V Encontro: democracia e coesão O V Encontro de Coordenadores da APAMAGIS reuniu Magistrados de todas as regiões do Estado, que discutiram metas para vencer os diversos obstáculos do Judiciário. PÁGINAS 4 a 8 Tribuna da Magistratura Informativo da Associação Paulista de Magistrados Ano XIX - Número 190 - Junho de 2010 III Prêmio APAMAGIS - Des. Manoel Thomaz Carvalhal. Saiba como participar! Página 2 Tomam posse 87 novos Magistrados Desembargadores assumem assento no TJ/SP Ministro Luiz Fux fala sobre a reforma do CPC A Magistratura de São Paulo Os Desembargadores Aben-Athar de O Coordenador da Reforma do CPC recebe os Juízes aprovados no 182º Paiva, Jair Martins e Sérgio Shimura discorre sobre a relação entre legislação e Concurso. PÁGINAS 10 e 11 tomam posse. PÁGINA 9 morosidade da Justiça. PÁGINAS 12 e 13 Opinião 1ª Vice-Presidência 2ª Vice-Presidência A GREVE É A SOLUÇÃO? ENCONTRO DE COORDENADORES – INSTRUMENTO PARA UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA Estamos vivendo mais um período de greve dos servidores do Poder Judiciário. A paralisação já conta com quase dois meses (à época em que escrevo estas linhas) e não existe uma solução à vista. É notório que os servidores estão sem reposição salarial há alguns anos. Também é notório que trabalham acima do limite do razoável, uma vez que o número deles é insuficiente para atender a demanda dos serviços. Nas visitas que faço pelas comarcas do interior do nosso Estado a serviço da APAMAGIS constato que em quase todas é grande a deficiência e ela só não tem maiores reflexos porque os servidores trabalham além do limite para atender àqueles que procuram os serviços judiciários. Isso sem falar na carência de juízes. Não fosse a dedicação ímpar dos magistrados e a população estaria ainda mais decepcionada pela qualidade da prestação de serviço do Poder Judiciário do nosso Estado. Agora vejo que os líderes dos servidores falam na praça pública que a Presidência do Tribunal de Justiça privilegia os magistrados em detrimento dos servidores. Com esse argumento procuram sensibilizar aqueles que ainda não aderiram ao movimento grevista. Creio que essa não é a melhor linha de conduta para ser utilizada. Na verdade, antes de expor esse argumento, aqueles que discursam na praça deveriam saber as razões pelas quais ocorreu algum pagamento por serviço prestado pelo magistrado e não ocorreu a reposição dos vencimentos dos servidores. São duas situações bem distintas e que não ficaram bem esclarecidas aos interessados. Para que ocorra a reposição pleiteada, que entendo ser justa, há necessidade de liberação de verba específica pelo Poder Executivo Estadual, considerando que o número dos servidores ultrapassa os quarenta mil. E isso não vem acontecendo. O responsável pela gestão desse Poder não se sensibiliza pelos argumentos expostos pela Presidência do Tribunal de Justiça e não autoriza a liberação da verba suplementar. Por sua vez, para os pagamentos dos serviços prestados pelos magistrados existe verba prevista para uso a critério da Presidência e considerando o número relativamente pequeno de beneficiados, os pagamentos podem ser feitos. Deixo claro que não estou entrando no mérito desses pagamentos, se são ou não são devidos ou se o momento para tanto era oportuno. Apenas estou afirmando que em termos do orçamento, não há nenhum impedimento para que eles aconteçam. Portanto, são situações diferentes e que deveriam ter um tratamento diferente por aqueles que utilizam o argumento na praça pública. Na verdade, o que todos os servidores e magistrados querem é que se cumpra a lei estadual que reconheceu o direito dos servidores receberem a reposição salarial na data base. Esta foi uma grande conquista dos servidores. Todavia, não está merecendo a devida atenção por parte daqueles que podem tomar providências concretas para solucionar o impasse. Espero sinceramente que em breve tempo a situação se resolva, uma vez que a população, destinatária final dos serviços prestados pelo Judiciário paulista, não pode ficar, mais uma vez, prejudicada em razão de desentendimentos entre uma parcela daqueles que prestam serviços públicos essenciais. A APAMAGIS acaba de realizar seu V Encontro de Coordenadores, reunindo, em nossa Capital, cerca de setenta Magistrados de diversos pontos do Estado de São Paulo. Além da inegável virtude associativa - ao propiciar uma saudável e necessária integração dos colegas e de seus familiares - o evento traz, em si, significado ainda mais importante, absolutamente único: um mecanismo democrático de discussão no direcionamento da APAMAGIS. Não custa lembrar que a nossa Associação se revela como braço político do Judiciário e dos Magistrados Paulistas, importante ferramenta de interlocução com a cúpula do TJ/SP, com os outros dois Poderes e com a sociedade brasileira. Assim, é intuitivo que a APAMAGIS deva trabalhar incessantemente para a Magistratura. Entretanto, cabe uma pergunta: o que de fato pensa o Magistrado para cada uma das questões de interesse da classe? A Diretoria Executiva possui legitimidade para tomar decisões em nome de todos os seus associados, afinal, ela foi submetida - e aprovada - por um escrutínio transparente e de intensa participação. Logo, se adotada uma postura mais cômoda isso poderia conduzir a tomadas de decisão sem consulta prévia e simplesmente esperar que as ações presentes fossem novamente julgadas pelos associados no pleito eleitoral seguinte. Não obstante respeitar as opiniões contrárias e as que aprovam esse mecanismo de administração, a Diretoria da APAMAGIS, desde a gestão do Presidente Calandra, procura novas formas de aperfeiçoar os rumos e conferir ainda mais legitimidade na tomada de decisões. E os Encontros de Coordenadores são um bom exemplo de quão produtivo é o diálogo e o debate interno. As cinco edições do Encontro propiciaram mudanças de modelo para a APAMAGIS e para a própria Magistratura. As discussões produziram coordenadas precisas para que a Diretoria Executiva se posicionasse em cada um dos muitos temas levantados. A visão multifacetada aprimora princípios, solidifica ideais e legitima aspirações, na medida em que se afasta de pleitos individuais. Mais do que chancelar as propostas, os associados signatários das Cartas dos Encontros mostram a força e a coesão da Magistratura. Não é demais lembrar que os Coordenadores Regionais são eleitos diretamente pelos associados de cada uma das circunscrições do interior e dos foros centrais ou regionais da Capital. Assim, sufragados pela vontade de seus pares, os associados eleitos Coordenadores comparecem a cada um dos Encontros semestrais com a missão de representar e defender os anseios e propostas dos Magistrados que os elegeram por todo o Estado de São Paulo. Por essa razão temos que continuar investindo em soluções de descentralização e de democratização da gestão, cumprimentando cada um dos Coordenadores pela participação nos Encontros Regionais realizados. Des. Roque Antonio Mesquita de Oliveira Juiz Fernando Figueiredo Bartoletti 1º Vice-Presidente ([email protected]) 2º Vice-Presidente ([email protected]) Lançado o III Prêmio APAMAGIS - Des. Manoel Thomaz Carvalhal Com intuito de incentivar as manifestações culturais e o intercâmbio de conhecimento jurídico entre os Magistrados, a APAMAGIS lança o III Prêmio APAMAGIS – Desembargador Manoel Thomaz Carvalhal. O concurso selecionará as melhores teses ou ensaios jurídicos dos Magistrados Associados que estejam de acordo com o regulamento do prêmio. O primeiro colocado ganhará a láurea acompanhada do valor de R$10.000,00 e o segundo e terceiro colocados, menção honrosa pelos primorosos trabalhos. A APAMAGIS receberá as inscrições para o Prêmio até o dia 31 de agosto deste ano. Lembrando ainda que as obras devem ser entregues, em envelope lacrado endereçado à Comissão Julgadora, com mais três fotocópias além de um CD-Rom ou disquete, com o arquivo digital, pelos Correios por correspondência registrada com aviso de recebimento (AR), ou protocolizadas na Secretaria da APAMAGIS até a data mencionada. Veja, no site www.apamagis.com.br, o edital do concurso e outras informações sobre o Prêmio. 2 | Associação Paulista de Magistrados Palavra do Presidente Processo, celeridade e Justiça Para a Magistratura de São Paulo, assume especial relevância a discussão da Reforma no Código de Processo Civil, conduzida por exímios Juristas, os quais se defrontam com a missão de criar novos mecanismos para a distribuição da Justiça. Inegável que nossa legislação processual admite aperfeiçoamento. Aliás, o mais adequado é dizer que algumas alterações são absolutamente imprescindíveis. Nas palavras do Ministro Luiz Fux, Coordenador da Comissão da Reforma do CPC: “Um país que não se desincumbe da prestação da Justiça num período razoável, tem uma Justiça inacessível”. Seguramente, um dos maiores avanços inseridos na Constituição Federal de 88 foi o amplo e irrestrito acesso à Justiça. Num país com inúmeros casos de malversação de dinheiro público, desequilíbrio nas relações de consumo e dificuldades inexplicáveis de acesso a serviços elementares de saúde e educação, o Judiciário muitas vezes é a única saída para que as pessoas possam ver seus direitos respeitados. Nesse ponto, há um problema de difícil equação: Como reduzir o volume de processos sem que isso redunde em restrição ao acesso ao Judiciário? Há implicações que transcendem os limites da esfera processual e ganham o cotidiano das pessoas e a própria essência do Estado de Direito. A duração razoável do processo deve ser perseguida com obstinação, afinal, uma Justiça tardia é uma Justiça falha. Entretanto, apenas mecanismos de contenção de acesso não são a solução mais adequada, ainda que apresentem resultados mais evidentes no curto prazo. De outro lado, a realidade de São Paulo demonstra o quão agudo é o cenário atual. É impossível conviver com mais de 18 milhões de processos para pouco mais de 2 mil Magistrados, que trabalham com imensas carências estruturais e de funcionários. A solução dos problemas é simples e ao mesmo tempo complicada, afinal, perpassa por uma receita a que todos os Magistrados estão acostumados: o equilíbrio. É preciso promover mudanças na legislação. Recursos meramente protelatórios, discussões estéreis e mau uso do Judiciário devem ser combatidos com vigor e isso exige um Código de Processo Civil mais moderno e eficiente, baseado no equilíbrio entre princípios extremamente importantes como amplitude do direito de defesa, duração razoável do processo e acesso irrestrito ao Judiciário. A verdadeira mudança de paradigma ocorrerá quando os demais Poderes e a própria sociedade compreenderem que o Judiciário é um dos principais alicerces da Democracia e da Justiça social. Investir em estrutura para o aparato judicial redunda em economia de recursos que são desviados por políticos corruptos; assegura o acesso a direitos básicos como saúde, educação e segurança; e, principalmente, torna efetivo um conceito imprescindível para o Estado de Direito: a paz social. A questão da autonomia financeira do Judiciário é uma das principais promessas. O engajamento dos Parlamentares Estaduais, destacando-se o Deputado Rodolfo Costa e Silva, Fernando Capez, Campos Machado e o Presidente da ALESP, Barros Munhoz, e de setores representativos da sociedade civil mostra que o trabalho trará frutos num futuro não muito distante. É importante que