UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL JOSÉ BENEVIDES LÔBO NETO UM ESTUDO EXPERIMENTAL E NUMÉRICO DE SOLOS COMPACTADOS COLAPSÍVEIS: APLICAÇÃO EM UMA PEQUENA BARRAGEM DE TERRA Fortaleza 2013 1 JOSÉ BENEVIDES LÔBO NETO UM ESTUDO EXPERIMENTAL E NUMÉRICO DE SOLOS COMPACTADOS COLAPSÍVEIS: APLICAÇÃO EM UMA PEQUENA BARRAGEM DE TERRA Dissertação de Mestrado apresentada à Coordenação Graduação do em Curso Engenharia de Civil Pós da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Engenharia Civil. Área de Concentração: Geotecnia. Orientador: Prof. Dr. Francisco Chagas Silva Filho. FORTALEZA 2013 2 JOSÉ BENEVIDES LÔBO NETO UM ESTUDO EXPERIMENTAL E NUMÉRICO DE SOLOS COMPACTADOS COLAPSÍVEIS: APLICAÇÃO EM UMA PEQUENA BARRAGEM DE TERRA Dissertação de Mestrado apresentada à Coordenação Graduação do em Curso Engenharia de Civil Pós da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Engenharia Civil. Área de Concentração: Geotecnia. Aprovado em: 16/09/2013 BANCA EXAMINADORA _________________________________________________ Prof.Dr.Francisco Chagas da Silva Filho (Orientador) Universidade Federal do Ceará (UFC) _________________________________________________ Prof.Drª. Carísia Carvalho Gomes Universidade Federal do Ceará (UFC) _________________________________________________ Prof. Dr. Antônio Nunes de Miranda Examinador Externo 3 A Deus. À minha família: meus pais Paulo e Francisca; meus irmãos Bruno e Luiza. À minha esposa, Patricia. 4 AGRADECIMENTOS Primeiramente, a Deus por mais esta conquista. Ao meu pai, Paulo Henrique Magalhães Lôbo, e minha mãe, Francisca Leonisia Ribeiro Martins Lôbo, pelo amor e apoio necessário para a conclusão deste trabalho. Ao meu irmão, Bruno Jesus Martins Lôbo, e minha irmã, Luiza Lorena Martins Lôbo pela amizade e apoio incondicional. Ao amor da minha vida, Patricia Dayalla Galdino Ribeiro Lôbo, que muito me ajudou para a conclusão deste trabalho, com sua compreensão e seu amor. Ao professor Francisco Chagas da Silva Filho, meu orientador, pela amizade, orientação e incentivo durante todo o desenvolvimento deste trabalho. Ao professor Francisco de Assis Souza Filho, pelo companheirismo e apoio no desenvolvimento deste trabalho. A todos da empresa CEC Engenharia, por todo o aprendizado adquirido nos 5 anos de trabalho, em especial ao Professor Luiz Hernani de Carvalho. Aos professores geotécnicos Silvrano Adonias e Alfran Sampaio, pelo conhecimento transmitido. A equipe do Laboratório de Solos da UFC, pelo apoio no desenvolvimento da pesquisa, em especial ao Anselmo e Rafael. Aos meus colegas de trabalho: Daniele, Patricia, Samuellson, Andressa, Alberto e Venícius pelo apoio. Aos meus grandes amigos: Samuel, Bruno e Euclides pela amizade e apoio em momentos complicados deste trabalho. Aos colegas do Mestrado em Geotecnia, pelo carinho e espírito de companheirismo, em especial, Paloma e Rosiel. À FUNCAP pelo apoio financeiro. . 5 “Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve que renunciar para conseguir” (Dalai Lama) 6 RESUMO Este trabalho compreende um estudo experimental e uma aplicação numérica sobre os solos não saturados colapsíveis. Foram realizados ensaios em amostras de solo coletadas em uma jazida, localizada no município de Quixadá, no estado do Ceará, onde foi construída uma pequena barragem com esse material. Foram realizados ensaios de caracterização cujo objetivo é identificar a amostra analisada. Em seguida, realizaram-se ensaios de compactação com diferentes energias com o fim de verificar a variação entre a massa específica seca e a energia de compactação para o solo utilizado no maciço da barragem. Posteriormente, ensaios de adensamentos duplo e simples foram executados em amostras com baixos valores de massa específica seca e baixa umidade, visando estudar o fenômeno do colapso em solos presumivelmente compactados no ramo seco da curva de compactação. Com os resultados dos ensaios realizou-se uma modelagem numérica de fluxo e equilíbrio, com os programas Slide 6.0 e UNSTRUCT, utilizados de forma associada, para previsão do comportamento tensão x deformação (colapso) da barragem experimental. A seção transversal da barragem é constituída no seu núcleo, com o material compactado na umidade ótima e com a energia de Proctor Normal e espaldares no ramo seco. O objetivo é verificar a eficiência do maciço construído com redução de custos (diminuição de terraplenagem) e redução do consumo de água, que se torna uma solução importante para construção de pequenas barragens no semiárido, seção essa proposta por Miranda (1988). Os estudos experimentais e numéricos apontaram para uma obra com essas características e em condições de estabilidade. Palavras-chave: Solos não saturados. Colapso. UNSTRUCT. 7 ABSTRACT This dissertation includes an experimental study and a numerical application on unsaturated and collapsible soils. Tests were performed on soil samples collected in a reservoir, located in Quixadá city, in Ceará state, where a small dam was built with this material. Characterization tests were conducted aimed at identifying the sample. Then, tests were performed with different compaction energy in order to verify the variation between the dry density and the compaction energy of the soil used in the dam massy. Subsequently, double and simple high density tests were performed on samples with low values of dry density and low humidity, in order to study the phenomenon of collapse in compacted soils on dry branch of the compaction curve. With the results of tests carried out a numerical modeling of flow and balance, with the software's Slide 6.0 and UNSTRUCT used in association, to predict the stressstrain behavior (collapse) of the experimental dam. The cross section of the dam consists at its core, made of compacted material at optimum humidity and the Standard Proctor energy and backs on dry branch. The goal is to verify the efficiency of the massive built with cost reduction (decreasing earthworks) and reduction of water consumption, which becomes an important solution for building small dams in the semiarid, this section was proposed by Miranda (1988). The experimental and numerical studies pointed to a shell-work with such features and stability conditions. Keywords: Unsaturated soils, collapse, UNSTRUCT 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Conceito Básico de Colapso .................................................................. 27 Figura 2 - Arranjo dos grãos de areia mantidos pela tensão capilar ...................... 32 Figura 3 - Arranjo esquemático dos grãos de areia com vínculo de siltes. ............ 32 Figura 4 - Arranjo esquemático dos grãos de areia com vínculos de argila formados por autogênese.......................................................................................... 33 Figura 5 - Arranjo esquemático dos grãos de areia com vínculo de argila resultante do processo de lixiviação. ......................................................................................... 34 Figura 6 - Arranjo esquemático da estrutura do solo unindo grãos de microagregados por pontes de argilas. ..................................................................... 34 Figura 7 inundação e Estruturas do solo colapsível antes e depois da inundação. (a) antes da (b) após a inundação. ....................................................................... 35 Figura 8 - Curvas resultantes do ensaio oedométrico duplo (e x log v )................ 37 Figura 9 - Ajuste das curvas do ensaio oedométrico “duplo” ................................. 38 Figura 10 - Curvas deformação específica x log v em ensaio oedométrico duplo. 39 Figura 11 - Curva resultante do ensaio oedométrico simples. ................................. 40 Figura 12 - Classificação da susceptibilidade do solo ao colapso ........................... 44 Figura 13 - Determinação do Potencial de Colapso. (Jenings e Knight, 1975). ....... 48 Figura 14 - Espaço tridimensional proposto por Bishop e Blight (1963). ................. 54 Figura 15 - Superfície de estado de porosidade e grau de saturação. .................... 54 Figura 16 - Resultado do ensaio oedométrico. ........................................................ 61 Figura 17 - Módulos de Elasticidade. ....................................................................... 61 Figura 18 - Cálculo do parâmetro e . .................................................................. 63 Figura 19 - Colapso devido à compressão e distorção de agregados de argilas que perdem a resistência quando saturados. .................................................................. 67 Figura 20 - Comparação das modelagens de colapso, original e atual, utilizadas pelo programa UNSTRUCT....................................................................................... 68 Figura 21 - Relação tensão x deformação linear por trechos (ensaio típico). .......... 71 Figura 22 - Modelagem completa para expansão ou colapso.................................. 72 9 Figura 23 - Mapa de Localização e acesso.............................................................. 76 Figura 24 - Localização da Jazida ........................................................................... 76 Figura 25 - Curva granulométrica ............................................................................ 77 Figura 26 - Reta de escoamento para obtenção do LL. ........................................... 78 Figura 27 - Ensaio de compactação – 26 golpes. .................................................... 79 Figura 28 - Ensaio de compactação – 20 golpes. .................................................... 80 Figura 29 - Ensaio de compactação – 15 golpes. .................................................... 80 Figura 30 - Ensaio de compactação – 10 golpes. .................................................... 81 Figura 31 - Ensaio de compactação – 5 golpes. ...................................................... 81 Figura 32 - Preparação da amostra. ........................................................................ 82 Figura 33 - Preparação da amostra. ........................................................................ 83 Figura 34 - Adicionando água ao material. .............................................................. 84 Figura 35 - Amostras ensacadas e guardadas em recipiente. ................................. 85 Figura 36 - Prensa de adensamento e jogo de peso. .............................................. 85 Figura 37 - Células dos oedômetros, pedra porosa e cronômetro. .......................... 86 Figura 38 - Amostra compactada antes de ser ensaiada ......................................... 87 Figura 39 - Índice de vazios (e) x tensão ( )........................................................... 88 Figura 40 - Índice de vazios (e) x log ( )................................................................. 88 Figura 41 - Deformação específica x tensão ( ) ..................................................... 89 Figura 42 - Massa específica seca de 1,35g/cm³: (a) índice de vazios x v e (b) índice de vazios x log v . ........................................................................................... 90 Figura 43 - Massa específica seca de 1,35g/cm³ - deformação específica x v . .... 91 Figura 44 - Massa específica seca de 1,45g/cm³: (a) índice de vazios x v e (b) índice de vazios x log v . ........................................................................................... 92 Figura 45 - Massa específica seca de 1,45g/cm³ - deformação específica x v . .... 92 Figura 46 - Massa específica seca de 1,55g/cm³: (a) índice de vazios x v e (b) índice de vazios x log v . ........................................................................................... 93 Figura 47 - Massa específica seca de 1,55g/cm³ - deformação específica x v . .... 94 10 Figura 48 - Corpo de prova adensando em uma carga de 13 kPa .......................... 96 Figura 49 - Corpo de prova sendo inundado – carga de 200kPa............................. 96 Figura 50 - Índice de vazios x log v . ...................................................................... 97 Figura 51 - Índice de vazios x log v . ...................................................................... 97 Figura 52 - Massa específica seca de 1,35g/cm³: (a) índice de vazios x log v e (b) deformação específica x v . ...................................................................................... 98 Figura 53 - Massa específica seca de 1,45g/cm³: (a) índice de vazios x log v e (b) deformação específica x v . ...................................................................................... 99 Figura 54 - Massa específica seca de 1,55g/cm³: (a) índice de vazios x log v e (b) deformação específica x v . .................................................................................... 100 Figura 55 - Resultados do adensamento simples para w=5%: (a) índice de vazios x v , (b) índice de vazios x log v e (c) deformação específica x v . ......................... 101 Figura 56 - Resultados do adensamento simples para w=8%: (a) índice de vazios x v , (b) índice de vazios x log v e (c) deformação específica x v . ......................... 102 Figura 57 - Resultados do adensamento simples para w=9,6%: (a) índice de vazios x v , (b) índice de vazios x log v e (c) deformação específica x v . ...................... 103 Figura 58 - Massa específica seca máxima x número de golpes........................... 104 Figura 59 - Massa específica seca máxima x Energia de compactação. ............... 104 Figura 60 - Curva de compactação com saturação. .............................................. 106 Figura 61 - Energia de compactação x Massa específica seca máxima ................ 