PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PROFISSIONAIS MOTORISTAS. Avany F. Pereira, Ana Elisa. M. Rinaldi, Wilson Luvizotto Medina, João Felipe Mota Franz H. P. Burini, Roberto C. Burini www.cemenutri.fmb.unesp.br [email protected] CeMENutri -Centro de Metabolismo em Exercício e Nutrição. Departamento de Saúde Pública - Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP. RESUMO Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é representada pelo conjunto de alterações metabólicas que elevam o risco para desenvolvimento e/ou agravam as doenças crônicas nãotransmissíveis. Objetivo: Avaliar a prevalência de SM e seus componentes em universo de motoristas da UNESP. Métodos: Foram estudados 87 homens com média de idade de 46+7 anos e IMC de 28,6 + 3,9 kg/m2. Para análise das concentrações de glicose, triglicerídios e HDL-colesterol realizou-se coleta de sangue após jejum de 12 horas pelo método enzimático colorimétrico. A circunferência da cintura foi medida com fita métrica inelástica e inextensível no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca. Para diagnóstico da SM foi utilizado o critério do NCEP/ ATPIII, 2001. Para o cálculo das prevalências e médias utilizou-se análise estatística descritiva e teste tstudent (dependente) para verificar diferença entre as médias, com nível de significância de 5%. Resultados: Pode-se observar que o componente mais prevalente foi o HDL-colesterol (60,9%), seguido dos triglicerídios (47,1%) e circunferência da cintura (39%). Dentre os participantes do estudo 26,4% (n=23) apresentaram SM. Dos quatro componentes avaliados todos apresentaram valores médios significativamente diferentes quando comparados aos não portadores de SM. O principal componente observado nos indivíduos sem SM foi a hipertrigliceridemia (100%), seguida da hiperadiposidade abdominal (91%), HDL-colesterol reduzido (87%) e hiperglicemia (30%). Conclusões: Foi observada elevada prevalência de SM com ênfase na hipertrigliceridemia e hiperadiposidade abdominal nos motoristas avaliados. Este fato sugere a necessidade de intervenção com mudança do estilo de vida, objetivando a redução do risco associado a SM. Apoio: CNPq/CAPES/FAPESP. INTRODUÇÃO MÁ ALIMENTAÇÃO SEDENTARISMO Síndrome Metabólica Hiperglicemia Hipetrigliceridemia (+) FATORES DE RISCO HDL-reduzido Hipertensão Arterial Hiperadiposidade abdominal DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS OBJETIVO Avaliar a prevalência de síndrome metabólica e de seus componentes em universo de motoristas da UNESP. INDIVÍDUOS Foram estudados 87 homens Profissionais motoristas da UNESP. Todos os participantes do estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Pesquisa aprovada pelo comitê de ética e pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu MÉTODOS Medida de pressão arterial: - Avaliação Clinica (aparelho digital OMRON, mod. HEM-413C) Avaliação da composição corporal: - Peso corporal e estatura (Balança digital do tipo plataforma); - Índice de Massa Corporal (IMC) = kg/m2 (WHO,2002) - Circunferência de cintura: Fita inelástica e inextensível. Padrões de normalidade: Homens <102 cm, Mulheres < 88 cm. Dosagens Bioquímicas: - Glicose e triglicerídios (Química seca - Johnson & Johnson 750/950) - HDL-colesterol – método enzimático colorimétrico CRITÉRIO DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME METABÓLICA: NCEP/ ATP III (2001) ANÁLISE ESTATÍSTICA Análise estatística descritiva Teste T- student dependente para verificar diferença entre as médias Nível de significância – 5% RESULTADOS Tabela 1 – Caracterização geral da amostra Variáveis Idade (anos) PAS (mmHg) PAD (mmHg) Glicose (mg/dL) HDL-colesterol (mg/dL) Triglicerídios (mg/dL) IMC (kg/m2) Circunferência de cintura (kg/m2) Indivíduos (n=87) 46 7 140 10 85 9 98 25 40 7,5 200 90 28,6 3,9 100 8 PAS- pressão arterial sistólica; PAD- pressão arterial diastólica; IMC – índice de massa corporal. RESULTADOS Figura 1 – Prevalência de síndrome metabólica 74 80 70 60 50 40 30 20 10 0 26 Com SM Sem SM RESULTADOS Figura 2 – Percentual de componentes mais prevalentes nos portadores de Síndrome Metabólica % 70 60 61 50 47 40 39 30 20 10 abdominal Hiperadiposidade TG HDL-reduz 0 HDL-reduzido TG- hipertrigliceridemia CONCLUSÕES - Foi observada elevada prevalência de SM com ênfase na hipertrigliceridemia e na hiperadiposidade abdominal nos motoristas avaliados. -Este fato sugere a necessidade de intervenção com mudança de estilo de vida, objetivando a redução do risco associado a SM.