Artigo Original Osteoma craniofacial: Estudo de 35 casos Craniofacial osteoma: Study of 35 cases Ricardo Wathson Feitosa de Carvalho Antonio Azoubel Antunes1 Michael Rodrigo Tavares de Melo Emanuel Sávio de Souza Andrade Carlos Umberto Pereira 4 RESUMO ABSTRACT Introdução: O osteoma é um tumor benigno de crescimento lento, composto de osso esponjoso ou compacto, originado no periósteo dos ossos craniofaciais. Objetivo: Relatar o perfil epidemiológico de pacientes portadores de osteomas craniofaciais. Métodos: Foi realizado um estudo multicêntrico retrospectivo dos casos diagnosticados no Serviço de Neurocirurgia do Hospital Governador João Alves Filho (Aracaju/SE), durante o período entre janeiro de 1999 a junho de 2008 e no Laboratório da Disciplina de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia de Pernambuco – FOP, da Universidade de Pernambuco – UPE, no período de julho de 1992 a julho de 2008. Foram analisados os indicadores gênero, faixa etária, localização topográfica, sintomatologia, tratamento, a partir de ficha própria de coleta de dados. Resultados: Foi observado que 14 casos (40%) possuíam localização craniana, enquanto em 21 casos (60%) o acometimento era facial. A localização topográfica craniana mais freqüente foi o osso frontal (57%), seguido pelo temporal (14%). Na face, o osso mandibular predominou com 67% dos casos. O gênero feminino mostrou-se predominante, com 60% dos casos. As lesões foram mais freqüentes na segunda década de vida (40%), independentemente se o acometimento foi craniano ou facial. Apresentaram-se comumente assintomáticas (62%), sendo os casos sintomáticos em sua maioria com localização craniana (57%). Conclusões: Os osteomas cranianos e faciais são mais freqüentes no osso frontal e mandibular, respectivamente. O gênero feminino e a segunda década de vida mostram mais acometimento. A maioria dos casos apresentou-se assintomática, porém, sintomáticos quando cranianos. Introduction: Osteoma is a benign slow growth tumor, constituted by compacted or sponged bone with the origin in the skull and face periosteum. Objective: To report the epidemiologic pattern of patients with craniofacial osteomas. Methods: A multicentric retrospective study was done, regarding the cases diagnosed at Governador João Alves Filho Hospital Neurosurgery Service (Aracaju/SE) between January, 1999 and June, 2008 and at the Pernambuco School of Dentistry Oral Pathology Laboratory (FOP/UPE), between July, 1992 and July, 2008. It was analyzed gender, age, topographic site, symptomatology and treatment, through an own paper for data collection. Results: It was observed that 14 cases (40%) were in the skull and 21 cases (60%) in the face. At the skull, the frontal bone was most prevalent (57%), followed by temporal bone (14%). In the face, the mandible represented 67% of all cases. Lesions in females were predominant, with 60% and in the second decade of life (40%). They were mostly asymptomatic (62%), with the symptomatic cases frequently in the skull (57%). Conclusion: The skull and facial osteomas occur frequently in the frontal bone and mandible, respectively. The women and second decade of life show more involvement. Most cases appeared to be asymptomatic, being symptomatic when at the skull. Key words: Osteoma. Bone Neoplasms. Skull Neoplasms. Skull. Face. Ethmoid Bone. Descritores: Osteoma. Neoplasias Ósseas. Neoplasias Cranianas. Crânio. Face. Osso Etmóide. INTRODUÇÃO O osteoma é um tumor benigno de crescimento lento, composto de osso esponjoso ou compacto, originado no periósteo dos ossos craniofaciais1. É considerado o tumor primário mais comum localizado na porção craniofacial2 e é geralmente assintomático3. Localiza-se preferencialmente nos seios paranasais, maxila, mandíbula, seio mastóideo, canal auditivo externo e calota craniana4. Histologicamente pode apresentar-se de três formas distintas: osteoma compacto ou ebúrneo, no qual se encontra pouca quantidade de tecido fibroso; osteoma esponjoso, no qual as quantidades de trabéculas fibrosas são maiores; e osteoma misto, que é uma mistura dos dois tipos anteriores. A grande maioria os osteomas é ebúrnea5. A etiologia é ainda hoje controversa6. Tem sido relatada sua associação com infecção, trauma, radiações ionizantes e com influência hormonal7. Várias teorias foram postuladas para explicar: a teoria embriológica, traumática, infecciosa, metabólica e genética8. Sua manifestação clinica encontra-se diretamente relacionado com a sua localização anatômica. Normalmente é 1) Residente de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário Oswaldo Cruz – HUOC/UPE. 2) Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Sergipe – UFS. 3) Professor Adjunto da Disciplina de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia de Pernambuco – Universidade de Pernambuco – FOP/UPE. 4) Professor Adjunto da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Sergipe – UFS. Instituições: Laboratório de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia da Universidade de Pernambuco – FOP/UPE e Serviço de Neurocirurgia do Hospital Governador João Alves Filho – HGJAF, Recife/PE, Brasil. Correspondência: Ricardo Wathson Feitosa de Carvalho, Rua Dr. Geraldo de Andrade, 101, apt. 104 –52021-220 Recife/PR, Brasil. E-mail: [email protected], [email protected] Recebido em: 06/12/2007; aceito para publicação em: 10/08/2008; publicado online em: 15/12/2008. Conflito de interesse: nenhum. Fonte de fomento: nenhuma. 