106 Figura 62 - Curvas de compactação para diferentes golpes. ................................. 107 Figura 63 - Módulo de Elasticidade Edométrico – massa específica seca de 1,35g/cm³ e w = 5%................................................................................................ 113 Figura 64 - Velocidade de colapso – massa específica seca =1,45g/cm³ e w=8% 116 Figura 65 - Barragem experimental - Quixadá ....................................................... 118 Figura 66 - Seção máxima da Barragem experimental .......................................... 119 Figura 67 - Seção utilizada na análise de fluxo transiente – Slide 6.0 ................... 120 Figura 68 - Compactação e permeabilidade para uma areia argilosa na Jamaica 120 Figura 69 - Linha freática – 15 dias após o enchimento. ....................................... 122 11 Figura 70 - Linha freática – 30 dias após o enchimento. ....................................... 123 Figura 71 - Linha freática – 60 dias após o enchimento. ....................................... 124 Figura 72 - Linha freática – 240 dias após o enchimento. ..................................... 125 Figura 73 - Malha da seção analisada no UNSTRUCT. ........................................ 126 Figura 74 - Deformação para 15 dias. Fator de aumento de deslocamento - 15. .. 127 Figura 75 - Deformação para 30 dias. Fator de aumento de deslocamento - 15. .. 127 Figura 76 - Deformação para 60 dias. Fator de aumento de deslocamento - 15. .. 128 Figura 77 - Deformação para 240 dias. Fator de aumento de deslocamento - 15. 128 Figura 78 - Foto da parte central da Barragem - Núcleo. ....................................... 131 Figura 79 - Rachaduras no talude provocada pelo colapso . ................................. 131 Figura A.1 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 5% ....................................................................................................... 142 Figura A.2 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 5% ....................................................................................................... 143 Figura A.3 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 5% ....................................................................................................... 144 Figura A.4 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 8% ....................................................................................................... 145 Figura A.5 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 8% ....................................................................................................... 146 Figura A.6 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 8% ....................................................................................................... 147 Figura A.7 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 9,6% .................................................................................................... 148 Figura A.8 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 9,6% .................................................................................................... 149 Figura A.9 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 9,6% .................................................................................................... 150 Figura A.10 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 5% ....................................................................................................... 152 12 Figura A.11 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 5% ....................................................................................................... 154 Figura A.12 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 5% ....................................................................................................... 156 Figura A.13 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 8% ....................................................................................................... 158 Figura A.14 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 8% ....................................................................................................... 160 Figura A.15 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 8% ....................................................................................................... 162 Figura A.16 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 9,6% .................................................................................................... 164 Figura A.17 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 9,6% .................................................................................................... 166 Figura A.18 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 9,6% .................................................................................................... 168 13 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Locais de ocorrência de solos colapsíveis no Brasil .............................. 31 Tabela 2 - Critérios de identificação do colapso baseados nos índices físicos e limites de Atterberg e granulometria do solo. ............................................................ 42 Tabela 3 - Valores do coeficiente Kw para a identificação da colapsibilidade, segundo o critério do Código de Obras da U.R.S.S (1977) modificado pelo autor.... 45 Tabela 4 - Classificação de colapsividade para obras de engenharia. ................... 47 Tabela 5 - Classificação do problema da colapsividade para obras de engenharia segundo Lutenegger e Saber (1988). ........................................................................ 49 Tabela 6 - Expressões Analíticas. .......................................................................... 53 Tabela 7 - Valores máximos de sucção para a amostra seca. ............................... 70 Tabela 8 - Dados dos ensaios de limites de consistência. ..................................... 78 Tabela 9 - Resultados dos índices de consistência. ............................................... 78 Tabela 10 - Densidade Real dos Grãos. ................................................................... 79 Tabela 11 - Resumo dos ensaios de Compactação ................................................. 81 Tabela 12 - Resumo das umidades das amostras ensaiadas. ................................. 84 Tabela 13 - Planilha de cálculo – material utilizado. ................................................. 86 Tabela 14 - Resumo dos ensaios – massa específica = 1,35g/cm³. ........................ 90 Tabela 15 - Resumo dos ensaios – massa específica = 1,45g/cm³. ........................ 91 Tabela 16 - Resumo dos ensaios – massa específica = 1,55g/cm³. ........................ 93 Tabela 17 - Resumo dos ensaios – massa específica = 1,35g/cm³. ......................... 98 Tabela 18 - Resumo dos ensaios – massa específica = 1,45g/cm³. ......................... 99 Tabela 19 - Resumo dos ensaios – massa específica = 1,55g/cm³. ....................... 100 Tabela 20 - Energia de compactação para o solo analisado. ................................. 108 Tabela 21 - Módulo de elasticidade oedométrico – 5% de umidade...................... 110 Tabela 22 - Módulo de elasticidade oedométrico – 8% de umidade...................... 111 Tabela 23 - Módulo de elasticidade oedométrico – 9,6% de umidade................... 112 Tabela 24 - Classificação da colapsividade segundo Jenning e Knight (1975) ...... 114 Tabela 25 - Classificação da colapsividade segundo Lutenegger e Saber (1988) . 115 14 Tabela 26 - Deformações como o avanço do fluxo ................................................. 128 Tabela 27 - Desenvolvimento das tensões e poropressões – Elemento 42 ........... 129 Tabela 28 - Desenvolvimento das tensões e poropressões – Elemento 15 .......... 129 Tabela 29 - Desenvolvimento das tensões e poropressões – Elemento 76 ........... 129 Tabela A.1 - Ficha do ensaio de granulometria por peneiramento e sedimentação138 Tabela A.2 - Ensaio de compactação - 5 Golpes.................................................... 139 Tabela A.3 - Ensaio de compactação - 10 Golpes.................................................. 139 Tabela A.4 - Ensaio de compactação - 15 Golpes.................................................. 140 Tabela A.5 - Ensaio de compactação - 20 Golpes.................................................. 140 Tabela A.6 - Ensaio de compactação - 26 Golpes (Proctor normal) ....................... 141 Tabela A.7 - Ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 5%... 142 Tabela A.8 - Ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 5%... 143 Tabela A.9 - Ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 5%... 144 Tabela A.10 - Ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 8% 145 Tabela A.11 - Ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 8% 146 Tabela A.12 - Ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 8% 147 Tabela A.13 - Ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 9,6%148 Tabela A.14 - Ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 9,6%149 Tabela A.15 - Ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 9,6%150 Tabela A.16 - Ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 5% 151 Tabela A.17 - Ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 5% 153 Tabela A.18 - Ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 5% 155 Tabela A.19 - Ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 8% 157 Tabela A.20 - Ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 8% 159 Tabela A.21 - Ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 8% 161 Tabela A.22 - Ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 9,6%163 Tabela A.23 - Ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 9,6%165 Tabela A.24 - Ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 9,6%167 15 SUMÁRIO CAPÍTULO 1 ........................................................................................................... 18 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 18 1.1 Relevância da Pesquisa ............................................................................... 18 1.2 Modelagem dos Solos Não Saturados Colapsíveis...................................... 18 1.3 Objetivo da Dissertação ............................................................................... 19 1.4 Estrutura da Dissertação .............................................................................. 20 CAPÍTULO 2 ........................................................................................................... 21 2 SOLOS NÃO SATURADOS COLAPSÍVEIS ....................................................... 21 2.1 Introdução .................................................................................................... 21 2.2 Solos Não Saturados ................................................................................... 21 2.2.1 Princípio das tensões efetiva (PTE)....................................................... 22 2.2.2 Sucção ................................................................................................... 24 2.2.3 Deformações Volumétricas .................................................................... 25 2.3 Solos Colapsíveis ......................................................................................... 26 2.3.1 Conceito ................................................................................................ 26 2.3.2 Processo de Formação .......................................................................... 27 2.3.3 Locais de Ocorrência de solos colapsíveis no Brasil ............................. 30 2.3.4 Estrutura ................................................................................................ 31 2.3.5 Mecanismo do Colapso ......................................................................... 35 2.3.6 Ensaios e Quantificação do colapso ...................................................... 36 2.3.7 Procedimentos de identificação dos solos Colapsíveis ......................... 42 2.3.8 O Colapso na Engenharia ..................................................................... 46 2.3.9 Solução para Solos Colapsíveis ............................................................ 49 2.3.10 Resumo ................................................................................................. 50 CAPÍTULO 3 ........................................................................................................... 52 3 MODELAGEM DO COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS SOLOS NÃO SATURADOS E O PROGRAMA UNSTRUCT ......................................................... 52 3.1 Introdução .................................................................................................... 52 3.2 Modelagem do Comportamento Mecânico dos Solos Não Saturados ......... 52 3.2.1 Expressões Analíticas ........................................................................... 52 16 3.2.2 Superfícies de Estado............................................................................ 53 3.2.3 Modelos Elásticos .................................................................................. 55 3.2.4 Modelos Elasto-plásticos ....................................................................... 57 3.3 Programa UNSTRUCT ................................................................................. 58 3.3.1 UNSTRUCT – Versão Original .............................................................. 58 3.3.2 UNSTRUCT – Versão Atual .................................................................. 65 3.4 Notas Conclusivas........................................................................................ 