Teorio dqevoluçoo e reÍorço moderna teoria da evoluçãofornece um poderosoreferencialpara se falar do rpprtamento. Na verdade,já não é mais possíveldiscutir comportamentofora contextoporque, desdeDarwin, os biólogosvêm reivindicanáocadavez mais como parte de seu objeto de estudo. Em consonânciacom a r de continuidadedas espécies(capítulo L), suaatençãotem sido dirigida e-cada vez mais, para o comportamentohumano. Mais ainda do que no o-de watson, os psicólogosque hoje ignoram a teoria da evoluçãocorrem o de ficar à margem da tendência atual do desenvolvimento cienúfico. Neste capítulo, nosso interessepela teoria da evolução tem dois aspectos.Em :iro lugar, a história evolutiv4 oufilogênese,de qual(uer espécie- incluindo a própria-- pode nos ajudar a compreendero comportamentodessaespécie.A genesque um indivrduo herda foi selecionadaao longo de muitas .parte dos porque promovem compoltamentos que contribuem para o sucessona com o ambiente e na reprodução. Em segundolugar, a teoria da evolução um tip-ode explica$o atípico entre as ciências.As explicaçõescientífiãas tte apelam paÍa o mecanismo,ou o modo como as coisasestão organizaem um dado momento, o tipo de oqplicaçãoda teoria da evoluçãq qrr. ãhu-uos de explicaSo histórica,é critico para a an:ílise de comporta-.r.o porque a tiva cientificamente aceitável ao mentarismoé a expücáçãohistórica. EVOI.UTIVA falamos em filogênesede uma espécie,não estamosfalando de nenhum em particular, mas de uma série ou história de eventosno decorrer de um tempo. A resposta dada pela biologia à questão: "por que as girafas têm os compridos?"é de natureza diferente da respostadadã peh fiiica a uma T' l4 Wrl lr r M r r rlÌr r r r r r r t Cor r r r r r ccrobclr r r lcrr r vior r sr75 rro A. t' xl l l i tl rr,' ;isol o rtt' o S ol t' xi l i , {11 í.:,1 ;ttlo o t r lr o " lÌ r r t lt tr' o So l rt;rs tt' tl t' rrr;rttl t:i ' /" (ÌtÌìtl tìì c l c tc rl tti tttttl iol l sl l tttl t' - i ì l -()l i ì(' ;l (r (l u (Ìo c o l ' t' (' l ìì i ; r ; ll) ( , nit s; l ( ' v ( .rìt()s r, 'l r.tr.rrt sol )t-ci ìs gi l ' l tÍ' i tst' xi ri . rl,r 'l i .rri ì r ì ( ) r Ì ì ( ) r Ì ì ( . t ì tcol ìì (l u c o So l l l i ìs c c .A e x p Ìi caçaìo de gi raÍast' .1, v i,d a e mo rte d e u m n ú l meroi ncot.tti i vel rr,Ít.rt,1i t; r ; Ì ( ) r ì iÌ s c ir ' Ì ì cÌl to de anos. , rn ((':j tr;r ist lt ' g, ir aí ì r Ìslo d e c o rre rd e m u i to s mi l h õ e s A li'rrrrclcr contribllição de Darwin foi ver que um mecanismo relativancltll , :,irrrplt'slroclcriuajr"rdara explicar porque a fiÌogenia seguiu o curso que segtlitl I );rrwirr('lìxcl'[Ìouque a história do pescoçodas girafasé mais do que uma seqitôrr t i;r rlt' rrrrrclanças; é uma história de seleção.O que faz a seleção?Não é um Criador onip()tt,ntc,não e a Mãe Natureza,não SãoaSgirafas,mas Sim um processonatLlriìl . rrt'r'i rr ic o:a s eleç ãona tu ra l . l i cri tttttl o,;t v:tti ;tq'; t ot t o cot t t pr ir t t t 'r r lor lo l) ( 's( oçoilt 'vc r r 'Í 'lt 't ir pr , . lo t t t t . r r ost 't t r t .r r liví cluos cor ì l l) cscoçonlais coull) r iclcl clcvcntt t , r .r l; r i It;tl l (' ,i t v:tti ;tçl tog , t 'lt t ilir ';lr ot P rol rl rl ri l i tl i tclc c lc clcixarclescendent es de pescoçocom pr ido do que cle 1>cscoç<r r' rrrl o.S c, por cxcnr pì o,t oda a var iaçãono com pr im ent odo pescoçof ossedevida ir v;rri;rçiiona alimcntação, sem variação nos genes - os indivíduos que comesserìl ilrt'llror teriar.Ìlpescoço mais longo, em vez do contrário - a seleçãose tornaria porque, geração após geração,a mesma variação na alimentaçãoe no Irrrpossível |orrrprimento do pescoçose repetiria. Terceiro,deve haver competição.Dado que os |ccllrsos de uma região só podem sustentar uma população de girafas de deternrirtlrdonúmero, uma superpopulaçãosignifica que alguns descendentestêm de rÌr()rrer.os descendentesbem-sucedidosirão sobreviver,na geraçãoseguinte,prorlrrz.inúosua própria descendência. Essestrês fatores estão incorporados no conceiro de aptidão.. A aptidão de rrrrurvariação genética (um genótipo)é sua tendência a um aumento quantitativo, rlt' uma geraçãoà outra, em relação aos ourros genótiposda população.eualquer fit'rrótipo,até mesmo um de pescoçocurto, poderia se sair bem desdeque estivesse isolado,mas, em competiçãocom outros, poderá apresentarbaixa aptidão. euanto rrraiora aptidão de um genótipo, maior seráa tendênciade que tal genótipo predoIttineno decorrer das gerações.O eixo vertical descendentena Figura 4.1 represenl;r a aptidão dos genótipos subjacentes aos diversos comprimentos de pescoço.A t'trrva sombreada mostra como a aptidão varia com o comprimento do pescoço. liste permanece o mesmo ao longo do processo de seleção porque representa os nofuÍol Seleçúo I,.rrrtluaÌquer população de organismos,os indivíduos variam. Variam, em part(', tlt'vicloa fatores ambientais (por exemplo, nutrição) e, também, devido à heranç;r ti('tìctica.Entre os ancestraisde girafa que moravam onde atualmente é a Planícit' tlc Serengeti, na Tanzânia, por exemplo, a variação nos genes significava que algutììits teriam pescoçosmais curtos, outras, mais compridos. Entretanto, à medidli (luc o clima foi gradualmente se alterando, novos tipos de vegetação, mais altos, lonlaram-se mais freqüentes.Os ancestraisde girafa que possuíampescoçosmais t.<lnrpridose eram capazesde atingir locais mais altos conseguiamcomel em me rlia, um pouco mais. Em conseqüência,eram um pouco mais saudáveis,um poucc) ntlis resistentesa doenças,um pouco mais ágeis Para fugir de predadores- enì nródia.Qualquer um dos indivíduos de pescoçomais comprido poderia ter morrido scrrÌ deixar descendentes,mas, em média, foram eles que deixafam mais descenclcntesque, por sua vez, tiveram em média maior probabilidade de sobreviver e de clcixar mais descendentes.Como os pescoçosmais longos se tornaram mais fretprentes, novas combinações genéticas ocorreram, resultando em descendentesde pescoçoainda mais longo que o das girafas anteriores, e que se saíam ainda melhor. A medida que as girafas de pescoço comprido continuavam a se reproduzir em lììaior número que as de pescoço curto, o comprimento médio do pescoço de toda :r população aumentou. A Figura 4.1 esquematizao processo.O eixo horizontal rePresentaos comltrimentos do pescoço, aumentando da esquerda para a direita. O eixo vertical superior representa a freqüência relativa de diversos comprimentos de pescoço na lropuÌação de girafas ou de ancestrais de gírafa. A curva 1 mostra a variação nos :ìt'Ìcestraisde girafas de pescoço curto. A medida que a seleção ocorre, a distribuição se desloca para a direita (curva 2), indicando que o comprimento do pescoço, t'rnbora continuasse variando, tornou-se, em média, mais longo. A curva 3 mostra rr variação nas girafas dos dias atuais, uma distribuição de freqüência estável que rlio mais se desloca em direção de pescoçosmais compridos. Para que ocorra um l)rocessode seleçãodessetipo, três condiçõesdevem ser satisfeitas.Primeiro, qual(lucr qlle seja o fator ambiental que torne vanrajosoter um Pescoçomais comprido (rr0 rrossoexempÌo, a alteração na vegetação),ele deve estar Sempre presente. Comprimento Figuro 4.1 Evoluçoopor seleçóonoturol ^N. de T. Fitness,em inglês. A tradução por aptidão é utilizada arualmenre por biólogos no scntido de aptidão para sobreviver, e não no outro sentido que essevocábulo possa ter, de "capacidadenatural de adquirir conhecimentosou habilidades motoras, gerais on específicas". l{ ç l6 Cor r r pr ccnt ollclr lcr r r vior isr77 lo willitrrrr M.lkrurrr tl ;t t' tt' ç;totl o piì t t is,pot lt 'r t t osit t t ; r r ir ur r . Lr r rI r rist r t ir - iriltr 'st . lt 'ç; r ost 'r t r t 'llr ; r r r ltA, .t r r r v;r tl t' l r;l ti tl ri ()l) ; ì ssiuirpot r r it oÍ ì '; r t 'or t 'pr r , t . t t r t tvr r lornr : ixint oI ) ollluc t t r r rcs1>ir rr nt r;(' tl t;tl )()tt(' ilÌt t 'O t t 'ç; ìco un. ì lrcr cçãor . r . r uitlent o a signif icallì el] osclcsccnclt . r r ltt's, ì ì ir s ttttt t'spirrtl rttttito l'orteseria prejudicial e uma ereçãomr-ritorápiclascriu trnr olrsl:i l ttkt (scm fal a r no pr obÌ em asocial) .Ao longo de m uit as ger ações,genót iposr ; ut ' ptÌ)tììovessem um reflexo mais forte tenderiama se reproduzir mais foeqtientctncrrlt., ctrt ttrcdia (distribuiçõesde freqüênciaI e 2), até chegar à aptidão máxima (clislri lrrriçirode freqüência 3). < lc< l tttl tl i tttt' ttlcl o o 1l t' sto l ;rl o rt. s( ( ) t ì s llt r ì t ( 'tslo l rtttl l i t:n tc(l r v t:g c ti rç