Relatório de
Sustentabilidade
2014
Sumário
04Apresentação
06Mensagem da presidência
08Destaques do ano
10O Hospital Sírio-Libanês
12 Nossos valores
13 Governança e estratégia
16 Gestão da qualidade
19 Governança clínica
21Estrutura de cuidado
com a saúde
25Compromisso com a sociedade
25Ensino e pesquisa
33Projetos de apoio ao SUS
36Valor para a comunidade
38Relacionamento com
os públicos
43Gestão de pessoas
50Fornecedores
52Gestão ambiental
57Nossas finanças
61Sobre o relatório
62 Sumário GRI
70Estrutura organizacional
73Agradecimentos
74 Ficha técnica
4
apresentação
Apresentação
O relatório traz o desempenho do
Hospital Sírio-Libanês e os resultados em
2014, destacando a estratégia, os pilares
de atuação e os temas prioritários
Este é o sexto Relatório de Sustentabilidade da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital
Sírio-Libanês, que apresenta seu
desempenho em 2014. O conteúdo
foi elaborado para comunicar aos
principais públicos e à sociedade a
sua estratégia, os pilares de atuação (assistência à saúde, ensino e
pesquisa e responsabilidade social)
e os temas prioritários, norteadores das atividades desenvolvidas
ao longo do ano. Buscando sempre a transparência, a instituição
demonstra também os principais
resultados alcançados e os indicadores desse desempenho.
Com base em sua origem e na experiência acumulada ao longo de décadas, o Hospital Sírio-Libanês dispõe
de um sólido conhecimento em saúde. Sua atuação possibilita a oferta
de um serviço altamente qualificado,
baseado no respeito e na atenção ao
paciente e na adoção de padrões internacionais de qualidade e segurança. Da mesma forma, investe em tecnologias de ponta e integra ensino,
pesquisa e responsabilidade social.
Os projetos de apoio ao desenvolvimento do Sistema Único de Saúde
(SUS) e as ações voltadas à comunidade de seu entorno permitem contribuir para a saúde e o bem-estar de
milhões de brasileiros.
Para relatar o que é mais relevante em sua atuação, em 2014 a instituição revisou os públicos de seu
relacionamento, mapeando novos
stakeholders e priorizando alguns
deles para serem consultados no
processo de materialidade. A base
de temas materiais foi revisitada a
partir do cruzamento entre os resultados da dinâmica de impactos realizada com a direção do hospital e a
análise de estudos setoriais e de documentos internos da organização.
A priorização de temas ocorreu a
partir dos resultados de um painel
realizado em 2014, que contou com
a participação de membros da comunidade do entorno e fornecedores, das respostas ao questionário
online enviado para gestores, corpo clínico, colaboradores, terceiros
e pacientes e de entrevistas com
especialistas. O resultado da revisão da materialidade em 2014 é
apresentado a seguir. G4-18, G4-24,
G4-25, G4-26, G4-27
5
Relatório de Sustentabilidade 2014
Temas materiais, impactos e indicadores G4-19, G4-20, G4-21
Foco nos
pacientes
Tema material
Públicos
impactados (D e F)*
Segurança e qualidade dos
serviços prestados
Colaboradores, médicos,
pacientes (D) e doadores/
investidores (F)
Transparência no processo de
cuidar – empoderamento do
paciente
Colaboradores, médicos,
pacientes (D) e doadores/
investidores (F)
Manutenção e ampliação das
instalações sustentáveis
Foco
ambiental
Gestão de resíduos
hospitalares
Associados (D), doadores/
investidores e fornecedores (F)
Associados (D), doadores/
investidores e fornecedores (F)
Aspecto e indicador
Leia no
relatório
Saúde e segurança do
paciente: G4-PR1, G4-PR2
18, 19, 20
Rotulagem de produtos e serviços: GR-PR5 41, 42
Saúde e segurança do paciente: G4-PR1
18, 19, 20
Rotulagem de produtos e serviços: GR-PR5 41, 42
Energia: G4-EN3, G4-EN4, G4-EN5, G4-EN6
56
Água: G4-EN8, G4-EN9, G4-EN10
53, 55
Emissões: G4-EN15, G4-EN16, G4-EN18
56
Efluentes e resíduos: G4-EN22
53
Efluentes e resíduos: G4-EN23, G4-EN25
53
Energia: G4-EN3, G4-EN4, G4-EN5, G4-EN6 56
Uso responsável da água,
eficiência energética e
geração de energia limpa
Foco nos
colaboradores e
corpo clínico
Foco na
governança
Foco na
sociedade
Associados (D), doadores/
investidores e fornecedores (F)
Água: G4-EN8, G4-EN9, G4-EN10
53, 55
Emissões: G4-EN15, G4-EN16, G4-EN18
56
Retenção de colaboradores,
Colaboradores, médicos e
redução da rotatividade, clima e
pacientes (D)
plano de carreira
Emprego: G4-LA1, G4-LA2, G4-LA3
44, 45, 46
Saúde e segurança dos
colaboradores
Colaboradores, médicos e
pacientes (D)
Saúde e segurança no trabalho:
G4-LA5, G4-LA6, G4-LA7
48, 49, 64
Desenvolvimento profissional
de médicos e colaboradores
Colaboradores, médicos e
pacientes (D)
Treinamento e educação:
G4-LA9, G4-LA10, G4-LA11
47
Transparência na prestação de
contas e combate à corrupção
Associados (D), doadores/
investidores, fornecedores e
governo (F)
Desempenho econômico: G4-EC4
34
Saúde financeira do negócio
Doadores/investidores,
fornecedores e governo (F)
Desempenho econômico: G4-EC1
58
Combate a todas as formas de
discriminação**
Colaboradores (D),
comunidade do entorno e
sociedade (F)
Direitos humanos: G4-HR2, G4-HR3
17, 40
Projetos e iniciativas
próprias para assistência às
comunidades do entorno
Comunidade do entorno e
sociedade (F)
Direitos humanos: G4-SO1, G4-SO2
36, 65
Atuação na formação de
profissionais da saúde,
pesquisas e parceria para a
melhoria do SUS
Comunidade do entorno e
sociedade (F)
Impactos econômicos indiretos:
G4-EC7, G4-EC8
25, 31,
34, 36
*D = dentro da organização. F = fora da organização.
**O tema foi considerado transversal, em termos de impacto e necessidade de gestão, pela empresa, portanto, inserido junto com os demais
temas com foco em governança.
O Relatório de Sustentabilidade 2014 da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês segue
as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), versão G4, metodologia de relatos de sustentabilidade
reconhecida internacionalmente. Mais detalhes sobre a abordagem nesta publicação podem ser obtidos
no capítulo Sobre o relatório.
6
Mensagem da presidência
Mensagem
da presidência
G4-1
Ano de expansão, foco no cuidado, novos
projetos de ensino e pesquisa e programas
de apoio ao SUS
Em 2014, concluímos o
ciclo iniciado em 2010, que
resultou no investimento
total de R$ 393 milhões
(renúncia fiscal) em
projetos filantrópicos
É com grande satisfação que apresentamos os resultados e o desempenho da Sociedade Beneficente
de Senhoras Hospital Sírio-Libanês
em 2014. Podemos afirmar que seguimos no caminho desejado para
integrar e fortalecer cada vez mais
os eixos que são a essência de nosso trabalho.
O direcionamento atual aponta
para a expansão da estrutura física
e a maior qualidade e segurança no
cuidado com o paciente, o desenvolvimento de novos e mais relevantes projetos de ensino e pesquisa e a abrangência dos programas
que conduzimos para apoiar o desenvolvimento do Sistema Único de
Saúde (SUS).
Em 2014, concluímos o importante
ciclo iniciado em 2010, que resultou no investimento total de R$ 393
milhões (provenientes de renúncia
fiscal) em projetos filantrópicos.
Somente neste último ano, capacitamos mais de 24 mil profissionais
– como médicos, enfermeiros e gestores de hospitais – que atuam em
unidades públicas espalhadas por
70 regiões de saúde do Brasil. Assim,
levamos nosso conhecimento a outros estados e estimulamos que os
alunos ajam como multiplicadores,
disseminando a seus pares melhores
processos e práticas assistenciais.
Para atender cada vez mais e melhor os pacientes, abrimos 71 leitos
em 2014. Em 2015, o plano continuará, e nossa meta é alcançar, já no
ano seguinte, o dobro da capacidade de atendimento instalada, em
comparação à de 2013.
Além disso, celebramos a recertificação pela Joint Commission International (JCI), referência mundial
em qualidade de serviços de saúde,
fato que demonstra nosso comprometimento com as melhores práticas. Estamos nos preparando de
maneira intensa para conquistar,
também em 2015, outras certificações: ISO 14001 (gestão ambiental),
OHSAS 18001 (gestão de saúde e
segurança do trabalhador) e Acreditação Canadense (Canadian Council
on Health Services Accreditation).
Mais do que reconhecimento, essa
é uma busca por qualidade que nos
coloca em um movimento contínuo
rumo a melhorias. Temos sido premiados pelos esforços integrados de
nossos profissionais. Em 2014, por
exemplo, o hospital recebeu do Healthcare Information and Management
Systems Society (HIMSS) o destaque
por ser a primeira instituição brasileira designada como Estágio 6 (avançado) no modelo de adoção de prontuário eletrônico Electronic Medical
Record Adoption Model (Emram).
7
Relatório de Sustentabilidade 2014
Nosso investimento em inovação
trouxe também novidades para a
farmácia, que implantou um sistema de tecnologia robótica para
simplificar e agilizar processos e
ajudar a evitar a ocorrência de erros. Trata-se do primeiro hospital
da América Latina que utiliza esse
sistema. O ano trouxe ainda outras
realizações importantes, como a
abertura da segunda unidade de
oncologia em Brasília, no Lago Sul.
Cada vez mais, nós nos consolidamos como referência nessa especialidade na Região Centro-Oeste.
Em São Paulo, expandimos o uso
do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) e criamos o registro
do desfecho clínico para conhecer
melhor a saúde do paciente depois
da alta hospitalar. Implantamos
também uma equipe de médicos
hospitalistas para atender a urgências e emergências de pacientes internos e externos e lançamos
novos serviços multiprofissionais
especializados, como o Centro de
Incontinência Urinária, o Centro Integrado da Saúde Óssea e o Núcleo
do Quadril.
Sabemos que a excelência que buscamos depende muito do compromisso dos nossos profissionais. Realizamos, em 2014, a terceira edição
da pesquisa de engajamento, com
3.775 participantes (73% do quadro
total de colaboradores), alcançando um índice de engajamento de
70%. Para melhorar ainda mais esse
resultado, seguimos investindo em
programas de reconhecimento e valorização dos talentos internos. Da
mesma forma, ampliamos os benefícios voltados à saúde e à qualidade
de vida, como o programa Cuidando
de Quem Cuida. Outras melhorias
foram implementadas na creche,
que expandiu sua capacidade, nos
vestiários, agora mais confortáveis,
e no novo espaço dedicado ao bem-estar do colaborador. A atenção a
nossas equipes, com esforços para a
construção de um ambiente de trabalho melhor e mais saudável, reflete diretamente no cuidado prestado
ao paciente.
Em 2014, estreitamos o relacionamento com nossos principais
públicos do dia a dia, com a reformulação do site e do canal de TV
corporativa. Além disso, estreamos
em quatro das principais redes sociais: Facebook, Google+, LinkedIn
e YouTube.
Personagem central da assistência, o paciente é foco de um movimento internacional voltado ao seu
empoderamento e teve estimulado,
no Sírio-Libanês, seu envolvimento
com a equipe assistencial. O obje-
tivo é torná-lo sujeito de seu processo de atenção. Tal movimento
representa uma mudança cultural
benéfica para o indivíduo e para a
instituição que o acolhe.
A busca por resultados em 2014
fortaleceu o compromisso de preservar o meio ambiente e controlar
os impactos de nossas atividades,
especialmente no que diz respeito
ao uso mais eficiente dos recursos
hídricos. Nosso conceito de cuidar
é amplo e envolve tanto o paciente
como a sociedade e o planeta em
que vivemos.
Trabalhar para melhorar nosso padrão de assistência em prol do paciente e da sociedade é parte de
nossa visão desde 1921, quando a
instituição foi fundada. Certamente, é também a motivação para seguirmos em frente e celebrar nossa
participação na construção de uma
sociedade mais justa.
Boa leitura!
Vivian Abdalla Hannud
Presidente da Sociedade
Beneficente de Senhoras
Gonzalo Vecina Neto
Superintendente Corporativo
8
Destaques do ano
Destaques do ano
A Joint Commission
International (JCI)
recertificou o
hospital com o mais
importante selo
de qualidade para
serviços de saúde no
mundo, indicando a
adoção das melhores
práticas no cuidado
com o paciente.
O hospital foi reconhecido
durante a Latin America
Conference & Exhibition 2014,
organizada pela Healthcare
Information and Management
Systems Society (HIMSS), como
a primeira instituição do Brasil
designada como Estágio 6 no
modelo de adoção de prontuário
eletrônico Electronic Medical
Record Adoption Model (Emram).
A HIMSS, organização global
sem fins lucrativos, é dedicada
à melhoria da saúde com uso
de tecnologia e sistemas de
informação.
A revista Época
Negócios elegeu
a marca Hospital
Sírio-Libanês como
a de maior prestígio
na área da saúde.
A instituição ficou ainda em
décimo lugar no ranking de
propósito (clareza na razão
de existir) e na 29ª posição
no ranking geral de reputação
de marcas corporativas, em
um total de 265 organizações
participantes.
O prêmio As Melhores
Empresas para o Consumidor,
da revista Época e do site
Reclame Aqui, elegeu o Hospital
Sírio-Libanês como o melhor
na categoria Hospitais e
Clínicas de Saúde. A iniciativa
avaliou as empresas de
melhor relacionamento com os
seus consumidores por meio de um
índice de solução de problemas.
O Serviço de
Endoscopia
conquistou a
certificação de
centro de ensino
e treinamento (CET)
pela Sociedade Brasileira de
Endoscopia Digestiva (Sobed).
A iniciativa reconhece os serviços
hospitalares que desenvolvem,
além da assistência, programas
pedagógicos voltados ao
aprimoramento dos médicos
dessa especialidade.
O trabalho Screening indicators
at emergency in a private hospital
in Sao Paulo foi premiado como
o melhor paper brasileiro no
congresso da International Society
for Quality in Healthcare (ISQua),
realizado no Rio de Janeiro.
O estudo traz indicadores da
triagem de enfermagem no Pronto
Atendimento de 2010 a 2013
e como esses dados refletem
a assistência prestada.
O hospital fez parte
do Prêmio Exame
de Sustentabilidade,
na categoria
Serviços de Saúde.
9
Relatório de Sustentabilidade 2014
Inauguração de 71 leitos na nova
torre (bloco D), em construção
na Bela Vista. Os quartos são mais
modernos e dispõem de avançadas
tecnologias da saúde para garantir
maior conforto e comodidade aos
pacientes e acompanhantes. As
novas torres seguem as premissas
da certificação sustentável Leed
Gold, emitida pelo U.S. Green
Building Council (USGBC).
Lançamento do
Núcleo de Medicina
do Exercício e
do Esporte, para
atendimento
especializado de
atletas e pacientes
de todas as idades,
incluindo crianças
e idosos.
Inauguração da Unidade de
Cardiologia do Exercício,
para pacientes com problemas
cardiovasculares e avaliação
cardiovascular em atletas
profissionais e praticantes
de esportes.
Inauguração do Centro de
Incontinência Urinária, voltado ao
diagnóstico e tratamento desse
distúrbio em adultos e crianças.
Lançamento do novo
portal de saúde
(www.hsl.org.br),
adaptado para leitura
em dispositivos
móveis.
Lançamento de canais no
Facebook, LinkedIn, Google+
e YouTube, para divulgação
de informações sobre saúde e
qualidade de vida. As páginas
mostram também atividades
desenvolvidas pela instituição
e permitem maior interação com
o público externo.
Inauguração do Núcleo do Quadril,
que realiza tratamentos clínicos ou
cirúrgicos, como a colocação de
prótese total.
O hospital realizou sua
primeira videocirurgia em 3D.
O procedimento foi realizado
pelo Prof. Dr. Raul Cutait, com
tecnologia que permite uma
visualização em três dimensões,
favorecendo uma melhor
identificação das estruturas
durante a operação.
Ampliação da atuação da Unidade
Jardins, que passou a contar com
o serviço de aconselhamento
genético e com o Centro Integrado
da Saúde Óssea.
Transferência do Centro de
Acompanhamento da Saúde e
Check-up para a Unidade Itaim.
Abertura da Unidade Brasília –
Lago Sul, a segunda especializada
em oncologia que a instituição
mantém na capital federal.
Criação do aplicativo Portal
do Paciente, para tablets e
celulares, que permite ao paciente
acompanhar seus registros de
saúde na instituição.
O hospital foi escolhido pela
Siemens para abrigar o primeiro
Centro Internacional de Referência
em Imagem Cardiovascular da
empresa alemã na América.
O Centro de Diagnósticos do
complexo hospitalar da Bela
Vista recebeu o sistema de
endomicroscopia confocal
Cellvizio, de tecnologia francesa,
para realização de biópsia óptica
por endoscopia, colonoscopia,
ecoendoscopia e broncoscopia.
O equipamento é o primeiro
disponível no grupo de hospitais
de excelência do Ministério da
Saúde no Brasil.
O Serviço de Voluntários estendeu
sua atuação para a área de
oncologia na Unidade Itaim
e na Unidade Brasília – Asa Sul.
O voluntário acolhe o paciente
e seus acompanhantes e oferece
apoio e orientação durante a
estada deles na instituição.
10
O Hospital Sírio-Libanês
O Hospital
Sírio-Libanês
Instituição sem fins lucrativos e referência
internacional em saúde, atua com foco
em assistência, ensino e pesquisa
e responsabilidade social
O hospital em 2014
60
mais de
ESPECIALIDADES
ATENDIDAS
439
leitos operacionais
(71 abertos em 2014)
R$
130 mi
APLICADOS EM projetos de
responsabilidade social
250
voluntários na Bela Vista
Referência internacional em saúde, o Hospital Sírio-Libanês tem
uma longa trajetória de assistência prestada ao paciente e atuação em projetos voltados à sociedade brasileira. Sua mantenedora,
a Sociedade Beneficente de Senhoras, é uma instituição brasileira sem fins lucrativos criada em
1921. Composta de um grupo de
mulheres das comunidades síria
e libanesa, lideradas por Adma
Jafet, a Sociedade construiu um
hospital destinado ao atendimento de todas as classes sociais. O
sonho foi concretizado em 1965,
com a inauguração do primeiro
prédio e seus 35 leitos.
Desde a inauguração, o crescimento é uma constante na história do
Hospital Sírio-Libanês. A maior e
mais recente expansão – a construção de duas novas torres no bairro da Bela Vista (São Paulo) – será
finalizada em 2016, duplicando a
capacidade de atendimento em relação aos números de 2013.
Os pilares que sustentam a atuação
da organização são a assistência, o
ensino e pesquisa e a responsabili-
dade social. No cerne da atividade
assistencial está o cuidado focado
no paciente. Equipes multidisciplinares trabalham de forma integrada, garantindo um atendimento
mais completo e efetivo.
Por meio do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP),
o hospital possibilita a aplicação
prática do conhecimento gerado
e compartilhado. E, mais do que
isso, contribui diretamente para a
melhoria da saúde dentro e fora de
suas unidades.
Para manter o propósito que está
na gênese de sua existência – a
responsabilidade social –, executa
projetos voltados à sociedade, em
parceria com o Sistema Único de
Saúde (SUS), e para a comunidade
do entorno.
O calor humano, a excelência, o
pioneirismo, o conhecimento e a
filantropia são os valores que sempre nortearam o Hospital Sírio-Libanês no cumprimento de sua
missão. O propósito Conhecer para
Cuidar resume esses conceitos.
G4-3, G4-4, G4-9, G4-13
11
Relatório de Sustentabilidade 2014
Assistência
Ensino e
pesquisa
CUIDAR
Responsabilidade
social
Assistência
Principal foco da atuação do Hospital Sírio-Libanês, a assistência
aos pacientes é prestada por profissionais de diferentes disciplinas
do conhecimento. A instituição
oferece desde programas de medicina preventiva até tratamentos
de alta complexidade e conta ainda com atendimento médico de
urgência e emergência, centro de
diagnósticos, serviço de reabilitação e consultas ambulatoriais, entre outros serviços.
Para ampliar sua capacidade, a
instituição está construindo duas
novas torres, previstas para estarem em funcionamento integral em
2016. Em 2014, foram abertos 71
leitos, previstos na primeira fase do
programa de expansão.
Ensino e pesquisa
Com o objetivo de contribuir para a
melhoria da qualidade assistencial,
garantir a incorporação de novas
tecnologias e promover o acesso
à medicina de ponta para um número cada vez maior de pessoas, o
Instituto Sírio-Libanês de Ensino e
Pesquisa (IEP) atua como um cen-
tro gerador e disseminador do conhecimento em saúde.
Para isso, realiza programas de residência, pós-graduações lato e stricto sensu, cursos, congressos e outros eventos e projetos de pesquisa.
Responsabilidade
social
A responsabilidade social engloba atividades desenvolvidas pelo
hospital em prol da sociedade
brasileira e da melhoria da assistência à saúde na rede pública.
Esse compromisso segue a razão
de ser da instituição.
O hospital é parceiro do Sistema
Único de Saúde (SUS) e desenvolve, em âmbito nacional, projetos que visam principalmente capacitar os profissionais da saúde
e aperfeiçoar os mecanismos de
gestão das unidades.
Uma das ações para isso foi a criação,
em 2008, do Instituto Sírio-Libanês
de Responsabilidade Social, uma entidade independente que conta com
sua própria governança.
Certificações
Desde 2007, o hospital mantém a
certificação pela Joint Commission
International (JCI), a principal, em
âmbito mundial, para serviços de saúde.
Essa conquista atesta que a instituição
segue as melhores práticas de
qualidade da assistência e segurança
do paciente. Além disso, reforça o
compromisso com a melhoria contínua
de seus processos.
Em 2013, teve início a preparação
para as certificações ISO 14001, de
gestão ambiental, OHSAS 18001, de
gestão de segurança do trabalho e
saúde ocupacional. Já em 2014, foram
recebidas as visitas da Commission on
Accreditation of Rehabilitation Facilities
(CARF) e, no mesmo ano, obteve-se
a certificação específica para a área
de reabilitação. Em 2014, iniciou-se
também o processo para a Acreditação
Canadense, do Canadian Council on
Health Services Accreditation, que
avalia e certifica instituições de saúde
em todo o mundo.
12
O Hospital Sírio-Libanês
Nossos valores​​​
1921-2014
Humanismo, pioneirismo
e excelência: Princípios
da instituição desde
sua origem.
