UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ENFERMAGEM CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA Determinantes do risco de depressão nos idosos em uma equipe da Estratégia de Saúde da Família Projeto de Pesquisa desenvolvido no Curso de Especialização Multiprofissional em Saúde da Família da Faculdade de Enfermagem – UFG. Discentes: Cristiane Alves da Fonseca do Espírito Santo Cristina Ferreira Lemos de Castro Carneiro Helizett Santos de Lima Lorena Baía de Oliveira Alencar Olívia Cândida Pequeno Orientador: Sandro Rogério Rodrigues Batista Goiânia, 2010 Determinantes do risco de depressão em idosos em uma equipe da Estratégia de Saúde da Família1 Determinants of depression risk in elderly people in a team of Family Health Strategy Determinantes del riesgo de depresión en personas de edad avanzada en un equipo de la estrategia sanitária de familia Cristiane Alves da Fonseca do Espírito SantoI, Cristina Ferreira Lemos de Castro CarneiroII, Helizett Santos de LimaIII, Lorena Baía de Oliveira AlencarIV, Olívia Cândida PequenoV & Sandro Rogério Rodrigues BatistaVI 1- Monografia do Curso de Especialização Multiprofissional em Saúde da Família da Faculdade de Enfermagem – UFG. I- Farmacêutica-Bioquímica, Mestre em bioquímica e biologia molecular/UFG, analista de saúde do Distrito Sanitário Sul da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. Email: [email protected] II- Farmacêutica-Bioquímica, Especialista em Homeopatia pelo Instiituto Homeopático François Lamasson, Técnica da Divisão de Insumos Básicos e Medicamentos da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. Email:- [email protected] III- Psicóloga, especialista em Saúde Mental, analista de saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. Email: [email protected] IV- Farmacêutica-Bioquímica, Chefe da Divisão de Insumos Básicos e Medicamentos da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. email: [email protected] V- Farmacêutica-Bioquímica, Especialista em Homeopatia pelo Instiituto Homeopático François Lamasson, Especialista em Gestão da Assistência Farmacêutica pela UNB, analista de saúde do Distrito Sanitário Sul da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. email: [email protected] VI- Médico, mestre em ciências da saúde/UFG, especialista pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, professor Auxiliar do Serviço de Medicina Comunitária da Faculdade de Medicina [email protected] da Universidade Federal de Goiás. Email RESUMO Depressão ocorre com frequência na população idosa e constitui um grave problema de saúde pública. Este estudo buscou identificar os determinantes do risco de depressão em idosos da Equipe 1 da Unidade de Atenção Básica de Saúde da Família (UABSF) Leste Universitário no município de Goiânia. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, com 92 idosos que responderam a um questionário sobre variáveis demográficas, socioeconômicas, comportamentais e de estado de saúde, além da Escala de Depressão Geriátrica (EDG-15). A taxa de prevalência do risco de depressão em idosos foi de 68,5%. Os preditores de depressão identificados foram: sexo masculino, condição marital, escolaridade alta, baixa renda, reside com familiar, problemas de saúde, percepção negativa do estado de saúde, histórico de internação nos últimos seis meses, relacionamento familiar ruim, problemas na família (álcool, uso de outras drogas e violência). A identificação dos fatores de risco associados com sua incidência pode ajudar os profissionais que atuam na Estratégia de Saúde da Família a diagnosticar e propor intervenções mais precoces e adequadas. Descritores: Saúde Mental, depressão, população idosa. ABSTRACT Depression occurs frequently in the elderly population and is a serious public health problem. This study sought to identify the determinants of risk for depression in elderly Team 1 Unit of Primary Health Care Family Health (UABSF) Eastern University in the city of Goiânia. This is a quantitative study, cross, with 92 seniors who completed a questionnaire on demographic, socioeconomic, behavioral and health status, besides the Geriatric Depression Scale (GDS-15). The prevalence of the risk of depression in the elderly was 68,5%. Predictors of depression were identified: male sex, marital status, high educational level, income, lives with family, health problems, negative perception of health status, history of hospitalization in the last six months, bad family relationships, family problems ( alcohol and other drug use and violence). The identification of risk factors associated with its incidence may help professionals working