Relatório de Sustentabilidade 2014 Sumário 04Apresentação 06Mensagem da presidência 08Destaques do ano 10O Hospital Sírio-Libanês 12 Nossos valores 13 Governança e estratégia 16 Gestão da qualidade 19 Governança clínica 21Estrutura de cuidado com a saúde 25Compromisso com a sociedade 25Ensino e pesquisa 33Projetos de apoio ao SUS 36Valor para a comunidade 38Relacionamento com os públicos 43Gestão de pessoas 50Fornecedores 52Gestão ambiental 57Nossas finanças 61Sobre o relatório 62 Sumário GRI 70Estrutura organizacional 73Agradecimentos 74 Ficha técnica 4 apresentação Apresentação O relatório traz o desempenho do Hospital Sírio-Libanês e os resultados em 2014, destacando a estratégia, os pilares de atuação e os temas prioritários Este é o sexto Relatório de Sustentabilidade da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês, que apresenta seu desempenho em 2014. O conteúdo foi elaborado para comunicar aos principais públicos e à sociedade a sua estratégia, os pilares de atuação (assistência à saúde, ensino e pesquisa e responsabilidade social) e os temas prioritários, norteadores das atividades desenvolvidas ao longo do ano. Buscando sempre a transparência, a instituição demonstra também os principais resultados alcançados e os indicadores desse desempenho. Com base em sua origem e na experiência acumulada ao longo de décadas, o Hospital Sírio-Libanês dispõe de um sólido conhecimento em saúde. Sua atuação possibilita a oferta de um serviço altamente qualificado, baseado no respeito e na atenção ao paciente e na adoção de padrões internacionais de qualidade e segurança. Da mesma forma, investe em tecnologias de ponta e integra ensino, pesquisa e responsabilidade social. Os projetos de apoio ao desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e as ações voltadas à comunidade de seu entorno permitem contribuir para a saúde e o bem-estar de milhões de brasileiros. Para relatar o que é mais relevante em sua atuação, em 2014 a instituição revisou os públicos de seu relacionamento, mapeando novos stakeholders e priorizando alguns deles para serem consultados no processo de materialidade. A base de temas materiais foi revisitada a partir do cruzamento entre os resultados da dinâmica de impactos realizada com a direção do hospital e a análise de estudos setoriais e de documentos internos da organização. A priorização de temas ocorreu a partir dos resultados de um painel realizado em 2014, que contou com a participação de membros da comunidade do entorno e fornecedores, das respostas ao questionário online enviado para gestores, corpo clínico, colaboradores, terceiros e pacientes e de entrevistas com especialistas. O resultado da revisão da materialidade em 2014 é apresentado a seguir. G4-18, G4-24, G4-25, G4-26, G4-27 5 Relatório de Sustentabilidade 2014 Temas materiais, impactos e indicadores G4-19, G4-20, G4-21 Foco nos pacientes Tema material Públicos impactados (D e F)* Segurança e qualidade dos serviços prestados Colaboradores, médicos, pacientes (D) e doadores/ investidores (F) Transparência no processo de cuidar – empoderamento do paciente Colaboradores, médicos, pacientes (D) e doadores/ investidores (F) Manutenção e ampliação das instalações sustentáveis Foco ambiental Gestão de resíduos hospitalares Associados (D), doadores/ investidores e fornecedores (F) Associados (D), doadores/ investidores e fornecedores (F) Aspecto e indicador Leia no relatório Saúde e segurança do paciente: G4-PR1, G4-PR2 18, 19, 20 Rotulagem de produtos e serviços: GR-PR5 41, 42 Saúde e segurança do paciente: G4-PR1 18, 19, 20 Rotulagem de produtos e serviços: GR-PR5 41, 42 Energia: G4-EN3, G4-EN4, G4-EN5, G4-EN6 56 Água: G4-EN8, G4-EN9, G4-EN10 53, 55 Emissões: G4-EN15, G4-EN16, G4-EN18 56 Efluentes e resíduos: G4-EN22 53 Efluentes e resíduos: G4-EN23, G4-EN25 53 Energia: G4-EN3, G4-EN4, G4-EN5, G4-EN6 56 Uso responsável da água, eficiência energética e geração de energia limpa Foco nos colaboradores e corpo clínico Foco na governança Foco na sociedade Associados (D), doadores/ investidores e fornecedores (F) Água: G4-EN8, G4-EN9, G4-EN10 53, 55 Emissões: G4-EN15, G4-EN16, G4-EN18 56 Retenção de colaboradores, Colaboradores, médicos e redução da rotatividade, clima e pacientes (D) plano de carreira Emprego: G4-LA1, G4-LA2, G4-LA3 44, 45, 46 Saúde e segurança dos colaboradores Colaboradores, médicos e pacientes (D) Saúde e segurança no trabalho: G4-LA5, G4-LA6, G4-LA7 48, 49, 64 Desenvolvimento profissional de médicos e colaboradores Colaboradores, médicos e pacientes (D) Treinamento e educação: G4-LA9, G4-LA10, G4-LA11 47 Transparência na prestação de contas e combate à corrupção Associados (D), doadores/ investidores, fornecedores e governo (F) Desempenho econômico: G4-EC4 34 Saúde financeira do negócio Doadores/investidores, fornecedores e governo (F) Desempenho econômico: G4-EC1 58 Combate a todas as formas de discriminação** Colaboradores (D), comunidade do entorno e sociedade (F) Direitos humanos: G4-HR2, G4-HR3 17, 40 Projetos e iniciativas próprias para assistência às comunidades do entorno Comunidade do entorno e sociedade (F) Direitos humanos: G4-SO1, G4-SO2 36, 65 Atuação na formação de profissionais da saúde, pesquisas e parceria para a melhoria do SUS Comunidade do entorno e sociedade (F) Impactos econômicos indiretos: G4-EC7, G4-EC8 25, 31, 34, 36 *D = dentro da organização. F = fora da organização. **O tema foi considerado transversal, em termos de impacto e necessidade de gestão, pela empresa, portanto, inserido junto com os demais temas com foco em governança. O Relatório de Sustentabilidade 2014 da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês segue as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), versão G4, metodologia de relatos de sustentabilidade reconhecida internacionalmente. Mais detalhes sobre a abordagem nesta publicação podem ser obtidos no capítulo Sobre o relatório. 6 Mensagem da presidência Mensagem da presidência G4-1 Ano de expansão, foco no cuidado, novos projetos de ensino e pesquisa e programas de apoio ao SUS Em 2014, concluímos o ciclo iniciado em 2010, que resultou no investimento total de R$ 393 milhões (renúncia fiscal) em projetos filantrópicos É com grande satisfação que apresentamos os resultados e o desempenho da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês em 2014. Podemos afirmar que seguimos no caminho desejado para integrar e fortalecer cada vez mais os eixos que são a essência de nosso trabalho. O direcionamento atual aponta para a expansão da estrutura física e a maior qualidade e segurança no cuidado com o paciente, o desenvolvimento de novos e mais relevantes projetos de ensino e pesquisa e a abrangência dos programas que conduzimos para apoiar o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2014, concluímos o importante ciclo iniciado em 2010, que resultou no investimento total de R$ 393 milhões (provenientes de renúncia fiscal) em projetos filantrópicos. Somente neste último ano, capacitamos mais de 24 mil profissionais – como médicos, enfermeiros e gestores de hospitais – que atuam em unidades públicas espalhadas por 70 regiões de saúde do Brasil. Assim, levamos nosso conhecimento a outros estados e estimulamos que os alunos ajam como multiplicadores, disseminando a seus pares melhores processos e práticas assistenciais. Para atender cada vez mais e melhor os pacientes, abrimos 71 leitos em 2014. Em 2015, o plano continuará, e nossa meta é alcançar, já no ano seguinte, o dobro da capacidade de atendimento instalada, em comparação à de 2013. Além disso, celebramos a recertificação pela Joint Commission International (JCI), referência mundial em qualidade de serviços de saúde, fato que demonstra nosso comprometimento com as melhores práticas. Estamos nos preparando de maneira intensa para conquistar, também em 2015, outras certificações: ISO 14001 (gestão ambiental), OHSAS 18001 (gestão de saúde e segurança do trabalhador) e Acreditação Canadense (Canadian Council on Health Services Accreditation). Mais do que reconhecimento, essa é uma busca por qualidade que nos coloca em um movimento contínuo rumo a melhorias. Temos sido premiados pelos esforços integrados de nossos profissionais. Em 2014, por exemplo, o hospital recebeu do Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) o destaque por ser a primeira instituição brasileira designada como Estágio 6 (avançado) no modelo de adoção de prontuário eletrônico Electronic Medical Record Adoption Model (Emram). 7 Relatório de Sustentabilidade 2014 Nosso investimento em inovação trouxe também novidades para a farmácia, que implantou um sistema de tecnologia robótica para simplificar e agilizar processos e ajudar a evitar a ocorrência de erros. Trata-se do primeiro hospital da América Latina que utiliza esse sistema. O ano trouxe ainda outras realizações importantes, como a abertura da segunda unidade de oncologia em Brasília, no Lago Sul. Cada vez mais, nós nos consolidamos como referência nessa especialidade na Região Centro-Oeste. Em São Paulo, expandimos o uso do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) e criamos o registro do desfecho clínico para conhecer melhor a saúde do paciente depois da alta hospitalar. Implantamos também uma equipe de médicos hospitalistas para atender a urgências e emergências de pacientes internos e externos e lançamos novos serviços multiprofissionais especializados, como o Centro de Incontinência Urinária, o Centro Integrado da Saúde Óssea e o Núcleo do Quadril. Sabemos que a excelência que buscamos depende muito do compromisso dos nossos profissionais. Realizamos, em 2014, a terceira edição da pesquisa de engajamento, com 3.775 participantes (73% do quadro total de colaboradores), alcançando um índice de engajamento de 70%. Para melhorar ainda mais esse resultado, seguimos investindo em programas de reconhecimento e valorização dos talentos internos. Da mesma forma, ampliamos os benefícios voltados à saúde e à qualidade de vida, como o programa Cuidando de Quem Cuida. Outras melhorias foram implementadas na creche, que expandiu sua capacidade, nos vestiários, agora mais confortáveis, e no novo espaço dedicado ao bem-estar do colaborador. A atenção a nossas equipes, com esforços para a construção de um ambiente de trabalho melhor e mais saudável, reflete diretamente no cuidado prestado ao paciente. Em 2014, estreitamos o relacionamento com nossos principais públicos do dia a dia, com a reformulação do site e do canal de TV corporativa. Além disso, estreamos em quatro das principais redes sociais: Facebook, Google+, LinkedIn e YouTube. Personagem central da assistência, o paciente é foco de um movimento internacional voltado ao seu empoderamento e teve estimulado, no Sírio-Libanês, seu envolvimento com a equipe assistencial. O obje- tivo é torná-lo sujeito de seu processo de atenção. Tal movimento representa uma mudança cultural benéfica para o indivíduo e para a instituição que o acolhe. A busca por resultados em 2014 fortaleceu o compromisso de preservar o meio ambiente e controlar os impactos de nossas atividades, especialmente no que diz respeito ao uso mais eficiente dos recursos hídricos. Nosso conceito de cuidar é amplo e envolve tanto o paciente como a sociedade e o planeta em que vivemos. Trabalhar para melhorar nosso padrão de assistência em prol do paciente e da sociedade é parte de nossa visão desde 1921, quando a instituição foi fundada. Certamente, é também a motivação para seguirmos em frente e celebrar nossa participação na construção de uma sociedade mais justa. Boa leitura! Vivian Abdalla Hannud Presidente da Sociedade Beneficente de Senhoras Gonzalo Vecina Neto Superintendente Corporativo 8 Destaques do ano Destaques do ano A Joint Commission International (JCI) recertificou o hospital com o mais importante selo de qualidade para serviços de saúde no mundo, indicando a adoção das melhores práticas no cuidado com o paciente. O hospital foi reconhecido durante a Latin America Conference & Exhibition 2014, organizada pela Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS), como a primeira instituição do Brasil designada como Estágio 6 no modelo de adoção de prontuário eletrônico Electronic Medical Record Adoption Model (Emram). A HIMSS, organização global sem fins lucrativos, é dedicada à melhoria da saúde com uso de tecnologia e sistemas de informação. A revista Época Negócios elegeu a marca Hospital Sírio-Libanês como a de maior prestígio na área da saúde. A instituição ficou ainda em décimo lugar no ranking de propósito (clareza na razão de existir) e na 29ª posição no ranking geral de reputação de marcas corporativas, em um total de 265 organizações participantes. O prêmio As Melhores Empresas para o Consumidor, da revista Época e do site Reclame Aqui, elegeu o Hospital Sírio-Libanês como o melhor na categoria Hospitais e Clínicas de Saúde. A iniciativa avaliou as empresas de melhor relacionamento com os seus consumidores por meio de um índice de solução de problemas. O Serviço de Endoscopia conquistou a certificação de centro de ensino e treinamento (CET) pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed). A iniciativa reconhece os serviços hospitalares que desenvolvem, além da assistência, programas pedagógicos voltados ao aprimoramento dos médicos dessa especialidade. O trabalho Screening indicators at emergency in a private hospital in Sao Paulo foi premiado como o melhor paper brasileiro no congresso da International Society for Quality in Healthcare (ISQua), realizado no Rio de Janeiro. O estudo traz indicadores da triagem de enfermagem no Pronto Atendimento de 2010 a 2013 e como esses dados refletem a assistência prestada. O hospital fez parte do Prêmio Exame de Sustentabilidade, na categoria Serviços de Saúde. 9 Relatório de Sustentabilidade 2014 Inauguração de 71 leitos na nova torre (bloco D), em construção na Bela Vista. Os quartos são mais modernos e dispõem de avançadas tecnologias da saúde para garantir maior conforto e comodidade aos pacientes e acompanhantes. As novas torres seguem as premissas da certificação sustentável Leed Gold, emitida pelo U.S. Green Building Council (USGBC). Lançamento do Núcleo de Medicina do Exercício e do Esporte, para atendimento especializado de atletas e pacientes de todas as idades, incluindo crianças e idosos. Inauguração da Unidade de Cardiologia do Exercício, para pacientes com problemas cardiovasculares e avaliação cardiovascular em atletas profissionais e praticantes de esportes. Inauguração do Centro de Incontinência Urinária, voltado ao diagnóstico e tratamento desse distúrbio em adultos e crianças. Lançamento do novo portal de saúde (www.hsl.org.br), adaptado para leitura em dispositivos móveis. Lançamento de canais no Facebook, LinkedIn, Google+ e YouTube, para divulgação de informações sobre saúde e qualidade de vida. As páginas mostram também atividades desenvolvidas pela instituição e permitem maior interação com o público externo. Inauguração do Núcleo do Quadril, que realiza tratamentos clínicos ou cirúrgicos, como a colocação de prótese total. O hospital realizou sua primeira videocirurgia em 3D. O procedimento foi realizado pelo Prof. Dr. Raul Cutait, com tecnologia que permite uma visualização em três dimensões, favorecendo uma melhor identificação das estruturas durante a operação. Ampliação da atuação da Unidade Jardins, que passou a contar com o serviço de aconselhamento genético e com o Centro Integrado da Saúde Óssea. Transferência do Centro de Acompanhamento da Saúde e Check-up para a Unidade Itaim. Abertura da Unidade Brasília – Lago Sul, a segunda especializada em oncologia que a instituição mantém na capital federal. Criação do aplicativo Portal do Paciente, para tablets e celulares, que permite ao paciente acompanhar seus registros de saúde na instituição. O hospital foi escolhido pela Siemens para abrigar o primeiro Centro Internacional de Referência em Imagem Cardiovascular da empresa alemã na América. O Centro de Diagnósticos do complexo hospitalar da Bela Vista recebeu o sistema de endomicroscopia confocal Cellvizio, de tecnologia francesa, para realização de biópsia óptica por endoscopia, colonoscopia, ecoendoscopia e broncoscopia. O equipamento é o primeiro disponível no grupo de hospitais de excelência do Ministério da Saúde no Brasil. O Serviço de Voluntários estendeu sua atuação para a área de oncologia na Unidade Itaim e na Unidade Brasília – Asa Sul. O voluntário acolhe o paciente e seus acompanhantes e oferece apoio e orientação durante a estada deles na instituição. 10 O Hospital Sírio-Libanês O Hospital Sírio-Libanês Instituição sem fins lucrativos e referência internacional em saúde, atua com foco em assistência, ensino e pesquisa e responsabilidade social O hospital em 2014 60 mais de ESPECIALIDADES ATENDIDAS 439 leitos operacionais (71 abertos em 2014) R$ 130 mi APLICADOS EM projetos de responsabilidade social 250 voluntários na Bela Vista Referência internacional em saúde, o Hospital Sírio-Libanês tem uma longa trajetória de assistência prestada ao paciente e atuação em projetos voltados à sociedade brasileira. Sua mantenedora, a Sociedade Beneficente de Senhoras, é uma instituição brasileira sem fins lucrativos criada em 1921. Composta de um grupo de mulheres das comunidades síria e libanesa, lideradas por Adma Jafet, a Sociedade construiu um hospital destinado ao atendimento de todas as classes sociais. O sonho foi concretizado em 1965, com a inauguração do primeiro prédio e seus 35 leitos. Desde a inauguração, o crescimento é uma constante na história do Hospital Sírio-Libanês. A maior e mais recente expansão – a construção de duas novas torres no bairro da Bela Vista (São Paulo) – será finalizada em 2016, duplicando a capacidade de atendimento em relação aos números de 2013. Os pilares que sustentam a atuação da organização são a assistência, o ensino e pesquisa e a responsabili- dade social. No cerne da atividade assistencial está o cuidado focado no paciente. Equipes multidisciplinares trabalham de forma integrada, garantindo um atendimento mais completo e efetivo. Por meio do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP), o hospital possibilita a aplicação prática do conhecimento gerado e compartilhado. E, mais do que isso, contribui diretamente para a melhoria da saúde dentro e fora de suas unidades. Para manter o propósito que está na gênese de sua existência – a responsabilidade social –, executa projetos voltados à sociedade, em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS), e para a comunidade do entorno. O calor humano, a excelência, o pioneirismo, o conhecimento e a filantropia são os valores que sempre nortearam o Hospital Sírio-Libanês no cumprimento de sua missão. O propósito Conhecer para Cuidar resume esses conceitos. G4-3, G4-4, G4-9, G4-13 11 Relatório de Sustentabilidade 2014 Assistência Ensino e pesquisa CUIDAR Responsabilidade social Assistência Principal foco da atuação do Hospital Sírio-Libanês, a assistência aos pacientes é prestada por profissionais de diferentes disciplinas do conhecimento. A instituição oferece desde programas de medicina preventiva até tratamentos de alta complexidade e conta ainda com atendimento médico de urgência e emergência, centro de diagnósticos, serviço de reabilitação e consultas ambulatoriais, entre outros serviços. Para ampliar sua capacidade, a instituição está construindo duas novas torres, previstas para estarem em funcionamento integral em 2016. Em 2014, foram abertos 71 leitos, previstos na primeira fase do programa de expansão. Ensino e pesquisa Com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade assistencial, garantir a incorporação de novas tecnologias e promover o acesso à medicina de ponta para um número cada vez maior de pessoas, o Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP) atua como um cen- tro gerador e disseminador do conhecimento em saúde. Para isso, realiza programas de residência, pós-graduações lato e stricto sensu, cursos, congressos e outros eventos e projetos de pesquisa. Responsabilidade social A responsabilidade social engloba atividades desenvolvidas pelo hospital em prol da sociedade brasileira e da melhoria da assistência à saúde na rede pública. Esse compromisso segue a razão de ser da instituição. O hospital é parceiro do Sistema Único de Saúde (SUS) e desenvolve, em âmbito nacional, projetos que visam principalmente capacitar os profissionais da saúde e aperfeiçoar os mecanismos de gestão das unidades. Uma das ações para isso foi a criação, em 2008, do Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social, uma entidade independente que conta com sua própria governança. Certificações Desde 2007, o hospital mantém a certificação pela Joint Commission International (JCI), a principal, em âmbito mundial, para serviços de saúde. Essa conquista atesta que a instituição segue as melhores práticas de qualidade da assistência e segurança do paciente. Além disso, reforça o compromisso com a melhoria contínua de seus processos. Em 2013, teve início a preparação para as certificações ISO 14001, de gestão ambiental, OHSAS 18001, de gestão de segurança do trabalho e saúde ocupacional. Já em 2014, foram recebidas as visitas da Commission on Accreditation of Rehabilitation Facilities (CARF) e, no mesmo ano, obteve-se a certificação específica para a área de reabilitação. Em 2014, iniciou-se também o processo para a Acreditação Canadense, do Canadian Council on Health Services Accreditation, que avalia e certifica instituições de saúde em todo o mundo. 