Associação sociação de Defesa do Património Cultural e Natural de Soure Nestes Tempos que correm Dizia eu há uns tempos, num colóquio sobre património promovido pela CDU local e em que a A Associação ssociação de D Defesa efesa do Patrim Património ónio de Soure esteve presente presente,, e também em outros colóquios de outras forças politicas, politica , que muita m uita água água já correu debaixo das pontes a propósito de defesa dos valores construídos. Dizia eu às pessoas (ee parece que até estava a adivinhar ) que um dos locais onde se poderia ir participar de um atentado ao patrim património ónio era a Câmara Municipal porque esta instituição faria chegar ao local correcto ( ex IPPAR ) esta violação. Será que funciona assim?? assim Será que o antigo IPPAR, IPPAR, novo IGESPAR, autorizou aquela intervenção da Ponte sobre o rio Anços, Anços, ponte essa quee nos leva até ao cem cemitério, itério, à Q Quinta uinta da Madalena e depois para fora do concelho !!?? Nós N ós sabem sabemos os que esta ponte dista m mais ais de 50m 50m do C Castelo, astelo, logo a Câmara Municipal não precisa do acórdão do IGESPAR para modificações e também sabemos que não o informou (até até à data data em que se escreve este texto). texto Em ENNAEA, ou Applicação do Entendimento, sobre a Pedra Philosophal. ,séc XVIII, no diálogo iálogo entre ENODIO e ENODATO pode-se se ler : [ ] ENODIO ( ) quando vindes descançar ENODIO. descançar alguns dias na vossa Patria, poderemos gastar no passeio pelas margens dos Rios Arunca, e Anços, ou assentados na sua Ponte, conversando em huma famosa questaõ da mais occulta Philosophia. ENODATO. não he a Ponte de Soure Academia de Platão, nem Lycèo de Aristoteles, em que se possaõ disputar pontos Philosophicos; Philosophicos; porque alguns Escudeiros desta Villa vem todas as tardes fazer no meyo desta Ponte ridículo Outeiro de parvoíces ( ). Dialogo Primeiro, cap capitulo itulo unico ENODATO. Esta Ponte chamada de Baixo, e aquella, que fica tambem à nossa vista, que sahindo do Castello, termina no monte ( ) e chamamos Ponte de Cima, ambas podiaõ ter o mesmo nome, porque ambas ambas estão fundadas sobre outras duas Pontes muito antigas, edificadas pelos Romanos, e hoje estão enterradas, como Roma, sustendo sobre si novas Pontes, como Estatuas daquelles sepultados cadaveres; e consta por tradição verdadeira serem as Pontes tão altas, altas, que passavão barcos à vella por baixo dos seus arcos. Os caiss por onde se descia antigamente ao Rio, tinhão mais de sessenta degràos, e ainda eu conheci homens antigos, que se lembravão de contarem vinte e quatro degráos no caiss da Ponte ( ) . Dialogo Segundo, capitulo unico Ao ter optado pela construção, como acrescento, de uma guarda, para anteparo/protecção, com materiais modernos numa intervenção intervenção realizada em património de engenharia/ponte (este este então ainda mais especial foi especial) oi desvirtuar todo o seu valor patrimonial. Assim, ou se procurava in loco o material/silares aparelhados, aparelhados, provavelmente provavelmente nunca existentes, ou, então, optava-se por uma solução contemporânea, metálica, que a qualquer momento pode ser retirada, não adulterando o valor inicial. Bastava conjugar com a solução encontrada para as pontes vizinhas desta. A solução aqui aplicada é apropriada para um murete de uma moradia, nunca nesta situação! Quanto ao lajeado do tabuleiro a situação é idêntica. Ocultar um arco pleno só porque a face da margem foi cheia com pedra também não é solução. Será que vamos assistir à fundação da Terceira Ponte? Será que tudo é permitido? Não haverá bom senso? Respeito pela cultura? Certamente que os conceitos de património não foram abolidos nas escolas onde se formam arquitectos! Ou será que já nem os arquitectos são respeitados? Bem haja as localidades que preservam o que é seu. Ou será que nessas localidades não se evoluiu? Fernando Macedo, Presidente da Direcção Agosto 2009 Nota Pedimos uma audiência ao Presidente da Câmara Municipal mas esta não foi agendada.