in the Family Health Strategy to diagnose and propose interventions earlier and appropriate. Descriptors: Mental Health, depression, elderly population RESUMEN La depresión es frecuente en la población de adultos mayores es un problema grave de salud pública. Este estudio trató de identificar los determinantes de riesgo para la depresión en ancianos Equipo 1 Unidad de Atención Primaria de Salud Familiar (UABSF) de la Universidad del Este en la ciudad de Goiania. Este es un estudio cuantitativo, transversal, con 92 ancianos que completaron un cuestionario sobre datos demográficos, socioeconómicos, conductuales y de salud, además de la Escala de Depresión Geriátrica (GDS-15). La prevalencia del riesgo de depresión en los ancianos fue de 68,5%. Los predictores de la depresión se identificaron: el sexo masculino, estado civil, nivel educativo alto, los ingresos, vive con la familia, problemas de salud, la percepción negativa del estado de salud, antecedentes de hospitalización en los últimos seis meses, las malas relaciones familiares, problemas familiares ( alcohol y otras drogas y violencia). La identificación de factores de riesgo asociados a su incidencia puede ayudar a los profesionales que trabajan en la Estrategia de Salud de la Familia para diagnosticar y proponer las intervenciones anteriores y apropiada. Descriptores: Salud Mental, depresión, adultos mayores INTRODUÇÃO O Sistema Único de Saúde (SUS) tem seu referencial político básico expresso no artigo 196 da Constituição de 1.988, segundo o qual a saúde é direito de todos e dever do Estado. Sua formulação e implantação é resultado do Movimento da Reforma Sanitária, na década de 70. A Reforma da Assistência Psiquiátrica no Brasil, contemporânea ao Movimento da Reforma Sanitária, proporcionou a inserção da questão da saúde mental no contexto do SUS. Estima-se, que cerca de 450 milhões de pessoas sofram de transtornos mentais ou neurológicos e estes transtornos não recebem a mesma importância dada à saúde física, 70 milhões sofrem dependência do álcool, 50 milhões têm epilepsia, 24 milhões sofrem de esquizofrenia, um milhão de pessoas cometem suicídio anualmente, entre 10 a 20 milhões tentam suicidar-se e que a depressão situa-se em quarto lugar entre as dez principais patologias mundiais(1). A população idosa a nível mundial cresce de forma preocupante, há que se observar a partir de dados estatísticos que em 1950 era cerca de 204 milhões de idosos no mundo e em 1998 esta população alcança o patamar de 579 milhões de pessoas(2). O ato de envelhecer é vivenciado de forma individual e única por cada pessoa, e envolve fatores históricos, sociais, culturais, socioeconômicos, psicológicos, educacionais e intelectuais, espirituais e a presença ou não de doenças(3). A população acima dos 60 anos de idade tem aumentado significativamente no Brasil. Em 1980, havia 7 milhões de pessoas idosas; atualmente, há em torno de 15 milhões, correspondendo a 8,6 % da população total. A expectativa de vida do brasileiro é de aproximadamente 68 anos, sendo de 72,6 para as mulheres e de 64,8 para os homens. Estima-se que, para o ano 2025, haverá, em nosso país, cerca de 32 milhões de idosos(4). Este rápido crescimento da população idosa vem exigindo respostas do Estado e da sociedade, como a implantação da Política Nacional do Idoso (Lei 8.842/94 e Decreto 1.948/96), que deve ser complementada por ações desenvolvidas pelos estados e municípios. Os transtornos do humor são uma das desordens psiquiátricas mais comuns em idosos, sendo responsáveis pela perda de autonomia e pelo agravamento de quadros patológicos preexistentes. Dentre eles, a depressão é a mais freqüente e está associada ao maior risco de morbidade e de mortalidade, ao aumento na utilização dos serviços de saúde, à negligência no autocuidado, à adesão reduzida aos regimes terapêuticos e maior risco de suicídio(5). A presença de comorbidades e o uso de múltiplos medicamentos são habituais na população geriátrica, fazendo com que, tanto o diagnóstico quanto o tratamento dos transtornos do humor se tornem mais complexos. No Brasil, Veras (1991)(6) investigou as prevalências de depressão na cidade do Rio de Janeiro, estratificando a população em três estratos, de acordo com o seu nível socioeconômico. As prevalências de depressão variaram de acordo com o grupo estudado e foi de 20,9% no distrito com melhor nível socioeconômico e 36,8% no de pior nível socioeconômico. Variações tão importantes em diferentes bairros de uma mesma cidade foram atribuídas às diferenças socioeconômicas da população estudada. Diante da importância desses transtornos e da dificuldade diagnóstica, a