12 O Hospital Sírio-Libanês Nossos valores 1921-2014 Humanismo, pioneirismo e excelência: Princípios da instituição desde sua origem. A atuação do Hospital Sírio-Libanês é baseada em práticas de cidadania, justiça social e solidariedade e norteada por princípios determinados em sua fundação: humanismo, pioneirismo e excelência. Para que essa essência se mantenha, os fundamentos são repassados a toda a equipe, que tem pleno acesso ao Código de Ética da organização, no qual estão expressos os códigos de conduta e de ética profissional. Estes incluem itens como: transparência, honestidade, dignidade da pessoa humana, respeito ao semelhante, lealdade e comprometimento. Para garantir a perenidade da instituição e a excelência, o hospital exige de seus colaboradores um comportamento íntegro em relação a colegas, fornecedores, pacientes e familiares e todos os demais públicos. Sobre a ética médica, o hospital segue o manual do Conselho Federal de Medicina (CFM), que, entre outros assuntos, aborda a relação com pacientes e familiares, o sigilo profissional, as responsabilidades e os direitos da classe. G4-15, G4-56, G4-57 Missão A Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês é uma instituição filantrópica brasileira que desenvolve ações integradas de assistência social, saúde, ensino e pesquisa. Visão Ser reconhecida internacionalmente pela excelência, pela liderança e pelo pioneirismo em assistência à saúde e na geração de conhecimento, com responsabilidade social, ambiental e autossustentabilidade, atraindo e retendo talentos. Valores • Calor humano • Excelência • Pioneirismo • Conhecimento • Filantropia 13 Relatório de Sustentabilidade 2014 Governança e estratégia O Hospital Sírio-Libanês possui uma estrutura de governança responsável por definir estratégias, garantir a tomada responsável de decisões e supervisionar o relacionamento entre a direção e os públicos estratégicos. Para garantir que o diálogo, a transparência e as práticas de gestão sejam claras e alinhadas a todos aqueles que estão diretamente ligados à instituição, a governança atua de modo a garantir que as decisões estejam de acordo com a missão, a visão e os valores da organização. A instituição conta com um quadro social constituído por pessoas físicas ou jurídicas. G4-7 Diretorias, Conselhos e Comissões São órgãos diretivos: Conselho Deliberativo, Diretoria de Senhoras, Conselho de Administração e Conselho Fiscal. Por meio deles, a governança corporativa busca garantir qualidade, segurança e eficiência dos processos assistenciais e administrativos. Os órgãos diretivos contam com integrantes que exercem suas funções de forma não remunerada. O órgão mais importante é o Conselho Deliberativo, composto apenas de mulheres. O conselho escolhe 16 de suas representantes para a constituição da Diretoria de Senhoras, órgão diretivo responsável por indicar a formação do Conselho de Administração. Este, com 12 membros, é o órgão executivo máximo da governança, e seus componentes são: quatro integrantes da Diretoria de Senhoras, quatro empresários com experiência em gestão administrativa e/ou hospitalar e quatro médicos do corpo clínico do hospital, criando o equilíbrio necessário para a tomada de decisões. É o Conselho de Administração que indica os nomes dos superintendentes corporativo e de Estratégia Corporativa, que, juntamente com os demais superintendentes, compõem a estrutura gerencial, a chamada alta administração. Estratégia O processo de gestão estratégica – chamado internamente de Integra – reúne as diretrizes e os projetos que orientam a organização para o futuro planejado. Em 2014, foram implementadas duas ações de fundamental importância para o alinhamento institucional, gerando evolução dos resultados, aprimoramento dos elementos da gestão estratégica e valorização dos colaboradores e das equipes. A primeira ação foi um treinamento que contou com a participação de cerca de 3 mil colaboradores. Utilizando uma dinâmica criativa, a atividade permitiu às pessoas refletir sobre qual o maior desafio da instituição e como elas contribuem, no seu dia a dia, para responder a esse desafio e alcançar os objetivos estratégicos. Já o processo de desdobramento da estratégia permitiu um alinhamento entre as partes que compõem a organização, tornando ainda mais claras as responsabilidades de cada uma no alcance dos resultados, por meio dos objetivos de contribuição e da mensuração dos indicadores selecionados. Garantir que as iniciativas das equipes estejam em sintonia com os caminhos que a instituição estabeleceu é um importante desafio e uma das bases fundamentais para o sucesso do Integra. Os colaboradores podem acompanhar os resultados dos principais desafios de sua área pelos indicadores expostos nos quadros Gestão à Vista. Os dados fazem parte do monitoramento contínuo dos padrões de qualidade da organização. 3.000 colaboradores participaram do treinamento sobre desafios na instituição e como contribuir para sua superação 14 O Hospital Sírio-Libanês Estrutura de governança G4-34 Conselho Deliberativo Diretoria de Senhoras Conselho Fiscal Conselho de Administração Superintendência Corporativa Superintendência de Estratégia Corporativa Conselho de Ensino e Pesquisa do IEP Diretoria Clínica Comitê de Ética em Pesquisa Gerência de Oncologia e Unidade Itaim Comissão Assessora da Diretoria Clínica Gerência da Unidade Jardins Gerência de Estratégia Comissão de Ética Médica Gerência da Unidade Brasília Gerência de Marketing e Comunicação Corporativa Comissão de Credenciamento Ouvidoria (antigo SAC) Gerência de Relações Institucionais Superintendência de Engenharia e Obras Superintendência de Gestãode Pessoas e Qualidade Superintendência de Pesquisa Superintendência de Filantropia Superintendência Comercial Superintendência de Logística Superintendência de Controladoria e Finanças Superintendência de Ensino Superintendência de Atendimento e Operações Superintendência de Novos Negócios e Farmácia Superintendência Técnica-Hospitalar Assessoria Superintendência de Pacientes Internados Comissões Superintendência de Tecnologia da Informação 15 Relatório de Sustentabilidade 2014 Sustentabilidade Assegurar a perenidade e a responsabilidade social da instituição Racionalizar custos Aumentar as receitas Mercado Valores Fortalecer a marca como referência nos modelos de responsabilidade social, assistência, ensino e pesquisa • Calor humano • Excelência • Pioneirismo Aumentar a base de clientes • Conhecimento • Filantropia Processos internos Excelência Crescimento capacidade Garantir qualidade, segurança e eficiência dos processos assistenciais e administrativos Inovar em processos e tecnologias escala Expandir a operação e ser efetivo na geração de novos negócios Fortalecer o relacionamento com operadoras, clientes corporativos e pacientes particulares Pilares Minimizar o impacto da operação no meio ambiente Ser relevante no aprimoramento do SUS Gerar conhecimento e desenvolver profissionais na área da saúde Pessoas Aprimorar a aliança com o corpo clínico Desenvolver pessoas Atrair e reter talentos 16 O Hospital Sírio-Libanês Gestão da qualidade A RECERTIFICAÇÃO DO HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS PELA JOINT COMISSION INTERNATIONAL (JCI) garante a melhoria contínua dos serviços prestados e o seguimento de práticas internacionais de qualidade As práticas de qualidade do Hospital Sírio-Libanês perpassam todas as suas atividades, em especial a assistencial. Elas buscam o controle, o monitoramento e a adaptação às externalidades naturais presentes na prestação de serviços de saúde no Brasil e em todo o mundo. O procedimento para tratar do que foge aos padrões de excelência estabelecidos é a proposição de melhorias em fóruns e espaços de discussão estruturados internamente. G4-14 A partir desses objetivos, o Hospital Sírio-Libanês mantém um conjunto de ações e práticas que dão suporte à gestão da qualidade. Uma delas é a certificação pela Joint Commission International (JCI), o mais importante e respeitado órgão certificador de qualidade das organizações de saúde no mundo. Ao renovar a certificação, conquistada pela primeira vez em 2007, a instituição garante melhorias contínuas e o seguimento de práticas internacionais de qualidade. O sistema de gestão da qualidade busca a melhoria contínua das práticas assistenciais, administrativas e de apoio, conforme demonstrado abaixo. É também implementado o método desenvolvido pelo Canadian Council on Health Services Accreditation, organização sem fins lucrativos que atua na área da saúde desde 1958. Seu trabalho consiste em avaliar a transparência e segurança das práticas de gestão e de assistência nos hospitais, por meio de uma verificação diária, durante determinado período, de atividades e serviços, que são posteriormente comparados a padrões de excelência. O Hospital Sírio-Libanês recebeu a primeira visita em 2014 e tem como meta conquistar a certificação em 2015. Objetivos da gestão dA qualidade • Monitorar riscos à segurança dos pacientes, familiares e colaboradores • Implementar práticas de melhoria contínua, com a utilização de ferramentas de qualidade • Avaliar a eficácia das melhorias obtidas por meio de evidências objetivas, como indicadores e auditorias in loco • Disseminar a cultura do aprimoramento, da melhoria contínua e do aprendizado organizacional Processos e desempenho Os processos realizados na instituição são monitorados por meio do método Lean, conhecido pela simplificação de etapas. O objetivo é eliminar o desperdício e estabelecer como foco a satisfação do paciente e a melhoria contínua do desempenho. Entende-se por desperdício todas as atividades, processos e materiais que não geram valor à instituição, mas que aumentam custos e tempo de execução de tarefas. 17 Relatório de Sustentabilidade 2014 ria contínua M e lh o Indicadores Sistema de Gestão da Qualidade Infraestrutura Educação Estratégia Padrões de qualidade (certificações) Cliente/ paciente Gestão de processos Planos de ação e projetos Responsabilidade da gestão Gestão de recursos Prestação de serviços Entrada Medição e análise crítica Padronização dos formulários Cliente/ paciente Saída Melhoria Satisfação percebida Expectativas e requisitos Comunicação/ campanhas Excelência Auditorias M e lh o A segurança e o desempenho organizacional passam também pela gestão de formulários, que estabelecem critérios de controle e padronização na instituição, sejam eles impressos ou eletrônicos. A cada ano, e com grandes avanços em 2014, o hospital torna-se mais informatizado, com protocolos e processos eletrônicos. Seguindo esses princípios, o hospital realizou, em 2014: •cinco treinamentos institucionais com foco nas certificações ISO 14001, OHSAS 18001 (inclui temas relacionados a direitos humanos) e princípios do manual da Joint Commission International (JCI); G4-HR2 Segurança institucional Documentação institucional ria contínua •um treinamento institucional no formato de ensino a distância (EAD) sobre direitos e deveres do paciente e da família, para os colaboradores; •seis processos de auditoria interna (Bela Vista, Itaim, Jardins e Brasília), com foco nos padrões de qualidade implantados na instituição. Para o monitoramento das avaliações, foi acompanhado o indicador de taxa de parciais conformidades/não conformidades referentes aos padrões de qualidade implementados na instituição; •a publicação de 12 edições, mensais e online, da newsletter Notícias da Qualidade, direcionada aos colaboradores e contendo boas práticas dos processos institucionais; •a completa atualização do hotsite Caminhos da Qualidade, disponível na intranet e que aborda as etapas do processo de gestão da qualidade, incluindo as certificações; •campanhas institucionais sobre as Metas Internacionais de Segurança do Paciente e, em destaque, a Meta 6 – Redução do risco de quedas. Nessa campanha, foram levantados pontos importantes para prevenção e redução do risco de quedas. Materiais informativos foram disponibilizados 18 O Hospital Sírio-Libanês INFORMATIZAÇÃO DE PROCESSOS na intranet e fixados em locais de grande circulação de pessoas; A interface do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), disponibilizada aos médicos em plataforma online permite consultar o registro de saúde do paciente. Como resultado do projeto, houve aumento da adesão do corpo clínico aberto ao PEP e a substituição de formulários impressos, a partir da informatização dos processos, permitindo a operação de unidades de internação de paciente no modo paperless. •campanha para reforçar a proibição do fumo nas dependências da organização, incluindo as unidades externas (conforme a Lei nº 13.541, de 7/5/2009, do estado de São Paulo). O objetivo foi conscientizar pacientes internados, acompanhantes e médicos do corpo clínico sobre o tabagismo passivo e outros efeitos indesejados, como o risco de incêndio e a degradação das condições dos quartos. Grande parte das informações disponíveis hoje é destinada aos médicos e, para 2015, serão desenvolvidas mais funcionalidades para o registro de informações pela equipe multiprofissional envolvida no cuidado. Investindo em novas tecnologias para obter maior qualidade na assistência, o Hospital Sírio-Libanês trouxe avanços na gestão de sistemas de informação. Em 2014, em continuidade ao projeto de informatização de processos, foi iniciada a informatização da nova torre (bloco D), com a implantação de novos módulos do Sistema de Informação Hospitalar (SIH) na Unidade Coronariana, no 7º andar. MELHORIAS TECNOLÓGICAS EM 2014 INFORMATIZAÇÃO DA NOVA TORRE (BLOCO D), AVANÇOS NO MODELO DE ADOÇÃO DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO E AUTOMAÇÃO DE PROCESSOS NA FARMÁCIA. Avanços tecnológicos Houve, ainda, avanços na implantação do modelo de adoção do prontuário eletrônico, desenvolvido pela Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) e adotado pelo hospital desde 2013. O modelo implementado, chamado Electronic Medical Record Adoption Model (Emram), avalia instituições de saúde e as classifica em oito etapas de avanço. Após a pré-validação do modelo, o hospital foi auditado em uma visita de avaliação final dos requisitos, momento em que os profissionais foram entrevistados a respeito do uso da tecnologia e do impacto dela no processo assistencial. O hospital recebeu a confirmação de sua classificação no Estágio 6 do modelo. A meta é alcançar o nível de máxima excelência na qualidade e segurança do cuidado ao paciente, atingindo o estágio Adoção Completa do Prontuário Eletrônico. G4-PR1 A expansão do Hospital Sírio-Libanês, com a duplicação da capacidade de atendimento até 2016, também trouxe desafios importantes para a farmácia. Em 2014, a instituição investiu na automação de processos com a implantação do primeiro sistema Swisslog disponível na América Latina. O objetivo foi melhorar, de forma significativa, a logística e o atendimento relacionados a medicamentos e materiais hospitalares no complexo da Bela Vista. Os equipamentos robóticos, de origem italiana, têm duas composições principais – PillPick e BoxPicker – integradas ao sistema de informação hospitalar da instituição. A tecnologia permite empacotar unitariamente cada medicamento e identificá-lo com o código de barras, armazenar, dispensar e fazer a devolução dos itens não utilizados, sempre com total rastreabilidade. Primeiramente, cada ampola/ comprimido é embalado individualmente em bolsas plásticas com a identificação do medicamento: lote, validade, apresentação e código de barras. Em seguida, e de acordo com a prescrição médica, os medicamentos são separados e agrupados em um volume que contém os dados de identificação do paciente, os horários de administração e o nome dos medicamentos. Essa nova tecnologia contribui para a segurança e a qualidade, com impacto direto na melhoria da assistência ao paciente. 19 Relatório de Sustentabilidade 2014 Governança clínica O Hospital Sírio-Libanês destaca-se pelo modelo de cuidado com o paciente, desenvolvido ao longo de sua existência e aprimorado continuamente. Desde 2008, o foco da abordagem está na integração do grupo multiprofissional. O objetivo é assegurar uma atenção de qualidade e individualizada, de acordo com a necessidade de cada paciente, com base em princípios como comunicação, trabalho em equipe, orientação e conforto físico e emocional. Responsável pelo seguimento desse modelo, a governança clínica adota as melhores práticas (protocolos clínicos e referências técnico-científicas, por exemplo), além de cuidar da avaliação permanente e individual dos profissionais, para garantir avanços na qualidade da assistência. G4-14 A organização adota uma prática chamada Pit-stop, um encontro, durante a troca de plantão, para que os profissionais assistenciais compartilhem informações importantes sobre o paciente e planejem as próximas etapas do cuidado. O modelo foi desenvolvido pelas equipes assistenciais e é praticado diariamente. Ainda visando à melhoria da qualidade da assistência, o hospital tem desenvolvido processos que incentivam o maior envolvimento dos pacientes e acompanhantes na assistência. Esse modelo, inspirado em práticas de governança da saúde na Inglaterra, é uma tendência no cuidado. A proposta é que o paciente seja cada vez mais o agente responsável pela própria segurança, na medida em que dispõe de informações que possibilitam acompanhar o quadro clínico e os procedimentos realizados. Fundamentos da governança clínica G4-PR1 • Educação continuada: formação permanente de profissionais • Auditoria clínica: revisão contínua do desempenho do médico, em um processo cíclico de melhoria da qualidade • Efetividade clínica: desenvolvimento de melhores práticas, como análise de custos e benefícios de uma intervenção no atendimento • Pesquisa e desenvolvimento: criação de práticas e processos inovadores, com base em evidências científicas • Transparência das informações: discussão aberta sobre temas de saúde, inclusive a respeito dos riscos e da segurança do cuidado, visando ao engajamento de pacientes e profissionais • Gerenciamento de riscos e desenvolvimento de ferramentas de melhoria: ações que buscam aumentar a segurança do paciente. Por exemplo, qualquer situação de fragilidade ou adversidade em materiais e medicamentos é notificada, e o sistema de gerenciamento gera uma análise que inclui a avaliação de especialistas e o desenvolvimento de ações para mitigação PIT-STOP prática para alinhamento de informações importantes sobre o paciente REALIZADA DURANTE A TROCA DE PLANTÃO. 20 O Hospital Sírio-Libanês Plano multidisciplinar de cuidado quadro com as metas e informações assistenciais do paciente, disponíveis nos quartos de internação. 5.802 colaboradores (São Paulo e Brasília) 3.200 MEMBROS DO CORPO CLÍNICO Para isso, foi implantado o quadro Plano Multidisciplinar de Cuidado, com destaque para as metas do cuidado. Essa sinalização fica disponível em todos os quartos de internação, oferece uma visão integral da situação do paciente e fortalece a gestão de risco e a segurança. de segurança do paciente. A atualização dos dados acontece trimestralmente, após reunião de análise e discussão dos resultados com as equipes responsáveis pelos indicadores. Os indicadores disponibilizados passam por auditoria externa antes da publicação. Privacidade e segurança do paciente Aliança Mundial para a Segurança do Paciente No momento da internação no hospital, o paciente define o grau de privacidade desejado, por meio de uma declaração que garante o sigilo e a confidencialidade praticados pela instituição. No momento da alta, o paciente recebe orientações sobre a continuidade do tratamento, incluindo informações como medicação, alimentação e outras questões relacionadas à sua recuperação. G4-15, G4-PR-1 Em 2014, passou a ser feito o acompanhamento pós-alta de alguns casos cirúrgicos e clínicos. Após um mês da saída, o paciente recebe um contato via e-mail e é convidado a responder a um questionário sobre seu estado geral de saúde. O objetivo do projeto é permitir que a organização conheça a evolução clínica do paciente com maior riqueza de detalhes. Da mesma forma, ajuda a identificar complicações que possam ter surgido nesse período, como uma infecção. Os dados coletados ficam registrados eletronicamente e compõem mais um indicador da qualidade da assistência oferecida pelo hospital. Para consolidar o compromisso com a segurança, o envolvimento do paciente e a transparência dos processos e resultados, a instituição publica, em seu site, os indicadores de monitoramento do cumprimento das metas internacionais O hospital faz parte da aliança criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e apoiada pela JCI, com o objetivo de reduzir as consequências negativas de um atendimento em situações de risco. Para isso, adota, ao lado de instituições de todo o mundo, metas que buscam oferecer um atendimento cada vez melhor e mais adequado. São metas internacionais de segurança do paciente: • identificar os pacientes corretamente; • melhorar a comunicação efetiva; • melhorar a segurança dos medicamentos de alta vigilância; • assegurar cirurgias com local de intervenção, procedimentos e pacientes corretos; • reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde; • reduzir o risco de lesões ao paciente decorrente de quedas. 