i i otl) trc l ìg,i rtrr ;r tri tctti i ttl ;r, à l i tthi t p o n to n u i x i n ro ocorrc.i unto S c u s u( ' ( ' s s o r . t : pr o c l L rti v o . i l ( ) ç() tÌÌ(,st ì ì ;linlt ì ir r luc in d i c a o c o mp ri m e n to me d i o d o pescoçodas gi raÍ' asdos cl i ;rr, ;Ìl u i ìi s .Q uanc loo ge n ó ti p om é d i o e m u ma p o p u l a çãoal cançaa apti dão máxi nrl t,;r rlistrilrtriçãode genótipos na populaçãose estabiliza. l,lstaÌrilizadaa população, apenaso deslocamentodirecionado cessa;a sclt' ç;io, tluc ó o que mantém a população estável,continua. A curva de aptidão tl;r lrig,rrra4.1 passapor um valor máximo porque um pescoçolongo demais pode st'r rrrtlr clcsvantagem.Complicaçõesao nascimento e a sobrecargaa que o coraçirt) st'rirrsubmetido por bombear sangue a uma grande altura, por exemplo, podctìl t's(abelecerum limite superior para a aptidão. Como a curva de aptidão passap()r rrnr valor máximo, a seleção trabalhará contra os desvios desse valor máximo (;r rurcdiada população) em ambas as direções. O próprio Darwin, e muitos biólogos desde então, reconheceram que o conì portamento exerce um papel central na evolução. A seleçãoocorre porque os indi víduos interagem com seu ambiente. Muito dessainteração é comportamento. Enr nosso exemplo, as girafas têm pescoçoscompridos porque se alimentam. Tartaru gas possuem cascos porque, ao se encapsularem dentro deles, protegem-se. A re produção, chave de todo o processo, não pode ocorrer sem comportamentos tais como cortejar, acasalar-see cuidar da prole. Os indivíduos que se comportam mais eficientemente têm maior aptidão. A aptidão de um genótipo depende de sua capacidade de gerar indivíduos que sc comportam melhor do que outros - indivíduos que comem melhor, que correm mais velozmente, que alimentam melhor a prole, que constroem melhor o ninho, e assim por diante. Na medida em que tais comportamentos são afetados pelo genótipo, a seleção natural pode ter atuado para alterá-los e estabilizá-los. Podrões fixosde oçao , Íixosdeoçõo ReÍlexos e podrões Reflexos Alguns traços comportamentais são tão característicosde uma espéciequanto seus traços anatômicos. Os mais simples deles são chamados reflexos,porque a primeira teoria sobre eles propunha que o efeito somático produzido por um estímulo - um evento ambiental que estimula órgãos sensoriais- refletia-se, pelo sistema nervoso, em uma resposfa- uma ação. Se seu nariz está coçando, você espirra. Se você recebe um sopro no olho, você pisca. Se você está com frio, você treme. A cócega, o sopro e o frio são estímulos; o espirrar, o piscar e o tremer são respostas. Os reflexos são produto da seleção natural. Invariavelmente parecem estar cnvolvidos na manutenção da saúde e na promoção da sobrevivência e da reprodução. Como exemplos, podemos pensar em espirrar,piscar,treme! liberar adrenalina íì-cnte a um perigo, excitar-se sexualmente. Os indivíduos nos quais essesreflexos cnrrn fortes tinham mais probabilidade de sobreviver e de se reproduzir do que os inclivíduosnos quais eles eram fracos ou inexistentes.Na Figura 4.1, se substituirnìos o comprimento do pescoçopela força do reflexo de espirrar, ou pela prontidão f 'rítlrões mais complexos de comportamento também podem fazer parte de rclr çot:s fixas com eventos ambientais e ser característicosda espécie. Quando untir pirrivotachega ao ninho, seus filhotes ciscam um ponto de seu bico e um dos puis tt'sllondedepositandoa comida no chão. Em outras espéciesde pássaros,os fillrolcs abrem ao máximo suas bocas,e o pai (ou mãe) coloca ali a comida. Quarrdo rrrlrafêmea de esgana-gata(um pequenopeixe) com ovas entra no território de utrr tttttcho,este inicia uma série de movimentos ao seu redor, e ela responde aproxitttltlldo-sedo ninho desse macho. Tais reações comportamentais complexas sã<r t'trrrhecidascomo padrõesfíxos de ação - o ciscar dos filhotes, o pássaro genitor. tt'l.iurgitar a comida e a "dança" de acasalamentodo esgana-gatamacho são exerl plos. Os eventosambientaisque disparam essespadrõessão conhecidoscomo e.strItrtr/os-sinal ou liberadores- a chegada do pássaropai, as batidas no bico, a bocir lrcrn aberta, a barriga cheia de ovos da fêmea de esgana-gata.Tal como os reflexos, t'ssasreaçõescomportamentaispodem ser vistas como importantespara a aptidã<r {', por essaÍazão, como produtos de uma história de seleçãonatural. Vale a mesn-riÌ ittlálise dos reflexos: os indivíduos cujos padrões fixos de ação são ou muito fracos orr muito fortes possuem genótiposmenos aptos. Embora os estímulos liberadores e os padrões fixos de ação possam parecer tttais complexos do que os estímulos e as respostasque constituem os reflexos, nãcr Itii nenhuma linha divisória clara que separe essestipos de reação. Ambos podenr scr considerados relações entÍe um evento ambiental (estímulo) e uma ação (resposta)' Ambos podem ser consideradoscaracterísticosde uma espéciepor serenì ll'itços extremamente constantes, tão constantes quanto o pescoço da girafa ou lrs ttl;tnchasdo leopardo. Por serem de tal forma constantes,são consideradosincor.porados, resultantes do genótipo, e não aprendidos. Reflexos e padrões fixos de ação são reações que aumentam a aptidão por. ('stíìremimediatamente disponíveisno momento necessário. Quando passaa soÌrì lrt'ilde um falcão em vôo, o filhote de codorna se encolhecomo se estivesseparalis;ldo.Se essareação dependessede experiência,poucosfilhotes de codornaìo[rc vivcriam para se reproduzir. Essepadrão pode ser refinado - filhotes de gaivotrr, rlc;lois de algum tempo, tocam com mais precisãoo bico do pai, e o chamacl<lrlt, Itlltrmepeculiar de um jovem macacoyervet.transforma-seeventualmenteern rlilì' 'N. de T Cercopíthecusaethiops. lft n williom M,Boum conformeo predadorseja,digamos,uma águia,um leopardoott renteschanrados umn cobra- mas sua alta confiabilidadeinicial deriva de uma históriade selcçiìo quetaispadrõesfossemaptttt Genótiposqueexigissem mesmaconfiabilidade. clessa que já trouxesselttrt genótipos que do aptos menos didos a partir de zero seriam incorporada. forma básica Da mesmaforma que o comprimentodo pescoçoou a coloraçãoda pelc, o:, no decorrerde um longo esp;t reflexose padrõesfixos de açãoforam selecionados permaneceu o suficientepara mant('l rt estável que ambiente o em tempo, cle ço o comportamentoadequado.Os reflexo:, vantagemdos indiúduos que possuíssem pelo ambientepasstttkr e padrõesfixosde açãoquevemoshoje foram selecionados que continuarito;t garante passado, nada limboratenhamaumentadoa aptidãono a seleçãonão t('l;ï repentinamente, aumentá-lano futuro; se o ambientemudar já incorporados. padrões comportamento de possibilidadede alterar os Dentretodasas cs Teriamos sereshumanosessespadrõesnão-aprendidos? Seriaum elïo, lì(l pécies,a nossapareceser a que maisdependeda aprendizagem. 'lì' entanto, imaginar que o comportamentohumano é inteiramenteaprendido. mos muitos reflexos: tosse e espirro, sobressalto,o piscar,a dilataçãopupilllt, salivação,secreçãoglandular,e assimpor diante. E quanto aos padrõesfixos tlt' em sereshumanosporquesão brrs ação?Essessãodifíceisde seremreconhecidos tante modificadospor aprendizagemposterior.Alguns podem ser reconhecidor' porque ocorrem universalmente.Um padrão fixo de açãoé o sorriso- até pessoitr cegasde nascençasorriem.Um outro é o rápido movimentode sobrancelhat;trr' ocorrequandocumprimentamosuma pessoa:quandoa saudaçãoé sincera,as str brancelhaserguem-sepor uma fração de segundo.Normalmente, nenhuma clits duas pessoasque se saúdamtem consciênciadessaresposta,mas ela produz Iut pessoacumprimentadaa sensaçãode ser acolhida (Eibl-Eibesfeldt,1975). Nii(t deveria soar como surpresaque sereshumanospossuampadrõesfixos de ação, emborasejammodificadosou eliminadosatravésde treino cultural. Na verdack', dificilmente poderíamosaprendertodos os padrõescomplexosque aprendemos sem uma elaboradabasede tendênciaspreviamenteincorporadas. e Condícíonan ento rcspondent Um tipo simplesde aprendizagemque ocorre com os reflexose os padrõesfixos dc É chamadode condicionament(l ação ê o ,oidíríonomento closiícoou respondenre. refluo condicíonalpara descrevet o termo porque seu descobridor,I. P Pavlov,usou que reflexo, condicional i\ um novo ele considerou o resultado da aprendizagem; experiência,tinha sido aprendido.Pavlovestudouuma sériede reflexos,mas stlíl ao alimento.Descobriuque,çIuÍllì pesquisamaisconhecidacentrou-seem respostas do um estímulo,tal como um som ou uma luz, precedecom regularidadeo ato (le dar