avaliação sistemática dos indivíduos idosos com queixas de tristeza e/ou anedonia pode contribuir para melhorar a detecção dessas patologias. Várias escalas para avaliar sintomas depressivos foram desenvolvidas e, muitas delas, têm sido utilizadas para o rastreamento de tais sintomas na população geral. A Escala de Depressão Geriátrica (EDG) é um dos instrumentos mais freqüentemente utilizados para o rastreamento de depressão em idosos. Diversos estudos mostraram que ela oferece medidas válidas e confiáveis(7-9). Descrita em língua inglesa por Yesavage et al (1983), a escala original tem 30 itens e foi desenvolvida especialmente para o rastreamento dos transtornos de humor em idosos, com perguntas que evitam a esfera das queixas somáticas. Entre as suas vantagens destacam-se: é composta por perguntas fáceis de serem entendidas; tem pequena variação nas possibilidades de respostas; pode ser auto-aplicada ou aplicada por um entrevistador treinado. A EDG com 15 itens (EDG-15) é uma versão curta da escala original e foi elaborada por Sheikh & Yesavage (1986), a partir dos itens que mais fortemente se correlacionavam com o diagnóstico de depressão. Esses itens, em conjunto, mostraram boa acurácia diagnóstica, com sensibilidade, especificidade e confiabilidade adequadas. Essa versão reduzida é bastante atraente para rastreamento dos transtornos do humor em ambulatórios gerais, assim como em outros ambientes não-especializados, pois o tempo necessário para a sua administração é menor. A depressão apresenta freqüência elevada com prevalência variando de 1 a 16% entre idosos que vivem em comunidade e podendo aumentar significativamente nessa população quando portadores de patologias clínicas típicas de idosos, como: doença de Parkinson, doença cerebrovascular e doença de Alzheimer, podendo apresentar índices de 45% destes pacientes com sintomatologia de transtorno depressivo grave. Portanto os fatores ligados à depressão precisam ser observados de forma cuidadosa e criteriosa pelos profissionais da saúde, para que se possa realizar a prevenção e o tratamento, a fim de evitar sofrimento ao idoso e dificuldades para seus familiares ou cuidadores, além de conseqüências negativas para a sua qualidade de vida(8). Em pacientes idosos, além dos sintomas comuns, a depressão costuma ser acompanhada por queixas somáticas, hipocondria, baixa auto-estima, sentimentos de inutilidade, humor disfórico, tendência autodepreciativa, alteração do sono e do apetite, ideação paranóide e pensamento recorrente de suicídio. Cabe lembrar que nos pacientes idosos deprimidos o risco de suicídio é duas vezes maior do que nos não deprimidos (10). Os sintomas, em geral, estão associados à presença de doenças físicas ou ao uso de medicamentos. Com o aumento da idade cronológica, podem surgir inúmeras causas de fragilidade ou risco para os indivíduos, das quais se destacam a presença de múltiplas patologias, situação econômica precária, internação hospitalar nos últimos 12 meses, ingestão de muitos medicamentos (polifarmácia), e reações adversas a esses medicamentos (RAM) (11) . A polifarmácia é comumente definida como o consumo múltiplo de medicamentos, embora não haja consenso na literatura quanto à quantidade de medicamentos necessária à configuração de sua prática. Essa definição tem bases unicamente quantitativas, não levando em conta a pertinência clínica no seu uso (por exemplo, a presença de múltiplas doenças) ou a adequação do regime terapêutico proposto. Quantitativamente, ela tem sido classificada por alguns autores como uso concomitante de cinco ou mais medicamentos. Os graus de polifarmácia são geralmente avaliados da seguinte forma: de 5 a 6; de 7 a 9 e > 10 medicamentos(12). Em idosos é comum encontrar em suas prescrições dosagens e indicações inadequadas, interações medicamentosas, associações e redundância de uso de fármacos pertencentes a uma mesma classe terapêutica e medicamentos sem valor terapêutico. Estes fatores podem gerar reações adversas aos medicamentos (RAM), algumas delas graves e fatais. Em conseqüência, ocorre o aumento na incidência dos problemas relacionados aos medicamentos (PRM), deixando essa população vulnerável aos vários problemas de saúde. Numa revisão sistemática da literatura relacionada com fatores que influenciam de forma significativa a internação hospitalar do doente idoso, a polimedicação constituiu um fator preditor positivo em relação a tempo de internação, reinternação e mortalidade(13). Estima-se que 23% da população brasileira consome 60% da produção nacional de medicamentos, principalmente as pessoas acima de 60 anos. Esse padrão elevado no