ABRASEM
Associação Brasileira de Sementes e Mudas
O MERCADO DE
SEMENTES NO BRASIL
54º SIMPAS
Sistemas Integrados de Manejo na
Produção Agrícola Sustentável
Belo Horizonte – MG
Paulo Campante
SISTEMA BRASILEIRO DE SEMENTES
1. Organização do Setor de Sementes no Brasil
2. Mercado de Sementes
3. Superando Desafios com o Uso de Tecnologia
4. Sustentabilidade do Mercado de Sementes
A SEMENTE
É indutora de novas tecnologias;
Garante o valor agregado pela pesquisa;
Garante os ganhos de produtividade;
É veículo para erradicação ou prevenção de
doenças e pragas e evita sua proliferação;
Parcela muito reduzida no custo total da lavoura;
SEMENTE COMO A BASE DA AGRICULTURA
Ciclo variado
Gene
Específico
Rusticidade
Qualidade
nutricional
Tolerância a
acamamento
Ampla adaptação
Resistência a
doenças
Teor de Proteína
Tamanho de
Sementes
Tipo de solo
Teor de Óleo
Produtividade
Lucratividade
PESQUISA
PRODUTOR DE SEMENTE
ELO ENTRE A PESQUISA
E O AGRICULTOR
AGRICULTOR
Estrutura da ABRASEM
Sede: Brasília (DF)
5 Funcionários;
Orçamento Anual Fixo: R$ 1 milhão;
Conselho de Administração
Conselho Diretor
Presidente: Ywao Miyamoto (APASEM)
Vice-Presidente: Narciso Barison (APASSUL)
Diretores:
José Roberto Rodrigues Peres (Embrapa-SNT)
Silmar Peske (ABRATES/UFPel)
Ivo Carraro (BRASPOV/Coodetec)
Superintendente Executivo: José Américo Pierre Rodrigues
Assessores da Diretoria: Paulo Campante e Ilson Afonso
ASSOCIADAS ABRASEM
 ABRATES
 ABCSEM
 BRASPOV
 UNIPASTO
APROSMAT
AGROSEM
APROSSUL
APASSUL
APSEMG
APPS
APASEM
APROSESC
ESTRUTURA DO
SETOR DE SEMENTES NO BRASIL
• Produtores Associados
• Agricultores Cooperantes
560
38.000
• Unidades Armazenadoras
• Unidades de Beneficiamento
1.100
300
• Técnicos Envolvidos
• Vendedores
4.000
15.000
• Laboratórios
• Laboratórios OGM
300
53
• Empregos Indiretos
220.000
SISTEMA INTERNACIONAL DE SEMENTES
ASPRODES
FIS – Federação Internacional de Sementes
FELAS – Federação Latino-americana das Associações de Sementes
SAA - Seed Association of the Americas
Mercado Global de Sementes (2007)
US$ 36,5 bilhões
Flores
22%
Outros
16%
Hortaliças
15%
NAFTA
Soja
13%
ISF, 2008
Milho
34%
VALOR DO MERCADO
DOMÉSTICO DOS PAISES
9
8,5
(USD bilhões)
8
7
6
5
4
4
3
2,15
2
2
1,5
1,5
1,5
India
Japão
Alemanha
1
0
USA
Fonte: ISF
China
França
Brasil
EXPORTAÇÃO DE SEMENTES
Milhões USD
PAÍSES
GRANDES
CULTURAS
HORTALIÇAS
TOTAL
1
Holanda
186
854
1040
2
USA
650
369
1019
3
França
698
216
914
4
Alemanha
442
41
483
5
Canadá
265
82
347
6
Dinamarca
281
44
325
7
Chile
124
80
204
8
Hungria
186
10
196
9
Itália
114
70
184
10
México
162
9
171
20
Brasil
45
8
53
Fonte: ISF, 2008
IMPORTAÇÃO DE SEMENTES
Milhões USD
PAISES
GRANDES
CULTURAS
HORTALIÇAS
TOTAL
1
USA
461
211
672
2
França
331
91
422
3
México
258
156
414
4
Holanda
182
199
381
5
Alemanha
304
64
368
6
Itália
197
130
327
7
Espanha
121
171
292
8
Canadá
181
56
237
9
Ucrânia
204
31
235
10
Reino Unido
133
65
198
23
Brasil
39
19
58
Fonte: ISF, 2008
DADOS PRELIMINARES DA PRODUÇÃO DE
SEMENTES EM MINAS GERAIS
Produção de
Semente Oficial
Safra 07/08 (t)
Área (ha) Inscrita
Oficial Safra 08/09
ALGODÃO
2.645
2.836
465
FORRAGEIRAS
9.461
36.621
0
FEIJAO
1.299
2.985
0
SORGO
2.047
1.769
0
MILHO
100.887
25.079
0
SOJA
46.784
64.142
1.146
460
2.204
0
Espécie
OUTRAS
Área (ha) Inscrita
para Produção
Própria 08/09
Fontes: SFA-MG/MAPA - SUPERINTENDÊNCIA FEDERAL DE AGRICULTURA NO ESTADO DE MINAS GERAIS
PROJEÇÃO DA PRODUÇÃO DE SEMENTES DAS
PRINCIPAIS CULTURAS
(safra 2008/09)
Demanda
Potencial
Demanda
Efetiva
(toneladas)
(toneladas)
Taxa de
Utilização
(%)
ALGODÃO
12.817
5.640
44
ARROZ
344.988
137.995
40
FEIJÃO
247.474
32.191
13
FORRAGEIRAS TROPICAIS
121.993
74.415
61
MILHO
288.682
251.153
87
SOJA
1.274.944
764.966
60
SORGO
8.781
7.727
88
TRIGO
290.892
191.988
66
CULTURA
Fonte: ABRASEM, 2009
Novos Desafios da Agricultura
Crise Mundial;
Crescimento Populacional;
Aumento da Demanda por Alimentos;
Aumento da Produtividade;
Produção Sustentável;
Geração de novas Fontes de Energias.