A atuação do Hospital Sírio-Libanês é baseada em práticas de cidadania, justiça social e solidariedade
e norteada por princípios determinados em sua fundação: humanismo, pioneirismo e excelência.
Para que essa essência se mantenha,
os fundamentos são repassados a
toda a equipe, que tem pleno acesso
ao Código de Ética da organização,
no qual estão expressos os códigos
de conduta e de ética profissional. Estes incluem itens como: transparência, honestidade, dignidade da pessoa humana, respeito ao semelhante,
lealdade e comprometimento.
Para garantir a perenidade da instituição e a excelência, o hospital exige
de seus colaboradores um comportamento íntegro em relação a colegas, fornecedores, pacientes e familiares e todos os demais públicos.
Sobre a ética médica, o hospital segue o manual do Conselho Federal
de Medicina (CFM), que, entre outros assuntos, aborda a relação com
pacientes e familiares, o sigilo profissional, as responsabilidades e os
direitos da classe. G4-15, G4-56, G4-57
Missão​​
A Sociedade
Beneficente de Senhoras
Hospital Sírio-Libanês
é uma instituição
filantrópica brasileira
que desenvolve
ações integradas de
assistência social, saúde,
ensino e pesquisa.
Visão
Ser reconhecida
internacionalmente
pela excelência, pela
liderança e pelo
pioneirismo em
assistência à saúde
e na geração de
conhecimento, com
responsabilidade
social, ambiental e
autossustentabilidade,
atraindo e retendo
talentos.
​
Valores
• Calor humano
• Excelência
• Pioneirismo
• Conhecimento
• Filantropia
13
Relatório de Sustentabilidade 2014
Governança e estratégia
O Hospital Sírio-Libanês possui uma
estrutura de governança responsável
por definir estratégias, garantir a tomada responsável de decisões e supervisionar o relacionamento entre
a direção e os públicos estratégicos.
Para garantir que o diálogo, a transparência e as práticas de gestão
sejam claras e alinhadas a todos
aqueles que estão diretamente ligados à instituição, a governança atua
de modo a garantir que as decisões
estejam de acordo com a missão, a
visão e os valores da organização.
A instituição conta com um quadro
social constituído por pessoas físicas ou jurídicas. G4-7
Diretorias, Conselhos
e Comissões
São órgãos diretivos: Conselho
Deliberativo, Diretoria de Senhoras, Conselho de Administração e
Conselho Fiscal. Por meio deles, a
governança corporativa busca garantir qualidade, segurança e eficiência dos processos assistenciais
e administrativos. Os órgãos diretivos contam com integrantes que
exercem suas funções de forma
não remunerada.
O órgão mais importante é o Conselho Deliberativo, composto apenas de mulheres. O conselho escolhe 16 de suas representantes para
a constituição da Diretoria de Senhoras, órgão diretivo responsável
por indicar a formação do Conselho de Administração. Este, com 12
membros, é o órgão executivo máximo da governança, e seus componentes são: quatro integrantes
da Diretoria de Senhoras, quatro
empresários com experiência em
gestão administrativa e/ou hospitalar e quatro médicos do corpo
clínico do hospital, criando o equilíbrio necessário para a tomada de
decisões.
É o Conselho de Administração que
indica os nomes dos superintendentes corporativo e de Estratégia
Corporativa, que, juntamente com
os demais superintendentes, compõem a estrutura gerencial, a chamada alta administração.
Estratégia
O processo de gestão estratégica
– chamado internamente de Integra – reúne as diretrizes e os projetos que orientam a organização
para o futuro planejado. Em 2014,
foram implementadas duas ações
de fundamental importância para o
alinhamento institucional, gerando
evolução dos resultados, aprimoramento dos elementos da gestão
estratégica e valorização dos colaboradores e das equipes.
A primeira ação foi um treinamento que contou com a participação
de cerca de 3 mil colaboradores.
Utilizando uma dinâmica criativa,
a atividade permitiu às pessoas refletir sobre qual o maior desafio da
instituição e como elas contribuem,
no seu dia a dia, para responder a
esse desafio e alcançar os objetivos
estratégicos.
Já o processo de desdobramento
da estratégia permitiu um alinhamento entre as partes que compõem a organização, tornando ainda mais claras as responsabilidades
de cada uma no alcance dos resultados, por meio dos objetivos de
contribuição e da mensuração dos
indicadores selecionados. Garantir
que as iniciativas das equipes estejam em sintonia com os caminhos
que a instituição estabeleceu é um
importante desafio e uma das bases fundamentais para o sucesso
do Integra.
Os colaboradores podem acompanhar os resultados dos principais
desafios de sua área pelos indicadores expostos nos quadros Gestão à
Vista. Os dados fazem parte do monitoramento contínuo dos padrões
de qualidade da organização.
3.000
colaboradores
participaram do
treinamento sobre
desafios na instituição
e como contribuir para
sua superação
14
O Hospital Sírio-Libanês
Estrutura de governança G4-34
Conselho Deliberativo
Diretoria de Senhoras
Conselho Fiscal
Conselho de Administração
Superintendência
Corporativa
Superintendência
de Estratégia Corporativa
Conselho de Ensino
e Pesquisa do IEP
Diretoria Clínica
Comitê de Ética
em Pesquisa
Gerência de Oncologia
e Unidade Itaim
Comissão Assessora
da Diretoria Clínica
Gerência da ​Unidade
Jardins
Gerência de
Estratégia
Comissão de
Ética Médica
Gerência da Unidade
Brasília
Gerência de Marketing
e Comunicação
Corporativa
Comissão de
Credenciamento
Ouvidoria (antigo SAC)
Gerência de Relações
Institucionais
​Superintendência
de Engenharia
e Obras
Superintendência
de Gestão​de Pessoas
e Qualidade
Superintendência
de Pesquisa
Superintendência
de Filantropia
Superintendência ​
Comercial
Superintendência
de Logística
Superintendência
de Controladoria
e Finanças
Superintendência
de Ensino
Superintendência
de Atendimento
e Operações
Superintendência
de Novos Negócios
e Farmácia
Superintendência
Técnica-Hospitalar
Assessoria
Superintendência
de Pacientes
Internados
Comissões
Superintendência
de Tecnologia
da Informação
15
Relatório de Sustentabilidade 2014
Sustentabilidade
Assegurar a perenidade e a
responsabilidade social da
instituição
Racionalizar custos
Aumentar as receitas
Mercado
Valores
Fortalecer a marca como
referência nos modelos de
responsabilidade social,
assistência, ensino e pesquisa
• Calor humano
• Excelência
• Pioneirismo
Aumentar a base de clientes
• Conhecimento
• Filantropia
Processos internos
Excelência
Crescimento
capacidade
Garantir qualidade, segurança
e eficiência dos processos
assistenciais e administrativos
Inovar em
processos e
tecnologias
escala
Expandir
a operação
e ser efetivo
na geração de
novos negócios
Fortalecer o relacionamento
com operadoras, clientes
corporativos e pacientes
particulares
Pilares
Minimizar o impacto da
operação no meio ambiente
Ser relevante no
aprimoramento do SUS
Gerar conhecimento e
desenvolver profissionais na
área da saúde
Pessoas
Aprimorar a aliança
com o corpo clínico
Desenvolver pessoas
Atrair e reter talentos
16
O Hospital Sírio-Libanês
Gestão da qualidade
A RECERTIFICAÇÃO DO HOSPITAL
SÍRIO-LIBANÊS PELA JOINT
COMISSION INTERNATIONAL
(JCI) garante a melhoria
contínua dos serviços
prestados e o seguimento
de práticas internacionais
de qualidade
As práticas de qualidade do Hospital Sírio-Libanês perpassam todas
as suas atividades, em especial a
assistencial. Elas buscam o controle, o monitoramento e a adaptação
às externalidades naturais presentes na prestação de serviços de
saúde no Brasil e em todo o mundo. O procedimento para tratar do
que foge aos padrões de excelência estabelecidos é a proposição
de melhorias em fóruns e espaços
de discussão estruturados internamente. G4-14
A partir desses objetivos, o Hospital
Sírio-Libanês mantém um conjunto
de ações e práticas que dão suporte à gestão da qualidade. Uma
delas é a certificação pela Joint
Commission International (JCI), o
mais importante e respeitado órgão certificador de qualidade das
organizações de saúde no mundo.
Ao renovar a certificação, conquistada pela primeira vez em 2007, a
instituição garante melhorias contínuas e o seguimento de práticas
internacionais de qualidade.
O sistema de gestão da qualidade
busca a melhoria contínua das práticas assistenciais, administrativas
e de apoio, conforme demonstrado abaixo.
É também implementado o método
desenvolvido pelo Canadian Council on Health Services Accreditation,
organização sem fins lucrativos que
atua na área da saúde desde 1958.
Seu trabalho consiste em avaliar a
transparência e segurança das práticas de gestão e de assistência nos
hospitais, por meio de uma verificação diária, durante determinado período, de atividades e serviços, que
são posteriormente comparados a
padrões de excelência. O Hospital
Sírio-Libanês recebeu a primeira visita em 2014 e tem como meta conquistar a certificação em 2015.
Objetivos da
gestão dA qualidade
• Monitorar riscos à segurança
dos pacientes, familiares e colaboradores
• Implementar práticas de melhoria contínua, com a utilização de
ferramentas de qualidade
• Avaliar a eficácia das melhorias
obtidas por meio de evidências
objetivas, como indicadores e
auditorias in loco
• Disseminar a cultura do aprimoramento, da melhoria contínua e
do aprendizado organizacional
Processos e desempenho
Os processos realizados na instituição são monitorados por meio do
método Lean, conhecido pela simplificação de etapas. O objetivo é
eliminar o desperdício e estabelecer
como foco a satisfação do paciente e a melhoria contínua do desempenho. Entende-se por desperdício
todas as atividades, processos e
materiais que não geram valor à instituição, mas que aumentam custos
e tempo de execução de tarefas.
17
Relatório de Sustentabilidade 2014
ria contínua
M e lh o
Indicadores
Sistema de Gestão
da Qualidade
Infraestrutura
Educação
Estratégia
Padrões de
qualidade
(certificações)
Cliente/
paciente
Gestão de
processos
Planos de ação
e projetos
Responsabilidade
da gestão
Gestão de
recursos
Prestação
de serviços
Entrada
Medição e
análise crítica
Padronização
dos formulários
Cliente/
paciente
Saída
Melhoria
Satisfação
percebida
Expectativas
e requisitos
Comunicação/
campanhas
Excelência
Auditorias
M e lh o
A segurança e o desempenho organizacional passam também pela
gestão de formulários, que estabelecem critérios de controle e
padronização na instituição, sejam
eles impressos ou eletrônicos. A
cada ano, e com grandes avanços
em 2014, o hospital torna-se mais
informatizado, com protocolos e
processos eletrônicos.
Seguindo esses princípios, o hospital realizou, em 2014:
•cinco treinamentos institucionais com foco nas certificações
ISO 14001, OHSAS 18001 (inclui
temas relacionados a direitos
humanos) e princípios do manual da Joint Commission International (JCI); G4-HR2
Segurança
institucional
Documentação
institucional
ria contínua
•um treinamento institucional no
formato de ensino a distância
(EAD) sobre direitos e deveres
do paciente e da família, para os
colaboradores;
•seis processos de auditoria interna (Bela Vista, Itaim, Jardins
e Brasília), com foco nos padrões de qualidade implantados
na instituição. Para o monitoramento das avaliações, foi acompanhado o indicador de taxa
de parciais conformidades/não
conformidades referentes aos
padrões de qualidade implementados na instituição;
•a publicação de 12 edições,
mensais e online, da newsletter
Notícias da Qualidade, direcionada aos colaboradores e contendo boas práticas dos processos
institucionais;
•a completa atualização do hotsite
Caminhos da Qualidade, disponível
na intranet e que aborda as etapas
do processo de gestão da qualidade, incluindo as certificações;
•campanhas institucionais sobre as
Metas Internacionais de Segurança do Paciente e, em destaque,
a Meta 6 – Redução do risco de
quedas. Nessa campanha, foram
levantados pontos importantes
para prevenção e redução do
risco de quedas. Materiais informativos foram disponibilizados
18
O Hospital Sírio-Libanês
INFORMATIZAÇÃO
DE PROCESSOS
na intranet e fixados em locais de
grande circulação de pessoas;
A interface do Prontuário
Eletrônico do Paciente (PEP),
disponibilizada aos médicos
em plataforma online permite
consultar o registro de saúde
do paciente. Como resultado
do projeto, houve aumento
da adesão do corpo clínico
aberto ao PEP e a substituição
de formulários impressos, a
partir da informatização dos
processos, permitindo a operação
de unidades de internação de
paciente no modo paperless.
•campanha para reforçar a proibição do fumo nas dependências
da organização, incluindo as
unidades externas (conforme a
Lei nº 13.541, de 7/5/2009, do
estado de São Paulo). O objetivo foi conscientizar pacientes
internados, acompanhantes e
médicos do corpo clínico sobre
o tabagismo passivo e outros
efeitos indesejados, como o risco de incêndio e a degradação
das condições dos quartos.
Grande parte das informações
disponíveis hoje é destinada
aos médicos e, para 2015,
serão desenvolvidas mais
funcionalidades para o registro
de informações pela equipe
multiprofissional envolvida
no cuidado.
Investindo em novas tecnologias
para obter maior qualidade na assistência, o Hospital Sírio-Libanês
trouxe avanços na gestão de sistemas de informação. Em 2014, em
continuidade ao projeto de informatização de processos, foi iniciada a informatização da nova torre
(bloco D), com a implantação de
novos módulos do Sistema de Informação Hospitalar (SIH) na Unidade Coronariana, no 7º andar.
MELHORIAS
TECNOLÓGICAS EM 2014
INFORMATIZAÇÃO DA NOVA
TORRE (BLOCO D), AVANÇOS
NO MODELO DE ADOÇÃO DO
PRONTUÁRIO ELETRÔNICO E
AUTOMAÇÃO DE PROCESSOS
NA FARMÁCIA.
Avanços tecnológicos
Houve, ainda, avanços na implantação do modelo de adoção do prontuário eletrônico, desenvolvido pela
Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) e
adotado pelo hospital desde 2013.
O modelo implementado, chamado
Electronic Medical Record Adoption Model (Emram), avalia instituições de saúde e as classifica em
oito etapas de avanço.
Após a pré-validação do modelo,
o hospital foi auditado em uma
visita de avaliação final dos requisitos, momento em que os profissionais foram entrevistados a
respeito do uso da tecnologia e
do impacto dela no processo assistencial. O hospital recebeu a
confirmação de sua classificação
no Estágio 6 do modelo. A meta
é alcançar o nível de máxima excelência na qualidade e segurança
do cuidado ao paciente, atingindo
o estágio Adoção Completa do
Prontuário Eletrônico. G4-PR1
A expansão do Hospital Sírio-Libanês, com a duplicação da capacidade de atendimento até 2016,
também trouxe desafios importantes para a farmácia. Em 2014,
a instituição investiu na automação de processos com a implantação do primeiro sistema Swisslog disponível na América Latina.
O objetivo foi melhorar, de forma
significativa, a logística e o atendimento relacionados a medicamentos e materiais hospitalares no
complexo da Bela Vista. Os equipamentos robóticos, de
origem italiana, têm duas composições principais – PillPick e BoxPicker – integradas ao sistema de informação hospitalar da instituição.
A tecnologia permite empacotar
unitariamente cada medicamento e
identificá-lo com o código de barras, armazenar, dispensar e fazer a
devolução dos itens não utilizados,
sempre com total rastreabilidade. Primeiramente,
cada
ampola/
comprimido é embalado individualmente em bolsas plásticas com
a identificação do medicamento:
lote, validade, apresentação e código de barras. Em seguida, e de
acordo com a prescrição médica,
os medicamentos são separados e
agrupados em um volume que contém os dados de identificação do
paciente, os horários de administração e o nome dos medicamentos. Essa nova tecnologia contribui
para a segurança e a qualidade,
com impacto direto na melhoria da
assistência ao paciente.
19
Relatório de Sustentabilidade 2014
Governança clínica
O Hospital Sírio-Libanês destaca-se pelo modelo de cuidado com o
paciente, desenvolvido ao longo de
sua existência e aprimorado continuamente. Desde 2008, o foco da
abordagem está na integração do
grupo multiprofissional. O objetivo é
assegurar uma atenção de qualidade
e individualizada, de acordo com a
necessidade de cada paciente, com
base em princípios como comunicação, trabalho em equipe, orientação
e conforto físico e emocional.
Responsável pelo seguimento desse
modelo, a governança clínica adota
as melhores práticas (protocolos clínicos e referências técnico-científicas,
por exemplo), além de cuidar da avaliação permanente e individual dos
profissionais, para garantir avanços
na qualidade da assistência. G4-14
A organização adota uma prática
chamada Pit-stop, um encontro, durante a troca de plantão, para que
os profissionais assistenciais compartilhem informações importantes
sobre o paciente e planejem as próximas etapas do cuidado. O modelo
foi desenvolvido pelas equipes assistenciais e é praticado diariamente.
Ainda visando à melhoria da qualidade da assistência, o hospital
tem desenvolvido processos que
incentivam o maior envolvimento
dos pacientes e acompanhantes na
assistência. Esse modelo, inspirado
em práticas de governança da saúde na Inglaterra, é uma tendência
no cuidado. A proposta é que o paciente seja cada vez mais o agente responsável pela própria segurança, na medida em que dispõe
de informações que possibilitam
acompanhar o quadro clínico e os
procedimentos realizados.
Fundamentos da
governança clínica G4-PR1
• Educação continuada: formação
permanente de profissionais
• Auditoria clínica: revisão contínua do desempenho do médico,
em um processo cíclico de melhoria da qualidade
• Efetividade clínica: desenvolvimento de melhores práticas,
como análise de custos e benefícios de uma intervenção no
atendimento
• Pesquisa e desenvolvimento:
criação de práticas e processos
inovadores, com base em evidências científicas
• Transparência das informações:
discussão aberta sobre temas de
saúde, inclusive a respeito dos
riscos e da segurança do cuidado, visando ao engajamento de
pacientes e profissionais
• Gerenciamento de riscos e desenvolvimento de ferramentas de
melhoria: ações que buscam aumentar a segurança do paciente.
Por exemplo, qualquer situação
de fragilidade ou adversidade
em materiais e medicamentos é
notificada, e o sistema de gerenciamento gera uma análise que
inclui a avaliação de especialistas
e o desenvolvimento de ações
para mitigação
PIT-STOP
prática para alinhamento
de informações importantes
sobre o paciente REALIZADA
DURANTE A TROCA DE PLANTÃO.
20
O Hospital Sírio-Libanês
Plano multidisciplinar
de cuidado
quadro com as metas e
informações assistenciais
do paciente, disponíveis nos
quartos de internação.
5.802
colaboradores
(São Paulo e Brasília)
3.200
MEMBROS DO CORPO
CLÍNICO
Para isso, foi implantado o quadro
Plano Multidisciplinar de Cuidado,
com destaque para as metas do cuidado. Essa sinalização fica disponível em todos os quartos de internação, oferece uma visão integral da
situação do paciente e fortalece a
gestão de risco e a segurança.
de segurança do paciente. A atualização dos dados acontece trimestralmente, após reunião de análise
e discussão dos resultados com as
equipes responsáveis pelos indicadores. Os indicadores disponibilizados passam por auditoria externa
antes da publicação.
Privacidade e
segurança do paciente
Aliança Mundial para a
Segurança do Paciente
No momento da internação no
hospital, o paciente define o grau
de privacidade desejado, por meio
de uma declaração que garante o
sigilo e a confidencialidade praticados pela instituição. No momento da alta, o paciente recebe orientações sobre a continuidade do
tratamento, incluindo informações
como medicação, alimentação e
outras questões relacionadas à sua
recuperação.
G4-15, G4-PR-1
Em 2014, passou a ser feito o acompanhamento pós-alta de alguns casos cirúrgicos e clínicos. Após um
mês da saída, o paciente recebe um
contato via e-mail e é convidado a
responder a um questionário sobre
seu estado geral de saúde. O objetivo do projeto é permitir que a organização conheça a evolução clínica do paciente com maior riqueza
de detalhes. Da mesma forma, ajuda a identificar complicações que
possam ter surgido nesse período,
como uma infecção. Os dados coletados ficam registrados eletronicamente e compõem mais um indicador da qualidade da assistência
oferecida pelo hospital.
Para consolidar o compromisso
com a segurança, o envolvimento
do paciente e a transparência dos
processos e resultados, a instituição publica, em seu site, os indicadores de monitoramento do cumprimento das metas internacionais
O hospital faz parte da aliança
criada pela Organização Mundial
da Saúde (OMS) e apoiada pela
JCI, com o objetivo de reduzir
as consequências negativas de
um atendimento em situações
de risco. Para isso, adota, ao lado
de instituições de todo o mundo,
metas que buscam oferecer um
atendimento cada vez melhor
e mais adequado. São metas
internacionais de segurança do
paciente:
• identificar os pacientes
corretamente;
• melhorar a comunicação efetiva;
• melhorar a segurança dos medicamentos de alta vigilância;
• assegurar cirurgias com local de
intervenção, procedimentos e
pacientes corretos;
• reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde;
• reduzir o risco de lesões ao paciente decorrente de quedas.
21
Relatório de Sustentabilidade 2014
Estrutura de cuidado COM A saúde
Em uma área construída de aproximadamente 100 mil m² no bairro da Bela Vista, em São Paulo, o
Hospital Sírio-Libanês atende a
mais de 40 especialidades e conta
com 439 leitos operacionais​, dos
quais 57 são de terapia intensiva. Em 2015, o complexo da Bela
Vista ganhará mais 74 leitos, e o
3º andar da nova torre, que atualmente abriga a Unidade Avançada
de Insuficiência Cardíaca (UAIC),
receberá as novas alas de terapia
intensiva.
A instituição mantém 5.802 colaboradores e um corpo clínico composto
de cerca de 3.200 profissionais (entre
contratados em regime CLT, terceiros e credenciados para atuarem na
instituição). G4-5, G4-6, G4-9, G4-10
Complexo da Bela Vista
O hospital divide-se em duas grandes áreas: pacientes internados e
pacientes externos.
Pacientes internados
Compreendem os pacientes que
são atendidos pelas unidades de
internação (críticas e não críticas)
ou passam por algum procedimento no centro cirúrgico.