21 Relatório de Sustentabilidade 2014 Estrutura de cuidado COM A saúde Em uma área construída de aproximadamente 100 mil m² no bairro da Bela Vista, em São Paulo, o Hospital Sírio-Libanês atende a mais de 40 especialidades e conta com 439 leitos operacionais, dos quais 57 são de terapia intensiva. Em 2015, o complexo da Bela Vista ganhará mais 74 leitos, e o 3º andar da nova torre, que atualmente abriga a Unidade Avançada de Insuficiência Cardíaca (UAIC), receberá as novas alas de terapia intensiva. A instituição mantém 5.802 colaboradores e um corpo clínico composto de cerca de 3.200 profissionais (entre contratados em regime CLT, terceiros e credenciados para atuarem na instituição). G4-5, G4-6, G4-9, G4-10 Complexo da Bela Vista O hospital divide-se em duas grandes áreas: pacientes internados e pacientes externos. Pacientes internados Compreendem os pacientes que são atendidos pelas unidades de internação (críticas e não críticas) ou passam por algum procedimento no centro cirúrgico. Unidades críticas Houve um crescimento de 9,1% no total de pacientes-dia, em deocrrência do aumento de sete leitos na Unidade Coronariana e sete leitos na Unidade Crítica Geral, que passaram a operar no 7º andar e 8º andar do bloco D, respectivamente. A capacidade total Unidades e atuação G4-6, G4-8, G4-9 São Paulo Bela Vista Unidades de internação Pronto Atendimento Centro de Diagnósticos Centro cirúrgico Banco de Sangue Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário Laboratório de Anatomia Patológica Hospital-dia Centros de especialidades Núcleos de Medicina Avançada Itaim Centro de Diagnósticos Oncologia clínica Centro de Reprodução Humana Centro cirúrgico/Hospital-dia Centro de Tratamento das Veias Centro de Acompanhamento da Saúde e Check-up Jardins Centro de Diagnósticos Serviço de aconselhamento genético Centro Integrado da Saúde Óssea Consultas ambulatoriais Brasília Asa Sul Consultas ambulatoriais em oncologia Quimioterapia Radioterapia Lago Sul Consultas ambulatoriais em oncologia Quimioterapia das unidades é de 31 leitos cada. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos está em plena capacidade de internação, com 30 leitos disponíveis. O volume de atendimentos de paciente-dia na UTI teve uma queda de 4,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Unidades não críticas As unidades de internação apresentaram um crescimento de 6,7% no volume de pacientes-dia. Em 2014, foram abertas novas unidades no 9º andar do bloco D, 7º andar do bloco B (Unidade Pediátrica) e 10º andar do bloco D (Unidade de Internação Geral), todas previstas no projeto de expansão. Centro cirúrgico O centro apresentou um aumento no número de cirurgias, atingindo uma média de 1.155 por mês. Em 2014, houve um crescimento tímido do volume, de 0,9%, porém a receita foi 14% superior em relação a 2013. Unidade de Transplante de Medula Óssea (TMO) Em 2014, foram realizados 57 procedimentos. No acumulado geral, desde a abertura da unidade, em 2011, até o fim de 2014, foram 180, sendo 158 em adultos e 26 em crianças. 22 O Hospital Sírio-Libanês Indicadores do complexo da Bela Vista 2012 2013 2014 Leitos operacionais 371 372 439 Pacientes-dia críticos 47.612 50.026 52.399 Pacientes-dia não críticos 63.393 66.255 72.809 Pacientes-dia 111.005 116.281 125.208 Saídas 19.000 18.840 20.632 Internações 19.025 18.221 20.683 Taxa de ocupação operacional 89,5% 89,6% 85,6% Média de permanência (dias) 5,84 6,17 5,97 O volume de atendimento de pacientes EXTERNOS NA BELA VISTA aumentou 7,6% na comparação com 2013. Já a receita subiu 6,8% no mesmo período Pacientes externos São os pacientes que realizam procedimentos mais simples, como um exame laboratorial, ou utilizam um serviço como o do Pronto Atendimento e deixam a instituição no mesmo dia, não necessitando de internação. Pronto Atendimento Teve crescimento de 12,2% no volume de atendimentos e alta de 9,2% na receita em relação a 2013. O serviço de ultrassom teve sua capacidade de atendimento ampliada com a incorporação de mais duas salas de exames em 2013, ação que resultou em um crescimento de 9,4% na receita. Já a ressonância magnética apresentou crescimento de 11,4% em 2014. No mesmo período, a receita teve crescimento de 11,4%. A capacidade de atendimento aumentou por meio de melhorias em processos, como a ampliação da oferta de horários e dias para agendamento de exames. Na radiologia geral (serviços de mamografia, densitometria e raio-X), observou-se um aumento de 2,2% na receita em relação a 2013. Na tomografia, houve um crescimento de 0,5% no número de exames e procedimentos realizados, atingindo sua capacidade máxima e resultando em crescimento de 5,8% na receita. Centro de Diagnósticos Registrou aumento de 7,4% na realização de exames e procedimentos em relação a 2013. No que se refere à receita, o crescimento foi de 6,9% no mesmo período. Outros serviços de diagnóstico •Endoscopia: o ganho em volume de exames foi de 13% e, na receita, o aumento foi de 21,6% em relação a 2013. Serviços de imagem As áreas que compõem os serviços de imagem (ultrassom, ressonância magnética, radiologia geral e tomografia) apresentaram crescimento de 7,9% na receita em 2014. •Centro de Intervenção Guiada por Imagem (Cigi): são prestados serviços de radiologia intervencionista e hemodinâmica, além de exames invasivos de imagem, como as biópsias guiadas por Evolução da quantidade de exames (Bela Vista) 2012 2013 2014 Tomografia 55.856 57.096 57.377 Ressonância magnética 31.906 36.470 40.627 Ultrassom 103.626 114.302 114.328 Radiologia geral 113.104 124.781 122.774 23 Relatório de Sustentabilidade 2014 ultrassom e tomografia. No ano de 2014, os serviços apresentaram um crescimento de 4,1% em volume e de 13,8% na receita. •Neurodiagnóstico: presta os serviços de eletroencefalograma e eletroneuromiografia. Ambos tiveram melhorias no sistema de agendamento, resultando em um aumento na disponibilidade e crescimento de 29,9% no número de exames realizados. A receita de 2014 teve um crescimento de 12,2% em relação a 2013. •Cardiodiagnóstico: compreende os serviços de eletrocardiograma, holter, mapa, tilt test, teste ergométrico e ecocardiograma. As áreas obtiveram um crescimento de 3,3% na realização de exames e de 8,2% na receita. •Medicina Nuclear: o serviço tem se firmado como centro de referência em exames que utilizam partículas radioativas. Houve um aumento de 1,8% no volume e 9,2% na receita da área. •Laboratório Clínico: o aumento das unidades de internação, previstas no projeto de expansão, fez com que a demanda do Laboratório Clínico aumentasse 8,3%; já a receita apresentou crescimento de 10,8%. •Laboratório de Anatomia Patológica e Molecular: o volume de exames realizados cresceu 7%, chegando a 85.787. Já o aumento da receita foi de 27,9% em relação a 2013. O laboratório mantém parceria com o Memorial Sloan-Kettering Cancer Center e é referência em tecnologia e conhecimento nas diversas áreas da patologia. Destaca- -se ainda a realização de cerca de mil testes moleculares para definição diagnóstica, predição de resposta terapêutica em oncologia e detecção de agentes infecciosos. Outros serviços •Centro de Reabilitação: apresentou um crescimento de 14,3% na produção e 19,3% na receita. •Medicina Avançada: reúne equipes multidisciplinares que trabalham de forma integrada para prevenir, diagnosticar e tratar doenças. Em 2014, realizou 5.532 atendimentos, e seu crescimento em relação ao ano anterior foi de 14,7%. Unidade Jardins Vem crescendo continuamente e, desde sua abertura até dezembro de 2014, foram realizados cerca de 23.700 exames. Em relação ao ano de 2013, houve crescimento de 20,5% no volume de atendimentos. CENTROS E NÚCLEOS DE ESPECIALIDADES • Centro de Acompanhamento da Saúde e Check-Up • Centro de Cardiologia • Centro de Diabetes • Centro de Esclerose Múltipla e Doenças Relacionadas • Centro de Imunizações • Centro de Incontinência Urinária • Centro de Nefrologia e Diálise • Centro de Oncologia • Centro de Otorrinolaringologia • Centro de Reabilitação • Centro de Reprodução Humana • Centro Integrado da Saúde Óssea • Centro de Tratamento das Veias • Núcleo do Câncer da Pele • Núcleo de Cirurgia da Mão e Microcirurgia Reconstrutiva • Núcleo de Cuidados Integrativos • Núcleo de Doenças Pulmonares e Torácicas • Núcleo da Dor e Distúrbios do Movimento • Núcleo de Feridas Complexas • Núcleo do Fígado • Núcleo de Geriatria • Núcleo de Hemorragia e Trombose • Núcleo de Infectologia • Núcleo de Mastologia • Núcleo de Medicina do Exercício e do Esporte • Núcleo de Neurologia e Neurociências • Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares • Núcleo de Ombro e Cotovelo • Núcleo do Quadril • Núcleo de Reumatologia • Núcleo de Tornozelo e Pé • Núcleo de Urologia 24 O Hospital Sírio-Libanês 30,2% DE crescimento no volume de atendimentos da Unidade Itaim Unidade Itaim O crescimento no volume de atendimentos foi de 30,2%, e a receita cresceu 47,1% em relação a 2013. Uma das áreas que mais contribuíram para esse aumento foi o Laboratório de Anatomia Patológica. Outros destaques são a oncologia clínica, o centro cirúrgico e a área diagnóstica. Desempenho quantitativo da Unidade Itaim Exames/procedimentos 2012 2013 2014 Cardiodiagnóstico 7.053 8.654 12.072 Cirurgias 736 1.500 1.759 Exames de imagem 36.656 42.349 53.840 Endoscopia 4.598 6.278 7.081 Reprodução humana 1.292 2.453 3.134 Oncologia clínica 4.892 6.557 9.950 Exames laboratoriais 327.376 436.187 561.835 Anatomia patológica 4.114 6.928 11.539 Outros exames 441 1.398 5.847 Total 387.158 512.304 667.057 Unidades cardiológicas (Bela Vista, Itaim e Jardins) Juntas, representaram um crescimento de 9,1% na quantidade de exames realizados (de 53.612 em 2013 para 58.615 em 2014). Centro de Oncologia (Bela Vista, Itaim e Brasília – Asa Sul e Lago Sul) Desde sua criação, o Centro de Oncologia tem levado aos pacientes tratamentos de oncologia clínica e serviços de odontologia e radioterapia. Em 2014, houve um aumento geral de 11,9% no volume de atendimentos em relação a 2013. Em Brasília, a primeira unidade está instalada em um edifício exclusivo com 2,4 mil m² que apresenta os mesmos padrões de segurança e conforto das unidades paulistanas e dispõe de seis consultórios e 12 amplas suítes. O crescimento do número de atendimentos em 2014 foi de 22,3% no volume. A receita subiu 18,5%. Em 2014, foi inaugurada, no Lago Sul, a segunda unidade de oncologia clínica na capital federal. Parceria com O Hospital Santa Paula O Centro de Oncologia do Sírio-Libanês mantém, desde 2012, uma parceria com o Hospital Santa Paula, por meio da qual faz a gestão técnica de seu Instituto de Oncologia, em São Paulo. Desse modo, coloca-se em posição de atender mais pessoas, utilizando sempre protocolos clínicos baseados em evidências para garantir a qualidade e a segurança dos tratamentos. A equipe médica que atua no Santa Paula tem sólida formação acadêmica e mantém vínculo exclusivo com o Sírio-Libanês e o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). 25 Relatório de Sustentabilidade 2014 Compromisso com a sociedade Conhecimento e experiência em saúde para contribuir com a melhoria da assistência e o desenvolvimento do Brasil O ideal filantrópico, expresso na dedicação ao ser humano e na generosidade com o próximo, é um componente essencial que norteou a criação da instituição, em 1921. O centro médico que se conhece hoje – construído pelas comunidades síria e libanesa em gesto de retribuição à acolhida que receberam no Brasil – é parte de uma atuação mais ampla, que se estende pelas áreas de ensino e pesquisa e responsabilidade social. A organização entende que seu conhecimento e sua experiência em saúde podem contribuir para a melhoria da assistência à saúde no país e para o desenvolvimento da sociedade como um todo. Esses esforços incluem, entre outras iniciativas, a parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS), os acordos para gestão de unidades públicas, a manutenção de um sólido programa de gestão ambiental e a criação de projetos voltados ao bem-estar da comunidade do entorno da região da Bela Vista, em São Paulo. G4-EC7, G4-EC8 Ensino e pesquisa O Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP) é um centro gerador e difusor de conhecimento em saúde. Por meio dele, a organização reforça seu propósito de cuidar do paciente, incorporando novas abordagens e tecnologias que melhoram a qualidade da assistência oferecida. Alinhado às principais características do Hospital Sírio-Libanês – excelência, respeito às pessoas e compromisso com a sociedade –, o IEP busca traduzir cada uma delas em suas atividades. O modelo de ensino e aprendizagem tem como base a espiral construtivista, processo que permite integrar a teoria e a prática porque trabalha com simuladores de questões reais e estimula a elaboração de um novo raciocínio. Em 2014, cerca de 24 mil alunos participaram de alguma atividade do IEP, tornando-se multiplicadores em suas esferas e regiões de atuação. Infraestrutura do IEP O IEP ocupa um espaço de 6 mil m2 e oferece: • anfiteatro com 400 lugares; • biblioteca; • biobanco; • biotérios; • centros avançados de treinamento e simulação em videocirurgia, microcirurgia, endoscopia, eletrocirurgia e robótica, todos interligados a sistemas de videoconferência; • laboratórios; • rede Wi-Fi; • sala de informática; • sala de telemedicina para a realização de reuniões e eventos por meio de videoconferência e videostreaming (transmissão ao vivo); • seis auditórios e quatro salas de reunião. 26 Compromisso com a sociedade Portal da Educação Balanço 2010-2014 professores e alunos cadastrados Um grande marco de 2014 foi a finalização, com sucesso, do quinquênio 2010-2014, período em que os programas realizados por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS) capacitaram e especializaram milhares de profissionais nas áreas de gestão, saúde e educação em todas as regiões do país. 81 mil 24 mil inscrições ativas 86 mil posts nos fóruns de discussão online Maiores números de acesso: São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Paraná, Rio de Janeiro, Pará, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. O principal objetivo desse trabalho de responsabilidade social, realizado por meio de encontros presenciais e teleconferências, é influenciar e apoiar as políticas públicas, incentivar a disseminação do conhecimento e promover o avanço de iniciativas na saúde pública. Com a participação nos cursos, os gestores do SUS trazem as experi- Parceiros e projetos • Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems): apoio em projetos ao SUS. ências e necessidades de seu cotidiano e, com isso, fornecem suporte para a construção de projetos educacionais que podem ser disseminados nas diferentes regiões, respeitando suas diferentes realidades locais. Como destaque das parcerias, o IEP tem trabalhado com o National Board of Medical Examiners (NBME) para fortalecer uma cultura de avaliação nas escolas médicas para o reconhecimento da qualidade dos profissionais formados. Foram ofertados gratuitamente cerca de mil testes de progresso aplicados em alunos, usando a metodologia americana de avaliação de desempenho. O objetivo é fortalecer e induzir políticas que aperfeiçoem o ensino para profissionais de saúde no Brasil. • Faculdade de Medicina de Marília (Famema): residência médica. • National Board of Medical Examiners (NBME/EUA): construção da ferramenta que apoia a melhoria do ensino da medicina no Brasil, destinada a faculdades públicas e privadas. • Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh): projetos de capacitação para profissionais dos • Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer (EUA): criação e hospitais universitários. coordenação do Centro de Oncologia Molecular. • Fundação Dom Cabral (FDC): desenvolvimento de programas para • Memorial Sloan-Kettering Cancer o SUS e de pós-graduação stricto Center (EUA): parceria em prosensu (mestrado profissional em gramas colaborativos de educagestão de tecnologia e inovação em ção e treinamento em oncologia, saúde) e lato sensu (especialização incluindo simpósios. em gestão da atenção à saúde). • Universidade de São Paulo (USP) e • Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Universidade Federal de São Carlos (UFSCar): parceria para construção • Empresas inovadoras: Covidien, de cursos de pós-graduação. Karl Storz, Siemens, 3M e Baumer. 27 Relatório de Sustentabilidade 2014 Apoio à formação médica Para 2015, um grande projeto se destaca: o Sírio-Libanês será responsável pela formação de 200 gestores de residência médica e 2 mil preceptores em cem municípios que receberão os novos cursos de medicina no modelo Mais Médicos (com formação atrelada à nova etapa, concentrada em medicina generalista e atendimento básico em saúde). Esses gestores serão responsáveis por criar os programas de residência e gerenciar e montar o processo, desde sua vertente pedagógica até a regularização legal do hospital regional, para absorver a alta disponibilidade de mão de obra. O conteúdo está sendo desenvolvido pelo IEP, e a logística e a organização dos trabalhos serão realizadas pelo Ministério da Saúde, responsável pelo programa. Como são elaborados os cursos para o SUS Gestores do SUS Ministério da Saúde desenvolvimento de cursos e conhecimento Conselho Nacional de Secretários de Saúde Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa As perspectivas são aumentar a interação com os profissionais do hospital, ampliando as oportunidades para o corpo clínico e os colaboradores com aptidão acadêmica e aumentando o engajamento do corpo clínico nas atividades do IEP. O objetivo é que a disseminação da cultura de ensino e pesquisa por toda a instituição possa contribuir mais para a ciência, beneficiando diretamente a prática assistencial e os pacientes. Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde Estabelecimento de demanda por tema e região de atuação Sinergia com o hospital As atividades científicas de ensino e pesquisa, os programas de residência e as reuniões científicas das equipes contam com a participação direta e a coordenação de membros do corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês. Por isso, há o compromisso de tornar o IEP indissociável do hospital em relação ao seu corpo de docentes e de pesquisadores e às linhas de pesquisa. Comitê Rede Universitária de Telemedicina Em 2014, o Hospital Sírio-Libanês tornou-se membro formal da Rede Universitária de Telemedicina (Rute), iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia coordenada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). A instituição já participava ativamente das atividades da Rute desde 2007, por meio do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP). 28 Compromisso com a sociedade Atividades de ensino Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social solicitou o desenvolvimento de projetos de apoio ao SUS. Essas ações visam ao aprimoramento das capacidades técnicas e teóricas dos profissionais da saúde, trazendo melhorias também para as unidades em que eles atuam. Em 2014, foram contempladas 12 regiões. Ao todo, 960 profissionais participaram dos projetos. Parte do trabalho desenvolvido pela área de ensino é composta de projetos de responsabilidade social, descritos a seguir. 15 Projetos de contrapartida ao BNDES Em contrapartida ao financiamento obtido pelo hospital para seu programa de expansão, o Banco cursos gratuitos de atualização, capacitação, especialização, pós-graduação e educação continuada (triênio 2012-2014) RR AP AM PA ma RR rn ce pb pe al pi No biênio 2013-2014, o projeto Gestão de hospitais universitários federais no SUS contemplou 25 unidades no Brasil AC to RO se ba MT GO DF MG MS es SP rj pr sc rs 2012 – Gestão da Clínica no SUS (1ª edição) 2013 – Gestão da Clínica no SUS (2ª edição) 2014 – Gestão da Clínica no SUS (3ª edição) 2012/13 – Gestão da Vigilância Sanitária 2013 – Gestão de Emergências em Saúde Pública 2014 – Gestão de Programas de Residência Médica no SUS 29 Relatório de Sustentabilidade 2014 Gestão de hospitais universitários federais no SUS No biênio 2013-2014, o projeto contemplou 25 hospitais federais no Brasil, com o objetivo de desenvolver e implantar o plano diretor do respectivo hospital em um prazo de dois anos. A continuidade desse trabalho consiste em desenvolver programas de telepatologia, que visam melhorar o diagnóstico de câncer no país, formando patologistas e usando a ferramenta para troca de conhecimento. Existem ainda outros projetos de apoio ao SUS, como os 15 cursos de atualização, capacitação, especialização, pós-graduação e educação continuada (triênio 2012-2014), ofertados gratuitamente por meio da área de filantropia. Cursos de atualização e resultados Programa Tipo Resultados em 2014 Abrangência Capacitação em saúde baseada em evidências Atualização 3.810 participantes Nacional Capacitação em direito à Atualização saúde baseada em evidências 476 participantes Nacional Gestão federal do SUS Aperfeiçoamento 226 participantes Paraná, Distrito Federal, Pará, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará Rede sentinelas em ação1 Educação continuada 832 participantes Qualidade e segurança dos pacientes Capacitação Processos educacionais em saúde (2013/2014) Capacitação e especialização 568 participantes São Paulo Gestão da clínica nas regiões de saúde (3ª edição) Especialização 1.348 participantes Ver mapa ao lado Regulação em saúde no SUS (3ª edição) Especialização 1.288 participantes Ver mapa ao lado (referência: Gestão da Clínica no SUS - 3a edição) Educação na saúde para preceptores do SUS (3ª edição) Especialização 1.332 participantes Ver mapa ao lado (referência: Gestão da Clínica no SUS - 3a edição) Gestão da Vigilância Sanitária Especialização (2ª edição) Gestão de Emergências em Saúde Pública (Gesp) Gestão de emergências no SUS Especialização Especialização 200 participantes Nacional Nacional 410 participantes Ver mapa ao lado (referência: Gestão da Vigilância Sanitária) 960 participantes Ver mapa ao lado 480 participantes Pará, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul Gestão de hospitais Especialização universitários federais no SUS 10 hospitais Gestão da atenção à saúde (FDC) Especialização (lato sensu) 114 participantes 82 inscrições em 2014 Mestrado profissional em gestão de tecnologia e inovação em saúde (FDC) Pós-graduação (stricto sensu) 24 participantes São Paulo 194 inscrições em 2014 São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte 1 Rede de colaboração de hospitais que desenvolvem assistência, ensino e pesquisa dependentes de tecnologias em saúde. 