aperfeiçoemos as leis, mas é vital que valorizemos quem verdadeiramente tem a missão de distribuir a Justiça. Num país com inúmeros casos de malversação de dinheiro público, desequilíbrio nas relações de consumo e dificuldades inexplicáveis de acesso a serviços elementares de saúde e educação, o Judiciário muitas vezes é a única saída para que as pessoas possam ver seus direitos respeitados Tribuna da Magistratura Publicação da Associação Paulista de Magistrados Ano XIX - nº 190 R. Tabatinguera, 140 - sobreloja CEP: 01020-901 - São Paulo - SP Telefone: (11) 3292-2200 Fax: (11) 3292-2209 Tiragem: 3.600 exemplares APAMAGIS [email protected] Presidência [email protected] Secretaria [email protected] Imprensa [email protected] Convênios [email protected] Informática [email protected] Site www.apamagis.com.br DIRETORIA ExECUTIVA Presidente Paulo Dimas de Bellis Mascaretti 1º Vice-Presidente Roque Antonio Mesquita de Oliveira 2º Vice-Presidente Fernando Figueiredo Bartoletti Diretor Secretário e Financeiro Irineu Jorge Fava Diretora Adjunta Secretária Ana Paula Sampaio de Q. Bandeira Lins Diretor Adjunto Secretário Edison Aparecido Brandão Diretor Adjunto Financeiro Elcio Trujillo COMUNICAÇÃO Roque Antonio Mesquita de Oliveira Fernando Figueiredo Bartoletti José Elias Themer IMPRENSA José Elias Themer Carolina N. Munhoz Rossi Jornalista Responsável Adriana Brunelli (MTB 33.183) Coordenação Geral Luciano Ayres Redação Cristiane Sommer, Karin Hetschko e Jessamy Kisberi Edição, Revisão, Projeto Gráfico e Diagramação AyresPP Comunicação e Marketing Estratégico Tel: (19) 3232.6823 Fotos AyresPP É importante que aperfeiçoemos as leis, mas é vital que valorizemos quem verdadeiramente tem a missão de distribuir a Justiça CONSELHO EDITORIAL Aloísio de Toledo César Ana Paula Sampaio de Queiroz Bandeira Lins Antonio Ernesto de Bittencourt Rodrigues José Carlos Ferreira Alves Roque Antonio Mesquita de Oliveira COLABORADORES Todos os artigos assinados neste jornal são de responsabilidade exclusiva de seus autores. Des. Paulo Dimas de Bellis Mascaretti Presidente da APAMAGIS ([email protected]) Associação Paulista de Magistrados | 3 APAMAGIS em Ação Integração | União e objetividade pautam o V Encontro de Coordenadores Em um dia de debates, foram elencadas 28 propostas para o Judiciário Paulista | O V Encontro de Coordenadores teve ampla participação dos associados O V Encontro de Coordenadores, ocorrido nos dias 29 e 30 de maio, foi marcado pela ampla presença de Magistrados do interior, capital e grande São Paulo. Compareceram ao evento 55 Coordenadores, 3 Diretores de Interiorização e 10 membros da Diretoria Executiva e Conselho, com o objetivo de debater proposituras para melhorar a prestação jurisdicional e fortalecer a Magistratura Paulista. A abertura do evento, realizada na manhã do dia 29 de maio no Hotel Blue Tree Tower do Morumbi, foi conduzida pelo Presidente Paulo Dimas. “É uma alegria anunciar que o V Encontro de Coordenadores da APAMAGIS bateu recorde no número de inscrições, o que demonstra o interesse dos colegas pelas causas da Magistratura”, informou. Na sequência, o Presidente comentou as principais lutas da APAMAGIS | Presidente Paulo Dimas 4 | Associação Paulista de Magistrados Os Coordenadores, Diretores de Interiorização, Conselheiros e a Diretoria Executiva discutiram ponto a ponto cada proposta, visando incrementá-las até que o debate sobre o tema estivesse mais definido no âmbito legislativo e administrativo. “Estamos trabalhando intensamente nas questões mais prementes da Magistratura Paulista”, afirmou, elencando as notícias mais recentes sobre o auxílio-voto e a elaboração de um novo texto para a Lei Orgânica da Magistratura. No âmbito estadual, o Presidente Paulo Dimas informou que a | 1oVice-Presidente Roque Mesquita APAMAGIS possui três projetos de suma importância tramitando na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo: PL 11/09, que versa sobre a autonomia financeira do Judiciário; PL 179/2010, que cria 2.199 cargos de Assistentes de 1º grau e o PL 13/2009, que cria mil cargos de Escreventes. Após alguns informes da Diretoria Executiva da APAMAGIS, o Diretor Regional de Araçatuba, Vicente Benedito Battagello, representando o Diretor do Departamento de Interiorização, João Agnaldo Donizeti Gandini, explicou como seriam conduzidos os trabalhos. “Esperamos que nesse Encontro as propostas e as discussões sejam feitas de forma mais objetiva”, solicitou. Depois da concisa explicação do Diretor, os Coordenadores, reunidos em regiões - Araçatuba, Presidente Prudente, Bauru, Sorocaba, Capital, | 2oVice-Presidente Fernando Bartoletti Grande São Paulo, Litoral Sul, Vale do Paraíba e Litoral Norte, Campinas, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto debateram as proposituras, elencando os principais desafios de cada região. Cada grupo expôs os problemas apresentados e as soluções para os mesmos, que foram meticulosamente anotados pelo Juiz Battagello e subdivididos nos seguintes tópicos: Plano Orçamentário, Remuneração dos Magistrados, Institucional, Colégio Recursal, Estrutura de Trabalho e, por último, Funcionários. Os Coordenadores, Diretores de In- “Esperamos que nesse Encontro as propostas e as discussões sejam feitas de forma mais objetiva” Juiz Vicente Benedito Battagello | As discussões foram coordenadas pelo Juiz Vicente Battagello Gastronomia JANTAR ALEMÃO E ALMOÇO PORTUGUÊS Após a reunião institucional do evento, na noite do dia 29 de maio, os Magistrados foram saborear os temperos do famoso Bar do Alemão, conhecido por servir pratos e bebidas típicas germânicas e também o renomado Filé à Parmegiana que serve até seis pessoas. Em breve, muitos dos petiscos do cardápio do Bar do Alemão estarão à disposição dos associados no restaurante da sede social da APAMAGIS. No dia seguinte, encerrando o V Encontro dos Coordenadores, foi servido um almoço português na sede social. Entre as iguarias servidas, estavam o bacalhau à Gomes de Sá, bolinho de bacalhau, arroz doce e o pastel de Belém. | Diretoria Regional do Litoral Sul | Diretor Edison Brandão atualizou os associados em relação às novidades do Departamento de Informática | Diretoria Regional da Capital | Diretoria Regional de Araçatuba | Diretoria Regional de Sorocaba | Diretoria Regional do Vale do Paraíba e Litoral Norte | Diretoria Regional de São José do Rio Preto | Diretoria Regional de Campinas | Conselheiro Calandra prestigiou o Encontro | Diretorias Regionais de Ribeirão Preto e de Bauru | Diretoria Regional de Presidente Prudente | Diretoria Regional da Grande São Paulo Associação Paulista de Magistrados | 5 APAMAGIS em Ação teriorização, Conselheiros e a Diretoria Executiva discutiram ponto a ponto cada proposta, visando incrementá-las até que o debate sobre o tema estivesse mais definido. Um dos itens de destaque neste Encontro foi a autonomia financeira do Judiciário. Desde o início do ano passado, tramita na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo um projeto de lei que versa sobre o tema. A proposta foi elaborada nos moldes da autonomia financeira que o Estado do Rio de Janeiro alcançou, onde o Tesouro do Estado se incumbe do pagamento da folha de servidores e fica instituído um fundo próprio para cuidar dos investimentos do Judiciário, gerido pelo Tribunal de Justiça. As fontes desse fundo são a taxa judiciária, as custas processuais e um percentual dos emolumentos das serventias extrajudiciais, que são depositados diretamente numa conta do Judiciário, separada, portanto, do orçamento estadual. Também foram destaques os debates em torno da aprovação do projeto “É uma alegria anunciar que o V Encontro de Coordenadores da APAMAGIS bateu recorde no número de inscrições, o que demonstra o interesse dos colegas pelas causas da Magistratura” Em entrevistas concedidas ao Tribuna da Magistratura, representantes de todas as Diretorias Regionais da APAMAGIS falaram sobre os principais desafios enfrentados no exercício da judicatura “ “ Como todos os Magistrados, o nosso maior desafio é o número de processos. Entretanto, hoje, o desafio específico da Comarca de Araçatuba é o Juizado Especial. Todas as Circunscrições do Estado de São Paulo têm Juizados Especiais. Na realidade, em Araçatuba, nós tivemos o Juizado criado por lei, mas, o Presidente acabou transformando o cargo do Juizado Especial em Vara de Execuções Criminais. Dessa forma, nós somos a única Circunscrição do Estado que não possui Juizado Especial. Atualmente, um tema que nos preocupa é a questão dos servidores. Concretam ente, estamos notando - não em Campinas, mas nas entidad es de classe dos nosso s servidores uma postura de certo enfrentamento com os Magistrados. Esta situação nos preoc upa, pois nós estimam os os nossos servidores, queremos ampará-los em suas rei vindicações no que forem justas, mas, ao mesmo tempo, est amos vendo a administração do Tribu nal numa situação de sér ia dificuldade orçamentária. Eu pens o que institucionalmen te nós devemos assumir uma postura de estarmos ao lado dos no ssos servidores, mas não propriam ente de irmos contra a Pre sidência do Tribunal. Devemos reivin dicar melhores condiçõ es, mais verba no orçamento peran te o Governador e a As sembleia, para atender as legítimas asp irações dos servidores. Nós devemos nos unir e não simple smente nos colocarmos nu ma postura de enfrentamento, em que todos perdem: a Ma gis tratura, os servidores e a populaç ão que depende dos no ssos serviços. Fábio Henrique Prado Diretor-Adjunto Regio de Toledo nal de Campinas Nilton Santos Oliveira Coordenador de Araçatuba Presidente Paulo Dimas de Assistente de primeiro grau, mudanças na Loman para que as eleições dos órgãos diretivos dos Tribunais sejam conduzidas de forma direta e que os Juízes de primeiro grau participem como eleitores e sobre a competência absoluta dos Juizados Especiais. Com a condução objetiva dos trabalhos, em apenas um dia, os Magistrados conseguiram finalizar as propostas, os debates e a redação final da carta do Encontro contendo 28 proposituras. Deliberou-se, portanto, que o dia 30 de maio seria destinado apenas para a confraternização dos Magistrados Paulistas. Coube ao Conselheiro Henrique Nelson Calandra encerrar a reunião de trabalhos do V Encontro de Coordenadores da APAMAGIS com um discurso sobre o fortalecimento da Magistratura Nacional. 