73 CAPÍTULO 4 ........................................................................................................... 75 4 ENSAIOS E ANÁLISES ...................................................................................... 75 4.1 Introdução .................................................................................................... 75 4.2 Localização da Barragem e Jazida .............................................................. 75 4.3 Ensaios de Caracterização do Solo ............................................................. 77 4.3.1 Ensaio Granulométrico .......................................................................... 77 4.3.2 Limites de Consistência ......................................................................... 77 4.3.3 Ensaio de Densidade Real do Solo ....................................................... 78 4.4 Ensaios de Compactação do Solo ............................................................... 79 4.5 Ensaios Oedométricos ................................................................................. 82 4.6 Ensaio Oedométrico Duplo .......................................................................... 82 4.6.1 4.7 Ensaio Oedométrico Simples ................................................................ 95 Análise dos Resultados .............................................................................. 104 4.7.1 Ensaios de caracterização e compactação ......................................... 104 4.7.2 Adensamento duplo ............................................................................. 108 4.7.3 Adensamento Simples ......................................................................... 113 4.8 Considerações Finais ................................................................................. 116 CAPÍTULO 5 ......................................................................................................... 118 5 MODELAGEM DE UMA BARRAGEM EXPERIMENTAL.................................. 118 5.1 Introdução .................................................................................................. 118 5.2 Dados da Barragem experimental .............................................................. 119 5.3 Análise de Fluxo (SLIDE) ........................................................................... 119 5.4 Análise de Tensão x Deformação (UNSTRUCT) ....................................... 126 CAPÍTULO 6 ......................................................................................................... 132 17 6 CONCLUSÕES E PROPOSTAS PARA PESQUISAS FUTURAS .................... 132 6.1 Ensaios em Laboratórios............................................................................ 132 6.2 Modelagem Numérica – Slide 6.0 e UNSTRUCT ....................................... 133 6.3 Pesquisas Futuras...................................................................................... 134 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 135 ANEXOS – RESULTADOS DOS ENSAIOS............................................................ 138 A.1 - Ensaios de Granulometria .......................................................................... 138 A.2 - Ensaio de Compactação ............................................................................ 139 A.3 - Adensamento Simples – Planilhas e Gráficos ............................................ 142 A.4 - Adensamento Duplo – Planilhas e Gráficos ............................................... 151 18 CAPÍTULO 1 1 1.1 INTRODUÇÃO Relevância da Pesquisa A busca pela compreensão da constituição dos solos vem provocando avanço nos estudos na área da engenharia geotécnica nas últimas décadas. Os solos não saturados colapsíveis é um dos principais temas da geotecnia atual. No Ceará, em particular, esse assunto demanda mais estudos, devido aos solos com essas características serem predominantemente encontrados em regiões áridas e semiáridas, e serem empregados nas construções de aterros e barragens. A dificuldade no estudo desse tipo de solo encontra-se no fato de que o princípio das tensões efetivas não é válido para o mesmo. Segundo Jennings e Burland (1962) o fenômeno do colapso de solos não saturados, quando inundados, contradiz este princípio, pois para um alívio de tensões efetivas, não deveriam ocorrer deformações de compressão volumétrica medidas no ensaio. Na engenharia geotécnica tem diversos modelos que são utilizados para previsão do comportamento do solo em questão, desde expressões analíticas simples até modelos elasto-pláticos complexos. Os solos não saturados colapsíveis são de modelagem sofisticada, porém o avanço contínuo dos programas computacionais na área geotécnica vem permitindo a análise e a previsão do comportamento deste solo de forma mais realista. O método dos elementos finitos (MEF) vem sendo largamente utilizado para se analisar e prever o comportamento desses solos, utilizando modelos elásticos e elasto-plásticos. O programa UNSTRUCT se fundamenta no método dos elementos finitos para avaliar e antever o comportamento dos solos não saturados colapsíveis. 1.2 Modelagem dos Solos Não Saturados Colapsíveis Existem vários tipos de modelos aplicados à modelagem de solos não saturados, desde soluções simples até as mais complexas. 19 O programa UNSTRUCT (UNSaturated STRUCTure analysis), desenvolvido por Miranda (1988), é capaz de prever o comportamento tensãodeformação dos solos não saturados através do método dos elementos finitos, usando modelo elástico considerando o efeito da sucção, Fredlund (1979). A modelagem com o auxílio do programa UNSTRUCT não requer dados de difícil aquisição, o que o torna uma ferramenta bastante atraente para a modelagem computacional. O UNSTRUCT necessita para realizar a modelagem apenas dos resultados dos ensaios oedométricos duplos, que consiste basicamente na utilização de dois corpos de prova, sendo um ensaiado na umidade natural e o outro previamente inundado. A primeira versão do programa UNSTRUCT permitia a análise do comportamento elástico do solo, mas essa versão era restrita a pequenos carregamentos. Esta versão pode ser utilizada nessa situação sem acarretar problemas nos resultados encontrados, tendo em vista o comportamento não-linear para valores crescentes da tensão de compressão. Silva Filho (1998) em uma nova versão do programa ampliou a capacidade de trabalho do mesmo nos seguintes aspectos: implementação da variação de rigidez para a modelagem de solos colapsíveis, utilização de módulos de elasticidades variáveis conforme os níveis de tensões, possibilidade de realizar análise em solos expansivos que podem apresentar colapso e utilização de incrementos para a aplicação de cargas ou até mesmo para a variação de umidade. E mesmo com as limitações dos modelos elásticos, esta nova versão do programa pode ser utilizada em muitas aplicações práticas apresentando resultados reproduzíveis. 1.3 Objetivo da Dissertação O objetivo desta pesquisa é verificar a eficiência de uma pequena barragem, sob o aspecto de estabilidade, construída segundo proposta de Miranda (1988). Esse estudo foi conduzido através da realização de ensaios de laboratório e análise numérica. 20 1.4 Estrutura da Dissertação O presente trabalho esta dividido em seis capítulos, organizados da seguinte forma: No capítulo 1 apresenta-se uma introdução da dissertação onde é mostrada a relevância de estudos na área dos solos não saturados colapsíveis e como será realizado a sua modelagem. Uma revisão bibliográfica é apresentada no capítulo 2 sobre solos não saturados colapsíveis com a apresentação dos diversos aspectos sobre esse tipo de solo. No capítulo 3 são descritos modelos que são utilizados para modelagem do comportamento mecânico de solos não saturados desde simples expressões matemáticas até modelos elasto-plásticos, e, também, é apresentado o programa UNSTRACT, desenvolvido para prever o comportamento tensão x deformação para solos não saturados. No capítulo 4 são mostrados os resultados dos ensaios laboratoriais realizados em amostras de solos compactados, dando enfoque aos ensaios de compactação e oedométricos simples e duplos. No Capítulo 5 é mostrado um estudo de caso onde é modelada uma barragem experimental com a utilização dos programas Slide 6.0 e UNSTRUCT. Para finalizar, no Capítulo 6 têm-se as conclusões da pesquisa e sugestões para trabalhos futuros. 21 CAPÍTULO 2 2 2.1 SOLOS NÃO SATURADOS COLAPSÍVEIS Introdução Neste capítulo são apresentados conceitos referentes aos solos não saturados colapsíveis em duas partes: solos não saturados e solos colapsíveis. Na primeira parte é dado o enfoque aos solos não saturados, de forma geral é abordado o princípio das tensões efetiva, o fenômeno da sucção e para finalizar são discutidas as deformações volumétricas em solos não saturados (colapso e expansão), quando da variação da sucção. Com relação aos solos não saturados colapsíveis são abordados os seguintes assuntos: conceito, processo de formação, locais de ocorrência de solos colapsíveis no Brasil, estrutura, mecanismo de colapso, ensaios e quantificação do colapso, procedimentos de identificação dos solos colapsíveis, colapso na engenharia e solução para solos colapsíveis. 2.2 Solos Não Saturados Historicamente a Mecânica dos Solos tem dado enfoque no estudo dos solos saturados e as razões para a difusão desses estudos foram apresentadas por Josa (1988), são elas: 1. Os solos saturados são abundantes, especialmente nos países desenvolvidos e de clima temperado. 2. Os estudos dos solos não saturados envolvem novas variáveis, como a sucção que pode influenciar significativamente no comportamento do solo. 3. Nos solos não saturados não podem ser aplicados os princípios das tensões efetivas. 4. Os solos saturados tendem a ser o pior estado do solo. Entendem-se como solos não saturados aqueles cujo grau de saturação é menor do que 1, sendo constituído por um sistema trifásico (solo, água e ar). O ar é 22 quem influi no comportamento diferenciado desse tipo de solo, ver, por exemplo, Futai (1997). Incluíram mais uma fase a esse sistema, denominando-a de película contráctil, considerada importante na resistência à tração. Nesse trabalho não será dado enfoque a esta fase, por entender que a sua utilização não influi de forma marcante no comportamento dos solos não saturados. Ao invés da película contráctil, decidiu-se considerar diretamente o efeito da sucção. 2.2.1 Princípio das tensões efetiva (PTE) O princípio das tensões efetivas desenvolvido por Terzaghi em 1923 introduz o conceito de tensão efetiva para solos saturados. Segundo este princípio, a deformabilidade e a resistência do solo estão intrinsecamente associados ao excesso das pressões totais sobre a pressão intersticial da água, ou seja: ' uw (1) Onde: ' pressão efetiva; pressão total; u w pressão neutra; Devido à aplicabilidade com sucesso do princípio das tensões efetivas, alguns pesquisadores tentaram buscar expressões que definissem tensões efetivas para explicar o comportamento dos solos não saturados. Porém, na conferência “Pore Pressure and Suction in Soils” realizada em Londres em 1960, Bishop (1959) propôs uma expressão para mostrar a tensão efetiva dos solos não saturados, expressão esta apresentada a seguir. ' u a (u a u w ) Onde: ua pressão no ar dos poros; u w pressão neutra; ua uw sucção matricial; (2) 23 parâmetro que depende do grau de saturação, variando de zero para o solo perfeitamente seco até 1(um) para o solo saturado. Jennings e Burland (1962) verificaram que a expressão proposta por Bishop (1959) ajustava-se para solos com grau de saturação da ordem de 20% para areias, 50% para siltes, 85% para areias finas e 85% para argilas. Os solos com grau de saturação inferior a estes valores são conhecidos como críticos. A aplicabilidade da equação de Bishop (1959) é questionada, pois o parâmetro depende, além do grau de saturação, da sucção, umidade, composição, estrutura do solo e, também, de sua história de tensões e deformações, ver Menescal (1992). Dessa forma, incluindo praticamente todos os fatores que influenciam no comportamento de deformabilidade e resistência do solo. Jennings e Burland (1962) contestam a aplicação da equação de Bishop na avaliação da deformabilidade dos solos colapsíveis. Os autores afirmam que essa equação não pode ser descrita para alguns tipos de solos que se encontram abaixo de um grau crítico de saturação. A argumentação realizada por Jennings e Burland (1962) levou Bishop e Blight (1963) a proporem uma equação mais geral para a tensão efetiva dos solos não saturados: ' u a f (u a u w ) (3) Bishop e Blight (1963) também anunciaram uma nova versão para o princípio das tensões efetivas: Pressão efetiva é, por definição, a função da pressão total e poropressão que controla os efeitos mecânicos de uma mudança na pressão, tal como variação de volume e resistência ao cisalhamento. O princípio das tensões efetivas é a afirmação de que tal função existe, com determinados parâmetros, sujeitas a certas condições. Araki (1997) aponta que a não aplicabilidade do Princípio das Tensões Efetivas para mostrar o comportamento dos solos não saturados, conduziu a tendência atual de procurar explicar o comportamento dos solos não saturados com base em variáveis do estado de tensões (Alonso et all, 1990, Fredlund e Rahardjo, 1993). As variáveis do estado de tensões que estão sendo mais utilizadas são a tensão total e a sucção. 