30 Compromisso com a sociedade Processo de pós-graduação lato sensu 2015 Em setembro de 2014, foram abertos 19 cursos voltados a médicos, enfermeiros e gestores da área da saúde, oferecidos em seis áreas distintas. A lista ainda inclui 13 especializações. Houve alto interesse pelo programa, e a relação candidatos por vaga foi de 1,51. No total, 518 pessoas serão selecionadas para o programa. 60 cursos e congressos sediados pelo IEP em 2014 197 residentes Programa de pós-graduação Cursos, congressos e reuniões O IEP oferece cursos voltados a médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde, com 50% das vagas para profissionais da rede pública, por meio de bolsas de estudo, como descrito a seguir. Existe uma gama de atividades oferecidas pelo IEP em suas instalações, sendo que alguns cursos podem ser ministrados a distância ou in company. Foram cerca de 60 cursos e congressos sediados em 2014, como os descritos a seguir. •Lato sensu: 15 cursos e 328 profissionais formados. •Conferência Internacional de Onco-Hematologia •Stricto sensu (mestrado profissional em gestão de tecnologia e inovação em saúde): 24 profissionais participantes. •I Simpósio Internacional de Cardio-Oncologia BrasilEstados Unidos •Stricto sensu (mestrado e doutorado acadêmicos em ciências da saúde): 68 alunos participantes. •20º Congresso da Sociedade de Anestesiologia Regional Latino-Americana (Lasra) Residência multiáreas O Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP) iniciou, em 1996, seu programa de residência, que hoje contempla, além de especialidades médicas, outros campos do conhecimento. Os resultados são: •XIV Curso de Radioterapia de Última Geração e Controle de Qualidade •Residência médica: oito especialidades, 84 residentes •Residência multiprofissional – cuidado com o paciente crítico e cuidado com o paciente oncológico: 49 residentes •Residência em área profissional de saúde – enfermagem clínico-cirúrgica, física médica da radioterapia e biomedicina em diagnóstico por imagem: 51 residentes •Programa de especialização em regime de residência médica: seis modalidades, 13 residentes •XVIII Curso Internacional de Colonoscopia •Encontro sobre reforma no sistema de saúde americano (ObamaCare) •II Simpósio Internacional de Cirurgia da Mão e Microcirurgia Reconstrutiva •IV Curso Prático Internacional de Suporte Circulatório Mecânico •IX Simpósio PET/CT em Oncologia •Simpósio Internacional de Medicina Intensiva •Simpósio Internacional de Câncer de Próstata Além desses eventos, o programa CMIRA (competência médica com 31 Relatório de Sustentabilidade 2014 um novo olhar para mobilização estudantil, internacionalização da escola médica, residência médica e avaliação de competência) foi implementado em 15 escolas e atingiu cerca de 1.400 alunos em 2014. Capacitação em emergência e trauma Desde 2005, oferece estrutura e pessoal capacitado, em um centro de treinamento avançado. Foram 900 participantes em 2014. Educação continuada Foram realizados três cursos multiprofissionais em 2014, com um total de 661 participantes. •V Curso de Educação Permanente em Cardiologia •IX Curso Continuado de Odontologia Hospitalar •X Curso Continuado de Enfermagem Atividades de pesquisa As atividades de pesquisa, geração de conhecimento e inovação do IEP têm como objetivo melhorar continuamente o processo de atenção à saúde. Todos os projetos buscam trazer avanços em prevenção, diagnóstico, tratamento e qualidade de vida dos pacientes e da sociedade como um todo. Para isso, estimula-se uma forte interação entre profissionais da saúde e pesquisadores do hospital, sendo também papel do IEP fornecer ferramentas para que as questões originadas no processo assistencial possam ser respondidas por meio dos projetos de pesquisa. O investimento na geração de conhecimento e qualificação técnica e científica dos profissionais é feito por meio de 13 linhas de pesquisa associadas às estratégias da instituição, que seguem duas premissas fundamentais da área de Pesquisa: •Interação entre as atividades de pesquisa e a assistência – os pesquisadores estão diretamente envolvidos nas atividades, como parte da equipe de colaboradores ou do corpo clínico. •Relevância e aplicabilidade dos projetos no processo assistencial – deve-se garantir que a geração de conhecimento esteja sempre vinculada a um processo de desenvolvimento e inovação que possa trazer benefícios para a sociedade. A estratégia vem sendo desenvolvida com sucesso, levando-se em consideração a quantidade e os resultados de projetos de pesquisa sendo desenvolvidos por pesquisadores, técnicos, alunos dos programas de mestrado profissional, mestrado e doutorado acadêmico e alunos de iniciação científica e de pós-doutoramento. O trabalho da área de Pesquisa é estendido aos projetos filantrópicos em parceria com o Ministério da Saúde, atendendo aos programas do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2014, houve a execução de projetos desafiadores, como ensaios clínicos para o tratamento de doença de Parkinson, tratamento cirúrgico de pacientes obesos com diabetes tipo II e um projeto de bioengenharia de tecidos para o tratamento de fissuras labiopalatinas. Foram consolidados, ainda, importantes avanços na infraestrutura de pesquisa clínica, com aumento do número de protocolos em novas especialidades. G4-EC7 1.000 reuniões científicas com o corpo clínico, para apresentar e discutir casos clínicos Linhas de pesquisa CIRURGIA ROBÓTICA E MINIMAMENTE INVASIVA, ENDOSCOPIAS, FISIOPATOLOGIA DA DOR, ginecologia, informática médica, Medicina intensiva, Neurociências, nutrição, oncologia molecular, pesquisa clínica, pesquisa observacional, suporte ao paciente crítico ou oncológico, terapia celular e bioengenharia de tecidos Células-tronco para tratamento de fissuras labiopalatinas G4-EC8 Pesquisadores do IEP, em parceria com o Hospital Municipal Infantil Menino Jesus (HMIMJ), referência em pediatria na rede pública de São Paulo, desenvolveram uma técnica inédita para realizar um procedimento cirúrgico menos invasivo e com menor custo para corrigir a fissura labiopalatal. Denominado “Bioengenharia de tecido ósseo para tratamento de malformações congênitas”, o trabalho consiste na utilização de células-tronco retiradas da polpa do dente de leite para tratar a malformação. Até 2014, foram cinco os casos de crianças que receberam, com sucesso, a aplicação da nova técnica. O objetivo é eliminar a dor e reduzir a taxa de portadores da doença, abrindo a perspectiva de que, no futuro, o tratamento seja oferecido a crianças nascidas em unidades públicas de saúde. 32 Compromisso com a sociedade Publicações Em 2014, FORAM PUBLICADOS 120 trabalhos em periódicos científicos indexados e de corpo editorial com processo de revisão por pares. 8.000 exames realizados pela Pesquisa Nacional em Saúde nas cinco regiões do país O IEP também apoia ações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no desenvolvimento da Pesquisa Nacional em Saúde, que pretende dotar o Brasil de informações sobre fatores determinantes e condicionantes de saúde. Em 2014, foram mais de 8 mil exames realizados nos indivíduos participantes da pesquisa, em cinco regiões do país. O projeto foi renovado para 2015. Mestrado e doutorado Em 2014, foram ofertadas mais 24 vagas no programa de mestrado e doutorado acadêmico em Ciências da Saúde, aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em 2013. No total, 68 alunos participam dos cursos de pós-graduação stricto sensu. A demanda de candidatos em 2014 foi de oito interessados por vaga, uma média alta entre os programas similares. As primeiras teses de mestrado serão defendidas no primeiro semestre de 2015. As áreas de concentração do programa são: oncologia, cuidados com o paciente crítico e cirurgia. Embora o hospital possua um grande número de doutores nas mais diferentes especialidades, é nessas três áreas que se concentra grande parte da sua produção científica. Novos laboratórios Duas novas iniciativas de 2014 serão alavancadas em 2015: a criação do Laboratório de Inovação e Desenvolvimento em Oncologia (Lido) e do Laboratório de Usabilidade, que passa a funcionar junto com o Centro de Treinamento e Cirurgia Experimental do IEP. O Lido tem por missão transformar em exames oferecidos aos pacientes oncológicos as descobertas das atividades de pesquisa em curso no Centro de Oncologia Molecular. Para isso, o laboratório utiliza as mesmas plataformas tecnológicas do Laboratório de Anatomia Patológica. Em 2015, três novos ensaios entrarão em validação. Já o Laboratório de Usabilidade reúne uma série de metodologias com o objetivo final de avaliar riscos potenciais e introduzir melhorias em equipamentos, quer seja na sua fase de desenvolvimento ou no pós-venda. O laboratório vai trazer uma nova experiência para o hospital em termos de avaliação de equipamentos e tecnologias a serem introduzidas nas suas atividades ou destinadas à prestação de serviços para parceiros e clientes externos, alavancando o processo de geração de conhecimento e inovação no Sírio-Libanês. 2015: expansão no IEP O projeto de expansão do Hospital Sírio-Libanês também engloba a expansão das atividades de ensino e pesquisa. Um número expressivo de novos ensaios clínicos já está contratado, mantendo o objetivo de fortalecer a pesquisa clínica, que permite aos pacientes o acesso a drogas inovadoras, ainda na fase de estudos, antecipando seus potenciais benefícios. O IEP vai ofertar ainda novos cursos e projetos, em especial aqueles realizados em parceria com o Ministério da Saúde. 33 Relatório de Sustentabilidade 2014 Projetos de apoio ao SUS As iniciativas de responsabilidade social do hospital envolvem diversas áreas da instituição e se desdobram em ações de preservação do meio ambiente e apoio ao aprimoramento do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo desse conjunto de ações é contribuir diretamente para o desenvolvimento da sociedade. Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social O Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social tem personalidade jurídica própria e apoia os projetos de responsabilidade social do hospital, ao qual está ligado pela missão de fortalecer a saúde pública no Brasil. É reconhecido como organização social pelo município e pelo estado de São Paulo, com os quais mantém parcerias para a gestão de equipamentos de saúde. Seu modelo de gestão prioriza resultados assistenciais, atendimento e transparência na prestação de contas aos gestores do poder público. Além disso, o instituto trabalha de forma integrada ao Hospital Sírio-Libanês, cujas políticas de gestão de pessoas e processos de trabalho são replicadas. Em 2014, o instituto assinou um contrato adicional com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo para assumir a gestão do Hospital Regional de Jundiaí, referência em casos de média complexidade para 752 mil moradores da cidade e de outros seis municípios da região: Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Jarinu, Louveira e Várzea Paulista. Parcerias com o município de São Paulo •Hospital Municipal Infantil Menino Jesus: presta atendimento de baixa e média complexidade pediátrica, principalmente em malformações congênitas, e atende mais de 20 especialidades. •Assistência Médica Ambulatorial (AMA): a AMA Santa Cecília oferece consultas em sete especialidades e nove tipos de exames diagnósticos. Já as AMAs Jardim Peri-Peri e Vila Piauí prestam atendimento médico sem agendamento prévio para usuários que demandam assistência imediata de baixa e média complexidades. •Estratégia Saúde da Família (ESF) das Unidades Básicas de Saúde (UBS): Cambuci, Humaitá e Nossa Senhora do Brasil. Com ações focadas na família e no contexto em ela que vive, o objetivo da ESF é organizar e integrar as atividades de promoção e prevenção da saúde. Parcerias com o Estado de São Paulo •Hospital Geral do Grajaú: presta atendimento médico-hospitalar em urgências e emergências de média e alta complexidade. Atualmente, possui 268 leitos, é certificado como hospital de ensino e disponibiliza campo para estágio de profissionais de diversas áreas de saúde, além de residência médica e cursos de especialização. •Hospital Regional de Jundiaí: especializado em atendimentos de média complexidade, realiza cirurgias eletivas (não urgentes). A unidade possui 123 leitos, dos quais 16 são de tratamento intensivo (UTI). •Serviço de Reabilitação Lucy Montoro de Mogi Mirim: oferece tecnologia de ponta para a reabilitação de pacientes com deficiências físicas, doenças incapacitantes e severas restrições de mobilidade. •Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Maria Cristina Cury: é uma unidade de atendimento ambulatorial que oferece serviços para diagnóstico precoce e tratamentos em diversas especialidades. PARA informações sobre projetos do instituto e resultados, acesse: www.irssl.org.br 34 Compromisso com a sociedade Resultados de 2014 No último triênio, foram formadas cerca de 50 mil pessoas em evidências e atividades de especialização, que envolveram uma carga horária de 360 horas/ano. 23.437 atendimentos no Ambulatório de Filantropia As atividades de responsabilidade social são desenvolvidas a partir de diretrizes normatizadas por leis (12.101/2009, posteriormente alterada pela 12.868/2013). Assim, o hospital devolve 100% da sua renúncia fiscal – conhecida também como isenção fiscal por filantropia – em forma de projetos de apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). A renúncia abrange os impostos Cofins e INSS patronal e, em 2014, representou cerca de 7% da receita total do Hospital Sírio-Libanês, valor correspondente a cerca de R$ 118 milhões. GRI-EC4 Outros projetos de destaque são: Para o cumprimento da nova legislação de filantropia, específica para hospitais considerados de excelência e voltados à pesquisa e à capacitação de profissionais, o Ministério da Saúde criou o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS). O programa permitiu que o ministério pudesse usar as estruturas de instituições para desenvolver inúmeros cursos em áreas muito sensíveis ao SUS. Os projetos realizados no programa dividem-se em quatro grandes áreas: formação profissional, pesquisas de interesse público, inovação tecnológica e apoio à gestão. Em 2014, considerando acompanhamentos do serviço social, consultas médicas, procedimentos de enfermagem, orientação nutricional e sessões com psicólogo, o ambulatório realizou 23.437 atendimentos. Além disso, no campo da mastologia, foram recebidas as seguintes doações para as pacientes: perucas (40 unidades), cortes de cabelo (5), sutiãs para prótese (36), sutiãs pós-cirúrgicos (28) e próteses mamárias (37). Além dos projetos com foco em ensino para capacitação de profissionais do SUS (leia mais no subcapítulo Ensino e pesquisa), o Hospital Sírio-Libanês desenvolve atividades em parceria com os gestores local e federal de saúde para garantir o atendimento e a realização de cirurgias para pacientes da rede pública de todo o país. Hoje, mais de 10 mil especialistas – médicos, enfermeiros e gestores de hospitais – formados pela instituição atuam em 70 regiões do país (capitais e metropolitanas). G4-EC7, G4-EC8 Ambulatório de filantropia A unidade está vinculada ao hospital e apoia a realização de ações de responsabilidade social, atuando nas seguintes áreas: câncer de mama, transplantes de fígado intervivos, transplante cardíaco, cirurgia para doença de Parkinson, cirurgia robótica de cabeça e pescoço e cirurgia bariátrica em pacientes diabéticos (veja os resultados em Escola de transplantes e Câncer de mama, nos itens a seguir). Ainda no que se refere a bem-estar, outro destaque foi o programa De Bem com Você, que oferece oficinas de automaquiagem. As participantes – mulheres em luta contra o câncer e em diversas fases do tratamento – aprendem técnicas e dicas de beleza. O objetivo da ação é minimizar os efeitos relacionados à quimioterapia e à radioterapia, e durante todo o ano foram 48 participantes. O projeto Biblioteca Livre estimulou a doação, a leitura e o compartilhamento de livros entre os pacientes atendidos pelo ambulatório. Escola de transplantes Estabelecida em parceria com o Ministério da Saúde há cinco anos, 35 Relatório de Sustentabilidade 2014 a escola conta hoje com um grupo multiprofissional sólido, formado por cirurgiões experientes, enfermeiras, pediatras e psicólogos que ajudam a democratizar o acesso ao conhecimento e a técnicas de excelência em transplantes. São recebidos médicos de todo o país para acompanhar os procedimentos e o manejo dos pacientes em seus locais de origem. Os eixos de atuação do projeto são: Câncer de mama O tratamento é destinado a pacientes da rede pública de saúde do município de São Paulo, incluindo a realização de cirurgias e o acompanhamento clínico pós-operatório por dez anos. Até 2014, foram alcançados os seguintes resultados: •22.123 consultas médicas; •965 cirurgias de mama; •2.385 pessoas atendidas; •57 profissionais capacitados; •53 trabalhos científicos apresentados. Cursos de atualização e aprimoramento em ultrassonografia relacionada à saúde da mulher e ao estudo vascular Em 2014, foram qualificados 87 profissionais médicos do SUS (abrange ultrassonografia, doppler venoso e ultrassom obstétrico). Possibilitaram a realização de mais de 25 mil exames, em cinco unidades de saúde conveniadas com a Prefeitura de São Paulo. SOS Emergência O projeto qualifica a gestão e o atendimento em grandes hospitais do SUS, priorizando a atenção nas urgências e emergências. Em 2014, foram capacitados 402 profissionais, de 24 hospitais, por meio da Gestão de Emergência em Saúde (GES). Curso Profissionais capacitados Transplantes realizados Captação de órgãos e desenvolvimento de 180 centros transplantadores – Projeto Polos - Projeto Coração Novo 11 18 Transplante de Fígado Infantil 10 36 Transplante de Fígado Adulto - 4 Além disso, seis hospitais participantes receberam apoio do Sírio-Libanês para sua gestão: •Hospital João XXIII (Minas Gerais); •Hospital Roberto Santos (Bahia); •Hospital do Trabalhador (Paraná); •Hospital São Lucas (Espírito Santo); •Hospital Geral (Roraima); •Hospital H. Lucena (Paraíba). 87 profissionais do SUS qualificados em ultrassonografia para a saúde da mulher 25 mil exames, em cinco unidades convenia das com a Prefeitura de São paulo 402 profissionais capacitados em Gestão de Emergência em Saúde 36 Compromisso com a sociedade Valor para a comunidade Ambulatório de especialidades em Pediatria e Abrace seu Bairro (2012 a 2014) 18.672 atendimentos nas áreas da saúde (não médicos) 26.637 atividades em grupo 1.700 participantes em atividades 363 visitas domiciliares O Hospital Sírio-Libanês atua para a melhoria das condições de vida da comunidade em seu entorno, o bairro da Bela Vista. Para isso, presta atendimento às crianças e às famílias, favorecendo o desenvolvimento biopsicossocial desses indivíduos. O braço da assistência à saúde consiste na atuação do Ambulatório de Especialidades em Pediatria, que, em 2014, realizou 2.731 atendimentos, nas áreas de otorrinolaringologia, obesidade e sobrepeso, infectologia, fonoaudiologia e odontologia. Com 15 anos de existência, o ambulatório tornou-se um serviço conveniado ao SUS em 2013 e ampliou o serviço do município. Desde 2012, o ambulatório já realizou 15.186 consultas médicas. Já o Abrace seu Bairro desenvolve ações multidisciplinares com foco no bem-estar e na qualidade de vida da população, promovendo saúde, educação e qualificação profissional para centenas de famílias do bairro da Bela Vista. Existe ainda a Rede Social Bela Vista, fundada em 2005 com apoio do hospital, que reúne pessoas e instituições para construção de propostas que beneficiem a vida da comunidade. Mais de 50 ações e projetos de desenvolvimento comunitário já foram implementados, sendo um dos mais importantes o Plano de Bairro Bela Vista 2020, que busca o desenvolvimento local por meio da integração com a comunidade residente, o poder público e a iniciativa privada. G4-SO1, G4-EC8 Duas grandes ações relacionadas à instrumentação e ao incentivo à geração de renda para grupos da comunidade estão descritos a seguir. Projeto Arte Verde Fomenta o empreendedorismo na comunidade por meio da doação de matéria-prima (comprada de fornecedor externo ou aproveitada de materiais recicláveis do hospital) e máquinas de costura e da realização de cursos de capacitação. A partir dos insumos e conhecimento fornecidos, os participantes fabricam bolsas de internação, as sacolas entregues aos pacientes do hospital para guarda de documentos e exames médicos. Mensalmente, o hospital compra 2 mil sacolas produzidas pelo grupo, e a perspectiva é dobrar o número após a expansão da infraestrutura de atendimento. 