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EFEITO DO TREINAMENTO AERÓBIO EM MULHERES PÓS- MENOPAUSA
COM SÍNDROME METABÓLICA
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado
ao
Curso/Monografia
apresentada ao curso de Fisioterapia, do
Departamento de Ciências da Vida da
Universidade Regional do Noroeste do
Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ,
como requisito parcial para obtenção do
título de Fisioterapeuta.
Orientadora: Evelise Moraes Berlezi
Co-orientadora: Eliane Roseli Winkelmann
Linha/Grupo de Pesquisa
Estudos Epidemiológicos
Ijuí (RS)
2011
2
EFEITO DO TREINAMENTO AERÓBIO EM MULHERES PÓSMENOPAUSA COM SÍNDROME METABÓLICA
Effect of aerobic exercise training in postmenopausal women WITH
METABOLIC SYNDROME
Francieli Prediger1; Evelise Moraes Berlezi2; Eliane Roseli Winkelman3;
Resumo: O treinamento aeróbio leva a importantes alterações benéficas aos indivíduos de
um modo geral, mas ainda temos carência no conhecimento dos seus efeitos quando
analisado em uma população específica de mulheres pós-menopausa com síndrome
metabólica (SM).
Objetivo: verificar os efeitos do treinamento aeróbio sob as variáveis bioquímicas,
nutricionais, física-funcional pré e pós-intervenção em mulheres pós- menopausa com
(SM).
Metodologia: trata-se de um ensaio clínico randomizado com um grupo de intervenção. A
população alvo foram mulheres, na faixa etária de 50 a 65 anos, com no mínimo doze
meses de amenorréia e com síndrome metabólica, residentes no município de Catuípe/RS –
Brasil. A amostra foi constituída por 5 mulheres que participaram de todas as etapas do
estudo: avaliação, intervenção e reavaliação.
Resultados: De acordo com os achados as mulheres do estudo apresentaram melhora nos
resultados comparando pré e pós intervenção, respectivamente para os triglicerídeos
(média de 183,8±42,15 mg/dl e 131±52,1 mg/dl) sendo este valor reduzido para fator de
1
Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/UNIJUÍ, graduanda do curso de Fisioterapia na Universidade Regional do Noroeste
do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI. Rua Mário Silva 128, ap 202 BL:A Bairro Centro, CEP: 98700-000 Ijuí/RS.
Email: [email protected]
2
Fisioterapeuta, Doutora em Gerontologia Biomédica, docente do Departamento de Ciências da Vida da Universidade
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI. Rua do Comércio, 3000. Bairro Universitário, CEP.
98700-000 Ijuí/RS. Fone para contato: (55) 3332 0460 comercial ou (55) 3333-3883 residencial. Email:
[email protected]
3
Fisioterapeuta, Doutora em Ciências da Saúde: Cardiologia e Ciências Cardiovasculares (Conceito CAPES 4),
docente do Departamento de Ciências da Vida da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul – UNIJUI. Clínica-escola de Fisioterapia – Unijuí Universitário, CEP 98700-000 / Ijui, RS.
Fone para contato: (55) 33320200 Ramal: 527. Email [email protected]
3
risco da SM. Assim como para os testes submáximo e máximo as mulheres mostraram
bom desempenho pré intervenção e melhorando os resultados pós intervenção.
Conclusão: A população do estudo obteve bons resultados em relação as variáveis
bioquímicas, levando a diminuir fatores de riscos cardiovascular. Assim como mostraram
ter um bom condicionamento físico após intervenção.
Descritores: Pós menopausa; Síndrome metabólica; seres humanos; mulheres;
Abstract: Metabolic syndrome (MS) is currently the most common metabolic disease in
the adult population, is characterized by a set of concurrent disorders that includes obesity,
high blood pressure (HBP), increased amount of insulin into the bloodstream and
dyslipidemia.
Objective: Verify the effects of aerobic training on biochemical variables, nutritional,
physical, functional pre-and post-intervention in postmenopausal women with metabolic
syndrome.
Methods: it is a randomized clinical trial with an intervention group. The target population
were women, aged 50 to 65 years with at least twelve months of amenorrhea with
metabolic syndrome, residents in the municipality of Catuípe / RS - Brazil. The sample
consisted of five women who participated in all stages of the study: assessment,
intervention and reassessment.
Results: According to the findings of the study women showed improvement in the results
comparing pre-and post-intervention, respectively, for triglycerides (mean 183.8 ± 42.15
mg / dl and 131 ± 52.1 mg / dl) and this value was reduced risk factor for MS. As for the
submaximal and maximal tests showed good performance women's pre-treatment and
improving outcomes after intervention.
Conclusions: The study population had good results in relation to the biochemical
variables, leading to decrease cardiovascular risk factors. As shown to have a good
physical condition after the intervention.
Key words: Post menopause metabolic syndrome, human beings, women;
INTRODUÇÃO
A Síndrome Metabólica (SM) atualmente é a doença metabólica mais freqüente na
população adulta e caracterizada por um conjunto de disfunções concomitantes que
compreende obesidade, hipertensão arterial sistêmica (HAS), aumento da quantidade de
4
glicose na corrente sanguínea e dislipidemias1-2. Considerando os critérios do National
Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III-NCEP-ATP III (2001)
classifica-se como portador de síndrome metabólica o indivíduo que apresentar três ou
mais das seguintes condições: circunferência abdominal maior que 88 cm para as mulheres
e maior que 102 cm para os homens, PA elevada, maior que 130/85 mmHg, glicemia de
jejum maior que 110 mg/dl, triglicérides maior que 150 mg/dl, HDL menor que 40 mg/dl
em homens e menor que 50 mg/dl em mulheres3.
A prevalência da SM varia mundialmente, relacionando-se com a idade, etnicidade
das populações estudadas e dos critérios estabelecidos para o seu diagnóstico4. Estima-se
que ocorra entre 20 a 25% da população geral5, sendo esta prevalência ainda maior entre
homens e mulheres mais velhos, chegando a 42% entre indivíduos com idade superior a 60
anos6 ’ 7. Segundo o National Cholesterol Education Program, Adult Treatment Panel III
(NCEP/ATPIII, 2001), são os norte americanos que apresentam maior prevalência de SM,
correspondendo a 60% de mulheres entre 45 e 49 anos de idade e 45% de homens nesta
mesma faixa etária, sendo menos comum nos homens afro-mexicanos e mais prevalente
em mulheres méxico-americanas8 ,3, 6. No Brasil, há a necessidade de mais estudos que
explorem dados sobre as características epidemiológicas da SM na população brasileira.