24 2.2.2 Sucção A sucção (poropressão negativa) é a pressão negativa de água pura, referida à pressão intersticial do ar do solo, a que a água do solo teria de ser submetida através de uma membrana semipermeável, para que a pressão do ar entrasse em equilíbrio com a pressão da água no solo. A sucção é dividida em duas parcelas: sucção matricial e sucção osmótica. Uma definição simples para sucção seria dizer que é a força com que um elemento poroso absorve água quando está livre para se mover. Esta avidez por água é função basicamente da mineralogia, densidade e umidade do solo, ver Marinho (1998). A sucção total é a soma da sucção matricial e da sucção osmótica, sendo na maioria das vezes a sucção osmótica obtida através da diferença entre a sucção total e a matricial. Airchison (1964) citado por Marinho (1998) definiu sucção total e seus componentes da seguinte maneira: “Componente Matricial – é a sucção equivalente obtida através da medição da pressão parcial de vapor de água em equilíbrio com a água intersticial, em relação à pressão parcial de vapor de água em equilíbrio com uma solução de composição idêntica a da água intersticial. Componente Osmótico – é a sucção equivalente obtida através da medição da pressão parcial de vapor de água em equilíbrio com uma solução de composição idêntica a da água intersticial, em relação à pressão parcial de vapor de água em equilíbrio com água pura “livre”. Sucção total – é a sucção equivalente obtida através da medição da pressão parcial de vapor de água em equilíbrio com a água intersticial, em relação à pressão parcial de vapor de água em equilíbrio com a água pura “livre”. ” A tensão efetiva nos solos não saturados é controlada pela tensão de tração na água intersticial. Esta tensão é a diferença entre a pressão atmosférica (pressão no ar) e a pressão na água, conhecida como sucção matricial. Já a sucção osmótica inclui as forças osmóticas relacionadas com a composição da água no solo, que por sua vez também é influenciada pela capacidade das partículas do solo de reter o movimento de cátions trocáveis, os quais alteram a concentração da dissolução. 25 Alonso et all (1987) e Josa (1988) reconhecem que existe influência da sucção matricial sobre a deformação e resistência do solo, mas não existe evidência clara sobre o efeito da componente osmótica. Blight (1983) mostra que a componente osmótica não contribui de forma significativa na resistência ao cisalhamento. Vários pesquisadores (Barden, 1973; Fredlund, 1979; Alonso et all,1987) consideram suficiente o conhecimento da sucção matricial na descrição do comportamento dos solos não saturados, mas Reginato e Ferrero (1973) observaram variação volumétrica significativa ao variar a sucção osmótica. Nesta dissertação, o termo sucção refere-se à sucção matricial ua uw . 2.2.3 Deformações Volumétricas 2.2.3.1 Expansão Uma massa de solo sofre expansão quando ocorre um aumento de volume do solo. Isto pode ocorrer devido ao umedecimento da massa de solo ou pelo alívio de tensões. A expansão devida à saturação está ligada a presença de argilo-minerais, que por sua elevada capacidade de sofrer hidratação e consequente aumento de volume são denominados expansivos (montmorilonita e ilita), ou de uma microestrutura favorável a sofrer expansão, ver, por exemplo, Menescal (1992). Um solo expansivo pode ter um comportamento colapsível a partir de um determinado nível de tensões, e em condições oedométricas a tensão vertical em que isso ocorre recebe o nome de pressão de expansão. Não é objetivo do presente trabalho o aprofundamento do tema relacionado com a expansão dos solos. Segundo Menescal (1992) a expansividade do solo encontra-se detalhada nos seguintes trabalhos: Popescu (1986), Schreiner (1988), El-Sohby e Mazen (1985). 26 2.2.3.2 Colapso O colapso dos solos é o enfoque principal do presente trabalho. Os itens a seguir deste capítulo abordarão exclusivamente os solos colapsíveis, mencionando os seguintes tópicos: Conceito Processo de formação Estrutura Mecanismo de Colapso Ensaios Soluções para solos colapsíveis Entre outros questionamentos. 2.3 Solos Colapsíveis No passado, a ideia preponderante era que os solos colapsíveis eram solos arenosos ou siltosos. Contudo, atualmente já se têm verificado casos em que solos colapsíveis apresentam forte porcentagem de argila, onde se predomina os plásticos e os compactados. Quando o solo é compactado no ramo seco da curva de compactação pode produzir uma estrutura colapsível, seja devido ao baixo teor de umidade, seja pelos baixos pesos específicos aparentes. 2.3.1 Conceito Existem várias definições sobre de solos colapsíveis: “Solos colapsíveis ou subsidientes são solos estruturalmente instáveis que apresentam mudança brusca no comportamento tensão-deformação quando se aumenta o seu grau de saturação, sem mudança do estado de tensão devido aos carregamentos externos atuantes”, ver em Mariz (1993). “O colapso é o fenômeno de compressão do solo, em que o material sofre uma brusca redução de volume quando submetido a um processo de umedecimento e/ou carregamento”, ver em Peixoto (1999). “O colapso é o fenômeno observado em alguns solos não saturados que apresentam brusca redução de volume quando se lhes aumenta a umidade, podendo ser, também, necessário modificar-lhes o estado de tensões solicitantes (Figura 1). Deve-se entender por brusca ou súbita a redução de volume a velocidade muito maior do que a de adensamento de solo argiloso saturado” ver em Mendonça (1990). 27 Figura 1 - Conceito Básico de Colapso Fonte: Mendonça (1990). No entanto, entende-se o colapso como um fenômeno associado a uma brusca perda de resistência do solo, devido à quebra de ligações cimentantes entre as partículas maiores de um solo não saturado, associada a uma grande deformação. Deformação esta que ocorre pelo aumento do grau de saturação e cuja velocidade é muito maior do que a de adensamento de um solo argiloso saturado. O importante é que o fenômeno do colapso ocorre em solo caracterizado por apresentar uma estrutura meta-estável, onde segundo Mendonça (1990) partículas de grandes dimensões são mantidas em suas posições pela presença de algum vínculo (material e/ou tensão), cuja atividade é susceptível a uma redução total ou parcial. Esse vínculo faz com que exista uma resistência adicional ao deslizamento relativo dessas partículas maiores de solo. Dependendo o colapso das características inerentes ao solo, da variação da umidade e da carga aplicada. Dessa forma, o princípio básico associado ao fenômeno do colapso entende que o solo precisa estar não saturado. 2.3.2 Processo de Formação A origem dos solos colapsíveis está associada a sua formação geológica e aos fatores climáticos, mas também podem ser formados através da ação do homem. Assim, a maior parte dos solos colapsíveis são encontrados em regiões de clima árido e semiárido, pois estas regiões são caracterizadas por apresentarem uma extensa estação de estiagem seguido por um curto período de precipitação intensa. 28 O processo de formação dos solos colapsíveis pode ocorrer em quatro formas distintas: solos eólicos (ventos), solos de origem residuais, solos transportados pelas águas e em material compactado. Apenas o último processo de formação depende essencialmente da ação antrópica. A seguir serão apresentados os mecanismos de formação destes solos dando um enfoque aos solos com material compactado. 2.3.2.1 Eólicos Os solos com formação eólica são aqueles transportados e depositados pela ação dos ventos. Mendonça (1990) descreve que sob a ação dos ventos são depositados, principalmente, grãos de areias e/ou silte, formando um material com alto índice de vazios, baixo peso específico, baixa coesão e uma boa drenagem. Processos de intemperismo localizados podem conduzir à formação de um filme de argila que envolve os grãos maiores neles existentes. No período de chuva essa formação é inundada e na estação seca ocorre a evaporação da água intersticial, gerando tensões capilares. Como consequência tem-se o escoamento do fluido em direção aos estreitos espaços nos contatos com os grãos e além da água são transportados também sais solúveis e partículas de argila e/ou silte originárias da decomposição da formação original. Com a secagem do solo, os sais solúveis e as partículas finas depositamse e promovem a formação de uma “solda” (cimentação) nos contatos entres os grãos. Dudley (1970) observa que microscopia eletrônica realizada com solos colapsíveis de origem eólica aponta que as partículas de argilas que funcionam com suporte ou “ponte de ligação” se encontram no estado floculado. Quando os agentes cimentantes encontram-se com um baixo teor de umidade, eles promovem resistência a compressão e ao resistência ao solo, podendo chegar a valores bastante elevados. Peixoto (1999) descreve que no caso da cimentação entre as partículas a sucção pode ter um papel secundário ou somente auxiliar na estabilidade da estrutura do solo. Casagrande (1932), em Jennings e Knight (1957), demonstrou que a fração fina do solo age como vínculo entre as partículas maiores. Quando ocorre 29 uma nova deposição de material ou uma sobrecarga qualquer, provocando um acréscimo de tensões na massa de solo, ocorre uma leve consolidação do mesmo, devido, preponderantemente, à consolidação dos vínculos entre os grãos maiores, mantendo, ainda, a estrutura macroporosa. O loess é o principal tipo de solo colapsível formado pela a ação dos ventos. Ele apresenta predominantemente grãos de siltes que na maioria das vezes tem uma estrutura aberta e coesiva. Estes solos são característicos de regiões de clima árido e quando inundados podem sofrer colapso. 2.3.2.2 Solos residuais Os solos residuais originam-se da decomposição da rocha matriz. As dimensões dos sólidos resultantes desse processo podem variar desde matacões, até coloides e em alguns casos, matéria orgânica. De forma semelhante à formação eólica, com o avanço do processo de intemperismo e boa drenagem, ocorre a lixiviação dos finos e solúveis favorecendo a formação de um solo estruturado com elevada porosidade. Clemence e Finbarr (1981) mencionam que a estrutura dos solos residuais é muito similar à estrutura resultante da formação eólica. Geralmente na parte superior desses solos, encontram-se menores pesos específicos devido ao processo de eluviação. 2.3.2.3 Solos Transportados pela Água Os solos transportados pela ação da água são também conhecidos como solos aluviais e podem ser divididos em depósitos aluviais e os oriundos da corrida de lama promovida pelas enchentes, também conhecido por mud flow. As enxurradas ocorrem normalmente em regiões que são caracterizadas por apresentarem períodos curtos de intensa precipitação acompanhados por um longo período de estiagem. Os depósitos aluviais passam por um processo de evaporação antes que venha ocorrer uma nova deposição de material. Por tal razão nunca se satura, constituindo-se num material mal consolidado, com alto índice de vazio e baixo peso específico, possuindo um teor de argila considerável. 30 Clemence e Finbarr (1981) apontam que a quantidade de argila tem uma importância grande no comportamento desses solos. Mostrando que os recalques máximos provocados por colapso ocorrem quando o teor de argila se situa por volta de 12% do total de sólidos, que abaixo de 5% ocorre uma baixa subsidência, e que acima de 30% a argila expande. Segundo Dudley (1970), os solos com poros maiores que tenham o mesmo índice de vazios recalcam mais do que aqueles com poros menores e quanto maior o índice de vazios maior será recalque. Observa ainda que quanto mais seco o solo maior é o recalque. Vieira da Cunha (1989) mencionado por Mahler (1994) entende que diferenciar os solos aluvionares, coluvionares e residuais, pedologicamente evoluídos não é com frequência possível. Existe uma tendência generalizada de classificá-los simplesmente como residuais ou transportados. 2.3.2.4 Solos Compactados Os solos colapsíveis podem ser formados através do processo de compactação, logo a colapsibilidade não está limitada apenas a solos de baixo peso específico. Diversos autores (Jennings & Burland, 1962, Clemence & Finbarr, 1981) descrevem casos de colapso em solos compactados. Jennings & Knight (1957) mencionam o caso de aterros fofos apresentarem características colapsíveis. O fenômeno da colapsibilidade dos solos compactados está associado à estrutura macroporosa das argilas quando compactada com um teor de umidade abaixo da ótima (ramo seco). Segundo Mahler (1994) em certos casos, quando do preparo dos solos compactados a estrutura dos solos colapsíveis compactados é formado por pequenos “grãos” ou “torrões” de solo argiloso. 2.3.3 Locais de Ocorrência de solos colapsíveis no Brasil Na Tabela 1 são apresentados exemplos de ocorrência de solos colapsíveis em território brasileiro. 31 Tabela 1 - Locais de ocorrência de solos colapsíveis no Brasil REFERÊNCIA VARGAS (1973). GEHLING et al. (1982). BENVENUTO (1982). ARAÇÃO E MELO (1982). CAMAPUM DE CARVALHO et al. (1982). DIAS E GONZALEZ (1985). FERREIRA et al. (1986). RIANI E BARBOSA (1989). SIGNER et al. (1989). FERREIRA (1989). MENDONÇA (1990). PEREIRA (1996). FUTAI (1997). LOCALIDADE TIPO DE SOLO Regiões sul e centro-sul. Planalto meridional do Estado do Rio Grande do Sul. Município de Manga – extremo de Minas Gerais. Município de Petrolina – Estado de Pernambuco (margem esquerda do rio São Francisco). Solo argiloso originado de basalto. Solo arenoso originado de arenito. Solo argiloso originado de rochas vulcânicas da Formação Geral (basalto e riolito) e de arenito da Formação Tupancireta. Solo arenoso ou solo argiloso sedimentar da Formação Vazante. Solo arenoso fino a médio, siltoso e pouco argiloso. Distrito Federal. Argila porosa superficial colapsível. Manaus. Sedimentos terciários Barreira/Latossolo. Municípios de Ilha Solteira e Primavera – Estado de São Paulo (margens da Bacia do rio Paraná). Município de Parnaíba – Estado do Piauí. Estado de Pernambuco – margens do rio São Francisco. Gravatá – Estado de Pernambuco. Região de Bom Jesus da Lapa – Estado da Bahia. Cidade da Pacatuba – Estado do Ceará Município de Campo Novo dos Parecis – Estado do Mato Grosso. do grupo Solo arenoso fino, pouco argiloso, de origem aluvionar e/ou coluvionar dos arenitos da Formação Bauru. Solo arenoso fino a grosso, siltoso ou solo arenoso de origem eólica. Solo Arenoso. Complexo Carnaíba Remobilizado/Podzólicos. Areia siltosa de origem sedimentar. Areia argilosa de origem residual. Argila vermelha de origem sedimentar. Fonte: Peixoto (1999). 