consumo de medicamentos entre os idosos que vivem na comunidade tem sido descrito em outros estudos no Brasil e no mundo (14). Idosos são particularmente vulneráveis aos efeitos adversos de medicamentos — essa é uma questão importante, já que os indivíduos dessa faixa etária são aqueles que mais consomem medicamentos. Almeida et al., (1999)(15) observaram que o uso concomitante de diversos medicamentos é uma prática comum entre os idosos atendidos em um serviço público de saúde mental. Mais de 40% dos entrevistados estavam utilizando pelo menos três medicações diferentes diariamente, e 10% pelo menos cinco. As classes de medicamentos mais freqüentemente utilizadas eram os antidepressivos (42,4%), drogas anti-hipertensivas (32,6%), hipnóticos e sedativos (21,2%), e neurolépticos (20,1%). Compreender os padrões de utilização de medicamentos é essencial para avaliar o impacto de novas terapias, planejar e estabelecer melhorias nos serviços de atenção em saúde, especialmente na população idosa. Nesse sentido, faz-se necessário o conhecimento da realidade dos idosos do País, observando-se as dificuldades e necessidades dessa população em relação ao estado favorável de saúde e sua relação com o uso racional de medicamentos. Portanto, será sempre importante e necessária a articulação da saúde mental com a atenção básica, principalmente através da Estratégia de Saúde da Família (ESF), que é a principal porta de entrada do SUS. Os benefícios deste estudo estão direcionados a identificar os determinantes que interferem no aparecimento de depressão em idosos em uma equipe de Saúde da Família. Busca ainda relatar às autoridades competentes as sugestões de melhorias no atendimento ao idoso no que diz respeito ao acesso a Saúde Mental e Assistência Farmacêutica. METODOLOGIA No presente trabalho foram considerados idosos os indivíduos de idade igual ou superior a 60 anos, agrupados dicotomicamente segundo duas faixas etárias 60 a 79 anos e 80 anos ou mais. Para execução deste trabalho foi adotada a realização de um estudo descritivoexploratório, de acordo com os pressupostos do método quantitativo. Do ponto de vista epidemiológico trata-se de estudo do tipo transversal, descritivo, uma vez que permite observar, descrever e avaliar os determinantes do risco de depressão em idosos em uma equipe da Estratégia de Saúde da Família. Este estudo foi desenvolvido no município de Goiânia, no Distrito Sanitário Campinas-Centro na Unidade de Atenção Básica de Saúde da Família (UABSF) Leste Universitário. Esta Unidade é composta por 04 equipes de saúde da família e a pesquisa foi realizada apenas com a Equipe 1. A Unidade conta com uma estrutura de 08 consultórios médicos, 03 salas de enfermagem, 02 consultórios de saúde bucal, 01 sala de curativos, 01 sala de vacina, 01 sala de expurgo, farmácia, parte administrativa composta de 01 sala de reuniões, 01 copa, 01 sala de diretoria, 01 sala de emissão de vale - exame, recepção e 01 depósito. A assistência é realizada por 04 equipes de saúde bucal (04 cirurgiões-dentista, 04 técnicos em saúde bucal e 04 auxiliares de saúde bucal) 04 enfermeiros, 24 ACS, 04 médicos generalistas e 04 técnicos de enfermagem, que atendem ambulatório e intercorrências, e ainda priorizam a promoção da saúde e prevenção de doenças. A escolha da Unidade se deu em função da mesma participar do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET Saúde), Convênio da Secretaria Municipal de Saúde com a Universidade Federal de Goiás, possibilitando uma maior integração do serviço com a Universidade. Na UABSF Leste Universitário estão cadastradas cerca de 4.929 famílias, com aproximadamente 19.716 usuários, sendo cadastrados na Equipe 1, 1.264 famílias, entre os quais há 134 idosos cadastrados, segundo dados do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). Deste total foram entrevistados 92 idosos (68,6%) de ambos os sexos. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Goiás, sob o parecer 061/2010CEP e atende aos requisitos da Resolução CNS 196/96 e suas complementares. Num primeiro momento, após a leitura informativa e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, foi aplicada a Escala de Depressão Geriátrica - EDG na população de idosos da Equipe 1. A EDG é um dos instrumentos mais freqüentemente utilizados para o rastreamento de depressão em idosos. Foi utilizada a Escala de Depressão Geriátrica com 15 itens (EDG-15) por ser uma versão curta da escala original, elaborada por Sheikh & Yesavage (1986), a partir dos itens que mais fortemente se correlacionam com o diagnóstico de depressão. Essa versão reduzida é bastante atraente para rastreamento