Um dos principiais estudos de prevalência de SM no Brasil, realizado em Vitória/ES,
apontou uma taxa de 29,8% de SM, sem diferença entre sexos. Outro dado importante
deste estudo é que ao analisar por faixa etária a prevalência de SM observou-se que na
faixa de 55 a 64 anos a prevalência foi de 48,3% contra 15,8% na faixa de 25 a 34 anos;
também, destaca-se o aumento progressivo de prevalência em mulheres do maior para o
menor nível socioeconômico9
Neste panorama, identifica-se a SM como um importante problema de saúde pública
que está associado ao estilo de vida da população, como alimentação inadequada e baixo
nível de atividade física. Além disso, outras situações como a menopausa, fator intrínseco,
é um fator de risco para o desenvolvimento da síndrome metabólica, uma vez que o
hipoestrogenismo altera o metabolismo e propicia o aumento de peso corporal,
modificação da composição corporal, acúmulo de gordura na região abdominal e altera o
perfil lipídico.
O grande desafio para a intervenção na SM é a mudança do estilo de vida, segundo
a Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica (2005) a
5
realização de um plano alimentar para a redução de peso associado a exercício físico são
considerados terapias de primeira escolha para o tratamento de pacientes com síndrome
metabólica. Está comprovado que esta associação provoca a redução expressiva da
circunferência abdominal e a gordura visceral, melhora significativamente a sensibilidade à
insulina, diminui os níveis plasmáticos de glicose, podendo prevenir e retardar o
aparecimento de diabetes tipo 2 . Há ainda, com essas duas intervenções, uma redução
expressiva da pressão arterial e nos níveis de triglicérides, com aumento do HDLcolesterol. 10
De acordo com o conceito de Nahas, o estilo de vida é um conjunto de ações
habituais que refletem as atitudes, os valores e as oportunidades na vida das pessoas e
inclui: a prática regular de atividade física, dieta saudável, além do combate ao tabagismo,
ao uso abusivo de álcool e ao estresse. O estilo de vida ativa passou a ser considerado
fundamental na promoção da saúde e redução da mortalidade por todas as causas.11
Estes efeitos estão bem descritos na literatura, contudo, considera-se que a
população deste estudo tem características que as distinguem, logo, questiona-se os efeitos
do treinamento aeróbio em mulheres com falência da função ovariana (produção de
esteróides, estrogênio e progesterona e ausência de ovulação)12 que tem como
conseqüência modificações da composição corporal da mulher.
Estas questões nos
levaram a pesquisar o efeito do treinamento aeróbio nestas mulheres a fim de poder inferir
sobre questões pertinentes e importantes deste tipo de intervenção não farmacológica que é
prescrito e recomendado pelos profissionais da saúde independente da faixa etária do
indivíduo.
Neste contexto, o objetivo do estudo é verificar os efeitos do treinamento aeróbio
sob as variáveis bioquímicas, nutricionais, física-funcional pré e pós-intervenção em
mulheres pós-menopausa com síndrome metabólica.
MÉTODO
Este estudo faz parte do projeto de pesquisa: “intervenção não farmacológica na
síndrome metabólica em mulheres pós-menopausa: estudo com grupos randomizados” que
está vinculado ao “Estudo multidimensional de mulheres pós-menopausa do
município de Catuípe/RS”, projeto de pesquisa institucional que se caracteriza por um
conjunto de investigações em mesma população.
6
O estudo que está sendo apresentado trata-se de um ensaio clínico do grupo
submetido ao treinamento aeróbio isolado. A população do estudo foram 130 mulheres,
com idade entre 50 e 65 anos, pós-menopausa com no mínimo um ano de amenorréia,
residente na área urbana do município de Catuípe/RS, que fazem parte do banco de dados
do projeto maior. Considerando os critérios da NCEP-ATP III (2001) analisou-se o banco
de dados buscando identificar as mulheres com SM. Foram incluídas no estudo: mulheres
que consentiram em participar da pesquisa; que as avaliações antropométrica e bioquímica
confirmaram síndrome metabólica; e, que participaram de todas as etapas do estudo. Ao
atender os critérios supracitados era determinado o grupo de intervenção através de sorteio.
Considerou-se para a classificação de SM mulheres que apresentaram três ou mais
das seguintes condições: circunferência abdominal maior que 88 cm; pressão arterial maior
que 130/85 mmHg; glicemia de jejum maior que 110 mg/dl; triglicérides maior que 150
mg/dl; HDL menor que 50 mg/dl segundo NCEP-ATP III 3.
Considerando os critérios de inclusão e exclusão a amostra foi constituída de 5
mulheres. As participantes do estudo realizaram avaliação bioquímica, nutricional, físicafuncional e avaliação do estilo de vida pré-intervenção e pós-intervenção. Abaixo estão
descritos os métodos que foram utilizados para as avaliações.
A avaliação bioquímica foi realizada pelo laboratório de Análises Clínicas da
UNIJUI (UNILAB). Para o exame as participantes foram anteriormente orientadas quanto
o tempo de jejum. A coleta foi feita no espaço cedido pela Secretaria de Saúde do
Município de Catuípe. Foi analisado o perfil lipídico (colesterol total e suas frações e
triglicerídeos) e glicemia. Para categorização dos níveis de glicemia foi utilizada a
classificação estabelecida pelas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes13 e perfil
lipíco pelo NCEP-ATP III3.
A avaliação nutricional constou do registro das medidas antropométricas (índice de
massa corporal e circunferência de cintura). Para a análise e categorização do índice de
massa corporal (IMC) usaram-se valores de referência da Sociedade Brasileira de
Metabologia e Endocrinologia-SBME14. Na avaliação da circunferência abdominal (CA)
considerou-se um indicativo de risco cardiovascular medidas igual ou maiores de 88 cm
(valores para mulheres) de acordo com o NCEP-ATP III .3
A avaliação física-funcional foi realizada através da avaliação da capacidade
funcional submáxima e máxima, avaliação da força muscular respiratória e avaliação da
7
resistência muscular localizada de membros inferiores. A capacidade funcional submáxima
foi avaliada por meio do Teste de Caminhada de 6 minutos (American Toracic Society,
2002) e a máxima pelo Teste cardiopulmonar, em esteira rolante (Imbrasport), com
protocolo de rampa, os gases expirados foram analisados através do Teem 100. A força
muscular respiratória foi determinada através da aferição da PImax e PEmax, sendo utilizado
o manovacuômetro da marca MVD-300 (Microhard System, Globalmed, Porto Alegre,
Brasil) (NEDER et al,1999). A Resistência muscular localizada de membros inferiores foi
determinada pelo Teste de sentar e levantar em um minuto.