Unidades críticas
Houve um crescimento de 9,1%
no total de pacientes-dia, em deocrrência do aumento de sete
leitos na Unidade Coronariana e
sete leitos na Unidade Crítica Geral, que passaram a operar no 7º
andar e 8º andar do bloco D, respectivamente. A capacidade total
Unidades e atuação G4-6, G4-8, G4-9
São Paulo
Bela Vista
Unidades de internação
Pronto Atendimento
Centro de Diagnósticos
Centro cirúrgico
Banco de Sangue
Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário
Laboratório de Anatomia Patológica
Hospital-dia
Centros de especialidades
Núcleos de Medicina Avançada
Itaim
Centro de Diagnósticos
Oncologia clínica
Centro de Reprodução Humana
Centro cirúrgico/Hospital-dia
Centro de Tratamento das Veias
Centro de Acompanhamento da Saúde e Check-up
Jardins
Centro de Diagnósticos
Serviço de aconselhamento genético
Centro Integrado da Saúde Óssea
Consultas ambulatoriais
Brasília
Asa Sul
Consultas ambulatoriais em oncologia
Quimioterapia
Radioterapia
Lago Sul
Consultas ambulatoriais em oncologia
Quimioterapia
das unidades é de 31 leitos cada.
A Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) para adultos está em plena capacidade de internação, com 30 leitos disponíveis. O volume de atendimentos de paciente-dia na UTI teve
uma queda de 4,9% em relação ao
mesmo período do ano anterior.
Unidades não críticas
As unidades de internação apresentaram um crescimento de 6,7%
no volume de pacientes-dia. Em
2014, foram abertas novas unidades no 9º andar do bloco D, 7º
andar do bloco B (Unidade Pediátrica) e 10º andar do bloco D (Unidade de Internação Geral), todas
previstas no projeto de expansão.
Centro cirúrgico
O centro apresentou um aumento
no número de cirurgias, atingindo
uma média de 1.155 por mês. Em
2014, houve um crescimento tímido
do volume, de 0,9%, porém a receita
foi 14% superior em relação a 2013.
Unidade de Transplante de Medula
Óssea (TMO)
Em 2014, foram realizados 57 procedimentos. No acumulado geral, desde a abertura da unidade, em 2011,
até o fim de 2014, foram 180, sendo
158 em adultos e 26 em crianças.
22
O Hospital Sírio-Libanês
Indicadores do complexo da Bela Vista
2012
2013
2014
Leitos operacionais
371
372
439
Pacientes-dia críticos
47.612
50.026
52.399
Pacientes-dia não críticos
63.393
66.255
72.809
Pacientes-dia
111.005
116.281
125.208
Saídas
19.000
18.840
20.632
Internações
19.025
18.221
20.683
Taxa de ocupação operacional
89,5%
89,6%
85,6%
Média de permanência (dias)
5,84
6,17
5,97
O volume de atendimento
de pacientes EXTERNOS NA
BELA VISTA aumentou 7,6%
na comparação com 2013.
Já a receita subiu 6,8%
no mesmo período
Pacientes externos
São os pacientes que realizam procedimentos mais simples, como um exame laboratorial, ou utilizam um serviço como o do Pronto Atendimento e
deixam a instituição no mesmo dia,
não necessitando de internação.
Pronto Atendimento
Teve crescimento de 12,2% no volume de atendimentos e alta de 9,2%
na receita em relação a 2013.
O serviço de ultrassom teve sua
capacidade de atendimento ampliada com a incorporação de mais
duas salas de exames em 2013,
ação que resultou em um crescimento de 9,4% na receita.
Já a ressonância magnética apresentou crescimento de 11,4% em
2014. No mesmo período, a receita
teve crescimento de 11,4%. A capacidade de atendimento aumentou
por meio de melhorias em processos, como a ampliação da oferta
de horários e dias para agendamento de exames.
Na radiologia geral (serviços de mamografia, densitometria e raio-X),
observou-se um aumento de 2,2%
na receita em relação a 2013.
Na tomografia, houve um crescimento de 0,5% no número de exames e procedimentos realizados,
atingindo sua capacidade máxima
e resultando em crescimento de
5,8% na receita.
Centro de Diagnósticos
Registrou aumento de 7,4% na realização de exames e procedimentos
em relação a 2013. No que se refere
à receita, o crescimento foi de 6,9%
no mesmo período.
Outros serviços de diagnóstico
•Endoscopia: o ganho em volume de exames foi de 13% e, na
receita, o aumento foi de 21,6%
em relação a 2013.
Serviços de imagem
As áreas que compõem os serviços
de imagem (ultrassom, ressonância
magnética, radiologia geral e tomografia) apresentaram crescimento
de 7,9% na receita em 2014.
•Centro de Intervenção Guiada
por Imagem (Cigi): são prestados
serviços de radiologia intervencionista e hemodinâmica, além
de exames invasivos de imagem,
como as biópsias guiadas por
Evolução da quantidade de exames (Bela Vista)
2012
2013
2014
Tomografia
55.856
57.096
57.377
Ressonância magnética
31.906
36.470
40.627
Ultrassom
103.626
114.302
114.328
Radiologia geral
113.104
124.781
122.774
23
Relatório de Sustentabilidade 2014
ultrassom e tomografia. No ano
de 2014, os serviços apresentaram um crescimento de 4,1% em
volume e de 13,8% na receita.
•Neurodiagnóstico: presta os
serviços de eletroencefalograma
e eletroneuromiografia. Ambos
tiveram melhorias no sistema de
agendamento, resultando em um
aumento na disponibilidade e
crescimento de 29,9% no número
de exames realizados. A receita
de 2014 teve um crescimento de
12,2% em relação a 2013.
•Cardiodiagnóstico: compreende
os serviços de eletrocardiograma,
holter, mapa, tilt test, teste ergométrico e ecocardiograma. As
áreas obtiveram um crescimento
de 3,3% na realização de exames
e de 8,2% na receita.
•Medicina Nuclear: o serviço tem se
firmado como centro de referência
em exames que utilizam partículas
radioativas. Houve um aumento de
1,8% no volume e 9,2% na receita
da área.
•Laboratório Clínico: o aumento das unidades de internação,
previstas no projeto de expansão, fez com que a demanda do
Laboratório Clínico aumentasse
8,3%; já a receita apresentou
crescimento de 10,8%.
•Laboratório de Anatomia Patológica e Molecular: o volume
de exames realizados cresceu
7%, chegando a 85.787. Já o
aumento da receita foi de 27,9%
em relação a 2013. O laboratório
mantém parceria com o Memorial Sloan-Kettering Cancer Center e é referência em tecnologia
e conhecimento nas diversas
áreas da patologia. Destaca-
-se ainda a realização de cerca
de mil testes moleculares para
definição diagnóstica, predição
de resposta terapêutica em oncologia e detecção de agentes
infecciosos.
Outros serviços
•Centro de Reabilitação: apresentou um crescimento de 14,3% na
produção e 19,3% na receita.
•Medicina Avançada: reúne equipes multidisciplinares que trabalham de forma integrada para
prevenir, diagnosticar e tratar
doenças. Em 2014, realizou 5.532
atendimentos, e seu crescimento
em relação ao ano anterior foi
de 14,7%.
Unidade Jardins
Vem crescendo continuamente e,
desde sua abertura até dezembro
de 2014, foram realizados cerca
de 23.700 exames. Em relação ao
ano de 2013, houve crescimento de
20,5% no volume de atendimentos.
CENTROS E NÚCLEOS DE
ESPECIALIDADES
• Centro de Acompanhamento
da Saúde e Check-Up
• Centro de Cardiologia
• Centro de Diabetes
• Centro de Esclerose Múltipla
e Doenças Relacionadas
• Centro de Imunizações
• Centro de Incontinência Urinária
• Centro de Nefrologia e Diálise
• Centro de Oncologia
• Centro de Otorrinolaringologia
• Centro de Reabilitação
• Centro de Reprodução Humana
• Centro Integrado da Saúde Óssea
• Centro de Tratamento das Veias
• Núcleo do Câncer da Pele
• Núcleo de Cirurgia da Mão
e Microcirurgia Reconstrutiva
• Núcleo de Cuidados Integrativos
• Núcleo de Doenças Pulmonares
e Torácicas
• Núcleo da Dor e Distúrbios
do Movimento
• Núcleo de Feridas
Complexas
• Núcleo do Fígado
• Núcleo de Geriatria
• Núcleo de Hemorragia
e Trombose
• Núcleo de Infectologia
• Núcleo de Mastologia
• Núcleo de Medicina
do Exercício e do Esporte
• Núcleo de Neurologia
e Neurociências
• Núcleo de Obesidade
e Transtornos Alimentares
• Núcleo de Ombro
e Cotovelo
• Núcleo do Quadril
• Núcleo de Reumatologia
• Núcleo de Tornozelo e Pé
• Núcleo de Urologia
24
O Hospital Sírio-Libanês
30,2%
DE crescimento no
volume de atendimentos
da Unidade Itaim
Unidade Itaim
O crescimento no volume de atendimentos foi de 30,2%, e a receita
cresceu 47,1% em relação a 2013.
Uma das áreas que mais contribuíram para esse aumento foi o
Laboratório de Anatomia Patológica. Outros destaques são a oncologia clínica, o centro cirúrgico
e a área diagnóstica.
Desempenho quantitativo da Unidade Itaim
Exames/procedimentos
2012
2013
2014
Cardiodiagnóstico
7.053
8.654
12.072
Cirurgias
736
1.500
1.759
Exames de imagem
36.656
42.349
53.840
Endoscopia
4.598
6.278
7.081
Reprodução humana
1.292
2.453
3.134
Oncologia clínica
4.892
6.557
9.950
Exames laboratoriais
327.376
436.187
561.835
Anatomia patológica
4.114
6.928
11.539
Outros exames
441
1.398
5.847
Total
387.158
512.304
667.057
Unidades cardiológicas
(Bela Vista, Itaim
e Jardins)
Juntas, representaram um crescimento de 9,1% na quantidade de
exames realizados (de 53.612 em
2013 para 58.615 em 2014).
Centro de Oncologia
(Bela Vista, Itaim e Brasília
– Asa Sul e Lago Sul)
Desde sua criação, o Centro de Oncologia tem levado aos pacientes
tratamentos de oncologia clínica e
serviços de odontologia e radioterapia. Em 2014, houve um aumento
geral de 11,9% no volume de atendimentos em relação a 2013.
Em Brasília, a primeira unidade está
instalada em um edifício exclusivo
com 2,4 mil m² que apresenta os
mesmos padrões de segurança e
conforto das unidades paulistanas
e dispõe de seis consultórios e 12
amplas suítes. O crescimento do número de atendimentos em 2014 foi
de 22,3% no volume. A receita subiu
18,5%. Em 2014, foi inaugurada, no
Lago Sul, a segunda unidade de oncologia clínica na capital federal.
Parceria com O
Hospital Santa Paula
O Centro de Oncologia do Sírio-Libanês mantém, desde 2012, uma
parceria com o Hospital Santa Paula,
por meio da qual faz a gestão técnica de seu Instituto de Oncologia, em
São Paulo. Desse modo, coloca-se
em posição de atender mais pessoas, utilizando sempre protocolos clínicos baseados em evidências para
garantir a qualidade e a segurança
dos tratamentos. A equipe médica
que atua no Santa Paula tem sólida
formação acadêmica e mantém vínculo exclusivo com o Sírio-Libanês e
o Instituto do Câncer do Estado de
São Paulo (Icesp).
25
Relatório de Sustentabilidade 2014
Compromisso
com a sociedade
Conhecimento e experiência em saúde
para contribuir com a melhoria da assistência
e o desenvolvimento do Brasil
O ideal filantrópico, expresso na
dedicação ao ser humano e na generosidade com o próximo, é um
componente essencial que norteou
a criação da instituição, em 1921. O
centro médico que se conhece hoje
– construído pelas comunidades
síria e libanesa em gesto de retribuição à acolhida que receberam
no Brasil – é parte de uma atuação
mais ampla, que se estende pelas
áreas de ensino e pesquisa e responsabilidade social.
A organização entende que seu
conhecimento e sua experiência
em saúde podem contribuir para
a melhoria da assistência à saúde
no país e para o desenvolvimento
da sociedade como um todo. Esses
esforços incluem, entre outras iniciativas, a parceria com o Sistema
Único de Saúde (SUS), os acordos
para gestão de unidades públicas,
a manutenção de um sólido programa de gestão ambiental e a criação
de projetos voltados ao bem-estar
da comunidade do entorno da região da Bela Vista, em São Paulo.
G4-EC7, G4-EC8
Ensino e pesquisa
O Instituto Sírio-Libanês de Ensino
e Pesquisa (IEP) é um centro gerador e difusor de conhecimento
em saúde. Por meio dele, a organização reforça seu propósito de
cuidar do paciente, incorporando
novas abordagens e tecnologias
que melhoram a qualidade da assistência oferecida.
Alinhado às principais características do Hospital Sírio-Libanês –
excelência, respeito às pessoas e
compromisso com a sociedade –, o
IEP busca traduzir cada uma delas
em suas atividades.
O modelo de ensino e aprendizagem tem como base a espiral construtivista, processo que permite integrar a teoria e a prática porque
trabalha com simuladores de questões reais e estimula a elaboração
de um novo raciocínio.
Em 2014, cerca de 24 mil alunos participaram de alguma atividade do
IEP, tornando-se multiplicadores em
suas esferas e regiões de atuação.
Infraestrutura do IEP
O IEP ocupa um espaço
de 6 mil m2 e oferece:
• anfiteatro com 400 lugares;
• biblioteca;
• biobanco;
• biotérios;
• centros avançados de
treinamento e simulação em
videocirurgia, microcirurgia,
endoscopia, eletrocirurgia e
robótica, todos interligados a
sistemas de videoconferência;
• laboratórios;
• rede Wi-Fi;
• sala de informática;
• sala de telemedicina para a realização de reuniões e eventos por
meio de videoconferência e videostreaming (transmissão ao vivo);
• seis auditórios e quatro
salas de reunião.
26
Compromisso com a sociedade
Portal da Educação
Balanço 2010-2014
professores e alunos
cadastrados
Um grande marco de 2014 foi a finalização, com sucesso, do quinquênio 2010-2014, período em que os
programas realizados por meio do
Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS) capacitaram e especializaram milhares de profissionais nas
áreas de gestão, saúde e educação
em todas as regiões do país.
81 mil
24 mil
inscrições ativas
86 mil
posts nos fóruns de
discussão online
Maiores números de
acesso: São Paulo, Minas
Gerais, Ceará, Paraná, Rio
de Janeiro, Pará, Distrito
Federal e Mato Grosso
do Sul.
O principal objetivo desse trabalho
de responsabilidade social, realizado por meio de encontros presenciais e teleconferências, é influenciar e apoiar as políticas públicas,
incentivar a disseminação do conhecimento e promover o avanço
de iniciativas na saúde pública.
Com a participação nos cursos, os
gestores do SUS trazem as experi-
Parceiros e projetos
• Ministério da Saúde e Agência
Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), Conselho Nacional de
Secretários de Saúde (Conass) e
Conselho Nacional de Secretários
Municipais de Saúde (Conasems):
apoio em projetos ao SUS.
ências e necessidades de seu cotidiano e, com isso, fornecem suporte para a construção de projetos
educacionais que podem ser disseminados nas diferentes regiões,
respeitando suas diferentes realidades locais.
Como destaque das parcerias, o
IEP tem trabalhado com o National Board of Medical Examiners
(NBME) para fortalecer uma cultura de avaliação nas escolas médicas
para o reconhecimento da qualidade dos profissionais formados. Foram ofertados gratuitamente cerca
de mil testes de progresso aplicados em alunos, usando a metodologia americana de avaliação de desempenho. O objetivo é fortalecer e
induzir políticas que aperfeiçoem o
ensino para profissionais de saúde
no Brasil.
• Faculdade de Medicina de Marília
(Famema): residência médica.
• National Board of Medical Examiners (NBME/EUA): construção da
ferramenta que apoia a melhoria
do ensino da medicina no Brasil,
destinada a faculdades públicas e
privadas.
• Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares (Ebserh): projetos de
capacitação para profissionais dos • Instituto Ludwig de Pesquisa
sobre o Câncer (EUA): criação e
hospitais universitários.
coordenação do Centro de Oncologia Molecular.
• Fundação Dom Cabral (FDC): desenvolvimento de programas para
• Memorial Sloan-Kettering Cancer
o SUS e de pós-graduação stricto
Center (EUA): parceria em prosensu (mestrado profissional em
gramas colaborativos de educagestão de tecnologia e inovação em
ção e treinamento em oncologia,
saúde) e lato sensu (especialização
incluindo simpósios.
em gestão da atenção à saúde).
• Universidade de São Paulo (USP) e • Instituto do Câncer do Estado
de São Paulo (Icesp).
Universidade Federal de São Carlos
(UFSCar): parceria para construção
• Empresas inovadoras: Covidien,
de cursos de pós-graduação.
Karl Storz, Siemens, 3M e Baumer.
27
Relatório de Sustentabilidade 2014
Apoio à formação médica
Para 2015, um grande projeto
se destaca: o Sírio-Libanês será
responsável pela formação de 200
gestores de residência médica
e 2 mil preceptores em cem
municípios que receberão os novos
cursos de medicina no modelo
Mais Médicos (com formação
atrelada à nova etapa, concentrada
em medicina generalista e
atendimento básico em saúde).
Esses gestores serão responsáveis
por criar os programas de
residência e gerenciar e montar
o processo, desde sua vertente
pedagógica até a regularização
legal do hospital regional, para
absorver a alta disponibilidade
de mão de obra. O conteúdo está
sendo desenvolvido pelo IEP, e
a logística e a organização dos
trabalhos serão realizadas pelo
Ministério da Saúde, responsável
pelo programa.
Como são elaborados os cursos para o SUS
Gestores do SUS
Ministério
da Saúde
desenvolvimento de
cursos e conhecimento
Conselho
Nacional
de Secretários
de Saúde
Instituto Sírio-Libanês
de Ensino e Pesquisa
As perspectivas são aumentar a interação com os profissionais do hospital, ampliando as oportunidades
para o corpo clínico e os colaboradores com aptidão acadêmica e aumentando o engajamento do corpo
clínico nas atividades do IEP. O objetivo é que a disseminação da cultura
de ensino e pesquisa por toda a instituição possa contribuir mais para a
ciência, beneficiando diretamente a
prática assistencial e os pacientes.
Conselho
Nacional
de Secretários
Municipais de
Saúde
Estabelecimento de demanda
por tema e região de atuação
Sinergia com o hospital
As atividades científicas de ensino
e pesquisa, os programas de residência e as reuniões científicas
das equipes contam com a participação direta e a coordenação
de membros do corpo clínico do
Hospital Sírio-Libanês. Por isso, há
o compromisso de tornar o IEP indissociável do hospital em relação
ao seu corpo de docentes e de pesquisadores e às linhas de pesquisa.
Comitê
Rede Universitária
de Telemedicina
Em 2014, o Hospital Sírio-Libanês
tornou-se membro formal da Rede
Universitária de Telemedicina
(Rute), iniciativa do Ministério da
Ciência e Tecnologia coordenada
pela Rede Nacional de Ensino
e Pesquisa (RNP). A instituição
já participava ativamente das
atividades da Rute desde 2007,
por meio do Instituto Sírio-Libanês
de Ensino e Pesquisa (IEP).
28
Compromisso com a sociedade
Atividades de ensino
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social solicitou o desenvolvimento de projetos de apoio
ao SUS. Essas ações visam ao aprimoramento das capacidades técnicas e teóricas dos profissionais da
saúde, trazendo melhorias também
para as unidades em que eles atuam. Em 2014, foram contempladas
12 regiões. Ao todo, 960 profissionais participaram dos projetos.
Parte do trabalho desenvolvido
pela área de ensino é composta de
projetos de responsabilidade social, descritos a seguir.
15
Projetos de contrapartida
ao BNDES
Em contrapartida ao financiamento obtido pelo hospital para seu
programa de expansão, o Banco
cursos gratuitos
de atualização,
capacitação,
especialização,
pós-graduação e
educação continuada
(triênio 2012-2014)
RR
AP
AM
PA
ma
RR
rn
ce
pb
pe
al
pi
No biênio 2013-2014,
o projeto Gestão de
hospitais universitários
federais no SUS contemplou
25 unidades no Brasil
AC
to
RO
se
ba
MT
GO
DF
MG
MS
es
SP
rj
pr
sc
rs
2012 – Gestão da Clínica no SUS (1ª edição)
2013 – Gestão da Clínica no SUS (2ª edição)
2014 – Gestão da Clínica no SUS (3ª edição)
2012/13 – Gestão da Vigilância Sanitária
2013 – Gestão de Emergências em Saúde Pública
2014 – Gestão de Programas de Residência Médica no SUS
29
Relatório de Sustentabilidade 2014
Gestão de hospitais universitários federais no SUS
No biênio 2013-2014, o projeto contemplou 25 hospitais federais no
Brasil, com o objetivo de desenvolver e implantar o plano diretor do
respectivo hospital em um prazo
de dois anos. A continuidade desse
trabalho consiste em desenvolver
programas de telepatologia, que
visam melhorar o diagnóstico de
câncer no país, formando patologistas e usando a ferramenta para
troca de conhecimento.
Existem ainda outros projetos de
apoio ao SUS, como os 15 cursos
de atualização, capacitação, especialização, pós-graduação e educação continuada (triênio 2012-2014),
ofertados gratuitamente por meio
da área de filantropia.
Cursos de atualização e resultados
Programa
Tipo
Resultados em 2014
Abrangência
Capacitação em saúde
baseada em evidências
Atualização
3.810 participantes
Nacional
Capacitação em direito à
Atualização
saúde baseada em evidências
476 participantes
Nacional
Gestão federal do SUS
Aperfeiçoamento
226 participantes
Paraná, Distrito Federal, Pará, São Paulo,
Rio de Janeiro e Ceará
Rede sentinelas em ação1
Educação continuada 832 participantes
Qualidade e segurança dos
pacientes
Capacitação
Processos educacionais em
saúde (2013/2014)
Capacitação e
especialização
568 participantes
São Paulo
Gestão da clínica nas regiões
de saúde (3ª edição)
Especialização
1.348 participantes
Ver mapa ao lado
Regulação em saúde no SUS
(3ª edição)
Especialização
1.288 participantes
Ver mapa ao lado (referência: Gestão
da Clínica no SUS - 3a edição)
Educação na saúde para
preceptores do SUS (3ª
edição)
Especialização
1.332 participantes
Ver mapa ao lado (referência: Gestão
da Clínica no SUS - 3a edição)
Gestão da Vigilância Sanitária
Especialização
(2ª edição)
Gestão de Emergências em
Saúde Pública (Gesp)
Gestão de emergências
no SUS
Especialização
Especialização
200 participantes
Nacional
Nacional
410 participantes
Ver mapa ao lado (referência: Gestão
da Vigilância Sanitária)
960 participantes
Ver mapa ao lado
480 participantes
Pará, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe,
Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo,
Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas
Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo,
Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas
Gerais, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio
Grande do Sul
Gestão de hospitais
Especialização
universitários federais no SUS
10 hospitais
Gestão da atenção à saúde
(FDC)
Especialização (lato
sensu)
114 participantes
82 inscrições em 2014
Mestrado profissional em
gestão de tecnologia e
inovação em saúde (FDC)
Pós-graduação
(stricto sensu)
24 participantes
São Paulo
194 inscrições em 2014
São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte
1 Rede de colaboração de hospitais que desenvolvem assistência, ensino e pesquisa dependentes de tecnologias em saúde.
30
Compromisso com a sociedade
Processo de pós-graduação
lato sensu 2015
Em setembro de 2014, foram
abertos 19 cursos voltados a
médicos, enfermeiros e gestores
da área da saúde, oferecidos em
seis áreas distintas. A lista ainda
inclui 13 especializações. Houve
alto interesse pelo programa, e a
relação candidatos por vaga foi
de 1,51. No total, 518 pessoas serão
selecionadas para o programa.