6 | Associação Paulista de Magistrados “ “ s. Um deles Nossa região possui vários desafio a a Magistod de não é exclusivamente nosso e sim Há uma ivo. islat tratura. Trata-se do problema Leg no país, ou seja, mudança frequente de legislação ito em cima das não é possível estabelecer um háb novas sobre a leis leis. A todo momento, surgem r que a lei não é mesma matéria. Podemos verifica Nossa proposta fruto de uma reflexão adequada. sa associação a no campo Legislativo é levar a nos ivamente bons efet refletir sobre projetos que sejam ter uma duração para a sociedade e que possam prolongada. André Luiz de Macedo Coordenador de São Carlos Nós elencamos quatro desafios. O primeiro deles diz respeito aos Juízes Auxiliares do interior, que é uma reivindicação entendida premente para o bem-estar das Comarcas de entrância final. O segundo deles diz respeito às verbas obtidas através do Jecrim, ou seja, as penas pagas pelos acusados ou autores de fatos poderiam ser revertidas em favo r do próprio Poder Judiciário. O terceiro ponto solicita que o Tribunal de Justiça faça uma lei para disciplinar melhor os estágios do CIEE, para que tenhamos estagiár ios nos moldes do Ministério Público, onde eles ficam por um prazo mais prolongado e têm uma verba rem uneratória bem melhor. O último item fala sobre a seg urança dos Fóruns. Nós queremos que ela seja terceiriz ada, pois notamos uma melhora no serviço de limpeza quando ele foi terceirizado e acreditamos que pode acontecer o mesmo com a segurança. Jayme Walmer de Freitas Diretor Regional de Sorocaba “Estamos trabalhando intensamente nas questões mais prementes da Magistratura Paulista” Presidente Paulo Dimas Regiões presentes no Encontro “ “ Nós abordamos três pontos principais. O primeiro diz respeito à remuneração dos Magistrados, o segundo ponto refere-se à estrutura de trabalho e, o terceiro, é a necessidade de maior publicidade da Magistratura junto à população, para fortalecer a imagem do Judiciário, inclusive, com os dados. Elaine Cristina Pazzini Cavalcante Coordenadora de São José dos Campos Nossa região é muito movimentada do ponto de vista jurisdicional. Ho je, São José do Rio Pre to é um pólo de prestação de serviços e de comércio. Estamos na região das três fro nteiras e fazemos div isa com Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. Este din amismo reflete-se no serviço Judiciário. Assim, nó s temos a necessidade de expans ão, principalmente, na sede da Circunscrição que é Sã o José do Rio Preto. Há um prédio em construção pa ra abrigar as Varas Cív eis , po is o prédio atual é da déca da de 50 e não comp orta mais a demanda de serviços . Nós temos também a necessidade de ampliação do número de vagas. Luiz Fernando Cardoso “ Dal Poz Diretor-Adjunto Regio nal de São José do Rio Preto Presidente Prudente e adjacências enfrentam uma natural dificuldade, que é a distância da capital. Est amos no oeste paulista, no extremo do Est ado. É uma região remota e, por um lado o acesso à informação é trabalhoso; por outro, é complicado irmos até a capital ob tê-la. José Roberto Canducc i Molina Coordenador de Assis “ “ Hoje, um dos maiores problem as é funcional. Temos tido uma saída muito grande de funcionários, seja indo para Gabinet es, para outros tipos de atividades com melhor remuneração, outros se ausentam por aposentad oria ou licença. Assim, o quadro funcional diminuiu sensivelmente, o volume de serviços está cada vez maior e isto nos prejudica bastan te. João Pazine Neto Coordenador do Fórum Regional de Itaquera “ preocuAtualmente, nós estamos muito nça. Dessa pados com a questão da segura borar com a forma, numa tentativa de cola iça, estamos Presidência do Tribunal de Just a implemenpropondo ideias e sugestões par ra para todos tar ações de melhoria na estrutu os Juízes da Grande São Paulo. No litoral sul tem maior relevância a questão da população flutuante. Muitos turi stas, que vão a passeio para a região, têm casa de veraneio, carros, entre outras coisas. Essa s pessoas acabam batendo os carros ou, às vez es, possuem problemas de locação, de invasão dos terrenos, etc. Entretanto, elas vão embora e não voltam ao local e os processos continuam existindo. Eduardo Hipolito Haddad Coordenador de Itanhaém Leandro Jorge Bittencourt Cano Coordenador de Guarulhos Associação Paulista de Magistrados | 7 APAMAGIS em Ação Carta CARTA DO V ENCONTRO DE COORDENADORES DA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MAGISTRADOS APAMAGIS-SP 29 e 30 de maio de 2010 Os Coordenadores das Circunscrições Judiciárias do Interior, ADILSON ARAKI RIBEIRO (10ª - Limeira), ALESSANDER MARCONDES FRANÇA RAMOS (45ª - Mogi das Cruzes), ALEXANDRE PEREIRA DA SILVA (5ª - Jundiaí), ANDRÉ LUIZ DE MACEDO ( 12ª - São Carlos), ANTONIO CARLOS COSTA PESSOA MARTINS (51ª - Caraguatatuba), ANTÔNIO CARLOS FRANCISCO (17ª - Votuporanga), ANTONIO FERNANDO BITTENCOURT LEÃO (35ª - Lins) AURÉLIO MIGUEL PENA (39ª- Batatais) EDUARDO HIPOLITO HADDAD (56ª- Itanhaém), ELAINE CRISTINA PAZZINI CAVALCANTE (46ª-São José dos Campos), ELIAS JUNIOR DE A. BEZERRA (22ª - Itapetininga), ELTON ISAMU CHINEN (21ª-Registro), ÉRIKA SILVEIRA M. BRANDÃO (54ª- Amparo), ERNANI DESCO FILHO (31ª-Marília), ETTORE GERALDO AVOLIO (34ª - Piracicaba), EVANDRO PELARIN (18ª- Fernandópolis), FABIO DE SOUZA PIMENTA (24ª - Avaré), FÁBIO HENRIQUE PRADO TOLEDO (8ª- Campinas), FÁBIO LUÍS CASTALDELLO (20ª -Itu), HEITOR LUIZ FERREIRA DO AMPARO (13ª - Araraquara), HELIA REGINA PICHOTANO (7ª- Moji Mirim), HUMBERTO APARECIDO DA ROCHA (38ª - Franca), JAYME WALMER DE FREITAS (representando a 19ª - Sorocaba), JOÃO CARLOS GERMANO ( 47ª - Taubaté), JOÃO PEDRO BRESSANE DE PAULA BARBOSA (27ª - Presidente Prudente), JOSÉ ANTONIO TEDESCHI (23ª - Botucatu), JOSÉ CARLOS H. HOLGADO (25ª- Ourinhos), JOSÉ ROBERTO CANDUCCI MOLINA (26ª - Assis), JOSÉ ROBERTO LOPES FERNANDES (15ª-Catanduva), JOSIANE PATRICIA CABRINI (30ª - Tupã), LEONARDO BREDA (40ª- Ituverava), LUIZ FERNANDO PEREIRA DE CARVALHO (41ª - Ribeirão Preto), MARINA DE ALMEIDA GAMA (55ª - Jales), MAX GOUVEA GERTH (47ª - Taubaté), MOACIR BRAIDO DA SILVA ( 14ª - Barretos), NÉLIA APARECIDA TOLEDO AZEVEDO (11ª- Pirassununga), NILTON SAN- 8 | Associação Paulista de Magistrados TOS OLIVEIRA (36ª - Araçatuba), PAULO CESAR RIBEIRO MEIRELES (48ª- Guaratinguetá), RENATA VAITKEVICIUS S. A. VITAGLIANO (53 ª - Americana), RENATO SANTIAGO GARCEZ (56ª - Itanhaém) ULISSES AUGUSTO PASCOLATI JUNIOR (42ª - Jaboticabal), representantes da Grande São Paulo, Doutores DAGOBERTO JERONIMO DO NASCIMENTO (3ª - São Caetano do Sul), FATIMA CRISTINA RUPPERT MAZZO (2ª - São Bernardo do Campo), JOSÉ TADEU PICOLO ZANONI, (4ª- Osasco), LEANDRO JORGE BITTENCOURT CANO (44ª - Guarulhos) LUCAS TAMBOR BUENO (3ª - Santo André), RODRIGO APARECIDO BUENO DE GODOY (52ª - Itapecerica da Serra) e dos Fóruns da Capital, ANTONIO CARLOS MORAIS PUCCI (Representando o Coordenador – Ipiranga), EDUARDO CORTEZ DE FREITAS GOUVÊA (Representante do Tribunal de Justiça – Seção de Direito Público), FLÁVIO ABRAMOVICI (Fórum João Mendes), JOÃO PAZINE NETO (Itaquera), MARCELO LOPES THEODOSIO (Foro Regional de Vila Prudente), RENATO DELBIANCO (Foro Regional de Penha de França), RODOLFO CÉSAR MILANO (Foro Regional de Pinheiros) e SULAIMAN MIGUEL NETO (Foro Regional da Lapa), em reunião realizada na Capital do Estado de São Paulo, no dia vinte e nove de maio de dois mil e dez, com os integrantes da Diretoria Executiva da APAMAGIS, PAULO DIMAS DE BELLIS MASCARETTI (Presidente), ROQUE ANTONIO MESQUITA DE OLIVEIRA (1º Vice-Presidente), FERNANDO FIGUEIREDO BARTOLETTI (2º VicePresidente), IRINEU JORGE FAVA (Diretor Secretário e Financeiro) e EDISON APARECIDO BRANDÃO (Diretor Secretário Adjunto); do Conselho Consultivo, Orientador e Fiscal, ZÉLIA MARIA ANTUNES ALVES, HENRIQUE NELSON CALANDRA, OSNI ASSIS PEREIRA e FLÁVIO FENOGLIO GUIMARÃES e, do Departamento de Interiorização, LUIZ FERNANDO CARDOSO DAL POZ (Diretor-Adjunto), JAYME WALMER DE FREITAS (DiretorAdjunto) e VICENTE BENEDITO BATTAGELLO (Diretor-Adjunto), também representando JOÃO AGNALDO GANDINI (Diretor de Interiorização), e do Departamento de Segurança, ANTONIO AUGUSTO NEVES (Diretor-Adjunto), por unanimidade, elegeram as seguintes propostas de atuação associativa: 1 PLANO ORÇAMENTÁRIO : 1.1 Realizar gestões junto à ALESP para implementação da AUTONOMIA FINANCEIRA DO JUDICIÁRIO DE SÃO PAULO; 1.2 Realizar gestões junto ao TJ/SP voltadas a assegurar a transparência na discussão do Orçamento. 2 REMUNERAÇÃO DOS MAGISTRADOS: 2.1 Realizar gestões no Congresso Nacional voltadas a aprovação da PEC dos adicionais (Restabelecimento dos ATS); 2.2 Utilização dos critérios do CNJ para definir o valor da diária e forma de pagamento. Encaminhar pedido de providências ao Tribunal de Justiça; 2.3 Renovar pleito voltado à instituição de verba remuneratória específica para as hipóteses de cumulação de Varas na mesma comarca; 2.4 Requerer formal reconhecimento do direito à anotação, para fins de compensação, das audiências em processos que tramitam segundo a disciplina especial dos Juizados, mesmo se realizadas durante o expediente forense e independentemente da pauta ser superior a seis meses, sempre que, na comarca respectiva, não existir JEC/JECRIM/JFAZ. 2.5 Renovar pedido de criação de verba adicional para remuneração de Magistrado responsável pelo processamento e julgamento de processos da Justiça Federal. 2.6 Encaminhar proposta para revogação do art 85, parágrafo 2º, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça. 3 DE NATUREZA INSTITUCIONAL: 3.1 Criar núcleo de planejamento estratégico legislativo na APAMAGIS; 3.2 Renovar gestões junto à ALESP para aprovação do projeto que cria mais cargos de escreventes e cargos de assistentes jurídicos de primeiro grau; 3.3 Realizar gestões que permitam o encaminhamento de PEC prevendo a votação direta, por todos os magistrados, em eleição para os cargos de Presidente e Vice do Tribunal de Justiça. 3.4 Criar campanha publicitária para divulgação da realidade dos juízes e de fortalecimento da imagem do Poder Judiciário. 3.5 Realizar gestões junto aos atuais candidatos a Governador voltadas à aprovação do Projeto de Lei das Custas Judiciais. 4 COLÉGIO RECURSAL: 4.1 Reivindicar estrutura física e humana autônomas, notadamente quadro funcional específico, objetivando seu reconhecimento como unidade judiciária, em cumprimento ao disposto no Provimento nº7, de 07 de maio de 2010, da Corregedoria Nacional de Justiça – CNJ. 5 ESTRUTURA DE TRABALHO: 5.1 Renovar anterior pleito voltado à manutenção do modelo atual do Juiz Auxiliar do interior. Pugnar junto ao TJ/ SP pelo preenchimento dos cargos já criados e envio à ALESP de PLC criando novos cargos. 5.2 Implementar procedimento de digitalização da videoteca da EPM, por meio próprio ou com a colaboração da APAMAGIS, com patrocínio. 5.3 Solicitar ao TJ/SP, a criação de estrutura terceirizada de segurança nos fóruns. 5.4 Encaminhar requerimento para urgente modernização dos softwares. 5.5 Reiterar pedido de criação de núcleo de degravação do sistema audiovisual em Segundo Grau. 5.6 Encaminhar requerimento para adoção de procedimento mais ágil na comunicação de situações de risco à segurança pessoal dos juízes e desembargadores pelo gabinete militar (celular/e-mail). 5.7 Solicitar criação de Centrais de Estenotipia, com quadros próprios, em todas as circunscrições. 5.8 Pugnar pela centralização do Setor de Armas ou adoção de outra providência que permita retirar as armas atualmente depositadas em dependências dos fóruns. 5.9 Pleitear o encaminhamento eletrônico dos acórdãos aos juízes prolatores de decisões recorridas. 5.10 Reivindicar a possibilidade de abertura/consulta das planilhas por todos os juízes e a elaboração automática dos relatórios mensais pelo sistema informatizado - nas Varas em que implantado o SAJ. Pleitear a expansão do SAJ. 5.11 Reivindicar que a convocação de escreventes lotados em Primeiro Grau para gabinetes de Desembargadores somente possa ser efetivada com imediata reposição. 6 FUNCIONÁRIOS (com imediata comunicação às entidades associativas de servidores) 6.1 Pugnar pela reposição de funcionários e estabelecimento de verba de representação para escrevente de Sala. 6.2 Renovar pedido de liberação de pagamento parcelado aos servidores de seus direitos funcionais. 6.3 Reivindicar a adoção de critérios objetivos pelo Tribunal de Justiça para nomeação de novos servidores. 