O treinamento aeróbio isolado (intervenção) foi realizado em campo aberto na
modaldiade de caminhada, em uma freqüência de 3 vezes por semana, 12 semanas com
tempo progressivo. Durante as três primeiras semanas o treinamento aeróbio teve a
duração de 30 minutos; da 4º a 6º semana 40 minutos; e, da 7º a 9º semana 50 minutos e da
11° a 12° semana 60 minutos de exercício aeróbio. A intensidade do exercício foi prescrita
através da freqüência cardíaca do limiar anaeróbio obtido no teste ergoespirométrico.
Em todas as sessões foi realizada a verificação dos sinais vitais (pressão arterial e
freqüência cardíaca). Os sinais eram obtidos em repouso antes e após a caminhada e
também no decorrer do treinamento juntamente com a verificação da percepção de esforço
percebido através da escala de Borg15. No início e término de cada sessão eram realizados
alongamentos gerais para membros superiores e inferiores.
Este estudo foi apreciado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer
consustanciado nº 105/2011.
Para análise dos dados, foi utilizado o programa Statistical Package for Social
Sciences. Os dados foram analisados através do uso de ferramentas da estatística descritiva
e analítica. Para variáveis quantitativas utilizou-se média, desvio padrão, valores mínimo e
maximo. Para comparar as médias obtidas na pré e pós intervenção foi utilizado o teste de
comparação de médias não paramétrico e pareado (Teste de Wilcoxon). Em todos os casos
foi considerado uma confiabilidade de 95%.
RESULTADOS
Na análise do banco de dados mostrou-se uma prevalência de SM de 42,3% (N=55).
Destas, cinco (5) foram sorteadas para o grupo de treinamento aeróbio isolado. A média de
idade da amostra foi de 57,80±2,49, com idade máxima de 60 e mínima de 54 anos.
8
Na análise das variáveis bioquímicas (tabela 1) pode-se observar que na préintervenção os triglicerídeos apresentavam uma média de 183,8±42,15 mg/dl , segundo
valores de referência este valor é considerado elevado e fator de risco para SM; Na pós
intervenção a média observado foi de 131±52,1 mg/dl, valor não considerado de risco para
SM.
A média para HDL na pré-intervenção foi de 34,2±6,3 mg/dl, de acordo com o NCEPATP III este nível é baixo, ou seja, o HDL neste valor não exerce o papel protetor. Na pósintervenção este valor teve um pequeno acréscimo para 37,2±6,7 mg/dl, contudo não o
suficiente para proteção cardiovascular.
A glicemia de jejum na pré intervenção obteve uma média de 79,2±32,7 mg/dl sendo
esse valor considerado normal segundo a I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento
da Síndrome Metabólica16 e após intervenção esse valor passou para 83,5±18,5 mantendose dentro dos parâmetros normais. Em relação a circunferência de cintura obteve-se uma
média de 102,5±7,3cm na pré intervenção e na pós intervenção a média teve um leve
aumento para 103,2±7,5cm sendo esses valores elevados segundo os critérios do NCEPATP III. Esses resultados permaneceram dentro do intervalo de confiança de 95% e não
estatisticamente significativo.
A tabela 2 nos mostra os testes da capacidade funcional submáxima e máxima. Em
relação ao teste submáximo teste de caminhada de seis minutos (TC6) com o fisioterapeuta
incentivando, pista circular de 24 metros de comprimento, as mulheres foram monitorados
quanto à freqüência cardíaca (FC, bpm), freqüência respiratória (FR, rpm), pressão arterial
(PA, mmHg), saturação periférica de oxigênio (SpO2, %) e escala de percepção de esforço
(BORG). A distância média percorrida na pré intervenção foi de 462,6±63,8m e
aumentando este valor na pós intervenção para 581,2±67,5m sendo estes resultados
estatisticamente significativos (p=0,01), tanto na pré e pós intervenção a mulheres
superaram seu previsto, sendo maior a distância percorrida pós intervenção. Em relação ao
teste máximo observa-se que o V02 pico não foi estatisticamente significativo e não teve
muita diferença nos resultado pré e pós intervenção. Já a freqüência cardíaca (FC) pico
teve a média de 148±26,80 bpm pré intervenção sendo esta reduzida na pós intervenção
para 139,8±24,20 bpm. Em relação a pressão arterial sistólica e diastólica não teve
diferença estatisticamente significativa( p=1,00).
Ao verificarmos a tabela 3 analisamos a força muscular respiratória aonde foram
observados valores de pressão inspiratória máxima (PImáx) e pressão expiratória máxima
9
(PEmáx).
A média da PImáx obtida foi de 71,0±16,5 cmH2O na pré intervenção e
comparando os valores obtidos com o previsto, segundo idade e gênero, verifica-se que foi
atingido 87±19% do previsto nesta etapa, já na pós intervenção teve uma melhora
significativa atingindo 120,7±61% do seu previsto. Para os valores de PEmáx obtida a
média foi de 78,2±50,9 cmH2O e atingindo 99,1±61,1% do previsto na pré intervenção e
obtendo-se um melhor resultado pós intervenção de 104,2±50,9 cmH2O atingindo o
previsto de
133,2±65,5% que comparando as médias dos valores obtido e previsto
verifica-se que as elas superaram o esperado pós intervenção.
Em relação a tabela 4 a qual analisamos o teste de resistência muscular de membros
inferiores (MMII) notamos diferença estatisticamente significativa (p=0,07), na pré
intervenção as participantes do estudo atingiram 22±2 o número de elevados e na pós
intervenção aumentando para 25±3,3 esse valor, podemos notar que a resistência de MMII
teve um melhor desempenho após as caminhadas.
DISCUSSÃO
A prevalência de SM é bastante relativa considerando a discordância entre as
classificações existentes para o diagnóstico da síndrome. Em estudo realizado por
Figueiredo Neto et al. 200917, que tiveram como objetivo determinar a prevalência da
síndrome metabólica e seus componentes em mulheres climatéricas, foi encontrado uma
prevalência de SM de 34,7% (de acordo com a classificação do NCEP-ATP III) na sua
população, que contou com 323 mulheres. Este estudo corrobora com os achados da
pesquisa “Estudo Multidimensional de mulheres pós-menopausa do município de
Catuípe”, ao qual este trabalho está vinculado (42,3% a prevalência de SM). Esses dados
estão, também, de acordo com os encontrados por Ford et. al 200318 em 4.441 mulheres
americanas acima de 40 anos, (33%). Segundo Deibert et al. 200719 acompanhando
mulheres climatéricas por 12 meses na Alemanha, encontrou prevalência de 36,1% de SM
(NCEP-ATP III).