212 Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v. 37, nº 4, p. 212 - 214, outubro / novembro /dezembro 2008 assintomático, apresenta crescimento lento, sendo descoberto acidentalmente8, podendo ser agressivo com compressão e/ou invasão das estruturas adjacentes9. O tratamento do osteoma craniofacial é a ressecção cirúrgica da lesão, sendo seu prognóstico considerado bom tanto do ponto de vista estético como curativo. A recidiva é rara e a transformação maligna não tem sido relatada na literatura médica. O objetivo do presente estudo é relatar o perfil epidemiológico de pacientes portadores de osteomas craniofaciais, através de um estudo retrospectivo multicêntrico. MÉTODOS O presente estudo de caráter multicêntrico e retrospectivo foi realizado acerca dos casos diagnosticados no Serviço de Neurocirurgia do Hospital Governador João Alves Filho (Aracaju/SE), durante o período entre janeiro de 1999 a junho de 2008 e no Laboratório da Disciplina de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia de Pernambuco – FOP, da Universidade de Pernambuco – UPE, no período de julho de 1992 a julho de 2008. Foram analisados os indicadores gênero, faixa etária, localização topográfica, presença ou não de sintomatologia, exames de imagem e tipo de tratamento realizado, a partir de ficha própria de coleta de dados. Após obtenção dos dados, foi criado um banco de dados com as variáveis contidas na ficha de coleta no software estatístico SPSS (Statistical Package for Social Science), versão 13,0 onde resultados em que o valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significante. A distribuição de freqüências foi utilizada para avaliar as características gerais da amostra, que será realizado pelo pesquisador durante todo o processo de coleta. Após a conclusão da fase de coleta e preenchimento adequado do banco de dados, os resultados foram comparados com os relatos da literatura mundial e os devidos testes estatísticos foram aplicados. O presente estudo foi devidamente cadastrado no comitê de ética em pesquisa da instituição sob o protocolo nº 085/07. O gênero feminino mostrou-se predominante, com 60% dos casos. Quando correlacionado o gênero e a localização, o feminino nas lesões faciais era mais freqüente, sendo o posto quando do acometimento craniano (Tabela 1). Tabela 1 – Distribuição dos pacientes por sexo e localização topográfica. Lesão Masculino Feminino Total Localização Topográfica Crânio Face 9 5 5 16 14 21 Total 14 21 35 Quanto à faixa etária, as lesões foram mais freqüentes na segunda década de vida (40%), independentemente se acometimento craniano ou facial (Figura 2), variando entre oito e 61 anos, tendo 23 anos a média de idade da amostra. De maneira geral as lesões apresentaram-se assintomáticas (62%), sendo os casos sintomáticos em sua maioria com localização craniana (57%) – Figura 3. Figura 2 – Distribuição dos pacientes por faixa etária. RESULTADOS Dentre os osteomas craniofaciais observados no presente estudo, constatou-se que 14 caos (40%) possuíam localização craniana, enquanto em 21 casos (60%) o acometimento era facial. A localização topográfica craniana mais freqüente foi o osso frontal (57%), seguido pelo temporal (14%), parietal (14%), seio etmoidal (7%) e subdural (7%). Já quando a face era acometida, o segmento ósseo mandibular predominou com 67% dos casos, ficando a maxila com 33% dos casos (Figura 1). Figura 3 – Distribuição da presença ou não de sintomatologia e localização topográfica. Todos os pacientes foram submetidos a exame radiográfico simples. Nos 14 casos de localização craniana, foram solicitadas tomografias computadorizadas e, em cinco casos, associada ressonância nuclear magnética. Uma única intervenção cirúrgica mostrou-se suficiente em 97% dos casos, apresentando apenas um caso que necessitou de nova exérese, sendo este localizado no seio etmoidal. Os resultados foram satisfatórios do ponto de vista estético e curativo em 97% dos casos, tendo um paciente (3%) apresentado amaurose. DISCUSSÃO Figura 1 – Localização topográfica dos osteomas craniofaciais. O osteoma é um tumor osteoblástico mesenquimal benigno, composto por tecido ósseo maduro bem diferenciado, com uma predominância da estrutura laminar e de crescimento lento10,11. Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v. 37, nº 4, p. 212 - 214, outubro /novembro / dezembro 2008 213 Esse tumor tem uma arquitetura óssea normal e com predileção para crescer da tábua óssea externa do crânio, mandíbula e seios paranasais12. O osteoma craniofacial geralmente é achado incidental6,13. Sua incidência é de 0,1% a 1% de todos os tumores benignos da calota craniana14,15. Ao exame macroscópico, apresenta uma zona de hiperostose homogênea, bem definida, com características de osso lamelar denso crescendo para fora, sem produzir efeito de massa, com infiltração ou alteração do espaço da medula óssea. Ao exame de microscopia óptica, apresenta-se como osso esclerótico, lamelar e denso, similar à cortical do osso7,16. O acometimento do sexo masculino é mais freqüente5,17,18, sendo geralmente diagnosticado entre a segunda e quinta décadas da vida2,17,18, corroborando com a casuística desse estudo, no qual houve predominância da segunda década da vida, com uma média de idade de 26 anos. Uma das explicações para maior acometimento do gênero masculino é por estar mais exposto a traumas e pelo maior tamanho dos seios da face9. Entretanto, nossos resultados vão de encontro, mostrando ser o gênero feminino o mais acometido. O osteoma pode afetar qualquer osso do esqueleto humano, mas envolve predominantemente o crânio e mandíbula16,19,20. Os osteomas da calota craniana são menos freqüentes que os da base do crânio e pode ser enostotico (tábua interna) ou exostótico (tábua externa)21. Localizam-se freqüentemente nos seios frontal e etmoidal e no ápex petroso6,7,9,16. Tem sido relatada localização intracerebral e subdural19,22,23. Os resultados desse estudo corroboram com os da literatura. Osteomas geralmente são assintomáticos, podendo apresentar tumor local e dor como as principais queixas2. É possível que o tumor permaneça assintomático por tempo variável. Quando sintomático, cursa principalmente com cefaléia e dor facial quando localizado em seios paranasais9. Pode apresentar crescimento facial que provoca deformidades estéticas da face24. Quando da presença de queixas visuais, costumam estar associados ao comprometimento do nervo óptico. Por ser de crescimento lento e de natureza benigna e com aparecimento de sintoma tardio, mas, quando localizado no seio etmoidal, podem ocorrer sintomas rápidos, devido às pequenas dimensões do seio9. Os resultados mostraram que a presença de sintomatologia geralmente se associa às lesões cranianas, estando as lesões faciais comumente assintomáticas. Dos casos estudados, tumor local e dor foram os achados principais, havendo um caso de amaurose por comprometimento do nervo óptico, quando da lesão localizada no seio etmoidal. Apresenta diagnóstico diferencial com meningeoma calcificado, fibroma ossificante, displasia fibrosa, sarcoma osteogênico, doença de Paget e hemangioma, que são distinguidos geralmente pelos exames de imagem associados ao estudo anatomopatológico16. O tratamento do osteoma craniano é a ressecção cirúrgica da lesão, seguida de cranioplastia em casos de falhas ósseas extensas16. A indicação cirúrgica em casos localizados na base do crânio e em seios da face depende de vários fatores e, dentre eles, volume, extensão, sintomatologia e complicações3. Quando localizados em seios paranasais, assintomáticos e de pequeno volume, são submetidos a tratamento conservador e monitorizados clinicamente e tomograficamente e em casos de cefaléia constante, sintomas neurológicos, extensão para estruturas adjacentes ou alterações estéticas, está indicado abordagem cirúrgica25,26. Também tem sido indicado o tratamento cirúrgico em casos assintomáticos por razões estéticas13. CONCLUSÕES Os osteomas craniofaciais são mais freqüentes no osso frontal e mandibular, respectivamente. O sexo feminino e a segunda década de vida mostram mais acometimento. Na maioria dos 214 casos, apresentam-se assintomáticos, porém quando acometimento craniano, sintomatologia comumente estava associada. A exérese da lesão geralmente proporciona resultados satisfatórios do ponto de vista estético e curativo, porém, quando presente potencial compressivo e/ou invasão das estruturas adjacentes, podem desenvolver complicações. REFERÊNCIAS 1. Akay KM, Ongürü O, Sirin S, Celasun B, Gönül E, Timurkaynak E. Association of paranasal sinus osteoma and intracranial mucocele--two case reports. Neurol Med Chir (Tokyo). 2004;44(4):201-4. 2. Izci Y. Management of the large cranial osteoma: experience with 13 adult patients. Acta Neurochir (Wien). 2005;147(11):1151-5. 3. Halhal M, Naciri M, Berbich O, Benabdellah W, Berraho A. [Osteoma of the orbit. A case report] Ostéome de l'orbite. A propos d'un cas. J Fr Ophtalmol. 2000;23(9):888-91. 4. Shibata Y, Matsumura A, Yoshii Y, Nose T. 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