,87 6,25 3,57 0,81 0,03 14,00 13,48 11,73 6,33 1,77 9,26 9,54 9,24 6,48 2,85 19,22 20,66 21,36 18,17 10,23 9,24 10,22 11,12 11,18 8,09 18,55 20,69 22,65 25,67 24,57 6,86 8,26 9,13 11,54 15,22 3,14 3,98 4,77 6,70 9,64 1,54 2,21 2,82 4,44 6,81 0,29 0,81 1,06 2,00 3,68 0,45 1,07 1,55 3,39 6,50 0,42 0,44 0,76 2,03 5,12 0,00 0,00 0,00 0,32 2,61 0,00 0,00 0,00 0,92 2,68 0,00 0,00 0,00 0,02 0,20 40,6 34,8 30,8 19,9 10,9 Tabela 49 - Distribuições granulométricas dos experimentos 35 e 36. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Inicial 1,53 5,95 13,74 11,25 14,99 8,71 15,80 6,84 13,03 4,66 2,07 1,11 0,30 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 54,3 Experimento 35 10 min 20 min 40 min 105 min 0,10 0,00 0,00 0,00 1,25 0,00 0,00 0,00 9,72 4,33 0,64 0,00 9,57 7,66 3,63 0,02 13,54 12,72 8,61 1,52 8,35 8,08 6,58 2,27 16,57 16,15 15,02 7,12 7,63 7,90 7,88 5,64 15,03 17,25 17,93 17,95 6,24 7,69 9,14 12,33 3,54 4,04 5,58 8,41 2,29 2,76 4,09 6,56 0,93 1,58 2,41 4,21 1,57 2,99 4,70 8,47 1,37 1,92 3,59 7,88 0,17 1,47 2,95 5,93 1,82 2,95 5,81 9,34 0,31 0,51 1,44 2,35 21,3 14,4 8,2 109 5,1 Inicial 5,14 10,99 18,27 7,55 10,05 6,52 12,98 6,04 12,04 4,70 2,27 1,30 0,50 1,04 0,61 0,00 0,00 0,00 49,5 Experimento 36 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 2,58 0,97 0,13 0,00 14,25 10,19 2,34 0,00 10,37 11,38 8,19 2,05 12,64 15,60 15,97 7,87 7,53 7,79 8,86 5,04 15,00 14,01 15,98 10,94 7,18 6,93 7,92 7,36 13,86 13,71 15,13 18,00 5,17 5,64 6,96 10,10 3,05 3,46 4,58 7,05 2,13 2,31 3,02 5,03 0,89 1,00 1,30 2,58 1,28 2,06 2,48 5,60 1,75 1,72 2,23 5,29 1,05 1,47 1,94 4,91 1,25 1,73 2,66 6,71 0,02 0,03 0,31 1,47 25,2 21,4 15,3 7,0 Tabela 50 - Distribuições granulométricas dos experimentos 37 e 38. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Experimento 37 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,07 0,00 0,00 0,00 0,00 6,31 1,81 0,13 0,55 0,81 8,99 5,25 1,90 1,63 1,43 14,47 11,13 6,80 4,13 3,18 9,10 8,06 5,78 3,64 3,05 17,52 17,31 14,38 9,97 8,51 8,25 8,80 8,28 6,89 6,04 17,25 19,99 20,60 19,14 18,80 7,47 10,05 12,40 12,98 13,28 3,88 5,84 7,97 9,50 8,97 2,30 3,91 5,52 7,26 6,66 0,91 1,96 2,94 4,12 3,99 1,56 3,24 5,13 7,25 7,91 0,92 1,86 3,66 5,81 6,37 0,00 0,31 2,34 3,42 4,41 0,00 0,48 2,13 3,36 5,54 0,00 0,00 0,04 0,35 1,05 34,8 23,2 13,5 9,7 7,3 Experimento 38 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 0,58 0,00 0,00 0,00 0,00 0,77 0,00 0,00 0,00 0,00 10,93 5,77 4,84 0,31 0,00 14,86 12,13 11,40 4,51 0,26 21,06 19,60 18,99 13,01 3,91 11,48 11,31 11,29 9,28 4,60 18,06 20,16 20,40 19,70 12,66 6,60 8,26 8,36 9,52 8,30 10,40 13,77 14,48 18,76 21,56 3,24 4,33 4,70 8,20 12,44 1,43 2,03 2,18 4,81 8,16 0,57 1,24 1,34 3,26 5,99 0,02 0,49 0,56 1,63 3,40 0,00 0,53 0,94 2,92 6,41 0,00 0,38 0,52 1,75 4,87 0,00 0,00 0,00 0,77 2,71 0,00 0,00 0,00 1,54 4,01 0,00 0,00 0,00 0,03 0,72 58,4 45,2 42,2 20,1 9,4 Tabela 51 - Distribuições granulométricas dos experimentos 39 e 40. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Inicial 0,23 1,82 8,75 11,04 16,26 9,76 18,21 8,09 15,69 5,78 2,67 1,38 0,30 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 47,3 Experimento 39 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,23 1,80 0,19 0,00 5,92 5,51 2,35 0,00 12,56 12,72 8,23 1,09 8,88 9,11 7,04 2,18 19,53 19,60 17,63 8,69 9,82 9,65 9,81 7,16 21,19 20,80 22,19 21,96 9,15 9,00 10,45 14,17 4,39 4,50 5,90 8,89 2,45 2,77 3,93 6,38 0,98 1,29 1,98 3,78 1,73 2,07 3,35 6,99 0,98 1,18 2,51 5,70 0,04 0,00 1,82 4,60 0,15 0,00 2,40 6,84 0,00 0,00 0,22 1,57 30,3 30,0 14,6 110 6,5 Inicial 0,74 3,79 10,93 9,56 13,89 8,71 17,31 7,93 15,37 5,96 2,82 1,53 0,50 0,62 0,34 0,00 0,00 0,00 43,9 Experimento 40 10 min 20 min 40 min 105 min 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 5,20 1,60 0,19 0,00 9,13 6,40 3,19 0,24 15,44 13,91 10,44 2,63 9,73 9,72 8,11 2,88 19,04 20,41 18,79 8,05 8,86 9,72 10,18 6,49 17,33 19,56 22,09 20,48 6,83 8,05 9,42 14,25 3,57 4,09 5,27 9,71 2,13 2,54 3,53 7,09 0,79 1,17 1,67 4,00 1,26 1,82 2,98 7,45 0,68 1,01 1,93 5,74 0,00 0,00 0,75 3,96 0,00 0,00 1,43 5,79 0,00 0,00 0,03 1,24 36,4 31,7 19,5 7,2 Tabela 52 - Distribuições granulométricas dos experimentos 41 e 42. Tamanho (µ µm) 500 300 150 100 75 63 45 38 24 17 13 10 8 5 3 2 1 0 Tamanho médio harmônico (µm) Experimento 41 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 4,00 0,00 0,00 0,00 0,00 9,83 1,56 0,27 0,00 0,00 17,85 12,92 8,48 3,30 0,00 10,42 12,10 11,45 7,92 0,43 12,80 15,94 17,12 13,64 3,50 7,15 8,87 9,74 8,14 3,60 12,81 14,87 17,51 15,24 9,82 5,40 5,97 7,48 7,18 6,14 10,09 11,45 13,19 15,04 15,20 4,24 4,93 4,71 7,27 9,11 2,03 2,70 2,73 4,58 6,81 1,13 1,86 1,84 3,37 6,00 0,50 0,99 0,78 1,90 4,27 1,03 1,80 1,64 3,75 8,78 0,72 1,37 1,01 3,10 8,42 0,00 1,09 0,69 2,13 6,33 0,00 1,55 1,33 3,02 9,32 0,00 0,03 0,03 0,42 2,27 50,8 24,4 26,4 13,3 111 5,1 Experimento 42 Inicial 10 min 20 min 40 min 105 min 1,20 0,00 0,00 0,00 0,00 3,59 0,00 0,00 0,00 0,00 11,06 6,02 3,50 0,16 0,51 11,07 9,57 7,56 2,97 2,05 15,13 15,26 15,55 11,15 5,21 8,86 9,79 9,87 8,38 4,69 16,80 18,63 19,83 18,56 11,97 7,34 8,56 9,07 9,36 7,81 13,78 16,88 17,57 19,89 20,79 5,44 6,78 7,42 9,44 11,69 2,68 3,61 3,88 5,71 7,38 1,45 2,14 2,33 4,12 5,31 0,45 0,72 1,02 2,30 2,95 0,71 1,24 1,66 4,01 5,75 0,44 0,80 0,74 2,72 4,93 0,00 0,00 0,00 0,58 3,53 0,00 0,00 0,00 0,64 4,60 0,00 0,00 0,00 0,01 0,83 45,0 36,4 34,2 20,3 8,8