Sabendo que a falta de atividade física e a síndrome metabólica são fatores de risco
cardiovascular e de morbidade geral aumentada, torna-se imperioso estudar sua interrelação. Considerando ainda que a inatividade física, a obesidade e a síndrome metabólica
aumentam sua prevalência com o avanço da idade,20,21 a importância do tema se torna
ainda maior, já que a população idosa vem crescendo em todo o mundo, principalmente
10
nos países em desenvolvimento, como o Brasil22. Como em nosso estudo que são mulheres
que estão na fase da pós menopausa, sendo esta em que os hormônios protetores estão
bastante reduzidos, tornando-as mais propensas a desenvolver alguma doença
cardiovascular.
Segundo dados do estudo de Monteiro et.al 201023 a dislipidemia associada à
síndrome metabólica confere elevado risco cardiovascular e caracteriza-se por aumento dos
triglicerídeos e diminuição do HDL. No presente estudo observamos que na pré
intervenção os níveis de triglicerídeos estão aumentados e o HDL reduzido, mas após a
realização de atividade física esses valores tiveram um melhor resultado.
Inúmeros mecanismos podem contribuir para o efeito protetor da atividade física na
SM. Níveis altos de atividade física e bom condicionamento cardiorrespiratório têm efeitos
favoráveis sobre todos os fatores de risco individuais que compõem a SM24.
Com relação ao exercício físico e a CA não obtivemos bons resultados, sendo que a
CA manteve-se igual na pré e pós intervenção, várias hipóteses podem levar a esse
resultado sendo que essas mulheres estão na fase da pós menopausa, estão com os
hormônios estrogênio e progesterona reduzidos e tem um perfil rural.
Com o advento da menopausa, são frequentes o ganho de peso corporal e as
modificações na distribuição da gordura. Entre os aspectos endócrinos e metabólicos que
explicam o acúmulo de gordura na região abdominal e a relação com outras comorbidades,
que elevam o risco cardiovascular, está o papel dos adipócitos, que são células endócrinas
ativas e que secretam hormônios, citocinas, substâncias vasoativas e outros peptídeos.
Outra característica da pós-menopausa é o hipoestrogenismo, que estaria
basicamente implicado na modificação da distribuição da gordura corporal, hipótese
reforçada pela tendência de acúmulo de gordura abdominal (padrão andróide) entre as
mulheres após a menopausa. A deficiência de estrogênio pode estar relacionada à redução
de receptores de leptina no hipotálamo, o que causaria diminuição da saciedade, maior
ingestão alimentar e conseqüente ganho de massa corpórea.
Conforme a Organização Mundial de Saúde (1997), o excesso de massa corporal é
um fator predisponente para a hipertensão, podendo ser responsável por 20% a 30% dos
casos de hipertensão arterial; 75% dos homens e 65% das mulheres apresentam hipertensão
diretamente atribuível a sobrepeso e obesidade.
11
O risco de desenvolver doenças cardiorrespiratórias aumenta quando se sabe que a
obesidade também promove alterações consideráveis na função respiratória.
Segundo a ACSM (2008) a aptidão cardiorrespiratória está relacionada à
capacidade de se realizar um exercício dinâmico de intensidade moderada a alta com
grandes grupos musculares por longos períodos de tempo. A realização deste exercício
depende do estado funcional do sistema respiratório, cardiovascular e musculoesquelético.
Os baixos níveis de aptidão cardiorrespiratória estiveram associados a um risco
extremamente maior de morte prematura por várias causas e, mais especificamente, por
doença cardiovascular.25
Em nosso estudo as mulheres monstraram melhora da força respiratória pós
intervenção. Costa et al (2010) comparou a força muscular respiratória através da pressão
inspiratória máxima (PI máx) e pressão expiratória máxima (PE máx) entre mulheres
eutróficas (IMC entre 18,5 a 24,9Kg/m² ) e obesas (IMC maior que 30 kg/m2). A análise
demonstrou diferença significativa nas pressões respiratórias máximas de eutróficas
(PImáx = 73,04±16,55 cm H2O e PEmáx = 79,67±18,89 cm H2O) e de obesas (PImáx =
85,00±21,69 cm H2O e PEmáx=103,86±20,35 cm H2O), chegando a conclusão de que
mulheres obesas teriam mais força muscular respiratória comparada a eutróficas, seja por
adaptação do tempo de obesidade, seja pela sobrecarga imposta ao músculo diafragma para
incursionar ou ainda pela mudança no tipo de fibras musculares26.
No teste de caminhada de seis minutos, os dados demonstraram uma aptidão física
dentro do previsto na pré intervenção e pós intervenção. No estudo de Krause et al 200827,
que analisou a associação entre hipertensão, aptidão cardiorrespiratória (através do teste de
caminhada) e obesidade central em 1.064 mulheres idosas, os achados demonstraram que o
grupo com obesidade central apresentou maior risco para hipertensão quando comparado
ao grupo não-obesidade central. Além disso, ambos os grupos mostraram um aumento
progressivo do risco para hipertensão do maior para o menor grupo de ACR, indicando
uma relação inversa entre ACR e obesidade central.
CONCLUSÃO
Este estudo possibilitou caracterizar o perfil pré e pós intervenção de mulheres de
50 a 65 anos, em período pós-menopausa, residentes na área urbana do município de
Catuípe/RS e que fazem parte do banco de dados da pesquisa institucional (UNIJUÍ)
“ESTUDO
MULTIDIMENSIONAL
DE
MULHERES
PÓS-MENOPAUSA
DO
12
MUNICÍPIO DE CATUÍPE/RS”, permitindo a investigação de fatores de risco
cardiovasculares atrelados à síndrome metabólica. Com base nos dados obtidos, pode-se
concluir que os maiores riscos estão nos elevados níveis de glicemia e circunferência
abdominal sendo que na pós menopausa as mulheres tem maior probabilidade a aumentar
esses níveis de glicemia e circunferência abdominal devido ao hipoestrogenismo. Entre
outros fatores de risco, observaram-se níveis baixos de HDL-colesterol na pré intervenção
sendo este levemente aumentado após intervenção, e triglicerídeos reduzido, fazendo com
que diminua os fatores de risco para a SM. Muitos artigos trazem que o HDL não tem
demonstrado significante melhora talvez devido à baixa intensidade de exercício, como as
mulheres do estudo não praticam nenhum tipo de exercício o HDL não obteve bons
resultados.
Se essas mulheres obtivessem um acompanhamento Fisioterapêutico para a
realização de exercícios físicos no mínimo três vezes na semana em um período de tempo
prolongado, poderíamos ter bons resultados nos níveis de HDL, glicemia e CA.
Em
relação
ao
esforço
máximo
as
mulheres
apresentaram
um
bom
condicionamento físico na pré e pós intervenção atingindo seu previsto, no teste
submáximo demonstraram bons resultados de Vo2pico.