dos transtornos do humor em ambulatórios gerais, assim como em outros ambientes não-especializados, pois o tempo necessário para a sua administração é menor. Após a aplicação da EDG-15, foi utilizado um questionário contendo questões abertas e fechadas. O questionário utilizado como instrumento de coleta foi constituído de cinco partes – dados de identificação e sócio-demográficos, saúde, uso de medicamentos, utilização dos serviços de saúde e qualidade de vida. Os dados foram coletados no período de maio e junho de 2010, através de entrevista semi-estruturada. A escala e o questionário foram aplicados pelas pesquisadoras e respondidos individualmente, garantindo toda privacidade e sigilo. Foi utilizado como critério de inclusão os usuários idosos, cadastrados na Equipe 1 da ESF, que aceitaram participar da pesquisa e que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Como critério de exclusão, usuários que se negaram a participar da pesquisa ou usuários que não estavam em condições físicas e mentais para responderem o questionário. Os Dados de respostas objetivas foram categorizados com posterior alimentação de banco de dados. As respostas fechadas foram convertidas em porcentagens e os dados gerados foram analisados utilizando-se o programa Excel® (Microsoft), para a elaboração de gráficos e tabelas. Os dados foram avaliados utilizando-se a análise de conteúdo e estatística descritiva. Foi utilizado o Teste de hipóteses Qui Quadrado, que se destina a encontrar um valor da dispersão para duas variáveis nominais. É um teste não paramétrico, ou seja, não depende de parâmetros populacionais, como média e variância. O princípio básico deste método é comparar proporções, isto é, as possíveis divergências entre as frequências observadas e esperadas para um certo evento. Para análise das amostras pequenas (n<20) onde o erro do valor de Qui quadrado é alto e, portanto, o teste não é recomendável, foi utilizado o Teste Exato de Fisher, o qual permite calcular a probabilidade de associação das características que estão em análise, ou seja, a probabilidade de tais características serem independentes, quando o número total de dados é pequeno. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A presente análise é pautada nos dados coletados nas entrevistas feitas com os idosos pertencentes à área de abrangência da Equipe 1 da UABSF Leste Universitário, localizada no Município de Goiânia-GO. A Tabela1 apresenta a distribuição relativa das características demográficas e socioeconômicas dos idosos. Tabela 1. Distribuição dos idosos entrevistados de acordo com a caracterização sócio-demográfica e econômica, Goiânia, Goiás, Brasil, 2010 Características n Idade 60 – 79 anos Acima de 80 anos Sexo Feminino Masculino Estado civil1 Casado Solteiro Viúvo Outros Composição familiar Mora só Com companheiro (s) Escolaridade Sem escolaridade Ensino fundamental Ensino médio Ensino superior Renda familiar mensal Até 1 salário mínimo De 1 a 4 salários mínimos Mais de 4 salários mínimos Aposentado Não Sim Trabalho remunerado Não Sim Uso de bebida alcóolica Não Sim Fumo Não Sim Atividade física Não Sim Estado de Saúde Ótimo Bom Regular Ruim % 78 14 84,8 15,2 75 17 81,5 18,5 36 9 40 7 39,1 9,8 43,5 7,6 49 43 53,2 46,8 36 38 14 4 39,1 41,3 15,2 4,3 13 33 14 14,1 70,7 15,2 24 68 26,1 73,9 81 11 88 12 80 12 86,9 13,1 85 7 92,4 7,6 40 52 43,5 56,5 3 27 46 16 3,3 29,3 50,0 17,4 75 17 81,5 18,5 84 8 91,3 8,7 43 49 46,7 53,3 Internação nos últimos 6 meses Não Sim Relacionamento familiar Ótimo/Bom Ruim/Péssimo Problemas na família (Alcoolismo, uso de outras drogas ou violência) Não Sim Como destacado anteriormente, foram considerados idosos os indivíduos de idade igual ou superior a 60 anos, agrupados dicotomicamente segundo duas faixas etárias 60 a 79 anos e 80 anos ou mais. Na amostra de 92 idosos, houve predominância do sexo feminino, com 75 mulheres (81,5%). Quanto à idade, a maior freqüência dos idosos estava na faixa etária entre 60 e 79 anos (n=78). Tabela 2. Distribuição dos idosos entrevistados de acordo com a caracterização sócio-demográfica e relação com o risco de depressão. Goiânia, Goiás, Brasil, 2010 Sintomatologia depressiva Não Características n % Depressivos depressivos p (n) (n) 0,211* Idade 60 – 79 anos 51 27 78 84,8 Acima de 80 anos 12 2 14 15,2 0,568* Sexo Feminino 50 25 75 81,5 Masculino 13 4 17 18,5 0,046* Estado civil1 31 5 Casado 36 39,1 Solteiro 4 5 9 9,8 Viúvo 25 15 40 43,5 Outros 3 4 7 7,6 0,099* Composição familiar 29 20 49 Mora só 53,2 34 9 43 Com companheiro (s) 46,8 0,237** Escolaridade Sem escolaridade 30 6 36 39,1 Ensino fundamental 21 17 38 41,3 Ensino médio 