EDITORIAL
- Sorocaba, domingo, 25 de janeiro de 2004
Página A-3
Uma festa que também é nossa
Engana-se quem vê a fundação de São
Paulo como acontecimento acima de controvérsias.
Nesta data, que o calendário litúrgico dedica ao apóstolo Paulo, os jesuítas fundaram,
há 450 anos, seu colégio no Planalto, tendo
junto a si o povoado de São Paulo de Piratininga, que seis anos depois foi elevado a Vila.
Manoel Rodrigues Ferreira, em “As repúblicas municipais no Brasil”, obra publicada em 1980 pela Secretaria de Cultura da
capital, apoiado no diário de navegação de
Martim Afonso de Souza, sustenta uma outra tese.
Afirma o historiador que, havendo chegado ao Brasil com cinco navios e quinhentos homens, parte dos quais destinados a
povoar a terra, Martim Afonso, cumprindo
as determinações recebidas de Dom João
III, “com metade da gente que trouxera,
funda a Vila de São Vicente, com sua Câmara Municipal, tal como o exigiam as Ordenações do Reino.”
“Logo após, subiu ao planalto pela mão de
João Ramalho” e ali, “nesse mesmo ano de
1532, [...] funda, com a outra metade da gente que trouxera, a segunda vila do Brasil, à
qual dá o nome de Piratininga [...], hoje cidade de São Paulo”.
Controvérsias históricas à parte, a fundação de São Paulo, como povoado ou como
vila, contribuiu decisivamente para a forma- desde o centro sorocabano, as suas manadas
por todos os chapadões graminosos da planíção do País.
Ainda no final do século 16, Afonso Sar- cie sul-rio-grandense.”
O sociólogo fluminense destaca a função
dinha procura ouro nas encostas do Morro
do Araçoiaba e ali realiza os primeiros experi- desempenhada pelos sorocabanos. “No sul,
nos platôs paranaenses e catarinenses, nas
mentos siderúrgicos das Américas.
peneplanícies da serra rio-grandense, nos
Sobre a obra povoadora dos paulistas,
pampas gaúchos e na orilha dos liescreve Oliveira Viana: “Irradiandotorais, desde Laguna até ao
se dos seus quatro centros
Pelo seu caráter
Viamão, os objetivos das
principais de dispersão - São
povoador, alcançou
migrações paulistas são
Vicente, Itu, Sorocaba e
[...] essencialmente poTaubaté - os bandeirandestaque o centro de
voadores: só aí eles,
tes paulistas, durante o
correr do II e III séculos dispersão de Sorocaba, como o realmente, conquis[séculos 17 e 18], ex- que mais nobremente traduziu tam e desbravam para
colonizar.”
pandem-se por todo o
a missão de São Paulo. Tem
centro e sul do Brasil.
Os 450 anos de
todos os motivos para ver a
São Paulo são o me“Na corrente de Taudata festiva de hoje como
lhor momento para
baté, sobem para os cerlembrar
que os paulistas
ros mineiros e alcançam,
algo que também lhe
não fizeram apenas o seu
cedo, os vales campinosos
pertence
Estado: moldaram o Brasil e
do S. Francisco e as chapadas
adaptaram a ele a cultura portuauríferas de Mato Grosso e Goiás.
guesa, em amálgama com a do indígena
“De Itu descem, pelo Tietê, até os vales
da bacia do Paraná, onde exercitam sua ativi- e a do africano.
dade predatória contra os aborígenes e as reNesse processo, destacou-se, pelo seu caduções jesuíticas.
ráter povoador, o centro de dispersão de So“Na sua projeção para o sul, ou acompa- rocaba, como o que mais nobremente tradunhando, de Santos para baixo, os contornos ziu a missão de São Paulo. Tem todos os moirregulares do litoral até as aflorações insu- tivos para ver a data festiva de hoje como algo
lares de Santa Catarina, ou enxameando, que também lhe pertence.
Do Leitor
Reflexão
Proteção e refúgio
O combatente mais vigoroso e destemido tem seus momentos de cansaço e desalento. O lutador conhecido pela
valentia e impetuosidade não está livre de sentir carência de
amparo, refúgio, proteção e segurança. Tais oscilações não
são defeitos e sim marcas características do ser humano.