60
cursos e congressos
sediados pelo IEP em 2014
197
residentes
Programa de
pós-graduação
Cursos, congressos
e reuniões
O IEP oferece cursos voltados a
médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde, com 50% das
vagas para profissionais da rede
pública, por meio de bolsas de estudo, como descrito a seguir.
Existe uma gama de atividades
oferecidas pelo IEP em suas instalações, sendo que alguns cursos
podem ser ministrados a distância
ou in company. Foram cerca de 60
cursos e congressos sediados em
2014, como os descritos a seguir.
•Lato sensu: 15 cursos e 328 profissionais formados.
•Conferência Internacional
de Onco-Hematologia
•Stricto sensu (mestrado profissional em gestão de tecnologia e
inovação em saúde): 24 profissionais participantes.
•I Simpósio Internacional
de Cardio-Oncologia BrasilEstados Unidos
•Stricto sensu (mestrado e doutorado acadêmicos em ciências da
saúde): 68 alunos participantes.
•20º Congresso da Sociedade de
Anestesiologia Regional Latino-Americana (Lasra)
Residência multiáreas
O Instituto Sírio-Libanês de Ensino
e Pesquisa (IEP) iniciou, em 1996,
seu programa de residência, que
hoje contempla, além de especialidades médicas, outros campos do
conhecimento. Os resultados são:
•XIV Curso de Radioterapia
de Última Geração e Controle
de Qualidade
•Residência médica: oito especialidades, 84 residentes
•Residência multiprofissional –
cuidado com o paciente crítico
e cuidado com o paciente oncológico: 49 residentes
•Residência em área profissional
de saúde – enfermagem clínico-cirúrgica, física médica da radioterapia e biomedicina
em diagnóstico por imagem:
51 residentes
•Programa de especialização em
regime de residência médica:
seis modalidades, 13 residentes
•XVIII Curso Internacional
de Colonoscopia
•Encontro sobre reforma no
sistema de saúde americano
(ObamaCare)
•II Simpósio Internacional de
Cirurgia da Mão e Microcirurgia
Reconstrutiva
•IV Curso Prático Internacional de
Suporte Circulatório Mecânico
•IX Simpósio PET/CT em Oncologia
•Simpósio Internacional de Medicina Intensiva
•Simpósio Internacional de Câncer de Próstata
Além desses eventos, o programa
CMIRA (competência médica com
31
Relatório de Sustentabilidade 2014
um novo olhar para mobilização
estudantil, internacionalização da
escola médica, residência médica e
avaliação de competência) foi implementado em 15 escolas e atingiu
cerca de 1.400 alunos em 2014.
Capacitação em emergência
e trauma
Desde 2005, oferece estrutura e
pessoal capacitado, em um centro
de treinamento avançado. Foram
900 participantes em 2014.
Educação continuada
Foram realizados três cursos multiprofissionais em 2014, com um total de 661 participantes.
•V Curso de Educação
Permanente em Cardiologia
•IX Curso Continuado de
Odontologia Hospitalar
•X Curso Continuado de Enfermagem
Atividades de pesquisa
As atividades de pesquisa, geração de conhecimento e inovação
do IEP têm como objetivo melhorar continuamente o processo de
atenção à saúde. Todos os projetos buscam trazer avanços em prevenção, diagnóstico, tratamento e
qualidade de vida dos pacientes e
da sociedade como um todo. Para
isso, estimula-se uma forte interação entre profissionais da saúde e
pesquisadores do hospital, sendo
também papel do IEP fornecer ferramentas para que as questões originadas no processo assistencial
possam ser respondidas por meio
dos projetos de pesquisa.
O investimento na geração de conhecimento e qualificação técnica
e científica dos profissionais é feito
por meio de 13 linhas de pesquisa
associadas às estratégias da instituição, que seguem duas premissas
fundamentais da área de Pesquisa:
•Interação entre as atividades
de pesquisa e a assistência – os
pesquisadores estão diretamente
envolvidos nas atividades, como
parte da equipe de colaboradores ou do corpo clínico.
•Relevância e aplicabilidade dos
projetos no processo assistencial – deve-se garantir que
a geração de conhecimento
esteja sempre vinculada a um
processo de desenvolvimento
e inovação que possa trazer
benefícios para a sociedade.
A estratégia vem sendo desenvolvida com sucesso, levando-se em
consideração a quantidade e os
resultados de projetos de pesquisa
sendo desenvolvidos por pesquisadores, técnicos, alunos dos programas de mestrado profissional,
mestrado e doutorado acadêmico
e alunos de iniciação científica e de
pós-doutoramento.
O trabalho da área de Pesquisa é
estendido aos projetos filantrópicos em parceria com o Ministério da
Saúde, atendendo aos programas do
Sistema Único de Saúde (SUS). Em
2014, houve a execução de projetos
desafiadores, como ensaios clínicos
para o tratamento de doença de
Parkinson, tratamento cirúrgico de
pacientes obesos com diabetes tipo
II e um projeto de bioengenharia de
tecidos para o tratamento de fissuras
labiopalatinas. Foram consolidados,
ainda, importantes avanços na infraestrutura de pesquisa clínica, com
aumento do número de protocolos
em novas especialidades. G4-EC7
1.000
reuniões científicas
com o corpo clínico,
para apresentar e
discutir casos clínicos
Linhas de pesquisa
CIRURGIA ROBÓTICA E MINIMAMENTE
INVASIVA, ENDOSCOPIAS, FISIOPATOLOGIA DA DOR, ginecologia, informática médica, Medicina intensiva, Neurociências, nutrição,
oncologia molecular, pesquisa
clínica, pesquisa observacional,
suporte ao paciente crítico ou
oncológico, terapia celular e
bioengenharia de tecidos
Células-tronco para
tratamento de fissuras
labiopalatinas G4-EC8
​​Pesquisadores do IEP, em parceria
com o Hospital Municipal Infantil
Menino Jesus (HMIMJ), referência
em pediatria na rede pública de
São Paulo, desenvolveram uma
técnica inédita para realizar um
procedimento cirúrgico menos
invasivo e com menor custo para
corrigir a fissura labiopalatal.
Denominado “Bioengenharia de
tecido ósseo para tratamento
de malformações congênitas”, o
trabalho consiste na utilização de
células-tronco retiradas da polpa
do dente de leite para tratar a
malformação. Até 2014, foram cinco
os casos de crianças que receberam,
com sucesso, a aplicação da nova
técnica. O objetivo é eliminar a dor
e reduzir a taxa de portadores da
doença, abrindo a perspectiva de
que, no futuro, o tratamento seja
oferecido a crianças nascidas em
unidades públicas de saúde.
32
Compromisso com a sociedade
Publicações
Em 2014, FORAM PUBLICADOS
120 trabalhos em
periódicos científicos
indexados e de corpo
editorial com processo
de revisão por pares.
8.000
exames realizados pela
Pesquisa Nacional em
Saúde nas cinco regiões
do país
O IEP também apoia ações do
Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) no desenvolvimento da Pesquisa Nacional em
Saúde, que pretende dotar o Brasil de informações sobre fatores
determinantes e condicionantes
de saúde. Em 2014, foram mais de
8 mil exames realizados nos indivíduos participantes da pesquisa, em
cinco regiões do país. O projeto foi
renovado para 2015.
Mestrado e doutorado
Em 2014, foram ofertadas mais 24
vagas no programa de mestrado e
doutorado acadêmico em Ciências
da Saúde, aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior (Capes) em 2013.
No total, 68 alunos participam dos
cursos de pós-graduação stricto
sensu. A demanda de candidatos
em 2014 foi de oito interessados por
vaga, uma média alta entre os programas similares. As primeiras teses
de mestrado serão defendidas no
primeiro semestre de 2015.
As áreas de concentração do programa são: oncologia, cuidados
com o paciente crítico e cirurgia.
Embora o hospital possua um grande número de doutores nas mais
diferentes especialidades, é nessas
três áreas que se concentra grande
parte da sua produção científica.
Novos laboratórios
Duas novas iniciativas de 2014 serão
alavancadas em 2015: a criação do
Laboratório de Inovação e Desenvolvimento em Oncologia (Lido) e
do Laboratório de Usabilidade, que
passa a funcionar junto com o Centro de Treinamento e Cirurgia Experimental do IEP.
O Lido tem por missão transformar em exames oferecidos aos
pacientes oncológicos as descobertas das atividades de pesquisa
em curso no Centro de Oncologia
Molecular. Para isso, o laboratório utiliza as mesmas plataformas tecnológicas do Laboratório de Anatomia Patológica. Em
2015, três novos ensaios entrarão
em validação.
Já o Laboratório de Usabilidade
reúne uma série de metodologias
com o objetivo final de avaliar riscos potenciais e introduzir melhorias em equipamentos, quer seja
na sua fase de desenvolvimento
ou no pós-venda. O laboratório vai
trazer uma nova experiência para
o hospital em termos de avaliação
de equipamentos e tecnologias a
serem introduzidas nas suas atividades ou destinadas à prestação
de serviços para parceiros e clientes externos, alavancando o processo de geração de conhecimento e inovação no Sírio-Libanês.
2015: expansão no IEP
O projeto de expansão do Hospital
Sírio-Libanês também engloba a
expansão das atividades de ensino
e pesquisa. Um número expressivo
de novos ensaios clínicos já está
contratado, mantendo o objetivo
de fortalecer a pesquisa clínica,
que permite aos pacientes o
acesso a drogas inovadoras, ainda
na fase de estudos, antecipando
seus potenciais benefícios. O IEP
vai ofertar ainda novos cursos
e projetos, em especial aqueles
realizados em parceria com o
Ministério da Saúde.
33
Relatório de Sustentabilidade 2014
Projetos de apoio ao SUS
As iniciativas de responsabilidade social do hospital envolvem
diversas áreas da instituição e se
desdobram em ações de preservação do meio ambiente e apoio ao
aprimoramento do Sistema Único
de Saúde (SUS). O objetivo desse
conjunto de ações é contribuir diretamente para o desenvolvimento
da sociedade.
Instituto Sírio-Libanês de
Responsabilidade Social
O Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social tem personalidade
jurídica própria e apoia os projetos
de responsabilidade social do hospital, ao qual está ligado pela missão de fortalecer a saúde pública no
Brasil. É reconhecido como organização social pelo município e pelo
estado de São Paulo, com os quais
mantém parcerias para a gestão de
equipamentos de saúde.
Seu modelo de gestão prioriza resultados assistenciais, atendimento e
transparência na prestação de contas aos gestores do poder público.
Além disso, o instituto trabalha de
forma integrada ao Hospital Sírio-Libanês, cujas políticas de gestão
de pessoas e processos de trabalho
são replicadas. Em 2014, o instituto
assinou um contrato adicional com
a Secretaria de Estado da Saúde de
São Paulo para assumir a gestão do
Hospital Regional de Jundiaí, referência em casos de média complexidade para 752 mil moradores da
cidade e de outros seis municípios
da região: Cabreúva, Campo Limpo
Paulista, Itupeva, Jarinu, Louveira e
Várzea Paulista.
Parcerias com o município
de São Paulo
•Hospital Municipal Infantil Menino Jesus: presta atendimento de
baixa e média complexidade pediátrica, principalmente em malformações congênitas, e atende
mais de 20 especialidades.
•Assistência Médica Ambulatorial (AMA): a AMA Santa Cecília oferece consultas em sete
especialidades e nove tipos
de exames diagnósticos. Já as
AMAs Jardim Peri-Peri e Vila
Piauí prestam atendimento médico sem agendamento prévio
para usuários que demandam
assistência imediata de baixa e
média complexidades.
•Estratégia Saúde da Família
(ESF) das Unidades Básicas de
Saúde (UBS): Cambuci, Humaitá e Nossa Senhora do Brasil.
Com ações focadas na família
e no contexto em ela que vive,
o objetivo da ESF é organizar e
integrar as atividades de promoção e prevenção da saúde.
Parcerias com o Estado
de São Paulo
•Hospital Geral do Grajaú: presta
atendimento médico-hospitalar
em urgências e emergências
de média e alta complexidade.
Atualmente, possui 268 leitos,
é certificado como hospital de
ensino e disponibiliza campo
para estágio de profissionais
de diversas áreas de saúde, além
de residência médica e cursos
de especialização.
•Hospital Regional de Jundiaí:
especializado em atendimentos
de média complexidade, realiza
cirurgias eletivas (não urgentes).
A unidade possui 123 leitos, dos
quais 16 são de tratamento intensivo (UTI).
•Serviço de Reabilitação Lucy
Montoro de Mogi Mirim: oferece tecnologia de ponta para a
reabilitação de pacientes com
deficiências físicas, doenças incapacitantes e severas restrições
de mobilidade.
•Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Maria Cristina
Cury: é uma unidade de atendimento ambulatorial que oferece
serviços para diagnóstico precoce e tratamentos em diversas
especialidades.
PARA informações sobre
projetos do instituto e
resultados, acesse:
www.irssl.org.br
34
Compromisso com a sociedade
Resultados de 2014
No último triênio,
foram formadas cerca
de 50 mil pessoas em
evidências e atividades
de especialização, que
envolveram uma carga
horária de 360 horas/ano.
23.437
atendimentos no
Ambulatório de Filantropia
As atividades de responsabilidade social são desenvolvidas a partir de diretrizes normatizadas por
leis (12.101/2009, posteriormente
alterada pela 12.868/2013). Assim,
o hospital devolve 100% da sua renúncia fiscal – conhecida também
como isenção fiscal por filantropia
– em forma de projetos de apoio
ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A renúncia abrange os impostos
Cofins e INSS patronal e, em 2014,
representou cerca de 7% da receita
total do Hospital Sírio-Libanês, valor correspondente a cerca de R$
118 milhões. GRI-EC4
Outros projetos de destaque são:
Para o cumprimento da nova legislação de filantropia, específica
para hospitais considerados de excelência e voltados à pesquisa e à
capacitação de profissionais, o Ministério da Saúde criou o Programa de Apoio ao Desenvolvimento
Institucional do SUS (Proadi-SUS).
O programa permitiu que o ministério pudesse usar as estruturas
de instituições para desenvolver
inúmeros cursos em áreas muito
sensíveis ao SUS. Os projetos realizados no programa dividem-se em
quatro grandes áreas: formação
profissional, pesquisas de interesse público, inovação tecnológica e
apoio à gestão.
Em 2014, considerando acompanhamentos do serviço social, consultas médicas, procedimentos
de enfermagem, orientação nutricional e sessões com psicólogo, o
ambulatório realizou 23.437 atendimentos. Além disso, no campo
da mastologia, foram recebidas as
seguintes doações para as pacientes: perucas (40 unidades), cortes
de cabelo (5), sutiãs para prótese
(36), sutiãs pós-cirúrgicos (28) e
próteses mamárias (37).
Além dos projetos com foco em ensino para capacitação de profissionais do SUS (leia mais no subcapítulo Ensino e pesquisa), o Hospital
Sírio-Libanês desenvolve atividades
em parceria com os gestores local
e federal de saúde para garantir o
atendimento e a realização de cirurgias para pacientes da rede pública
de todo o país. Hoje, mais de 10 mil
especialistas – médicos, enfermeiros
e gestores de hospitais – formados
pela instituição atuam em 70 regiões do país (capitais e metropolitanas). G4-EC7, G4-EC8
Ambulatório de filantropia
A unidade está vinculada ao hospital e apoia a realização de ações
de responsabilidade social, atuando nas seguintes áreas: câncer
de mama, transplantes de fígado
intervivos, transplante cardíaco,
cirurgia para doença de Parkinson, cirurgia robótica de cabeça
e pescoço e cirurgia bariátrica em
pacientes diabéticos (veja os resultados em Escola de transplantes e Câncer de mama, nos itens
a seguir).
Ainda no que se refere a bem-estar, outro destaque foi o programa De Bem com Você, que oferece oficinas de automaquiagem.
As participantes – mulheres em
luta contra o câncer e em diversas
fases do tratamento – aprendem
técnicas e dicas de beleza. O objetivo da ação é minimizar os efeitos relacionados à quimioterapia
e à radioterapia, e durante todo
o ano foram 48 participantes. O
projeto Biblioteca Livre estimulou
a doação, a leitura e o compartilhamento de livros entre os pacientes
atendidos pelo ambulatório.
Escola de transplantes
Estabelecida em parceria com o
Ministério da Saúde há cinco anos,
35
Relatório de Sustentabilidade 2014
a escola conta hoje com um grupo
multiprofissional sólido, formado
por cirurgiões experientes, enfermeiras, pediatras e psicólogos que
ajudam a democratizar o acesso ao
conhecimento e a técnicas de excelência em transplantes. São recebidos médicos de todo o país para
acompanhar os procedimentos e o
manejo dos pacientes em seus locais de origem. Os eixos de atuação
do projeto são:
Câncer de mama
O tratamento é destinado a pacientes da rede pública de saúde do município de São Paulo,
incluindo a realização de cirurgias e o acompanhamento clínico
pós-operatório por dez anos. Até
2014, foram alcançados os seguintes resultados:
•22.123 consultas médicas;
•965 cirurgias de mama;
•2.385 pessoas atendidas;
•57 profissionais capacitados;
•53 trabalhos científicos
apresentados.
Cursos de atualização e aprimoramento em ultrassonografia relacionada à saúde da mulher e ao estudo vascular
Em 2014, foram qualificados 87
profissionais médicos do SUS
(abrange ultrassonografia, doppler
venoso e ultrassom obstétrico).
Possibilitaram a realização de mais
de 25 mil exames, em cinco unidades de saúde conveniadas com a
Prefeitura de São Paulo.
SOS Emergência
O projeto qualifica a gestão e o atendimento em grandes hospitais do
SUS, priorizando a atenção nas urgências e emergências. Em 2014, foram capacitados 402 profissionais,
de 24 hospitais, por meio da Gestão
de Emergência em Saúde (GES).
Curso
Profissionais
capacitados
Transplantes
realizados
Captação de órgãos e desenvolvimento de
180
centros transplantadores – Projeto Polos
-
Projeto Coração Novo
11
18
Transplante de Fígado Infantil
10
36
Transplante de Fígado Adulto
-
4
Além disso, seis hospitais participantes receberam apoio do Sírio-Libanês para sua gestão:
•Hospital João XXIII
(Minas Gerais);
•Hospital Roberto Santos (Bahia);
•Hospital do Trabalhador (Paraná);
•Hospital São Lucas
(Espírito Santo);
•Hospital Geral (Roraima);
•Hospital H. Lucena (Paraíba).
87
profissionais do
SUS qualificados em
ultrassonografia
para a saúde da mulher
25 mil
exames, em cinco
unidades convenia
das com a Prefeitura
de São paulo
402
profissionais
capacitados em Gestão
de Emergência em Saúde
36
Compromisso com a sociedade
Valor para a comunidade
Ambulatório de
especialidades em Pediatria
e Abrace seu Bairro
(2012 a 2014)
18.672
atendimentos nas áreas
da saúde (não médicos)
26.637
atividades em grupo
1.700
participantes em
atividades
363
visitas domiciliares
O Hospital Sírio-Libanês atua para
a melhoria das condições de vida
da comunidade em seu entorno,
o bairro da Bela Vista. Para isso,
presta atendimento às crianças e
às famílias, favorecendo o desenvolvimento biopsicossocial desses
indivíduos. O braço da assistência à
saúde consiste na atuação do Ambulatório de Especialidades em Pediatria, que, em 2014, realizou 2.731
atendimentos, nas áreas de otorrinolaringologia, obesidade e sobrepeso, infectologia, fonoaudiologia e
odontologia. Com 15 anos de existência, o ambulatório tornou-se um
serviço conveniado ao SUS em 2013
e ampliou o serviço do município.
Desde 2012, o ambulatório já realizou 15.186 consultas médicas.
Já o Abrace seu Bairro desenvolve ações multidisciplinares com
foco no bem-estar e na qualidade
de vida da população, promovendo saúde, educação e qualificação
profissional para centenas de famílias do bairro da Bela Vista.
Existe ainda a Rede Social Bela Vista, fundada em 2005 com apoio do
hospital, que reúne pessoas e instituições para construção de propostas que beneficiem a vida da comunidade. Mais de 50 ações e projetos
de desenvolvimento comunitário já
foram implementados, sendo um
dos mais importantes o Plano de
Bairro Bela Vista 2020, que busca o
desenvolvimento local por meio da
integração com a comunidade residente, o poder público e a iniciativa
privada. G4-SO1, G4-EC8
Duas grandes ações relacionadas à
instrumentação e ao incentivo à geração de renda para grupos da comunidade estão descritos a seguir.
Projeto Arte Verde
Fomenta o empreendedorismo na
comunidade por meio da doação
de matéria-prima (comprada de
fornecedor externo ou aproveitada de materiais recicláveis do
hospital) e máquinas de costura
e da realização de cursos de capacitação. A partir dos insumos e
conhecimento fornecidos, os participantes fabricam bolsas de internação, as sacolas entregues aos
pacientes do hospital para guarda
de documentos e exames médicos.
Mensalmente, o hospital compra
2 mil sacolas produzidas pelo grupo, e a perspectiva é dobrar o número após a expansão da infraestrutura de atendimento.
37
Relatório de Sustentabilidade 2014
Projeto Catadores –
coletando com saúde
Integra a Estratégia Saúde da Família
(ESF), oferecendo a possibilidade de
geração de renda e inclusão social
aos catadores de rua. Inscritos na
Unidade Básica de Saúde (UBS) Humaitá, os catadores tiveram acesso a
atendimento médico e odontológico
e a acompanhamento psicológico e
social, e formaram o grupo Independentes da Bela Vista. O hospital garante os uniformes e equipamentos
de proteção individual (EPI) e fornece orientações sobre o trabalho a ser
realizado. Em 2014, 94 toneladas de
papelão foram compradas do grupo.
A formação e a uniformização do
grupo possibilitaram a ampliação do
negócio e da renda dos catadores,
com oportunidades além da oferecida pelo hospital, como o recolhimento de material reciclado em condomínios do bairro.
