DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS E RECURSOS
NATURAIS CONSUMIDOS: CONSUMO DE PAPÉIS NUMA INSTITUIÇÃO DE
ESINO SUPERIOR
Kelly Aparecida do Nascimento1
Daniele Batista Soares2
Celeste Aparecida Dias3
Marcos Alves Magalhães4
Jorge Luiz de Góes Pereira5
Centro Universitário de Caratinga – UNEC
[email protected]
RESUMO
O objetivo deste artigo foi apresentar resultados relativos a papéis e impressões, por serem os
maiores gastos de uma Instituição dessa natureza. Ele é parte de uma pesquisa cujo objetivo
foi traçar o Diagnóstico Ambiental referente aos resíduos sólidos gerados e recursos naturais
consumidos nos diversos setores de uma Instituição pública de direito privado do Estado de
Minas Gerais, mantenedora de uma escola de educação básica e uma de Ensino Superior, nas
áreas de educação, saúde, administração e meio ambiente. Os dados da pesquisa foram
coletados em diversos setores e unidades dessa mantenedora. Os instrumentos utilizados na
coleta de dados quantitativos foram formulários e entrevistas semi-estruturadas. Os resultados
apontam prejuízo econômico para a Instituição mantenedora em gastos desnecessários com
quantidade de impressões que extrapolam a cota mínima estabelecida pelas empresas
terceirizadas desses serviços. Apontam ainda para um custo ambiental de cerca de 3,9
toneladas de madeira por mês apenas com papéis que se conseguiu calcular os gastos.
PALAVRAS-CHAVE: consumo de papéis, custo pecuniário, custo ambiental,
INTRODUÇÃO
Esse artigo é resultado de uma pesquisa mais ampla, cujo objetivo foi traçar o
Diagnóstico Ambiental referente aos resíduos sólidos gerados e recursos naturais consumidos
nos diversos setores de uma Instituição pública de direito privado mantenedora do Estado de
Minas Gerais, que mantém uma escola de educação básica e uma de Ensino Superior. Neste
Pedagoga e profissional de Educação Física, Mestranda do Programa de Pós-graduação Stricto senso em Meio
Ambiente e Sustentabilidade da UNEC e professora de Metodologia da Pesquisa Científica dos cursos de
graduação da UNEC.
2
Fisioterapeuta, Mestre em Meio Ambiente e Sustentabilidade pela UNEC e professora de Metodologia da
Pesquisa Científica dos cursos de graduação da UNEC.
3
Pedagoga, Mestre em Educação pela UFJF, doutoranda em Psicologia pela UCES, diretora do Instituto
Superior de Educação e professora dos cursos de graduação e pós-graduação Lato sensu da UNEC.
4
Professor e vice-coordenador do Programa de Pós-graduação Stricto senso em Meio Ambiente e
Sustentabilidade da UNEC.
5
Economista doméstico, Mestre e Doutor em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela UFRRJ.
Coordenador e professor do Programa de Pós-graduação Stricto senso em Meio Ambiente e Sustentabilidade da
UNEC.
1
artigo restringiu-se à apresentação de resultados relativos aos papéis e às impressões, por ser
um dos maiores gastos de uma Instituição dessa natureza.
Entre os principais aspectos ambientais de uma Instituição de Ensino superior, capazes
de gerar impactos negativos, no ambiente natural está o consumo de água, energia e materiais
de escritório e geração de resíduos. Após apresentarem definições de resíduos de alguns
autores, Philippi Júnior e Aguiar (2005, p.275) afirmam que eles são “subprodutos da
atividade humana com características específicas definidas geralmente pelo processo que os
gerou”. Embora exista uma vasta categorização dos resíduos, para esse estudo interessa os
resíduos sólidos domiciliares e comerciais.
Os resíduos sólidos domiciliares são os gerados nas residências, ou mesmo quando
gerados em outras atividades possuem características comuns aos gerados nos lares. São
compostos principalmente por matéria orgânica, papel, plástico, metais, vidros e outros
materiais. Já os resíduos comerciais possuem características compatíveis com resíduos
domiciliares, apesar de sua composição poder apresentar proporções diferentes dos materiais.
São gerados em estabelecimentos de prestação de serviços e comércio. (PHILIPPI JÚNIOR e
AGUIAR, 2005).
