Metrópole-territóriorede:hierarquização e inserção
mundial
Caso brasileiro: critérios para distinção
e classificação de RM
• Intensidade do fenômeno de integração dos
municípios à dinâmica de aglomeração
• Grau de concentração de atividades
• Características sociais do conjunto
Hierarquia metropolitana
• Pressuposto centralidade
• De que tipo?Chamada Nova economia
Classificação metropolitana
Critérios:
- Intensidade do fenômeno de integração dos
municípios à dinâmica de aglomeração
- Grau de concentração de atividades
- Características sociais do conjunto
metropolitano
CATEGORIAS DOS ESPAÇOS URBANOS
SELECIONADOS
1
São Paulo
2
Rio de
Janeiro
3
Belo
Horizonte
4
5
6
Campinas
Baixada
Santista
Foz do Itajaí
Porto
Alegre
Manaus
N/NE
Catarin.
Vale do Aço
Brasília
Vitória
Natal
Carbonífera
Curitiba
Goiânia
Londrina
Tubarão
Salvador
Belém
São Luís
Macapá
Recife
Florianópolis
Maceió
Rio Branco
Cuiabá
Palmas
Campo
Grande
Boa Vista
Fortaleza
João Pessoa
Vale do Itajaí
Aracaju
Teresina
Maringá
Porto Velho
INDICADORES SELECIONADOS
ESPAÇOS URBANOS NO TOTAL DO BRASIL
ESPAÇO URBANO
CATEGORIA
INTEGRAÇÃO
CONCENTRAÇÃO
CONDIÇÃO SOCIAL
Metropolitano
São Paulo
1
muito alta
menos concentrada
muito boa
Rio de Janeiro
2
muito alta
concentrada
boa
Belo Horizonte
3
média
menos concentrada
média alta
Porto Alegre
3
média
menos concentrada
boa
Brasília
3
muito alta
muito concentrada
média baixa
Curitiba
3
média
concentrada
boa
Salvador
3
baixa
concentrada
média alta
Recife
3
média
menos concentrada
ruim
Fortaleza
3
média
concentrada
ruim
Campinas
4
média
menos concentrada
muito boa
Manaus
4
-
-
média baixa
Vitória
4
alta
menos concentrada
média alta
Goiânia
4
média
muito concentrada
média alta
Belém
4
alta
muito concentrada
média baixa
Florianópolis
4
alta
concentrada
muito boa
Baixada Santista
5
média
menos concentrada
média alta
Norte/Nord. Catarinense
5
baixa
concentrada
muito boa
Natal
5
alta
muito concentrada
média baixa
Londrina
5
alta
muito concentrada
média alta
São Luís
5
alta
muito concentrada
ruim
Maceió
5
alta
muito concentrada
ruim
Cuiabá
5
alta
muito concentrada
média alta
Campo Grande
5
-
-
média baixa
João Pessoa
5
alta
muito concentrada
ruim
Vale do Itajaí
5
muito baixa
menos concentrada
muito boa
Aracaju
5
alta
concentrada
média baixa
Teresina
5
muito baixa
muito concentrada
ruim
Met. Nacional
Maringá
5
alta
muito concentrada
boa
Porto Velho
5
-
-
média baixa
Met. Regional
Foz do Itajaí
6
alta
menos concentrada
boa
Vale do Aço
6
muito baixa
menos concentrada
média baixa
Carbonífera
6
muito baixa
muito concentrada
boa
Tubarão
6
baixa
muito concentrada
média alta
Macapá
6
-
-
ruim
Rio Branco
6
-
-
média baixa
Palmas
6
-
-
média alta
Boa Vista
6
-
-
média alta
Não-Metropolitano
Metrópole Global
Centros Regional
C. Sub-Regional
IPEA/IBGE/UNICAMP
Regiões metropolitanas
• Constituídas a partir da Lei Complementar n. 14
de junho de 1973, em atendimento a então
Constituição em vigor, sendo a primeira legislação
especial a tratar do tema das Regiões
Metropolitanas.