PROJEÇÃO DO CRESCIMENTO DA
POPULAÇÃO MUNDIAL
(BILHÕES DE HABITANTES)
8,3
9
6,5
7,2
6
8
7
6
5
4
3
2
1
0
2000
2005
Fontes: FAO e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
2015
2030
CRESCIMENTO DA DEMANDA
SOBRE OS ALIMENTOS NA ÚLTIMA DÉCADA
+12%
Taxa de crescimento da
população mundial nos
últimos 10 anos
+23%
Taxa de crescimento do
consumo mundial de milho
nos últimos 10 anos
+25%
+29%
Taxa de crescimento no
consumo mundial de carne
de porco nos últimos 10
anos
Taxa de crescimento no
consumo mundial de carne
de frango nos últimos 10
anos
+39%
+4%
Taxa de crescimento do
consumo mundial de soja
nos últimos 10 anos
Fonte: Adaptado de Pioneer Global Marketing - MREADS
Taxa de crescimento da
área cultivada no mundo
DESAFIOS DA PRODUTIVIDADE
CASO DA CULTURA DA SOJA
11.000
12.000
10.000
8.000
6.500
Kg/ha
5.400
6.000
4.800
4.000
2.755
3.050
2.100
2.000
-
Menor média
estadual (RS)
Fonte: Abrasem, 2007
Média
Nacional
Maior média Agricultor top
estadual (PR)
Concursos
Pesquisa top Potencial da
espécie
EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE DOS PRINCIPAIS
PRODUTOS AGRÍCOLAS NO BRASIL
3.672
4.000,0
3.266
3.161
3.500,0
3.000,0
2.468
2.270
Kg/ha
2.500,0
2.111
2.104
1.919
1.818
1.706
2.000,0
1.352
1.500,0
810
988
1.000,0
524
500,0
0,0
ALGODÃO
ARROZ
FEIJÃO
Media 1991 a 1993
Fonte: CONAB
MILHO
SOJA
SORGO
Média 2004 a 2007
TRIGO
SISTEMA DE SEMENTES NO BRASIL
Pesquisa
Genética / Básica
Produtor
de Sementes
Básica
C1
C2
S1
S2
Agricultor
Produto Comercial
SUSTENTABILIDADE DA PESQUISA
Pesquisa
Geração de soluções
Licenciamento
Royalties
Produtor de Sementes
Multiplicação de soluções
Venda de sementes
Compra de sementes
Produção agrícola
Demanda Soluções
Uso das soluções
Resultados
TEMPO LONGO PARA MELHORAR
UMA SEMENTE
Hibridação
Seleção
Purificação
VCU
VCU
Sem. Básica
S.Certificada
S.Certificada
Comércio
0
1
2
3
4
Anos
5
6
7
8
9
TEMPO LONGO PARA CRIAR UM ATRIBUTO
(TRAIT) COM BIOTECNOLOGIA
Pesquisa
básica
Produção
de eventos
Prova de
Conceito
Tempo
Incerto
...?...