37 Relatório de Sustentabilidade 2014 Projeto Catadores – coletando com saúde Integra a Estratégia Saúde da Família (ESF), oferecendo a possibilidade de geração de renda e inclusão social aos catadores de rua. Inscritos na Unidade Básica de Saúde (UBS) Humaitá, os catadores tiveram acesso a atendimento médico e odontológico e a acompanhamento psicológico e social, e formaram o grupo Independentes da Bela Vista. O hospital garante os uniformes e equipamentos de proteção individual (EPI) e fornece orientações sobre o trabalho a ser realizado. Em 2014, 94 toneladas de papelão foram compradas do grupo. A formação e a uniformização do grupo possibilitaram a ampliação do negócio e da renda dos catadores, com oportunidades além da oferecida pelo hospital, como o recolhimento de material reciclado em condomínios do bairro. Ações de voluntariado O Serviço de Voluntários existe desde 1980, focado no atendimento de pacientes, acompanhantes e familiares. Sua missão é contribuir para a melhor adaptação dos pacientes e acompanhantes no ambiente hospitalar por meio de apoio, carinho, atenção e calor humano. Para isso, orientam e acompanham os pacientes pelas áreas, dando suporte psicológico às famílias de diversas formas. Atualmente, cerca de 250 voluntários atuam no complexo hospitalar da Bela Vista, em áreas como Centro de Diagnósticos, Pronto Atendimento, Centro de Oncologia e Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além de Ambulatório de Especialidades em Pediatria, Abrace seu Bairro e Ambulatório de Filantropia. Parte dos voluntários trabalha na livraria e na loja de conveniência, cuja renda é revertida para a área de responsabilidade social. A novidade de 2014 foi a atuação dos voluntários também nas áreas oncológicas das unidades Itaim e Brasília – Asa Sul. 50 ações e projetos de desenvolvimento comunitário implementados na Rede Social Bela Vista 94 toneladas de papelão compradas pelo hospital, gerando renda para o Projeto Catadores 38 Relacionamento com os públicos Relacionamento com os públicos Canais melhores e ampliação do diálogo reforçam o compromisso com a transparência, o respeito aos direitos humanos e a preservação do meio ambiente Por ser uma instituição filantrópica na área da saúde, o Hospital Sírio-Libanês reconhece sua responsabilidade sobre os impactos das atividades que desempenha e os públicos com quem se relaciona. Para manter seu compromisso com a transparência, o respeito aos direitos humanos e a preservação do meio ambiente, a instituição busca formas cada vez mais inovadoras de comunicação, sempre prezando pelo diálogo com seus públicos estratégicos, que permitem a melhoria contínua dos serviços prestados. Públicos estratégicos G4-24, G4-25 Sociedade Comunidade do entorno Pacientes Médicos Colaboradores Hospital Sírio-Libanês Imprensa Governo Em 2014, o Sírio-Libanês revisou seu mapeamento de públicos estratégicos e consultou membros da comunidade do entorno, fornecedores, colaboradores, corpo clínico, pacientes e especialistas sobre os temas considerados mais relevantes no relacionamento com o hospital Sindicatos Associados Operadoras de saúde Fornecedores Concorrentes Doadores Comunidade científica 39 Relatório de Sustentabilidade 2014 Canais internos Para dar voz aos públicos internos, constituídos pelo corpo multiprofissional (colaboradores de áreas assistenciais, administrativas e de apoio) e pelos médicos, existem fóruns participativos e a intranet, com ferramentas de gestão que permitem acesso dos colaboradores a plataformas de treinamento, avaliação e pesquisas, entre outros. Os fóruns participativos são esferas de diálogo que proporcionam interação direta com o corpo diretivo da instituição. •Encontro com o Superintendente Corporativo: ocasião em que o gestor transmite a todos os colaboradores as informações, novidades, andamentos e avisos. Ocorre trimestralmente, e a média de participantes por encontro é de 400 pessoas. •Portas Abertas: realizado por demanda com atendimento individual na maioria dos casos, é voltado aos colaboradores que queiram falar pessoalmente com a alta direção. Nesse espaço é possível apre- sentar sugestões e críticas, buscar orientações, esclarecer dúvidas e reportar situações de conflito interno. Os encontros ocorrem mensalmente durante um período do dia, e a quantidade de agendamentos depende da demanda. •Comitê Ampliado: encontro mensal entre superintendentes, gerentes e coordenadores, promove a apresentação de resultados financeiros e ações estratégicas, além de discutir cases das áreas de forma multidisciplinar, incentivando a troca de conhecimento e soluções entre as equipes internas. A média de participantes por mês é de 90. •Encontro com gestores: reunião trimestral entre supervisores, coordenadores, gerentes e superintendentes, é voltada à discussão de resultados e indicadores institucionais. A intranet é um canal que pode ser acessado a partir de qualquer computador na rede da instituição, nas unidades de São Paulo e de Brasília. O portal foi totalmente reformulado, Diálogo com médicos Os médicos, além dos canais tradicionais internos, contam com espaços para discutir tendências e casos e receber notícias relacionadas ao seu trabalho e ao universo de conhecimento. Para debater tendências da saúde, existe o Comitê de Vanguarda, composto por cerca de 80 jovens médicos. Para comunicados em geral, são usados informes eletrônicos periódicos e uma newsletter semanal chamada Entre Médicos, enviada a cerca de 3.200 pessoas, que trata de desempenho institucional, indicadores, processos assistenciais e outras questões internas do hospital. Por fim, pelo Portal do Médico, o corpo clínico pode acessar recursos como o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), ferramenta de visualização de resultados de exames, protocolos institucionais e outras facilidades, como o agendamento de cirurgias. 40 Relacionamento com os públicos 5.000 acessos à intranet por dia, em média agregou recursos voltados ao diálogo e à colaboração entre as equipes e centraliza toda a comunicação com os colaboradores. Diariamente, são contabilizados cerca de 5 mil acessos. Está disponível na intranet o Fale Conosco, canal online por meio do qual o colaborador pode encaminhar sugestões, críticas, elogios e dúvidas, além de denúncias referentes a preconceito, assédio e situações análogas. As denúncias são analisadas para que a instituição adote as providências pertinentes a cada situação. Em 2014, não foi registrado nenhum caso de discriminação. G4-HR3 No Sistema de Gestão de Pessoas (Sigep), uma das plataformas integradas à intranet, estão disponíveis informações sobre salário, treinamentos, pesquisas de opinião, recrutamento interno, descrição de cargos e avaliação de desempenho, entre outros assuntos. Todos os documentos e normas institucionais podem ser acessados também pela intranet. Publicações Além dos canais eletrônicos, existem duas publicações impressas: •Revista Conviver: destinada aos colaboradores, tem tiragem de 4 mil exemplares. Seu objetivo é aproximar o colaborador da instituição, por meio de assuntos de interesse geral. O conteúdo abrange carreira, cultura, turismo, finanças e lazer, além de temas institucionais relacionados ao dia a dia do público interno. •Revista Viver: voltada aos públicos externos, a publicação tem tiragem média de 14 mil exemplares. É enviada trimestralmente para pacientes, médicos do cor- po clínico, associados, operadoras de plano de saúde, jornalistas e doadores. Fica também à disposição nas recepções e salas de espera das unidades Bela Vista, Itaim, Jardins e Brasília. A publicação trata de saúde e qualidade de vida, cultura e lazer, trazendo os destaques mais recentes relacionados à instituição. •Boletim Medicina Avançada: bimestral, é direcionado ao público externo e traz textos rápidos sobre saúde e qualidade de vida, em áreas como oncologia, cardiologia, urologia, neurologia, infectologia e reabilitação. Fica disponível nas recepções e salas de espera da Bela Vista e também em versão eletrônica (PDF) no site do hospital. O conteúdo é elaborado com apoio de profissionais que atuam nos centros de especialidades e núcleos de medicina avançada do hospital. Comunicação externa O principal canal utilizado é a Ouvidoria (chamada de SAC até o fim de 2014), que monitora permanentemente o grau de satisfação dos clientes com os serviços prestados. Em 2014, foram registradas 5.434 reclamações, uma redução de 3% em relação ao ano de 2013. Os principais motivos das reclamações estão relacionados à conta hospitalar (falhas de lançamento na conta e divergência de cadastro e de informações) e ao tempo de espera (demora no Pronto Atendimento e para realização de exames). As informações são uma importante ferramenta de gestão e possibilitam o desenvolvimento de ações de melhoria. Os elogios também são enviados via Ouvidoria e, em 2014, foram 4.551 registros, número 20% inferior 41 Relatório de Sustentabilidade 2014 a 2013. Grande parte dos elogios destinou-se a equipe de enfermagem (capacitação técnica e cordialidade no atendimento), equipe médica (capacitação técnica, conduta no atendimento e tratamento) e serviço de alimentação (equipe de nutricionistas e copeiras e a qualidade dos pratos preparados). G4-PR5 Outros canais de relacionamento com o público externo são: •Impressos (disponíveis também em PDF): são distribuídos a Cartilha de Orientações ao Paciente com Câncer e o Manual de Orientação ao Paciente, que contém direitos e deveres dos pacientes e as informações sobre a infraestrutura e os serviços oferecidos pela instituição. •Portal do Paciente: está em constante melhoria, disponibilizando resultados de exames, pré-agendamento de consultas e exames e atualização de dados cadastrais. Por meio do registro pessoal de saúde, o paciente tem acesso a seus diferentes atendimentos e a informações sobre os procedimentos realizados. O objetivo é incentivar o paciente a ser personagem ativo do processo de cuidado com sua saúde. •TV corporativa: em 2014, a instituição reformulou o canal, que possui programações diferentes e direcionadas a pacientes, acompanhantes e visitantes, médicos e colaboradores. Na Bela Vista, onde se concentra a maior quantidade de telas (cerca de 40), a ferramenta tem potencial para atingir aproximadamente 7 mil pessoas por dia. Atualizado diariamente, o conteúdo traz recomendações de saúde e bem-estar, orientações sobre qualidade e segurança, agenda de eventos e ações de responsabilidade social, entre outros assuntos. Números da ouvidoria 5.567 5.688 Para relacionamento com os demais públicos, além da Ouvidoria, existem os seguintes mecanismos e procedimentos: •Fornecedores: acessível no portal, o Manual de Relacionamento com Fornecedores foi elaborado com base na ética e transparência, trazendo as diretrizes sobre a compra de bens e serviços praticada pela organização (ver mais sobre o tema no subcapítulo Fornecedores). •Imprensa: o Manual de Relacionamento com a Imprensa formaliza a política em meio a esse público e busca nortear as divulgações realizadas pela instituição. Além disso, existe uma área específica para cuidar do relacionamento com os veículos de comunicação (jornais, revistas, sites, emissoras de rádio/TV etc.), responsável por disseminar os valores organizacionais e levar informação de qualidade sobre saúde. •Governo: sendo o Ministério da Saúde o principal interlocutor do Sírio-Libanês, em decorrência dos programas de responsabilidade social, existe uma área específica responsável pelo relacionamento entre gestores do SUS e áreas técnicas do hospital. São discutidos melhorias e ajustes nos projetos, definição de geografias contempladas, criação de novas iniciativas e definição de competências. Nas esferas estadual e municipal, os projetos são gerenciados pelo Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social, entidade independente do hospital (leia mais em Compromisso com a sociedade). 5.434 4.551 2013 reclamações elogios 2014 42 Relacionamento com os públicos Pesquisa de opinião com pacientes O hospital realiza uma importante pesquisa direcionada aos pacientes, com o objetivo de melhorar a qualidade de sua assistência. Por meio dela, o paciente tem a oportunidade de opinar, via formulário impresso disponível nas áreas ou no site do hospital, sobre a assistência que recebeu na instituição. A partir da pesquisa é calculado o índice de recomendação, que aponta se o paciente indicaria os serviços do hospital. Em 2014, o resultado foi de 87 pontos em um total de 100, superando o ano de 2013, que registrou 83 pontos. G4-PR5 Nas redes sociais Em 2014, a organização estreou seus canais nas redes Facebook, Google+, LinkedIn e YouTube, criando, dessa forma, um novo canal de diálogo com seus públicos. Em menos de um ano de implantação, foram conquistados mais de 40 mil seguidores no Facebook e 250 mil no Google+. Canais Fale conosco [email protected] Central de informações (11) 3394-0200 Atendimento internacional (11) 3394-5520 Cartas Hospital Sírio-Libanês A/C da Ouvidoria Rua Dona Adma Jafet, 91, Bela Vista, São Paulo (SP) CEP 01308-050 •Comunidade do entorno: é atendida pelas áreas responsáveis pelos programas de responsabilidade social (leia mais em Compromisso com a sociedade). •Pacientes e sociedade: a comunicação é feita majoritariamente via site do hospital (www.hsl.org.br), no qual existem canais de telefone, e-mail e correspondência. O portal foi reformulado em 2014 e traz desde os serviços oferecidos pela instituição até dicas e notícias de saúde, além da programação de eventos e as ações de responsabilidade social. Após a estreia da nova versão, o número de acessos cresceu 42%, com média de 300 mil por mês. •Comunidade científica: o Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP) direciona a produção gerada pelos profissionais para periódicos nacionais e internacionais. •Doadores: formado por um conjunto de pessoas físicas e empresas que contribuem para o desenvolvimento da instituição, o grupo recebe periodicamente o boletim InformAção, com notícias gerais sobre o desempenho do hospital (leia sobre o volume de doações e o nome dos doadores em Agradecimentos). 43 Relatório de Sustentabilidade 2014 Gestão de pessoas Em 2014, o Hospital Sírio-Libanês contava com 5.802 colaboradores em regime CLT distribuídos em suas unidades (Bela Vista, Itaim, Jardins e Brasília) e 972 terceiros, que se concentram na prestação de serviços de manutenção de sistemas de ar condicionado, equipamentos especializados, restaurante, lavanderia e parte das equipes de segurança e higiene. A multiplicidade de áreas e perfis enriquece o trabalho e potencializa as trocas, assim como torna ainda maior o desafio de gestão dos recursos humanos na instituição. Continuou em pauta o impacto do processo de expansão na maior diversidade de perfis profissionais a serem contratados e desenvolvidos, estimulando ainda a melhoria de processos e infraestrutura de trabalho, para acomodar todos com qualidade e segurança. Em 2014, os objetivos estratégicos relacionados a pessoas foram mantidos, e o hospital criou novos projetos, além de desenvolver aqueles que se reafirmaram como fundamentais. Panorama da gestão de pessoas G4-10 São Paulo Brasília 2012 2013 2014 2012 2013 2014 Folha de pagamento bruta (R$ mil) 216.021 264.798 282.260 1.774 2.821 3.486 Colaboradores CLT 4.690 5.086 5.690 51 66 112 Temporários 52 34 65 1 3 1 Jovens aprendizes 61 84 96 0 0 0 Estagiários 35 39 43 0 0 0 Terceiros 913 913 938 0 0 34 Mulheres na organização Em 2014, 3.632 colaboradoras trabalhavam nas unidades de São Paulo. As mulheres ocupavam 70% dos cargos de chefia. Já em Brasília, do total de 75 mulheres, 33% ocupavam cargos de chefia. Número de colaboradores por faixa etária G4-10 Feminino Idade 2012 Masculino 2013 2014 2012 2013 2014 < 30 anos 1.052 22% 1.005 21% 1.289 22% 778 16% 724 15% 768 13% 31 a 50 anos 1.653 35% 1.755 36% 2.147 37% 1.017 21% 1.102 23% 1.271 22% > 51 anos 141 3% 141 3% 196 3% 100 2% 110 2% 131 2% 60% 2.901 60% 3.632 63% 1.895 40% 1.936 40% 2.170 37% Total 2.846 44 Relacionamento com os públicos A partir de 2014, foram internalizados as cirurgias ortopédicas programadas, o tratamento oncológico e as cirurgias bariátricas para colaboradores Benefícios básicos para CLT G4-LA2 Entre os benefícios básicos oferecidos pela instituição aos seus colaboradores estão os descritos a seguir. •Assistência medica e odontológica: 11.723 vidas, incluindo dependentes •Convênio-farmácia: desconto mínimo de 15% em medicamentos e descontos promocionais que podem chegar a 55% •Restaurante: varia de R$ 1,00 a R$ 3,29, de acordo com o grupo salarial •Vale-alimentação: R$ 145,82 •Vale-refeição: R$ 18 para profissionais de unidades externas •Seguro de vida em grupo •Auxílio-funeral para titulares e dependentes diretos (cônjuge e filhos) •Vale-transporte •Creche ou auxílio-creche: R$ 167,40 •Exames: cobertura de exames no hospital para todos os colaboradores e dependentes do plano de saúde Cuidando de Quem Cuida O projeto-piloto do programa foi lançado em 2013 e oficialmente iniciado em setembro de 2014, com o objetivo de acolher os colabo- radores dentro do hospital, beneficiando-os com um corpo clínico altamente capacitado e estrutura técnica de excelência. Além do ganho de agilidade no atendimento, há um melhor controle de custos. Para definir as novas áreas de atendimento ao colaborador, foi feita uma análise dos afastamentos do trabalho por motivos de doença. Assim, ainda em 2013, foram internalizados os casos oncológicos e de alta complexidade, além dos programas de acompanhamento de gestantes e de prevenção de câncer de mama. A partir de 2014, foram internalizados as cirurgias ortopédicas programadas, o tratamento oncológico e as cirurgias bariátricas. O objetivo, com a mudança, é reduzir o impacto de sinistros na operação e garantir um melhor cuidado na assistência. O aperfeiçoamento do cuidado se estende à família dos colaboradores, para quem foi desenvolvido um questionário de mapeamento de riscos, o que permitirá um melhor direcionamento da assistência. Em 2015, os resultados desse trabalho serão divulgados para que o programa Cuidando de Quem Cuida também atenda melhor esse público. Estão sendo desenhados, também para 2015, trabalhos com foco na prevenção interna de doenças e questões específicas de saúde, como reeducação postural, diabetes, obesidade e hipertensão. Atendimentos do programa Cuidando de Quem Cuida em 2014 Ortopedia 33 indicações de cirurgia ortopédica (32 titulares e um dependente) Três cirurgias bucomaxilofaciais (cavidade bucal, face e pescoço) indicadas e confirmadas Oncologia Cirurgias bariátricas 21 pacientes acolhidos com casos de neoplasia e um paciente com caso de leucemia Três procedimentos realizados 45 Relatório de Sustentabilidade 2014 Atração e retenção de talentos Outro benefício que tem impacto na vida do colaborador é a creche, que, a partir de 2014, passou a atender, em um só lugar, crianças até os 4 anos de idade. O serviço, que era terceirizado, passou a ter gestão integral do hospital, ganhando a capacidade de atender mais (250 crianças) e melhor os filhos dos colaboradores. A fila de espera, ao fim de 2014, foi reduzida de 12 para seis meses. A informação sobre a espera pode ser acessada pelo colaborador na intranet. Novo vestiário Em 2014, a Superintendência de Gestão de Pessoas e Qualidade, com apoio de outras áreas, conduziu a reforma do vestiário masculino, finalizada em novembro. O espaço foi ampliado, e itens como xampu, sabonete líquido, antisséptico bucal, fio dental e toalha de banho passaram a ser disponibilizados. O vestiário feminino também passará por ampliação e terá a mesma disponibilidade de itens em 2015, atendendo ao volume de colaboradores previsto no projeto de expansão. Faz parte do projeto de expansão a contratação e capacitação de novos colaboradores. Em 2014, 1.456 novos colaboradores foram contratados em São Paulo, número 34% superior às admissões de 2013 (1.079). Em Brasília, 53 novos colaboradores foram admitidos, dobrando o número de admissões em comparação com 2013. G4-LA1 Contratações em 2014 São Paulo Brasília Idade Feminino Masculino Feminino Masculino < 30 anos 670 284 20 12 31 a 50 anos 356 139 14 6 > 51 anos 6 1 0 1 Total por gênero 1.032 424 34 Total Para armazenar os pertences pessoais, os colaboradores contam com um espaço de guardavolumes. Para os equipamentos de proteção individual (EPI), o hospital disponibiliza armários individuais. 