2.3.4 Estrutura A seguir serão mostradas estruturas dos solos colapsíveis de acordo com o agente que promove a resistência adicional temporária do material. 2.3.4.1 Tensões Capilares Segundo Mendonça (1990), quando o solo seca, a água restante fica retida nos estreitos espaços dos contatos grão a grão (Figura 2), criando tensões capilares, ou seja, sucção. As tensões capilares fazem com que a estrutura continue porosa, atribuindo-lhe consideráveis. uma resistência à deformação e ao cisalhamento 32 Figura 2 - Arranjo dos grãos de areia mantidos pela tensão capilar Fonte: Dudley (1970). 2.3.4.2 Vínculos de silte Segundo Mendonça (1990), os grãos de areia podem ser conectados por vínculos de silte (Figura 3). Logo, as tensões capilares entre os grãos de siltes são responsáveis pela estrutura metaestável. Figura 3 - Arranjo esquemático dos grãos de areia com vínculo de siltes. Fonte: Dudley (1970). 2.3.4.3 Vínculos de argilas O arranjo da estrutura de solo constituído de pontes de argilas pode variar de configuração dependendo do mecanismo de formação das ligações, podendo a formação da estrutura ser originária do processo de transporte de finos ou do processo de autogênese. O tipo de processo que origina a estrutura do solo interfere nas propriedades de deformabilidade desse material. Os vínculos de argilas oriundos do processo de autogênese, segundo Dudley (1970), podem originar-se do processo de intemperismo sobre o feldspato, originando ao redor do mesmo uma fina camada de argila, onde o arranjo das 33 partículas é afetado pela estrutura cristalina dos grãos maiores, (Figura 4). Esta estrutura possui uma resistência considerável quando está com a condição de baixo teor de umidade. Figura 4 - Arranjo esquemático dos grãos de areia com vínculos de argila formados por autogênese. Fonte: Dudley (1970). Pequenas quantidades de partículas de argilas oriundas do processo de intemperismo ficam dispersas no fluido intersticial. Mantendo-as uniformemente distribuídas pelo movimento Browniano. Quando acontece a evaporação da água, as partículas menores são carreadas para estreitos espaços entre os grãos maiores, o que manteria o estado floculado devido à alta concentração de íons dissolvidos. Este processo resulta em uma estrutura onde os grãos maiores ficam unidos devido à presença de argilas no contato – contrafortes de argilas (clay butresses) – (Figura 5). As partículas de argilas podem se agrupar de forma diferente nesse mesmo processo de formação, originando agregados de partícula no estado floculado, similar ao mostrado anteriormente pelos grãos de silte. 34 Figura 5 - Arranjo esquemático dos grãos de areia com vínculo de argila resultante do processo de lixiviação. Fonte: Dudley (1970). Mendonça (1990) menciona que para o caso de corridas de lama a concentração iônica comumente é alta e o arranjo disperso das partículas não é preservado, fazendo com que estas se agrupem num arranjo floculado ao redor dos grãos maiores. Com a evaporação, essas partículas vão se acumulando entre os grãos maiores, constituindo um vínculo de argila em estado floculado, com forças atrativas e uma considerável resistência estrutural. Os solos colapsíveis podem apresentar outra estrutura característica conhecida como pontes de argilas (clay-bridges), onde agregados de argilas constituindo-se em grãos são conectados entre si por “pontes” de partículas de argilas (Figura 6). Segundo Mendonça (1990) essas “pontes” de argila também são encontradas como conectores entre grãos maiores de silte ou areia. Figura 6 - Arranjo esquemático da estrutura do solo unindo grãos de microagregados por pontes de argilas. Fonte: Dudley (1970). 35 2.3.5 Mecanismo do Colapso O colapso do solo ocorre devido à diminuição da resistência ao cisalhamento dos vínculos que mantém a estrutura do solo colapsível. De acordo com Mendonça (1990), a estrutura de solo colapsível com vínculos de argilas, ao ser carregada sob umidade natural, mantém-se sem uma mudança expressiva e o vínculo entre os grãos pode resistir à compressão sem permitir movimentos relativos dos grãos maiores. Nesse estágio a redução de volume se dá pela compressão dos finos entre os grãos maiores (Figura 7.a). Segundo Jennings e Knight (1957), quando o solo ganha uma determinada umidade, os vínculos alcançam um estágio em que não resistem às forças de deformação e a estrutura colapsa (Figura 7.b). Figura 7 - Estruturas do solo colapsível antes e depois da inundação. (a) antes da inundação e (b) após a inundação. Fonte: Jennings e Knight (1957) Podem existir diferentes mecanismos de colapso dependendo de como as partículas estão arranjadas. Quando ocorre filme de argila envolvendo grãos maiores o acréscimo de água provoca a separação dessas partículas, ou seja, ocorre a perda de resistência resultando no colapso da estrutura. Quando existem vínculos de partículas em arranjo floculado, o acréscimo de água provoca o alívio de tensões capilares reduzindo a concentração iônica, o que acarreta em uma queda no efeito de suporte e da coesão das partículas de argila, provocando uma queda de resistência responsável pelo colapso. Os solos colapsíveis cujos vínculos são agentes cimentantes químicos (carbonatos, óxidos de ferro, gibsita) a entrada de água provoca um enfraquecimento dessas ligações e, consequentemente, o excesso de resistência ao cisalhamento entre os grãos desaparece, provocando o colapso. 36 2.3.6 Ensaios e Quantificação do colapso A potencialidade de colapso dos solos pode ser avaliada de várias formas, sendo os ensaios de laboratórios uma das formas de se analisar a colapsividade dos solos. 2.3.6.1 Ensaios de Caracterização A simplicidade na execução dos ensaios de caracterização dos solos faz com que se busquem correlações entre o potencial de colapso dos solos e suas propriedades de natureza como: índices físicos, granulometria e os limites de Atterberg. Os dados obtidos através de ensaios de caracterização são utilizados para uma análise prévia da susceptibilidade ao colapso do solo (item 2.3.7.1), pois a característica colapsível está intrinsecamente relacionada com a estrutura do solo, ver Mendonça (1990). 2.3.6.2 Ensaios Oedométricos Os ensaios oedométricos, também conhecidos como ensaios de adensamento, são considerados os mais significativos na determinação do colapso do solo, pois estes ensaios além de determinar qualitativamente a colapsividade do solo, também fornecem resultados que possibilitam avaliar a magnitude do colapso do solo. Os resultados dos ensaios laboratoriais devem simular as condições de campo, representando os históricos de tensões reais do solo nas condições do teor de umidade natural. Quanto ao assunto Mendonça (1990) entende que a quantificação do colapso é obtida com a inundação do corpo de prova nas mesmas condições de campo. Os ensaios oedométricos se dividem em duas metodologias: ensaio oedométrico duplo (adensamento duplo) e simples (adensamento simples). 2.3.6.2.1 Adensamento Duplo Este ensaio foi proposto por Jennings e Knight (1957) e consiste basicamente em quantificar o colapso sofrido pelo solo, através da comparação de um corpo de prova na umidade natural e outro previamente inundado. 37 Jennings e Knight (1957) propõem o seguinte procedimento para o ensaio duplo oedométrico: Os dois corpos de prova (na umidade natural) devem ser mantidos durante 24 horas sob a carga de 1,0 kPa; No final deste estágio, um corpo de prova é inundado, por inundação da célula do oedômetro, enquanto o outro corpo de prova é mantido na umidade natural; os dois corpos de prova são mantidos neste segundo estágio durante 24 horas; A partir do final do segundo estágio, o ensaio se procede na forma convencional, ou seja, dobrando-se a carga aplicada a cada estágio de 24 horas até uma determinada carga, podendo, também, incluir um ou mais ciclos de descarregamento e recarregamento. Terminado os ensaios, podem-se construir gráficos (Figura 8) relacionando o índice de vazios (e) e o logaritmo da tensão aplicada (log v ). Figura 8 - Curvas resultantes do ensaio oedométrico duplo (e x log v ). Fonte: Mendonça (1990). Jennings e Knight (1957) garantem que essa idealização é satisfatória para o uso de estimativas de colapso aplicadas em obras de engenharia geotécnica, embora alguns resultados obtidos atestem o contrário. 38 Na Figura 8, observa-se que as duas curvas possuem valores distintos dos índices de vazios iniciais, devido a isto se faz necessário um ajuste entre as curvas (e x log v ). Jennings e Knight (1975) sugeriram um ajuste para as curvas (e x log v ) resultantes do ensaio oedométrico duplo. O procedimento para ajustar essas curvas está descrito a seguir: 1. Primeiramente deve-se transladar verticalmente a curva do corpo de prova que está sob a condição de umidade natural até o ponto ( e0 , v 0 ). Onde v 0 é a tensão vertical geostática e e0 é o índice de vazios do solo para esta tensão (Figura 9.a). 2. Caso aconteça da tensão de pré-adensamento do corpo de prova préinundado ( vps ) ser muito próxima de v 0 (0,8 v 0 < vps <1,5 v 0 ), Jennings e Knight (1975) recomendam que o ajuste seja feito transladando a curva até o ponto ( e0 , v 0 ) na reta virgem. (Figura 9.b); Figura 9 - Ajuste das curvas do ensaio oedométrico “duplo” Fonte: Jennings e Knight (1975). Estes ajustes só são aplicados aos solos que, sob a solicitação natural do peso próprio ( v 0 ), não sofram colapso quando inundado, ou seja, o ponto e0 , v 0 39 não se modifica.Estes tipos de solos estão localizados em regiões de alto índice pluviométrico. Existem solos que sofrem colapso com apenas um aumento no teor de umidade, mesmo sem aplicação de sobrecarga, aos quais não se aplicam os ajustes mostrados anteriormente. Mendonça (1990) entende que estes solos apresentam características comuns de terem sido depositados recentemente e de estarem localizados em regiões de baixo índice pluviométrico. Uma forma de se verificar a ocorrência de colapso através do ensaio oedométrico duplo é a produção de gráficos (deformação específicas x log v ), tais curvas terão o mesmo ponto inicial com deformação inicial nula para uma mesma tensão vertical inicial (Figura 10). Dessa forma não existe necessidade de transladar as curvas. Porém, deve-se garantir uma homogeneidade suficiente entre os dois corpos de prova. Figura 10 - Curvas deformação específica x log v em ensaio oedométrico duplo. Fonte: Mendonça (1990) 2.3.6.2.2 Adensamento Simples Este ensaio é uma derivação do ensaio oedométrico convencional, no qual se acrescenta durante a sua execução um estágio de inundação do corpo de prova. O procedimento do ensaio oedométrico simples (Figura 11) consiste basicamente nos seguintes passos: 1. Molda-se o corpo de prova, tendo o cuidado de manter o mesmo teor de umidade natural. 40 2. Inicia-se o ensaio oedométrico simples da mesma forma do ensaio convencional até o estágio da carga para a qual se quer estimar o colapso; 3. Aguarda-se a estabilização das deformações; 4. Coloca-se o fluído saturante na célula oedométrica, inundando assim o corpo de prova, sem variar a carga aplicada. 5. Realizam-se as leituras das deformações no estágio de colapso. 6. Para finalizar pode-se submeter o corpo de prova a tensões adicionais até se completar o ensaio. Figura 11 - Curva resultante do ensaio oedométrico simples. Fonte: Mendonça (1990) A vantagem do ensaio oedométrico simples quando comparado ao ensaio duplo é que não existe a heterogeneidade entre os corpos de prova, pois o ensaio é realizado apenas com um corpo de prova. Já a vantagem do ensaio oedométrico duplo é a estimativa de colapso para um grande intervalo de tensões. Apesar de ser mais lenta a análise do comportamento colapsível por ensaio oedométrico simples, a representação das condições de campo é melhor e a análise é mais fácil, fornecendo dados mais consistentes. 2.3.6.3 Ensaios de campo A busca para se obter praticidade no resultado e a dificuldade de amostrar os solos colapsíveis faz-se com que alguns autores utilizem ensaios de campo para se avaliar a colapsividade dos solos, ver, por exemplo, Futai (1997). 41 Os principais ensaios de campo utilizados são: SPT (Standard Penetration Test), CPT (Cone Penetration Test), ensaios de placas e pressiômetro. Em seu trabalho Futai (1997) cita que no Brasil o estudo quanto aos ensaios de campo vem sendo realizados por Cudmani (1994), Schanaid e Rocha Filho (1994), Shnaid e Consoli (1995), Suyen (1995), Bosh (1996), Blight e Shen (1996). Os resultados de campo indicam grande discrepância na avaliação da capacidade de carga dos solos colapsíveis (Reginatto, 1971; Ferreira et al, 1986; Ferreira, 1995; Milovic, 1988). A presente dissertação limita-se a ensaios laboratoriais, logo os ensaios de campo não serão detalhados. 