6.4 Solicitar a divulgação de esclarecimentos sobre o plano de cargos e carreiras, como exemplo com a criação de cartilha. São Paulo, 29 de maio de 2010. Judiciário Renovação | Corte Paulista recebe três novos Desembargadores Aben-Athar de Paiva Coutinho, Jair Martins e Sérgio Seiji Shimura tomam posse no Palácio da Justiça No mês de maio, o Tribunal de Justi- ça deu as boas-vindas a três novos Desembargadores. A cerimônia de posse do Ex-Procurador Sérgio Seiji Shimura, que assumiu o cargo pelo instituto do quinto constitucional, aconteceu no dia 18, no Palácio da Justiça. O Vice-Presidente da Corte, Marco César Müller Valente, iniciou a solenidade. O orador do TJ/SP na ocasião, Carlos Paulo Travain discorreu sobre o extenso currículo do empossado, afirmando que continuará dedicando seu esforço e entusiasmo na tarefa de distribuição da Justiça, assim como fazia no MP/SP. “Sérgio Shimura colheu merecidamente os frutos daquilo que plantou”, pontuou. Na sequência, o Procurador Geral de Justiça, Fernando Grella Vieira, falou sobre a trajetória do empossado no MP. “Incorpora-se hoje ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo mais um valoroso homem do Direito. Estamos convictos de que sua trajetória será pontificada de brilho e grandeza”, avaliou. “Nosso exercício é feito de sonhos e mudanças”, com essas palavras o Des. Sérgio Shimura iniciou sua fala, em que sublinhou todas as fases de sua carreira. Afirmou ter conhecimento dos inúmeros processos que chegam diariamente ao TJ/SP e completou: “Chego a esta Corte com a humildade daquele que tem muito a aprender”. No dia 24, foi a vez dos Magistrados Aben-Athar de Paiva Coutinho e Jair Martins tomarem posse. A cerimônia também foi conduzida pelo Vice-Presidente do TJ/SP, Müller Valente, no Palácio da Justiça. “Os eminentes novos colegas foram Juízes de carreira e vêm agregar sua larga experiência ao Tribunal”, disse, desejando felicidades aos empossados na nova fase de suas carreiras. Em seguida, discursou Fábio Poças Leitão, orador do TJ/SP na solenidade. “Os ilustres colegas só dignificam nossa Corte com suas respeitáveis e amáveis presenças. A vinda destes sábios e “A vinda destes sábios e íntegros Desembargadores renova as alegrias deste Tribunal, cuja força moral é sólida e inquebrantável” Des. Fábio Poças Leitão | “Espero, ao lado de meus pares, fazer a Justiça possível sem deixar de lado a voz do coração, criando condições para uma sociedade melhor” O Presidente Paulo Dimas participou das duas posses. Além das autoridades já citadas, compareceram à primeira solenidade a Presidente do Conselho Consultivo, Orientador e Fiscal da APAMAGIS, Zélia Maria Antunes Alves; o Corregedor Geral da Justiça do TJ/SP, Antonio Carlos Munhoz Soares; o Presidente da Academia Paulista de Letras, Renato Nalini; o Des. Antonio Rulli Júnior e o Deputado Estadual Fernando Capez. À segunda cerimônia, estiveram presentes o Presidente da Seção de Direito Público do TJ/SP, Luis Antonio Ganzerla; o Presidente da Seção de Direito Criminal do TJ/SP, Ciro Pinheiro e Campos; o Presidente do TJM/SP, Clovis Santinon; o Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, Ricardo Dias Leme, entre outras autoridades. Perfil Des. Aben-Athar de Paiva Coutinho | “Sinto-me muito honrado por chegar ao patamar mais alto da carreira, após 25 anos de Magistratura e a 5 anos de me aposentar” Aben-Athar de Paiva Coutinho estudou Direito nas Faculdades Metropolitanas, concluindo o curso em 1980. Começou a carreira de Juiz em 1982 como Substituto da 67ª Circunscrição Judiciária, sediada em São João da Boa Vista. Des. Jair Martins Jair Martins formou-se na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo em 1973. Ingressou em 1985 na Magistratura como Juiz Substituto da 11ª Circunscrição Judiciária, com sede em Pirassununga. | “Chego a esta Corte com a humildade daquele que tem muito a aprender” íntegros Desembargadores renova as alegrias deste Tribunal, cuja força moral é sólida e inquebrantável”, elogiou. Em breves discursos, os novos Desembargadores sintetizaram a emoção de ascender ao cargo de Juízes de segundo grau da Corte Paulista. “Sintome muito honrado por chegar ao patamar mais alto da carreira, após 25 anos de Magistratura e a 5 anos de me apo- sentar”, informou o Des. Jair Martins. “Só espero que nesse final o bom Deus continue me iluminando”, concluiu. “Este é um momento que acalento há muito tempo”, disse Aben-Athar de Paiva Coutinho sobre sua conquista. “Espero, ao lado de meus pares, fazer a Justiça possível sem deixar de lado a voz do coração, criando condições para uma sociedade melhor”, finalizou. Des. Sérgio Seiji Shimura Sérgio Shimura ingressou no Ministério Público em 1987. Formado em Direito em 1982, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, acumula os títulos de Livre-Docente (2004), Doutor (1995) e Mestre (1991) em Direito também pela PUC/ SP. É especialista em processo civil, tutela jurisdicional coletiva e Direito de Falências. Associação Paulista de Magistrados | 9 Judiciário Renovação | Juízes Substitutos tomam posse no TJ/SP Aprovados no 182º Concurso de Ingresso na Magistratura iniciam curso na EPM | Os empossados, a banca examinadora, o Presidente e o Corregedor Geral do TJ/SP A cerimônia de posse dos aprovados no 182º Concurso de Ingresso na Magistratura foi realizada no dia 28 de maio no prédio de Gabinetes de Direito Público da avenida Ipiranga. O Presidente do TJ/SP, Antonio Carlos Viana Santos, iniciou a solenidade apontando o ineditismo do local escolhido: “É a primeira posse a se realizar neste plenário”. Na sequência, Ana Rita de Figueiredo Nery, primeira colocada no concurso, foi ao palco para declamar o compromisso dos Juízes: “Prometo cumprir com reti- dão, amor à Justiça e fidelidade às leis os deveres do cargo de Juiz Substituto”. Em seu discurso, feito em nome de todos os aprovados, Ana Rita falou sobre a responsabilidade que os novos Juízes terão de enfrentar: “Não estamos aqui hoje para meramente protagonizar a subsunção de nossa força de trabalho ao rol de direitos e deveres da Lei Orgânica da Magistratura ou às expressões propedêuticas do Código de ética. Há muito mais em ser Juiz”. Acerca do Judiciário Paulista, mensurou o desafio a ser defrontado: “São cerca de 50 toneladas de papel só em sentenças prolatadas a cada ano no Estado de São Paulo; reflexo dos 18.106.578 processos em andamento na esfera estadual”. Em sua fala, o Presidente da Comissão Examinadora do Concurso, Carlos Paulo Travain, deu as boas-vindas aos aprovados: “Foi difícil o encargo de escolher os melhores candidatos. Mas, hoje, alcançamos o feliz desfecho, que é a posse dos aprovados. É um dia de grande alegria para todos os novos Magistrados. Esta | A mesa da solenidade de posse foi composta pelos membros da banca examinadora, pelo Presidente e pelo Corregedor Geral do TJ/SP 10 | Associação Paulista de Magistrados “Foi difícil o encargo de escolher os melhores candidatos. Mas, hoje, alcançamos o feliz desfecho, que é a posse dos aprovados” Des. Carlos Paulo Travain posse será inesquecível a todos vocês. É com grande júbilo que o TJ/SP os recebe. Desejamos sucesso na nova missão”. O Corregedor Geral da Justiça, Antonio Carlos Munhoz Soares, aconselhou os novatos: “Essa é uma carreira com a qual vocês devem lidar todos os dias. Hoje, começa um aprendizado que nunca acaba. Há a necessidade de constante reciclagem”. O Des. Viana Santos encerrou a solenidade agradecendo a presença de todos e desejando sucesso aos novos Juízes. O Presidente, Paulo Dimas Mascaretti; o 1º Vice-Presidente, Roque Mesquita e a Presidente do Conselho Consultivo, Orientador e Fiscal, Zélia Maria Antunes Alves representaram a APAMAGIS na posse dos novos Juízes. Além das autoridades já citadas, compareceram à solenidade, o Presidente da Seção de Direito Público do TJ/ SP, Luis Antonio Ganzerla, o Vice-Presidente e Corregedor do TRE/SP, Alceu Penteado Navarro; o Diretor da EPM, Pedro Luiz Ricardo Gagliardi; os membros da Comissão Examinadora do 182º Concurso de Ingresso na Magistratura, | Oitenta e sete aprovados foram empossados na cerimônia do TJ/SP Desembargadores Antonio Luiz Pires Neto, Augusto Francisco Mota Ferraz de Arruda, José Roberto dos Santos Bedaque e o Advogado Manuel Alceu Affonso Ferreira; o Presidente do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo, Clovis Santinon, entre outros. anuncio_jornal_A4_APAMAGIS.pdf 1 6/17/10 | Ana Rita de Figueiredo Nery, primeira colocada no Concurso CURSO DE INICIAÇÃO FUNCIONAL No dia 31 de maio, os 87 Juízes empossados foram recebidos pelos Coordenadores do Curso de Iniciação Funcional da EPM, os Juízes Alexandre David Mal- fatti, Carlos Fonseca Monnerat, Eduardo Cortez de Freitas Gouvêa, Fernando Figueiredo Bartoletti, Luciana Leal Junqueira Vieira e Marcos de Lima Porta. No período da manhã, os novatos foram divididos em grupos e puderam esclarecer dúvidas sobre a carreira. Durante a tarde, iniciaram a primeira parte do acompanhamento psicossocial com profissionais do TJ/SP. No dia 7 de junho, a programação teve continuidade com a abertura oficial do Curso, presidida pelo Presidente do TJ/SP, Viana Santos. 4:25 PM Magistrado: a Fontana Seguros agora é MDS. Temos as melhores soluções para você e seus bens ficarem sempre protegidos! Estamos em campanha com as seguradoras Porto Seguros e Marítima, por três meses. 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Em entrevista ao jornal Tribuna da Magistratura, o Ministro Luiz Fux do STJ falou sobre o desafio de modificar essa legislação, sobre as mudanças propostas pela Comissão de reforma e sobre o processo de elaboração do novo Código. Confira! metam àquela solução e apliquem- Poderia comentar a difícil missão de elaborar uma Legislação Processual Civil mais condizente com a nossa realidade prática? Nossa legislação processual é segurança e estabilidade social com na em uma situação concreta. Nesse caso, o processo terá uma duração razoável, sem que se impeça que as partes ingressem em juízo. Entretanto, evidentemente, elas já saberão o resultado que vão colher. O que não tem sentido são soluções diferentes para questões iguais. No sentido de as Cortes Superiores serem indutoras de jurisprudência, não é preciso haver um número razoável de processos para um Ministro julgar? Na metodologia dos trabalhos da Comissão, a prioridade foi estabelecer um ideário. Qual a ideologia máxima da Comissão? Há momentos em que o valor máximo é a segurança. Nós tivemos uma época em que as ações rescisórias eram interponíveis em 30 anos. Como se pode ter uma solução que só se torna mutável e discutível 30 anos depois? Hoje, o valor que sobreleva é a duração razoável. Importante ressaltar que a celeridade deve ser conciliada com muito moderna, calcada nas legisla- as garantias constitucionais. Assim, ções mais evoluídas do sistema roma- nós estamos deduzindo que, dando no-germânico, entretanto, temos uma força à jurisprudência e evitando que litigiosidade muito grande e, mesmo ela seja descumprida, nós estaremos possuindo os instrumentos capazes de enfrentar a grande demanda, a ques- diminuindo o número de recursos e | Luiz Fux de ações. Dificilmente, um Advogado tão central é diminuí-la. Essa é a nossa preocupação. O ideário da Comissão ciológicos em relação aos quais a le- esse um milhão de ações transfor- é a duração razoável dos processos e, gislação processual é impenetrável, mar-se-ão em um milhão de recur- para que isso aconteça, é preciso equi- porque não