19 1.456 53 Terminada a reforma, mais de mil novos espaços poderão ser usados para guarda de EPI e calçados, e os banheiros terão quatro vezes mais chuveiros. Os vestiários estão localizados no piso -2 do bloco C. Comparativo de turnover (rotatividade) Feminino Masculino 2013 2014 2013 2014 Sem aumento de quadro 0,62% 1,33% 0,46% 1,24% Com aumento de quadro 0,75% 1,20% 0,55% 0,98% < 30 anos 31 a 50 anos > 51 anos 2013 2014 2013 2014 2013 2014 Sem aumento de quadro 0,65% 2,10% 0,21% 0,85% 0,28% 0,28% Com aumento de quadro 0,80% 1,67% 0,30% 0,82% 0,28% 0,32% Comparativo de desligamentos (total e percentual) Idade 2013 2014 Feminino Masculino Feminino Masculino < 30 anos 195 27% 155 22% 274 33% 195 23% 31 a 50 anos 201 28% 140 20% 220 26% 129 16% > 51 anos 10 1% 12 2% 8 1% 6 1% Total por faixa etária 406 57% 307 43% 502 60% 330 40% 46 Relacionamento com os públicos Pesquisa de engajamento 3.775 70% respondentes Índice de engajamento Casa do Colaborador Implantada no sobrado da antiga creche, a Casa do Colaborador faz parte das ações da área de Qualidade de Vida. Após a reforma dos três andares, o imóvel passou a integrar em um só local as atividades já realizadas. O espaço mais frequentado é o térreo, onde são realizadas as sessões de shiatsu e reflexologia – são feitas, em média, 1.200 sessões por mês, e os valores são debitados direto na folha de pagamento, com 50% de subsídio pela instituição. No primeiro andar, duas salas recebem programação variada e voltada para atividades como o Passaporte para a Saúde (programa de reeducação alimentar), a venda de produtos sazonais, os grupos de psicologia e os workshops. Mais duas salas de televisão com poltronas reclináveis, dois espaços para jogos de tabuleiro e videogames e duas áreas externas com cadeiras e guarda-sol completam o primeiro andar. No segundo andar, fica o salão de cabeleireiro, que também conta com serviços de manicure e esteticista. Em 2015, a casa receberá parte da biblioteca do programa Leitura Compartilhada. O sobrado fica na rua Barata Ribeiro, no bairro da Bela Vista, em São Paulo, e funciona de segundafeira a sábado, das 7h às 22h. Visando contribuir para a retenção de colaboradores, algumas iniciativas podem ser destacadas. A primeira, o Banco de Talentos, está disponível na intranet e permite a busca de oportunidades em áreas diversas, possibilitando aos colaboradores a mudança de percursos na carreira dentro da instituição. Já os programas de reconhecimento existentes são: Tempo de Casa, que em 2014 homenageou 183 colaboradores com dez ou mais anos de dedicação; Celebra Equipe, que contou com 65 equipes, num total de 3.185 colaboradores participantes; e Meu Valor, programa que indicou 330 colaboradores por suas competências institucionais. Em 2014, foi realizada a terceira edição da pesquisa de engajamento, que busca apontar o grau de satisfação dos colaboradores, como eles se envolvem no dia a dia das atividades e se recomendariam a instituição a outros profissionais. Esse levantamento mostra tanto os pontos positivos identificados pelos colaboradores participantes (73% do total) como os que precisam ser melhorados, casos nos quais a organização desenvolve planos de ação específicos. Esse é um importante instrumento de melhoria do relacionamento entre o Sírio-Libanês e seus colaboradores, bem como das relações de trabalho. Licença parental G4-LA3 2012 2013 2014 Colaboradores que usufruíram a licença parental 88 118 132 Colaboradores que retornaram ao trabalho após conclusão da licença parental 84 111 125 Colaboradores que retornaram ao trabalho após conclusão da licença e que continuam na empresa após 12 meses do retorno 77 97 105 Taxa de usufruto* 3% 5% 4% Taxa de retorno** 95% 94% 95% Taxa de retenção*** 92% 82% 89% *Quantidade de colaboradores que usufruíram a licença parental/quantidade de colaboradores com direito a licença em 2014. **Quantidade de colaboradores que retornaram ao trabalho após conclusão da licença parental/quantidade de colaboradores que usufruíram a licença. ***Quantidade de colaboradores que retornaram ao trabalho após conclusão da licença parental e que continuam na instituição após 12 meses do retorno/quantidade de colaboradores que usufruíram a licença. 47 Relatório de Sustentabilidade 2014 Capacitação e treinamento G4-LA10 Em 2014, foi concluída a primeira fase do programa Trilhas de Carreira, implementado em 2013. O programa acompanha a estrutura de carreira técnica e divulga o processo de desenvolvimento de competências necessárias para seguir um dos 27 possíveis caminhos de evolução profissional no hospital. Para dar suporte ao Trilhas de Carreira, está sendo desenhada a Universidade Corporativa, que irá estruturar academias de conhecimento por áreas de trabalho. Essa é uma das ações que permitirão a capacitação e o desenvolvimento do profissional rumo à carreira desejada, seja ela técnica, gerencial ou educacional. Para acompanhar o estágio de desenvolvimento de cada colaborador anualmente, é realizada a avaliação de desempenho, durante o primeiro trimestre do ano. Além da autoavaliação, é feita uma avaliação de consenso, momento em que o colaborador e o gestor dialogam e constroem o plano de desenvolvimento individual (PDI), que inclui o quadro geral das competências almejadas e os caminhos de treinamento. Em 2014, 3.882 colaboradores concluíram o processo. G4-LA11 G4-LA9, G4-LA10 Centro de capacitação multiprofissional Está sendo implementado, no 5º andar do edifício administrativo, um novo centro de capacitação multiprofissional. Após dois anos de planejamento, os espaços começaram a ser construídos para permitir a simulação de atividades de enfermagem, fisioterapia, limpeza e outros procedimentos relacionados ao cuidado com a saúde. O objetivo é fortalecer o treinamento das equipes, usando como modelo as salas que já existem no IEP. Os treinamentos multiprofissionais seguem uma metodologia de simulação, trabalhando com erros e situações mais frequentes que ocorrem nos atendimentos assistenciais. Para dar suporte ao centro, foram construídas também salas de mídia, que permitem a gravação e a edição dos treinamentos para posterior consulta e compartilhamento de material, além de laboratório de informática para treinamentos que demandam computadores e internet. Horas/homem de treinamento G4-LA9 Categoria Destaques em treinamentos 2014 2012 2013 2014 Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Gestores 4,05 1,21 1,98 0,39 3,84 3,15 Enfermeiros 4,85 0,69 3,97 0,55 3,81 3,04 Nutricionistas 9,83 0,22 7,58 0,34 6,35 2,52 Farmacêuticos 3,61 0,59 4,24 0,49 5,38 4,53 Fisioterapeutas 3,41 0,60 3,37 0,74 3,16 2,78 Auxiliares e técnicos de enfermagem 2,06 0,92 1,47 0,72 2,86 2,72 Médicos 0,49 0,68 0,39 0,50 0,98 0,77 Biomédicos 0,88 0,34 0,92 0,43 1,25 1,14 Demais profissionais 0,58 0,63 0,64 0,65 1,73 1,44 mais de R$ 5 mi em treinamentos (R$ 4 milhões em 2013) 197 mil horas de treinamento nas unidades Média de 3,54 horas/treinamento por colaborador no ano 364 bolsas de estudo concedidas para capacitação 48 Relacionamento com os públicos Bolsas de estudo concedidas (para cursos de formação) G4-LA10 195 Pessoas com deficiência contratadAs em 2014 20% de jovens aprendizes efetivados Programa 2012 2013 2014 Mestrado em gestão de tecnologia e inovação em saúde (IEP) 5 1 3 Gestão da atenção à saúde (GAS) – IEP/FDC 8 13 14 Pós-graduação em entidades externas 11 27 44 Pós-graduação (aperfeiçoamento e especializações) (IEP) 30 24 36 Pós-graduação em hotelaria hospitalar 8 0 0 Bacharelado em hotelaria 2 2 2 Curso técnico profissional (enfermagem, farmácia, hospedagem e contabilidade) 18 23 22 Idiomas (inglês e espanhol) 216 173 243 Total 298 263 364 Programas e políticas de inclusão Em 2014, o programa Mais Inclusão, que valoriza a empregabilidade de pessoas com deficiência (PcD), avançou em questões legais e no número de novos colaboradores – no total, foram 195 contratados (número 41% superior ao de 2013). O resultado positivo deve-se ao cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que permitiu ao hospital realizar doações para entidades que trabalham com inclusão, como a Escola Pauliceia, em vez da exigência do cumprimento dos 5% sobre o número total de colaboradores exigido pela Lei 8.213/91. Em 2014, foi paga a multa vinculada ao não cumprimento dos 5% da cota integral de contratação. emprego, o hospital efetivou 20% dos participantes. Em 2013, o índice de efetivação foi 21,7%. Saúde e segurança Cuidar da saúde e da segurança dos colaboradores é um dever do hospital e compreende ações voltadas tanto para a qualidade de vida desse público como para a construção de um ambiente de trabalho mais agradável. G4-LA5 A gestão sobre a saúde do colaborador é feita com base em quatro premissas: •reconhecer os perigos e riscos existentes nos ambientes de trabalho e nas atividades e as condições de saúde próprias de cada colaborador; Além dos novos contratados, dez profissionais com deficiência intelectual estão sendo capacitados para se tornarem colaboradores, por meio de contrato específico, para trabalhar com gestão de kits de EPI para uso interno. •informar ao colaborador as condições identificadas; Em relação ao programa Jovem Aprendiz, que garante o primeiro •acolher o colaborador quando há agravo à saúde. •capacitar o colaborador para lidar com os perigos e riscos existentes e com suas próprias particularidades biopsicossociais; 49 Relatório de Sustentabilidade 2014 Para atender a essas premissas, são agrupados, em torno do mesmo objetivo, a medicina do trabalho, a engenharia de segurança do trabalho, a qualidade de vida, a psicologia e o serviço social. Em cada pilar, há um profissional especializado responsável pelas ações e pela integração destas com as demais áreas da instituição. Tal estruturação possibilita que o colaborador acesse o sistema por qualquer via, e a integração entre os pilares permite uma visão ampla das necessidades do colaborador e a utilização do melhor recurso para resolução. amente seus processos em prol do bem-estar do colaborador. Em consonância com esses esforços, a instituição desenvolveu melhorias específicas voltadas à certificação OHSAS 18001, que trata de aspectos relacionados à saúde e à segurança do trabalhador. A conquista, prevista para 2015, atesta o esforço da organização para aprimorar continu- O presidente e o vice-presidente da Cipa representam 100% dos colaboradores no Comitê de Segurança Institucional. Os membros da Cipa são eleitos anualmente, e a eleição é realizada por meio eletrônico, garantindo a segurança pelo uso de senha pessoal do colaborador, o Além do preparo para a obtenção da certificação, a instituição desenvolve, anualmente, campanhas de prevenção e conscientização por meio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). As funções da CIPA são prevenir acidentes, notificar incidentes, influenciar os colegas nas boas práticas em saúde e segurança no trabalho, realizar inspeções e organizar e promover a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat). que agiliza a obtenção do percentual de votos previsto na Norma Regulamentadora nº 5 (NR5), do Ministério do Trabalho. Em 2014, foram realizados treinamentos para profissionais da organização (CLT, temporários e terceiros) sobre normas regulamentadoras aplicáveis (NR5 e NR32), além de inspeções e auditorias periódicas para garantir boas condições ergonômicas, ambientais e de segurança. Outro mecanismo importante é a medição de riscos no ambiente do cuidado para criar melhorias na segurança dos públicos, e do ambiente realizada por meio do Plano de Segurança Institucional. O plano desenvolve a cultura da segurança, inclui ações de monitoramento, notificação, controle e a integra as ações nesse sentido. Acidentes de trabalho G4-LA6 Bela Vista Itaim Jardins Brasília 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 Taxa de frequência 14,86% 17,68% 13,29% 8,8% 0% 20,49% 6,75% 0% Taxa de gravidade 29,54% 21,74% 13,29% 27,88% 0% 0% 6,75% 0% Horas/homem trabalhadas (HHT) 10.832.124 13.797.844 301.060 681.540 44.520 48.800 148.160 214.380 Número de acidentes 161 244 4 6 0 1 1 0 Quantidade de dias perdidos 320 300 4 19 0 0 1 0 A instituição calcula suas metas para acidentes de trabalho com base na metodologia de taxa de frequência de acidentes de trabalho, recomendada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Taxa de frequência = (nº acidentes/HHT) x 1.000.000 Taxa de gravidade = (nº de dias perdidos/HHT) x 1.000.000 HHT = Horas/homens trabalhadas Em 2014, não houve óbito relacionado ao trabalho em nenhuma unidade da instituição. 50 Relacionamento com os públicos Cadeia de fornecimento G4-12 Composta de 3.500 fornecedores ativos (1.700 contratos), distribuídos nas categorias medicamentos, material hospitalar, consignados, serviços (a mais ampla) e outros Fornecedores Parte importante do sistema de gestão do Hospital Sírio-Libanês, os fornecedores são orientados a seguir as boas práticas que contribuem para a qualidade do serviço médico-hospitalar e a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva. Divididos em duas categorias – fornecedores de produtos e de serviços –, esse público segue exigências relacionadas a padrões técnicos de qualidade e conformidade com requisitos legais e sanitários, além de normas regulamentadoras de saúde e segurança do trabalhador e de respeito ao meio ambiente. Fornecedores e responsabilidades Categoria Responsabilidades Produtos Fornecer produtos como materiais hospitalares e medicamentos; órteses, próteses e materiais especiais (OPME); e imobilizados e outros materiais de consumo, conforme padrões técnicos estabelecidos e documentados Serviços Fornecer/prestar serviços de manutenção, consultoria, segurança, limpeza, obras, médicos, de ensino e pesquisa, transporte e outros, conforme padrões técnicos estabelecidos e documentados 12 mil MÉDIA DE PROCESSOS DE PAGAMENTO REALIZADOS POR MÊS 1.832 contratos, aditivos e distratos processados em 2014 A avaliação técnica é aplicada a todos os fornecedores de produtos e serviços que participam dos processos de cotação e de compra. Para os fornecedores dos grupos de materiais, medicamentos e OPME, utilizam-se os padrões técnicos de qualidade do Grupo de Avaliação de Fornecedores (composto de farmacêuticos da instituição e hospitais parceiros). Para os demais grupos, os critérios de qualidade são definidos pelo gestor responsável. Para a compra de materiais especiais (OPME), utiliza-se a plataforma eletrônica de compras Inpart Saúde, que também faz o controle e a gestão da documentação legal e sanitária. O hospital vem desenvolvendo um projeto de qualificação e avaliação de fornecedores que desde 2013 está integrado às certificações ISO 14001 e OHSAS 18001, para assegurar que esse público também tenha compromissos relacionados à gestão do meio ambiente e à saúde e à segurança dos trabalhadores. Uma das ferramentas que contribui para esse processo é o Manual de Relacionamento com Fornecedores, que dispõe as exigências normativas de padrões de conduta, com itens relacionados à prevenção ao trabalho escravo e infantil e à valorização da diversidade. Foram avaliadas as atividades de 60 empresas terceirizadas que apresentam mão de obra alocada e que realizem atividades com impacto ambiental, e determinou-se quais são os pontos mais críticos dos serviços prestados. Uma das constatações foi a necessidade de maior controle sobre documentos exigidos, como a licença na Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), o Certificado de Autorização de Destinação de Resíduos Especiais (Cadre) e relatórios de segurança do trabalho, mostrando a realização, pelo fornecedor, de programas de prevenção de acidentes, como a constituição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), e procedimentos que dizem respeito à saúde do trabalhador, como o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). A instituição realizou, por mês, uma média de 12 mil processos de pagamentos. 51 Relatório de Sustentabilidade 2014 Comissões técnicas especializadas Além das orientações e exigências encontradas no Manual de Relacionamento com Fornecedores, duas comissões técnicas multiprofissionais contribuem para a qualificação de insumos: Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) e Comissão de Padronização de Materiais (CPM). A CFT reúne-se para discutir a seleção de medicamentos e as práticas que envolvem sua utilização no Hospital Sírio-Libanês. Já a CPM avalia a padronização de novos materiais descartáveis solicitados pelas equipes e homologa novas marcas como alternativas comerciais ou para a substituição de produtos em falta no mercado. A qualificação técnica de fornecedores é realizada por meio de visitas de farmacêuticos aos principais fornecedores do hospital, seguindo a regulamentação brasileira pertinente. Os status de avaliação das visitas são: qualificado (fornecedor homologado), necessita de melhorias e não visitado (fornecedor não está homologado). Para este último, a orientação é a interrupção do relacionamento comercial. Além disso, o hospital faz parte do grupo de avaliação de fornecedores, composto de farmacêuticos dos principais centros médicos privados do estado de São Paulo. Volume de compras de insumos hospitalares Item Volume Variação 2013 x 2014 Medicamentos* R$ 138 milhões 10% Materiais cirúrgicos R$ 86 milhões 20% Materiais médicohospitalares R$ 65 milhões 13% *As unidades externas foram responsáveis por 80% do crescimento do volume de compras. Compras de insumos R$ 289 mi (crescimento de 13% em relação a 2013) 52 Gestão ambiental Gestão ambiental Políticas internas, certificações nacionais e internacionais e implementação das melhores práticas em saúde, segurança e respeito ao meio ambiente Os processos, atividades e serviços do Hospital Sírio-Libanês são realizados, em todas as unidades, com foco no respeito ao meio ambiente e à saúde e à segurança de colaboradores, clientes, fornecedores, comunidade do entorno e demais públicos. Agenda Global para Hospitais Verdes e Saudáveis G4-15 • Liderança: priorizar a saúde ambiental • Substâncias químicas: substituir substâncias perigosas por alternativas mais seguras • Resíduos: reduzir, tratar e dispor de forma segura os resíduos de serviços de saúde • Energia: implementar eficiência energética e geração de energia limpa renovável • Água: reduzir o consumo de água e fornecer água potável • Transporte: melhorar as estratégias de transporte para pacientes e colaboradores • Alimentos: comprar e oferecer alimentos saudáveis e cultivados de forma sustentável • Produtos farmacêuticos: prescrição apropriada, administração segura e destinação correta • Edifícios: apoiar projetos e construções de hospitais verdes e saudáveis • Compras: comprar produtos e materiais mais seguros e sustentáveis Por isso, os princípios norteadores da política de saúde, segurança e meio ambiente são: •contribuir para a saúde e a qualidade de vida das pessoas; •preservar o meio ambiente e prevenir a poluição; •prevenir lesões e doenças dos colaboradores; •contribuir para o desenvolvimento sustentável e compartilhar conhecimento, influenciando parceiros, fornecedores e comunidade para boas práticas em saúde, segurança e meio ambiente; •atender à legislação aplicável, bem como o código de conduta institucional e outros requisitos subscritos pela organização; •comprometer-se com a melhoria contínua do sistema de gestão. Além disso, a organização adota referências como a Agenda Global para Hospitais Verdes e Saudáveis, desenvolvida pela rede Hospitais Saudáveis. Atualmente, são desenvolvidos trabalhos que atendem a todos os itens propostos. 