Podemos notar que o exercício físico tem um papel importante nesta fase da vida,
pois a prática regular de atividade física tem sido recomendada para a prevenção e
reabilitação de doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas por diferentes
associações de saúde no mundo.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelas oportunidades que me foram dadas na vida. Aos meus pais e
meus irmãos que acreditaram em mim e me ensinaram várias coisas para o meu
aprendizado.
Em especial ao meu esposo Giordano Goi Dezordi que não mediu esforços para que
eu chegasse até esta etapa de minha vida, ao meu filho Lorenzo ao qual sempre busquei
forças para concluir mais esta etapa.
A professora e orientadora Evelise Moraes Berlezi por seu apoio e inspiração no
amadurecimento dos meus conhecimentos e conceitos que me levaram a execução e
conclusão desta monografia.
13
À professora e co orientadora Eliane Roseli Winkelman pela paciência na
orientação e incentivo que tornaram possível a conclusão desta monografia.
Também quero agradecer ao grupo de pesquisa da Unijuí que me ajudaram na
coleta de dados deste estudo.
Ao CNPq que me concedeu a bolsa de iniciação científica, como pesquisadora.
Enfim agradeço a todos que me ajudaram de uma forma ou outra pela construção e
realização deste trabalho.
OBRIGADA!
REFERENCIAS
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11
NAHAS, M.V.; Barros, M.V.; Francallaci, V. O pentáculo do bem estar – base
conceitual para avaliação do estilo de vida de indivíduos e grupos. Revista Brasileira
Atividade Física e Saúde, Londrina, 2000; 5 (2).
12
FREITAS, Fernando, et.al. Climatério. In: FREITAS, Fernando; WENDER, Maria C.O;
CASTRO, José S. Rotinas em Ginecologia. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul LTDA,
1997; Cap.39, p. 327-329.
13
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à saúde. Departamento da
Atenção à Saúde Básica. Diabetes. Cadernos de Atenção Básica, n. 16, 2006. Acesso em
25/04/2010 Disponível em:
http://dtr2004.saude.gov.br/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad16.pdf
14
SBME - Sociedade Brasileira de Metabologia e Endocrinologia. Obesidade. Disponível
em: http://www.endocrino.org.br/obesidade/
15
Borg G. Psychophysical bases of perceived exertion. Med Sci Sports Exerc 1982; 14:
377-81.
16
I Diretriz Brasileira de de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, 2004;
7(sup 4): 1-38, 2004.
17
Figueiredo, N.J.A et al. Síndrome Metabólica e Menopausa: Estudo Transversal em
Ambulatório de Ginecologia. Arquivo Brasileiro de Cardiologia 2010; 95(3) : 339-345.
18
Ford, E.S., Gines, W.H., Dietz, W.H. Prevalence of the metabolic syndrome among US
adults: finding from the Third National Health and Nutrition Examination Survey. JAMA,
2002; 287: 59-356.
19
Deibert, P.; et al. Effect of a weight loss intervention on anthropometric measures and
metabolic risk factors in pre-versus postmenopausal women. Nutrition Journal, 2007; 6:
31- 37.
15
20
Yusuf S, Hawken S, Ounpuu S, Dans T, Avezum A, Lanas F, et al. Effect of potentially
modifiable risk factors associated with myocardial infarction in 52 countries (the
INTERHEART study): case-control study. Lancet. 2004;364:937-52.
21
Allsen P, Harrison J, Vance B. Exercício e qualidade de vida. 6a edição ed. Barueri-SP:
Manole 2001.
22
Gonçalves A. Conhecendo e discutindo saúde coletiva e atividade física. Rio de Janeiro:
Guanabara & Koogan 2004.
23
Monteiro, G.P et al. Caracteres da síndrome metabólica e tratamento não farmacológico:
uma revisão da literatura. Revista Augustus | Rio de Janeiro | Vol. 14 | N. 29 | Fevereiro de
2010 | Semestral.
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National Cholesterol Education Program. Second Report of the Expert Panel on
Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult
Treatment Panel II). Circulation. 1994;89:1333-445.
25
Manual do ACSM para avaliação da aptidão física relacionada a saúde / American
College of Sports Medicine ; editoria de Gregory B. Dwyer e Shala E. Davis; tradução de
Giuseppe Taranto – Rio de Janeiro : Guanabara Koogan (2006)
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COSTA, T. R., et al. Correlação da força muscular respiratória com variáveis
antropométricas de mulheres eutróficas e obesas. Rev Assoc Med Bras, 2010; 4(56): 403408.
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Krause, M.P.; Buzzachera, C.F.; Hallage, T.; Pulner, S.B.; Silva, S.G. Influência do nível
de atividade física sobre a aptidão cardiorrespiratória em mulheres idosas. Rev Bras Med
Esporte, 2007;13(2): 97-102.
TABELAS
Tabela 1: Grupo de atividade física isolada segundo as variáveis bioquímicas e
medida antropométrica.
Glicemia mg/Dl
Pré intervenção
M±DP
(IC95%)
Pós intervenção
M±DP
(IC95%)
P*
79,2±32,7
83,0±18,5
0,64
(38,6-119,7)
(60-105,9)
16
Triglicerídeos
mg/Dl
HDL mg/Dl
CC (cm)
131,2±52,1
183,8±42,15
(131,4-236,1)
(66,5-195,8)
34,2±6,3
37,2±6,7
(26,3 - 42)
(28,8-45,5)
102,5±7,3
103,2±7,5
(93,5-111,5)
(93,8-112,5)
0,56
0,44
0,59
Tabela 2: Grupo de atividade física isolada relacionado à capacidade física funcional
máxima e submáxima
Capacidade
Distância Percorrida
Pós intervenção
Média±DP
(IC95%)
(IC95%)
462,6±63,8
(383,3 – 541,8)
funcional
submáxima
Pré intevenção
Média±DP
Distância Prevista
145,3±21,5
(118,6 – 172)
581,2±67,5
P*
0,01
(497,3 – 665)
174,0±45,3
(117,8-230,3)
0,20
17
% Previsto
322,4±56,2
(252,5 – 392,3)
Capacidade
funcional
351,9±93,3
(235,9-467,8)
0,38
28±3,98
(23-23,9)
30,9±3,64
(28,2-37)
FC pico
148±26,80
(115,32-181,87)
139,8±24,20
(109,75-169,84)
0,08
PAS pico
162±10,95
(148,39-175,60)
160±24,49
(129,58-190,41)
1,00
PAD pico
90±14,14
(72,44-107,55)
90±17,32
(68,49-111,50)
1,00
Vo2 pico
0,00
máxima
Tabela 3 Grupo de atividade física isolado segundo a força muscular respiratória
Pré intervenção Pós intervenção
Média±DP
Média±DP
(IC95%)
(IC95%)
Força
PImáx Obtida
71,0±16,5
(50,6 -91,3)
98,4±49,2
(37,2- 159,5)
0,24
Pimáx Prevista
81,5±1,2
(80-83,1)
81,5±1,3
(79,7-83,2)
0,43
% Pimáx Prevista
87±19
(62,5-111,5)
120,7±61
(44,9-196,5)
0,24
PEmáx Obtida
78,2±50,9
(115-141,3)
muscular
respiratória
P*
104,2±50,9
(49,9-167,4)
0,15
18
PEmáx Prevista
% PEmáx Prevista
78,8±1,4
78±3,3
(73,9-82,2)
(77 – 80,7)
99,1±61,1
133,2±65,5
(23,1-175)
(51,8-214,7)
0,45
0,14
Tabela 4 grupo de atividade física isolado em relação a resistência muscular de
MMII
Resistência
Muscular de
MMII
Número de
elevadas
Pré Intervenção
Média±DP
(IC95%)
22±2
(19,5 -24,4)
Pós Intervenção
Média±DP
(IC95%)
25±3,3
(21,3 -29,4)
P*
0,07
Anexo:
Submissões Online: Revista Scientia Medica.