Ações de voluntariado
O Serviço de Voluntários existe
desde 1980, focado no atendimento de pacientes, acompanhantes
e familiares. Sua missão é contribuir para a melhor adaptação dos
pacientes e acompanhantes no
ambiente hospitalar por meio de
apoio, carinho, atenção e calor humano. Para isso, orientam e acompanham os pacientes pelas áreas,
dando suporte psicológico às famílias de diversas formas.
Atualmente, cerca de 250 voluntários atuam no complexo hospitalar
da Bela Vista, em áreas como Centro de Diagnósticos, Pronto Atendimento, Centro de Oncologia e
Unidade de Terapia Intensiva (UTI),
além de Ambulatório de Especialidades em Pediatria, Abrace seu
Bairro e Ambulatório de Filantropia.
Parte dos voluntários trabalha na
livraria e na loja de conveniência,
cuja renda é revertida para a área
de responsabilidade social. A novidade de 2014 foi a atuação dos
voluntários também nas áreas
oncológicas das unidades Itaim e
Brasília – Asa Sul.
50
ações e projetos
de desenvolvimento
comunitário
implementados na
Rede Social Bela Vista
94
toneladas de papelão
compradas pelo hospital,
gerando renda para o
Projeto Catadores
38
Relacionamento com os públicos
Relacionamento
com os públicos
Canais melhores e ampliação
do diálogo reforçam o compromisso
com a transparência, o respeito aos direitos
humanos e a preservação do meio ambiente
Por ser uma instituição filantrópica
na área da saúde, o Hospital Sírio-Libanês reconhece sua responsabilidade sobre os impactos das
atividades que desempenha e os
públicos com quem se relaciona.
Para manter seu compromisso com
a transparência, o respeito aos direitos humanos e a preservação do
meio ambiente, a instituição busca
formas cada vez mais inovadoras
de comunicação, sempre prezando
pelo diálogo com seus públicos estratégicos, que permitem a melhoria
contínua dos serviços prestados.
Públicos estratégicos G4-24, G4-25
Sociedade
Comunidade
do entorno
Pacientes
Médicos
Colaboradores
Hospital
Sírio-Libanês
Imprensa
Governo
Em 2014, o Sírio-Libanês
revisou seu mapeamento
de públicos estratégicos
e consultou membros
da comunidade do
entorno, fornecedores,
colaboradores, corpo
clínico, pacientes e
especialistas sobre os
temas considerados
mais relevantes no
relacionamento
com o hospital
Sindicatos
Associados
Operadoras
de saúde
Fornecedores
Concorrentes
Doadores
Comunidade
científica
39
Relatório de Sustentabilidade 2014
Canais internos
Para dar voz aos públicos internos,
constituídos pelo corpo multiprofissional (colaboradores de áreas
assistenciais, administrativas e de
apoio) e pelos médicos, existem
fóruns participativos e a intranet,
com ferramentas de gestão que
permitem acesso dos colaboradores a plataformas de treinamento,
avaliação e pesquisas, entre outros.
Os fóruns participativos são esferas de diálogo que proporcionam
interação direta com o corpo diretivo da instituição.
•Encontro com o Superintendente Corporativo: ocasião em que
o gestor transmite a todos os
colaboradores as informações,
novidades, andamentos e avisos.
Ocorre trimestralmente, e a média de participantes por encontro é de 400 pessoas.
•Portas Abertas: realizado por demanda com atendimento individual na maioria dos casos, é voltado
aos colaboradores que queiram
falar pessoalmente com a alta direção. Nesse espaço é possível apre-
sentar sugestões e críticas, buscar
orientações, esclarecer dúvidas e
reportar situações de conflito interno. Os encontros ocorrem mensalmente durante um período do dia,
e a quantidade de agendamentos
depende da demanda.
•Comitê Ampliado: encontro
mensal entre superintendentes, gerentes e coordenadores,
promove a apresentação de
resultados financeiros e ações
estratégicas, além de discutir cases das áreas de forma multidisciplinar, incentivando a troca de
conhecimento e soluções entre
as equipes internas. A média de
participantes por mês é de 90.
•Encontro com gestores: reunião
trimestral entre supervisores,
coordenadores, gerentes e superintendentes, é voltada à discussão de resultados e indicadores
institucionais.
A intranet é um canal que pode ser
acessado a partir de qualquer computador na rede da instituição, nas
unidades de São Paulo e de Brasília.
O portal foi totalmente reformulado,
Diálogo com médicos
Os médicos, além dos canais
tradicionais internos, contam com
espaços para discutir tendências
e casos e receber notícias
relacionadas ao seu trabalho e ao
universo de conhecimento.
Para debater tendências da saúde,
existe o Comitê de Vanguarda,
composto por cerca de 80 jovens
médicos. Para comunicados
em geral, são usados informes
eletrônicos periódicos e uma
newsletter semanal chamada Entre
Médicos, enviada a cerca de 3.200
pessoas, que trata de desempenho
institucional, indicadores, processos
assistenciais e outras questões
internas do hospital. Por fim, pelo
Portal do Médico, o corpo clínico
pode acessar recursos como o
Prontuário Eletrônico do Paciente
(PEP), ferramenta de visualização
de resultados de exames, protocolos
institucionais e outras facilidades,
como o agendamento de cirurgias.
40
Relacionamento com os públicos
5.000
acessos à intranet
por dia, em média
agregou recursos voltados ao diálogo e à colaboração entre as equipes
e centraliza toda a comunicação com
os colaboradores. Diariamente, são
contabilizados cerca de 5 mil acessos.
Está disponível na intranet o Fale
Conosco, canal online por meio
do qual o colaborador pode encaminhar sugestões, críticas, elogios
e dúvidas, além de denúncias referentes a preconceito, assédio e
situações análogas. As denúncias
são analisadas para que a instituição adote as providências pertinentes a cada situação. Em 2014,
não foi registrado nenhum caso de
discriminação. G4-HR3
No Sistema de Gestão de Pessoas
(Sigep), uma das plataformas integradas à intranet, estão disponíveis informações sobre salário,
treinamentos, pesquisas de opinião, recrutamento interno, descrição de cargos e avaliação de desempenho, entre outros assuntos.
Todos os documentos e normas
institucionais podem ser acessados também pela intranet.
Publicações
Além dos canais eletrônicos, existem duas publicações impressas:
•Revista Conviver: destinada aos
colaboradores, tem tiragem de
4 mil exemplares. Seu objetivo
é aproximar o colaborador da
instituição, por meio de assuntos
de interesse geral. O conteúdo
abrange carreira, cultura, turismo,
finanças e lazer, além de temas
institucionais relacionados ao dia
a dia do público interno.
•Revista Viver: voltada aos públicos externos, a publicação tem
tiragem média de 14 mil exemplares. É enviada trimestralmente
para pacientes, médicos do cor-
po clínico, associados, operadoras de plano de saúde, jornalistas
e doadores. Fica também à disposição nas recepções e salas de
espera das unidades Bela Vista,
Itaim, Jardins e Brasília. A publicação trata de saúde e qualidade
de vida, cultura e lazer, trazendo
os destaques mais recentes relacionados à instituição.
•Boletim Medicina Avançada: bimestral, é direcionado ao público
externo e traz textos rápidos
sobre saúde e qualidade de
vida, em áreas como oncologia,
cardiologia, urologia, neurologia,
infectologia e reabilitação. Fica
disponível nas recepções e salas
de espera da Bela Vista e também em versão eletrônica (PDF)
no site do hospital. O conteúdo é
elaborado com apoio de profissionais que atuam nos centros
de especialidades e núcleos de
medicina avançada do hospital.
Comunicação externa
O principal canal utilizado é a Ouvidoria (chamada de SAC até o fim
de 2014), que monitora permanentemente o grau de satisfação dos
clientes com os serviços prestados. Em 2014, foram registradas
5.434 reclamações, uma redução
de 3% em relação ao ano de 2013.
Os principais motivos das reclamações estão relacionados à conta
hospitalar (falhas de lançamento
na conta e divergência de cadastro e de informações) e ao tempo de espera (demora no Pronto
Atendimento e para realização de
exames). As informações são uma
importante ferramenta de gestão e
possibilitam o desenvolvimento de
ações de melhoria.
Os elogios também são enviados
via Ouvidoria e, em 2014, foram
4.551 registros, número 20% inferior
41
Relatório de Sustentabilidade 2014
a 2013. Grande parte dos elogios
destinou-se a equipe de enfermagem (capacitação técnica e cordialidade no atendimento), equipe
médica (capacitação técnica, conduta no atendimento e tratamento)
e serviço de alimentação (equipe de
nutricionistas e copeiras e a qualidade dos pratos preparados). G4-PR5
Outros canais de relacionamento
com o público externo são:
•Impressos (disponíveis também
em PDF): são distribuídos a Cartilha de Orientações ao Paciente
com Câncer e o Manual de Orientação ao Paciente, que contém
direitos e deveres dos pacientes
e as informações sobre a infraestrutura e os serviços oferecidos
pela instituição.
•Portal do Paciente: está em
constante melhoria, disponibilizando resultados de exames,
pré-agendamento de consultas e
exames e atualização de dados
cadastrais. Por meio do registro
pessoal de saúde, o paciente tem
acesso a seus diferentes atendimentos e a informações sobre
os procedimentos realizados. O
objetivo é incentivar o paciente a
ser personagem ativo do processo de cuidado com sua saúde.
•TV corporativa: em 2014, a instituição reformulou o canal, que
possui programações diferentes e
direcionadas a pacientes, acompanhantes e visitantes, médicos e colaboradores. Na Bela Vista, onde se
concentra a maior quantidade de
telas (cerca de 40), a ferramenta
tem potencial para atingir aproximadamente 7 mil pessoas por dia.
Atualizado diariamente, o conteúdo traz recomendações de saúde
e bem-estar, orientações sobre
qualidade e segurança, agenda de
eventos e ações de responsabilidade social, entre outros assuntos.
Números da ouvidoria
5.567
5.688
Para relacionamento com os demais públicos, além da Ouvidoria,
existem os seguintes mecanismos e
procedimentos:
•Fornecedores: acessível no portal, o Manual de Relacionamento
com Fornecedores foi elaborado
com base na ética e transparência, trazendo as diretrizes sobre
a compra de bens e serviços
praticada pela organização (ver
mais sobre o tema no subcapítulo Fornecedores).
•Imprensa: o Manual de Relacionamento com a Imprensa formaliza
a política em meio a esse público
e busca nortear as divulgações
realizadas pela instituição. Além
disso, existe uma área específica
para cuidar do relacionamento
com os veículos de comunicação
(jornais, revistas, sites, emissoras
de rádio/TV etc.), responsável
por disseminar os valores organizacionais e levar informação de
qualidade sobre saúde.
•Governo: sendo o Ministério da
Saúde o principal interlocutor
do Sírio-Libanês, em decorrência
dos programas de responsabilidade social, existe uma área específica responsável pelo relacionamento entre gestores do SUS
e áreas técnicas do hospital. São
discutidos melhorias e ajustes
nos projetos, definição de geografias contempladas, criação de
novas iniciativas e definição de
competências. Nas esferas estadual e municipal, os projetos são
gerenciados pelo Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade
Social, entidade independente
do hospital (leia mais em Compromisso com a sociedade).
5.434
4.551
2013
reclamações
elogios
2014
42
Relacionamento com os públicos
Pesquisa de opinião
com pacientes
O hospital realiza uma importante
pesquisa direcionada aos
pacientes, com o objetivo de
melhorar a qualidade de sua
assistência. Por meio dela, o
paciente tem a oportunidade de
opinar, via formulário impresso
disponível nas áreas ou no site do
hospital, sobre a assistência que
recebeu na instituição.
A partir da pesquisa é calculado o
índice de recomendação, que aponta
se o paciente indicaria os serviços
do hospital. Em 2014, o resultado
foi de 87 pontos em um total de
100, superando o ano de 2013, que
registrou 83 pontos. G4-PR5
Nas redes sociais
Em 2014, a organização estreou
seus canais nas redes Facebook,
Google+, LinkedIn e YouTube,
criando, dessa forma, um novo
canal de diálogo com seus
públicos. Em menos de um ano de
implantação, foram conquistados
mais de 40 mil seguidores no
Facebook e 250 mil no Google+.
Canais
Fale conosco
[email protected]
Central de informações
(11) 3394-0200​​
Atendimento
internacional
(11) 3394-5520
Cartas
Hospital Sírio-Libanês
A/C da Ouvidoria
Rua Dona Adma Jafet, 91,
Bela Vista, São Paulo (SP)
CEP 01308-050
•Comunidade do entorno: é atendida pelas áreas responsáveis
pelos programas de responsabilidade social (leia mais em Compromisso com a sociedade).
•Pacientes e sociedade: a comunicação é feita majoritariamente via
site do hospital (www.hsl.org.br),
no qual existem canais de telefone, e-mail e correspondência. O
portal foi reformulado em 2014 e
traz desde os serviços oferecidos
pela instituição até dicas e notícias
de saúde, além da programação
de eventos e as ações de responsabilidade social. Após a estreia
da nova versão, o número de
acessos cresceu 42%, com média
de 300 mil por mês.
•Comunidade científica: o Instituto
Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa
(IEP) direciona a produção gerada
pelos profissionais para periódicos
nacionais e internacionais.
•Doadores: formado por um
conjunto de pessoas físicas e
empresas que contribuem para o
desenvolvimento da instituição,
o grupo recebe periodicamente
o boletim InformAção, com notícias gerais sobre o desempenho
do hospital (leia sobre o volume
de doações e o nome dos doadores em Agradecimentos).
43
Relatório de Sustentabilidade 2014
Gestão de pessoas
Em 2014, o Hospital Sírio-Libanês
contava com 5.802 colaboradores
em regime CLT distribuídos em
suas unidades (Bela Vista, Itaim,
Jardins e Brasília) e 972 terceiros,
que se concentram na prestação
de serviços de manutenção de sistemas de ar condicionado, equipamentos especializados, restaurante, lavanderia e parte das equipes
de segurança e higiene.
A multiplicidade de áreas e perfis
enriquece o trabalho e potencializa
as trocas, assim como torna ainda maior o desafio de gestão dos
recursos humanos na instituição.
Continuou em pauta o impacto do
processo de expansão na maior
diversidade de perfis profissionais
a serem contratados e desenvolvidos, estimulando ainda a melhoria de processos e infraestrutura
de trabalho, para acomodar todos
com qualidade e segurança.
Em 2014, os objetivos estratégicos relacionados a pessoas foram
mantidos, e o hospital criou novos projetos, além de desenvolver
aqueles que se reafirmaram como
fundamentais.
Panorama da gestão de pessoas G4-10
São Paulo
Brasília
2012
2013
2014
2012
2013
2014
Folha de
pagamento
bruta (R$ mil)
216.021
264.798
282.260
1.774
2.821
3.486
Colaboradores CLT
4.690
5.086
5.690
51
66
112
Temporários
52
34
65
1
3
1
Jovens aprendizes
61
84
96
0
0
0
Estagiários
35
39
43
0
0
0
Terceiros
913
913
938
0
0
34
Mulheres na organização
Em 2014, 3.632 colaboradoras
trabalhavam nas unidades
de São Paulo. As mulheres
ocupavam 70% dos cargos
de chefia. Já em Brasília, do
total de 75 mulheres, 33%
ocupavam cargos de chefia.
Número de colaboradores por faixa etária G4-10
Feminino
Idade
2012
Masculino
2013
2014
2012
2013
2014
< 30 anos
1.052
22%
1.005
21%
1.289
22%
778
16%
724
15%
768
13%
31 a 50 anos
1.653
35%
1.755
36%
2.147
37%
1.017
21%
1.102
23%
1.271
22%
> 51 anos
141
3%
141
3%
196
3%
100
2%
110
2%
131
2%
60%
2.901
60%
3.632
63%
1.895
40%
1.936
40%
2.170
37%
Total
2.846
44
Relacionamento com os públicos
A partir de 2014, foram
internalizados as cirurgias
ortopédicas programadas,
o tratamento oncológico
e as cirurgias bariátricas
para colaboradores
Benefícios básicos
para CLT G4-LA2
Entre os benefícios básicos oferecidos pela instituição aos seus colaboradores estão os descritos a seguir.
•Assistência medica e odontológica:
11.723 vidas, incluindo dependentes
•Convênio-farmácia: desconto mínimo de 15% em medicamentos
e descontos promocionais que
podem chegar a 55%
•Restaurante: varia de R$ 1,00 a
R$ 3,29, de acordo com o grupo salarial
•Vale-alimentação: R$ 145,82
•Vale-refeição: R$ 18 para profissionais de unidades externas
•Seguro de vida em grupo
•Auxílio-funeral para titulares e dependentes diretos
(cônjuge e filhos)
•Vale-transporte
•Creche ou auxílio-creche: R$ 167,40
•Exames: cobertura de exames no
hospital para todos os colaboradores e dependentes do plano
de saúde
Cuidando de Quem Cuida
O projeto-piloto do programa foi
lançado em 2013 e oficialmente iniciado em setembro de 2014, com
o objetivo de acolher os colabo-
radores dentro do hospital, beneficiando-os com um corpo clínico
altamente capacitado e estrutura
técnica de excelência. Além do ganho de agilidade no atendimento,
há um melhor controle de custos.
Para definir as novas áreas de atendimento ao colaborador, foi feita
uma análise dos afastamentos do
trabalho por motivos de doença.
Assim, ainda em 2013, foram internalizados os casos oncológicos
e de alta complexidade, além dos
programas de acompanhamento
de gestantes e de prevenção de
câncer de mama. A partir de 2014,
foram internalizados as cirurgias
ortopédicas programadas, o tratamento oncológico e as cirurgias bariátricas. O objetivo, com a mudança, é reduzir o impacto de sinistros
na operação e garantir um melhor
cuidado na assistência.
O aperfeiçoamento do cuidado se
estende à família dos colaboradores, para quem foi desenvolvido
um questionário de mapeamento de riscos, o que permitirá um
melhor direcionamento da assistência. Em 2015, os resultados
desse trabalho serão divulgados
para que o programa Cuidando de
Quem Cuida também atenda melhor esse público.
Estão sendo desenhados, também
para 2015, trabalhos com foco na
prevenção interna de doenças e
questões específicas de saúde,
como reeducação postural, diabetes, obesidade e hipertensão.
Atendimentos do programa Cuidando de Quem Cuida em 2014
Ortopedia
33 indicações de cirurgia ortopédica
(32 titulares e um dependente)
Três cirurgias bucomaxilofaciais (cavidade bucal,
face e pescoço) indicadas e confirmadas
Oncologia
Cirurgias bariátricas
21 pacientes acolhidos com
casos de neoplasia e um paciente
com caso de leucemia
Três procedimentos realizados
45
Relatório de Sustentabilidade 2014
Atração e retenção
de talentos
Outro benefício que tem impacto na
vida do colaborador é a creche, que,
a partir de 2014, passou a atender, em
um só lugar, crianças até os 4 anos
de idade. O serviço, que era terceirizado, passou a ter gestão integral do
hospital, ganhando a capacidade de
atender mais (250 crianças) e melhor
os filhos dos colaboradores. A fila de
espera, ao fim de 2014, foi reduzida
de 12 para seis meses. A informação
sobre a espera pode ser acessada
pelo colaborador na intranet.
Novo vestiário
Em 2014, a Superintendência
de Gestão de Pessoas e
Qualidade, com apoio de outras
áreas, conduziu a reforma do
vestiário masculino, finalizada
em novembro. O espaço foi
ampliado, e itens como xampu,
sabonete líquido, antisséptico
bucal, fio dental e toalha de banho
passaram a ser disponibilizados.
O vestiário feminino também
passará por ampliação e terá a
mesma disponibilidade de itens
em 2015, atendendo ao volume de
colaboradores previsto no projeto
de expansão.
Faz parte do projeto de expansão a contratação e capacitação
de novos colaboradores. Em 2014,
1.456 novos colaboradores foram
contratados em São Paulo, número
34% superior às admissões de 2013
(1.079). Em Brasília, 53 novos colaboradores foram admitidos, dobrando o número de admissões em
comparação com 2013. G4-LA1
Contratações em 2014
São Paulo
Brasília
Idade
Feminino
Masculino
Feminino
Masculino
< 30 anos
670
284
20
12
31 a 50 anos
356
139
14
6
> 51 anos
6
1
0
1
Total por gênero
1.032
424
34
Total
Para armazenar os pertences
pessoais, os colaboradores contam
com um espaço de guardavolumes. Para os equipamentos
de proteção individual (EPI), o
hospital disponibiliza armários
individuais.
19
1.456
53
Terminada a reforma, mais de mil
novos espaços poderão ser usados
para guarda de EPI e calçados, e
os banheiros terão quatro vezes
mais chuveiros. Os vestiários estão
localizados no piso -2 do bloco C.
Comparativo de turnover (rotatividade)
Feminino
Masculino
2013
2014
2013
2014
Sem aumento de quadro
0,62%
1,33%
0,46%
1,24%
Com aumento de quadro
0,75%
1,20%
0,55%
0,98%
< 30 anos
31 a 50 anos
> 51 anos
2013
2014
2013
2014
2013
2014
Sem aumento de quadro
0,65%
2,10%
0,21%
0,85%
0,28%
0,28%
Com aumento de quadro
0,80%
1,67%
0,30%
0,82%
0,28%
0,32%
Comparativo de desligamentos (total e percentual)
Idade
2013
2014
Feminino
Masculino
Feminino
Masculino
< 30 anos
195
27%
155
22%
274
33%
195
23%
31 a 50 anos
201
28%
140
20%
220
26%
129
16%
> 51 anos
10
1%
12
2%
8
1%
6
1%
Total por faixa etária
406
57%
307
43%
502
60%
330
40%
46
Relacionamento com os públicos
Pesquisa de engajamento
3.775
70%
respondentes
Índice de engajamento
Casa do Colaborador
Implantada no sobrado da antiga
creche, a Casa do Colaborador
faz parte das ações da área de
Qualidade de Vida. Após a reforma
dos três andares, o imóvel passou
a integrar em um só local as
atividades já realizadas. O espaço
mais frequentado é o térreo, onde
são realizadas as sessões de shiatsu
e reflexologia – são feitas, em
média, 1.200 sessões por mês, e
os valores são debitados direto na
folha de pagamento, com 50% de
subsídio pela instituição.
No primeiro andar, duas salas recebem
programação variada e voltada para
atividades como o Passaporte para
a Saúde (programa de reeducação
alimentar), a venda de produtos
sazonais, os grupos de psicologia
e os workshops. Mais duas salas de
televisão com poltronas reclináveis,
dois espaços para jogos de tabuleiro
e videogames e duas áreas externas
com cadeiras e guarda-sol completam
o primeiro andar. No segundo
andar, fica o salão de cabeleireiro,
que também conta com serviços de
manicure e esteticista. Em 2015, a
casa receberá parte da biblioteca do
programa Leitura Compartilhada.
O sobrado fica na rua Barata
Ribeiro, no bairro da Bela Vista, em
São Paulo, e funciona de segundafeira a sábado, das 7h às 22h.