há como nós mudarmos sos. Qual é o Tribunal do mundo que par o Magistrado de instrumentos le- a cultura de beligerância judicial pode se desincumbir num prazo ra- gais capazes de fazê-lo alcançar esse da população. Por um lado, quanto zoável de resolver um milhão de re- objetivo. Dar uma resposta judicial mais acesso à cidadania, mais o ci- cursos? A resposta é clara, imediata dentro de um prazo aceitável é uma dadão toma conhecimento dos direi- e negativa. Assim, a Comissão está exigência de todas as declarações fun- tos que possui e passa a exercê-los promovendo a criação de institutos damentais dos Direitos do Homem e em juízo. Por outro, a Constituição através dos quais julgadas algumas em todas elas está previsto um artigo Federal garante que nenhuma ame- demandas repetitivas, a solução será específico: um país que não se desin- aça por lesão ao direito escapará aplicável a todos os processos em cumbe da prestação da Justiça num à apreciação do Judiciário. Não se curso e a todas as demandas super- período razoável, tem uma Justiça pode nem imaginar uma legislação venientes. Nós reduzimos o número inacessível. processual que desestimule o acesso de ações, de recursos e aplicamos na à Justiça, com o intuito de impedi-lo. prática o princípio da isonomia, por- Apesar disso, podemos efetivamente que se todos são iguais perante a lei, criar institutos capazes de enfrentar todos devem merecer a mesma solu- o volume de demandas. Por exem- ção judicial. Dessa forma, basta que plo, nós temos um milhão de ações em um país onde o Judiciário obe- de poupadores de caderneta de pou- deça a uma hierarquia que, uma vez pança reclamando perdas em razão definida a questão por um Tribunal dos planos econômicos; certamente, Superior, todas as instâncias se sub- No Brasil, o espírito de litigiosidade também está impregnado na parte. Seria necessária uma quebra de paradigma não só dos aplicadores do Direito, mas também de nossa população? Há determinados dados so12 | Associação Paulista de Magistrados vai orientar o seu cliente a ingressar em juízo já sabendo o resultado, salvo se a jurisprudência, assim como a lei, se desgastar. Essa solução pode maniatar o Magistrado de primeiro grau? Na qualidade de Magistrado de carreira, quando ouço essa observação, fico imaginando qual seria a poda da independência do Juiz em querer decidir uma questão em que o Supremo Tribunal Federal assentou O ideário da Comissão é a duração razoável dos processos e, para que isso aconteça, é preciso equipar o Magistrado de instrumentos legais capazes de fazê-lo alcançar esse objetivo Nós reduzimos o número de ações, de recursos e aplicamos na prática o princípio da isonomia, porque se todos são iguais perante a lei, todos devem merecer a mesma solução judicial reuniões presenciais; recebemos 600 ria daquilo que estamos criando. Esse jurisdicional e à concretização, sem- sugestões por e-mail da comunidade Código tem que ser bom para o Juiz, pre que possível, dos direitos funda- geral; realizamos audiências públicas o Advogado, o Professor, enfim, bom mentais da pessoa humana que, atu- no Brasil inteiro. Nós ouvimos a todos para o país. A participação popular almente, se verifica muito na prática e temos uma depuração do que se es- deu-nos tranquilidade, porque legiti- na concessão de remédios... pera do novo Código. Dessa forma, o mou nossas propostas. O Código não Código não é da Comissão e sim da é plebiscitário, ele deve ser elaborado nação brasileira. pela Comissão, que está levando em que foram trazidas por meio das frentes de trabalho. Essa situação, evi- mito da neutralidade do Juiz. A neu- dentemente, vai democratizar muito tralidade consiste em descartar pen- mais o processo. O Código tem dispo- samentos preconcebidos, entretanto, ários. Por exemplo, se o STF disser A aproximação do cidadão com a Justiça, como pudemos notar na elaboração do novo CPC, dá legitimidade diferenciada ao Magistrado? Não me recordo ...ou, na contratação de planos de saúde que, muitas vezes, confundem a população mais humilde... O Código acabou com o sitivos que aproximam o Juiz do povo. o Juiz não pode ser neutro frente à que o índice do FGTS tem que ser de de nenhuma lei ter sido submetida a Por exemplo, há recomendações para uma luta entre duas pessoas desi- 13,48%, que tipo de engessamento audiências públicas, muito menos có- que os Juízes obedeçam aos critérios guais. O resultado do processo não jurídico haverá em seguir esse per- digos. Nós estamos muito satisfeitos da razoabilidade, atentem para a dig- pode ser fruto da incapacidade eco- centual? Quando o Juiz descumpre de termos inaugurado essa prática nidade da pessoa humana, tenham nômica ou técnica de uma das partes. a decisão dos Tribunais Superiores, em nosso país. É muito importante uma observância à moralidade admi- O processo tem que ter um resultado ele comete uma grande lesão ao ci- ouvir a comunidade, real destinatá- nistrativa, à eficiência da prestação o mais aproximado possível da verda- consideração todas as contribuições uma tese jurídica, que é perfeitamente inteligível pela população e por todos os seguimentos judici- dadão, porque vai obrigá-lo a per- de e da Justiça. correr todas as instâncias para buscar uma solução que de antemão Palestra aos Magistrados ele já sabe qual é. A independência do Juiz é pro populo, em favor do povo, ou seja, não é uma independência que permite dar qualquer tipo de decisão, pois ele tem um compromisso com o anseio popular da Justiça. Dessa forma, se cada Juiz pode decidir diferentemente cada questão, isso gera uma insegurança jurídica e um descrédito da Justiça, pois a parte vai questionar por que motivo perdeu se outra pessoa na mesma situação ganhou. A obediência à jurisprudência dos Tribunais é um dever do Magistrado. Hoje, o Brasil preconiza um sistema processual diferente do sistema de 1973, que foi magnífico no momento em que chegou, mas sofreu excelentes reformas a partir de 1990. Contudo, essas mudanças não foram suficientes para enfrentar o volume de demandas e de recursos. Nós tivemos um Código belíssimo em 1939, que foi modificado em 1973 e que agora também precisa ser reformado. Notamos que há uma coerência em termos de defasagem de legislação. Em relação a essas reformas, o cidadão deve compreender os seus direitos e, nesse sentido, o Legislador precisa trabalhar para a população... Hoje, há um movimento universal de simplificação do Direito. Assim, existem autores que escrevem sobre a lei e a sociedade com a preocupação de simplificar para que o cidadão tenha parâmetros dos seus direitos e para que possa exercê-los em juízo. É imperioso que haja a vontade política de atender a esses reclamos do povo. Para esse fim, a nossa Comissão trabalhou em três frentes: fizemos Ministro Luiz Fux explica as mudanças do novo CPC em São Paulo No dia sete de maio, a APAMAGIS, em parceria com o TJ/SP e com as organizações Globo, promoveu, no auditório do novo prédio de Direito Público da Corte Paulista, palestra sobre a Reforma do Código de Processo Civil com o Ministro Luiz Fux (STJ). O Presidente Paulo Dimas, que também representou o Presidente do TJ/SP no ato, iniciou o evento informando que a palestra do Ministro Luiz Fux inauguraria o auditório do novo prédio e destacou a importância do tema que seria então debatido. “A morosidade da Justiça não decorre da falta de produtividade. São Paulo tem quase 40% do volume de processos do Brasil e só no ano passado foram proferidas no Estado mais de oito milhões de sentenças e realizadas um milhão de audiências. Mudanças na legislação são necessárias para se ter uma Justiça mais célere”, afirmou o Presidente Paulo Dimas. Durante a palestra, o Ministro Luiz Fux elucidou alguns dos novos instrumentos que a comissão analisa, tais como o incidente de coletivização, o auxiliar de Justiça (quando se tratar de temas muito técnicos), o aprofundamento da técnica da conciliação e o incidente de resolução de ações repetitivas. Segundo o Ministro, o novo CPC trabalha contra a excessiva judicialização dos conflitos, em favor da conciliação. “A Comissão teve um ideário e uma metodologia para ordenar os trabalhos: a duração razoável dos processo e o aproveitamento do maior número de sugestões possíveis, respectivamente”. De acordo com o Ministro, a Comissão recebeu da família forense 600 sugestões por e-mail e 200 ideias da comunidade jurídica acadêmica. Ao final da palestra, o Ministro respondeu a algumas indagações da comunidade jurídica presente ao evento. A exposição também contou com a presença de muitos Magistrados Paulistas, entre eles, o Presidente de Direito Público do TJ/SP, Luis Antonio Ganzerla; o Presidente do TJM/SP, Clovis Santinon; o Des. Danilo Panizza Filho, que coordena o Prédio de Direito Público e o Vice-Presidente da AMB e Conselheiro da APAMAGIS, Sebastião Luiz Amorim. Também participaram do evento o Secretário de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, Ricardo Dias Leme; o Procurador Geral do Estado de São Paulo, Marcos Fábio de Oliveira Nusdeo; o Promotor de Justiça e Assessor da Procuradoria Geral, Ricardo de Barros Leonel; o Secretário-Adjunto da Secretaria de Segurança Pública, Arnaldo Hossepian Salles; o Presidente da Comissão de Estado sobre a reforma do CPC da OAB/SP, Clito Fornaciari Júnior e o Diretor Jurídico da TV Globo, Antonio Cláudio Ferreira Neto. Para finalizar, gostaria da opinião do senhor sobre uma ferramenta muito procurada pela população: os Juizados Especiais. Em que medida eles podem servir como fonte de inspiração para o novo Código? Quando fui Corregedor Geral dos Juizados Especiais do Rio de Janeiro, nós conseguimos implantá-los em todo o Estado. Por um lado, eles precisam estar estruturados; por outro, não podem representar uma Justiça optativa. Os JEs têm toda a estrutura de uma Justiça ordinária: Juiz, Escrivão, cartório, funcionários concursados. Como se pode imaginar, em um país carente como o nosso, que a parte escolhe a Justiça que ela quer? É claro que a competência dos JEs tem que ser absoluta e, para que isso ocorra, é preciso que eles sejam estruturados. No Rio de Janeiro, eles funcionam muito bem, mas há lugares onde os Juizados estão completamente desestruturados. Assim, no anteprojeto do CPC, estamos sugerindo que a obrigatoriedade de se recorrer ao Juizado tenha um prazo para entrar em vigor para que todos os Estados, homogeneamente, se estruturem para oferecerem a possibilidade de o cidadão ir desacompanhado, entretanto, nós também temos que prever a presença do Advogado, que pode ser um Defensor Público. O Professor Mauro Cappelletti já aludia à diferença entre a desigualdade econômica e a desigualdade técnica. A desigualdade econômica o Brasil resolve bem: há Justiça gratuita para todos. Entretanto, a desigualdade técnica só pode ser resolvida se houver alguém ao lado do cidadão que vai ao Juizado. Associação Paulista de Magistrados | 13 Espaço Aberto Emoção Carlos Luiz Bianco Desembargador do TJ/SP S ol forte, alegre, convidativo, domingo de céu azul, almoço familiar com direito a frango, macarrão, refrigerante, piadas e muitas discussões acaloradas. Corria solta a refeição quando o Zezinho – moleque tinhoso e arteiro como poucos – “cutucou” firme o pai, “Seu” Vinício, ao chamá-lo de “gordo” (não que isso não fosse verdade, Vinício era de porte avantajado, rotundo como uma pipa de vinho e dono de uma alentada protuberância abdominal que muito o entristecia, mas como ainda se julgava galã no bairro detestava qualquer comentário sobre sua derrocada física e seus “atributos” abdominais). “Moleque, me respeita, eu te ensinei a me respeitar!”, “mas pai, eu só disse a verdade!”