Nela foram dispostas as
primeiras oito Regiões Metropolitanas do Brasil, a
saber, Salvador (BA), Fortaleza (CE), Belo
Horizonte (MG), Belém (PA), Curitiba (PA) Recife
(PE), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP). Mais
tarde a Região Metropolitana do Rio e Janeiro
seria estabelecida pela Lei Complementar n.
20/75.
• A partir da a Carta Constitucional de 1988 (art.
25), a criação de
novas regiões
metropolitanas passa a ser atribuição dos
Estados e não mais do governo federal como
ocorria desde 73.
Características mais relacionadas com
as RMs
• Conurbação
• Existência de intensas relações econômicas e
sociais
• Redes e fluxos intensos
Região metropolitana de Manaus
fonte: adaptado de Ehnert, Alexandre Ricardo von . A região metropolitana de Manaus e as migrações pendulares, São paulo: FFLCH, 2011 (dissertação de
mestrado). Disponível em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-17082012-094101/pt-br.php
Ponte Rio Negro (2011) – ligação Manaus Iranduba
RM de Manaus
RM de São Paulo
RM de São Paulo
RM de São Paulo
Metropolização do espaço
Determinação
histórica
da
sociedade
contemporânea
Passagem do fordismo para o pós-fordismo
Possível a partir do desenvolvimento de redes
(materiais e imateriais)
Expressão da multiplicidade de fluxos
Associado ao processo de desconcentração
industrial
Centralização de comandos
Scott- Cidade Região.
Relacões multiescalares
• Escala da metropóle- investimentos em
infraestruturas na sede da RM e nas
articulações metropolitanas
Infraestrutura rodoviária escala
metropolitana
Passado e presente- harmonia????
Casa bandeirantista e mega empreendimento na Av. Faria Lima
Preservação??
Dinâmica dos processos urbanos (tendências)
Lefebvre- A produção do espaço
• Homogeneização
• Fragmentação
• Hierarquização
• Metrópole- nível espacial que estabelece
relação entre o local e o global)
Processos de metropolização no
seio da mundialização
• Áreas metropolitanas- espaços colonizados
• Áreas metropolitanas- urbanização como
negócio
Áreas metropolitanas- espaços
colonizados
• (D. Harvey, R. Luxemburgo)Territórios não
capitalistas proporcionam a única forma capaz
de estabilizar o sistema
• A. Oliveira- ao falar do campo já indicava em
seus trabalhos: simultaneidade de reprodução
de relações tipicamente capitalista e não
capitalistas
HIPÓTESE
• Capital necessita de territórios em situação
não capitalista para responder a situações de
crise de reprodução dos espaços urbanos em
áreas metropolitanas
Territórios não capitalistas
• Usados em momentos de crises de
expansão/acumulação
• Reservas
• Não metropolitanos
• adormecidos
Espaços metropolitanos
• Como caracterizá-los?
Positivista
• Dados objetivos: acumulo de densidade
demográfica, atividades produtivas,
econômicas, circulação, que entretanto só têm
sentido em relação a outra área
metropolitana. O que implica em problemas
de classificação
Funcional-organizativo
• Fluxos-tempo
• Implica na análise de gestão política mas
também traz problemas ao escamotear o
papel político de privilégio a
produção/reprodução capitalista
• Fluidez seletiva e diferenciada
Áreas metropolitanas
• Espaços que acumulam e dispõe de maior
capacidade para transformar em bens escassos
elementos necessários a reprodução da vida urbana
(água, ar, mobilidade, espaço doméstico,
privacidade, tempo, tranquilidade.
• Difusão de novas formas de relações de trabalho,
consumo etc.