53 Relatório de Sustentabilidade 2014 Em 2014, algumas ações dão continuidade ao trabalho que já vem sendo realizado, como a compostagem de resíduos orgânicos. Houve ainda ampliação de 20% do grupo de agentes ambientais, colaboradores envolvidos na identificação de problemas e desenvolvimento de soluções em sustentabilidade, mérito alcançado por meio de ações de comunicação que reforçaram a importância desses agentes e, assim, engajaram o público. No que diz respeito ao uso de água, a organização investiu cerca de R$ 1,1 milhão na construção de sua própria estação de tratamento de água e esgoto (ETA/ETE). Essa central recebe a água gasta nos banhos e nas torneiras dos banheiros e depois abastece o sistema de ar condicionado do hospital. Esse reúso atende também aos vasos sanitários. Além disso, a instituição substituiu equipamentos hidráulicos dos banheiros por outros mais eficientes. O gasto dos chuveiros, por exemplo, caiu de 30 litros por minuto para ape- nas 9 litros. Em 2014, na unidade Bela Vista, 12% da água consumida foi reciclada na estação de tratamento (ETA), correspondendo a uma média de 2.200 m3/mês. G4-EN10, G4-EN22 Essas ações práticas somam-se a outras voltadas à conscientização. Foi criada uma brigada antidesperdício, formada por cerca de 150 colaboradores. Ao observar o uso desnecessário de água (torneira pingando ou descarga disparada, por exemplo), logo acionam a manutenção. G4-EN31 Instalações sustentáveis A entrega da obra das novas torres na Bela Vista (que deverão receber a certificação Leed Gold) está prevista para 2015. Até lá, mantém-se o trabalho de redução de geração de resíduos, o descarte correto dos materiais usados e o reaproveitamento de recicláveis, reduzindo possíveis impactos dentro e fora da unidade. Outras ações foram implementadas, como o transporte a vácuo de roupas sujas e resíduos comuns na nova torre do hospital. Faz parte do projeto de sustentabilidade do hospital a conquista de certificações de padrão internacional, como ISO 14001 (gestão ambiental), LEED Gold (concedida pelo U.S. Green BuIlding Council) e OHSAS 18001 (segurança do trabalho e saúde ocupacional) 54 Gestão ambiental Transporte a vácuo: mais rápido e seguro O sistema a vácuo (ou pneumático) para transporte de roupas sujas e resíduos comuns instalado na nova torre (bloco D) do hospital é pioneiro na América Latina. Ele permite que as peças usadas sejam levadas do andar em que se localiza o quarto do paciente diretamente para a central de processamento, sem manuseio humano. O processo reduz o risco de infecção hospitalar, aumenta a segurança dos profissionais de higiene e eleva o conforto do paciente, à medida que reduz o trânsito de equipamentos e pessoas pelos corredores e elevadores. Previsto desde o projeto de expansão, o sistema foi instalado em 2014. Evolução da reciclagem (t) 276 241 2013 2014 Houve ainda a intensificação da exigência para os fornecedores da obra fazerem a logística reversa das embalagens. O monitoramento é garantido por meio de uma cláusula específica no modelo de contrato assinado com a instituição. No processo de concorrência, o atendimento ao item de logística reversa também é um diferencial para a definição da contratação das empresas prestadoras de serviços. Além dos resíduos já citados, existe uma rotatividade de aparelhos hospitalares que precisam de renovação tecnológica, upgrade de sistema e outras melhorias. Aparelhos nessa situação – inativados, mas em condições de uso – são direcionados para serviços de saúde que atendem pacientes do SUS. Estão inclusos na lista também camas e mobiliário, cadeiras higiênicas, suportes de soro etc. Gerenciamento de resíduos Outro projeto desenvolvido em 2014 que afeta diretamente a gestão de resíduos foi o planejamento e gestão de estoques, que reduziu em 25% os níveis de armazenamento. Responsável pela ideia, a área de Logística, que busca assegurar as melhores condições de estabilidade, disponibilidade e custo de medicamentos, introduziu um software especializado que permitiu uma economia de R$ 2,5 milhões. Ao longo de 2014, o hospital produziu 8,6 toneladas de resíduos/ dia, volume 11% superior ao de 2013. Embora tenha aumentado, o volume está dentro dos parâmetros esperados para uma instituição com o porte do hospital, que inclui resíduos provenientes de áreas administrativas, serviços de apoio e atividades hospitalares, estas geradoras do maior percentual e, também, de maior risco. Quantidade de resíduos gerados e destinação G4-EN23, G4-EN25 Resíduo 2013 (t) 2014 (t) Destinação Infectante 635 636 ETD (desativação eletrotérmica) Comum 1.174 1.372 Aterro Sanitário Rodovia dos Bandeirantes, km 33 (Caieiras, SP) Radioterápico 0,318 0,325 ETD (desativação eletrotérmica) Químico perigoso 11,9 21 Essencis Soluções Ambientais Ltda. Reciclável* 241 276 Papelão e papel – GTF Papéis (SP) Plásticos (polietileno) – Nova Reciclagem Plásticos diversos (exceto polietileno) – Aplascon Metal e Vidro – Valdomiro Dias ME. Orgânico (compostagem) 722 796 Biomix Indústria e Comércio de Insumos Orgânicos EPP Perfurocortante 49,5 51 ETD (desativação eletrotérmica) Eletrônico - 1,5 Fundação Settaport O levantamento é realizado apenas na unidade Bela Vista. *Inclui: papelão, papel, plástico metal, vidro, alumínio, lâmpadas fluorescentes, pilhas, raio-X e óleo de cozinha. 55 Relatório de Sustentabilidade 2014 Proibição de instrumentos com mercúrio Em 2014, foi sancionada a lei 15.313, que proíbe o uso, armazenamento e reparo de instrumentos de medição e termômetros contendo mercúrio. A decisão não impactou o hospital, que é um ambiente livre de mercúrio desde 2005. Consolidado de resíduos recicláveis 2013 (t) 2014 (t) Papelão* 139 166 Papel 50 35 Plástico 34 55 Metal 10 8 Vidro 8 8 Alumínio 3 3 *Inclui o material comprado do Projeto Catadores, um total de 94 toneladas (mais informações no subcapítulo Valor para a comunidade). A principal mudança foi a redução de volumes que ficavam parados no estoque, gerando excesso. Variáveis como custo, demanda pelo item, timing de entrega do fornecedor e necessidade do produto foram acrescentadas ao algoritmo estatístico que é responsável pela previsão dos itens, melhorando sua eficiência e assertividade. Além disso, o estoque foi transferido para outro local físico, com menor custo de armazenagem por metro quadrado, mantendo condições de operação funcionais, eficiência da operação e cumprimento aos aspectos legais (condições mínimas de atendimento às praticas de armazenagem). G4-EN31 Água, emissões e energia Para colaborar com a economia de água, tendo em vista o racionamento ao qual foram submetidas partes da cidade de São Paulo, a organização paralisou as atividades de jardinagem, retirou os espelhos d’água existentes na Bela Vista, realizou iniciativas para conscientização do público interno e direcionou o uso para atividades consideradas mais críticas. Em 2014, por exemplo, foram instalados equipamentos limitadores de vazão de água na torneira e novas válvulas econômicas de descarga. O Hospital Sírio-Libanês tem uma matriz diversificada de fontes de água, com poços artesianos e caminhões-pipa, além do abastecimento pela Sabesp, que representa menos de 50% do consumo. Essa distribuição é estratégica para garantir segurança à instituição. Consumo de água (em mil m³) G4-EN8 Fonte de retirada 2012 2013 2014 Sabesp* 153 178 177 Poço artesiano 77 72 70 Caminhão-pipa 23 20 45 Total 253 270 292 *Em Brasília, a fonte é a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Todos os efluentes são descartados via sistema de saneamento local (Sabesp e Caesb). G4-EN9 56 Gestão ambiental Emissões de CO2 equivalente (em t) G4-EN15, G4-EN16, G4-EN18 2013 2014 Escopo 1 Combustão estacionária e móvel 20 2 Ar-condicionado 6.658 6.203 Eletricidade comprada e consumida 3.162 4.742 Total dos escopos 1 e 2 9.840 10.947 Escopo 3 (emissóes indiretas) 219 222 Total geral 10.059 11.169 Escopo 2 Consumo de energia dentro da organização G4-EN3 2013 2014 Óleo diesel (em litros) 50.782 22.000 Ar-condicionado (gás refrigerante em kg) 195,79 257,408 Energia elétrica (em milhões de kWh) 30 35 A respeito das emissões de CO2, tendo em vista o projeto de duplicação de sua capacidade de atendimento, o hospital apresentou um aumento de 11% entre 2013 e 2014. Ciente do desafio diante da realidade de expansão, a instituição vem fazendo a gestão de emissões com base no inventário de emissões e pequenas soluções acumuladas no dia a dia para a mitigação, como aumento do uso de energia solar, instalação de iluminação de alto rendimento e lâmpadas LED, fachadas com vidros de alto desempenho (evitam a propagação interna de calor e o uso mais intenso do ar-condicionado) e sistema pneumático (usa a compressão do ar para gerar força) no transporte de roupas sujas e resíduos, entre outras iniciativas. Sobre o consumo de energia (contabilizado pela taxa de consumo por paciente-dia e número de leitos sobre o faturamento bruto), houve um aumento de 2% MKWh em 2014, em relação ao ano anterior. Já o consumo por número de leitos (sobre o faturamento bruto), aumentou em 11% MkWh em relação a 2013. G4-EN6 Evolução do volume de energia comprada (em milhões de kWh) G4-EN4 Energia comprada* 2012 2013 2014 30 33 35 Consumo de gás natural (em mil m³) 297 *As concessionárias de energia que abastecem as unidades assistenciais são a AES Eletropaulo (em São Paulo) e a Companhia Energética de Brasília (CEB), na capital federal. 243 216 Intensidade energética (taxa por paciente-dia/nº de leitos) G4-EN5 Energia comprada 2012 2013 2014 kWh/Paciente-dia 270 284 279 kWh/Nº de leitos 80.862 89.709 79.726 2012 2013 2014 57 Relatório de Sustentabilidade 2014 Nossas finanças Ebitda de R$ 152 milhões e bom desempenho de caixa contribuem para manter os compromissos financeiros e a excelência nas atividades O Hospital Sírio-Libanês é uma instituição filantrópica e, por isso, não tem proprietários e acionistas nem distribui lucro. Os impostos que deixam de ser recolhidos (Cofins e INSS patronal) retornam à sociedade em forma de projetos de apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS), justificando sua essência e finalidade. Para manter o nível de excelência de suas atividades e alavancar o crescimento, o sistema de financiamento do hospital conta com doações (R$ 12,7 milhões em 2014) e atividades remuneradas por serviços de saúde oferecidos para pacientes particulares e de convênio, sendo 23% de pagamentos particulares e 77% de operadoras de saúde nacionais e internacionais. Por ser um hospital filantrópico de alta complexidade e com diferentes serviços, o sistema de gestão se baseia em um processo formal de prestação de contas. Uma razão para adotar esses controles é a necessidade de cumprir compromissos de financiamento atrelados a resultados. Para que o projeto de expansão pudesse obter o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco do Brasil e de dois bancos de fomento internacionais – o DEG e a Proparco –, o hospital estabeleceu premissas junto aos bancos para assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos. Entre elas estão: manter equilibrada a liquidez e alavancagem financeira, realizar a prestação de contas de alguns indicadores econômicos, como a dívida líquida sobre o Ebitda (resultado da dívida menos o caixa do hospital dividido pelo Ebitda2), liquidez corrente, Índice de Cobertura da Dívida (IDC), saldo de caixa, entre outros. A cada três meses, o hospital envia relatórios para o BNDES, o Banco do Brasil e outros financiadores. Anualmente, são elaborados e auditados relatórios de acompanhamento sobre o desempenho econômico e financeiro da instituição. Principais fontes de receita 23% 4% 73% Pacientes particulares Operadoras internacionais Operadoras nacionais 2 Ebitda (earnings before interest, taxes, depreciation and amortization) significa: lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização. Captação para expansão Período Valor e fonte Destinação 1ª fase (2013-2014) R$ 430 milhões 50% via BNDES e 50% via Banco do Brasil Reforma (modernização) e ampliação (novas torres) 2ª fase (2015-2016) R$ 230 milhões 50% via BNDES e 50% via Banco do Brasil Conclusão do bloco D e construção do prédio de estacionamentos (fase 1) Moeda estrangeira US$ 40 milhões US$ 25 milhões via DEG (Alemanha) e US$ 15 milhões via Proparco (França) Reforma (modernização do complexo hospitalar da Bela Vista) 58 Nossas finanças Recursos para filantropia Em 2014, a área de Filantropia fechou um ciclo de planejamento que cumpriu uma renúncia fiscal de cinco anos (2010-2014), resultando em R$ 393 milhões aplicados no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (ProadiSUS) e em projetos de responsabilidade social. Estabelecer uma estratégia com foco na composição da dívida foi necessário para minimizar riscos e diversificar as fontes de empréstimo. Além desses, foram contratados financiamentos específicos como Finimps (para importações de equipamentos) e Finame (para compra de máquinas e equipamentos nacionais). Desempenho em 2014 O resultado do ano contempla o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2014. Apesar das despesas pré-operacionais decorrentes de plano de ativação das torres novas, cenários adversos na economia e hiper-regulamentação do setor, o desempenho econômico foi considerado satisfatório. A instituição alcançou um Ebitda de Demonstração de resultados do exercício 2014 (dados em milhares de R$) G4-EC1, G4-9 2013 2014 Receita bruta 1.274.682 1.434.146 Deduções 234.019 260.119 Receitas operacionais 1.040.663 1.174.027 Custos com medicamentos, materiais e serviços médicos 277.745 319.172 Superávit bruto 762.918 854.855 Despesas com pessoal e encargos 330.184 396.873 Provisão para créditos de realização duvidosa 30.626 13.353 Provisão/reversão para contingências 37.782 13.271 Depreciações e amortizações 34.998 37.011 Outras despesas administrativas gerais 229.000 292.780 Outras receitas (despesas) operacionais (15.582) (13.828) Total de despesas operacionais 647.008 739.460 Ebitda 150.908 152.406 Superávit operacional antes do resultado financeiro 115.910 115.395 Resultado financeiro 14.163 1.473 Superávit do exercício 101.747 113.922 Despesas operacionais *Valor provisionado para resguardar a instituição de créditos cuja liquidação pode não ocorrer. As demonstrações financeiras acima incluem todas as unidades da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês: Bela Vista, Itaim, Jardins e Brasília. G4-17 59 Relatório de Sustentabilidade 2014 R$ 152 milhões (margens de 12,9), resultado 21% abaixo do orçado. Sobre o desempenho financeiro, a queda do Ebitda teve seu impacto minimizado em decorrência do desempenho do caixa em 2014. O desempenho foi melhor que o previsto, impulsionado pela melhoria de importantes indicadores e pelaa redução do ciclo financeiro de 82 para 63 dias. Por fim, o aprimoramento do processo de gestão dos investimentos contribuiu para a racionalização dos recursos. Dos R$ 345 milhões previstos, o hospital deixou de investir R$ 7 milhões, fato que não afetou a ativação das torres e ainda contribuiu para manter a relação da dívida liquida sobre o Ebitda equilibrada. Na gestão de contas a receber, foram implementados projetos que contribuíram para aumentar a qualidade das contas hospitalares, racionalizando a auditoria das contas e contribuindo para melhores relações comerciais Balanço patrimonial 2013 x 2014 (em milhões de R$) Ativo 2013 2014 2013 2014 Caixa e equivalentes de caixa 267.474 202.977 Contas a receber 209.837 247.095 Fornecedores operacionais 163.365 179.404 Outros ativos 103.385 105.104 Empréstimos e financiamentos 71.000 89.411 Total do ativo circulante 580.696 555.176 Total do passivo circulante 234.365 268.815 Circulante Não circulante Passivo Circulante Não circulante Imposto diferido – – Provisões para contingências 1.656 3.508 Imposto diferido imobilizado 951.296 1.234.749 Empréstimos e financiamentos 482.473 604.738 Contas a receber – – Outros passivos – – Outros ativos 33.263 38.819 Total do passivo não circulante 484.129 608.246 Total do ativo não circulante 984.559 1.282.568 Patrimônio líquido 846.761 960.683 Total do ativo 1.565.255 1.837.744 Total do passivo 1.565.255 1.837.744 60 Nossas finanças Finanças para gestores Em 2014, foi ministrado um curso de finanças corporativas customizado para atender às demandas do hospital, contemplando quatro turmas de gestores. O objetivo foi iniciar um programa que traduzisse em linguagem de fácil aplicação os conhecimentos de finanças. A iniciativa visa oferecer aos gestores o conhecimento necessário para contribuir para a gestão e a eficiência da instituição. Melhorias que geram eficiência Desde 2008, a instituição procura consolidar a gestão do planejamento e a execução da estratégia. Essa é uma iniciativa que materializou-se a partir da construção do mapa estratégico, em 2012, revisado periodicamente de acordo com novos cenários. Atualmente, o mapa contempla 35 indicadores para acompanhamento. Ainda há avanços previstos para tornar a gestão estratégica mais eficiente, como a realização de um estudo para buscar uma conexão fina entre os indicadores externos e a estratégia. Periodicamente, são desenvolvidas atualizações e avaliações baseadas no mercado, processo estabelecido desde 2013. Em 2014, a instituição implementou projetos em diversas áreas com o objetivo de buscar melhoria de eficiência e produtividade. Foram iniciados projetos no centro cirúrgico, na enfermagem, na reabilitação e no Centro de Diagnósticos, além da automação da farmácia, que já estava em curso. Geração de valor e perspectivas O hospital vem crescendo de forma constante e sustentável. E, quanto mais a instituição cresce, mais verba é aplicada em filantropia. Esse direcionamento de recursos está baseado em alguns impostos que são impactados pelo crescimento (Cofins, sobre a receita, e o INSS patronal, que aumenta à medida que novos colaboradores são contratados). Após a conclusão do projeto de expansão, o número de colaboradores diretos deve aumentar para 8.500 em 2020, um incremento de 73%. Já o número de trabalhadores terceiri- zados deve aumentar 86%, saltando para 1.700 pessoas até 2020. O cálculo foi feito baseado em estimativa do BNDES, que prevê a criação de três empregos indiretos para cada novo emprego direto. A previsão também permite calcular o aumento do total de trabalhadores com deficiência: 425 pessoas em 2020. Riscos e compliance O Hospital Sírio-Libanês preza pela atualização sobre a realidade do sistema de saúde e busca se antecipar às questões que têm potencial para afetar suas atividades. Entre os riscos mais altos estão os regulatórios que afetam o setor da saúde (remuneração de pessoal, ICMS de importados e transposição de margens). Existem outros riscos, como possibilidades de fraude, desvios éticos e também o descumprimento de políticas, podendo gerar perdas financeiras e prejuízos à imagem da instituição. Outro aspecto é a entrada em vigor da Lei Anticorrupção (12.846/2013, em vigor desde o início de 2014). G4-57 Diante desse contexto, o Sírio-Libanês e outros hospitais estão liderando um grupo, junto com a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), que promove debates sobre conduta, ética e compliance nas organizações. Em 2015, a instituição estuda a implantação de uma estrutura de compliance interna, que deve ser responsável pela avaliação da conformidade das práticas atuais e outros processos voltados à consolidação de um modelo de compliance. A medida visa dar cada vez mais credibilidade e transparência às práticas e aos processos internos. G4-14, G4-16 61 Relatório de Sustentabilidade 2014 Sobre o relatório As informações compreendem o período entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2014 A definição de conteúdo levou em conta os temas materiais da organização, entrevistas e dinâmicas com os públicos e a análise de indicadores próprios e da GRI Seguindo a política de transparência do Hospital Sírio-Libanês e seu compromisso de aprimorar a comunicação com seus públicos, o Relatório de Sustentabilidade 2014 apresenta, em português e inglês, as principais informações relativas aos resultados financeiros e econômicos, de gestão e governança corporativa e de desempenho socioambiental da instituição. O relato é apresentado em duas versões: online completa e resumida impressa, esta última com distribuição dirigida aos públicos que desejam tomar conhecimento de estratégias, ações e desempenho de maneira mais objetiva e sucinta. O relatório é publicado anualmente desde 2008, ano até o qual era chamado de Balanço Social. A definição de conteúdo levou em conta os temas materiais da organização, além das entrevistas e dinâmicas com os públicos, incluindo lideranças do Hospital Sírio-Libanês, e da análise de indicadores. Não houve alterações significativas de escopo ou de informações em relação à edição anterior, relativa ao ano de 2013. Este relato foi elaborado de acordo com as diretrizes G4 da Global Reporting Initiative (GRI), em seu escopo Essencial (Core). A verificação externa dos dados financeiros e não financeiros foi realizada pela DNV-GL, auditoria especializada. Foram incluídos dados sobre estratégias, iniciativas, produtos, serviços, projetos, operações e negócios das unidades em São Paulo (Bela Vista, Itaim e Jardins) e em Brasília (DF). Informações e limitações relativas a indicadores GRI específicos estão apontadas ao longo deste relatório e organizadas no Sumário GRI (na página a seguir). Dúvidas, críticas e sugestões sobre o conteúdo apresentado podem ser encaminhadas para o e-mail sustentabilidade@hsl. org.br. No portal www.hsl.org.br, estão disponíveis informações dos relatórios anteriores. G4-17, G4-18, G4-22, G4-23, G4-28, G4-29, G4-30, G4-31, G4-32, G4-33 62 SUMÁRIO GRI Sumário GRI G4-32 Página/resposta Verificação externa 6, 7 sim, 68, 69 G4-3 Nome da organização 10 sim, 68, 69 G4-4 Principais marcas, produtos e/ou serviços 10 sim, 68, 69 G4-5 Localização da sede da organização 21 sim, 68, 69 G4-6 Países onde estão as principais unidades de operação ou as mais relevantes para os aspectos da sustentabilidade do relatório 21 sim, 68, 69 G4-7 Tipo e natureza jurídica da propriedade 13 sim, 68, 69 G4-8 Mercados em que a organização atua 21 sim, 68, 69 G4-9 Porte da organização 10, 21, 58 sim, 68, 69 G4-10 Perfil dos empregados 21, 43 sim, 68, 69 G4-11 Percentual de empregados cobertos por acordos de negociação coletiva 100% dos colaboradores CLT sim, 68, 69 G4-12 Descrição da cadeia de fornecedores da organização 50 sim, 68, 69 G4-13 Mudanças significativas em relação a porte, estrutura, participação acionária e cadeia de fornecedores 10 sim, 68, 69 G4-14 Descrição sobre como a organização adota a abordagem ou princípio da precaução 16, 19, 60 sim, 68, 69 G4-15 Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente 12, 20, 52 sim, 68, 69 G4-16 Participação em associações e organizações 60 sim, 68, 69 58, 61 sim, 68, 69 Conteúdos Padrão Gerais Conteúdo geral Estratégia e análise G4-1 Mensagem do presidente Perfil organizacional Aspectos materiais identificados e limites G4-17 Entidades incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas e entidades não cobertas pelo relatório 63 Relatório de Sustentabilidade 2014 Conteúdos Padrão Gerais Página/resposta Verificação externa G4-18 Processo de definição do conteúdo do relatório 4, 61 sim, 68, 69 G4-19 Lista dos temas materiais 5 sim, 68, 69 G4-20 Limite, dentro da organização, de cada aspecto material 5 sim, 68, 69 G4-21 Limite, fora da organização, de cada aspecto material 5 sim, 68, 69 G4-22 Reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores 61 sim, 68, 69 G4-23 Alterações significativas de escopo e limites de aspectos materiais em relação a relatórios anteriores 61 sim, 68, 69 G4-24 Lista de grupos de stakeholders engajados pela organização 4 sim, 68, 