Hoje, você, herói de tantas batalhas, vencedor de combates em que tudo apontava para a derrota, guerreiro rompedor de férreos cercos do adversário, de repente sentiu-se
abatido e sem ímpeto para enfrentar as escaramuças do dia.
Não se inquiete. Os dias não são iguais. Há momentos
em que a necessidade de proteção e segurança suplanta a
disposição de traçar estratégias, eleger táticas e dar combate aberto aos desafios. Aquiete seu coração.
Coloque-se diante do Pai celestial. Derrame a sua alma,
revele suas incertezas e inquietações e, em nome do Senhor
Jesus, peça que o Altíssimo venha em seu socorro e lhe conceda o refúgio protegido de que sente necessidade.
Reconheça, diante do Eterno, que não consegue, sozinho e apenas por seus próprios meios, alcançar a proteção
desejada. Somente a mão dele pode guiá-lo pelos caminhos
que levam à segurança e conceder-lhe forças de que carece
para conseguir a proteção que almeja.
O Senhor está pronto para ouvi-lo, estender a você sua
mão protetora, guiá-lo através dos caminhos perigosos e
defendê-lo das ciladas. Peça ajuda e a obterá na necessária medida.
“Escuta-me ó Deus! Ouve os meus pedidos, a minha
oração! [...] quando o meu coração estiver abatido e fraco, leva-me para o lugar seguro e protegido que não posso alcançar sozinho.”
Salmo 61:1-2
([email protected])
CONTA DE ENERGIA
Gostaria que a CPFL me informasse
qual o critério de medição das contas de
energia elétrica, visto que, na época de
racionamento de energia, troquei toda a
fiação de minha residência e coloquei as
chamadas lâmpadas econômicas em todos os cômodos da casa, e realmente minha energia baixou para 130/140 KW ao
mês. Acabado o racionamento, para minha surpresa a energia de minha residência de repente deu um salto de 100%,
e atualmente minha conta de energia já
está na casa dos 250 KW. Será que alguém poderia me explicar esta mágica,
ou estaria a CPFL agindo de má-fé com
seus consumidores? Sergio Schiming.
RESPOSTA
Sobre a carta do leitor Sérgio Schiming, a CPFL Piratininga esclarece que
fez uma verificação nos últimos três
anos e o cliente apresenta um histórico
de consumo bem alternado, mas mantendo-se entre 170 KW e 250 KW. Durante esse período, todas as leituras foram feitas na unidade medidora do consumidor que, inclusive, já passou por
aferição na presença dos moradores do
endereço indicado. A CPFL esclarece
também que o critério de medição utilizado é puramente técnico, baseado no
consumo registrado no medidor. A simples troca de fios e de lâmpadas ocasiona a redução de consumo, mas pouco
sensível se comparada à mudança de
hábito do consumidor com a utilização
racional da energia elétrica, o que faz a
grande diferença podendo ser notada
nas contas de consumo. Mesmo durante o período de racionamento, quando de
fato o consumidor registrou 140 kw
num mês, houve registro também de
180 Kw. CPFL/Assessoria de Imprensa.
BARRANCO PERIGOSO
Recentemente reclamei com a Prefeitura via jornal “Cruzeiro do Sul” sobre a
avenida Gonçalves Magalhães, altura
número 400, onde tem um grande barranco entre a avenida e a linha de trem.
Nada feito, há dois dias um carro caiu no
local e por pouco não virou uma tragédia. Gostaria que o Ministério Público falasse a respeito, em caso de tragédia
quem é o responsável, o prefeito, o secretário, a imprensa que não divulga os problemas? Alguém tem que ser o responsável; há mais de 3 anos que tento mostrar o problema e ninguém quer vê-lo.
Maurício Magalhães.
ÁREA NO ABAETÉ
Com a venda da área da Fapis, agora
não resta outra alternativa à nossa Prefeitura que não seja a revitalização da
área existente no Abaeté que atualmente serve para depósito de lixo de todas as
espécies. A área é grande e de fácil aces-
so para toda a cidade, visto que está
mais próxima do Éden, Cajuru, Vitória
Regia, etc... Aparentemente apenas um
serviço de terraplanagem e iluminação
pública é tudo que será necessário. José
Dias da Silva Neto.
me decepcionei com a Vivo e mais, está
perdendo a credibilidade não só comigo,
mas com outras pessoas que também
passam pelo mesmo problema. Patrícia
Gisele de Morais Vieira.