comida,o comportamentona presençadesseestímulosealtera.Depoisde untit sériede pareamentostom-alimento,um cão começaa salivar e a secretarsucoli digestivosno estômagoapenasna presençado tom. Se Felipe começaa salivitt quandovê o peru assado,é evidenteque ele não nasceucom essareação;ele salivtt porque,no passado,tais eventosprecederamo comer.SeFelipetivessesido criatkr Comprccndcr o bchoviorismo 79 uma famíliahinduístaortodoxana India,vegetarianodesdeo nascimento, é provávelque a visãodo peru assadoo fizessesalivar.Se,tendo sido criado Brasil,fossevisitar a casade um indiano,possivelmente não salivassefrente a mas das iguariaslá servidas. O mesmo condicionamentoque governareaçõesreflexassimplestambém na os padrõesfixos de ação.Pesquisadores que seseguirama Pavlovdescobrique, em qualquer situaçãona qual comer tenha ocorrido freqüentementeno todos os comportamentosrelacionadosà comida,não apenasa salivação, e mais prováveis.Cãeslatem e abanama cauda,comportamentosque ham a alimentaçãogrupal em cachorrosselvagens.Assimque o momento seremalimentadosse aproxima,pombostendema bicar qualquercoisa- uma o4hão, o ar, outïo pombo - até que haja comida para bicar. Os analistasde comportamentodebatem a melhor forma de faiar sobre tais A forma mais antiga, derivadada idéia de Pavlovsobrereflexoscondiis, fala em respostaseliciadaspor estímulos,sugerindouma relaçãocausalde para um. Essaforma pode servir para reaçõesreflexascomo â salivação,mas pesquisadoresconsideram-nainadequadaquando aplicadaaosvários comentosque setomam prováveisquandoda alimentação.Parafalar sobretodo Conjunto de comportamentosrelacionadosà comida, foi introduzido o termo (Segal,7972). Repetidasapresentações de rom seguidospor alimento induna presença do tom, comportamentos relacionados à alimentação. para um isso significa que salivar, latir e abanar a cauda tornam-se todos prováveis o tom estápresente. O que é verdadeiro em relação à comida é verdadeiro em relação a outros :os filogeneticamenteimportantes. Situaçõesque precedemo acasalamento excitação sexual, todo um conjunto de reflexos e padrões fixos de ação variam imensamentede uma espéciepara outra. Paraos sereshumanos,acarïehudanças no batimentocardíaco,na pressãosanguíneae na secreçãoglandular. Situaçõesque precedemperigo induzem uma sériede comportamentosagïese defensivos.Um rato ataca outro rato quando recebe choque elétrico na deste.De forma semelhante,pessoasque estãosofrendodor se tornam agressivas,e qualquersituaçãoem que tenham, no passado,senti; induz comportamentoagressivo.Quantosmédicos,dentistase enfermeiros de lutar com a resistênciade pacientesantesmesmoque qualquerdor lhes sido infligida! Taissituaçõesinduzem um grandenúmero de reaçõesreflexas fixos de açãoque variam de uma espéciepara outra.Algunsdessescom:os têm mais a ver com fuga do que com agressão.Em situaçõesque perigo, é bem provável que as criaturas saiamcorrendo.As vezes,quant situaçãoenvolve dor que, no p.assado,tenha sido inevitáveÌ, os sinais de induzem passividadeextrema. E o fenômeno conhecido como desamparo à depressãoclínica em seres , às vezescomparadoespeculativamente o debatesobreo que tudo issosignificae sobrea melhor forma de falar sobre Itsunto continua,mas não precisanos deter aqui. Paranossospropósitos,é notar que a história de seleçãonatural pode te5 pelo menos,dois tipos . Primeiro, pode assegurarque eventosimportantes para a aptidão, I 80 Wr llr r M r r rlìr r r ur r r i ttv:tt.i ;tvt' l l ttt' tr r r n t p trl tt' i t.os t' x tt;rl()u u rÌì p tt' tl l ttl otpt' otl ttzi tttt l,l :, ( ()n t ( ) ; r lir r r t , r r lo, ( ( ) t ì ì l) ( ) r ' t ; ÌrÌÌ(' rìtitttrtto ìi s , r-c Íl c x o s i n tp l c s(ìtl al ìtoI)i ì(l l ' i xìs Í' i x< ts cl c l rç:i o. t(.t(.i l (.( ) ( . : ; col ìcl i ci ol l i ìl Ìl Ltl ìl () ao i i r.i i rrrr r lo,pot lt ' r r s s c g u rÌr a s L l s c e p ti b i l i c l a d de a e speci c pertl íìssi l frente a Ll m v i n d o a o mu n d o s a l i vando rr,:,1 ronr lt ' ntI t ' li1> c1> o d n e ã o te r rL r, rrr;rst . lt . v c t r r sr ,ilr , co n s trL tíd d o e ta l fo rma q u e p ode aprenderestareaçãoS eÍÌ)l cr i;rrlo ('rìì rìossacultllra. Se os indivíduos que conseguiram aprender a reagir ;r r,;iriossirr:risltossíveisse mostraram mais aptos, então os indivíduos dos dias clt' lrojt' posstriliroum genótipo que serátípico da espéciee que terá resultadode unt:r lristori;rclc seleçãonatural que permite essetipo de aprendizagem.Em certo senti tkr, t'sscgenótipo faz a individualidade,porque quais os precisossinaisque induzi r;io o con.rportamentodependeráda história particular do próprio indivíduo quart to rrossinaisespecíficosque precederameventosespecíficosfilogeneticamenteinì t x lr t ; ì nt C S . IÌsseseventos que estamos chamando de fiIogeneticamenteimportcnfes costu rììiìnlser importantes (no sentido de induzir reaçõescomportamentais)para todos os rncmbrosda espécie.Essauniformidade sugereuma história evolutiva em que, nl população, os indivíduos para os quais esseseventos foram importantes (n<r ricurido presente) foram mais aptos. Os genótipos que constituíram indivíduos pariì os cluais comida e sexo não induziram comportamentos apropriados (não forant irnportantes)não estão mais conosco. E preciso fazer uma distinção entre o que era importante há muito tempo, (lurante a filogênese,e o que consideramosimportante em nossasociedadeatuaì. A história evolutiva que tornou filogeneticamente importantes o alimento, o sexo e outros eventos estendeu-sepor milhões de anos. As circunstâncias ambientais que ligaram esseseventos à aptidão há um milhão de anos poderiam estar ausentes lroje, porque a cultura humana pode mudar enormementeem apenasalguns séculos, tempo em que jamais seria possívelocorrer uma mudança evolutiva significativa em nossaespécie.Por exemplo, se uma nova geraçãose inicia a cada 20 anos, 300 anos representam apenas 15 gerações, o que é inquestionavelmente muito pouco para uma mudança substancial nos genótipos. E possível que todas as mudanças que ocorreram como resultado da Revolução Industrial - o crescimento de cidades e fábricas, carros e aviões, armas atômicas, a família nuclear - não tenham tido efeito algum sobre as tendências comportamentais mantidas por nossos genótipos. Portanto, nossa história evolutiva pode nos ter dado uma preparação inadequadapara os desafiosde hoje. Quando o médico se aproxima para lhe aplicar uma injeção, sua tendência pode ser ficar tenso, preparar-se para o perigo, ficar clesobreavisopara a fuga ou agressão,enquanto a resposta adequada seria relaxar. Agora que temos armas nucleares nas mãos, quão mais importante se torna refÍear tendências agressivasque evoluíram ao tempo em que um bastão era uma arma poderosa! ReÍorçodores e punidoÍes lÌrr c1r-re nos submetemospacientementea injeções?Os analistasde comportamento c.xplicamnossa tendência à submissãoe não à resistênciapelas conseqüências l Cor r r pr t : crorbclr r lcr r r vior isr8l rro tl t' :,:,;t:; l tçot' s.A tt'sist t ir t t 'i;pot t lt 't i; rt 'vil; t t ; r lgt t t t urt lot 'a cr . u't ol) t iì : / . (r)t,t : r s; rst r jt . içr r o ,t pi t;ttl ;ttl ;t ;ttttl l ut t 'st r i ligir r lir: r consct lir ôncias r t r aisint lt or t ant csir Ì ongo l) r 'it z( ) , l ;ti :;tol tto s;tti cl t:c r c1>r oclução. As conseqiiências t endem a m oclelaro cor Ì ì l) or t : ì , tll('lìl(),tt isso scrve cle barsepara um segundotipo de aprendizagem,o condiciorranÌ('lÍo ou uprutdizagetnoperante. lrventos filogeneticamenteimportantes, quando são conseqüênciasde coml)ortiìmento, são chamados de reforçadorese punídores. os eventos que, durante a íilogênese,aumentaram a aptidão por estarempresentessão chamadosreforçadores, lx)rque tendem a fortalecer o comportamento que os produz. Como exemplos tetttos alimento, abrigo e sexo. Se alimento e abrigo puderem ser obtidos através de trabalho, então eu trabalho. Se chego ao sexo através de rituais específicos de nrinha'cultura - o namoro - então eu namoro. os eventos que aumentaram a apti<lão durante a filogênese por estarem ausentes são chamados punidores, porque tcndem a suprimir (punir) o comportamento que os produz. como exemptosìernos a dor, o frio e a doença. se eu faço um agrado em um cão e ele me morãe, será lììenos provável que eu o acaricie novamente. Se comer amendoim me faz Dassar nral, será menos provável que eu coma amendoim. Essasmudanças no comportal.nentopor causa de suas conseqüênciassão exemplos de aprendizagem operante. Aprendizagem