Visando contribuir para a retenção
de colaboradores, algumas iniciativas podem ser destacadas. A primeira, o Banco de Talentos, está
disponível na intranet e permite a
busca de oportunidades em áreas
diversas, possibilitando aos colaboradores a mudança de percursos
na carreira dentro da instituição. Já
os programas de reconhecimento existentes são: Tempo de Casa,
que em 2014 homenageou 183 colaboradores com dez ou mais anos
de dedicação; Celebra Equipe, que
contou com 65 equipes, num total
de 3.185 colaboradores participantes; e Meu Valor, programa que indicou 330 colaboradores por suas
competências institucionais.
Em 2014, foi realizada a terceira
edição da pesquisa de engajamento, que busca apontar o grau
de satisfação dos colaboradores,
como eles se envolvem no dia
a dia das atividades e se recomendariam a instituição a outros
profissionais. Esse levantamento
mostra tanto os pontos positivos
identificados pelos colaboradores
participantes (73% do total) como
os que precisam ser melhorados,
casos nos quais a organização
desenvolve planos de ação específicos. Esse é um importante
instrumento de melhoria do relacionamento entre o Sírio-Libanês
e seus colaboradores, bem como
das relações de trabalho.
Licença parental G4-LA3
2012
2013
2014
Colaboradores que usufruíram a licença parental
88
118
132
Colaboradores que retornaram ao trabalho após
conclusão da licença parental
84
111
125
Colaboradores que retornaram ao trabalho após
conclusão da licença e que continuam na empresa
após 12 meses do retorno
77
97
105
Taxa de usufruto*
3%
5%
4%
Taxa de retorno**
95%
94%
95%
Taxa de retenção***
92%
82%
89%
*Quantidade de colaboradores que usufruíram a licença parental/quantidade de
colaboradores com direito a licença em 2014.
**Quantidade de colaboradores que retornaram ao trabalho após conclusão da licença
parental/quantidade de colaboradores que usufruíram a licença.
***Quantidade de colaboradores que retornaram ao trabalho após conclusão da licença
parental e que continuam na instituição após 12 meses do retorno/quantidade de
colaboradores que usufruíram a licença.
47
Relatório de Sustentabilidade 2014
Capacitação
e treinamento G4-LA10
Em 2014, foi concluída a primeira
fase do programa Trilhas de Carreira, implementado em 2013. O programa acompanha a estrutura de
carreira técnica e divulga o processo de desenvolvimento de competências necessárias para seguir um
dos 27 possíveis caminhos de evolução profissional no hospital.
Para dar suporte ao Trilhas de Carreira, está sendo desenhada a Universidade Corporativa, que irá estruturar academias de conhecimento por
áreas de trabalho. Essa é uma das
ações que permitirão a capacitação
e o desenvolvimento do profissional
rumo à carreira desejada, seja ela
técnica, gerencial ou educacional.
Para acompanhar o estágio de desenvolvimento de cada colaborador
anualmente, é realizada a avaliação
de desempenho, durante o primeiro trimestre do ano. Além da autoavaliação, é feita uma avaliação de
consenso, momento em que o colaborador e o gestor dialogam e constroem o plano de desenvolvimento
individual (PDI), que inclui o quadro
geral das competências almejadas
e os caminhos de treinamento. Em
2014, 3.882 colaboradores concluíram o processo. G4-LA11
G4-LA9, G4-LA10
Centro de capacitação
multiprofissional
Está sendo implementado, no 5º
andar do edifício administrativo,
um novo centro de capacitação
multiprofissional. Após dois anos
de planejamento, os espaços
começaram a ser construídos para
permitir a simulação de atividades
de enfermagem, fisioterapia,
limpeza e outros procedimentos
relacionados ao cuidado com a
saúde. O objetivo é fortalecer o
treinamento das equipes, usando
como modelo as salas que já
existem no IEP.
Os treinamentos multiprofissionais
seguem uma metodologia de
simulação, trabalhando com
erros e situações mais frequentes
que ocorrem nos atendimentos
assistenciais. Para dar suporte ao
centro, foram construídas também
salas de mídia, que permitem
a gravação e a edição dos
treinamentos para posterior consulta
e compartilhamento de material,
além de laboratório de informática
para treinamentos que demandam
computadores e internet.
Horas/homem de treinamento G4-LA9
Categoria
Destaques em
treinamentos 2014
2012
2013
2014
Fem.
Masc. Fem.
Masc. Fem.
Masc.
Gestores
4,05
1,21
1,98
0,39
3,84
3,15
Enfermeiros
4,85
0,69
3,97
0,55
3,81
3,04
Nutricionistas
9,83
0,22
7,58
0,34
6,35
2,52
Farmacêuticos
3,61
0,59
4,24
0,49
5,38
4,53
Fisioterapeutas
3,41
0,60
3,37
0,74
3,16
2,78
Auxiliares e técnicos de enfermagem
2,06
0,92
1,47
0,72
2,86
2,72
Médicos
0,49
0,68
0,39
0,50
0,98
0,77
Biomédicos
0,88
0,34
0,92
0,43
1,25
1,14
Demais profissionais
0,58
0,63
0,64
0,65
1,73
1,44
mais de
R$
5 mi
em treinamentos
(R$ 4 milhões em 2013)
197 mil
horas de treinamento
nas unidades
Média de
3,54
horas/treinamento por
colaborador no ano
364
bolsas de estudo
concedidas para
capacitação
48
Relacionamento com os públicos
Bolsas de estudo concedidas (para cursos de formação) G4-LA10
195
Pessoas com deficiência
contratadAs em 2014
20%
de jovens aprendizes
efetivados
Programa
2012
2013
2014
Mestrado em gestão de tecnologia
e inovação em saúde (IEP)
5
1
3
Gestão da atenção à saúde (GAS) – IEP/FDC
8
13
14
Pós-graduação em entidades externas
11
27
44
Pós-graduação (aperfeiçoamento
e especializações) (IEP)
30
24
36
Pós-graduação em hotelaria hospitalar
8
0
0
Bacharelado em hotelaria
2
2
2
Curso técnico profissional (enfermagem,
farmácia, hospedagem e contabilidade)
18
23
22
Idiomas (inglês e espanhol)
216
173
243
Total
298
263
364
Programas e políticas
de inclusão
Em 2014, o programa Mais Inclusão, que valoriza a empregabilidade
de pessoas com deficiência (PcD),
avançou em questões legais e no
número de novos colaboradores –
no total, foram 195 contratados (número 41% superior ao de 2013). O
resultado positivo deve-se ao cumprimento do Termo de Ajustamento
de Conduta (TAC), que permitiu ao
hospital realizar doações para entidades que trabalham com inclusão,
como a Escola Pauliceia, em vez da
exigência do cumprimento dos 5%
sobre o número total de colaboradores exigido pela Lei 8.213/91. Em
2014, foi paga a multa vinculada ao
não cumprimento dos 5% da cota
integral de contratação.
emprego, o hospital efetivou 20%
dos participantes. Em 2013, o índice de efetivação foi 21,7%.
Saúde e segurança
Cuidar da saúde e da segurança
dos colaboradores é um dever do
hospital e compreende ações voltadas tanto para a qualidade de vida
desse público como para a construção de um ambiente de trabalho
mais agradável. G4-LA5
A gestão sobre a saúde do colaborador é feita com base em quatro premissas:
•reconhecer os perigos e riscos
existentes nos ambientes de
trabalho e nas atividades e as
condições de saúde próprias de
cada colaborador;
Além dos novos contratados, dez
profissionais com deficiência intelectual estão sendo capacitados
para se tornarem colaboradores,
por meio de contrato específico,
para trabalhar com gestão de kits
de EPI para uso interno.
•informar ao colaborador as condições identificadas;
Em relação ao programa Jovem
Aprendiz, que garante o primeiro
•acolher o colaborador quando há
agravo à saúde.
•capacitar o colaborador para
lidar com os perigos e riscos
existentes e com suas próprias
particularidades biopsicossociais;
49
Relatório de Sustentabilidade 2014
Para atender a essas premissas, são
agrupados, em torno do mesmo
objetivo, a medicina do trabalho, a
engenharia de segurança do trabalho, a qualidade de vida, a psicologia e o serviço social. Em cada pilar,
há um profissional especializado
responsável pelas ações e pela integração destas com as demais
áreas da instituição. Tal estruturação possibilita que o colaborador
acesse o sistema por qualquer via,
e a integração entre os pilares permite uma visão ampla das necessidades do colaborador e a utilização
do melhor recurso para resolução.
amente seus processos em prol do
bem-estar do colaborador.
Em consonância com esses esforços,
a instituição desenvolveu melhorias
específicas voltadas à certificação
OHSAS 18001, que trata de aspectos
relacionados à saúde e à segurança
do trabalhador. A conquista, prevista para 2015, atesta o esforço da
organização para aprimorar continu-
O presidente e o vice-presidente da
Cipa representam 100% dos colaboradores no Comitê de Segurança
Institucional. Os membros da Cipa
são eleitos anualmente, e a eleição
é realizada por meio eletrônico, garantindo a segurança pelo uso de
senha pessoal do colaborador, o
Além do preparo para a obtenção
da certificação, a instituição desenvolve, anualmente, campanhas
de prevenção e conscientização
por meio da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (Cipa). As
funções da CIPA são prevenir acidentes, notificar incidentes, influenciar os colegas nas boas práticas em
saúde e segurança no trabalho, realizar inspeções e organizar e promover a Semana Interna de Prevenção
de Acidentes de Trabalho (Sipat).
que agiliza a obtenção do percentual de votos previsto na Norma
Regulamentadora nº 5 (NR5), do
Ministério do Trabalho.
Em 2014, foram realizados treinamentos para profissionais da
organização (CLT, temporários
e terceiros) sobre normas regulamentadoras aplicáveis (NR5 e
NR32), além de inspeções e auditorias periódicas para garantir boas
condições ergonômicas, ambientais e de segurança.
Outro mecanismo importante é a
medição de riscos no ambiente do
cuidado para criar melhorias na segurança dos públicos, e do ambiente realizada por meio do Plano de
Segurança Institucional. O plano
desenvolve a cultura da segurança, inclui ações de monitoramento,
notificação, controle e a integra as
ações nesse sentido.
Acidentes de trabalho G4-LA6
Bela Vista
Itaim
Jardins
Brasília
2013
2014
2013
2014
2013
2014
2013
2014
Taxa de frequência
14,86%
17,68%
13,29%
8,8%
0%
20,49%
6,75%
0%
Taxa de gravidade
29,54%
21,74%
13,29%
27,88%
0%
0%
6,75%
0%
Horas/homem
trabalhadas (HHT)
10.832.124
13.797.844 301.060
681.540
44.520
48.800
148.160
214.380
Número de acidentes
161
244
4
6
0
1
1
0
Quantidade de dias
perdidos
320
300
4
19
0
0
1
0
A instituição calcula suas metas para acidentes de trabalho com base na metodologia de taxa de frequência de acidentes de trabalho,
recomendada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Taxa de frequência = (nº acidentes/HHT) x 1.000.000
Taxa de gravidade = (nº de dias perdidos/HHT) x 1.000.000
HHT = Horas/homens trabalhadas
Em 2014, não houve óbito relacionado ao trabalho em nenhuma unidade da instituição.
50
Relacionamento com os públicos
Cadeia de fornecimento G4-12
Composta de 3.500
fornecedores ativos (1.700
contratos), distribuídos nas
categorias medicamentos,
material hospitalar,
consignados, serviços
(a mais ampla) e outros
Fornecedores
Parte importante do sistema de
gestão do Hospital Sírio-Libanês,
os fornecedores são orientados a
seguir as boas práticas que contribuem para a qualidade do serviço
médico-hospitalar e a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva.
Divididos em duas categorias – fornecedores de produtos e de serviços –, esse público segue exigências
relacionadas a padrões técnicos de
qualidade e conformidade com requisitos legais e sanitários, além de
normas regulamentadoras de saúde e segurança do trabalhador e de
respeito ao meio ambiente.
Fornecedores e responsabilidades
Categoria
Responsabilidades
Produtos
Fornecer produtos como materiais hospitalares e
medicamentos; órteses, próteses e materiais especiais (OPME);
e imobilizados e outros materiais de consumo, conforme
padrões técnicos estabelecidos e documentados
Serviços
Fornecer/prestar serviços de manutenção, consultoria,
segurança, limpeza, obras, médicos, de ensino e pesquisa,
transporte e outros, conforme padrões técnicos estabelecidos
e documentados
12 mil
MÉDIA DE PROCESSOS DE
PAGAMENTO REALIZADOS
POR MÊS
1.832
contratos, aditivos e
distratos processados
em 2014
A avaliação técnica é aplicada a
todos os fornecedores de produtos e serviços que participam dos
processos de cotação e de compra. Para os fornecedores dos grupos de materiais, medicamentos e
OPME, utilizam-se os padrões técnicos de qualidade do Grupo de
Avaliação de Fornecedores (composto de farmacêuticos da instituição e hospitais parceiros). Para
os demais grupos, os critérios de
qualidade são definidos pelo gestor responsável. Para a compra de
materiais especiais (OPME), utiliza-se a plataforma eletrônica de
compras Inpart Saúde, que também faz o controle e a gestão da
documentação legal e sanitária.
O hospital vem desenvolvendo um
projeto de qualificação e avaliação
de fornecedores que desde 2013
está integrado às certificações ISO
14001 e OHSAS 18001, para assegurar que esse público também tenha
compromissos relacionados à gestão do meio ambiente e à saúde e à
segurança dos trabalhadores. Uma
das ferramentas que contribui para
esse processo é o Manual de Relacionamento com Fornecedores,
que dispõe as exigências normativas de padrões de conduta, com
itens relacionados à prevenção ao
trabalho escravo e infantil e à valorização da diversidade.
Foram avaliadas as atividades de
60 empresas terceirizadas que
apresentam mão de obra alocada
e que realizem atividades com impacto ambiental, e determinou-se
quais são os pontos mais críticos
dos serviços prestados. Uma das
constatações foi a necessidade de
maior controle sobre documentos
exigidos, como a licença na Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo (Cetesb), o Certificado
de Autorização de Destinação de
Resíduos Especiais (Cadre) e relatórios de segurança do trabalho,
mostrando a realização, pelo fornecedor, de programas de prevenção de acidentes, como a constituição da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (Cipa), e
procedimentos que dizem respeito à saúde do trabalhador, como o
Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional (PCMSO).
A instituição realizou, por mês,
uma média de 12 mil processos de
pagamentos.
51
Relatório de Sustentabilidade 2014
Comissões técnicas
especializadas
Além das orientações e exigências encontradas no Manual de
Relacionamento com Fornecedores, duas comissões técnicas multiprofissionais contribuem para a
qualificação de insumos: Comissão de Farmácia e Terapêutica
(CFT) e Comissão de Padronização de Materiais (CPM).
A CFT reúne-se para discutir a seleção de medicamentos e as práticas que envolvem sua utilização
no Hospital Sírio-Libanês. Já a CPM
avalia a padronização de novos materiais descartáveis solicitados pelas equipes e homologa novas marcas como alternativas comerciais
ou para a substituição de produtos
em falta no mercado.
A qualificação técnica de fornecedores é realizada por meio de visitas de farmacêuticos aos principais
fornecedores do hospital, seguindo
a regulamentação brasileira pertinente. Os status de avaliação das
visitas são: qualificado (fornecedor
homologado), necessita de melhorias e não visitado (fornecedor não
está homologado). Para este último, a orientação é a interrupção do
relacionamento comercial.
Além disso, o hospital faz parte do
grupo de avaliação de fornecedores, composto de farmacêuticos
dos principais centros médicos privados do estado de São Paulo.
Volume de compras de insumos hospitalares
Item
Volume
Variação 2013 x 2014
Medicamentos*
R$ 138 milhões
10%
Materiais cirúrgicos
R$ 86 milhões
20%
Materiais médicohospitalares
R$ 65 milhões
13%
*As unidades externas foram responsáveis por 80% do crescimento do volume de compras.
Compras de insumos
R$
289 mi
(crescimento de 13% em
relação a 2013)
52
Gestão ambiental
Gestão
ambiental
Políticas internas, certificações nacionais
e internacionais e implementação das
melhores práticas em saúde, segurança
e respeito ao meio ambiente
Os processos, atividades e serviços
do Hospital Sírio-Libanês são realizados, em todas as unidades, com foco
no respeito ao meio ambiente e à
saúde e à segurança de colaboradores, clientes, fornecedores, comunidade do entorno e demais públicos.
Agenda Global para Hospitais Verdes e Saudáveis G4-15
• Liderança: priorizar a saúde
ambiental
• Substâncias químicas: substituir
substâncias perigosas por alternativas mais seguras
• Resíduos: reduzir, tratar e dispor
de forma segura os resíduos de
serviços de saúde
• Energia: implementar eficiência
energética e geração de energia
limpa renovável
• Água: reduzir o consumo de
água e fornecer água potável
• Transporte: melhorar as estratégias de transporte para pacientes e colaboradores
• Alimentos: comprar e oferecer
alimentos saudáveis e cultivados
de forma sustentável
• Produtos farmacêuticos: prescrição apropriada, administração
segura e destinação correta
• Edifícios: apoiar projetos e construções de hospitais verdes e
saudáveis
• Compras: comprar produtos e materiais mais seguros e sustentáveis
Por isso, os princípios norteadores
da política de saúde, segurança e
meio ambiente são:
•contribuir para a saúde e a qualidade de vida das pessoas;
•preservar o meio ambiente e
prevenir a poluição;
•prevenir lesões e doenças dos
colaboradores;
•contribuir para o desenvolvimento sustentável e compartilhar
conhecimento, influenciando
parceiros, fornecedores e comunidade para boas práticas em
saúde, segurança e meio ambiente;
•atender à legislação aplicável,
bem como o código de conduta
institucional e outros requisitos
subscritos pela organização;
•comprometer-se com a melhoria
contínua do sistema de gestão.
Além disso, a organização adota
referências como a Agenda Global
para Hospitais Verdes e Saudáveis,
desenvolvida pela rede Hospitais
Saudáveis. Atualmente, são desenvolvidos trabalhos que atendem a
todos os itens propostos.
53
Relatório de Sustentabilidade 2014
Em 2014, algumas ações dão continuidade ao trabalho que já vem
sendo realizado, como a compostagem de resíduos orgânicos. Houve
ainda ampliação de 20% do grupo
de agentes ambientais, colaboradores envolvidos na identificação
de problemas e desenvolvimento
de soluções em sustentabilidade, mérito alcançado por meio de
ações de comunicação que reforçaram a importância desses agentes
e, assim, engajaram o público.
No que diz respeito ao uso de
água, a organização investiu cerca
de R$ 1,1 milhão na construção de
sua própria estação de tratamento de água e esgoto (ETA/ETE).
Essa central recebe a água gasta
nos banhos e nas torneiras dos
banheiros e depois abastece o sistema de ar condicionado do hospital. Esse reúso atende também
aos vasos sanitários. Além disso, a
instituição substituiu equipamentos hidráulicos dos banheiros por
outros mais eficientes. O gasto
dos chuveiros, por exemplo, caiu
de 30 litros por minuto para ape-
nas 9 litros. Em 2014, na unidade
Bela Vista, 12% da água consumida foi reciclada na estação de tratamento (ETA), correspondendo
a uma média de 2.200 m3/mês.
G4-EN10, G4-EN22
Essas ações práticas somam-se a outras voltadas à conscientização. Foi
criada uma brigada antidesperdício,
formada por cerca de 150 colaboradores. Ao observar o uso desnecessário de água (torneira pingando ou
descarga disparada, por exemplo),
logo acionam a manutenção. G4-EN31
Instalações sustentáveis
A entrega da obra das novas torres
na Bela Vista (que deverão receber
a certificação Leed Gold) está prevista para 2015. Até lá, mantém-se o
trabalho de redução de geração de
resíduos, o descarte correto dos materiais usados e o reaproveitamento
de recicláveis, reduzindo possíveis
impactos dentro e fora da unidade.
Outras ações foram implementadas, como o transporte a vácuo de
roupas sujas e resíduos comuns na
nova torre do hospital.
Faz parte do projeto
de sustentabilidade do
hospital a conquista de
certificações de padrão
internacional, como ISO
14001 (gestão ambiental),
LEED Gold (concedida pelo
U.S. Green BuIlding Council)
e OHSAS 18001 (segurança
do trabalho e saúde
ocupacional)
54
Gestão ambiental
Transporte a vácuo:
mais rápido e seguro
O sistema a vácuo (ou
pneumático) para transporte de
roupas sujas e resíduos comuns
instalado na nova torre (bloco D)
do hospital é pioneiro na América
Latina. Ele permite que as peças
usadas sejam levadas do andar
em que se localiza o quarto do
paciente diretamente para a
central de processamento, sem
manuseio humano. O processo
reduz o risco de infecção
hospitalar, aumenta a segurança
dos profissionais de higiene e
eleva o conforto do paciente, à
medida que reduz o trânsito de
equipamentos e pessoas pelos
corredores e elevadores. Previsto
desde o projeto de expansão, o
sistema foi instalado em 2014.
Evolução da reciclagem (t)
276
241
2013
2014
Houve ainda a intensificação da
exigência para os fornecedores da
obra fazerem a logística reversa
das embalagens. O monitoramento é garantido por meio de uma
cláusula específica no modelo de
contrato assinado com a instituição. No processo de concorrência,
o atendimento ao item de logística
reversa também é um diferencial
para a definição da contratação das
empresas prestadoras de serviços.
Além dos resíduos já citados, existe uma rotatividade de aparelhos
hospitalares que precisam de renovação tecnológica, upgrade de sistema e outras melhorias. Aparelhos
nessa situação – inativados, mas
em condições de uso – são direcionados para serviços de saúde que
atendem pacientes do SUS. Estão
inclusos na lista também camas e
mobiliário, cadeiras higiênicas, suportes de soro etc.
Gerenciamento
de resíduos
Outro projeto desenvolvido em
2014 que afeta diretamente a gestão de resíduos foi o planejamento
e gestão de estoques, que reduziu
em 25% os níveis de armazenamento. Responsável pela ideia, a
área de Logística, que busca assegurar as melhores condições
de estabilidade, disponibilidade
e custo de medicamentos, introduziu um software especializado
que permitiu uma economia de
R$ 2,5 milhões.
Ao longo de 2014, o hospital produziu 8,6 toneladas de resíduos/
dia, volume 11% superior ao de 2013.
Embora tenha aumentado, o volume
está dentro dos parâmetros esperados para uma instituição com o porte
do hospital, que inclui resíduos provenientes de áreas administrativas,
serviços de apoio e atividades hospitalares, estas geradoras do maior
percentual e, também, de maior risco.
