Palestras abordam responsabilidade civil e
desenvolvimento econômico com as IFRS
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Publicado por Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (extraído pelo JusBrasil) - 1 semana atrás
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A última manhã da XXVIII Contesc foi muito produtiva para os participantes. A palestra do consultor de empresas Silvio
Parodi foi sobre Responsabilidade Civil, Penal e Ética do Profissional de Contabilidade abriu os trabalhos. Com pósdoutorado em Ciências Contábeis, doutor em Administração e membro da pesquisa do CNPq/Univali, Parodi abordou vários
fatores que podem implicar em penalidades aos profissionais da Contabilidade.
A responsabilidade civil nada mais é do que a aplicação de medidas que obrigam uma pessoa a reparar dano moral ou
patrimonial causado a terceiros, mas pode ser penalizado em razão de ato por ele mesmo ou por pessoa por quem ele
responda. Isso significa que prepostos também estão sujeitos a esta reparabilidade, destacou ele, que lembrou ainda da
classificação dessa responsabilidade, que pode ser contratual ou extracontratual.
O palestrante lembrou que é importante formalizar todos os serviços e assim evitar surpresas. Ele listou todas as
possibilidades em que o profissional pode ser responsabilizado, como o fato de divulgar informações sigilosas ou assinar
documentos ou peças contábeis alheios a sua autorização.
Outro problema é reter livros e documentos, isto é,deixar de passar dados para o próximo profissional que for assumir o
serviço. É essencial formalizar a entrega de todos os documentos e ficar isento dessa culpabilidade.
IFRS e Desenvolvimento Econômico
A segunda palestra do dia foi ministrada por Amaro Gomes, membro do International Accounting Standards Board (IASB) e
que já foi chefe do Departamento de Normas do Sistema Financeiro do Banco Central do Brasil. Ele abordou o tema IFRS e
Desenvolvimento Econômico: a importância das informações contábeis nas economias emergentes e já iniciou com a
pergunta: O que as IFRS tem a ver com desenvolvimento?. A resposta veio em seguida, com dados que revelam como a
integração internacional das normas contábeis colaboram no fluxo de investimentos internacionais.
Nos últimos 30 anos a vinda de recursos internacionais cresceu mais de 50 vezes no Brasil. Isso significa crescimento. E não
basta atrair os investimentos, é preciso atrair de forma regular e isso o Brasil vem conseguindo fazer com eficiência,
afirmou.
Amaro Gomes ressaltou que esses investimentos são fundamentais para países com baixo nível de poupança interna e
elevada demanda para investimentos com longo prazo de maturação. Nesse sentido, a Contabilidade está intrinsecamente
ligada pois a informação padronizada é que permite um entendimento global e consistente. Nossos desafios agora são atrair
talentos, capacitar e atualizar continuamente. Por outro lado, temos grandes benefícios, como a oportunidade única do
contador estar integrado à gestão dos negócios, concluiu.
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