operunÌe Enquanto o condicionamento respondente ocorre como resultado da relação entre dois estímuÌos - um evento filogeneticamente importante e um sinal - a aprendizagem operante ocorre como resultado de uma relação entre um estímulo e uma atividade - um evento filogeneticamente importante e um comporramenro que afeta sua ocorrência. colocado em sentido ampÌo, há dois tipos ãe relação enìre comportamento e conseqüência:positiva e negativa. Se você caça ou trabalha para comel essecomportamento tende a produzir alimento ou a torná-lo mais provável. Trata-se aqui de uma relação positiva entre conseqüência (alimento) e atividade (caçarou trabaÌhar). Se Lourdinha é alérgicaa amendoim, ela verifica os ingredientes de alimentos industrializados antes de comprá-Ìos, para se certificar de que não há amendoim ou óleo de amendoim em sua composição, e não passar mal. Trata-se agora de uma relação negativa; a atividade (verificar os ingredientes) evita a conseqüência (doença) ou a torna menos provável. Com dois tipos de relação atividade-conseqüência(positiva e negativa) e dois tipos de conseqüência (reforçadores e punidores), temos quatro tipos de relação que podem dar origem à aprendizagemoperante (Figura 4.2). Adépendênciaêntre trabalho e aÌimento é um exemplo de reforço positivo: reforço poiqr" a relação tende a fortalecer ou a manter a atividade (trabalhar), e posítivoporque a ativiâade torna provável o reforçador (alimento). A reÌação entre escóvaios dentes e desenvoÌver cáries é um exemplo de reforço negativo: reforço porque a relação tende a manter a escovaçãodos dentes (a atividade), e negativo porque escovar torna,a cárie (o punidor) menos provável. A relação entre caminhar sobre placas de gelo e cair é um exemplo de punição positiva: puntçãoporque a relação tôrna o caminhar sobre o gelo (a atividade) menos provável, e posítivaporque a atividade 82 Wrllr rM r nrlÌ r r r r r r r (,' 111;111,1' 11,1,,,,, l ,,,l r,r.r,,rr l r,, Co n se q üônci o RcÍo r ço d o r 'ü c .(, :) V t'l :', (':i ('t'stl tti rr;r P uni dor Posilivo Reforço PosiÍivo Puniçóo Positivo N e g o i i vo Puniç õo Negotivo Reforço Negotivo cr q, -o ,Y o (ì J Yo :,o clq É.< Fi g u ro4. 2 Q uolr ot ipo sd e re l o ç o oq u e d o o o ri g e mò o prendi zogem operonte. t()rniì o punidor (queda) mais provável. A relação entre fazer barulho durante uma ( iìçiÌdae pegar a presa é um exemplo de punição negativa:punição porque a relaçiio tende a suprimir comportamentosruidosos,e negativaporque fazer barulho (a rrtivrdade)torna o pegar a presa (um reforçador) menos provávei. Os eventos filogeneticamente importantes não são os únicos reforçadores e punidores.Os estímulosque sinalizameventosfilogeneticamenteimportantes,que integram o condicionamentorespondente,também funcionam como reforçadores r: pr-rnidores. Um cão treinado a pressionaruma barra para produzir alimento tambcm pressionaráessabarra para produzir um som que seja seguido por comida. lìrìcÌuantocontinuaÍ a sinalizar comida - a relaçãodo condicionamentorespondenteo tom servirá para reforçar o comportamento de pressionar a barra do cão. Isso cxplica porque as pessoastrabalham por dinheiro como trabalhariam pelo próprio alimento; como no condicionamentorespondente,o dinheiro é pareado com alimento e outros bens. Quando um reforçador ou um punidor é o resultado de um condicionamento respondente dessetipo, ele é chamado de adquirido ou condícioncl. Os eventos filogeneticamente importantes que se relacionam diretamente com rì aptidão são chamados de reforçadores e punidores tncondicíonais.O dinheiro e um som que sinaliza comida são reforçadorescondicionais.Eventosdolorosos na sala do médico podem transformar a própria sala em um punidor condicional. Na sociedadehumana, os eventos que se tornam reforçadorese punidores condicionais são numerosos e variados. Eles diferem de cultura para cultura, de pessoapara pessoa,e de tempos em tempos ao longo da vida de um indivíduo. Eu, rluando estava na primeira série, lutava por medalhas de ouro; hoje, incentivo meu í'ilho a batalhar por adesivos que mostram uma carinha sorridente." Nos Estados Unidos, quando estamos doentes, marcamos consultas com médicos; em outras culturas, as pessoasmarcam consultascom mágicose curandeiros.Lourdinha, que tl alérgica a amendoim, acha o cheiro e o aspecto do creme de amendoim detestá- 'N. rlc'1. Happy-facesrickerssão dados a criançasna escoÌa,no dentista ou em outras situaçirt's e n'rcltre se deseja reforçar um certo comportamento. \'ri l s('rÌìl )r(' ì tl t' l t' . l ' .tr, (l tt(' (()l Ìì() rttt' tc t' ;tIi :r ttt' rttc l )i i l i ì c orììl )ri i -l o. 8t tl t: i ìl ìtt' tttl ortrr tl r,rrr.rrrr.rrtr.rr,,,rl rrr,,,,, Mc tr prol l l t' rrr;r (, (.{ )nr l )i l ìrr.rr,r,, \,.rrl , r,1r.. , tl a l :rcl . r ; r r : r r r cl<t vclll niì salat daclo r est aur ant c. o Í' l rt<cl l c l tr ll cst í Ì Ì - Ì Lllo se t or nar ou se m ant er r ef or çaclgr( ) r rl) lr 1r ( r , rr , r ì r r l r' t,tt;tl vai cl ependerde sinaÌ izarum r ef or çadorou Llm plnidor ir . r c<lr r ti.lit r r ; r l. ( r rl rrrl rtl i t-o se mantém com o r ef or çadorenquant osinalizaã obt ençãoclc iì lir ì ì ( . nr ((), rh' otttros reforçadoresincondicionais.Nòs primórdios da existência dos lìsf;ril.s llrriclos,o governo Ìançou uma moeda chamãda de,,continental",que acabou pcr_ rk'rrclo valor porque não tinha muito lastro em ouro - isto é, não havia muita -o |ossibilid-adede resgataro papel por valoresreais.As pessoasse recusavama recelr.r o título como pagamento, e ele parou de funcionai como reforçador. Meu ami1ioMerk, que é pára-quedista, ficou aterrorizado na primeira vez em que saltou de rrrr.avião,e hesitou por muito tempo antes de pulai novamente.Entretanto, após rnuitossaltossem nenhum acidente,ele salta, agora, sem hesitação; o salto deixou r.lcser um punidor. para mim, que nunca saltel de'um avião, só resta admirar a lìrrça dos reforçadorescondicionaisque mantêm essecomporiu-.nto. Esse úÌtimo exemplo ilustra um ponro importante á ser lembrado quando li,isluti.mosreforço e punição: o comportam"nto, .o,n freqüência, tem consèqüênt'rasmistas. Frasesdo tipo "Tem que ser com sofrimento!" e ,,Graças a Deus nã;e e sexta-feira" revelam essa característica de nossasvidas. A vida é cheia de opioes r:ntre alternativas que oferecem diferentes combinaçõesde reforço punição. e coml)arecrr ao trabalho propicia ranto recebe. u re-u.rêração (refoiço positivo) quan_ to sofrer aporrinhações_(puniçãopositiva), enquanto ialtai sob pr","*to de estar cloentepode acarretar alguma perda monetária (punição negadv;), evitar as apor_ rinhações (reforço negarivo), propiciar alguns reiiaaos lrefo"rçoposirivo) e levar a aÌgum tipo de reprovação no local de tãbaÌho (punição positìva;. eual desses conjuntos de relações prevaÌecerá depende da forçâ de óada uma delas, o que, por sua vez, depende tanto das circunstânciaspresentesquanro da história p"iroáia" reforço e punição. Fotores híológkos Reforço e punição precisam ser compreendidos à Ìuz das circunstâncias em que nossa espécie evoluiu. Como a sensibilidade ao reforço e à punição aument; a aptidão apenas em aÌgumas circunstâncias, e como aÌgúmas dLssassensibilidades aumentam mais a aptidão do que outras, a filogênesè nos deixou uma fisiologia "os que, de várias formas, tanto ajuda como obstrui iação do reforço e da punição. analistas de comportamento consideram três tipos de influêncià fisiológica. Primeiro, nenhum. reforçador funciona còmo reforçador o te-pó todo. Se você acaba de comer três fatias de tofta de maçã e seu cortês anfitriáo ainda lhe oferece mais uma, você, agora, provavelmente vai recusar.por mais poderoso que seja o reforçado6 ainda e possível a saturação. se você passou um cerro rempo sem o reforçador, é prováveì que ele se mostró poderoso; ìsso é privcçõo. se recentemente você recebeu muito dessereforçado4 é provávei que elË se mostre fraco; isso é sacíação.É até possível que um refoiçado, sã trunsfor-. punidor, como bem "- 84 Wrllr r M r r rlk r r r r l (()l ìì ;ì l ()l t;t(l (' ,,,rl rr.1t or r lo: ,r 11r . r 1rtrl i ;r(o rìì(' ti ìtìÌrl c n t;ti s S . t:v o c ô .j ricstl i s;ìti sÍi ' i t() ì l s c ri l c l c rn l ti ss,c riaLl nlpl ttri cl ot. A tortttt' i tIttt' tl tr' t ìì;r()r,l triÍìrti n r,r(.,rtt,. r t l, . r ' ot Ì Ì t ,ut i t l tcl tt' t';i i i rr.r r',rlt,l n ; i1ir r ;Ír: r z ir rt rs o rl c l sc í' c i to sp L l n i ti v o sd e fo rçar o i ncl i vícl tro a sc l ()rl .ì .rl r:rntl t . r ; r r ;tr; r 1l; ric t la c l cl.