Essa pesquisa pode contribuir para reflexões de alunos e funcionários em busca do
desenvolvimento da cultura institucional fundamentada no paradigma de sustentabilidade,
amplamente discursado no meio acadêmico, mas pouco presente nas práticas culturais
domésticas e nas relações de trabalho institucionais e empresariais, inclusive das próprias
instituições de ensino superior. Por isso ele constitui-se num instrumento que pode subsidiar
um Programa de Educação Ambiental implantado em Instituições que interessem contribuir
efetivamente pela situação do planeta Terra.
Os dados da pesquisa foram coletados entre julho e setembro de 2007, em diversos
setores e unidades da instituição investigada. Os instrumentos utilizados na coleta de dados
quantitativos foram formulários e entrevistas semi-estruturadas em alguns setores que podem
ser identificados nas diversas tabelas dos resultados. Para o levantamento de dados
quantitativos considerou-se o consumo de janeiro a julho, semestre 2007/01.
CONSUMO DE PAPEL SULFITE6 NO ALMOXARIFADO E NAS IMPRESSORAS
Para calcular a distribuição e o consumo de papel sulfite em toda a Instituição, fez-se
levantamento de entradas e saídas, de janeiro a agosto de 2007, no almoxarifado e nos
6
Considerou-se papel sulfite os papéis brancos utilizados para fotocópias de fotocópia, impressões,
predominantemente o A4.
relatórios das impressoras locadas das Unidades 1, 2 e 3. Nas impressoras da Instituição não
há esse controle. No almoxarifado, inicialmente levantou-se o consumo dos materiais7
comprados e distribuídos nos setores, através da identificação de saídas registradas nas
requisições, cujos dados foram separados por setor/mês. Ao se confrontar os registros das
requisições dos setores com as informações verbais de um funcionário constatou-se que
alguns que têm alto consumo mensal de papel sequer apareceram nas requisições. Em função
dessa contradição, decidiu-se trabalhar apenas com a quantidade de caixas de papel sulfite
compradas mensalmente pelo almoxarifado que, segundo o mesmo funcionário, é de
aproximadamente 35 caixas mensais de papel A4. Assim, soma-se um total de 245 caixas
distribuídas nos sete primeiros meses do ano. Cada caixa tem 10 resmas, o que corresponde a
350 resmas ou 175.000 (cento e setenta e cinco mil) folhas de papel – unidades/mês, uma vez
que cada resma tem 500 unidades. Não se considerou a compra de papel ofício, A3 e
timbrados, pelo fato de ser esporádica e de quantidade muito pequena em relação ao papel A4.
A Instituição tem oito (08) impressoras locadas, sete com uma empresa e apenas uma
com outra. Ela paga um valor mensal fixo para a cota de 5000 impressões em cada uma das
impressoras locadas e se o setor ultrapassa essa quantidade, a Instituição paga o excedente, no
valor de R$0,04 cada impressão. Por meio do setor de Informática, teve-se acesso ao relatório
de impressões das impressoras locadas distribuídas na Unidade 1 e 2, nos últimos sete meses
(tabela 1), separado por mês e por setor.
SETOR
Tabela 1: Quantidade de fotocópias impressas nas impressoras locadas
Janeiro Fever Março Abril Maio Junho
Julho
Total
Quantidade de fotocópias impressas (unidades)
Contabilidade 1
670
1306
1880
1111
675
7890
463
13.995
Tesouraria 1
4846
5189
7318
5842
2140
11971
2237
39.543
Secretaria 1
7116
5016
8400
6923
6889
11856
7526
53.726
Informática 1
1908
2918
4325
4639
4513
4852
2884
26.039
RH 1
1394
994
5082
4189
2478
7649
3182
24.968
Coordenação 1
5000
5000
5000
7028
8170
5000
7630
42.828
5231 10232
14367
14241 13004
18231
20294
95.600
1812
1.812
67.449 46.028
298.511
Coordenação 2
Protocolo 1
Total Mensal
7
-
-
-
26.165 30.655 46.372
-
-
43.973 37869
-
Considerou-se material de consumo tudo que é comprado no almoxarifado – papel em geral, pincel, cartucho,
descartáveis, disquete, CD, pastas, giz, lápis, caneta, cola, fitas adesivas entre outros que constam no
levantamento de dados, anexo 2 desse relatório.