69 G4-25 Base usada para a identificação e seleção de stakeholders para engajamento 4 sim, 68, 69 G4-26 Abordagem para envolver os stakeholders 4 sim, 68, 69 G4-27 Principais tópicos e preocupações levantadas 4 durante o engajamento, por grupo de stakeholders sim, 68, 69 Engajamento de stakeholders Perfil do relatório G4-28 Período coberto pelo relatório 61 sim, 68, 69 G4-29 Data do relatório anterior mais recente 61 sim, 68, 69 G4-30 Ciclo de emissão de relatórios 61 sim, 68, 69 G4-31 Contato para perguntas sobre o relatório ou seu conteúdo 61 sim, 68, 69 G4-32 Opção da aplicação das diretrizes e localização da tabela GRI 61, 62 sim, 68, 69 64 SUMÁRIO GRI Página/resposta Verificação externa G4-33 Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o relatório 61 sim, 68, 69 G4-34 Estrutura de governança da organização 14 sim, 68, 69 G4-56 Valores, princípios, padrões e normas de comportamento da organização 12 sim, 68, 69 G4-57 Mecanismos internos e externos de orientação sobre ética e conformidade 12, 60 sim, 68, 69 Conteúdos Padrão Específicos Página/resposta Conteúdos Padrão Gerais Governança Ética e integridade Omissões Conteúdo específico – Categoria econômica – Verificação externa Aspecto: Desempenho econômico G4-DMA Forma de gestão 57 – sim, 68, 69 G4-EC1 Valor econômico direto gerado e distribuído 58 – sim, 68, 69 G4-EC4 Ajuda financeira significativa recebida do governo 34 – sim, 68, 69 G4-DMA Forma de gestão 25, 33 – sim, 68, 69 G4-EC7 Impacto de investimentos em infraestrutura oferecidos para benefício público 25, 34 – sim, 68, 69 G4-EC8 Descrição de impactos econômicos indiretos significativos 25, 31, 34, 36 – sim, 68, 69 G4-DMA Forma de gestão 52 – sim, 68, 69 G4-EN3 Consumo de energia dentro da organização 56 – sim, 68, 69 G4-EN4 Consumo de energia fora da organização 56 – sim, 68, 69 Aspecto: Impactos econômicos indiretos Categoria ambiental Aspecto: Energia 65 Relatório de Sustentabilidade 2014 Conteúdos Padrão Específicos Página/resposta Omissões Verificação externa G4-EN5 Intensidade energética 56 – sim, 68, 69 G4-EN6 Redução do consumo de energia 56 – sim, 68, 69 G4-DMA Forma de gestão 52 – sim, 68, 69 G4-EN8 Total de água retirada por fonte 55 – sim, 68, 69 G4-EN9 Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água 55 – sim, 68, 69 G4-EN10 Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada 53 – sim, 68, 69 G4-DMA Forma de gestão 56 – sim, 68, 69 G4-EN15 Emissões diretas de gases de efeito estufa 56 – sim, 68, 69 G4-EN16 Emissões indiretas de gases de efeito estufa provenientes da aquisição de energia 56 – sim, 68, 69 G4-EN18 Intensidade de emissões de gases de efeito estufa 56 – sim, 68, 69 G4-DMA Forma de gestão 52 – sim, 68, 69 G4-EN22 Descarte total de água, discriminado por qualidade e destinação 53 – sim, 68, 69 G4-EN23 Peso total de resíduos, discriminado por tipo e método de disposição 53 – sim, 68, 69 G4-EN25 Peso de resíduos transportados considerados perigosos 53 – sim, 68, 69 Aspecto: Água Aspecto: Emissões Aspecto: Efluentes e resíduos Categoria social – práticas trabalhistas e trabalho decente Aspecto: Emprego G4-DMA Forma de gestão 44 – sim, 68, 69 G4-LA1 Número total e taxas de novas contratações e rotatividade de empregados 45 – sim, 68, 69 66 Nossas finanças Omissões Verificação externa G4-LA2 Comparação entre benefícios a empregados 44 de tempo integral e temporários – sim, 68, 69 G4-LA3 Taxas de retorno ao trabalho e retenção após uma licença-maternidade/paternidade 46 – sim, 68, 69 G4-DMA Forma de gestão 48 – sim, 68, 69 G4-LA5 Percentual dos empregados representados em comitês formais de segurança e saúde 48 – sim, 68, 69 G4-LA6 Taxas de lesões, doenças ocupacionais e dias perdidos 49 – sim, 68, 69 G4-LA7 Empregados com alta incidência ou alto risco de doenças relacionadas à sua ocupação Em virtude do mapeamento de riscos, processos bem desenhados e capacitação de colaboradores para segurança, não há incidência de doenças relacionadas às ocupações. 461 pessoas – atuam potencialmente expostas à radiação ionizante, mas sob monitoramento individual e ambiental, para garantir trabalho seguro. Não existem registros de doenças relacionadas a essa atividade. sim, 68, 69 G4-DMA Forma de gestão 47 – sim, 68, 69 G4-LA9 Média de horas de treinamento por ano 47 – sim, 68, 69 G4-LA10 Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua 47 – sim, 68, 69 G4-LA11 Percentual de empregados que recebem análises de desempenho 47 – sim, 68, 69 G4-DMA Forma de gestão 17 – sim, 68, 69 G4-HR2 Total de horas de treinamento de empregados em políticas de direitos humanos e percentual de empregados treinados 17 – sim, 68, 69 Conteúdos Padrão Específicos Página/resposta Aspecto: Saúde e segurança no trabalho Aspecto: Treinamento e educação Categoria social – direitos humanos Aspecto: Investimentos 67 Relatório de Sustentabilidade 2014 Página/resposta Omissões Verificação externa G4-DMA Forma de gestão 40 – sim, 68, 69 G4-HR3 Número total de casos de discriminação e medidas corretivas tomadas Não houve nenhum caso relacionado. – sim, 68, 69 G4-DMA Forma de gestão 36 – sim, 68, 69 G4-SO1 Percentual de operações com programas de engajamento da comunidade local, avaliação de impactos e desenvolvimento local 36 – sim, 68, 69 G4-SO2 Operações com impactos negativos significativos, reais e potenciais, nas comunidades locais A comunidade do entorno não aponta questões como resíduos e barulho/transporte como impactantes, segundo a consulta feita aos stakeholders durante o processo de revisão da materialidade para este relato. – sim, 68, 69 19 – sim, 68, 69 G4-PR1 Avaliação de impactos na saúde e segurança 18, 19, 20 durante o ciclo de vida de produtos e serviços – sim, 68, 69 G4-PR2 Não conformidades relacionadas a impactos Não houve nenhum caso causados por produtos e serviços relacionado. – sim, 68, 69 Conteúdos Padrão Específicos Aspecto: Não discriminação Categoria social – sociedade Aspecto: Comunidades locais Categoria social – responsabilidade pelo produto Aspecto: Saúde e segurança do cliente G4-DMA Forma de gestão Aspecto: Rotulagem de produtos e serviços G4-DMA Forma de gestão 40 – sim, 68, 69 G4-PR5 Resultados de pesquisas medindo a satisfação do cliente 41, 42 – sim, 68, 69 68 Declaração de Garantia Declaração de Garantia DNV GL Relatório de Sustentabilidade 2014 da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês – versão em português 1. Contexto e responsabilidades Por solicitação da Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês, a DNV GL realizou a verificação independente da versão em português do seu Relatório de Sustentabilidade 2014 (“o Relatório”). O Relatório destina-se aos seus leitores e às partes interessadas no desempenho de sustentabilidade da empresa. O Conselho de Administração da Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês é responsável por todas as informações e todos os dados fornecidos no Relatório 2014, assim como por todos os processos envolvidos na coleta, na análise e no reporte dessa informação. A responsabilidade da DNV GL consiste na verificação da qualidade da informação e dos dados fornecidos no Relatório 2014, de acordo com os termos e o escopo estabelecido, assim como na elaboração de uma declaração de garantia com base nessa verificação. Esta declaração de garantia é baseada na suposição de que os dados e informações são completos, suficientes e precisos. A DNV GL não se responsabiliza por qualquer decisão de investimento ou de qualquer outra natureza realizada com base nesta declaração de garantia. 2. Independência A DNV GL não foi envolvida na elaboração de qualquer informação contida no Relatório 2014, além desta declaração de garantia. A DNV GL afirma também a sua independência em relação a favorecimentos, influências ou conflitos de interesse associados com a Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês ou suas partes interessadas. A DNV GL não forneceu quaisquer serviços para o Einstein em 2014 que pudessem comprometer sua independência e a imparcialidade de suas conclusões. 3. Escopo e limites da verificação A verificação abrangeu toda a informação referente ao período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2014 e consistiu em um nível moderado de verificação. Os objetivos principais da verificação foram avaliar e assegurar: •os processos de definição de conteúdo, foco e limites do relatório; •os processos de coleta e agregação dos dados de sustentabilidade; •os processos adotados para definição de materialidade, inclusão e resposta às expectativas dos stakeholders; •as políticas, estratégias e desempenho de sustentabilidade; •a confiabilidade da informações específicas referentes ao desempenho de sustentabilidade. Isto incluiu dados referentes a verificação por amostragem de alguns indicadores de recursos humanos, de meio ambiente e de saúde e segurança do trabalho, governança corporativa e filantropia. Esta verificação teve como objetivo avaliar e assegurar a informa- ção e os dados referentes à gestão e ao desempenho da Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês contidos no Relatório 2014. O trabalho realizado pela DNV GL não teve por objetivo avaliar a eficácia ou a eficiência dos processos de gestão adotados ou a qualidade do desempenho de sustentabilidade, tanto por parte da Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês como de quaisquer entidades terceiras mencionadas no Relatório. Este parecer não cobre os dados relativos às emissões de gases do efeito estufa (GEE). Os dados e informações econômicas foram avaliados por outra empresa independente. 4. Abordagem e metodologia da verificação A DNV GL é provedora líder de serviços de sustentabilidade, incluindo a verificação dos relatórios de sustentabilidade. Nossos especialistas de avaliação ambiental e social trabalham em mais de 100 países. Esta verificação foi realizada em Abril de 2015, por profissionais da DNV GL detentores de qualificações e experiência adequadas, de acordo com o Protocolo de Verificação de Relatórios de Sustentabilidade da DNV GL (VeriSustain). O VeriSustain fundamenta-se nos princípios e nas diretrizes mais aceitos, incluindo AccountAbility AA1000 Assurance Standard (2008) e as Diretrizes para Relatórios de Sustentabilidade da GRI. Assim, o relatório foi avaliado de acordo como os seguintes critérios: aderência aos princípios de materialidade, abrangência, equilíbrio, confiabilidade, inclusão de stakeholders e nível de resposta, conforme Proto- 69 Relatório de Sustentabilidade 2014 colo de Verificação de Relatórios de Sustentabilidade da DNV GL e diretrizes para Relatórios de Sustentabilidade da Global Reporting Initiative (GRI versão 4, 2013), para a opção de relato essencial. O trabalho de verificação incluiu as seguintes atividades: •entrevistas com 8 diretores, gerentes e gestores responsáveis por diversas áreas da empresa, nas sedes administrativas em São Paulo. O propósito dessas entrevistas foi o de confirmar o comprometimento e as prioridades da Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês relacionadas a sustentabilidade; •exame e revisão de documentos, dados e outras informações disponibilizadas à DNV GL; •análise da evolução dos comprometimentos, estruturas e recursos dedicados à gestão da sustentabilidade; •análise de políticas, procedimentos e relatórios de desempenho relacionados à sustentabilidade; •avaliação dos processos para coleta, agregação, validação e reporte de dados de sustentabilidade; •análise de comunicações internas e externas sobre temas e desempenho de sustentabilidade da Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês. 5. Conclusões Na opinião da DNV GL, o relatório é uma representação adequada da empresa, relacionando a estratégia, as políticas, as atividades e o desempenho de sustentabilidade da Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês no período coberto por ele. 6. Observações Sem interferir na nossa opinião de garantia, verificamos as seguintes boas práticas e oportunidades para a Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês melhorar ainda mais a sua adesão aos princípios de reporte e comunicação de informações de desempenho. A DNV GL avaliou a adesão do relatório aos seguintes princípios, na escala de “bom”, “aceitável” e “necessita de melhoria”. Materialidade: Aceitável. A Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês fez a revisão de todo o seu processo de materialidade. Este processo definiu temas relevantes para as suas operações. Para os próximos ciclos de relato a DNVGL recomenda que a Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês identifique os temas materiais por unidade de negócio. Completude: Aceitável. O escopo e a abrangência do Relatório estão definidos. As limitações no reporte dos indicadores estão indicadas ao longo do relato. A cobertura dos aspectos materiais reflete impactos econômicos, ambientais e sociais. A DNVGL recomenda que no próximo ciclo de relato, a Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês, consolide as informações de resíduos de todas as suas unidades de negócio. Inclusão de stakeholders e nível de resposta: Aceitável. O processo de engajamento foi feito de forma presencial e eletrônica e envolveu representantes dos grupos: Comunidade, Pacientes, Sociedade, Sindicatos, Colaboradores, Associados, Fornecedores, Concorrentes, Doadores, Comunidade científica, Operadoras de Saúde, Governo, Imprensa e Médicos. A DNV GL recomenda que no próximo ciclo de relato a Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês relate os resultados do engajamento também por grupo de stakeholders e não apenas de forma consolidada. Confiabilidade: Aceitável. A confiabilidade dos dados é adequada, mas as fontes de informações são diversas. A DNV GL recomenda que a Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês integre os dados de sustentabilidade através de seus sistemas informatizados de controle. Equilíbrio: Aceitável. A Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês apresenta ao logo do relatório desafios de sustentabilidade. A DNVGL recomenda que nos próximos ciclos a sociedade considere alguns outros desafios que foram evidenciados nas entrevistas, tais como: a situação política e econômica do país, mão de obra e políticas públicas. Rodrigo Carlos Henriques Gerente do projeto Raphael Leite Verificador Ana Cristina Campos Marques Controle de qualidade Det Norske Veritas, São Paulo, 08 de maio de 2015. 70 Estrutura organizacional Estrutura organizacional Gestão 2012-2015 •Edmea Eduardo Jafet •Marta Kehdi Schahin •Eliane Cury Nahas •Milena Abdalla Hannud •Elizabeth Camasmie Zogbi •Munira Salomão •Elizabeth Nahas Trabulsi •Nancy Luiza Pagnoncelli Cury •Flavia Assad Jafet •Neide Salemi •Georgia Abdalla Hannud •Rosemary Schahin Archer de Carmargo Assembleia Geral (380 associadas) Conselho Deliberativo Anna Maria Tuma Zacharias Presidente Denise Alves da Silva Jafet Vice-presidente Maria Angela Atallah Secretária-geral Lenah Barrionuevo Cochrane Cutait 1ª secretária •Gladis Chade Cattini Maluf •Ruth Salem Sader •Grace Tamer Lotaif Cury Integrantes •Sandra Mary Maluf Elias •Guilnar Atallah Abbud •Sandra Sarruf Chohfi •Adriana Abdalla Hannud Rizkallah •Ieda Karan de Araujo Vianna •Adriana Penteado Camasmie •Irene Jafet Panelli •Alzira Maria Assumpção •Laura Emilia Calfat Chammas •Angela Haidar Chede •Lilian Cury •Cecilia Elisabeth Cassab Cutait •Lilian Dabus Zarzur •Cecília Rizkallah Camasmie •Lina Saigh Maluf •Claudia Camasmie Ferraretto •Lourdes Henaisse Abdon •Claudia Chohfi •Luciana Murad Hannud •Cristiane Tamer Lotaif •Maria Angela Kalil Rizkallah •Cynthia Parodi Cutait •Maria de Lourdes F. Junqueira Franco •Silvana Said Haidar •Silvane Racy Cury •Sonia Abdalla Jafet •Sylvia Suriani Sabie •Vania Cutait de Castro Cotti •Vera Assad Jafet Kehdi •Vera Lygia Bussab Saliba •Vivian Abdalla Hannud •Zeina Chakmati •Dolly M. Lahoud •Maria Helena Andraus Cintra •Dora Camasmie Jereissati •Maria Regina Ugolini Chamma •Dulce A. C. Abdalla •Marilena Camasmie Razuk •Edith Jafet Cestari •Marilena Racy Bussab 71 Relatório de Sustentabilidade 2014 Conselho Fiscal (Gestão 2012-2015) Diretoria da Sociedade Beneficente de Senhoras (Gestão 2012-2015) Membros efetivos Violeta Basílio Jafet Presidente honorária Antônio Sarkis Jr. Paulo André Jorge Germanos Marcelo Haddad Buazar Membros suplentes Alexandre Saddy Chade Marcelo Chakmati Vivian Abdalla Hannud Presidente Dulce A. Camasmie Abdalla 1ª diretora-vice-presidente Marta Kehdi Schahin 2ª diretora-vice-presidente Vera Jafet Kehdi Diretora-secretária-geral Marilena Racy Bussab Diretora 1ª secretária Maria Helena Andraus Cintra Diretora-tesoureira-geral Claudia Chohfi Diretora 1ª tesoureira Renata Rizkallah Diretora 2ª tesoureira Cecília Elisabeth Cassab Cutait Diretora de Patrimônio Irene Jafet Panelli Diretora de Sede Marilena Camasmie Razuk Diretora social e de Eventos Sandra Sarruf Chohfi Diretora social e de Eventos Sylvia Suriani Sabie Diretora de Relações Públicas e Marketing Edith Jafet Cestari Diretora de Ações Sociais Lílian Cury Diretora de Ações Sociais Angela Haidar Chede Diretora de Voluntários 72 Estrutura organizacional Conselho de Administração •Lucia Camasmie Kurbhi Comissões e grupos especializados •Magnólia Chohfi Atallah •Angela Haidar Chede •Maria Sylvia Haidar Suriani Comissão Assessora da Diretoria Clínica •Dulce A. Camasmie Abdalla •Myrna Suriani Haidar •Fabio Cutait Comissão de Controle de Infecção Hospitalar •Rachel Tamer Lotaif Comissão de Credenciamento •Giovanni Guido Cerri •Rose Zarzur Cozman Comissão de Ética de Enfermagem •Luiz Henrique Maksoud •Vera Cattini Mattar Comissão de Ética Médica •Marta Kehdi Schahin •Zilda Camasmie Taleb •Mauricio Ceschin Comissão Médica Comissão de Farmácia e Terapêutica •Antranik Manissadjian Comissão de Pacientes Críticos •Anuar Ibrahim Mitre Comissão de Padronização e Auditoria Transfusional •Paulo Marcelo Gehm Hoff •Roberto Kalil Filho •Salim Taufic Schahin •Arnaldo José Hernandez Comissão de Pronto Atendimento •Sergio Carlos Nahas •Artur Katz •Vivian Abdalla Hannud (presidente) Conselho Vitalício •Conrado F. de Albuquerque Cavalcanti Comissão de Reanimação Cardiopulmonar Comissão de Revisão de Óbitos •Daniel Deheinzelin (presidente) •Arlette Abussamra Yazigi •Beatriz Jafet Chohfi •Gustavo Adolpho Junqueira Amarante •Ellye Zarzur Cury •Marcel Cerqueira César Machado •Gladys Irma Maluf Chamma (in memoriam) •Marcello Simaro Barduco Comissão de Revisão de Prontuários Médicos Comissão de Unidades Críticas •Rubens Vuono de Brito Neto •Guinar Calfat Andraus (in memoriam) •Sérgio Samir Arap •Ilda Zarzur •Yana Augusta Sarkis Novis Comissão dos Núcleos de Medicina Avançada Comissão Intra-Hospitalar de Transplantes Comitê de Vanguarda •Ivette Rizkallah •Lilian Nader Atallah •Lourdes Zarzur Cury Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional 73 Relatório de Sustentabilidade 2014 Agradecimentos R$ 12,7 mi em doações A Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês conta com o apoio de pessoas e empresas comprometidas com seu desenvolvimento e expansão desde a fundação, em 1921. • Instituto Gemast Em 2014, as ações de mobilização de recursos obtiveram R$ 12,7 milhões em doações. A instituição agradece a contribuição de todos os amigos e empresas para o desenvolvimento da instituição. • Lourdes Henaisse Abdon • Ivette Bachir Kanawati Atallah • Joseph Safra • Márcio Arduin Saraiva • Maurício Ceschin • Miguel Mofarrej Neto Neste relatório, encontram-se os doadores e as empresas que fizeram doações em 2014. • Associação Comendador Assad Abdalla • Milton Sayegh • MKL Investimentos Imobiliários Ltda. • OZ Design • Carlos Alberto Mansur • Dina Binzagr • Paulo Henrique de Lemos Meirelles • Eduardo de Souza Ramos • Renata Rizkallah • Elizabeth Camasmie Zogbi • Ricardo Nardini • Fábio Cutait • Samir Abdenour • Flávia Nardini • Vania Boghossian Marinho • Guiomar Della Togna Nardini • Vivian Abdalla Hannud Ficha técnica Ficha técnica Coordenação Comitê de Sustentabilidade Colaboração Coordenação de Sustentabilidade Diretoria de Senhoras Gerência de Marketing e Comunicação Corporativa Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social Superintendência Comercial Superintendência Corporativa Superintendência de Atendimento e Operações Superintendência de Controladoria e Finanças Superintendência de Engenharia e Obras Superintendência de Ensino Superintendência de Estratégia Corporativa Superintendência de Filantropia Superintendência de Gestão de Pessoas e Qualidade Superintendência de Logística Superintendência de Novos Negócios e Farmácia Superintendência de Pacientes Internados Superintendência de Pesquisa Superintendência de Tecnologia da Informação Superintendência Técnica Hospitalar Revisão da materialidade, consultoria GRI, coordenação editorial e design Report Sustentabilidade Equipe: Ana Souza (gestão de projetos e relacionamento), Thais Fantazia e Victor Netto (materialidade e consultoria GRI), Carolina Cenciarelli (apoio de redação), Rúbia Piancastelli (redação e edição), Talita Fusco (apoio de edição), Guilherme Falcão (projeto gráfico) e Naná de Freitas (diagramação) Revisão Assertiva Produções Editoriais Versão em inglês Just Traduções Fotografia da capa Jayakumar/Shutterstock 74 Unidades São Paulo: Bela Vista – Itaim – Jardins Brasília: Asa Sul – Lago Sul www.hsl.org.br Central de atendimento: 11 3394-0200 /HospitalSirioLibanes /+HospitalSirioLibanes /HospitalSirioLibanes /company/hospitalsiriolibanes