2.3.6.4 Outros Ensaios Existem outros ensaios e métodos utilizados para o estudo do colapso, são eles: microscopia eletrônica, ensaios físico-químicos, e ensaios de cisalhamento. A microscopia eletrônica é uma ótima ferramenta que possibilita observar a microestrutura (arranjo estrutural, distribuição de poros, contato entre as partículas e forma dos conectores) dos solos colapsíveis. Segundo Mendonça (1990), estudos detalhados sobre a microscopia eletrônica podem ser encontrados em McGown e Collins (1975), Wolle et all (1978), Derbyshire e Mellors (1988); Grabowska e Oslszewska (1988) e Guouri (1988). Os ensaios físicos-químicos são utilizados quando se busca um conhecimento do complexo estrutural de um solo e do líquido percolante durante o colapso, como se verifica em De Carvalho (1987), Mariz e Casanova (1994), Mendonça e Mahler (1994) e Ferreira (1995). Os ensaios de cisalhamento direto e o triaxial para observar o colapso objetivam investigar a influência na inundação em solos não saturados durante o processo de cisalhamento, ver, por exemplo, Futai (1997). Através desses ensaios é possível verificar a alteração de parâmetros de resistência e influência no comportamento tensão-deformação. 42 2.3.7 Procedimentos de identificação dos solos Colapsíveis A potencialidade de colapso dos solos pode ser avaliada através de várias metodologias propostas por diversos autores. A seguir são apresentados alguns desses critérios, sabendo-se que segundo Mendonça (1990) esses critérios nem sempre são adequados a qualquer tipo de solo analisado, pois a grande variedade dos solos colapsíveis pode fazer com que as aplicações dos critérios sejam limitadas aos solos dos quais resultou o respectivo método de identificação. 2.3.7.1 Baseados nos índices físicos, granulometria e limites de Atterberg Os dados obtidos através de ensaios de caracterização são utilizados para uma análise prévia da susceptibilidade ao colapso do solo, pois segundo Mendonça (1990) a característica colapsível está intrinsecamente relacionada com a estrutura do solo. Existem critérios desenvolvidos por diversos pesquisadores que visam determinar a potencialidade de um solo ser colapsível. Mendonça (1990), Futai (1997) e Peixoto (1999) apresentaram alguns desses critérios. A Tabela 2 que contém algumas proposições que utilizam ensaios de caracterização para a identificação da colapsividade do solo. Tabela 2 - Critérios de identificação do colapso baseados nos índices físicos e limites de Atterberg e granulometria do solo. REFERÊNCIA EXPRESSÃO Denisov (1951), citado por Reginatto (1970). e K 1 e0 Feda (1966). w0 Wp S r 0 Kl WL W p Código de Obras da URSS (1962), citado por Reginatto (1970). e0 e1 1 e0 Priklonskij (1952), citado por Feda (1966). Kd WL w0 WL W p Gibs e Bara (1962) Kassif e Henkin (1967) R K dw wsat WL LIMITES 0,5 < K < 0,75 - Altamente colapsíveis; K = 1 - não colapsíveis; 1,5 < K < 2,00 - não colapsíveis. O resultado expressa a S r 0 80% Kl > 0,85 são colapsíveis. Para solos com S r < 60%: - 0,1 o solo é colapsível. K d < 0 - altamente colapsíveis; K d > 0,5 – não são colapsíveis; K d > 1,0 - expansivos. R 1 - colapsível; K 15 - colapsível; colapsividade. 43 REFERÊNCIA EXPRESSÃO cascalho fino Jennings e Knight (1975) areia silte argiloso Código de obras da URSS (1977) citado por Resnik (1989) Handy (1973) citado por Lutenegger e Saber (1988) e0 e1 1 e0 S r 80% CI Para partículas < 0,002 mm de diâmetro. LIMITES Sr Sr Sr Sr Sr Sr < 6% - colapsível > 10% - não colapsível < 50% - colapsível > 60% - não colapsível < 90% - colapsível > 95% - não colapsível Ocorre colapso para: 1% IP 10% - CI 0,10 10% IP 14% - CI 0,17 14% IP 22% - CI 0,24 16% - alta probabilidade; 16% 24% - provável colapso; 24% 32% - probabilidade menor que 50% provavelmente não colapsível. Legendas: K Coeficiente de subsidência; e1 índice de vazios do solo amolgado correspondente ao WL ; e0 índice de vazios inicial; Kl coeficiente de colapsividade; w0 umidade inicial; S r 0 grau de saturação inicial; W p limite de plasticidade do solo; WL limite de liquidez do solo; IP índice de plasticidade do solo; coeficiente de colapsividade; K d coeficiente de colapsividade; R coeficiente de colapsividade; wsat umidade solo na condição saturada; K n coeficiente de colapsividade; w teor de umidade do solo; CI potencial de colapso; S r grau de saturação do solo. Fonte: Mendonça (1990), Futai (1997) e Peixoto (1999). 2.3.7.2 Baseados nos ensaios oedométricos Os critérios apresentados anteriormente são restritos, pois não levam em consideração as tensões nas quais a massa de solo está submetida e a cimentação intergranular. Nas obras de engenharia é de suma importância saber o nível de tensões que o solo é capaz de suportar sem entrar em colapso. Reginatto (1970) elaborou uma metodologia para identificar e classificar o solo quanto à susceptibilidade ao colapso, baseando-se em gráficos de deformação específica versus logaritmo da tensão vertical, obtido do ensaio oedométrico (Figura 12). Segundo Mendonça (1990) é importante entender o significado da tensão de pré-adensamento para os solos colapsíveis, pois a maior capacidade de suportar 44 tensões abaixo deste valor não se deve ao histórico de tensões, mas sim aos vínculos intergranulares. A metodologia de Reginatto (1970) aponta que estas tensões são obtidas da mesma forma da tensão de pré-adensamento, mas recebem a denominação de “tensão de fluência”. Segundo Vargas (1973) também pode-se chamar de tensão de pré-adensamento virtual. Figura 12 - Classificação da susceptibilidade do solo ao colapso Fonte: Reginatto e Ferrero (1970). Da Figura 12 tem-se vpn , vps , v 0 e v , onde: vpn = tensão de pré-adensamento virtual do solo na umidade natural; vps = tensão de pré-adensamento virtual do solo inundado; v 0 = tensão vertical do solo devido ao peso próprio do solo; v = tensão vertical total. Segundo a metodologia de Reginatto (1970) tem-se como resultado o seguinte: 1. vps < v 0 - o solo é verdadeiramente colapsível, ou seja, quando saturados sofrem colapso apenas com o peso próprio; 45 2. vps > v 0 - o solo é condicionalmente colapsível, ou seja, pode ocorrer o colapso dependendo de v ; 3. v < vps - não ocorre colapso quando o solo é inundado, sendo vps - v 0 o incremento máximo de tensão vertical que o solo pode suportar; 4. v > vps - o colapso ocorre com a simples inundação do solo. 2.3.7.3 Baseados em ensaios de campo O ensaio de campo são os mais confiáveis para a identificação do colapso, pois não sofrem com o problema do amolgamento do corpo de prova e da variação da umidade. Segundo o código de obras da U.R.S.S (1977) em Reznik (1989) a colapsibilidade do solo pode ser avaliada através do ensaio de campo CPT, pela seguinte equação: Kw Pq (4) Pqw Onde: Pq é a resistência a penetração do cone no solo; Pqw é a resistência a penetração sob a condição de inundação; K w mostra o decréscimo da resistência estrutural do solo, causado pelo aumento do seu teor de umidade. A Tabela 3 indica a colapsibilidade do solo, relacionando carga aplicada (kPa) e K w . Tabela 3 - Valores do coeficiente Kw para a identificação da colapsibilidade, segundo o critério do Código de Obras da U.R.S.S (1977) modificado pelo autor. Carga Aplicada (kPa) Kw 100 > 2,0 200 > 1,5 300 >1,3 Fonte: Mendonça (1990) Observações Solo Colapsível 46 A formação geo-pedológica do solo e as características do clima da região estudada são importantes para uma análise preliminar da colapsibilidade do solo. 2.3.8 O Colapso na Engenharia De acordo com Clemence e Finbarr (1981), existem quatro formas de umedecer o solo para desencadear o colapso do mesmo: 1. Umedecimento total e pouco profundo provocado por canalizações e drenagem não controladas, não ocorre infiltração a grandes profundidades, não resultando na elevação do nível d’água. Logo, as deformações são limitadas às camadas superiores. 2. Umedecimento intenso, local e profundo provocado por descarga industrial ou irrigação. Dependendo da quantidade de água infiltrada no solo pode ocasionar uma elevação do nível d’água. Logo, toda a zona colapsível pode saturar em pouco tempo ou em até em um ano. As deformações provocadas por esse processo são extremamente graves e irregulares; 3. Quando ocorre a elevação lenta e relativamente uniforme do nível d’água provocada por fontes de água fora da área colapsível, pode gerar deformações uniformes e graduais; 4. O aumento lento e gradual do teor de umidade de espessa camada de solo provocado por uma condensação de vapor ou acumulação de umidade causada por mudança na condição de evaporação. Isso ocorre quando o terreno recebe uma cobertura de concreto ou asfalto, existindo um enfraquecimento inicial da coesão interna, provocando um recalque incompleto, que vai aumentando lentamente com o aumento da umidade do solo; 2.3.8.1 Classificação da colapsibilidade para obras de engenharia De acordo com Mendonça (1990) diversos autores propuseram correlações de determinadas variáveis com o problema da colapsibilidade cujo objetivo é de oferecer ao engenheiro um guia para a expectativa quanto ao comportamento da interação estrutura/colapso do solo. 47 O “Potencial de Colapso” definido por Jennings e Knight (1975) é determinado a partir do ensaio oedométrico duplo (ver item 2.3.6.2.1), onde o corpo de prova é carregado sob umidade natural até 200 kPa e, então inundado, sendo mantido nesta condição por 24 horas (Figura 11). Pode-se definir o potencial de colapso das seguintes formas: CP ec 100 (%) 1 e1 (5) CP H c 100 (%) H1 (6) Onde: ec - variação do índice de vazio do corpo de prova devido ao colapso; e1 - índice de vazio inicial; H c - variação da altura do corpo de prova devido ao colapso; H 1 - altura inicial; Através de experiências anteriores Jennings e Knight (1975) sugeriram valores que relacionam os valores de CP e a gravidade do comportamento da obra esperada devido ao colapso (Tabela 4). Tabela 4 - Classificação de colapsividade para obras de engenharia. CP (%) Gravidade do problema 0a1 Sem problema 1a5 Problema moderado 5 a 10 Problemático 10 a 20 >20 Problema grave Problema muito grave Fonte: Jennings e Knight (1975). 48 Figura 13 - Determinação do Potencial de Colapso. (Jenings e Knight, 1975). Fonte: Jennings e Knight (1975). Lutenegger e Saber (1988) apresentaram uma determinação para o “potencial de colapso” diferente da proposta defendida por Jennings e Knight (1975). O procedimento para determinação do colapso proposta por eles consistia em carregar a amostra em estágios, registrando as deformações até 300 kPa (ou outro nível mais apropriado ao projeto), em seguida saturar o corpo de prova com água destilada e registrar a deformação sem a mudança desta tensão até a estabilização. O potencial de colapso proposto por Lutenegger e Saber (1988) é definido por: I e 1 ec 100 (%) (7) Onde: e - mudança do índice de vazio resultante da saturação; ec - índice de vazios antes da inundação; A tabela 5 é apresenta uma classificação aproximada da gravidade de colapso proposta por Lutenegger e Saber (1988). 49 Tabela 5 - Classificação do problema da colapsividade para obras de engenharia segundo Lutenegger e Saber (1988). I (%) Grau de severidade ao colapso 2 leve 6 moderado 10 alto Fonte: Lutenegger e Saber (1988). A principal diferença entre as metodologias de Jennings e Knight (1975) e Lutenegger e Saber (1988) para a determinação do potencial do colapso, está no fato de que o primeiro não leva em consideração a deformação que ocorre durante o carregamento até a tensão de colapso. 2.3.9 Solução para Solos Colapsíveis As soluções que podem ser adotadas com o objetivo de minimizar ou evitar o colapso do solo, segundo Mendonça (1990) podem ser divididas em três grupos: Medidas construtivas; Medidas para o isolamento dos agentes causadores do umedecimento do solo; Medidas de tratamento do solo. As medidas construtivas são construções de fundações profundas apoiadas abaixo do estrato colapsível. De acordo com Bally et all (1973) deve-se levar em conta o atrito negativo gerado pelo colapso da camada superior, ou o emprego de fundações flutuantes. Conforme Zeevart (1972) citado por Mendonça (1990) pode-se optar, também, pelo uso de uma fundação corrida de maior rigidez, minimizando assim os efeitos dos recalques diferenciais, que podem ser acentuados em solos colapsíveis. As medidas para o isolamento dos agentes causadores do umedecimento do solo entendem-se como sendo maneiras que visam diminuir a infiltração da água no solo. Segundo Thorton e Arulanandan (1975) projetos de drenagem adequados, controle de vazamento de condutos de água ou esgoto e impermeabilização da área não coberta são algumas dessas medidas. 50 Geomembranas são largamente utilizadas na construção de canais de irrigação com o objetivo de aumentar a impermeabilização dos revestimentos de concretos dos canais. As medidas de tratamento do solo são as soluções responsáveis por modificar as propriedades do solo através da compactação, estabilização, substituição e outros métodos. A compactação do solo visa eliminar a colapsibilidade do solo, diminuir a permeabilidade e aumentar a capacidade de carga do solo. A compactação pode ser realizada de diversas formas, sendo a utilização de rolos compactadores, soquetes, cravação de estacas, injeção de argamassa de cimento sob pressão e prévio umedecimento do solo (colapso forçado) são algumas das formas de compactação. A estabilização do solo tem como objetivo principal aquilatar o arranjo das partículas de solo, através de uma nova ligação que proporcionará uma maior coesão do solo e eliminará a colapsibilidade do mesmo. Os métodos para estabilização do solo baseiam-se na destruição da estrutura natural do solo ou na fixação da mesma com os aumentos de sua resistência através da injeção de vários ligantes ou agentes químicos. Alguns desses métodos são: Silicatização, injeção de gases, injeção de argamassa, injeção de compostos de alto peso molecular, Jetgrouting, entre outros. Maiores esclarecimentos sobre este métodos podem ser obtido em Mendonça (1990). Mendonça (1990) afirma: Para a escolha de uma solução a ser aplicada a uma determinada obra de engenharia, deve ser feita uma análise criteriosa de cada uma, levando em consideração experiências anteriores com o tipo de solo colapsível na solução em questão, o tipo de obra realizada ou a se realizar, o custo da solução e o cronograma. 