. A bofetada veio com gosto, estalou na cara do Zezinho com um sonoro ruído, a marca da mão ainda ali permaneceu por poucos segundos, todos pararam de comer, se entreolharam, não sabiam o que fazer. D. Benvinda interferiu, “gente, deixa disso, hoje é domingo, vamos manter a união familiar...”, “manter uma ova, falei e falo que o papai é um gordo, um gordíssimo, todos na rua falam isso e as meninas que ele quer namorar riem sempre que olham para ele!”, gritou o diabo do menino, escapando de mais uma bofetada que ameaçou surgir logo em seguida. “Moleque, moleque safado, nem parece meu filho, você vai levar uma surra de tirar bicho pra aprender a respeitar o seu...”, Vinicio parou, a mão aberta no ar, todos o olharam. Estava vermelho, mais do que isso, estava escarlate e já foi caindo, desabando com estrondo sobre o chão da cozinha simples da pequena casa térrea. Pavor geral, choros, gritos, “Vinício!”, “pai!”, “papaizinho!” (este último era do Zezinho, aterrorizado com a ideia de perder o pai por causa de sua teimosia). Uma ambulância foi chamada às pressas, foram para o hospital mais próximo, a cena era tragicômica, todos se debruçando sobre o enfermo que estava em uma maca no corredor, foi preciso que uma enfermeira os enxotasse, “deixem o doente em paz!”, levando a maca para dentro. Altas horas, o triste diagnóstico, “ele está com AVC!”, “o que é isso Dr.?”, “uma pequena veia do cérebro rompeu e inundou o local com sangue agora nada pode ser feito, ele está em coma, é necessário esperar, estamos tomando todos os cuidados possíveis”. 14 | Associação Paulista de Magistrados Já madrugada, a triste notícia, o Vinício não resistira àquele rompimento da veia marota e, assim, fora decretada sua morte cerebral! Tristeza geral, aturdimento, ninguém sabia o que fazer, D. Benvinda saiu do ar, parecia um fantasma, soluçava e ria ao mesmo tempo tomando calmantes, Zezinho desapareceu, sumiu, levando consigo a angústia de ter sido o causador daquela tristeza toda, apenas Ana, sua irmã (ligadíssima com o pai) é que estava tomando as providências possíveis. Lamentos, lágrimas sendo derramadas, todos comentando entre choros as virtudes do falecido, eis que uma jovem esguia, serelepe e muito bem constituída entrou no local, de bate pronto atraindo os olhares do Zezinho (que, dividido, não sabia se chorava pelo pai ou se olhava para os “atributos” da moça). Conversaram, ela, Matilde, e Ana: “lamento por seu pai, mas você não quer doar os órgãos dele para ajudar quem precisa? Ainda dá tempo!”, “doar os órgãos de papai!!! eu não sei não, preciso conversar com minha mãe...”, “ vamos conversar, é preciso urgência, já tem gente esperando aqui mesmo os transplantes, vamos lá...”. Fala daqui, explica dali, chora de lá, e D. Benvinda consentiu, “tá bom, tá bom, se servirem para outros como serviram para o meu neném....” e desabou no choro. Papéis assinados, situação regularizada, a equipe médica compareceu ao local, retirou rapidamente os órgãos do Vinício e saiu para, rápido, transplantá-los em pacientes que já estavam aguardando. Foram seguidos pela viúva que lhes perguntou alguma coisa, anotou, guardou as anotações e voltou a chorar o morto. Correram os anos, muitos anos. Ana, já com vinte e quatro anos, conheceu o Antonio, rapaz sacudido e disposto, tintureiro de profissão, muito bem afamado no bairro, namoraram cerca de dois anos e, após um rápido noivado, marcaram o casamento. D. Benvinda, já avançada na idade, estava dividida entre a alegria e a tristeza, seria sogra e, depois (quem sabe?), avó, mas, de outro lado, Ana se mudaria (também a saudade não seria tanta, tinham alugado uma pequena residência na mesma rua). Zezinho, vinte e dois anos bem vividos, é que estava feliz, teria mais espaço na pequena casa, inclusive para levar suas namoradas (se D. Benvinda deixasse, bem entendido). Uma semana antes do casório, Ana e Benvinda analisavam os preparativos olhando o vestido de noiva, quando a filha perguntou “mamãe, quando tiraram os órgãos do papai, você perguntou alguma coisa para os médicos e anotou num papel, o que era?”. Benvinda emudeceu, não entendeu a razão da pergunta, mas respondeu “era o nome e o endereço do homem que iria receber o coração de seu pai”. “E você tem esses dados até hoje?”, “Sim”. “Certo, então me diga onde encontrar o homem que está com o coração do papai, vou convidá-lo pra entrar na igreja comigo!”. “Credo menina, mas que ideia, e como fica o seu irmão?”. Ana embatucou, não tinha pensado nisso, mas, moça de boa cabeça e de raciocínio pronto, respondeu: “não tem problema, o Zezinho me leva até o meio da igreja e o homem até o altar!”. “Mas, se ele não aceitar?”. Ora A bofetada veio com gosto, estalou na cara do Zezinho com um sonoro ruído, a marca da mão ainda ali permaneceu por poucos segundos, todos pararam de comer, se entreolharam, não sabiam o que fazer mamãe, primeiro precisamos achá-lo e conversar com ele, depois veremos!”. A rua situava-se nos lados de Santana, mas o telefone mudara, na realidade não havia outro registrado naquele endereço. Resolveram arriscar. Em uma bela tarde, D. Benvinda, Ana e Zezinho foram ao endereço que tinham. Lá chegando, fim de tarde, boca-da-noite, tocaram a campainha do sobrado e aguardaram. Atenderam no interfone:”quem é?”, “queremos falar com o Sr. Agostinho, ele não conhece a gente mas o assunto é importante...”, “sobre o que é?”, “olha, o assunto é pessoal, temos que falar com ele, é coisa acontecida há muito tempo...”. Aguardaram até que o portão se abriu, um senhor alegre, com o olhar agudo e a face corada, lhes disse: “boa noite, eu sou o Agostinho, do que se trata?”. Benvinda não se segurou, começou a chorar, soluçava, quando Ana explicou “olha, nós somos a família daquela pessoa cujo coração foi transplantado para o Sr. e queríamos falar sobre isso!”. Agostinho, assustado com o choro de Benvinda, abriu-lhes depressa o portão, “vamos gente, entrem, vamos conversar lá dentro!”, gritando para a esposa que trouxesse um copo de água-com-açúcar para Benvinda que já estava mais tranquila. Conversaram vários minutos, trocaram banalidades, lembraram da noite do transplante, triste para alguns, alegre para outros, Agostinho confirmou que o coração do falecido era muito forte, nunca tivera qualquer sintoma de rejeição ou qualquer outro problema. Enfim, Ana desenrolou o motivo da visita “Seu Agostinho, eu vou casar, já tenho data marcada, e queria que o Sr. me levasse para o altar já que o Sr. tem o coração do meu pai!”. Agostinho desatou em prantos, chorou um choro forte e sacudido, não sabia como responder, e entre soluços disse que nunca recebera convite tão gratificante, que aceitava sim e que estaria na igreja na data marcada, mesmo que chovesse canivetes. E, assim, em torno de uma mesa com café e bolo, combinaram os detalhes. No dia do casamento, a igreja, ornamentada, estava linda, os convidados já lotavam o recinto, D. Benvinda e parentes estavam no altar enquanto que Agostinho e a esposa permaneceram num banco no meio da nave, nas proximidades da passarela central. Padrinhos no altar, noivo ansioso, Padre Bentinho aguardando, os portões centrais da capela do bairro abriram-se de par em par ao som da marcha nupcial e Ana, conduzida por Zezinho, entrou, formando um belo casal como pensaram todos, “queria que o meu neném visse a Ana agora, maravilhosa como uma estrela, garanto que ele ia chorar como eu estou chorando!”, soluçou D. Benvinda. O par avançou lentamente, ao som da música. Todos, porém, estranharam quando os irmãos pararam diante de Agostinho, Zezinho entregou-lhe Ana e o novo par continuou lentamente em direção ao altar. Começou o zunzunzum, o disquedisque, a versão exata do fato foi espalhada por alguns poucos que já a conheciam de maneira que, ao chegarem ao altar, todos já sabiam ou tinham noção do que ocorrera, da razão da substituição, e soluços cada vez mais fortes passaram a vibrar no ar, lenços inúmeros enxugavam olhos lacrimosos... Aquela emoção chegou ao ponto culminante quando Ana, ao ser entregue ao noivo pelo acompanhante que se encontrava visivelmente comovido, voltou-se, colocou a mão espalmada no peito de Agostinho e alto e bom som disse: “obrigada, papai!”. Nem Padre Bentinho aguentou... (“O Embrião”, inédito) S. Paulo, l0/2007 Livros Novos em junho de 2010 Antonio Raphael Silva Salvador Desembargador e Professor Universitário Estatuto da Criança e do Adolescente Organização, índices e notas de Ricardo dos Santos Castilho Iglu Editora A Editora Iglu mantém uma Coleção Verba Legis, destinada a uma rápida e funcional consulta, ao verificar a importância que isso representa para todos que, em determinado momento, necessitam de consulta rápida da legislação, com todas as observações sobre elas, suas partes modificadas e indicando remissões legislativas, além das eventuais modificações que foram trazidas a um texto anterior, etc. Surgiu dessa ideia a apresentação do Estatuto da Criança e do Adolescente, que é a Lei 8.069, de 13/7/1990,em edição da Editora Iglu, de São Paulo. SulAmérica Qualicorp Adm. de Benefícios Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. Condições contratuais disponíveis para análise. Maio/2010. O importante é que vem no livro toda uma Legislação Complementar após a apresentação da Lei 8.069, trazendo os artigos da nossa Constituição Federal, do novo Código Civil, do Código Penal, da Consolidação das Leis do Trabalho e de dezenas de leis que interessam à Criança e ao Adolescente, servindo para complementar ou regulamentar aspectos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Vemos também, nos vários artigos e parágrafos, as modificações feitas, com citação das leis modificadoras. com estudo ainda de todas as modificações que a referida lei sofreu com as Leis 8.883, de 1994, a 9.854, de 1999, a 11.481, de 2008, a 11.783, de 2008 e agora com tudo quanto veio com a Lei 11.952, de 25 de junho de 2009. Há, ainda, um completo índice remissivo, tornando mais simples a busca e a consulta ao assunto discutido. Três Súmulas importantes são mostradas. É livro de 287 páginas, todas úteis e referentes ao Estatuto aqui estudado. Os artigos da Lei 8.666/93 são examinados um a um, com citações de vários doutrinadores que a culta autora colheu e sempre com transcrição de julgados, na íntegra ou em ementas, verdadeiramente atualizando a obra que tanto sucesso vem tendo. O índice remissivo é completo, com 32 páginas, além de reprodução das várias leis em sua íntegra. A bibliografia apresentada é completa, tornando ainda mais útil a obra. Comentários à Lei de Licitações e Contratos da Administração Pública Autora: Maria Adelaide de Campos França Editora Saraiva (6ª edição) O sucesso vem mostrado com as várias edições que o mercado exigiu e que determinou esta nova e 6ª. edição, de um livro cada vez mais aceito e procurado. Sua autora conhece o assunto como poucos. Argentina, na Europa e nos Estados Unidos, mostrando haver certa similaridade de princípios e procedimentos, todos bem analisados e confrontados com a nova legislação brasileira. Mas, nem tudo agrada na lei recuperadora nos conta o presente livro. A eficiência do processo judicial na recuperação de empresa Autor: Ricardo Negrão Editora Saraiva Profundamente conhecedor do assunto, o culto autor chega a indicar quais as alterações legislativas que iriam modificar, para melhor, a efetividade desta lei, até mesmo chegando a alcançar os resultados que o Legislador pretendeu. Com exame da doutrina e apoio na jurisprudência atualizada, saiu a 6ª. edição do bem acolhido livro sobre a Lei de Licitações e Contratos da Administração Pública, que é a Lei 8.666/93, O presente livro surgiu da dissertação de mestrado do Des. Ricardo José Negrão Nogueira, seguida da vontade do ilustre autor de revelar e discutir objetivamente a Lei 11.101, de 9 de fevereiro de 2005. Com muito conhecimento e com o desejo de trazer soluções, o autor veio estudar e nos tornar conhecedores da modificada legislação falimentar brasileira, com seus conceitos e espécies procedimentais. O livro nos leva aos diplomas de recuperação de empresas promulgados recentemente na A grande vantagem deste livro, surgido de uma tese de mestrado, é mostrar as grandezas da lei e suas deficiências, surgidas principalmente, segundo o autor, do apego do legislador às estruturas falimentares que existiam e, em seguida, deixar bem claro no estudo quais as reformas para essas falhas, para tornar a Lei 11.101, de 2005, a esperada solução maior do desejo de todos da salvação e recuperação das empresas em dificuldades. Magistrado, graças à parceria da Qualicorp com a APAMAGIS, você pode ter um seguro-saúde coletivo por adesão da SulAmérica, uma das mais conceituadas seguradoras do Brasil, unindo excelente qualidade de atendimento com preços e condições especiais: não perca essa oportunidade. 