Diretrizes para Autores
-
NORMAS
PARA
PUBLICAÇÃO
Originalidade
éticos
Autoria
editoriais
Aspectos
Políticas
PREPARAÇÃO
DO
ELEMENTOS
Página
de
Corpo
do
INSTRUÇÕES
PARA
ARTIGO
TEXTUAIS
rosto
Resumo
Descritores
texto
Agradecimentos
Tabelas
Ilustrações
Referências
SUBMISSÃO
19
NORMAS
PARA
PUBLICAÇÃO
Originalidade
Ao submeter o manuscrito, os autores assumem a responsabilidade do trabalho não ter sido
previamente publicado nem estar sendo analisado por outra revista.
Aspectos
éticos
Os artigos originais e os relatos de caso devem necessariamente ter seguido os princípios
éticos contidos na Resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde
(http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/1996/Reso196.doc) e ter passado pela aprovação
do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição de origem, devendo este fato ser referido
claramente
na
descrição
da
metodologia.
Se pertinente, informar que foi obtido consentimento livre e esclarecido de todos os
participantes adultos ou, no caso de menores, de seus representantes legais.
Em caso de estudo experimental com animais, informar que a manutanção e o cuidado aos
animais segue as diretrizes da instituição ou do país para o uso de animais em pesquisa.
Autoria
Cada pessoa consignada como autor deve ter participado efetivamente do trabalho e
assumir a responsabilidade pública pela parte do artigo com a qual contribuiu.
O documento submetido deve ter sido cuidadosamente lido por todos os autores, que
devem
concordar
com
o
seu
conteúdo.
Sobre direitos autorais, ver o ítem especial Declaração de Direito Autoral.
Políticas
editoriais
Os autores são convidados a consultar as Políticas da Scientia Medica, no menu SOBRE,
para informar-se sobre foco e escopo da Revista, processo de avaliação por pares,
declaração de conflito de interesses e as outras políticas editoriais.
PREPARAÇÃO
DO
ARTIGO
• Solicita-se gentilmente aos autores que sigam cuidadosamente todas as instruções para
preparação do artigo. Somente serão encaminhados aos revisores (avaliadores) os
manuscritos que estejam rigorosamente de acordo com as normas especificadas.
• Os artigos podem ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol, sendo que o estilo
deve
ser
claro
e
conciso.
• Os originais devem ser digitados em formato Word (Microsoft Office), em página
tamanho A4, configurada com espaço duplo, margens laterais de 2,5 cm, fonte Arial 11 ou
Times
New
Roman
12.
• Usar a tecla de tabulação ou a formatação automática para criar recuo no início dos
parágrafos,
e
não
a
tecla
de
espaço.
20
• As páginas devem ser numeradas, iniciando na página de rosto como página 1.
•
O
tamanho
de
cada
documento
não
deve
ultrapassar
2
MB.
• A ordem é a seguinte para todos os manuscritos: PÁGINA DE ROSTO, RESUMO,
DESCRITORES, ABSTRACT, KEY WORDS, TEXTO, AGRADECIMENTOS (se
houver), REFERÊNCIAS, TABELAS, FIGURAS. Ver abaixo detalhes sobre a preparação
de
cada
um
desses
elementos,
em
"ELEMENTOS
TEXTUAIS".
• As unidades de medida devem seguir o Sistema Internacional de Medidas.
• Podem ser usadas siglas de termos compostos, se o termo aparecer pelo menos cinco
vezes no texto. Na primeira citação, o termo deve ser escrito por extenso, seguido da sigla
entre
parêntesis.
Não
usar
siglas
nos
resumos
e
abstracts.
• Na primeira citação de marcas comerciais escrever o nome do fabricante e o local de
fabricação
(cidade,
país),
entre
parênteses.
ELEMENTOS
TEXTUAIS
Página
de
rosto
Deve
conter:
a)
título
conciso
e
explicativo,
com
versão
em
Inglês;
b)
nome
dos
autores,
titulação,
instituição
de
origem
e
e-mail;
d) identificação do autor responsável pela correspondência (endereço postal, telefone e email
para
publicação
na
revista).
Observação: a página de rosto será removida do arquivo fornecido aos avaliadores.
Resumo
Deve conter uma versão em Português e outra em Inglês (Abstract), com até 250 palavras.
Todas as informações que aparecem no resumo devem aparecer também no artigo. Os
resumos
devem
ser
estruturados,
conforme
descrito
a
seguir:
- Artigo original e Comunicação breve: Objetivos, Métodos, Resultados e Conclusões
(No
Abstract:
Aims,
Methods,
Results,
Conclusions).
- Artigo de revisão: Objetivos, Fonte de dados, Síntese dos dados e Conclusões (No
Abstract: Aims, Source of data, Summary of findings, Conclusions). Em Fonte de Dados,
devem ser citadas as bases de dados consultadas, os descritores usados e o período
pesquisado.
- Relato de caso: Objetivos, Descrição do caso, Conclusões (No Abstract: Aims, Case
description,
Conclusions).
(Para a definição de cada tipo de artigo, veja a seção Políticas de Seção, encontrada
no
menu.)