8 6 14 15,2 Ensino superior 4 0 4 4,3 0,129** Renda familiar mensal Até 1 salário mínimo 11 2 13 14,1 De 1 a 4 salários mínimos 44 21 33 70,7 Mais de 4 salários mínimos 8 6 14 15,2 0,804* Aposentado Não 16 8 24 26,1 Sim 47 21 68 73,9 0,163* Trabalho remunerado Não 53 28 81 88 Sim 10 1 11 12 * Teste Exato de Fisher **Qui-quadrado para tendência linear 1 Para análise estatística foram consideradas as categorias: sem companheiro (solteiro/viúvo) e com companheiro (casado/outros) Pela análise estatística, apresentada na Tabela 2, verificou-se que não houve diferenças significativas quanto à presença de depressão entre as faixas etárias estudadas. Para o estado civil, a freqüência de sintomatologia depressiva foi maior entre os idosos casados (83%). A respeito da composição familiar o número de domicílios unipessoais (11,9%) não foi expressivo em relação aos demais arranjos domiciliares de idosos, que em sua grande maioria mora com mais pessoas. Isto se deve ao fato de a idade da maioria ser entre 60-79 anos (84,7%), e ao estado conjugal (39,1%). Em relação à escolaridade, a maioria dos idosos não tinha escolaridade (n=36) sendo que 83% destes apresentaram frequência maior para risco de depressão. Não obstante, se for considerado os idosos que tinham curso superior, todos eles apresentaram sintomatologia depressiva. O fato de ter cursado nível superior demonstrou não ser fator de proteção para sintomatologia depressiva. Esses resultados diferem dos encontrados nos estudos realizados por Chong et al., (2001)(16) e Liu et al. (1997)(17) onde os pesquisadores observaram que o fato de ter cursado colegial ou nível superior demonstrou ser fator de proteção para sintomatologia depressiva. Ao analisar a renda familiar mensal, o risco para depressão foi maior entre os idosos com renda familiar de até 1 salário mínimo (84,6%) quando comparada com idosos com renda familiar superior a 4 salários-mínimos. Este resultado também foi observado quando considerado a variável aposentadoria, onde idosos que não possuíam aposentadoria apresentaram um risco maior para depressão (66,6%). Embora não tenha havido diferenças estatisticamente significativa quando comparado o trabalho remunerado com a EDG-15, pode-se inferir que, pessoas de classes socioeconômicas mais elevadas podem ter maior facilidade em exercer sua escolha, seja na compra de bens de consumo que facilitem o seu dia-a-dia, seja no acesso ao cuidado com a saúde. Segundo Alves (2004)(18), os estudos têm demonstrado que a baixa renda dos idosos atua negativamente no comportamento saudável, no ambiente domiciliar, no acesso aos serviços e aos cuidados de saúde, mesmo se esses são disponibilizados adequadamente e, finalmente, nos recursos materiais. Segundo os resultados obtidos com a pontuação na Escala de Depressão Geriátrica (Figura 1), ao dicotomizarmos como risco de depressão, a combinação de depressão leve a moderada e severa / sem risco, observou-se que 68,5% (n=63) dos idosos apresentaram risco de depressão, pois alcançaram mais de 5 pontos no escore utilizado. 60 51,1 50 40 31,5 30 17,4 20 10 0 sem risco risco leve a moderado risco severo Figura 1. Distribuição percentual do Risco de depressão na população idosa conforme aplicação da Escala de Depressão Geriátrica – 15 (EDG-15). Goiânia, Goiás, Brasil, 2010 A taxa de prevalência do risco de depressão em idosos foi de 68,5%. Entre os que apresentaram risco de depressão, 51,1% foram caracterizados tendo o risco de depressão leve a moderado (escore de 6 a 10 pontos) e 17,4% com risco de depressão severa (escore de 11 pontos ou maior). A maioria dos idosos abordados declarou nunca ter utilizado bebida alcoólica (87%) e não fumar (92,4%). Além disso, 56,5% (n=52) dos 92 idosos afirmaram praticar algum tipo de atividade física (Tabela 3). Estes dados sugerem que estas pessoas se preocupam com a saúde e com a espectativa de vida, pois boa parte conhece a importância da atividade física e preserva-se dos males potenciais do cigarro e do álcool. Tabela 3. Frequência do uso de bebida alcoólica, fumo e execução de atividades físicas pelos idosos entrevistados e a relação desses dados com o risco de depressão Goiânia, Goiás, Brasil, 2010. Sintomatologia depressiva Não Características n % Depressivos depressivos P (n) (n) 0,999* Uso de bebida alcóolica1 Não 55 25 80 86,9 Sim 8 4 12 13,1 Fumo Não 58 27 0,999* 85 92,4 Sim 5 2 7 7,6 Atividade física 0,824* Não 28 12 40 43,5 Sim 35 17 52 56,5 * Teste Exato de Fisher 1 Para análise estatística foram consideradas as categorias: ótimo/bom e regular/ruim Inúmeros benefícios físicos e psicossociais que resultam da prática regular de atividade