Quantidade de resíduos gerados e destinação G4-EN23, G4-EN25
Resíduo
2013 (t)
2014 (t)
Destinação
Infectante
635
636
ETD (desativação eletrotérmica)
Comum
1.174
1.372
Aterro Sanitário Rodovia dos
Bandeirantes, km 33 (Caieiras, SP)
Radioterápico
0,318
0,325
ETD (desativação eletrotérmica)
Químico perigoso
11,9
21
Essencis Soluções Ambientais Ltda.
Reciclável*
241
276
Papelão e papel – GTF Papéis (SP)
Plásticos (polietileno) – Nova
Reciclagem Plásticos diversos
(exceto polietileno) – Aplascon Metal
e Vidro – Valdomiro Dias ME.
Orgânico
(compostagem)
722
796
Biomix Indústria e Comércio de
Insumos Orgânicos EPP
Perfurocortante
49,5
51
ETD (desativação eletrotérmica)
Eletrônico
-
1,5
Fundação Settaport
O levantamento é realizado apenas na unidade Bela Vista.
*Inclui: papelão, papel, plástico metal, vidro, alumínio, lâmpadas fluorescentes, pilhas,
raio-X e óleo de cozinha.
55
Relatório de Sustentabilidade 2014
Proibição de instrumentos
com mercúrio
Em 2014, foi sancionada a
lei 15.313, que proíbe o uso,
armazenamento e reparo
de instrumentos de medição
e termômetros contendo
mercúrio. A decisão não
impactou o hospital, que
é um ambiente livre de
mercúrio desde 2005.
Consolidado de resíduos recicláveis
2013 (t)
2014 (t)
Papelão*
139
166
Papel
50
35
Plástico
34
55
Metal
10
8
Vidro
8
8
Alumínio
3
3
*Inclui o material comprado do Projeto Catadores, um total de 94 toneladas
(mais informações no subcapítulo Valor para a comunidade).
A principal mudança foi a redução
de volumes que ficavam parados
no estoque, gerando excesso. Variáveis como custo, demanda pelo
item, timing de entrega do fornecedor e necessidade do produto
foram acrescentadas ao algoritmo
estatístico que é responsável pela
previsão dos itens, melhorando sua
eficiência e assertividade.
Além disso, o estoque foi transferido para outro local físico, com
menor custo de armazenagem por
metro quadrado, mantendo condições de operação funcionais, eficiência da operação e cumprimento
aos aspectos legais (condições mínimas de atendimento às praticas
de armazenagem). G4-EN31
Água, emissões e energia
Para colaborar com a economia de
água, tendo em vista o racionamento ao qual foram submetidas partes
da cidade de São Paulo, a organização paralisou as atividades de jardinagem, retirou os espelhos d’água
existentes na Bela Vista, realizou
iniciativas para conscientização do
público interno e direcionou o uso
para atividades consideradas mais
críticas. Em 2014, por exemplo, foram instalados equipamentos limitadores de vazão de água na torneira e novas válvulas econômicas
de descarga.
O Hospital Sírio-Libanês tem uma
matriz diversificada de fontes de
água, com poços artesianos e caminhões-pipa, além do abastecimento pela Sabesp, que representa
menos de 50% do consumo. Essa
distribuição é estratégica para garantir segurança à instituição.
Consumo de água (em mil m³) G4-EN8
Fonte de retirada
2012
2013
2014
Sabesp*
153
178
177
Poço artesiano
77
72
70
Caminhão-pipa
23
20
45
Total
253
270
292
*Em Brasília, a fonte é a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).
Todos os efluentes são descartados via sistema de saneamento local (Sabesp e Caesb). G4-EN9
56
Gestão ambiental
Emissões de CO2 equivalente (em t) G4-EN15, G4-EN16, G4-EN18
2013
2014
Escopo 1
Combustão estacionária e móvel
20
2
Ar-condicionado
6.658
6.203
Eletricidade comprada e consumida
3.162
4.742
Total dos escopos 1 e 2
9.840
10.947
Escopo 3 (emissóes indiretas)
219
222
Total geral
10.059
11.169
Escopo 2
Consumo de energia dentro da organização G4-EN3
2013
2014
Óleo diesel (em litros)
50.782
22.000
Ar-condicionado (gás refrigerante em kg)
195,79
257,408
Energia elétrica (em milhões de kWh)
30
35
A respeito das emissões de CO2, tendo em vista o projeto de duplicação
de sua capacidade de atendimento,
o hospital apresentou um aumento
de 11% entre 2013 e 2014. Ciente do
desafio diante da realidade de expansão, a instituição vem fazendo
a gestão de emissões com base no
inventário de emissões e pequenas
soluções acumuladas no dia a dia
para a mitigação, como aumento
do uso de energia solar, instalação
de iluminação de alto rendimento
e lâmpadas LED, fachadas com vidros de alto desempenho (evitam a
propagação interna de calor e o uso
mais intenso do ar-condicionado)
e sistema pneumático (usa a compressão do ar para gerar força) no
transporte de roupas sujas e resíduos, entre outras iniciativas.
Sobre o consumo de energia (contabilizado pela taxa de consumo
por paciente-dia e número de leitos
sobre o faturamento bruto), houve um aumento de 2% MKWh em
2014, em relação ao ano anterior.
Já o consumo por número de leitos
(sobre o faturamento bruto), aumentou em 11% MkWh em relação a
2013. G4-EN6
Evolução do volume de energia comprada (em milhões de kWh) G4-EN4
Energia comprada*
2012
2013
2014
30
33
35
Consumo de gás
natural (em mil m³)
297
*As concessionárias de energia que abastecem as unidades assistenciais são a AES
Eletropaulo (em São Paulo) e a Companhia Energética de Brasília (CEB), na capital federal.
243
216
Intensidade energética (taxa por paciente-dia/nº de leitos) G4-EN5
Energia comprada
2012
2013
2014
kWh/Paciente-dia
270
284
279
kWh/Nº de leitos
80.862
89.709
79.726
2012
2013
2014
57
Relatório de Sustentabilidade 2014
Nossas finanças
Ebitda de R$ 152 milhões e bom
desempenho de caixa contribuem para
manter os compromissos financeiros
e a excelência nas atividades
O Hospital Sírio-Libanês é uma
instituição filantrópica e, por isso,
não tem proprietários e acionistas nem distribui lucro. Os impostos que deixam de ser recolhidos
(Cofins e INSS patronal) retornam
à sociedade em forma de projetos de apoio ao Sistema Único de
Saúde (SUS), justificando sua essência e finalidade.
Para manter o nível de excelência
de suas atividades e alavancar o
crescimento, o sistema de financiamento do hospital conta com
doações (R$ 12,7 milhões em 2014)
e atividades remuneradas por serviços de saúde oferecidos para pacientes particulares e de convênio,
sendo 23% de pagamentos particulares e 77% de operadoras de saúde
nacionais e internacionais.
Por ser um hospital filantrópico de
alta complexidade e com diferentes
serviços, o sistema de gestão se baseia em um processo formal de prestação de contas. Uma razão para
adotar esses controles é a necessidade de cumprir compromissos de financiamento atrelados a resultados.
Para que o projeto de expansão
pudesse obter o financiamento do
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do
Banco do Brasil e de dois bancos de
fomento internacionais – o DEG e a
Proparco –, o hospital estabeleceu
premissas junto aos bancos para
assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos. Entre elas estão: manter equilibrada a liquidez e
alavancagem financeira, realizar a
prestação de contas de alguns indicadores econômicos, como a dívida
líquida sobre o Ebitda (resultado da
dívida menos o caixa do hospital
dividido pelo Ebitda2), liquidez corrente, Índice de Cobertura da Dívida
(IDC), saldo de caixa, entre outros.
A cada três meses, o hospital envia
relatórios para o BNDES, o Banco do
Brasil e outros financiadores. Anualmente, são elaborados e auditados
relatórios de acompanhamento sobre o desempenho econômico e financeiro da instituição.
Principais fontes de receita
23%
4%
73%
Pacientes particulares
Operadoras internacionais
Operadoras nacionais
2 Ebitda (earnings before interest, taxes,
depreciation and amortization) significa:
lucros antes de juros, impostos, depreciação
e amortização.
Captação para expansão
Período
Valor e fonte
Destinação
1ª fase (2013-2014)
R$ 430 milhões
50% via BNDES
e 50% via Banco do Brasil
Reforma (modernização)
e ampliação (novas torres)
2ª fase (2015-2016)
R$ 230 milhões
50% via BNDES
e 50% via Banco do Brasil
Conclusão do bloco D e
construção do prédio de
estacionamentos (fase 1)
Moeda estrangeira
US$ 40 milhões
US$ 25 milhões via DEG
(Alemanha) e US$ 15
milhões via Proparco
(França)
Reforma (modernização
do complexo hospitalar
da Bela Vista)
58
Nossas finanças
Recursos para filantropia
Em 2014, a área de Filantropia
fechou um ciclo de
planejamento que cumpriu
uma renúncia fiscal de
cinco anos (2010-2014),
resultando em R$ 393 milhões
aplicados no Programa de
Apoio ao Desenvolvimento
Institucional do SUS (ProadiSUS) e em projetos de
responsabilidade social.
Estabelecer uma estratégia com
foco na composição da dívida foi
necessário para minimizar riscos e
diversificar as fontes de empréstimo. Além desses, foram contratados financiamentos específicos
como Finimps (para importações
de equipamentos) e Finame (para
compra de máquinas e equipamentos nacionais).
Desempenho em 2014
O resultado do ano contempla
o período de 1º de janeiro a 31 de
dezembro de 2014. Apesar das
despesas pré-operacionais decorrentes de plano de ativação das
torres novas, cenários adversos na
economia e hiper-regulamentação
do setor, o desempenho econômico foi considerado satisfatório. A
instituição alcançou um Ebitda de
Demonstração de resultados do exercício 2014
(dados em milhares de R$) G4-EC1, G4-9
2013
2014
Receita bruta
1.274.682
1.434.146
Deduções
234.019
260.119
Receitas operacionais
1.040.663
1.174.027
Custos com medicamentos, materiais e serviços
médicos
277.745
319.172
Superávit bruto
762.918
854.855
Despesas com pessoal e encargos
330.184
396.873
Provisão para créditos de realização duvidosa
30.626
13.353
Provisão/reversão para contingências
37.782
13.271
Depreciações e amortizações
34.998
37.011
Outras despesas administrativas gerais
229.000
292.780
Outras receitas (despesas) operacionais
(15.582)
(13.828)
Total de despesas operacionais
647.008
739.460
Ebitda
150.908
152.406
Superávit operacional antes do resultado
financeiro
115.910
115.395
Resultado financeiro
14.163
1.473
Superávit do exercício
101.747
113.922
Despesas operacionais
*Valor provisionado para resguardar a instituição de créditos cuja liquidação pode não ocorrer.
As demonstrações financeiras acima incluem todas as unidades da Sociedade Beneficente
de Senhoras Hospital Sírio-Libanês: Bela Vista, Itaim, Jardins e Brasília. G4-17
59
Relatório de Sustentabilidade 2014
R$ 152 milhões (margens de 12,9),
resultado 21% abaixo do orçado.
Sobre o desempenho financeiro, a
queda do Ebitda teve seu impacto
minimizado em decorrência do desempenho do caixa em 2014. O desempenho foi melhor que o previsto,
impulsionado pela melhoria de importantes indicadores e pelaa redução do
ciclo financeiro de 82 para 63 dias.
Por fim, o aprimoramento do processo de gestão dos investimentos
contribuiu para a racionalização dos
recursos. Dos R$ 345 milhões previstos, o hospital deixou de investir
R$ 7 milhões, fato que não afetou a
ativação das torres e ainda contribuiu para manter a relação da dívida
liquida sobre o Ebitda equilibrada.
Na gestão de contas
a receber, foram
implementados projetos
que contribuíram para
aumentar a qualidade
das contas hospitalares,
racionalizando a auditoria
das contas e contribuindo
para melhores relações
comerciais
Balanço patrimonial 2013 x 2014
(em milhões de R$)
Ativo
2013
2014
2013
2014
Caixa e equivalentes de caixa
267.474
202.977
Contas a receber
209.837
247.095
Fornecedores operacionais
163.365
179.404
Outros ativos
103.385
105.104
Empréstimos e financiamentos
71.000
89.411
Total do ativo circulante
580.696
555.176
Total do passivo circulante
234.365
268.815
Circulante
Não circulante
Passivo
Circulante
Não circulante
Imposto diferido
–
–
Provisões para contingências
1.656
3.508
Imposto diferido imobilizado
951.296
1.234.749
Empréstimos e financiamentos
482.473
604.738
Contas a receber
–
–
Outros passivos
–
–
Outros ativos
33.263
38.819
Total do passivo não circulante
484.129
608.246
Total do ativo não circulante
984.559
1.282.568
Patrimônio líquido
846.761
960.683
Total do ativo
1.565.255
1.837.744
Total do passivo
1.565.255
1.837.744
60
Nossas finanças
Finanças para gestores
Em 2014, foi ministrado um
curso de finanças corporativas
customizado para atender
às demandas do hospital,
contemplando quatro turmas de
gestores. O objetivo foi iniciar
um programa que traduzisse
em linguagem de fácil aplicação
os conhecimentos de finanças.
A iniciativa visa oferecer aos
gestores o conhecimento
necessário para contribuir para a
gestão e a eficiência da instituição.
Melhorias que
geram eficiência
Desde 2008, a instituição procura
consolidar a gestão do planejamento e a execução da estratégia. Essa
é uma iniciativa que materializou-se a partir da construção do mapa
estratégico, em 2012, revisado periodicamente de acordo com novos
cenários. Atualmente, o mapa contempla 35 indicadores para acompanhamento.
Ainda há avanços previstos para
tornar a gestão estratégica mais eficiente, como a realização de um estudo para buscar uma conexão fina
entre os indicadores externos e a estratégia. Periodicamente, são desenvolvidas atualizações e avaliações
baseadas no mercado, processo estabelecido desde 2013.
Em 2014, a instituição implementou
projetos em diversas áreas com o
objetivo de buscar melhoria de eficiência e produtividade. Foram iniciados projetos no centro cirúrgico,
na enfermagem, na reabilitação e
no Centro de Diagnósticos, além da
automação da farmácia, que já estava em curso.
Geração de valor
e perspectivas
O hospital vem crescendo de forma
constante e sustentável. E, quanto
mais a instituição cresce, mais verba
é aplicada em filantropia. Esse direcionamento de recursos está baseado em alguns impostos que são impactados pelo crescimento (Cofins,
sobre a receita, e o INSS patronal,
que aumenta à medida que novos
colaboradores são contratados).
Após a conclusão do projeto de expansão, o número de colaboradores
diretos deve aumentar para 8.500
em 2020, um incremento de 73%. Já
o número de trabalhadores terceiri-
zados deve aumentar 86%, saltando
para 1.700 pessoas até 2020. O cálculo foi feito baseado em estimativa
do BNDES, que prevê a criação de
três empregos indiretos para cada
novo emprego direto. A previsão
também permite calcular o aumento do total de trabalhadores com
deficiência: 425 pessoas em 2020.
Riscos e compliance
O Hospital Sírio-Libanês preza
pela atualização sobre a realidade
do sistema de saúde e busca se
antecipar às questões que têm potencial para afetar suas atividades.
Entre os riscos mais altos estão os
regulatórios que afetam o setor da
saúde (remuneração de pessoal,
ICMS de importados e transposição de margens).
Existem outros riscos, como possibilidades de fraude, desvios éticos
e também o descumprimento de
políticas, podendo gerar perdas financeiras e prejuízos à imagem da
instituição. Outro aspecto é a entrada em vigor da Lei Anticorrupção (12.846/2013, em vigor desde o
início de 2014). G4-57
Diante desse contexto, o Sírio-Libanês e outros hospitais estão
liderando um grupo, junto com a
Associação Nacional de Hospitais
Privados (Anahp), que promove debates sobre conduta, ética e
compliance nas organizações.
Em 2015, a instituição estuda a
implantação de uma estrutura de
compliance interna, que deve ser
responsável pela avaliação da conformidade das práticas atuais e
outros processos voltados à consolidação de um modelo de compliance. A medida visa dar cada vez
mais credibilidade e transparência
às práticas e aos processos internos. G4-14, G4-16
61
Relatório de Sustentabilidade 2014
Sobre o
relatório
As informações compreendem
o período entre 1º de janeiro
e 31 de dezembro de 2014
A definição de conteúdo
levou em conta os temas
materiais da organização,
entrevistas e dinâmicas
com os públicos e a análise
de indicadores próprios
e da GRI
Seguindo a política de transparência do Hospital Sírio-Libanês e seu
compromisso de aprimorar a comunicação com seus públicos, o
Relatório de Sustentabilidade 2014
apresenta, em português e inglês,
as principais informações relativas
aos resultados financeiros e econômicos, de gestão e governança
corporativa e de desempenho socioambiental da instituição.
O relato é apresentado em duas
versões: online completa e resumida impressa, esta última com distribuição dirigida aos públicos que
desejam tomar conhecimento de
estratégias, ações e desempenho
de maneira mais objetiva e sucinta.
O relatório é publicado anualmente
desde 2008, ano até o qual era chamado de Balanço Social.
A definição de conteúdo levou
em conta os temas materiais da
organização, além das entrevistas e dinâmicas com os públicos,
incluindo lideranças do Hospital
Sírio-Libanês, e da análise de indicadores. Não houve alterações
significativas de escopo ou de informações em relação à edição anterior, relativa ao ano de 2013.
Este relato foi elaborado de acordo com as diretrizes G4 da Global
Reporting Initiative (GRI), em seu
escopo Essencial (Core). A verificação externa dos dados financeiros
e não financeiros foi realizada pela
DNV-GL, auditoria especializada.
Foram incluídos dados sobre estratégias, iniciativas, produtos, serviços,
projetos, operações e negócios das
unidades em São Paulo (Bela Vista,
Itaim e Jardins) e em Brasília (DF).
Informações e limitações relativas
a indicadores GRI específicos estão
apontadas ao longo deste relatório
e organizadas no Sumário GRI (na
página a seguir). Dúvidas, críticas e
sugestões sobre o conteúdo apresentado podem ser encaminhadas
para o e-mail sustentabilidade@hsl.
org.br. No portal www.hsl.org.br,
estão disponíveis informações dos
relatórios anteriores.
G4-17, G4-18, G4-22, G4-23, G4-28, G4-29,
G4-30, G4-31, G4-32, G4-33
62
SUMÁRIO GRI
Sumário GRI
G4-32
Página/resposta
Verificação
externa
6, 7
sim, 68, 69
G4-3 Nome da organização
10
sim, 68, 69
G4-4 Principais marcas, produtos e/ou serviços
10
sim, 68, 69
G4-5 Localização da sede da organização
21
sim, 68, 69
G4-6 Países onde estão as principais unidades de
operação ou as mais relevantes para os aspectos da
sustentabilidade do relatório
21
sim, 68, 69
G4-7 Tipo e natureza jurídica da propriedade
13
sim, 68, 69
G4-8 Mercados em que a organização atua
21
sim, 68, 69
G4-9 Porte da organização
10, 21, 58
sim, 68, 69
G4-10 Perfil dos empregados
21, 43
sim, 68, 69
G4-11 Percentual de empregados cobertos
por acordos de negociação coletiva
100% dos colaboradores CLT
sim, 68, 69
G4-12 Descrição da cadeia de fornecedores
da organização
50
sim, 68, 69
G4-13 Mudanças significativas em relação a porte,
estrutura, participação acionária e cadeia de
fornecedores
10
sim, 68, 69
G4-14 Descrição sobre como a organização adota
a abordagem ou princípio da precaução
16, 19, 60
sim, 68, 69
G4-15 Cartas, princípios ou outras iniciativas
desenvolvidas externamente
12, 20, 52
sim, 68, 69
G4-16 Participação em associações e organizações
60
sim, 68, 69
58, 61
sim, 68, 69
Conteúdos Padrão Gerais
Conteúdo geral
Estratégia e análise
G4-1 Mensagem do presidente
Perfil organizacional
Aspectos materiais identificados e limites
G4-17 Entidades incluídas nas demonstrações
financeiras consolidadas e entidades não cobertas
pelo relatório
63
Relatório de Sustentabilidade 2014
Conteúdos Padrão Gerais
Página/resposta
Verificação
externa
G4-18 Processo de definição do conteúdo
do relatório
4, 61
sim, 68, 69
G4-19 Lista dos temas materiais
5
sim, 68, 69
G4-20 Limite, dentro da organização, de cada
aspecto material
5
sim, 68, 69
G4-21 Limite, fora da organização, de cada aspecto
material
5
sim, 68, 69
G4-22 Reformulações de informações fornecidas
em relatórios anteriores
61
sim, 68, 69
G4-23 Alterações significativas de escopo e limites
de aspectos materiais em relação a relatórios
anteriores
61
sim, 68, 69
G4-24 Lista de grupos de stakeholders engajados
pela organização
4
sim, 68, 69
G4-25 Base usada para a identificação e seleção de
stakeholders para engajamento
4
sim, 68, 69
G4-26 Abordagem para envolver os stakeholders
4
sim, 68, 69
G4-27 Principais tópicos e preocupações levantadas
4
durante o engajamento, por grupo de stakeholders
sim, 68, 69
Engajamento de stakeholders
Perfil do relatório
G4-28 Período coberto pelo relatório
61
sim, 68, 69
G4-29 Data do relatório anterior mais recente
61
sim, 68, 69
G4-30 Ciclo de emissão de relatórios
61
sim, 68, 69
G4-31 Contato para perguntas sobre o relatório ou
seu conteúdo
61
sim, 68, 69
G4-32 Opção da aplicação das diretrizes e
localização da tabela GRI
61, 62
sim, 68, 69
64
SUMÁRIO GRI
Página/resposta
Verificação
externa
G4-33 Política e prática atual relativa à busca de
verificação externa para o relatório
61
sim, 68, 69
G4-34 Estrutura de governança da organização
14
sim, 68, 69
G4-56 Valores, princípios, padrões e normas de
comportamento da organização
12
sim, 68, 69
G4-57 Mecanismos internos e externos
de orientação sobre ética e conformidade
12, 60
sim, 68, 69
Conteúdos Padrão Específicos
Página/resposta
Conteúdos Padrão Gerais
Governança
Ética e integridade
Omissões
Conteúdo específico
–
Categoria econômica
–
Verificação
externa
Aspecto: Desempenho econômico
G4-DMA Forma de gestão
57
–
sim, 68, 69
G4-EC1 Valor econômico direto
gerado e distribuído
58
–
sim, 68, 69
G4-EC4 Ajuda financeira significativa
recebida do governo
34
–
sim, 68, 69
G4-DMA Forma de gestão
25, 33
–
sim, 68, 69
G4-EC7 Impacto de investimentos em infraestrutura
oferecidos para benefício público
25, 34
–
sim, 68, 69
G4-EC8 Descrição de impactos econômicos
indiretos significativos
25, 31, 34, 36
–
sim, 68, 69
G4-DMA Forma de gestão
52
–
sim, 68, 69
G4-EN3 Consumo de energia dentro
da organização
56
–
sim, 68, 69
G4-EN4 Consumo de energia fora da organização
56
–
sim, 68, 69
Aspecto: Impactos econômicos indiretos
Categoria ambiental
Aspecto: Energia
65
Relatório de Sustentabilidade 2014
Conteúdos Padrão Específicos
Página/resposta
Omissões
Verificação
externa
G4-EN5 Intensidade energética
56
–
sim, 68, 69
G4-EN6 Redução do consumo de energia
56
–
sim, 68, 69
G4-DMA Forma de gestão
52
–
sim, 68, 69
G4-EN8 Total de água retirada por fonte
55
–
sim, 68, 69
G4-EN9 Fontes hídricas significativamente afetadas
por retirada de água
55
–
sim, 68, 69
G4-EN10 Percentual e volume total de água
reciclada e reutilizada
53
–
sim, 68, 69
G4-DMA Forma de gestão
56
–
sim, 68, 69
G4-EN15 Emissões diretas de gases de efeito estufa
56
–
sim, 68, 69
G4-EN16 Emissões indiretas de gases de efeito
estufa provenientes da aquisição de energia
56
–
sim, 68, 69
G4-EN18 Intensidade de emissões de
gases de efeito estufa
56
–
sim, 68, 69
G4-DMA Forma de gestão
52
–
sim, 68, 69
G4-EN22 Descarte total de água, discriminado
por qualidade e destinação
53
–
sim, 68, 69
G4-EN23 Peso total de resíduos, discriminado
por tipo e método de disposição
53
–
sim, 68, 69
G4-EN25 Peso de resíduos transportados
considerados perigosos
53
–
sim, 68, 69
Aspecto: Água
Aspecto: Emissões
Aspecto: Efluentes e resíduos
Categoria social – práticas trabalhistas e trabalho decente
Aspecto: Emprego
G4-DMA Forma de gestão
44
–
sim, 68, 69
G4-LA1 Número total e taxas de novas contratações
e rotatividade de empregados
45
–
sim, 68, 69
66
Nossas finanças
Omissões
Verificação
externa
G4-LA2 Comparação entre benefícios a empregados
44
de tempo integral e temporários
–
sim, 68, 69
G4-LA3 Taxas de retorno ao trabalho e retenção
após uma licença-maternidade/paternidade
46
–
sim, 68, 69
G4-DMA Forma de gestão
48
–
sim, 68, 69
G4-LA5 Percentual dos empregados representados
em comitês formais de segurança e saúde
48
–
sim, 68, 69
G4-LA6 Taxas de lesões, doenças ocupacionais e
dias perdidos
49
–
sim, 68, 69
G4-LA7 Empregados com alta incidência ou alto
risco de doenças relacionadas à sua ocupação
Em virtude do mapeamento
de riscos, processos bem
desenhados e capacitação
de colaboradores para
segurança, não há incidência
de doenças relacionadas
às ocupações. 461 pessoas
–
atuam potencialmente
expostas à radiação ionizante,
mas sob monitoramento
individual e ambiental, para
garantir trabalho seguro. Não
existem registros de doenças
relacionadas a essa atividade.