A tabela 1 indica que, enquanto o setor de Informática não ultrapassou sua cota de
5000 cópias em nenhum mês e a contabilidade apenas em um mês, os setores de tesouraria,
secretaria e coordenações de curso registraram excesso de impressões mensais extrapolando a
cota de 35.000 em sete meses para cada setor. A Instituição extrapolou ainda sua cota mensal
de 40.000 fotocópias impressas em cinco dos sete meses, o que gera custos adicionais ao
convênio como a tabela 2 demonstra apenas a locação de seis impressoras do mês de maio.
Tabela 2: Distribuição por Setor da quantidade de impressões e os valores pagos pela
Instituição a uma das empresas no mês de maio
Setor
N º fotocópias
Valor R$
(*8)
Contabilidade
675
200,00
(*)
Tesouraria
2140
200,00
Secretaria
6889
275,56
Informática I (*)
Rec. Humanos (*)
Coordenação II
Total
4513
2478
13.004
29.699
200,00
200,00
520,72
1.596,28
A quantidade total de impressões não excedeu 30.000, que seria a cota limite de
impressão para seis impressoras pagando-se R$1200,00 (um mil e duzentos reais), entretanto,
a Instituição pagou R$1.596,28 (um mil e quinhentos e noventa e seis reais e vinte e oito
centavos) em decorrência do excesso de duas impressoras, enquanto uma não chegou sequer a
1000 impressões e outras duas nem a 2500. Portanto, essa tabela evidencia o prejuízo da
Instituição quando se considera que há um gasto excedente em alguns setores, pelo qual paga,
e um pagamento de serviços que não utiliza nos setores com menos consumo de impressões.
Para uma visão global do consumo de papel sulfite, fez-se uma tabela apresentando as
fotocópias das três fontes: impressoras locadas e setores de fotocópia:
Tabela 3: Quantidade de fotocópias e impressões das três fontes (Impressoras locadas, Setor
fotocópias Unidade I e Unidade II e III)
Setor
8 (*)
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Total
8 Impressoras
locadas
26.165
30.655
46.372
43.973
37.869
67.449
46.028
298.511
Setor xerox
74.311
108.669
138.902
107.876
137.401
115.871
77.347
760.377
Setores da Instituição que não atingiram cota de 5000 fotocópias mês-1 e que, entretanto, apresentaram ônus
relativo a locação equivalente a R$ 200,00 mês-1
Unidade I
Setor xerox
Unidades II e III
-
59.013
79.110
67.667
76.390
70.808
50.565
403.553
Total
100.476
198.337
264.384
219.516
251.660
254.128
173.940
1.462.441
Nesse trabalho optou-se por discutir levantar o papel sulfite consumido
exclusivamente, sob responsabilidade da Instituição, por isso ainda não se considerou as
fotocópias e impressões feitas e pagas para/por alunos.
A impressora do setor de informática da Unidade 1 atende a 6 setores. No protocolo
não há registros até junho, pois faziam suas fotocópias na secretaria e, só a partir de julho, foi
instalada uma impressora exclusiva para o setor. A impressora da coordenação da Unidade 2
atende a 12 cursos de graduação. Como ela apresentou um consumo muito alto comparado a
outros setores fez-se uma entrevista não-estruturada com funcionários que do setor, que
declararam não existir controle rigoroso de impressões e, nos horários em que não há
estagiários na recepção de coordenação, a maior parte das impressões não é registrada.
Quando essa impressora demora para imprimir, os usuários costumam apertar um botão que
imprime uma página de informações sobre sua utilização com uma extensa tarja preta que
consome muita tinta. Como essa página não tem utilidade vai para o lixo ou rascunho. Ás
vezes, seus usuários fazem impressões e não as buscam. Além disso, as folhas brancas que
passam pela impressora e saem sem nenhuma impressão também são registradas por ela.
Assim, vai se produzindo um consumo desnecessário de impressões e papéis que são
observadas cotidianamente nas lixeiras dos setores e que, em parcos casos, são
disponibilizadas para rascunho. A oitava impressora atende a 8 cursos do setor de
coordenação da Unidade 1 da Instituição. É a única que pertence a uma outra empresa e a
única que não forneceu número de impressão exato por mês, por isso o setor de Informática
informou os valores mensais (janeiro a julho) pagos à empresa prestadora do serviço e
chegou-se ao número de impressões nos sete meses, como consta na tabela 1, registrando
excesso de impressões em três meses.