Ì p ro v á v e lq u e e s s ate n d ê n ci ados reforçacìores ( ' s ( ' ( ' r ì Í ì ' lt ( lu c c e re m, e me s m o a s e to rn a r em puni dores, teÌ1hi ìevtl l tti rl ,, l r,r'r,rr. t Ì ì l x)r(l l l ( ' osir r t liv í c lucql su e a p o s s u ía mc o n s e g u i ra mmel horesíndi cesde sobrevi r' ,' rr t i ;r t' tk ' r ' t ' llr r r c luç ão do q u e o s q u e n ã o a p o s s u ía m. St'gtrrrckl,é possívelque venhamos ao mundo fisiologicamenteprepar:rtl,' plrr;rtlt'tt:rrninadostipos de condicionamentorespondente.Alguns reforçadolt':;,' grrrrritlorcs condicionaisparecem ser mais facilmente adquiridos do que outros. Al m uit a e x p e ri ê n c i a , o u tro s e x i g e m mui to pouca. Mesmo aì3rrrr" cx igem liuns r t,Íìrr'çaclores e punidores aparentementeincondicionaisparecem depender uÌrÌ potlr . rl;r cxpcriência.Quando criança eu odiava cogumelos,mas hoje coloco-oscrLls('rrl rrrirrllrsalada.Da mesma forma, o poderreforçador do sexo parece crescercotìr 'l Por outro lado, alguns reforçadorese punidores, aparentementec()ll r,x1lr:riôncia. rlicionais,são facilmente adquiridos,tão facilmenteque mal parecem condiciott;rr:. I)lnr criançase alguns adultos, o doce é um reforçador poderoso. Nossosall((" rr':ris,que comiam muita fruta, beneficiavam-seda predileção por comida çls 5;11r.r Irclocicado,porque a fruta madura (doce) é mais nutritiva do que a fruta vet.tl,' Conseqüentemente,a maioria dos sereshumanos vêm ao mundo preparada l);ìr,l clesenvolvero gosto pelo sabor doce - infelizmente, para alguns de nós, agora (lrrl a rápida mudança cultural tornou muito fácil o acessoa doces. Um outro exemplo dessaaprendizagempreparadaé o medo de cobras.Mrrr tas crianças manusearão cobras com facilidade e sem demonstrar medo, mas nl():. tram uma sensibilidade especial para qualquer sugestãode que cobras devam s, r temidas.A mesma criança que uma semanaatrás manuseou uma cobra pode ho1,' gritar e se esconderao ver a mesma cobra. Para nossosancestrais,as cobras erirrl provavelmente um perigo real, e a seleçãoteria favorecido os indivíduos predispr,:, tos a se amedrontar. Com efeito, experimentos com macacos demonstram que t'lr"' têm o mesmo padrão de neutralidade inicial, seguidade urna aquisiçãoextrerììiì mente facilitada de medo de cobra (Mineka et al., 1984). Os sereshumanos parecem ser especialmentesensíveis,também, a sinais rl. aprovaçãoe desaprovaçãode outros. Alguns dessessinais,como o sorriso € o ft :rrr zir de sobrancelhas, são universais; outros variam de uma cultura para outrtì. A aprovaçãoe a desaprovaçãopodem ser expressaspor sons, Sestose mesmo poslrl ras corporais excessivamente sutis para um forasteiro, mas evidentes para totlo que cresceram naquela cultura. Em uma espéciesocial como a nossa, a aptidão rl, cada indivíduo dependedas boas relaçõescom os outros membros da comunidirtl,' Iì provável que nossa história de seleção tenha favorecido tanto a sensibilidatlr"r "dicas" incondicionaiscomo o sorriso e a carrancaquanto à capacidadede alllt'rr cler quaisquer "dicas" condicionais com especial facilidade. Em vez de tentar separarreforçadorese punidoresem duas categorias,corì(lr cionais e incondicionais,talvez seja mais sensatofalar em um contínuo de critttlr t'ionalidade,de altamente condicionala minimamente cond icional. Docese colrt,r" ltrlvcz sejam minimamente condicionais,enquanto dinheiro e fracassoem exiìtìì(", st.r.iantmais condicionais.Sorrisose carrancastalvez seiamrninimamente conclitt,, r Cor r r pr ccrollchovior r r lcr isr r85 ro l l {l l :,, ('l l (l l l i l l ìl () () Itt(' l ì()s l )t(' z () (' () t' tttor-;r.j l ttttt' rrto s ttti s s c l ' i l utt;tl tttrttc tttr.t.orrtl i t.i o tti ti :;. (.)ttl tl t;tr('t (l tt(' s t' i ;t o ;l ortto c l c v i s ta ac l otl rc l o, doi s pontc l s l )arc c c l ìì c l l rros : ( I) Iti ì ttttt;t Í;ti xrr t' xt t 'clì ì iì lì Ì cnt cam pla de event os que podem ser r eÍ 'or çaclor cs c ;rtttti tl ott' s;(2) cr n últ im a análise,t odos os r ef or çador ese punidor es, dir et 3 ct r - r Irrrl trt' l ;rnrcr.rtc, der ivam seu poder de seusef eit ossobr ea apt idão- ou seja,de um a Irl ,,tr' rricl;rc evol uçãopor seleçãonat ur aÌ . A tcrceira influência fisioÌógica é a preparação do caminho para certos tipos rlr' ;rPrcndizagemoperante.A estrutura de meu corpo faz .om què ce.tus ap.".rditirtÌ('rìssejam improváveis. Por mais que eu abra minhas asas,parece que nunca írl)r('rì(loa voar. Por outro lado, é extremamenteprovável que uma águia abra as Ír,;ri (' iìprenda a voar. É evidente que ela aprende, em putt", porqre tem asas,mas tirrrrbórnporque está predispostaa usá-las.Nossaespécietambém é predispostaa ',t't'olttportarde determinadasmaneirase a aprender certashabilidades.As crianr;;tsvôm ao mundo com uma especialsusceptibilidadepara os sonsde fala, e comer;;rrrra balbuciar com pouca idade. Virtualmente todas as crianças, sem instrução rr;1rt'cial, acabam falando a língua que ouvem ao seu redor por volta dos 2 anos. o l;rl;rr.eaprendido por causa de suas conseqüências,pelos efeitos que têm sobre pessoas,que fornecem reforço e punição. As crianças aprendem a pedir .r)ulfiÌs 'lr,l;rchas porque é assim que conseguemque alguém lhes áê bolachas.Mas essa rt|K'ndizagem é altamente preparada. Para um ser humano, falar é tão crucial para ll ill)tidão que os genes que favorecem o aprendizado da fala haveriam de sôfrer sttbstancial seleção. conseqüentemente, a fisiologia de nossos corpos torna esse r;lrcndizado uma certeza potencial. Como resultado de nossa fisioÌogia, aÌgumas habilidades serão aprendidas cotn grande facilidade, enquanto outras, mesmo que sejam muito imporranres para ttossavida atual, serão mais difíceis de aprender. Compare a aprendizagem dafala (ï)m a aprendizagem da leitura e escrita. A primeira não requer instrução; as outras tlcmandam escolas e professores.Aprender cálculo pode ser útil, mas ainda é um dcsafio para a maioria das pessoas,enquanto dirigir um carro, ao que parece, Quar: (luer um pode aprender. o tipo de coordenação de olhos, mãos e pés necesJário para dirigi5 também importante para caçar a presa e para espa.ttafp."dadores, é íìrc.ilmenteadquirido por nós, enquanto o pensar abstiato exige maii esforço. por nriÌhõesde anos o homem caçou e foi caçado, enquanto o cálcúlo foi inventado há rnenosde 400 anos. Isso significa que há diferenças na facilidade com que se adquirem diferentes habilidades, e que a aprendizagem operante pode funci,cnar melhor com algumas habilidades (falar e dirigir) do que com outras (Ìer e fazer cáìculo). Revisõo dqsinÍluêncios ÍilogenéÌicos De cinco maneiras a história de seÌeçãonatural afeta o comportamenro. 1. Fornece padrões constantes de comportamento - reflexos e padrões fixos de ação - que servem à sobrevivência e reprodução. 2. Pode favorecer genótipos responsáveispela capacidade de condicionamento respondente, em que inúmeros estímulos neutros podem se tor- FF 8ó Wr llr r M r r nllr un Conr llr ccr r dcr ollclr ovior 87isr r r o ()(Í)ttt' r.(l i l rt' l ;ttl ort' :,) niu l) r ( ) nÌ ( ' s s i o ìsu ;ìtìì(' i ìç i rsrl t' s i trt;tç t)('ls) t(' sl (' si r clcc ttpt' t:ttcl t';ttr t' crìl )i ìci cl i rcl i rç i i < i Sc . c s s a Í' i x o s c l c t lr r t 't ' x i1it ' r rr l )i ìc l fõ c s íìs i o l ó g i conecessei riéo sel eci rttracl o. t Ì t ( ' t ì t iÌ: Ì iì l) t i c l ã oo, e (ìu i p a n -Ìe u to s el a capaci dadede condi ci orr;r :Ì . lÌ r c lc Í ' lr v or e c egr e n ó ti p o sre s p o n s á v e i p Ìììcr1tooperante, em que as conseqúências(reforçadorese puniclor('s) nìoclclam o comportamento do qual dependem. Se a aprendizaSicrrr opcrante aumentassea aptidão durante a filogênese,a seleçãonatllr;ri teria providenciado o equipamento fisiológico necessáriopara eSSetipl de flexibilidade. Os padrões fixos de ação, que servem de base pariì ( ) condicionamentorespondente(estímulose respostasincondicionais,clt' acordo com Pavlov), servem também de base para a aprendizagerrr operante, como reforçadores e punidores incondicionais. Os sinais otr estímuloscondicionaisdo condicionamentorespondentefu ncionam comtr reforçadores e punidores condicionais na aprendizagem oPerante. 4. Forneceu mecanismos fisiológicos de privação e saciação, pelos quais aumenta ou diminui o poder de afetar o comportamento que têm os reforçadores e punidores. 