física são relatados na literatura. Entre eles, estão: o aumento da força muscular, a melhora do condicionamento cardiorrespiratório, a redução de gordura, o aumento da densidade óssea, a melhora do humor e da auto-estima e a redução da ansiedade e da depressão (19) . Na presente pesquisa, não houve uma relação direta com o hábito de fumar e depressão. Esses dados são divergentes dos encontrados por Cabrera & Jacob Filho (2001)(20) onde mostraram que entre tabagistas havia maior proporção de depressão que em não tabagistas, mesmo entre idosos. Com relação à variável álcool, constatou-se que a freqüência de risco para depressão não sofre alterações com este fator, reforçando os resultados encontrados por Livingston (2000)(21) e Roberts (2000)(22), que consideraram o consumo de álcool como fator de risco para depressão não evidenciaram a associação. No que concerne aos dados relativos ao estado de saúde (tabela 4), entre os indivíduos que avaliaram sua saúde como pior (categoria regular / ruim) e estão menos satisfeitos com ela, a frequência do risco de depressão foi de 72,6%. A depressão envolve uma série de comprometimentos no funcionamento de uma pessoa. Os resultados do estudo de Fleck e cols. (2002)(23) mostraram que a presença de sintomatologia depressiva está associada com pior funcionamento social e qualidade de vida, bem como a uma maior utilização dos recursos de saúde. As avaliações de saúde auto-referidas hoje não são mais consideradas meramente impressões relacionadas a condições reais de saúde. Para Idler (1997)(24) indivíduos que relatam condições de saúde ruim têm riscos de mortalidade consistentemente mais altos que aqueles que reportam melhor estado de saúde. Na presente pesquisa, ao perguntar se o entrevistado possuía algum problema de saúde que interferia em sua qualidade de vida, 79,3% dos idosos responderam que sim (n=73), sendo que 75,3% destes apresentaram frequência maior para risco de depressão. Nessa direção, Fleck e cols. (2002)(23) consideram que pessoas com maior intensidade de sintomas depressivos não estão satisfeitas com sua saúde. Tabela 4. Estado de saúde, internação nos últimos 6 meses, relacionamento familiar dos idosos entrevistados e a relação desses dados com o risco de depressão. Goiânia, Goiás, Brasil, 2010. Sintomatologia depressiva Não Características n % Depressivos depressivos P (n) (n) Estado de Saúde1 0,223* Ótimo 0 3 Bom 18 9 Regular 31 15 Ruim 14 2 Problema de saúde com 0,011* interferência na Qualidade de Vida Sim 55 18 Não 8 11 0,323* Internação nos últimos 6 meses Sim 49 26 Não 10 7 Relacionamento familiar 0,719* Ótimo/Bom 56 28 Ruim/Péssimo 7 1 Problemas na família 0,024* Sim 24 19 Não 39 10 * Teste Exato de Fisher 1 Para análise estatística foram consideradas as categorias: ótimo/bom e regular/ruim 3 27 46 16 3,3 29,3 50,0 17,4 73 19 79,3 20,7 75 17 81,5 18,5 84 8 91,3 8,7 43 49 46,7 53,3 Segundo a análise estatística, apresentada na Tabela 4, verificou-se que não houve diferenças significativas quanto à presença de depressão em relação ao fato do idoso ter sido internado nos últimos seis meses. A respeito da internação, mesmo não sendo expressivo o número de idosos que estiveram internados (n=17), há de se considerar que o risco de depressão neste grupo foi alto (83,3%), resultado também encontrado por Carvalho e Fernandez (1996)(25), que observaram que idosos hospitalizados apresentavam uma maior prevalência de sintomas depressivos graves (56,67%), quando comparados aos idosos domiciliados (23,34%). Para análise estatística da variável relacionamento familiar, as respostas foram dicotomizadas nas categorias ótimo/bom (91,3%) e regular/ruim (8,7%). Dentre os pacientes que consideraram seu relacionamento familiar como ruim, a frequência do risco de depressão foi de 87,5%. Estes dados corroboram com os estudos de Prince et al (1998)(26) onde constatou-se que idosos insatisfeitos com o suporte familiar recebido, ou que passam muito tempo só, ou que tenham desavenças nos relacionamentos pessoais também foram associados com a presença de depressão. Em relação à variável que considera a presença de preocupação nos idosos, essa foi elevada de um modo geral, especialmente no grupo com maior risco de depressão. Portanto, os idosos se tornam mais suscetíveis aos problemas de saúde, dificuldades financeiras, perdas afetivas e sociais, o que aumenta a necessidade de assistência integrada que contemple essa vulnerabilidade. Outro fator que pode implicar na perda de saúde mental e, mais especificamente, surgimento de sintomas de depressão, é o aspecto referente à estrutura familiar. No estudo de Santos (2007)(27) foram