RESPOSTA
TAXA DE LICENCIAMENTO
O reajuste abusivo da taxa de licenciamento no início deste mês é de deixar
qualquer paulistano indignado. O reajuste promovido pelo Secretário da Fazenda sem explicação técnica, apenas tomando como parâmetro o valor cobrado
por outros estados, revela a insaciável e
ávida fome de, cada vez mais, arrecadar
mais impostos do cidadão brasileiro, diminuindo ainda mais o poder de compra
do cidadão. As taxas estaduais já são
corrigidas anualmente pela Ufesp. Já
não bastasse essa correção, foi aplicada
a exorbitante correção de 258%. Que
melhorias foram estas que possam justificar o aumento de custo dessa monta?
Mais uma vez está provado que os maiores aumentos de taxas e impostos estão
no setor público, sem levar em conta a
diminuição de renda do contribuinte.
Daniel Gomes.
ATENDIMENTO AO CLIENTE
Gostaria de saber da Vivo se realmente ela possui o serviço de Atendimento 24
horas ao cliente. Faço essa pergunta com
certa indignação, pois há dias estou tentando (dez/2003) contato com este serviço, e para a minha surpresa todas as vezes dá o sinal de ocupado ou quando consigo, após vários minutos de tentativa a
chamada é transferida para outro setor,
no qual também não consigo o almejado.
Achei que isso poderia estar acontecendo pela falta de crédito, fiz então a recarga com um valor representativo (R$
100,00) e mesmo assim não obtive resposta. Agora me pergunto, se toda vez
que precisar entrar em contato com a
Vivo terei que me deslocar até uma loja
representante? Acredito que sim, pois via
fone já vi que é impossível. Infelizmente
Regulamento
As CARTAS enviadas para esta seção devem
ser enviadas à Redação pelo correio (endereço abaixo, no Expediente), fax (228-2122) ou
via Internet (e-mail: [email protected])
assinadas e acompanhadas de nome e sobrenome completos (sem abreviações), número
de documento de identidade, endereço e telefone, se houver. Não serão aceitas cópias,
nem cartas publicadas em outros veículos de
comunicação. Só excepcionalmente serão
aceitas tréplicas. Pede-se que não ultrapassem vinte linhas de setenta toques. A Redação reserva-se o direito de resumi-las, caso
julgue necessário. Artigos, em princípio, não
serão publicados; as exceções ficam a critério
da Redação. Não devolvemos originais.
Em resposta à carta da sra. Patrícia
Gisele de Morais Vieira a Vivo informa
que contatou a sra. Patrícia e a informou
sobre os procedimentos adotados para
regularizar a questão. Desta forma, a
cliente está ciente das ações realizadas.
Vivo/Assessoria de Imprensa.
SEGURIDADE MUNICIPAL
Temos acompanhado através desse
conceituado matutino algumas matérias referentes à Fundação de Seguridade Social dos Funcionários Públicos
Municipais de Sorocaba, onde grupo de
pessoas, alguns servidores municipais
e outros que nada tema ver com o quadro de servidores. Ficamos preocupados
eis um grupo ligado a um determinado
partido político procuram denegrir o
trabalho da atual diretoria, buscando
assim atingir o prefeito Municipal sobre
um assunto vencido, que inclusive teve
o respaldo da nossa Câmara Municipal
e também de olho na eleição da nova diretoria à Fundação. Percebesse que o
grupo está orquestrando não só trabalho político com a finalidade de atingir
nosso alcaide municipal, que vem fazendo excelente trabalho em nosso município, como também de olho na eleição da nova diretoria para dirigir a Fundação. Entretanto é bom lembrar desse
grupo (alguns elementos) tentou, mas
em vão tornar nosso sindicato uma sede
de seu partido. Eles quando participantes da diretoria transformaram a sede
campestre do sindicato em ponto de encontro de simpatizantes de seu partido,
que nada tinha a ver com os servidores
municipais. Então os amigos servidores
devem ter muito cuidado na próxima
eleição da nossa Fundação, cuja atual
diretoria vem prestando relevantes serviços à nossa categoria evitando assim
que a estória se repita como a do nosso
sindicato. Já outros buscam através de
fatos isolados a notoriedade, dizendo-se
representantes de entidade fantasma,
tentando pegar “o trem a mil por hora e
ainda querer sentar perto da janelinha”.