5. Seleciona tendências que favorecem o condicionamento de certos sinais no condicionamento respondente e que fortalecem certas atividades ncr condicionamento operante. Se tais sinais e atividades são especialmente importantes para a aptidão, embora alguma flexibilidade também o seja, então são selecionadosmecanismos fisiológicos que tornam essa aprendizagem particularmente fácil. (.x((.1() (l u(,;ÌtÌot: llit r ì l( )Ì ut ì r r r t r it ocur t o ( Fuì r ì t ouÌ Ì ì l) cscoçor r r t r it olor r go I ) ( : sc( ) ço l l sttl l l tti ;tl tt (ìtìì t t r ì ì st t ccssor c1>r odr - r t ivo abaixo da m edia, por que I vur . ilçiior r , , t' otl tP t.i trl cl tto cl o llescoçoat it Ì ge o pont o de apt idão m áxim a ( linha t r acejiicll11 liilitrrir4'1). Nessaaìtura, as conseqüênciasdiferenciaisdo comprimento dó pescgç() ;ìl rtl Ìnlpara est abilizara população. o princípio básico da filogênese é que, dentre uma população de indivíduos rilrt' variam em genótipo, os tipos que têm maior sucessotendem a se tornar mais Ír.t;iientes ou a permanecer como tal. um princípio análogo é vátido para a rrrrt<rgênese atravésde reforço e punição; é conhecidôcomo aíeido efeito.' A leidoeíeito os comportamentos bem e malsucedidos se definem por seus efeitos. Em termos r'otidianos,comportamentos bem-sucedidosproduzem bons efeitos e comportallÌcntos malsucedidos produzem efeitos não tão bons ou efeitos ruins. Em apiendiz.iìgemoperante, sucessoe fracasso correspondem a reforço e punição. umã ativi.tlrtdebem-sucedidaé aquela que é reforçada;uma atividaãe mãlsucedidaé aquela r;ue é menos reforçada ou punida. A lei do efeito é o princípio subjacente à aprendizagem operante. Ela estabeIt:ceque, quanto mais uma atiüdade é reforçadá, mais elã tende a ocorrer e, quanIo mais uma atividade é punida, menos ela tende a ocorrer. Os resuÌtados da tãi do cfeito são freqüentemente tratados como modelagem, poïque os comportamentos mais bem-sucedidos aumentam e os menos bem-sucediãosãi-inrrem, à semelhan_ ça.do escuÌtor que molda 3 m?ssade argila, puxando aqui, pressionando lá, até que o barro adquira a forma desejada. euando você estavfapiendendo a esc.eue4àté nìesmo as aproximações mais remotas de letras como o e c eram acompanhadas por grandes elogios. AJgumas dessastentativas eram melhores do que ouftas, e as melhores eram em geral seguidaspor elogios mais entusiásticos.um desempenho realmente fraco pode ter gerado até mesmo desaprovação. Gradualmente, suas letras adquiriram uma forma melhor. (os critérios iambém mudaram; formás que eram elogiadas em um estágio inicial passaram a merecer desaprovação u* estágio posterior.) "- HtsTóRn DEREFORço O termo "história de reforço", em análise comportamental, é na verdade uma forma abreüada de "história de reforço e punição", a história de aprendizagemoperante de um indivíduo desde o nascimento. Nesta seção, veremos que se trata de uma história de seleção por conseqüênciasanáloga à filogênese. O reforço e a punição modelam o comportamento à medida que ele evolui durante a vida de um indivíduo (durante a ontogênesedo comportamento) da mesma maneira que o sucesso reprodutivo modela as característicasde uma espéciedurante a filogênese. Illodelogene seleçoo núwsl pelosconseqüêncios Seleçao os analistascomportamentais pensam que a modelagem do comportamento funciona exatamente da mesma forma que a evolução das espécies.Àssim como as diferenças no sucessoreprodutivo (aptidão) modelam a composição de uma população de genótipos, reforço e punição modelam a composiçãã do comporramènio de um indivíduo. Para cìarificar a analogia, pense no cónjunto de todos os comporramentos de um determinado tipo - digamos, dirigir o carro para o trabalho qu" "uma pessoa se empenhe por um tempo - digamos, um mês - como semelhantè à população de girafas. Dirigir o carro parao trabaÌho é uma espécie de comporta- pescoços maiscurtostide girafaquepossuíam Na Figura4.1, certosancestrais nham tendência a deixar, em média, menos sobreviventesdo que aqueles que possuíam pescoçosmais compridos. A menor e maior aptidão (sucessosreprodutivos) crilm conseqüênciasdos pescoçosmais curtos e mais longos. Enquanto essasconserliiências diferenciais existiram (curvas I e 2 da Figura 4.I), o comprimento médio tlo pescoçona população continuava a crescer.Quando o processoatingiu seu limitr' (cnrva 3), ainda havia conseqüênciasdiferenciais do comprimento do pescoço, t",,,tt 88 Wrl lr r M r r rlk r rrrrrr ri l ('i l 1 {)t,l; r r r r t ' : ; r r rl(; r) il ììi r (l u (' g i r' :rÍrrs s :ro ttri l ;rt' s 1 > ti citlt:t: l ttti l ti l tl ,(ì to(l o o IÌì(' i l ( r)n rl )() r t ; uì ì ( ' r ìttlt( )' r lir i g ,i r' oc i Ìr.r' (l u ri ìn tcu rìì rìl ô só ttma l )ol )ul i ìçaìo cl c l tti vi cl ;rtl t' :, o tc n ro to d a s a s g i ra fa sn a Pl a n íci ede S erengetisi to umr p,' rL 'rl i ri l i i r , ( ' x ; ì l: r r ì Ì ( ' r ì co qLl antoi l r lt ' gir r r í ì r sA . s s i m c o mo a l g u m a sg i ra fa ss ã o mai s bem-sucedi das l rrrl ;rç;ro ri cr;rrrk ' s t t ' nc lc r r t c sal, g u n s d e me u s e p i s ó d i o sd e d i ri gi r (ações;C apítul o 3) si ro nr;rislrcrrrsrrccclidos quanto a me conduzir ao trabalho.Algumas manobrasecon() rrri z;rrut ( ' r ì ll) o;elas s ã o re fo rç a d a s .O u tra s fa z e m p erder tempo ou se mostrarÌì pr'ririos;rs; cssassão punidas.As manobrasbem-sucedidastendem a se tornar mai\ lrcr;iìt'ntcrs ou, pelo menos, se mantêm constantesao longo dos meses,e as mano l,r;rsnr;rlsucedidas tendem a se tornar menos freqüentesou, pelo menos,perman(' (('rìr l;Ìr.lìsao longo dos meses,do mesmo modo que os tipos mais bem-sucedidos tlt'girrríhs tendem a permanecer mais comuns e os tipos menos bem adaptados It'rrrlt:u.r a permanecerraros. Da mesma forma que os tipos mais bem adaptadosde são selecionadospor seu sucesso,as maneirasmais bem adaptadasde diri liir:rÍìrs urr carro são selecionadaspelo seu sucesso.Ao longo do tempo, a seleçãoresuÌ1iir. t;ì ou em evolução ou em estabilizaçãoda forma de dirigir. Sr-rponhaque tomemos a Figura 4.1 e coloquemos velocidade de dirigir enr n:lação ao limite de velocidade em substituiçãoa comprimento de pescoço,e eficiêncil (economizartempo sem perigo excessivo)em substituiçãoa aptidão. O resultatkr e a Figura 4.3. As três curvas de freqüência podem se referir a três estágios difcrentes em minha aprendizagem de dirigir. Primeiramente, eu tendo a dirigir t'nr baixa velocidade (curva 1). A medida que adquiro competência, dirijo mais vclozmente (curva 2). Porque estas velocidadestendem a ser menos eficientes (n.renosreforçadas), minha velocidade gradualmente muda para o que é hoje (curva 3), coincidindo, em média, com a velocidade mais eficiente, representada pela linha tracejada (cerca de B quilômetros por hora acima do limite de velocidade). Figuro 4.3 Modelogem por reforço e puniçõo. Corrrprccrrtlcr o bolrrrviorir,mo 89 A ssi l tttottto ( ) ( '( ) lr '( 't ot trtt t 'volt t ç; io, ; tt t t oclcllt cnrclo cor t t llot - t ; ì r ì ì ( 'r (ì t)(l)) ( 'r ; l :;ol rl t' ;tpo;ttrl ;rçiio t 'solt t . cir r t r cclia. n. t cLl collll) oÌ - t anlcl. ìclc t o clir . igir . ( 'st iì vil Q r - r anclo (cliganr os, r;t' tttl trtttocl ttl aclo cllr va 2 na Figur a. 4. 3) ,a velocidader naior signií 'iclvt r ttti ri ot'cí' i ci ôtl ci a som ent eem t er m os m édios.As vezes,a velocidadem aior er a nr cttos cí'iciente;eu posso ter sido detido por um policial ou talvez tenha sofrido ult rtt'itlcltte.As vezes,a velocidademaior deixavade ser eficiente;talvez toda a minha lorrcria só tenha servido para me deixar preso, bem na reta final, atrás de um virgarosoônibus escolar ou à esperada passagemde um trem. Nem toda ação de urìì certo tipo precisa ser reforçada ou punida para que o tipo seja fortalecido ou clinrinado; ao longo do tempo, é apenas em médiq que o tipo precisa ser mais rt'Í'orçadoou punido. Bara a evolução ou estabilizaçãode uma população por meio da seleçãonatutltl, são necessáriostrês ingredientes:variação, reprodução e sucessodiferencial. ( I) Para haver seleção entre possibilidades,deve haver mais de uma possibilidade '- isto é, os indivíduos, na população, devem variar na característica(comprimento rlc pescoçona Figura 4.1, velocidade na Figura 4.3, ou coloração,ou inõontáveis olttras características). (2) As diferentes variações devem tender a se reproduzir isto é, os descendentesdevem se assemelhara seuspais no decorrer de gerações. l)ara a seleção natural, essa semelhança resulta de herança genética. clrafai de l)escoçolongo e de pescoço curto herdam seus pescoçoslongos ou curtos de seus 1lais.