Descritores
(indexadores
ou
palavras
chaves)
Os descritores são os termos utilizados na indexação do artigo para que seja localizado, por
assunto, por meio de mecanismos de pesquisa eletrônica como o LILACS. O sistema de
21
editoração eletrônica de revistas científicas utilizado pela Scientia Medica adere ao
protocolo de metadados do Open Archives Initiative (OAI), que é um padrão emergente
para prover acesso indexado aos recursos de pesquisa eletrônica. Isto habilita buscas
precisas dos metadados ou informações indexadas em todas as bases de dados OAI. Desta
forma, o preenchimento correto dos descritores torna-se fundamental para que sua
publicação seja facilmente encontrada por outros pesquisadores. A Scientia Medica utiliza
como palavras chaves os “Descritores em Ciência da Saúde (DeCs)”, editado anualmente,
e que está disponível pela BIREME/OPAS/OMS, no endereço http://decs.bvs.br.
Corpo
do
texto
- Originais: devem conter no máximo 3.000 palavras (excluindo tabelas e referências)
e apresentar no máximo 40 referências. O número total de tabelas e figuras não deve
ser maior do que cinco. O texto do artigo original deve seguir um formato
estruturado
com
Introdução,
Métodos,
Resultados
e
Discussão.
- Revisões: devem conter no máximo 6.000 palavras (excluindo tabelas e referências) e
apresentar no mínimo 30 referências. O artigo de revisão pode apresentar um padrão
menos rígido de subtítulos, incluindo Introdução, outros títulos e Conclusões. O número
total de tabelas e figuras não deve ser maior do que cinco.
- Relatos de Casos: devem conter no máximo 2.000 palavras (excluindo tabelas e
referências), apresentar no máximo 15 referências e não deve conter mais de 3 figuras. O
relato de caso deve ser dividido em Introdução, Relato do Caso e Discussão.
- Comunicações breves: são artigos curtos, com um limite de 1.500 palavras (excluindo
referências e tabelas) e apresentar no máximo 15 referências. O artigo deve seguir o
formato
estruturado
dos
artigos
originais.
- Cartas ao editor: devem conter no máximo 1.000 palavras, apresentando no máximo 6
referências.
(Para a definição de cada tipo de artigo, veja a seção Políticas de Seção, encontrada
no
menu.)
Agradecimentos
Devem ser breves e objetivos, apresentados no final do texto (antes das referências),
incluindo somente as pessoas ou instituições que contribuíram para o estudo.
Tabelas
As tabelas com suas legendas devem ser apresentadas no formato do Word (Microsoft
Office),
sendo
colocadas
após
as
referências,
em
novas
páginas.
Todas as tabelas devem ser numeradas na ordem de aparecimento no texto. A legenda deve
aparecer em sua parte superior, precedida pela palavra "Tabela", seguida do número de
ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos (ex: Tabela 1, Tabela 2, etc). Devem
constar,
de
preferência,
informações
do
tratamento
estatístico.
Os títulos das tabelas devem ser auto-explicativos, de forma que as tabelas sejam
22
compreendidas dispensando consulta ao texto. Explicações mais detalhadas ou específicas
devem ser apresentadas em notas de rodapé, identificadas por símbolos na seguinte
sequência: *, †, ‡, §, ||, ¶, **, ††, ‡‡. Não sublinhar ou desenhar linhas dentro das tabelas e
não usar espaços para separar colunas. Não usar espaço em qualquer lado do símbolo±.
Ilustrações
Ilustrações – ou figuras – compreendem gráficos, desenhos, fluxogramas, fotografias,
organogramas etc. Dá-se preferência a figuras originais, produzidas pelos próprios autores.
Em caso de figura já publicada anteriormente, seja dos próprios autores ou de autoria de
terceiros, os autores deverão indicar a fonte original na legenda e providenciar uma carta
de permissão do detentor dos direitos autorais (editora ou revista) e do autor, sem a qual a
figura não poderá ser reproduzida na Scientia Medica. Esta carta de permissão pode ser
enviada
quando
a
versão
final
do
artigo
for
submetida.
Todas as ilustrações devem ser numeradas na ordem de aparecimento no texto, em
números arábicos (Figura 1, Figura 2, etc.) sendo que o texto deve conter a indicação de
cada
uma.
Figuras produzidas em arquivo de texto, como gráficos e organogramas em Word, por
exemplo, podem ser anexadas após as tabelas, no final do documento, com as respectivas
numerações
e
as
legendas
em
sua
parte
inferior.
Fotografias e algumas imagens mais complexas devem ser enviadas sob forma de
documento suplementar, como arquivos de imagem (de preferência em formato JPG) com
resolução mínima de 300 dpi, para que sejam melhor visualizadas na página eletrônica,
embora sem exceder 2 MB. As legendas das figuras enviadas como anexo devem ser
colocadas, com a respectiva numeração, no final do texto principal do artigo, após as
referências, e também nos metadados do documento suplementar, conforme as instruções
que são dadas no momento da submissão. As legendas devem ser sucintas, porém autoexplicativas, com informações claras, de forma a dispensar consulta ao texto.
As ilustrações são aceitas em cores para publicação eletrônica, mas vertidas para o preto-ebranco na versão impressa. Caso os autores julguem essencial que uma determinada
imagem seja colorida na versão impressa, solicita-se um contato especial com os editores.
Referências
Devem ser numeradas em sobrescrito no texto, após a pontuação, ordenadas em ordem de
aparecimento no texto e elaboradas conforme o estilo de Vancouver. As normas e
exemplos
podem
ser
consultados
através
do
site:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/bv.fcgi?rid=citmed.section.32680
Todas as referências citadas no texto e apenas estas, devem aparecer na lista de referências,
que
é
numerada
e
posicionada
após
o
texto.
Quando for utilizado um programa de gerenciamento de referências bibliográficas (como
EndNote e Reference Manager), os códigos de campo devem ser desabilitados antes de
submeter o documento, sendo o texto convertido para texto simples. Para converter
referências adicionadas por Reference Manager ou Endnote para texto simples, o autor
pode utilizar o próprio programa, que permite remover os códigos de campo (em "Remove
23
Field
Codes").
Apresentamos a seguir modelos de referências que seguem as normas adotadas pela
Scientia
Medica.
Artigos
de
periódicos
Com
até
três
autores
Halpern SD, Ubel PA, Caplan AL. Solid-organ transplantation in HIV-infected patients. N
Engl
J
Med.
2002;347:284-7.
Com
mais
de
três
autores
Rose ME, Huerbin MB, Melick J, et al. Regulation of interstitial excitatory amino acid
concentrations after cortical contusion injury. Brain Res. 2002;935:40-6.
Organização
como
autor(es)
Diabetes Prevention Program Research Group. Hypertension, insulin, and proinsulin in
participants with impaired glucose tolerance. Hypertension. 2002;40:679-86.
Autores(es)
(pessoa
física)
e
organização
como
autores.