CONSIDERAÇÕES AMBIENTAIS E PECUNIÁRIAS SOBRE O CONSUMO DE
PAPEL SULFITE DA INSTITUIÇÃO
Partindo-se da quantidade de papel que a Instituição utilizou no primeiro semestre de
2007 (janeiro a julho), tentou-se aproximar o custo ambiental e pecuniário desse período. Para
se chegar ao custo ambiental em madeira, somou-se o total de papel dos sete meses de
fotocópias e impressões dos setores de fotocópia com o papel sulfite que é comprado
mensalmente pelo almoxarifado, transformando-os em resmas (cada resma tem 500 folhas).
Não se somou o número de impressões das impressoras locadas, visto que o papel utilizado
nelas já está incluso na compra do almoxarifado. Em seguida multiplicou-se por 2,3 kg, que é
o peso aproximado de cada resma, e transformou-se o resultado em toneladas, sabendo-se que
cada 1000 kg é igual a 1 tonelada. Esses cálculos estão detalhados na tabela 4:
Tabela 4: Quantidade de papel consumido pela Instituição nos últimos 7 meses
Item
Descrição
Quantidade
1 (transformando folhas
Fotocópias e impressões dos setores
2.328 resmas
de papel em resma*)
de fotocópias: 1.163.930 folhas ÷ 500
Compra de Papel do almoxarifado:
2.450 resmas
2
245 caixas x 10 resmas
3 (soma dos itens 1 e 2)
Soma das resmas (2.450 + 2.328)
4.778 resmas
4
4778 resmas x 2,3 kg resma-1
10.989 kg
5
10.989 kg ÷ 1.000
± 11 toneladas de
papel
Segundo o IDEC (2006), para se produzir 1 tonelada de papel, são necessárias 2 a 3
toneladas de madeira, uma grande quantidade de água (mais do que qualquer outra atividade
industrial), e muita energia (está em quinto lugar na lista das que mais consomem energia).
Para o cálculo da quantidade de madeira utilizou-se a média (2,5). Portanto, no referido
semestre a Instituição foi responsável por um custo ambiental de aproximadamente 27,5
toneladas de madeira (11 x 2,5), o que equivale a 3,9 toneladas mensais.
Para se chegar aos custos pecuniários da Instituição com papel, impressões e
fotocópias nos sete meses somou-se os valores pagos aos setores de fotocópia, às empresas
responsáveis pelas impressoras locadas e à compra do almoxarifado. Considerando-se a
compra de 35 caixas (350 resmas) por mês, multiplicado pelos sete meses e por R$9,00 (valor
de cada resma) o custo do papel A4 na Instituição está em torno de R$22.050,00. A única
saída de papel do almoxarifado que se sabe o destino certo é o número registrado nas
impressoras locadas e que representa um percentual pequeno em relação ao que é comprado.