(3) Entre as variações,algumasdevem ser mais bem-sucedidasdo que outras (isto é, deve haver competição). se todas as variações fossem igualmente aptas se,em vez da curva mostrada na Figura 4.1, a aptidão fosserepresentadapor uma linha reta - então a característica (comprimento do pescoço) não se desloèaria em uma direção específica, nem permaneceria estável, porém oscilaria de modo imprevisível de uma hora para outra. como o pescoçomuito curto reduz aaptidão, a população move-se uniformemente na direção de pescoçoscompridos; no ponto em que um pescoço longo demais também diminui a aptidão, a população fica estável. A modelagem por reforço e punição requer os mesmos três ingredientes: variareprodução e sucesso diferencial. (1) Na modelagem, a variação ocorre na ção, população de açõesque servem a um proposito semelhante (dirigir, em nossoexemplo, que serve para nos transportar). Você raramente faz a mesúa coisa duas vezes exatamente do mesmo jeito. As vezes, você escova os dentes com força, às vezes com delicadeza.Às vezes,você fala alto, às vezes, fala baixo. À, u"r.r,'eu dirijo acima do limite de velocidade, às vezes, abaixo. A população de escovaçõesforres ou delicadas,de vocalizaçõesaltas ou baixasou de conduÇõesmais ou menos velozesvaria exatamente da mesma forma que a popuÌação degirafas de pescoçosmais compridos e mais curtos. (2) Para que a modelagem ocorra, as atividades devem tender a se repetir (reproduzir) de tempos em tempos. se eu escalar um pico apenas uma vez na vida, não há oportunidade para que meu comportamento de escalar picos seja modelado. Porque eu escovo os dentes todos os dias, há muitas oportunidades para que meu comportamento de escovar os dentes seja modelado. (3) Para a modelagem, sucessodiferencial significa reforço e punição diferenciais. Eu falo alto com minha avó; caso contrário, ela não pode me ouvir e reforçar meu comportamento de lhe falar. Se falo alto demais, ela me repreende, dizendo ,,Não t0 Williom M,Boum gritc cotttigo,rilpiìz".Quasesempreconsigoacharuma intensidade de voz agracLi vel pnra que possamos manteruma boa conversa;ou seja,algumasimensidaclt's sonorassãomaisbem-sucedidas do que outrasdo mesmomodo que,na Figura4.1Ì, ttlgumasvelocidadessãomaisbem-sucedidas do que outras.Assimcomoocorrerìil seleçãonatural, há um limite para o tamanho da população- você escovaseus dentesapenasduasou trêsvezesao dia, e eu dirijo meu carroduranteum númerrr limitado de horas por mês. Como as variaçõesmais bem-sucedidas tendem a st' rcproduzirmaisfreqüentemente, dia a dia ou mêsa mês,asvariaçõesmenosbenr sucedidastendem a se tornar menosfreqüentes.Enquantoalgumasvariaçõesfo rem reforçadasou punidasmaisfreqüentementeque outras,a populaçãode açõcs irá se deslocarou permanecerestável,como na Figura4.3. Quando uma pessoaadministra reforço e punição intencionalmente,com o propósitode alterar o comportamentode outra pessoa,temoso que se chamadc treino, ensinoou terapia.Os mesmosprincípiosde reforço e puniçãose aplicanr quer estejamosfalandode um técnicoesportivotreinandoum time, de um adestrador de animaistreinandoum urso a dançar,de um professorensinandouma criança a ler ou de um terapeuta ajudando um cliente a ser mais assertivocom seus superiores.A única diferençaé que essesexemplosde modelagemconstituemrelacionamentos - isto é, duas pessoasestãoenvolvidas,e o comportamentode ambas está sendomodelado. (Os Capítulos7,9 e 11 apresentammais detalhesa esse respeito.) Treino, ensino e terapia se assemelhamao cruzamentoseletivo,processoem que o sucessoreprodutivo (quais indivíduos conseguemprocriar) é determinado por uma pessoa,e não pelo ambientenaturai.Quandofazendeiroscruzamapenas asvacasque produzemmais leite, elesestãotirando vantagemda herançagenética da produçãode leite, da mesmaforma que a seleçãonatural se aproveitada herança de traçosvantajososno ambientenatural. Darwin teve a idéia de seleçãonatural, em parte, por observaro cruzamentoseletivo.Ele percebeuque o mesmoprincípio se aplicavaà fazendae à natureza.De forma semelhante,os mesmosprinci pios de reforço e punição se aplicam a nossoambiente"natural", não-estruturadoe a situaçõesespecialmenteestÍuftlradaspara a mudançade comportamento. Explicoções históricos O paralelo entre seleçãonatural e modelagemnão é mero acidente,pois ambasas idéiasexistempara solucionarprobler4assemelhantes.No Capítulo 1, vimos como a teoria da seleçãonatural de Darwin forneceua primeira explicaçãocientífica da evolução.Antes dela, até mesmo entre aquelesque rejeitavam a explicaçãoexata da Bíblia, era comum considerara evoluçãocomo resultadodo planejamento,inteligência ou intençãode Deus.Do ponto de vista científico,tal "explicação"é inaceitável, porque obstrui o avançodo conhecimentoe impede o esforçoem direção ao progressoverdadeiro.Assim como a seleçãonatural substituiu a intençãodivina, a seleçãopor reforço e punição substitui as "explicações"mentalistasdo comportamento que se referem a planejamento,inteligênciaou intenção no interior da pessoaou do animal que se comporta. Compreender o behoviorismo 9l A F'igura4.4 resumeo paraleloentreseleçãonatural e modelagem.Ambasas ldéias baseiam-sena noção de mudançagradual ao longo do tempo - ou seja, em uma história.No processode evoÌuçãopor seleçãonatural,a hisióbaseiam-se rla é a filogênese,mudançagradualde traçosde basegenética.Na modelagemde comportamento,a história é a mudançagradual do comportamentode um indivíduo devidaa sua interaçãocom as relaçõesde reforçoe puniçãoem seuambiente (Figura4.2). sua históriapessoalde reforçoe puniçãoinclui todasasvezesem que teu comportamentoproduziu comida,dinheiro, aprovação,dor ou desaprovaçãotodas essasconseqüênciasque modelaram seu comportamento,transfórmando-o no que é hoje. Ela é parte da ontogênesede seu comportamento. Ambas as idéias referem-sea uma populaçãoem que ocorre variação.Na cvoft4ão, a variaçãoocoÍïe em uma populaçãode indivíduos,sendoque a variação crucial se dá nos genótiposdos indiúduos. Na modelagem,a variação ocorre em uma populaçãode tipos de ação,que englobatodas as diferentesformas que um lndivíduo pode exibir no desempenhode uma dada tarefa ou atividade,comò escovar os dentesou ir a uma loia. Ambasasidéiasexigema reproduçãode tipos.Na seleçãonaturar,os genótipos tão passadosde geraçãoa geraçãopor herançagenética.Na modelagem,as atividadesse repetemporque as ocasiõesem que elas são oportunasse repetem.Eu escovomeus dentestodas as manhãse todas as noites porque me levanto todas as manhãse me deito todas as noites.As pessoasnormalmentechamamtal repetição de "hábito". O mecanismopreciso subjacenteao hábito deve residir no iistema nervoso,mas sabe-semuito menos sobre essemecanismodo que sobre a transferência genéticade característicasde pais para filhos. Ambas as idéias atribuem a mudança à seleçãopor sucessodiferencial. Na aeleçãonatural, a alteraçãonos genótiposque compõemuma populaçãoé devida à aptidão diferencial ou ao sucessoreprodutivo. Na modelagem,a alteraçãonas for- Seleç6o nolurol Modelogem Hisfório Populoçóo (Vorioçõo) Filogênese Genótipos Histório de reÍorço e puniçóo (ontogênese) Tipos de oçóo (comporlomenlo) Reproduçõo Seleç6o "Explicoçóo" subslituído Heronço genético Aptidóo diferenciol Deus Criodor Repetiçóoou "Hóbiro" Reforço e puniçõo diferenciois Infençõo, vontode, inteligêncio (mentolismo) Flguro 4.4 Poroleloenlre seleçóonolurol e modelogem. 92 Wr llr rM r r rlIr r r r r n ttt;t:;tl r' t lt ' : ; t ' t t t pt ' t t lt ;rl tl l Ìì;Ì;rl i v i tl rrtl t' (o lsi p o s tl c ;rç ;i o)st' tl t' vt' :r l t' íìrr.