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Dezenove Magistrados estavam na lista de homenageados: Bruno Paiva Garcia, Edson Baldi, Elizabeth Kazuko Ashikawa, Guilherme Silveira Teixeira, Jacira Jacinto da Silva, Jorge Tosta, Juan Paulo Haye Biazevic, Julio Cezar dos Santos, Laércio José Mendes Ferreira Filho, Luciana Netto Rigoni, Maria Carolina Marques Caro Quintiliano, Nagashi Furukawa, Nicole de Almeida Campos Leite Colombi, Paulo Lúcio “Selecionamos parte da história viva da Magistratura e relembramos os primeiros juízos dos últimos 50 anos” Juiz Julio Cezar dos Santos | Os homenageados e as autoridades que compareceram ao evento Nogueira Filho, Pedro Oscar Pereira Moraes Garcia, Sergio Araújo Gomes, Tonia Yuka Kôroku, Valter Bettoi Cavalcanti e Zary de Oliveira Costa Filho. Para o Diretor do Fórum, Julio Cezar dos Santos, o evento foi uma “justa homenagem aos protagonistas do Poder Judiciário”. O Magistrado afirmou ainda: “Selecionamos parte da história viva da Magistratura e relembramos os primeiros Juízes dos últimos 50 anos. É uma forma que encontramos de englobar as gerações de Magistrados que ficaram longo tempo no município”. O evento teve a participação de grande número de personalidades e autoridades, como o Presidente Paulo Dimas, o Deputado Estadual Edmir Chedid e o Prefeito de Bragrança, João Afonso Sólis. A Comarca de Bragança foi criada em seis de maio de 1859. Em 2009, uma comissão composta por funcionários do Fórum e por representantes de diferentes segmentos da sociedade bragantina planejou eventos comemorativos que foram promovidos durante todo o ano. Retribuição | Diretor de Interiorização recebe o Título de Cidadão Ribeirãopretano A cerimônia teve a presença de amigos, familiares e autoridades N o dia 11 de junho, o Diretor de Interiorização da APAMAGIS e também Diretor do Fórum de Ribeirão Preto, João Agnaldo Donizeti Gandini, foi agraciado com o Título de Cidadão Ri- beirãopretano. O pedido da justa homenagem foi solicitado pelo Vereador Marcelo Palinkas. O Presidente Paulo Dimas e o 1º VicePresidente Roque Mesquita, assim como | Juiz Gandini recebe a placa do Título de cidadão de Ribeirão Preto 16 | Associação Paulista de Magistrados os demais colegas da circunscrição, a Prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, familiares e amigos compareceram à cerimônia realizada na Câmara Municipal. A emoção marcou o tom da solenidade. Todos os discursos direcionados ao Juiz João Gandini reconheceram seu esforço e determinação para progredir na vida, seu talento como profissional, seu valor imenso como ser humano, seu amor e dedicação como filho, esposo, pai e amigo. A homenagem levou em conta o trabalho de Gandini junto à comunidade. Seu projeto denominado “Moradia Legal”, referência nacional e internacional nas ações de desfavelização, já beneficiou cerca de 21 mil pessoas em Ribeirão Preto. O Vereador Marcelo Palinkas afirmou que as homenagens são dirigidas àqueles que se destacam junto à comunidade. “João Gandini é luz, calor, energia e humildade”, descreveu. A Prefeita Dárcy Vera ressaltou que o trabalho do Juiz João Gandini devolveu às pessoas o direito de cidadania e dignidade de vida. “Suas ocupações de Juiz não lhe tiram a oportunidade de trabalhar diretamente com a comunidade. Por trás desta caneta, há um homem de verdade, de um coração enorme, cuja determinação é reconhecida por todos nós. Obrigada por estarmos juntos construindo sua história”, afirmou a Prefeita. Emocionado com a homenagem, João Gandini falou de sua gratidão e felicidade. “Em Adolfo, onde nasci, enterrei meu umbigo como segue a tradição; em Ribeirão Preto, por opção minha, quero enterrar meu corpo e minha alma”, finalizou. A solenidade, que exibiu vídeo contando a história de vida do juiz João Gandini, ainda teve a participação da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. Homenagem | Trajetória profissional de Moacir Braido é enaltecida pelo Legislativo de Barretos Juiz recebe votos de louvor e Título de Cidadão Barretense Reconhecido pela população por meio do excelente trabalho exercido na cidade de Barretos, interior de São Paulo, o Juiz Moacir Braido da Silva recebeu, no dia 21 de maio na Câmara Municipal, votos de louvor pela aposentadoria, além de ter sido agraciado com o Título de Cidadão Barretense. As homenagens são de autoria dos Vereadores Paulo Correa, Presidente da Casa, e Otávio Alves Garcia. “A personalidade do Doutor Moacir é ressaltada no meio forense também pelo respeito no tratamento ao próximo, pela cordialidade com que recepcionava os Advogados e todos aqueles que o procuravam na rotina de seu trabalho”, lembrou o Vereador Paulo Correa. De acordo com os Vereadores, Barretos orgulha-se por ter tido a honra de contar com a presença do Magistrado na história da cidade e, por isso, solicitaram o envio do ofício ao ilustre cidadão, como forma de prestar uma justa homenagem em nome da população barretense. Fernanda Vazquez | Moacir Braido comemora sua aposentadoria ao lado de amigos e familiares Comemoração No dia 11 de junho, o Juiz comemorou sua aposentadoria com um jantar de despedida na Casa do Médico, em Barretos, ao lado de sua esposa Necilia de Oliveira Coronado Silva, familiares e amigos. Estiveram presentes na ocasião o Conselheiro Osni Assis Perei- ra, representando o Presidente da APAMAGIS, a Diretora do Fórum de Barretos, Fernanda Vazquez, o Presidente da Câmara Municipal de Barretos, Paulo Correa, o Presidente da OAB Secção Barretos, Merhej Najm Neto, além de outros Magistrados, Promotores e Advogados da região e da cidade de São Paulo. Breve currículo A história profissional do Juiz Moacir Braido da Silva com a comarca de Barretos se iniciou na década de 90. Mais precisamente no dia 20 de junho de 1991, ele foi nomeado Juiz de Direito da 3ª Vara Cível de Barretos e, em março de 2003, assumiu a 2ª Vara Criminal e da Infância e Juventude, permanecendo até o dia 6 de maio de 2010. No dia 17 de março de 1999, assumiu o posto de Diretor do Fórum Conselheiro Lafayete, onde permaneceu na função até o dia 31 dezembro de 2009. Também lecionou Direito Previdenciário na UNIFEB. “A personalidade do Doutor Moacir é ressaltada no meio forense também pelo respeito no tratamento ao próximo, pela cordialidade com que recepcionava os Advogados e todos aqueles que o procuravam (...)” Vereador Paulo Correa Associação Paulista de Magistrados | 17 Um giro pela APAMAGIS Vice-Presidente da APAMAGIS prestigia inauguração de instalações do Judiciário saltense No dia 10 de junho, o TJ/SP inaugurou o prédio da Vara do Juizado Cível e Criminal de Salto. O Presidente Paulo Dimas da APAMAGIS e o Presidente da Corte Paulista, Viana Santos, foram representados pelo Des. Roque Mesquita na solenidade. Como Coordenador do TJ/SP da 20ª Circunscrição Judiciária do Estado de São Paulo, prometeu continuar ajudando a região a lutar pelo aprimoramento do Judiciário e se comprometeu em empenhar esforços para que a Comarca de Salto ganhe um Fórum que unifique todas as Varas. Também relembrou com saudades a época em que judicou na cidade e agradeceu a presença de todos. O Prefeito de Salto, José Geraldo Garcia e a Presidente da 157ª Subseção da OAB/SP, Dagmara Battaglin Bego discursaram e reconheceram o empenho do Vice-Presidente da APAMAGIS em ajudar o Judiciário saltense. De acordo com a Diretora do Fórum da cidade, Renata Cristina Rosa da Costa Silva, “a acessibilidade do Dr. Roque aos Juízes de primeiro grau é proporcional à importância do cargo que ocupa”. Depois de agradecer os esforços de todas as pessoas envolvidas no processo de viabilização do novo prédio, pontuou os benefícios que ele trará à cidade. “Agora o Juizado está adequadamente estruturado. Essa é uma mudança visível, mas não é a única: os benefícios serão estendidos a todo o Judiciário de Salto, porque iremos reorganizar o almoxarifado e outras unidades no Fórum”, esclareceu a Juíza. No novo edifício de três pavimentos, o cartório foi alocado no primeiro andar; as salas de audiência e conciliação, da Assistência Social, Psicologia e da Promotoria, no segundo; o Setor de Anexo Fiscal e a sala da OAB ficaram no terceiro. As novas instalações representam um avanço expressivo, já que os Juizados Especiais Cível e Criminal respondem por quase 40% dos processos distribuídos nos últimos cinco anos na Comarca, que conta com três outras varas cumulativas (cíveis e criminais). “A acessibilidade do Dr. Roque aos Juízes de primeiro grau é proporcional à importância do cargo que ocupa” Juíza Renata da Costa Silva | Des. Roque Mesquita discursou para autoridades da cidade de Salto e região Além das autoridades já citadas, também prestigiaram o evento os Juízes da Comarca de Salto, Alessandra Lopes Santana de Mello, Marcelo Barbosa Sacramone e Sílvia Paula Moreschi Ribeiro Coppi; o Juiz da Comarca de Itu, Hélio Villaça Furukawa; o Juiz da Comarca de Sorocaba, Alexandre Guerra; o Chefe de Gabinete do Secretário de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, Amauri Gavião, representando o Secretário; o Promotor de Justiça de Salto, Páscoa Forense celebra tradição de 58 anos Crédito: Liene Vicente/TJSP No dia 13 de junho, foi comemorada a Páscoa da Família Forense com a presença de Desembargadores, Juízes, funcionários do TJ/SP, autoridades estaduais e municipais, além de seus familiares. A missa celebrada na Catedral da Sé pelo Bispo Auxiliar da região episcopal de Santana, Dom Joaquim Justino Carreira, confirmou a tradição do evento que, este ano, está em sua 58ª edição. A missa teve a participação da funcionária do TJ/SP, Zenaide Mendes, que fez a primeira leitura; Ana Maria Bianchi, do setor de Cartas Precatórias Cíveis, realizou a segunda leitura; a Juíza da 1ª Vara da Família e das Sucessões do Foro Regional