Produção
de Eventos
Seleção de
Evento Elite
Introgressão
em
germoplasma
0
1
2
3
4
5
Anos
6
7
8
9
TEMPO LONGO PARA MELHORAR
UMA SEMENTE
Saúde
Humana
Saúde
Animal
Avaliação e aprovação
de importação e consumo
Caracterização
Meio
Ambiente
Avaliação
e
aprovação
de uso
CTNBio/Eventos aprovados
• RR – Monsanto (1998)
• Bollgard – Monsanto (2005)
• LL Cotton 25 – Bayer (2008)
• RR MON 1445 – Monsanto (2008)
• T25 – Bayer (2007)
• Mon 810 – Monsanto (2007)
• Bt11 – Syngenta (2007)
• RR 2 (NK603) – Monsanto (2008)
• GA21 – Syngenta (2008)
Marco Legal Atual
 Propriedade Intelectual
 Lei de Patentes (9.279 de 14/05/96)
 Lei de Proteção de Cultivares ( 9.456 de 25/04/97)
 Produção e Comércio
 Lei de Sementes (10.711 de 05/08/03)
 Biossegurança e Biotecnologia
 Lei de Biossegurança (11.105 de 24/03/2005)
NÚMERO DE ESPÉCIES PROTEGIDAS
45
41
42
2006
2007
40
35
35
29
30
25
22
20
17
15
10
10
11
1999
2000
2001
10
5
5
0
1998
Fonte: SNPC, 2007
2002
2003
2004
2005
TITULARES DE PROTEÇÃO DE CULTIVAR
Fonte: SNPC/MAPA - 2008
OBTENTORES
NACIONAIS X ESTRANGEIROS
Estrangeiros 69
413 cultivares
47 Nacionais
634 cultivares
TOTAL = 116
Fonte: SNPC/MAPA - 2008
OBTENTORES NACIONAIS
PÚBLICOS X PRIVADOS
13 Público
374 cultivares
Privado 34
260 cultivares
TOTAL: 47
Fonte: SNPC/MAPA - 2008
TITULARES DE PROTEÇÃO DE CULTIVAR (%)
Fonte: SNPC/MAPA - 2008
TIPOS DE SEMENTE INFORMAL
1.
SEMENTE DE USO PRÓPRIO (SALVA)
•
2.
3.
Reservada pelo agricultor para seu uso
PIRATA OU BOLSA BRANCA (ILEGAL)
•
Produzida e vendida fora do sistema
•
Não autorizada ou não fiscalizada
CONTRABANDEADA
O QUE MOTIVA A PIRATARIA
1. Tentativa de agregar valor ao grão (oportunismo)
2.
Dificuldades de fiscalização
•
Falhas na Legislação
•
Fiscalização dificultada (falta de recursos)
•
Prioridade e foco
3.
Impunidade pela infração
4.
Mercado crescente com valor elevado
O QUE MOTIVA A “SEMENTE SALVA”
1. Tradição Familiar ou Regional
2.
Tentativa de redução de custos
3.
Escassez de sementes ou cultivares
4.
Preços acima do valor aceito pelo mercado
5.
Baixa qualidade da semente comercial
OS RISCOS PARA AGRICULTOR
Fitossanitários
Disseminação de pragas e doenças
Pureza genética
Misturas, baixo desempenho, desuniformidade
Adaptação regional
Queda na produtividade
Cultivar falsificada
Baixa qualidade fisiológica da semente
Distanciamento da tecnologia e treinamento
Baixa produtividade
OS RISCOS PARA AGRICULTURA
Desestruturação da pesquisa
Desestruturação do parque sementeiro
Vulnerabilidade a novas pragas e doenças
Evasão de impostos
Redução de produtividade
Perda de competitividade externa
SEMENTE FORMAL X SEMENTE INFORMAL
•
A PIRATARIA CONTINUA EM NÍVEIS ASSUSTADORES;
•
SEMENTE INFORMAL - 50% DO MERCADO DE SEMENTES DO PAÍS;
–
•
•
SOJA (60%); ALGODÃO (44%); ARROZ (40%) ; FEIJÃO (13%); TRIGO (66%);
EXIGÊNCIAS QUE O PRODUTOR DE SEMENTE FORMAL TEM QUE CUMPRIR:
–
GARANTIR A IDENTIDADE E A QUALIDADE DA SEMENTE;
–
INVESTIR EM UNIDADES DE BENEFICIAMENTO;
–
CONTRATAR TÉCNICOS ESPECIALIZADOS;
–
INSCREVER CAMPOS NO MAPA;
–
RECOLHER INÚMERAS TAXAS;
–
PAGAR ROYALTIES;
–
MANTER A PESQUISA;
–
RECOLHER IMPOSTOS AOS COFRES PÚBLICOS, ETC.
O FOCO DA FISCALIZAÇÃO TEM QUE SER NA INFORMALIDADE;
- SALVA ILEGAL, PIRATA, CONTRABANDEADA E NO USUÁRIO.
•
REVISÃO DA LEGISLAÇÃO ATUAL.
CONCLUSÕES
O
Sistema
Nacional
de
Sementes
é
estratégico para o Brasil;
O potencial agrícola do Brasil depende do
uso de semente melhorada;
A semente é o insumo básico em qualquer
sistema de produção agrícola;
CONCLUSÕES
Custo da Semente representa ainda uma
parcela muito pequena quando comparada
aos demais insumos agrícolas;
A crescente queda na taxa de utilização de
sementes das principais culturas é
preocupante e tem reflexos diretos em todo
o sistema;
Governo e empresas devem trabalhar juntos
contra a informalidade.
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[email protected]
[email protected]
(61) 3226-9022
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