Servidores a luta continua. João Antonio Bueno de Camargo.
CONTESTAÇÃO
Em referência à resposta da Qualividros à minha carta no dia 19/01/2004,
devo esclarecer que além de péssima
qualidade de seus produtos, a mesma
vem com uma mentira grotesca, ridícula
e estapafúrdia, já que até agora nada foi
consertado. Isso é um alerta à população.
Paulo Rodrigues Carvalho.
EXPEDIENTE
Diário matutino
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(0—51) 3051.6119 - Tel./Fax: (0—51) 472.7498.
Informe Nacional
Espuma
Tanta espuma se fez com a reforma ministerial, que algumas bobagens correm o risco de
se consolidar como verdades. É quando, então,
com algum espanto, somos obrigados a dizer ao
leitor algo como “surpreendendo a todos, o governo decidiu...”
Apostas vesgas
Geralmente, a surpresa decorre de algum
erro de análise anterior, como a da suposta perda de poder de José Dirceu, hipótese já totalmente desmoralizada. Outras tantas apostas
vesgas foram feitas nestes dias. Algumas acabam por se projetar no futuro e contribuem até
para inverter o sentido das mudanças.
Mais petismo
O PMDB entra no governo, mas o teor petista do grupo aumenta. Dirceu fica, na prática, com o controle da administração do país antes fora de qualquer eixo - e tem como vergar a cerviz de qualquer ministro (exceção feita a Palocci), pouco importa seu partido de
origem. O PT é a matriz política do governo e,
a partir disso, quer se consolidar como partido hegemônico nas próximas eleições.
O PMDB é o aliado escolhido para essa jornada, mas devidamente mitigado. E com o apetite sob vigilância.
Indignidade com Cristovam
Cristovam Buarque, por quem essa coluna
tem simpatia, foi um desastre absoluto à frente
da Educação. Ora cedeu ao esquerdismo chinfrim (no caso do Provão e na montagem da equipe), ora compareceu ao debate com exotismos
malcosturados, como no caso da gratuidade
das universidades públicas - ele a defendeu
para alguns cursos e não para outros. Nada disso, no entanto, justifica a indignidade de que foi
vítima. Bem pensado, foi o único ministro demitido com sombras de desonra política.
Tarso Genro
Já provou ser um bom administrador e é um
político articulado, capaz de análises originais,
nem sempre de acordo com a linha mais influente do governo, como prova a revista Primeira Leitura que está nas bancas. Sua ida para o
Ministério da Educação tira-o de um cargo meramente decorativo. Vai para o centro. A universidade pública, mais dia, menos dia, ou muda
ou recebe um montante de verbas que não existe no Orçamento. A equação é delicada.
Tarso e Dirceu
Há mais. Tarso e Dirceu são bons amigos.
O chefe da Casa Civil queria o político gaúcho no Ministério. Não tem jeito: com um centralizando as ações de governo, um verdadeiro
primeiro-ministro como aqui se diz, e outro integrando o primeiro escalão (agora para valer),
aumenta a tensão interna entre os bravos rapazes da ortodoxia, comandados por Antônio Palocci, e os que pretendem ver o PT mais dedicado às políticas sociais e ao desenvolvimento
sustentado.
Assim falou... Luiz Inácio Lula da Silva
“Se fosse fazer com o dinheiro da prefeitura,
ia aparecer alguém para dizer que era gasto supérfluo. Não falta alguém para ter atitude cricri
com uma coisa dessas”
Do presidente da República, na inauguração, em São Paulo, da fonte multimídia no Ibirapuera, bancada pelo Grupo Pão de Açúcar.
Ele fez questão de comparecer o que, na prática,
dá a largada para a campanha pela reeleição da
prefeita petista da cidade, Marta Suplicy.
Coluna produzida pelo site e revista “Primeira Leitura”
(www.primeiraleitura.com.br)
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Uma festa que também é nossa