Vallancien G, Emberton M, Harving N, van Moorselaar RJ; Alf-One Study Group. Sexual
dysfunction in 1,274 European men suffering from lower urinary tract symptoms. J Urol.
2003;169:2257-61.
Ausência
de
autoria
21st century heart solution may have a sting in the tail. BMJ. 2002;325:784-5.
Livros
e
outras
monografias
Autor(es)
pessoal(is)
Murray PR, Rosenthal KS, Kobayashi GS, et al. Medical microbiology. 4th ed. St. Louis:
Mosby;
2002.
NOTAS:
Mais do que 3 autores, citar até o 3º autor e et al., tal como nos artigos periódicos.
Indicação da edição (a primeira não se indica) sempre deve ser o idioma do livro - Se em
Português:
2ª,
3ª.
Se
em
Inglês:
2nd,
3rd,
4th.
Editor(es),
compilador(es)
como
autor(es)
Gilstrap LC 3rd, Cunningham FG, VanDorsten JP, editores. Operative obstetrics. 2nd ed.
New
York:
McGraw-Hill;
2002.
Autor(es)
e
editor(es)
Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2th ed. Wieczorek RR, editor.
White
Plains
(NY):
March
of
Dimes
Education
Services;
2001.
Organização
como
autor(es)
Royal Adelaide Hospital; University of Adelaide, Department of Clinical Nursing.
Compendium of nursing research and practice development, 1999-2000. Adelaide
(Australia):
Adelaide
University;
2001.
24
Capítulo
de
livro
Meltzer PS, Kallioniemi A, Trent JM. Chromosome alterations in human solid tumors. In:
Vogelstein B, Kinzler KW, editors. The genetic basis of human cancer. New York:
McGraw-Hill;
2002.
p.
93-113.
Anais
de
congresso
Harnden P, Joffe JK, Jones WG, editores. Germ cell tumours V. Proceedings of the 5th
Germ Cell Tumour Conference; 2001 Sep 13-15; Leeds, UK. New York: Springer; 2002.
Apresentação
em
congresso
Christensen S, Oppacher F. An analysis of Koza's computational effort statistic for genetic
programming. In: Foster JA, Lutton E, Miller J, Ryan C, Tettamanzi AG, editors. Genetic
programming. EuroGP 2002: Proceedings of the 5th European Conference on Genetic
Programming; 2002 Apr 3-5; Kinsdale, Ireland. Berlin: Springer; 2002. p. 182-91.
Relatório
técnico-científico
Editado
por
fundação/agência
patrocinadora:
Yen GG (Oklahoma State University, School of Electrical and Computer Engineering,
Stillwater, OK). Health monitoring on vibration signatures. Final report. Arlington (VA):
Air Force Office of Scientific Research (US), Air Force Research Laboratory; 2002 Feb.
Report
No.:
AFRLSRBLTR020123.
Contract
No.:
F496209810049.
Editado
por
agência
organizadora:
Russell ML, Goth-Goldstein R, Apte MG, Fisk WJ. Method for measuring the size
distribution of airborne Rhinovirus. Berkeley (CA): Lawrence Berkeley National
Laboratory, Environmental Energy Technologies Division; 2002 Jan. Report No.:
LBNL49574. Contract No.: DEAC0376SF00098. Patrocinado pelo Department of Energy.
Dissertação,
tese
e
trabalho
de
conclusão
de
curso
Silva MM. O sono da criança e amamentação [dissertação]. Porto Alegre(RS): Pontifícia
Universidade
Católica
do
Rio
Grande
do
Sul;
2008.
Padoin, AV. Influência da zona doadora na concentração de células-tronco derivadas do
tecido adiposo em mulheres [tese]. Porto Alegre(RS): Pontíficia Universidade Católica do
Rio
Grande
do
Sul;
2008.
Tannouri, AJR; Silveira, PG. Campanha de prevenção do AVC: doença carotídea
extracerebral na população da grande Florianópolis [trabalho de conclusão de curso].
Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa Catarina. Curso de Medicina.
Departamento
de
Clínica
Médica;
2005.
INSTRUÇÕES
PARA
SUBMISSÃO
As submissões somente poderão ser feitas através deste site. Solicitamos que os autores
leiam todas as instruções antes de iniciar o processo de submissão.
Um dos autores precisa cadastrar-se no site, onde receberá um nome de usuário, senha e
instruções sobre o processo de submissão. Uma vez cadastrado, o autor poderá entrar no
sistema a qualquer momento, com seu login e senha (em ACESSO, no menu superior).
25
Ao concluir o processo inicial de cadastro, o autor é remetido diretamente para a Página do
Usuário, que lista as várias funções que o usuário pode assumir na revista (autor, avaliador
e leitor). Clicando na função de autor, aparece a lista de suas submissões ativas e
arquivadas,
e
uma
nova
submissão
pode
ser
iniciada.
O processo de submissão possui 5 passos, com instruções disponíveis em cada um. O autor
não precisa concluir os 5 passos de uma vez, podendo retomar a qualquer momento as
submissões listadas como "Incompletas", na lista de submissões ativas.
É essencial seguir rigorosamente as instruções que irão aparecendo no momento da
submissão, com atenção aos metadados, que devem ser cuidadosamente preenchidos.
Os nomes de todos os autores do artigo devem ser acrescentados no site da submissão, na
mesma ordem em que aparecem na página de rosto do manuscrito, assim como seus
endereços
de
e-mail,
instituições
de
origem,
títulos
e
funções.
Preencher os campos destinados ao título do artigo em Português e Inglês, Resumo e
Abstract.
Preencher todos os campos para INDEXAÇÃO, que são importantes para que o artigo
possa
ser
indexado
nas
bases
de
dados.
Identificar
o
idioma
em
que
o
artigo
está
redigido.
Para iniciar o processo de cadastro e submissão, entre em Submissões Online.
Itens de Verificação para Submissão
Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a conformidade
da submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões que não
estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos autores.
1. A contribuição é original e inédita, e não está sendo avaliada para publicação por
outra revista. Não sendo o caso, justificar em "Comentários ao Editor".
2. Em Métodos, está explicitada a aprovação por um Comitê de Ética em Pesquisa
(para estudos originais com seres humanos ou animais, incluindo relatos de casos).
3. Os autores consultaram as Diretrizes para Autores em todos os seus detalhes e os
documentos submetidos seguem rigorosamente todas as normas para publicação na
Scientia Medica.
4. Todos os autores do artigo estão informados sobre as políticas editoriais da Revista,
leram o manuscrito que está sendo submetido e estão de acordo com o mesmo.
Declaração de Direito Autoral
A submissão de originais para a Scientia Medica implica na transferência, pelos autores,
dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos
publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação.
26
Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações
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Franciele Prediger Dezordi