de Pinheiros, Daniela Maria Morsello, fez a oração aos fiéis, rogando benção às famílias de todos. O Coral da Associação Atlética Banco do Brasil emocionou os presentes com a interpretação de “Ave Maria” durante a eucaristia. No encerramento da cerimônia, o Corregedor Geral da Justiça, Antonio Carlos Munhoz Soares, narrou a importância do evento. “Nesta manhã fria de domingo, estamos aqui reunidos para aquecermos nossos corações, agradecermos a Deus por nos ter permitido re- “Nesta manhã fria de domingo, estamos aqui reunidos para aquecermos nossos corações, agradecermos a Deus por nos ter permitido realizar a 58ª Páscoa da Família Forense na Catedral da Sé” Des. Antonio Carlos Munhoz Soares 18 | Associação Paulista de Magistrados | Páscoa Forense lota a Catedral da Sé no centro de São Paulo João José Rodrigues Neto, representando o Presidente da Associação Paulista do Ministério Público e o Procurador-Geral do Estado de São Paulo; o Presidente da Câmara Municipal de Salto, Lafaiete Pinheiro dos Santos, entre outros. Após a solenidade, foi servido um coquetel oferecido pela APAMAGIS. No fim do dia, alguns Magistrados reuniram-se no tradicional restaurante Bar do Alemão de Itu para comemorar. APAMAGIS inaugura quadra de saibro na Colônia de Férias de Ibirá No próximo dia 24 de julho, a APAMAGIS vai inaugurar a quadra de tênis com piso de saibro e o playground na Colônia de Férias de Ibirá. Os trabalhos de reestruturação dos dois projetos consumiram cerca de um mês. A quadra de tênis, com dimensões de 18 metros de largura e 36 metros de comprimento, antes era de piso de concreto. O playground foi ampliado e recebeu novos brinquedos para a diversão da criançada. Agora, o espaço possui dois modelos de balanço, dois tipos de gira-gira, gangorras e um escorregador. Para completar a inauguração das novas instalações, a Diretoria de Tênis da APAMAGIS promoverá nos dias 24 e 25 de julho um torneio na Colônia de Ibirá. As inscrições para os jogos deverão ser efetuadas por meio dos telefones (11) 2441-2704 ou (11) 2408-7871 (APAMAGIS de Guarulhos). Jogos da Copa são transmitidos na sede social da APAMAGIS | Des. Roque Mesquita representou a Diretoria Executiva da APAMAGIS alizar a 58ª Páscoa da Família Forense na Catedral da Sé, local onde já acontecia antes de 1961, quando então passamos a celebrá-la no Salão dos Passos Perdidos do Tribunal de Justiça. Meus agradecimentos aos aqui presentes e peço para que todos levem o folheto para casa para dividir com familiares e amigos as mensagens aqui apresentadas”. A Comissão da Páscoa Forense é composta pelos Desembargadores Antonio Carlos Munhoz Soares, Antonio José Silveira Paulilo, José Geraldo Barreto Fonseca, Zélia Maria Antunes Alves e pelos Juízes Airton Vieira, Marco Fábio Morsello e Paulo Nimer Filho. A Diretoria Executiva da APAMAGIS foi representada pelo 1º Vice-Presidente, Roque Mesquita. Os jogos da Seleção Brasileira estão sendo transmitidos na sede social da APAMAGIS. Os associados que quiserem assistir às partidas irão conhecer o Espaço Cultural inaugurado no dia 15 de maio. O novo recinto foi redecorado e agora conta com um míni-cinema equipado com sistema de som de última geração. Para outras informações, ligue (11) 5574-5399 (sede social). Representantes da APAMAGIS almoçam com Juízes do Fórum Hely Lopes Meirelles No dia 10 de junho, o Presidente Paulo Dimas, os Vices Roque Mesquita e Fernando Bartoletti, o Ex-Presidente Renzo Leonardi e o Conselheiro da APAMAGIS e VicePresidente da AMB, Sebastião Luiz Amorim se reuniram com os Juízes da Fazenda Pública da capital para um almoço no restaurante do Fórum Hely Lopes Meirelles. Durante a reunião, o Presidente Paulo Dimas falou sobre o andamento de algumas PECs no Congresso Nacional e sobre a atuação da entidade na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Além Deputado Estadual Fernando Capez visita a APAMAGIS disso, comentou a viagem feita à Brasília no início da semana, em que constatou que a APAMAGIS e a Ajufe possuem uma pauta comum de reivindicações. Os Magistrados presentes questionaram os representantes da APAMAGIS sobre temas associativos e institucionais. Por fim, o Vice-Presidente Roque Mesquita salientou a importância de reuniões como aquela e ressaltou a necessidade de a APAMAGIS manter um diálogo aberto com os associados com o propósito de ouvir seus reclamos e propostas. | Fernando Capez se reuniu com representantes da Diretoria Executiva e dos Departamentos de Segurança e Assuntos Legislativos da APAMAGIS | O Presidente Paulo Dimas e o Vice-Presidente Roque Mesquita debateram com os Juízes da Fazenda Pública da capital No dia 31 de maio, o Deputado Estadual Fernando Capez se reuniu com representantes da Diretoria Executiva e dos Departamentos de Segurança e Assuntos Legislativos da APAMAGIS na sede administrativa da entidade. Na oportunidade, foram debatidos projetos de interesse da Magistratura Paulista que tramitam na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Entre os projetos mencionados estavam o PL 179/2010, que cria 2.199 cargos de Assistentes de primeiro grau, o PL 13/2009, que cria mil cargos de Escreventes e o PL 11/2009, que versa sobre a autonomia financeira do Poder Judiciário. Os representantes da Diretoria Executiva pediram atenção especial do Parlamentar à proposta que dispõe da criação dos cargos de Assistente para Juízes de primeira instância. O referido projeto está na Comissão de Constituição e Justiça, cuja Presidência é do Deputado Fernando Capez, com parecer favorável do Relator, André Soares. Participaram da reunião o Presidente Paulo Dimas, o 2º Vice-Presidente, Fernando Bartoletti, o Diretor do Departamento de Assuntos Legislativos, Regis de Castilho Barbosa Filho e o Diretor-Adjunto do Departamento de Segurança, Antonio Augusto Neves. Des. José Renato Magistrados comemoram Dia dos Namorados Nalini é empossado Uma data envolta de romantismo e como acadêmico da destinada aos casais apaixonados não poderia deixar de ser memorada pela Academia Paulista APAMAGIS. Para isso, a entidade realizou, de Educação em sua sede social, no dia 12 de junho, um O atual Presidente da Academia Paulista de Letras, José Renato Nalini, foi empossado, no dia 24 de maio, no cargo de acadêmico da Academia Paulista de Educação. O Magistrado assumiu o posto na cadeira nº 35, cujo patrono é Newton Almeida Melo e o antecessor Pedro Salomão José Kassab. A cerimônia foi realizada no Espaço Sócio Cultural - Teatro CIEE. A Presidente do Conselho Consultivo, Orientador e Fiscal, Zélia Maria Antunes Alves, representou a APAMAGIS na solenidade. Colônia de Férias | Cento e sessenta convidados animaram o jantar dançante jantar dançante de Dia dos Namorados. Toques de bom gosto e sofisticação deram ao ambiente um clima intimista. Os 160 convidados puderam conferir a banda Mania de Cantar, com ritmos dançantes e o cantor grego Patrick Dimon, interpretando canções românticas em seis idiomas: grego, espanhol, português, inglês, francês e italiano. Para completar a noite, os Magistrados assistiram ao show da turma de dança e dos Professores, que apresentaram a sensualidade do tango. Divulgaremos sempre na seção “Um Giro pela APAMAGIS” o calendário oficial de 2010 de inscrições e sorteios de vagas para as colônias da APAMAGIS em feriados e períodos de férias. FERIADOS/FÉRIAS Independência do Brasil Nossa Senhora Aparecida Finados Proclamação da República Ano Novo e Férias de janeiro 2011 INSCRIÇÕES 21/06/2010 até 03/08/2010 19/07/2010 até 08/09/2010 26/07/2010 até 15/09/2010 23/08/2010 até 05/10/2010 13/09/2010 até 26/10/2010 SORTEIO 04/08/2010 Quinta-feira 09/09/2010 Quinta-feira 16/09/2010 Quinta-feira 06/10/2010 Quarta-feira 27/10/2010 Quarta-feira PERÍODO 04/09/2010 a 07/09/2010 09/09/2010 a 12/10/2010 30/10/2010 a 02/11/2010 13/11/2010 a 15/11/2010 Ano Novo e todo mês de janeiro de 2011 Associação Paulista de Magistrados | 19 Turismo África do Sul | O berço da diversidade O continente africano é um gigante “A África do Sul oferece aos turistas um leque de opções que tornam a viagem inesquecível” repleto de contrastes. Rico em diversidades culturais, étnicas e, principalmente, em recursos naturais, a África vem atraindo cada vez mais turistas. O destaque desta edição do Tribuna da Magistratura vai para a África do Sul, país mais rico do continente africano que pela primeira vez sedia a Copa do Mundo FIFA 2010. SINÔNIMO DE AVENTURA E ECOTURISMO A África do Sul é o terceiro país mais rico em biodiversidade do mundo. Esse cenário, que vai de montanhas a vastas planícies, de costa marítima a dunas do deserto e rios serpenteantes, oferece aos turistas um leque de opções que tornam a viagem inesquecível. Além dos parques nacionais, a África do Sul possui uma série de reservas privadas. Se preferir, pode escolher um passeio terrestre ou um safári guiado, para desfrutar de toda a beleza da vida selvagem. As paisagens também podem ser apreciadas pelos aventureiros em trilhas, escaladas, balonismo, surf, esportes radicais como bungee Jumping 20 | Associação Paulista de Magistrados ou rafting, além de atividades mais relaxantes como uma partida de golfe, um agradável tour pelas vinícolas africanas ou um passeio pelo aquário Two Oceans, no Cabo da Boa Esperança. UM PASSADO REPLETO DE MEMÓRIAS A África do Sul se caracteriza por ser o berço de muitas culturas, sendo o terceiro país com maior quantidade de línguas reconhecidas oficialmente (Africâner, Inglês, Ndebele, SeSotho do norte, SeSotho do sul, Swazi, Tswana, Tsonga, Venda, Xhosa e Zulu), ficando atrás apenas da Bolívia e da Índia. O país possui uma rica história, que merece ser rememorada. Por isso, desde meados de 1994, foram criados inúmeros marcos comemorativos ao passado do país. O Memorial às Mulheres, em Bloemfontein ou o Museu do Apartheid, em Johanesburgo remontam fatos de uma época de repressão. Vale a pena visitar a Ilha Robben, a Paisagem Cultural de Mapungubwe, a Paisagem Cultural e Botânica de Richtersveld, além do Berço da Humanidade e o Parque Ukhahlamba Drakensberg (Montanhas do Dragão). Os lugares são patrimônios culturais porque mais da metade das descobertas mundiais de fósseis de hominídeos foram feitas na África do Sul, onde você pode conferir pinturas rupestres e pegadas fossilizadas. A MISTURA DO LUxO E DO ExÓTICO A menos de duas horas de Johanesburgo, você encontra o comple- xo Sun City, que possui o único hotel seis estrelas do mundo, o The Palace of the Lost City, que firmou sua fama internacional pela extravagância das instalações. O complexo conta com cassinos, parque aquático, campo de golfe, além de uma floresta e jardins semi-tropicais. Além das paisagens e atrações, aproveite para conhecer a cultura sul-africana pela culinária. Apesar da similaridade com alguns pratos do Brasil, como a dobradinha, o arroz, o milho cozido e o espinafre refogado, os pratos mais comuns na África do Sul são exóticos para o paladar brasileiro, como o snoek (tubarãozinho defumado) ou o filé de warthog (porco-selvagem). Não termine sua viagem sem degustar o top five da culinária típica: o “bobotie”, o “braai”, o “bunnychow”, o “boerwoers” e o “oxtail”, que são similares à famosa rabada brasileira, mas com um tempero tipicamente sul-africano. SERVIÇO Para a África do Sul e inúmeros outros roteiros com segurança, comodidade e descontos reais, entre em contato com o Departamento de Turismo da APAMAGIS no telefone (11) 3292-2200.