sim, 68, 69
G4-DMA Forma de gestão
47
–
sim, 68, 69
G4-LA9 Média de horas de treinamento por ano
47
–
sim, 68, 69
G4-LA10 Programas para gestão de competências e
aprendizagem contínua
47
–
sim, 68, 69
G4-LA11 Percentual de empregados que recebem
análises de desempenho
47
–
sim, 68, 69
G4-DMA Forma de gestão
17
–
sim, 68, 69
G4-HR2 Total de horas de treinamento de
empregados em políticas de direitos humanos e
percentual de empregados treinados
17
–
sim, 68, 69
Conteúdos Padrão Específicos
Página/resposta
Aspecto: Saúde e segurança no trabalho
Aspecto: Treinamento e educação
Categoria social – direitos humanos
Aspecto: Investimentos
67
Relatório de Sustentabilidade 2014
Página/resposta
Omissões
Verificação
externa
G4-DMA Forma de gestão
40
–
sim, 68, 69
G4-HR3 Número total de casos de
discriminação e medidas corretivas tomadas
Não houve nenhum caso
relacionado.
–
sim, 68, 69
G4-DMA Forma de gestão
36
–
sim, 68, 69
G4-SO1 Percentual de operações com programas
de engajamento da comunidade local, avaliação de
impactos e desenvolvimento local
36
–
sim, 68, 69
G4-SO2 Operações com impactos
negativos significativos, reais e potenciais,
nas comunidades locais
A comunidade do
entorno não aponta
questões como resíduos e
barulho/transporte como
impactantes, segundo
a consulta feita aos
stakeholders durante o
processo de revisão da
materialidade para
este relato.
–
sim, 68, 69
19
–
sim, 68, 69
G4-PR1 Avaliação de impactos na saúde e segurança
18, 19, 20
durante o ciclo de vida de produtos e serviços
–
sim, 68, 69
G4-PR2 Não conformidades relacionadas a impactos Não houve nenhum caso
causados por produtos e serviços
relacionado.
–
sim, 68, 69
Conteúdos Padrão Específicos
Aspecto: Não discriminação
Categoria social – sociedade
Aspecto: Comunidades locais
Categoria social – responsabilidade pelo produto
Aspecto: Saúde e segurança do cliente
G4-DMA Forma de gestão
Aspecto: Rotulagem de produtos e serviços
G4-DMA Forma de gestão
40
–
sim, 68, 69
G4-PR5 Resultados de pesquisas medindo a
satisfação do cliente
41, 42
–
sim, 68, 69
68
Declaração de Garantia
Declaração de Garantia DNV GL
Relatório de
Sustentabilidade 2014
da Sociedade Beneficente
de Senhoras Hospital
Sírio-Libanês – versão
em português
1. Contexto e
responsabilidades
Por solicitação da Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio
Libanês, a DNV GL realizou a verificação independente da versão em
português do seu Relatório de Sustentabilidade 2014 (“o Relatório”).
O Relatório destina-se aos seus leitores e às partes interessadas no
desempenho de sustentabilidade
da empresa. O Conselho de Administração da Sociedade Beneficente
de Senhoras – Hospital Sírio Libanês
é responsável por todas as informações e todos os dados fornecidos
no Relatório 2014, assim como por
todos os processos envolvidos na
coleta, na análise e no reporte dessa informação. A responsabilidade
da DNV GL consiste na verificação
da qualidade da informação e dos
dados fornecidos no Relatório 2014,
de acordo com os termos e o escopo estabelecido, assim como na
elaboração de uma declaração de
garantia com base nessa verificação. Esta declaração de garantia é
baseada na suposição de que os dados e informações são completos,
suficientes e precisos. A DNV GL
não se responsabiliza por qualquer
decisão de investimento ou de qualquer outra natureza realizada com
base nesta declaração de garantia.
2. Independência
A DNV GL não foi envolvida na
elaboração de qualquer informação
contida no Relatório 2014, além desta declaração de garantia. A DNV GL
afirma também a sua independência
em relação a favorecimentos, influências ou conflitos de interesse associados com a Sociedade Beneficente de
Senhoras – Hospital Sírio Libanês ou
suas partes interessadas. A DNV GL
não forneceu quaisquer serviços para
o Einstein em 2014 que pudessem
comprometer sua independência e a
imparcialidade de suas conclusões.
3. Escopo e limites
da verificação
A verificação abrangeu toda a informação referente ao período de
1º de janeiro a 31 de dezembro de
2014 e consistiu em um nível moderado de verificação. Os objetivos
principais da verificação foram avaliar e assegurar:
•os processos de definição de conteúdo, foco e limites do relatório;
•os processos de coleta e agregação dos dados de sustentabilidade;
•os processos adotados para definição de materialidade, inclusão
e resposta às expectativas dos
stakeholders;
•as políticas, estratégias e desempenho de sustentabilidade;
•a confiabilidade da informações
específicas referentes ao desempenho de sustentabilidade. Isto
incluiu dados referentes a verificação por amostragem de alguns
indicadores de recursos humanos,
de meio ambiente e de saúde e
segurança do trabalho, governança corporativa e filantropia.
Esta verificação teve como objetivo avaliar e assegurar a informa-
ção e os dados referentes à gestão
e ao desempenho da Sociedade
Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês contidos no Relatório 2014. O trabalho realizado
pela DNV GL não teve por objetivo
avaliar a eficácia ou a eficiência dos
processos de gestão adotados ou
a qualidade do desempenho de
sustentabilidade, tanto por parte da
Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês como
de quaisquer entidades terceiras
mencionadas no Relatório. Este parecer não cobre os dados relativos
às emissões de gases do efeito estufa (GEE). Os dados e informações
econômicas foram avaliados por
outra empresa independente.
4. Abordagem e metodologia
da verificação
A DNV GL é provedora líder de serviços de sustentabilidade, incluindo
a verificação dos relatórios de sustentabilidade. Nossos especialistas
de avaliação ambiental e social trabalham em mais de 100 países.
Esta verificação foi realizada em Abril
de 2015, por profissionais da DNV GL
detentores de qualificações e experiência adequadas, de acordo com o
Protocolo de Verificação de Relatórios de Sustentabilidade da DNV GL
(VeriSustain). O VeriSustain fundamenta-se nos princípios e nas diretrizes mais aceitos, incluindo AccountAbility AA1000 Assurance Standard
(2008) e as Diretrizes para Relatórios
de Sustentabilidade da GRI.
Assim, o relatório foi avaliado de
acordo como os seguintes critérios:
aderência aos princípios de materialidade, abrangência, equilíbrio, confiabilidade, inclusão de stakeholders
e nível de resposta, conforme Proto-
69
Relatório de Sustentabilidade 2014
colo de Verificação de Relatórios de
Sustentabilidade da DNV GL e diretrizes para Relatórios de Sustentabilidade da Global Reporting Initiative
(GRI versão 4, 2013), para a opção
de relato essencial.
O trabalho de verificação incluiu as
seguintes atividades:
•entrevistas com 8 diretores,
gerentes e gestores responsáveis
por diversas áreas da empresa,
nas sedes administrativas em
São Paulo. O propósito dessas
entrevistas foi o de confirmar o
comprometimento e as prioridades da Sociedade Beneficente de
Senhoras – Hospital Sírio Libanês
relacionadas a sustentabilidade;
•exame e revisão de documentos, dados e outras informações
disponibilizadas à DNV GL;
•análise da evolução dos comprometimentos, estruturas e
recursos dedicados à gestão da
sustentabilidade;
•análise de políticas, procedimentos e relatórios de desempenho
relacionados à sustentabilidade;
•avaliação dos processos para coleta, agregação, validação e reporte de dados de sustentabilidade;
•análise de comunicações internas e externas sobre temas e
desempenho de sustentabilidade
da Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês.
5. Conclusões
Na opinião da DNV GL, o relatório
é uma representação adequada da
empresa, relacionando a estratégia, as políticas, as atividades e o
desempenho de sustentabilidade
da Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês no
período coberto por ele.
6. Observações
Sem interferir na nossa opinião de
garantia, verificamos as seguintes
boas práticas e oportunidades para
a Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês melhorar ainda mais a sua adesão aos
princípios de reporte e comunicação de informações de desempenho. A DNV GL avaliou a adesão do
relatório aos seguintes princípios,
na escala de “bom”, “aceitável” e
“necessita de melhoria”.
Materialidade: Aceitável. A Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês fez a revisão de todo
o seu processo de materialidade.
Este processo definiu temas relevantes para as suas operações. Para os
próximos ciclos de relato a DNVGL
recomenda que a Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês identifique os temas materiais
por unidade de negócio.
Completude: Aceitável. O escopo e
a abrangência do Relatório estão definidos. As limitações no reporte dos
indicadores estão indicadas ao longo
do relato. A cobertura dos aspectos
materiais reflete impactos econômicos, ambientais e sociais. A DNVGL
recomenda que no próximo ciclo de
relato, a Sociedade Beneficente de
Senhoras – Hospital Sírio Libanês,
consolide as informações de resíduos
de todas as suas unidades de negócio.
Inclusão de stakeholders e nível de
resposta: Aceitável. O processo de
engajamento foi feito de forma presencial e eletrônica e envolveu representantes dos grupos: Comunidade,
Pacientes, Sociedade, Sindicatos,
Colaboradores, Associados, Fornecedores, Concorrentes, Doadores,
Comunidade científica, Operadoras
de Saúde, Governo, Imprensa e Médicos. A DNV GL recomenda que no
próximo ciclo de relato a Sociedade
Beneficente de Senhoras – Hospital
Sírio Libanês relate os resultados do
engajamento também por grupo de
stakeholders e não apenas de forma
consolidada.
Confiabilidade: Aceitável. A confiabilidade dos dados é adequada,
mas as fontes de informações são
diversas. A DNV GL recomenda que
a Sociedade Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês integre
os dados de sustentabilidade através de seus sistemas informatizados de controle.
Equilíbrio: Aceitável. A Sociedade
Beneficente de Senhoras – Hospital Sírio Libanês apresenta ao logo
do relatório desafios de sustentabilidade. A DNVGL recomenda que
nos próximos ciclos a sociedade
considere alguns outros desafios
que foram evidenciados nas entrevistas, tais como: a situação política
e econômica do país, mão de obra
e políticas públicas.
Rodrigo Carlos Henriques
Gerente do projeto
Raphael Leite
Verificador
Ana Cristina Campos Marques
Controle de qualidade
Det Norske Veritas, São Paulo,
08 de maio de 2015.
70
Estrutura organizacional
Estrutura organizacional
Gestão 2012-2015
•Edmea Eduardo Jafet
•Marta Kehdi Schahin
•Eliane Cury Nahas
•Milena Abdalla Hannud
•Elizabeth Camasmie Zogbi
•Munira Salomão
•Elizabeth Nahas Trabulsi
•Nancy Luiza Pagnoncelli Cury
•Flavia Assad Jafet
•Neide Salemi
•Georgia Abdalla Hannud
•Rosemary Schahin Archer de
Carmargo
Assembleia Geral (380 associadas)
Conselho Deliberativo
Anna Maria Tuma Zacharias
Presidente
Denise Alves da Silva Jafet
Vice-presidente
Maria Angela Atallah
Secretária-geral
Lenah Barrionuevo Cochrane Cutait
1ª secretária
•Gladis Chade Cattini Maluf
•Ruth Salem Sader
•Grace Tamer Lotaif Cury
Integrantes
•Sandra Mary Maluf Elias
•Guilnar Atallah Abbud
•Sandra Sarruf Chohfi
•Adriana Abdalla Hannud
Rizkallah
•Ieda Karan de Araujo Vianna
•Adriana Penteado Camasmie
•Irene Jafet Panelli
•Alzira Maria Assumpção
•Laura Emilia Calfat Chammas
•Angela Haidar Chede
•Lilian Cury
•Cecilia Elisabeth Cassab Cutait
•Lilian Dabus Zarzur
•Cecília Rizkallah Camasmie
•Lina Saigh Maluf
•Claudia Camasmie Ferraretto
•Lourdes Henaisse Abdon
•Claudia Chohfi
•Luciana Murad Hannud
•Cristiane Tamer Lotaif
•Maria Angela Kalil Rizkallah
•Cynthia Parodi Cutait
•Maria de Lourdes
F. Junqueira Franco
•Silvana Said Haidar
•Silvane Racy Cury
•Sonia Abdalla Jafet
•Sylvia Suriani Sabie
•Vania Cutait de Castro Cotti
•Vera Assad Jafet Kehdi
•Vera Lygia Bussab Saliba
•Vivian Abdalla Hannud
•Zeina Chakmati
•Dolly M. Lahoud
•Maria Helena Andraus Cintra
•Dora Camasmie Jereissati
•Maria Regina Ugolini Chamma
•Dulce A. C. Abdalla
•Marilena Camasmie Razuk
•Edith Jafet Cestari
•Marilena Racy Bussab
71
Relatório de Sustentabilidade 2014
Conselho Fiscal
(Gestão 2012-2015)
Diretoria da Sociedade Beneficente de Senhoras
(Gestão 2012-2015)
Membros efetivos
Violeta Basílio Jafet
Presidente honorária
Antônio Sarkis Jr.
Paulo André Jorge Germanos
Marcelo Haddad Buazar
Membros suplentes
Alexandre Saddy Chade
Marcelo Chakmati
Vivian Abdalla Hannud
Presidente
Dulce A. Camasmie Abdalla
1ª diretora-vice-presidente
Marta Kehdi Schahin
2ª diretora-vice-presidente
Vera Jafet Kehdi
Diretora-secretária-geral
Marilena Racy Bussab
Diretora 1ª secretária
Maria Helena Andraus Cintra
Diretora-tesoureira-geral
Claudia Chohfi
Diretora 1ª tesoureira
Renata Rizkallah
Diretora 2ª tesoureira
Cecília Elisabeth Cassab Cutait
Diretora de Patrimônio
Irene Jafet Panelli
Diretora de Sede
Marilena Camasmie Razuk
Diretora social e de Eventos
Sandra Sarruf Chohfi
Diretora social e de Eventos
Sylvia Suriani Sabie
Diretora de Relações
Públicas e Marketing
Edith Jafet Cestari
Diretora de Ações Sociais
Lílian Cury
Diretora de Ações Sociais
Angela Haidar Chede
Diretora de Voluntários
72
Estrutura organizacional
Conselho de
Administração
•Lucia Camasmie Kurbhi
Comissões e grupos
especializados
•Magnólia Chohfi Atallah
•Angela Haidar Chede
•Maria Sylvia Haidar Suriani
Comissão Assessora
da Diretoria Clínica
•Dulce A. Camasmie Abdalla
•Myrna Suriani Haidar
•Fabio Cutait
Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar
•Rachel Tamer Lotaif
Comissão de Credenciamento
•Giovanni Guido Cerri
•Rose Zarzur Cozman
Comissão de Ética de Enfermagem
•Luiz Henrique Maksoud
•Vera Cattini Mattar
Comissão de Ética Médica
•Marta Kehdi Schahin
•Zilda Camasmie Taleb
•Mauricio Ceschin
Comissão Médica
Comissão de Farmácia
e Terapêutica
•Antranik Manissadjian
Comissão de Pacientes Críticos
•Anuar Ibrahim Mitre
Comissão de Padronização
e Auditoria Transfusional
•Paulo Marcelo Gehm Hoff
•Roberto Kalil Filho
•Salim Taufic Schahin
•Arnaldo José Hernandez
Comissão de Pronto Atendimento
•Sergio Carlos Nahas
•Artur Katz
•Vivian Abdalla Hannud
(presidente)
Conselho Vitalício
•Conrado F. de Albuquerque
Cavalcanti
Comissão de Reanimação
Cardiopulmonar
Comissão de Revisão de Óbitos
•Daniel Deheinzelin (presidente)
•Arlette Abussamra Yazigi
•Beatriz Jafet Chohfi
•Gustavo Adolpho Junqueira
Amarante
•Ellye Zarzur Cury
•Marcel Cerqueira César Machado
•Gladys Irma Maluf Chamma
(in memoriam)
•Marcello Simaro Barduco
Comissão de Revisão de
Prontuários Médicos
Comissão de Unidades Críticas
•Rubens Vuono de Brito Neto
•Guinar Calfat Andraus
(in memoriam)
•Sérgio Samir Arap
•Ilda Zarzur
•Yana Augusta Sarkis Novis
Comissão dos Núcleos de Medicina
Avançada
Comissão Intra-Hospitalar
de Transplantes
Comitê de Vanguarda
•Ivette Rizkallah
•Lilian Nader Atallah
•Lourdes Zarzur Cury
Equipe Multidisciplinar
de Terapia Nutricional
73
Relatório de Sustentabilidade 2014
Agradecimentos
R$
12,7 mi
em doações
A Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês conta
com o apoio de pessoas e empresas comprometidas com seu desenvolvimento e expansão desde a
fundação, em 1921.
• Instituto Gemast
Em 2014, as ações de mobilização
de recursos obtiveram R$ 12,7 milhões em doações. A instituição
agradece a contribuição de todos
os amigos e empresas para o desenvolvimento da instituição.
• Lourdes Henaisse Abdon
• Ivette Bachir Kanawati
Atallah
• Joseph Safra
• Márcio Arduin Saraiva
• Maurício Ceschin
• Miguel Mofarrej Neto
Neste relatório, encontram-se os
doadores e as empresas que fizeram doações em 2014.
• Associação Comendador
Assad Abdalla
• Milton Sayegh
• MKL Investimentos
Imobiliários Ltda.
• OZ Design
• Carlos Alberto Mansur
• Dina Binzagr
• Paulo Henrique de
Lemos Meirelles
• Eduardo de Souza Ramos
• Renata Rizkallah
• Elizabeth Camasmie Zogbi
• Ricardo Nardini
• Fábio Cutait
• Samir Abdenour
• Flávia Nardini
• Vania Boghossian Marinho
• Guiomar Della Togna Nardini
• Vivian Abdalla Hannud
Ficha técnica
Ficha técnica
Coordenação
Comitê de Sustentabilidade
Colaboração
Coordenação de Sustentabilidade
Diretoria de Senhoras
Gerência de Marketing e Comunicação Corporativa
Instituto Sírio-Libanês de Responsabilidade Social
Superintendência Comercial
Superintendência Corporativa
Superintendência de Atendimento e Operações
Superintendência de Controladoria e Finanças
Superintendência de Engenharia e Obras
Superintendência de Ensino
Superintendência de Estratégia Corporativa
Superintendência de Filantropia
Superintendência de Gestão de Pessoas e Qualidade
Superintendência de Logística
Superintendência de Novos Negócios e Farmácia
Superintendência de Pacientes Internados
Superintendência de Pesquisa
Superintendência de Tecnologia da Informação
Superintendência Técnica Hospitalar
Revisão da materialidade, consultoria GRI,
coordenação editorial e design
Report Sustentabilidade
Equipe: Ana Souza (gestão de projetos e relacionamento), Thais Fantazia e
Victor Netto (materialidade e consultoria GRI), Carolina Cenciarelli (apoio
de redação), Rúbia Piancastelli (redação e edição), Talita Fusco (apoio de
edição), Guilherme Falcão (projeto gráfico) e Naná de Freitas (diagramação)
Revisão
Assertiva Produções Editoriais
Versão em inglês
Just Traduções
Fotografia da capa
Jayakumar/Shutterstock
74
Unidades
São Paulo: Bela Vista – Itaim – Jardins
Brasília: Asa Sul – Lago Sul
www.hsl.org.br
Central de atendimento: 11 3394-0200
/HospitalSirioLibanes
/+HospitalSirioLibanes
/HospitalSirioLibanes
/company/hospitalsiriolibanes
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Relatório de Sustentabilidade 2014 - Hospital Sírio