2.3.10 Resumo Este capítulo apresentou uma revisão sobre os solos não saturados colapsíveis, sendo apresentada inicialmente uma abordagem sobre os solos não saturados, foi abordada uma breve introdução e aspectos importantes para este tipo de solo, tais como: o princípio das tensões efetivas, sucção e deformações volumétricas. 51 A segunda parte do capítulo foi dedicada ao colapso dos solos que é um fenômeno associado a uma brusca perda de resistência do solo, devido à quebra de ligações cimentantes entre as partículas maiores de um solo não saturado, associada a uma grande deformação. Esta deformação decorre do aumento do grau de saturação e, cuja velocidade é muito maior do que a de adensamento de um solo argiloso saturado. Verificou-se também que os solos colapsíveis dependendo do seu processo de formação pode ser classificado como solos eólicos, residuais, transportados pela água e compactados. Apresenta-se também nesse capítulo as várias estruturas dos solos colapsíveis que podem variar de acordo com o agente responsável pela resistência adicional dos materiais, podendo ser: tensões capilares, vínculos de silte e vínculos de argilas. Explicou-se o mecanismo do colapso, mostrando que o mesmo acontece, segundo Jennings e Knight (1957), quando existe um acréscimo de umidade do solo, e os vínculos alcançam um estágio em que não resistem às forças de deformações. Várias formas de identificar o colapso foram abordadas neste capítulo, são elas: ensaios de caracterização, ensaios oedométricos simples e duplo, ensaios de campo e outros ensaios. Finalizando o assunto sobre os solos não saturados colapsíveis foi mostrado como o colapso se apresenta para as obras de engenharia e quais as soluções devem ser adotadas para este tipo de solos, são elas: medidas construtivas, medidas para o isolamento dos agentes causadores do umedecimento do solo e medidas de tratamento do solo. 52 CAPÍTULO 3 3 MODELAGEM DO COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS SOLOS NÃO SATURADOS E O PROGRAMA UNSTRUCT 3.1 Introdução Neste capítulo são apresentados modelos utilizados para previsão do comportamento mecânico dos solos não saturados, desde simples expressões analíticas até os modelos elasto-plásticos. Também serão mostradas as versões do programa UNSTRUCT, que foi desenvolvido por Miranda (1988), com o objetivo de mostrar o comportamento tensão – deformação dos solos não saturados utilizando o método dos elementos finitos com modelos modelos elásticos. Silva Filho (1998) apresenta uma à versão atual do programa com as seguintes inovações: implementação da variação de rigidez para a modelagem de solos colapsíveis, utilização de módulos de elasticidades variáveis conforme os níveis de tensões, possibilidade de realizar análise em solos expansivos que podem apresentar colapso e utilização de incrementos para a aplicação de cargas ou até mesmo para a variação de umidade. Essa versão será utilizada no presente trabalho. 3.2 Modelagem do Comportamento Mecânico dos Solos Não Saturados Alonso (1993) e em seguida Gehling (1994) propuseram a divisão dos modelos existentes para previsão do comportamento dos solos não saturados da seguinte forma: expressões analíticas, superfícies de estado, modelos elásticos e elasto-plásticos. 3.2.1 Expressões Analíticas Na literatura existem expressões analíticas utilizadas para previsão de deformações de solos não saturados. Por exemplo, Silva Filho (1998) apresentou as expressões analíticas (Tabela 6) que têm o objetivo de reproduzir as deformações de solo não saturado, levando em consideração a sucção e a tensão. 53 Tabela 6 - Expressões Analíticas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS EXPRESSÃO e = variação de volume; 1 e0 p0 = tensão de expansão; K = constante. e p Kp0 log 0 1 e0 Salas e Serratosa (1967) Aitchison et al (1973) DESCRIÇÃO m = sucção matricial; s = sucção osmótica; C , I m , I s = constantes. e C log 1 e0 I m log m I s log s , h = coeficientes empíricos Lytton (1997) h log u a u w s log ua u w 0 Johnson (1978) Justo et al (1984) relacionados com o índice de plasticidade, quantidade de argila e a capacidade de troca catiônica; ua uw = sucção. e log 1 e0 e 100 B log log ua u w 0f e a b log 1 e c( log ) 2 d ( log ) 3 ua uw 0 = sucção inicial antes do carregamento; ua uw 0f = sucção final; a,b,c,d = constantes. Fonte: Silva Filho (1998). 3.2.2 Superfícies de Estado Bishop e Blight (1963) descreveram a variação de volume de um solo não saturado em função da tensão isotrópica líquida ua e da sucção. Essa variação é visualizada em três dimensões, através do gráfico da Figura 14. 54 Figura 14 - Espaço tridimensional proposto por Bishop e Blight (1963). Fonte: Bishop e Blight (1963). O gráfico tridimensional apresenta os seguintes eixos: índice de vazios, ua e ua uw . O referido gráfico demonstra que com a diminuição da sucção, o solo tende a se comportar de forma expansiva para baixas tensões e colapsível para tensões elevadas. Matyas e Radhakishna (1968) propuseram denominar estes gráficos tridimensionais como superfícies de estado, de acordo com as formas da Figura 15. Figura 15 - Superfície de estado de porosidade e grau de saturação. Fonte: Matyas e Radhakishna (1968). Estas superfícies de estado descrevem a variação dos índices de vazios, o grau de saturação (Sr) e a umidade do solo como funções da tensão líquida e da sucção. 55 No desenvolvimento de modelos para solos não saturados representaram de forma analítica a superfície de estado do solo. Apresentada a seguir em ordem cronológica. Fredlund (1979) apresentou as seguintes expressões para as superfícies de estado do índice de vazios e da umidade: e Ct log u a C m logu a u w (8) w Dt log u a Dm logu a u w (9) Onde: ua - tensão líquida; Ct , Cm , Dt , Dm - constantes, onde Dt e Dm representam a compressibilidade do solo quanto à tensão líquida e sucção respectivamente; Luft e Alonso (1985) desenvolveram as seguintes equações que definem a superfície de estado para o índice de vazios e grau de saturação: e b log u a c logu a u w dlog u a logu a u w S r a ' c ' d ' u a Th b ' u a u w (10) (11) 3.2.3 Modelos Elásticos Os modelos elásticos desenvolvidos para representar o comportamento dos solos não saturados foram propostos após o entendimento da divisão das tensões efetivas em duas variáveis independentes: sucção ua uw e tensão líquida ua . Este modelo possibilitou a implementação do Método dos Elementos Finitos (MEF). Miranda (1988) questiona conceitualmente a sucção matricial que segundo esse autor trata-se de variável de estado e não de tensão, ao contrário de alguns outros pesquisadores (Alonso et al 1987 e Fredlund et al, 1977) que afirmam que as variáveis de tensões são a tensão liquida e a sucção matricial. O programa UNSTRACT utiliza o modelo elástico para analisar as tensões e deformações de solos saturados e não saturados, sendo que as 56 deformações por variação de sucção são previstas através de duas técnicas: variação de rigidez para colapso e analogia térmica para expansão. A seguir serão apresentados em ordem cronológica trabalhos desenvolvidos por diversos autores que empregaram modelos elásticos para avaliar o comportamento dos solos não saturados. Coleman (1962) calculou a variação volumétrica e incrementos de deformação através das seguintes equações: dV C 21d u a u w C 21d u a C 23 d 1 3 V d 1 3 C31 u a u w C32 d u a C33d 1 3 (12) (13) Onde: Cij - parâmetro utilizado para retratar a compressibilidade do solo, é dependente do estado de tensões e de sua história; 1 e 3 - componentes de tensões principais maior e menor respectivamente; 1 e 3 - componentes de deformações principais maior e menor respectivamente; Coleman (1962), também, propôs uma equação para a variação do volume de água: dV C11d u a u w C12 d u a C13d 1 3 V (14) Fredlund (1979) propôs um novo módulo de elasticidade (H), de acordo com a variação de sucção, para representar o comportamento dos solos não saturados, conforme se vê na equação abaixo: ij 1 v ij u a ij v kkua ij 1 u a u w ij E E H (15) A utilização deste modelo para analisar a tensão-deformação necessita da deformação volumétrica associada à variação de sucção, isto é possível de ser obtido através de ensaios ou através de equações de superfícies de estado. Alonso et al (1988) apresentou solução para representar a deformação em solos não saturados, através da soma dos efeitos de variações de tensões e 57 deformações volumétricas devido à variação de sucção. Conforme se observa a seguir: d De1 d * d 0 (16) Onde: * = mua ; mT 1,1,1,0,0,0 ; 0 - deformação inicial (obtida através de ensaios oedométricos); De Matriz do modelo elástico não linear com (K,G), onde K é o módulo de compressibilidade volumétrica, sendo determinado a partir das superfícies de estado e o G é o módulo cisalhante obtido através da seguinte relação tensão-deformação: 3 R G G0 M u a u w 1 1 1 3 f 2 (17) Onde: M = constante; R = constante próxima a 1; 3.2.4 Modelos Elasto-plásticos O comportamento do material deste modelo apresenta duas fases: a elástica e a plástica. Na fase elástica o material é submetido a um carregamento, recuperando sua forma original após a retirada do mesmo. Diferentemente, na fase plástica ocorrem deformações permanentes. Os modelos elasto-plásticos representam melhor o comportamento dos solos não saturados colapsíveis. Os modelos elasto-plásticos aplicados aos solos não saturados adotam como base o modelo Cam Clay modificado, que utiliza conceitos da teoria de estados críticos. Em Silva Filho (1998) pode ser visto esses conceitos e, também, pode ser estudado de forma detalhada os modelos elasto-plásticos e suas formulações. 58 Diversos autores desenvolveram modelos elasto-plásticos baseados na teoria de estados críticos para solos não saturados, porém neste trabalho não serão apresentados esses modelos, pois não é o foco da presente pesquisa. 3.3 Programa UNSTRUCT A seguir serão detalhadas duas versões do programa UNSTRUCT, a original, desenvolvida por Miranda (1988), e a atual, aprimorada por Silva Filho (1998). 3.3.1 UNSTRUCT – Versão Original Miranda (1988) desenvolveu o programa UNSTRUCT (UNSaturated STRUCTure analysis) em elementos finitos que utiliza analogia térmica para calcular deformações ocasionadas pela variação da sucção no solo. Miranda (1988), ao elaborar este programa, tinha como objetivo verificar o comportamento de pequenas barragens de terra durante o primeiro enchimento, pois os pequenos barramentos construídos no Nordeste brasileiro eram potencialmente colapsíveis, devido à dificuldade de se obter água necessária a uma adequada compactação. Quando da ocorrência do enchimento da barragem, o fluxo transiente provoca um aumento de umidade no barramento modificando o estado de tensões iniciais no maciço e provocando o fenômeno do colapso nos locais onde ocorre a diminuição de sucção, ver em Filho (1998). Este fenômeno provoca fissuramentos no aterro devido aos recalques diferenciais, facilitando o entubamento (piping), que pode levar a ruptura da obra. Estudos realizados por Miranda (1988), através da utilização do programa UNSTRUCT, fez com que o pesquisador propusesse um método para a construção de pequenas barragens, que consistia em compactar o núcleo da barragem na umidade ótima e o restante do aterro deveria ser compactado abaixo dessa umidade. O mencionado método construtivo anularia a possibilidade de ruptura da barragem por entubamento (piping), pois evitaria a propagação do fissuramento e a geração do entubamento. 59 O programa UNSTRUCT analisa as tensões e deformações que ocorrem nos barramentos saturados e não saturados, sob a condição de deformação plana, utilizando método dos elementos finitos para previsão do comportamento do solo através de modelos elásticos. Ele também calcula a tensão inicial devido ao peso próprio do solo e despreza o deslocamento no cálculo das tensões iniciais, subsequentemente os estados de tensões e deformações dos solos são causados por: cargas externas, variação da umidade do material (aumento do peso específico do solo), deformações de solos não saturados expansivos e colapsíveis, além da força de percolação e empuxo hidrostático na zona saturada do solo. O programa analisa a parte não saturada do maciço em termos de tensões totais e a saturada em termo de tensões efetivas. Miranda (1988) considerou sempre igual a zero o excesso sobre a pressão do ar (ua) no cálculo das tensões totais. O UNSTRUCT na análise das tensões e deformações na zona não saturada do maciço considera as seguintes equações de equilíbrio: x u a xy bx 0 x x y u a y xy y by 0 (18) (19) Onde: - tensão normal total; xy - tensão cisalhante; u a - poro pressão do ar, admitida igual a zero; bx , by - força de massa por unidade de volume devido ao peso próprio inicial do solo ou devido a variações no peso específico resultantes de mudanças na umidade do solo; Na zona saturada as equações de equilíbrio são as seguintes: x u w xy bx 0 x x (20) 60 y u w y xy y (21) by 0 Onde: - tensão normal total; xy - tensão cisalhante; u a - poro pressão de água; bx , by - força de massa por unidade de volume devido ao peso próprio do solo e devido aos efeitos da água, incluindo forças de percolação e o empuxo hidrostático. Na condição plana de deformação, as relações constitutivas para solos não saturados são expressas da seguinte forma: (22) (23) x 1 1 x u a y z 2u a u a u w Eu H y 1 1 y u a x z 2u a u a u w Eu H z 0 (24) Onde: Eu - módulo de elasticidade em relação à tensão líquida ua ; H - módulo de elasticidade em relação à sucção ua uw ; - coeficiente de Poisson; Os parâmetros do solo são obtidos através do ensaio duplo oedométricos descrito por Jennings e Knight (1957). Na Figura 16 se observa o resultado típico deste tipo de ensaio, apresentando uma relação entre as tensões verticais e o índice de vazios. 