• Colonização de territórios pela sede, ou centro
metropolitano- instalação de presídios, aeroportos
etc
Escassez
• sustenta o processo de colonização dos
espaços metropolitanos
• Acentua a diferenciação sócio-espacial
• Reforça o negativo do que se considera cidade
Áreas de reserva
• Clássicas: Bairros periféricos (loteamentos
irregulares, conjuntos habitacionais) e favelas
(centrais e periféricas)
Territórios reserva
• incorporação de áreas ainda não edificadas ou com pouca
edificação que ficam nas bordas da metrópole podendo ser:
• A. Residenciais: a partir da criação de condomínios fechados
de alto padrão, que vendem espaços tidos como seguros, com
sofisticação, tecnologia, possibilitando a satisfação de
necessidades como por exemplo o lazer nesse espaço, sendo
a negação da ideia de cidade, entendida aqui como o lugar do
encontro, da diversidade, do viver o público, já que se criam
espaços de encontro entre os mesmos.
• B. Industriais- distritos industriais
• C. condomínios empresariais (lógistica)
Conflitos
• os espaços de reserva também poderiam
assim ser chamados os espaços que ainda não
estão valorizados, mas que já concentram
população, em geral de baixa renda, nas
chamadas periferias pobres da região
metropolitana, onde a habitação é construída
pelos moradores, em ares em que não há
regularização da propriedade, nos chamados
loteamentos irregulares
Consequências do processo
• Investimentos do Estado (infra-estrutura e
equipamentos)
• Valorização da áreas
• Processo de expulsão e mudança populacional
• Reincorporação de áreas desvalorizadas ao mercado
imobiliário a partir de uma revalorização da mesma
com uma mudança de função
Áreas industriais
• Áreas industriais, a partir da mudança da
produção fordista para a Flexível
• Processo de desvalorização
• Discurso da renovação: Parceria públicoprivada
• Investimentos públicos
• Mudança de função e investimentos privados
Áreas centrais
•
•
•
•
Novo papel no cenário de modernidade global
Monumentalidade: permanência e mudança
Higienização social
Centralidade de comando(financeiro, político,
social)/ações a partir da existência das redes
técnicas.
As redes geográficas
• Embora muito destaque se dê a categoria redes hoje, ela
sempre fez parte do arcabouço geográfico (Lobato, Monbeig).
• São entendidas como os nós criados e fixados pela sociedade
no espaço terrestre.
• Se articulam entre si por vias e fluxos (materiais, imateriais,
rápidos, lentos e em diversas escalas)
• Hoje, tendencialmente, marcados pela aceleração da
velocidade embora os tempos lentos coexistam.
• Lógica territorial e lógica reticular
Rede informacional
Rede urbana- SP
Rede urbana BR
Rede ferrometroviária SP
Rede metroviária . Cid. México
Rede metroviária Paris
Rede do tráfico de drogas- América do Sul
Bibliografia básica
•
CARLOS, A. F. A. Dinâmicas urbanas na metrópole de São Paulo. in: América Latina:cidade, campo e turismo. Lemos ,A. I. G.;
Arroyo, M. ; Silveira, M. L . CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, San Pablo. Diciembre 2006. Disponível :
http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/edicion/lemos/04alessand.pdf
•
CORREA, R. L. “ Logística do espaço brasileiro: as redes geográficas” in IBGE, Atlas nacional do Brasil, Rio de Janeiro: IBGE,
2000.
DIAS, L. C. “ A importância das redes para uma nova regionalização brasileira: notas para discussão” in LIMONAD, E.
HAESBAERT, R. e MOREIRA, R. (ORG). Brasil século XXI, por uma nova regionalização, São Paulo: Max Limonad, 2004, pp.
161 a 172.
Ehnert, Alexandre Ricardo von . A região metropolitana de Manaus e as migrações pendulares, São paulo: FFLCH, 2011
(dissertação de mestrado). Disponível em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-17082012-094101/ptbr.php
•
•
•
LENCIONI, S. A metamorfose de São Paulo: o anúncio de um novo mundo de aglomerações difusas in REVISTA PARANAENSE
DE DESENVOLVIMENTO, Curitiba, n.120, p.133-148, jan./jun. 2011, pp. 137-148. Disponível em:
http://www.ipardes.pr.gov.br/ojs/index.php/revistaparanaense/article/download/176/672
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Metropolização, redes e fluxos