utilizadas algumas variáveis na tentativa de controlar os efeitos da família sobre a probabilidade de um indivíduo apresentar a doença, a saber: o número de membros da família, se é casado e se é o responsável pela família. Para Bellini (2002) (28) no âmbito familiar, a violência torna-se uma bola de neve, pois “a violência nas relações familiares configurase como uma das formas de relação de poder, mantendo se com a participação de todos os membros, ora nas mãos de uns, ora de outros”. Ou seja, na família que vivencia a problemática do uso abusivo de álcool e outras drogas, a violência física ou psicológica passa a ser praticada e sofrida por todos os membros do grupo familiar, o que pode acarretar no desenvolvimento de fatores e sintomas relacionados à depressão. CONSIDERAÇÕES FINAIS Um aumento da população idosa vem sendo observado em todo o mundo. Atualmente, a idade avançada é descrita como desprovida de força, incapaz de prazer, solitária e repleta de amargura. No passado, certas sociedades garantiam ao idoso o poder, a honra e o respeito. No contexto da atual edição da Política Nacional de Saúde do Idoso, e o veloz processo de envelhecimento que ocorre no Brasil, os esforços tendem a concentrar-se em manter o idoso na comunidade, com apoio social junto à sua família, da forma mais digna e confortável possível. O reconhecimento e tratamento de transtornos depressivos na população idosa permanecem um desafio. É fundamental, portanto, que os profissionais de saúde tenham familiaridade com as características da depressão no idoso e estejam preparados para investigar a presença de sintomas depressivos entre aqueles em contato com eles. Nesse sentido, o uso sistemático de escalas de depressão pode facilitar a detecção desses casos na prática clínica. A escolha da escala vai depender de uma série de fatores como sua capacidade para detectar casos, sua sensibilidade para monitorar mudanças ao longo do tempo, a consistência de suas medidas, e a facilidade com a qual ela pode ser administrada. A taxa de prevalência do risco de depressão em idosos foi de 68,5%. Os profissionais de saúde devem ser capacitados a reconhecer as formas mais comuns de apresentação das síndromes depressivas em idosos, dando mais subsídios às investigações médicas rotineiras e permitindo intervenções precoces e eficazes. A Estratégia de Saúde da Família é uma proposta de mudança de modelo, que prioriza a promoção da saúde, prevenção de doenças e agravos, bem como o acompanhamento e tratamento do usuário, a partir da área de abrangência da equipe, valorizando a inserção familiar e social deste usuário, através do trabalho multiprofissional, baseado na saúde integral. Há que se ressaltar a importância da educação continuada em Saúde Mental para estas equipes, para que se apropriem do conhecimento e saber específicos relacionados a esta temática, como: reconhecer sinais e sintomas de depressão, conhecimento da Rede de Saúde e Social à qual pertencem, conhecimento acerca da Rede Especializada em Saúde Mental e seu funcionamento (saber para onde, como e quando encaminhar), além de mudanças de ações e estratégias de saúde como parte de seu cotidiano e rotina, e ainda a priorização da escuta diferenciada e qualificada. Portanto, sugerem-se novos estudos com idosos sobre sintomas depressivos em amostras de base populacional diferenciadas, para melhoria da atuação de profissionais das equipes da ESF e que serão de grande relevância para a saúde pública como um todo. Se faz necessária também a comparação da prevalência dos sintomas de forma isolada em outras populações. Além disso, a validação do instrumento empregado no presente estudo seria um importante esforço para se dispor de um questionário simples, possível de ser utilizado tanto em ambiente de pesquisa de campo quanto na prática em atenção primária. REFERÊNCIAS 1- TONINI, N. S.; KANTORSKI L.P.; SCHNEIDER, J. F. Políticas de Saúde Mental e a Reforma Psiquiátrica. In: Seminário Nacional Estado e Políticas Sociais no Brasil, 2003, Cascavel-PR. Anais Seminário Nacional Estado e Políticas Sociais no Brasil, 2003. 2- CARNEIRO, R. S. et al. Qualidade de vida, apoio social e depressão em idosos: relação com habilidades sociais. Revista Psicologia e Reflexões Críticas, v. 20, n.2, 2007. 3- IRIGARAY, T.Q., SCHNEIDER, R.H., Dimensões de personalidade, qualidade de vida e depressão em idosas. Revista Psicologia em Estudo.v.14 n.4 Maringá out/dez 2009. 4- TAMAI, S. Epidemiologia do Envelhecimento no Brasil. Em: Forlenza, O. V, Almeida, O. P. (1999). Depressão e Demência no Idoso, 2ª edição. (p. 11- 24). 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