ço(' l )urìi (.;r{} rl i l crt'r r ti; r is ,r r st liÍ t ' r ' t.n ç :rs tìi Ì c rÍi c i i c i icìl c c l i Íc l c n tc sti l x)s cl c:rçi ìo. l i ilt : t lt t t t ' t t lt 'c, : r c l au u l u d e s s a si c l é i a ss u b s ti tl l iuma expl i caçaonão-ci cntíÍi r' ,r ;rrrtt'riorA' . s c lc ç iiolt a trl ra ls u b s ti tu iD e u s ,o C ri a d o r,a força ocul ta que gui a a (' \,() Ittt;;to,ltot r.lrìÌacxplicaçãoem termos puramente naturais.A aparenteinteÌigênti;r r' itttt'ttt'iotutlicÌade das formasde vida sãovistascomo o resuÌtadoda seleçãoatlliìirrl. r;olrrt';r v:rr-iação. Para as girafas,é bom ter pescoçocomprido, mas nem elas nenr o (.ri;rtlol rììcrecelncrédito por isso,porque foi o ambiente que transformou os p(,:i ( ( )('os('orìtpridosem uma coisaboa, e foi ele também que os selecionou.A modellr li('rìì l)or reÍ'orçoe punição também substitui forças ocultas, as causasmentalistiì:; (lo ('olììl)ol'tamento,por explicaçõesem termos puramente naturais.A inteligênci;r t' ;r intcncionalidade das ações são vistas como resultado da seleção (reforço t' ptrrrição)atuando sobre a variação.Para mim, é bom dirigir meu carro de form:r ;ìl('rìta e cuidadosa, mas nem eu nem qualquer intenção ou inteligência intern:r lìì('l'ccemoscrédito por isso,porque foi o ambiente que transformou o dirigir cont l)('tLÌnteem uma coisa boa, e foi ele também que o selecionou. As explicaçõeshistóricas, tal como a seleçãonatural e o reforço, diferem das t'xplicaçõescientíficasque se baseiamem causasimediatas.O nascerdo Sol é expli i';rclopor uma causaimediata,a rotaçãoda Terra.Na explicaçãohistórica,a "causa" rlo evento não está presenteem lugar nenhum, mas é toda uma história de eventos passados.O pescoço comprido da girafa não pode ser explicado por nenhum evento uo momento de seu nascimentoou mesmo de sua concepção,mas é explicado pela ìonga história de seleçãoque o produziu ao longo de milhões de anos. Igualnlcnte, a velocidade com que dirijo meu carro não pode ser explicada por nenhum cvento no momento em que dirijo, ou mesmo no momento em que entro no carro, mas é explicada pela história de modelagem que a produziu no decorrer de muitos mesesou anos. Biólogos evolucionistas fazem uma distinção entre explicaçõespróximas e explicações úItimas (Alcock, 1998). A explicação imediata de um padrão de comportamento refere-seaos mecanismosfisiológicos que determinam o desenvolvimento do padrão a partir da concepção.A dotação genética de um indivíduo explica, de nraneira imediata, porque o indivíduo espirra, sorri e é capaz de aprender. Mas a questão mais ampla é porque, de início, o indivíduo tem aquela carga genética, e cssa não pode ser explicada peÌo momento da concepção ou por qualquer outro momento. A explicação última refere-se à afiliação do indivíduo a uma população or-respécie e, estritamente falando, aplica-se à popuÌação e jamais ao indiúduo. seres humanos espirram e aprendem porque este reflexo e esta capacidade aumentiìram a aptidão dos seres humanos e de seus ancestrais ao longo de milhões de iìnos; essaé a explicaçãoúltima. Explicações últimas são explicações históricas; já explicações imediatas são cxplicaçõesem termos de causasimediatas. Se soubéssemoso suficiente sobre a í'isiologiado sistema nervoso, taÌvez fossepossívelexplicar porque dirigi a 90 quiÌôrìì(Ìtrospor hora às B:55 do dia 10 de junho. Seria,então,uma explicaçãoimediata tlt'sscmomento particular de meu comportamento, assimcomo a genéticamolecular r' :r crrrbriologia poderiam vir a fornecer uma explicação imediata darazão por que tt'rrlroduas mãos e dois pés. Mas a explicaçãopara a populaçãode minhas veloci- Corrrprccndcr o bclrrrviorisno 93 rl ;ttl t' s;totl i ri l i i r st 't t ; r l r ; t r t l r i, r r r i's: r p<is r r r ôs,r r io poclcscr cllr l; r ; ; t 'lr rÍ isiololii; rt lr . l l l (' l l stsl (' l ììi lìì('l'voso,1lcl0t t t cslt . t I<t t t clt ivopor ( luc as clt ur sr t t ãosct<lsr lois pt lst lp: ; :' r' tt' sl tttl ttl ttl osI lão poclcnrser expÌ icadospeÌ o desenvolvir nelt clcpt lr r . i6lr ir it . , , r r ri cttti l i cocl c ttrtla pessoa€mpar t icular .A populaçãor equer um a exlt licaç19r ilt ir r r ; r .tt l ri stti ri ca.P o sso,em dada ocasião,ent r egarm inha car t eir aa um hom cnl iì r . r Ì ì il rLr;rr cxpÌi caçã ohist ór icaindica que esseevent oper t encea um a população( ; r ç; i, ) r'lr;rrnada,digamos, de "submissãoà ameaça",e remete à longa hìstoria cìercíìrrç,, ;rt'l;rsubmissãoa ameaças,do pátio de recreio à sala de aula e às ruas da cidaclccit, Nova York. As pessoasparecem preferir explicações imediatas, provavelmente porquc c trr;lissimples pensar os eventoscomo bolas de bilhar batendo umas nas outras cl<r (lileremtermos de história. Quando uma ação não tem uma causaimediata visível, solÌlos tentados a inventá-la, em vez de olhar para a história de reforço que produ_ zitr a atividade à qual ela pertence. Se a história de reforço responsávll pela'ida cle lr;ibioao cinema quando deveria ter ficado estudandoé obscura,podemos cair na l('rìtaçãode dizer que sua força de vontade falhou. Isso,claro, é mentalismo. o capítuÌo 3 criticou extensamente o mentaÌismo, mas nunca ofereceu uma rrlternativa;agora, estamosem posiçãode poder sugerir uma explicaçãocientificarììcnte aceitável para propósito e intenção. como mencionamòs no início desta lxrrte do livro, os detalhes da explicação mudarão com o tempo. Tudo que precisa_ rros é demonstrar que uma explicaçãoverdadeiramente cient?ficaé posiívei. Este é o assunto do Capítulo 5. RESUÍIIO A teoria da evolução é importante para a análise comportamental sob dois aspectos. Primeiro, muito do comportamento se origina da herança genética dórivada cla história de evolução da espécie (filogênese). A seleçãonuturuïfornece os reflexos e padrões fixos de ação, a capacidade de condicionamento respondente, a capacidadede aprendizagem operante, os reforçadorese punidores cuja eficácia muda com o tempo e o contexto, e as variações que favorecem determinados tipos de condicionamento respondente e operante. segundo, a teoria da evolução fornece um modelo de explicação histórica, qu^eé o tipo de explicação que se aplica ao comportamento operante. A história de reforço e punição é análoga à história de seleção natural, que a primeira opera sobre um tipo de comportamento (população de ações) ""..todurante a vida de um indivíduo, enquanro a segunda opera iob.e uma espéËie(população de organismos) ao longo de muitas gerações.Ambos os conceitos subitituernexplicaçães não-científicas que remetem a um agente inteligente e ocuÌto, que guiaria a mudança evolutiva ou comportamental. Enquanto na física e na _químicaas explicaçõesse baseiamem causasimedìatas, as explicaçõeshistóricas se referem a efeitos cumulativos de muitos eventos ao ìongo de-muito tempo. As mudanças produzidas em uma população como resuÌtado de seleçãopelas conseqüênciasnão podem ser localizaduì ,* momento específico. "- 9l williom M,Boum Compreender o behoviorismo 95 próxima 'litl crlttto:t filogêrtcsc,a história de reforço se referc a muitos eventosdo passrrtkr, r. frrrnnrclcs (luc, todosjuntos, produziram o comportamentopresente. ão negativa Punidor condicional Punidor incondicional Reflexocondicional Reflexoincondicional Reforçadorcondicional Reforçoincondicional Reforçonegativo Reforçopositivo Respostacondicional Respostaincondicional ãõ positiva Sucessoreprodutivo última lpo TEITURAS ADICIONAIS llá rnuitos livros, em diversos níveis, que tratam dos tópicos deste capítulo t,rrr mnior profundidade. Alcock,J. (1998). Animalbehavíor:an evolutionaryapproach,Sunderland(Mass.):Sinarrt.r A.ssociates, 6. ed. Excelentetexto introdutório quecobrea teoria da evoluçãoe a sociobiologi;r. llarirsfr,D. (1982). Socíobíologr andbehavior.Nova York: Elsevie42. ed. Excelenrerrat:r mcnto,mais avançadoque o de Alcock. Liibl-Eibesfeldt, L (1975). Etholog: the biolog of behavior.Nova York; Holt, Rineharrarrrl Winston, 2. ed. Esseliwo apresentaum tratamento excelentedos padrões fixos de ação, cspecialmente em sereshumanos. Gould, J. L. (1982). Ethologr: the mechanisms and evolutionof behavior.Nova York: Norrorr. Um livro mais atualizadodo que o de Eibl-Eibesfeldt,emboranão necessariamente melhor'. Mazu4 J. E. (2oo2). Learningand behavior.Englewoodcliffs (NJ): prentice-Hall,s. ecl. 'lèxto avançadosobre análisecomportÍrmentalque forneceuma boa visão geral da área. Mineka, S., Daüdson, M., cook, M. e Kei4 R. (1984). observationallearning of snakefear in rhesusmonkeys.Journal of Abnormal Psychologr,93,355-372.Esseartigo relata um estudo sobrea fácil aquisiçãode medo de cobraspor macacos. segal, E. F. (L972). Induction and the provenanceof operants. In: R. M. Gilbert e J. R. Millenson (eds.). Reirforcement:behavíoralanalyses.Nova york: Academicpress,p. 1-34. Uma excelenterevisão técnica sobre a indução, sua interaçãocom o reforço, e seusefeitos sobre o comportamentooperante. Skinne4 B. E (1953). Scienceand human behavior.Nova York: MacmiÌlan. Primeiro texto sobreaniílisecomportamental;atualmentetem principalÍnenteinteressehistórico,mas contém muitos argumentose exemploseÌucidativos,' TERMOS INTRODUZIDOS NOCAPíÏUIO 4 Aprendizagemoperante Aptidão Condicionamentoclássico Condicionamentooperante Condicionamentorespondente Desamparoaprendido Eliciar Estímulo condicional Estímulo incondicional Estímulo-sinal Evento filogeneticamenteimportante Explicaçãohistórica 'N. de T. Título traduzidoem português(ver'Apêndice,'). ador agem rão fixo de ação