32/2008 1 Jul. OS CAUSADORES DA DESGRAÇA E OS PROFETAS DA DESGRAÇA A MAIORIA DOS TRABALHADORES ADERIU A QUÊ? SE ASSINARAM UM ACORDO, QUE NECESSIDADE TÊM DE REUNIR PARA “ESMOLAR” E REFERIR A NECESSIDADE DE DISCUTIR O QUE ACORDARAM? SERÁ QUE PENSAM QUE OS TRABALHADORES SÃO BURROS? Todos sabemos uma coisa: os interesses dos trabalhadores e os dos patrões, NÃO SÃO OS MESMOS. Quando os patrões e os representantes dos trabalhadores estão de acordo para prejudicar quem trabalha, alguma coisa está mal. Chama-se a isto uma aliança contra-natura, mas há quem chame, se calhar com mais propriedade, traição, em nome de interesses próprios ou partidários: Governo PS, ADM PS, Sindicatos PS. É fartar vilanagem, o que interessa é aproveitar para tentar retirar direitos e conseguir o que ninguém tinha conseguido, independentemente das consequências. É IRRESPONSABILIDADE, É SERVILISMO, É UM ATENTADO. Quem vier atrás “que feche a porta”, é a política da terra queimada. É próprio dos inaptos e dos incompetentes e dos que querem mostrar serviço para esconder a sua incapacidade. Passados 3 meses de um conjunto de sindicatos minoritários ter assinado um acordo vergonhoso, apenas cerca de 3.600 trabalhadores podem ser abrangidos por esse acordo. Como o tempo é bom conselheiro, a maioria desses trabalhadores verão que foram enganados. Os ditos adeptos da democracia (?) querem impor a vontade da minoria à maioria, invocando 27 anos de vergonhoso servilismo. A liberdade que eles invocam, é a “liberdade” de prejudicar, de ceder à vontade do patrão contra a vontade dos trabalhadores. A liberdade conquista-se e defende-se, não se compra nem se vende. Estamos em Portugal, e não vale a pena invocar chavões já gastos, nem exemplos externos. Os trabalhadores sabem quem tem lutado pelos seus direitos e quem tem os tem defendido. São sindicalistas portugueses, profundamente enraizados junto dos trabalhadores e organizados no Movimento Sindical Unitário. Os trabalhadores que aderiram a um papel que lhes colocaram à frente (SEM NENHUM VALOR LEGAL) apenas o fizeram por pressão, assédio, chantagem e porque isso lhes dava mais dinheiro, não por considerarem que era melhor. Mas mesmo esses, estão salvaguardados. NINGUEM TEM DÚVIDAS QUE O TAL ACORDO É BEM PIOR QUE O QUE O SNTCT ASSINOU E QUE SE MANTÉM EM VIGOR. Todos os trabalhadores se podem enganar uma vez, mas quando virem que foram enganados (horários, deslocações, promoções, funções, etc.), a esmagadora maioria vai reconhecer o engano e vai querer reaver os direitos perdidos, DIREITOS QUE NUNCA PERDERAM. Nessa altura outro galo cantará. ENTRETANTO O AE/CTT DE QUE O SNTCT É SUBSCRITOR, MANTÉM-SE EM VIGOR. Ao contrário do que dizem, o tal AE não foi o resultado de 11 meses de negociação, foi o resultado das pressões políticas para que os fracos fossem obrigados a vender os direitos dos trabalhadores. Durante todo o processo negocial foi claro que o alvo a abater era o SNTCT para que deste modo os trabalhadores saíssem derrotados. Mas o SNTCT não cedeu, não vendeu, não abdicou e manteve os direitos adquiridos. É isso que lhes dói e faz com que continuem as pressões e ameaças sobre os trabalhadores. Quanto à representatividade, apenas sabemos que ao SNTCT continua a chegar a quotização normal e que continuam a entrar novos associados e que o SNTCT continua a ser o MAIOR Sindicato dos CTT e do sector das comunicações e telecomunicações. Mas fundamentalmente sabemos que OS DIRIGENTES DO SNTCT ESTÃO TODOS OS DIAS NOS LOCAIS DE TRABALHO A RESOLVER OS PROBLEMAS DOS TRABALHADORES E QUE É NO SNTCT QUE ELES CONFIAM. Em relação aos despedimentos, os trabalhadores não se deixam confundir. Os CTT tinham há 4 anos mais cerca de 2.000 trabalhadores. Por outro lado, os trabalhadores vêm todos os dias entrar nos seus locais de trabalho, trabalhadores que não são dos CTT, nem são qualificados para efectuar o serviço. Estão a ocupar postos de trabalho efectivos. Não há despedimentos, nem pode haver, a Lei não permite, mas a diminuição de postos de trabalho é significativa das intenções da ADM e de quem lhe fez o jeito. Em relação à actividade sindical, nem vale a pena falar. O SNTCT trabalha, vai aos locais de trabalho, reúne com os trabalhadores, reivindica, consegue resultados. Contra tudo e contra todos, especialmente contra a DHR e ADP que sempre beneficiaram o seu aliado Sindetelco, quer em créditos, quer em viaturas, quer em facilidades nos locais de trabalho. Em suma, se a resistência dos trabalhadores e do SNTCT não estivesse s resultar, não seria necessário a ADM, ADP e o seu aliado Sindetelco estarem tão assanhados. Mas o que esses senhores sabem é que o SNTCT tem razão. E sobretudo sabem o que o SNTCT tem os meios sindicais e legais para impedir esta enorme chapelada cozinhada por manuéis, antónios, pedros, luíses, linos, vieiras, sócrates e outros. O AE/CTT mantém-se em vigor, os direitos estão garantidos, mas a inflação está superior a 4%, por isso os trabalhadores e o SNTCT exigem não um aumento de 2,8%, mas um aumento de 5,7% com retroactivos a 1 de Maio. JUNTOS VAMOS CONSEGUIR A LUTA CONTINUA