Para se chegar a outra parte das resmas – tabela 5 –, que vão para outros setores,
subtraiu-se o número de impressões das impressoras locadas (298.511) do papel comprado
pelo almoxarifado (350 resmas/mês ou 175.000 unidades de folhas de papel por mês –
1.225.00 nos sete meses). A terceira coluna da tabela 5 expressa o restante das folhas do
almoxarifado, subtraído as das impressoras locadas, valor que se acredita que estão incluídos
os papéis encaminhados aos diversos setores para outros fins, mas que não foi possível
identificar-se através do almoxarifado. Na quarta coluna estão as unidades da terceira coluna
transformadas em resmas (dividido por 500 unidades):
Tabela 5: Número total folhas de papel e de resmas restantes
ALMOXARIFADO
Nº DE
TOTAL
IMPRESSORAS
– “OUTROS FINS” RESMAS
ALMOXARIFADO LOCADAS (Un)
(Un)
RESTANTE
Janeiro
175.000
26.165
148.835
297,67
Fevereiro
175.000
30.655
144.345
288,69
Março
175.000
46.372
128.628
257,26
Abril
175.000
43.973
131.027
262,05
Maio
175.000
37.869
137.131
274,26
Junho
175.000
67.499
107.501
215,00
Julho
175.000
46.028
128.972
257,94
Total
1.225.000
298.511
926.439
1.852,87
MÊS
Os dados anteriores indicam que, de 35 caixas compradas mensalmente, pelos
registros escritos, desconhece-se o destino de cerca de 26,5 caixas, valor encontrado da
seguinte forma: transformação do número de resmas em caixas (1852,87 resmas por 10
resmas) e, seu resultado - 185,28 - dividido por 07 meses. Para se chegar ao valor pago por
impressões e fotocópias aos setores de xerox, retirou-se dos relatórios fornecidos por eles o
valor em dinheiro pago por encadernações e transparências em cada mês. Na tabela 6 consta
os valores pagos às empresas terceirizadas de impressoras e a compra do almoxarifado:
Tabela 6: Custo pecuniário de papel, impressões e fotocópias
Fotocópia Fotocópia
Almoxarifado
Mês
Impressoras
Total
unidade II Unidade I
(papel)
Quantidade de fotocópias, impressões e papel pagos em R$
Janeiro
3.251,17
893,88
3.150,00
7.295,05
Fev
2.634,87
4.589,14
1.017,48
3.150,00 11.391,49
Março
3.200,79
7.458,32
1.254,88
3.150,00 15.063,99
Abril
2.914,48
5.770,91
1.158,92
3.150,00 12.994,31
Maio
3.230,12
7.672,21
1.322,52
3.150,00 15.374,85
Junho
3.602,40
6.435,97
1.497,96
3.150,00 14.686,33
Julho
2.680,55
4.386,65
1.241,12
3.150,00 11.458,32
TOTAL
18.263,21 39.564,37
8.386,76
22.050,00 88.264,34
Diante do levantamento, constata-se que a Instituição gastou em sete meses
R$88.264,34 (oitenta e oito mil, duzentos e sessenta e quatro reais e trinta e quatro centavos)
com impressões, fotocópias e compra de papel. Destaca-se que, no valor pago ao setor de
fotocópia pelas impressões e fotocópias, já estão inclusos o valor referente ao papel. Destacase ainda, que não foram encontrados estudos similares que possibilitassem comparações sobre
consumo de papel sulfite em instituições educativas, tampouco sobre a falta de controle
gerencial a respeito do consumo desse tipo de material nas instituições.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados apontam prejuízo econômico para a Instituição em gastos com
quantidade de impressões que extrapolam a cota mínima das empresas terceirizadas desses
serviços. Apontam ainda a inexistência de controle de consumo de papel sulfite, de forma que
se desconhece a destinação de uma quantidade significativa de papéis, embora exista registro
assistemático de entrada e saída de papéis, o que dificultou também o resultado mais
fidedigno à pesquisa. Se houvesse sistema de controle contínuo em cada setor, a Instituição
economizaria ao transferir as impressões em excesso de alguns setores para os que não
utilizam a cota máxima de 5000 cópias, incluída no acordo de terceirização.
Além disso, o custo ambiental de 27,5 toneladas de madeira em 7 meses, ou seja, 3,9
toneladas mensais. Pergunta-se: quantas árvores têm que ser derrubadas por mês para serem
consumidas nessa Instituição, por mês? E a quantidade de água para esse fim? Acreditamos
que, se começarmos a fazer essas contas bem próximas do real e divulgássemos nas
Instituições e entre as famílias dos funcionários, especialmente com as crianças, o impacto
dos números pode contribuir para gerar algumas mudanças de comportamento nas pessoas em
relação ao consumo responsável. No relatório técnico dessa pesquisa registra-se diversas
sugestões mitigadoras para os problemas identificados, mas foram retirados desse artigo em
atendimento à extensão exigida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HILIPPI JÚNIOR, A.; AGUIAR, A. de O. Resíduos sólidos: características e gerenciamento.
In PHILIPPI JÚNIOR, Arlindo (Org). Saneamento saúde e meio ambiente, 2005.
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC. O papel e os impactos de sua
produção no ambiente. Disponível em: http//www.idec.org.br. Acesso em: 01 jul. 2007.
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diagnóstico ambiental de resíduos sólidos gerados e