61 Figura 16 - Resultado do ensaio oedométrico. Fonte: Jennings e Knight (1957). Inicialmente os parâmetros de solo obtidos através do ensaio oedométrico duplo são os módulos de elasticidade inicial (E0) e o módulo de elasticidade dos solos saturados (Es), como pode ser visto na Figura 17. Ela apresenta o resultado do ensaio de adensamento duplo expressos em deformação específica x tensão vertical total v ua . Figura 17 - Módulos de Elasticidade. Fonte: Miranda e Silva (1995). 62 Como o módulo de elasticidade para os solos não saturados (Eu) possui um teor de umidade maior do que o inicial (E0), ele é obtido através da interpolação do módulo de elasticidade inicial e o módulo de elasticidade saturado (Es). Eu E0 (25) E u u w 1 0 a 1 1 E s u a u w 0 Onde: ua uw 0 - sucção inicial do corpo de prova usado para definir E0 (admitida constante); ua uw - sucção do solo para a qual se deseja calcular Eu. O módulo de elasticidade em relação à sucção (H) também é obtido através do ensaio duplo de adensamento. Miranda (1988) utilizou a seguinte equação para o cálculo: 1 u a H (26) Onde: , - coeficientes que relacionam H com a tensão total; ua - tensão total na direção em que se deseja calcular H; Os coeficientes e são obtidos através das seguintes expressões: 1 S 0 1 u a u w 0 (27) Onde: S 0 - deformação específica, correspondente a v ua 0 , do corpo de prova saturado do ensaio duplo de adensamento; v ua - tensão total vertical do ensaio de adensamento duplo; ua uw 0 - sucção inicial do corpo de prova usado para a definição da curva não saturada do ensaio duplo de adensamento; - coeficiente de Poisson; 63 1 2 3 2 1 v u a f 2 SF UF v u a n u a u w 0 (28) Onde: SF - deformação específica, correspondente a v ua f do corpo de prova saturado do ensaio duplo de adensamento; UF - deformação específica, correspondente a v ua f do corpo de prova não saturado do ensaio duplo de adensamento; v ua n - tensão total vertical do ensaio duplo de adensamento para o qual as deformações específicas dos corpos de prova saturado e não saturado são iguais; ua uw 0 - sucção inicial do corpo de prova usado para definição da curva não saturada do ensaio duplo de adensamento; Figura 18 - Cálculo do parâmetro e . Fonte: Miranda e Silva (1995). O UNSTRUCT utiliza e para determinação das tensões e deformações (colapso ou expansão) ocasionadas pela variação de sucção. Estas deformações são introduzidas na análise das tensões e deformações com autodeformações (“self-strain”), sendo esse o procedimento denominado de analogia térmica pelo fato das deformações entrarem na Lei de Hooke de maneira equivalente às deformações produzidas pela variação de temperatura. 64 De 0 0 (29) Onde: - vetor das tensões; De - matriz tensão-deformação; - vetor da deformação; 0 - vetor das auto-deformações resultantes de crescimento de cristais, variações de temperatura, colapso ou expansão do solo; 0 - vetor das tensões iniciais. Na condição plana de deformação, as relações constitutivas para solos saturados são expressas da seguinte forma: (30) (31) x 1 x u w y z 2u w Es y 1 y u w x z 2u w Es z 0 (32) Onde: E s - módulo de elasticidade da curva saturada no ensaio de adensamento duplo; O programa UNSTRUCT também calcula o aumento do peso específico devido à variação de umidade do solo não saturado, através da expressão abaixo: m (33) Onde: - variação de umidade volumétrica do solo; m - peso específico da água. As forças de massa referente às variações do peso específico do solo são distribuídas entre os nós da malha de elementos finitos. O efeito da água na zona saturada é calculado como uma força de massa igual a: 65 F gradienteu w (34) Onde F - é uma força que inclui o empuxo hidrostático, bem como as forças de percolação e é distribuída entre os nós da malha de elementos finitos. É importante entender que quando o efeito da água estiver sendo levado em consideração no cálculo da força F , o mesmo não pode ser considerado nas cargas externas devido ao peso da água. 3.3.2 UNSTRUCT – Versão Atual A versão original do UNSTRACT foi apresentada por Miranda (1988) e em seguida Miranda e Coelho (1990), desenvolveram uma variante do programa na qual estenderam a aplicação da analogia térmica para solos expansivos. No programa de Miranda (1988) essa analogia era feita apenas para solos colapsíveis. Esta versão apresentava limitações que dificultava reproduzir com maior realismo o comportamento de algumas obras em solos não saturados. A analogia térmica para prever colapso não apresentava resultados tão bons quanto para expansão. Maswoswe (1985) modelando ensaios triaxiais e oedométricos observou valores crescentes para as tensões laterais durante o colapso do solo e sob condições de confinamento lateral, por outro lado o UNSTRUCT previa valores decrescentes para a tensão horizontal. Estes valores decrescentes com a redução da sucção são valores aguardados para modelos elásticos que usam técnica de deformação inicial e não avaliam o efeito da relação entre a tensão vertical e a tensão horizontal durante o colapso. A versão original do UNSTRUCT, como mencionado, utiliza a analogia térmica para avaliar o comportamento dos solos colapsíveis e expansivos. O programa considera o colapso como sendo numericamente o inverso da expansão, implicando dizer que as forças aplicadas aos nós para considerar a expansão têm sinais contrários em relação ao colapso. Com o objetivo de tentar aperfeiçoar o programa UNSTRUCT, ou seja, alinhar os resultados apresentados pelo programa com os obtidos em laboratórios 66 por Maswoswe (1985), Menescal (1992) propôs modificações no programa, através da utilização de dois parâmetros semi-empíricos, porém esbarrou na dificuldade de que mesmo numericamente o fenômeno do colapso não era inverso o da expansão. O UNSTRUCT limitava-se à modelagem de pequenos carregamentos, pois a curva tensão-deformação utilizada na análise era linear. Jennings e Burland (1962) afirmam que os solos colapsíveis podem sofrer expansão quando umedecidos a baixos níveis de tensões, e os solos expansivos podem sofrer redução de volume quando submetidos a pressões superiores à de expansão. Sendo assim, é necessária uma modelagem completa que seja capaz de simular o colapso e a expansão em uma mesma situação. Silva Filho (1998) apresentou a atual versão para o programa UNSTRUCT, na qual adotou como base inicial o programa desenvolvido por Miranda e Coelho (1990). Este programa será o utilizado neste trabalho, pois se observou uma convergência dos resultados entre o programa e os ensaios laboratoriais Maswoswe (1985). Na versão original, o carregamento não era realizado em estágio, pois o comportamento era sempre linear. A utilização da curva não linear no programa proposto por Silva Filho (1998) e a aplicação incremental de carregamento passou a ser uma necessidade. O programa atual do UNSTRUCT foi obtido em quatro etapas de desenvolvimento, a seguir descritas de acordo com as alterações introduzidas no programa, que são: variação de rigidez no colapso; módulos de elasticidade variável – linear por trecho; modelagem completa (analogia térmica e variação da rigidez); aplicação incremental de carregamentos. 3.3.2.1 Variação de rigidez no colapso A modelagem do colapso considera como fator determinante a variação da sucção para um determinado estado de tensões atuantes. Entretanto, sabe-se que outros fatores influenciam na modelagem do colapso. Por exemplo, os agentes cimentantes responsáveis por estabilizar o contato intergranular, aumentam 67 a rigidez do solo sob a condição não saturada e a redução da sucção por adição de um fluido provoca diminuição da rigidez do solo. A versão atual do UNSTRUCT é capaz de modelar o colapso e a expansão dos solos não saturados. Portanto, será mostrada a Figura 19, onde se tem o caso de aterros formados por grãos de areias e partículas finas agregadas em torrões e que sofrem distorções quando umedecidos (Miranda, 1988). Figura 19 - Colapso devido à compressão e distorção de agregados de argilas que perdem a resistência quando saturados. Fonte: Miranda (1988). O programa desenvolvido por Silva Filho (1998) mostra que o solo sofre uma diminuição de rigidez devido ao umedecimento, causando deformações adicionais até um novo equilíbrio. A Figura 20 mostra a diferença entre a analogia térmica para previsão do colapso e a variação da rigidez do solo. 68 Figura 20 - Comparação das modelagens de colapso, original e atual, utilizadas pelo programa UNSTRUCT. Fonte: Silva Filho (1998). Na Figura 20(b) pode-se observar que o colapso por analogia térmica acontece em todas as direções e quando o colapso é modelado utilizando a variação de rigidez, Figura 20(c), o mesmo se apresenta apenas na direção vertical, mas ocorre um deslocamento lateral. A versão atual do UNSTRUCT utiliza dois modelos para considerar a sucção em solos não saturados. O primeiro modelo utiliza a analogia térmica para as deformações dos solos expansivos submetidos à variação de umidade, e o segundo modelo considera a variação de rigidez do solo, que sofre colapso com a diminuição da sucção (Miranda e Silva Filho, 1994). O aumento da umidade no solo causa uma redução de sua rigidez, ocorrendo uma diminuição do módulo de elasticidade e aumento do coeficiente de Poisson durante a saturação. A seguir será apresentada a formulação utilizada em elementos finitos por Silva Filho (1998) para o UNSTRUCT. Situação de equilíbrio – As tensões iniciais se encontram em equilíbrio com as deformações iniciais, ocasionadas por carregamentos anteriores. 69 B d vol B D d vol t (35) t 0 ve e 0 ve Onde: 0 - estado de tensões compatível com o carregamento aplicado ao solo; 0 - deformação também compatível com o carregamento aplicado e com a rigidez do solo; De - rigidez inicial do solo (antes do colapso); Situação de colapso – com a diminuição da rigidez do solo, deformações adicionais devem ocorrer no elemento em busca de um novo equilíbrio. B d vol B t ve t De Bd volxa e B t De 0 d vol B t 0 d vol ve ve (36) ve Onde: - novo estado de tensão após o colapso do solo; De - rigidez final (após o colapso); a e - deslocamentos dos nós do elemento. Estão associados ao novo valor de rigidez o módulo de elasticidade (Eu) e o coeficiente de Poisson, que são calculados através da interpolação entre os valores extremos não saturados e saturados obtidos no ensaio de adensamento duplo: Eu E0 E0 u a u w 1 1 1 E s u a u w 0 u s v s 0 u a u w u a u w 0 Onde: ua uw 0 - sucção inicial do corpo de prova usado para definir E0; ua uw - sucção do solo para a qual se deseja calcular Eu. E0 – módulo de elasticidade para a condição inicial com ua uw 0 ; (37) (38) 70 Es – módulo de elasticidade para a condição saturada ua uw 0 ; 0 – coeficiente de Poisson para a condição inicial com ua uw 0 ; s – coeficiente de Poisson para a condição saturada. A interpolação linear adotada pelo programa UNSTRUCT utilizada para se obter parâmetros elásticos do solo não saturados, pode ocasionar diferenças significativas entre os valores medidos e previsto do colapso. Como forma de tentar contornar este problema, sugere-se que nos cálculos de interpolação seja adotado para o corpo de prova não saturado com uma sucção não superior aos indicados a seguir (Miranda e Silva Filho, 1995): Tabela 7 - Valores máximos de sucção para a amostra seca. Tipo de Solo Sucção - kPa ua uw Areias e siltes de baixa plasticidade 500 Argilas de baixa plasticidade 4000 Argilas de alta plasticidade 8000 Fonte: Miranda e Silva Filho (1995) 3.3.2.2 Módulos de elasticidade variáveis (linear por trechos) Na versão original do programa UNSTRUCT proposta por Miranda (1988) a análise de tensão x deformação é apenas restrita ao trecho que se pode considerar a relação linear. Silva Filho (1998) propôs uma análise geral não linear do programa, onde a curva tensão x deformação tem o seu comportamento analisado por trechos. Os resultados obtidos no ensaio duplo de adensamento são fornecidos ao programa através de um conjunto de pontos definidos pela tensão vertical, aplicada ao corpo de prova e a correspondente deformação vertical específica. Entre estes pontos, a relação tensão x deformação é representada por segmentos de retas que mudam de inclinação a cada intervalo de tensões, com pode ser visto na Figura 21. 71 Figura 21 - Relação tensão x deformação linear por trechos (ensaio típico). Fonte: Silva Filho (1998). O programa UNSTRUCT continua tendo sua utilização simples, devido os parâmetros dos modelos como: módulos de elasticidade e parâmetros e utilizados no cálculo das deformações iniciais dos solos expansivos serem calculados pelo programa, o que não era realizado na versão anterior. O novo programa calcula os parâmetros para cada trecho de tensões que são adotados conforme o nível de tensões atuantes no elemento. Silva Filho (1998) afirma que o processo de cálculo das tensões e deformações é feito iterativamente até atingir um erro máximo entre os valores de tensões adotado pelo usuário, ou quando é atingido um número máximo de iterações, também pré-determinado. Na primeira iteração, os valores dos parâmetros do solo para todos os elementos serão os correspondentes ao primeiro trecho de tensões. A versão atual do UNSTRUCT é capaz de modelar variações nas deformações de colapso e isto se torna possível devido os parâmetros elásticos utilizados pelo programa serem retirados das curvas do ensaio de adensamento duplo, sendo que uma das curvas representa o solo em seu estado saturado e a outra mostra o solo não saturado. 72 3.3.2.3 Modelagem de solos não saturados que podem apresentar expansão e colapso As deformações volumétricas (colapso e expansão) não dependem apenas das propriedades intrínsecas dos solos, mas também das condições de carregamento na qual estão submetidos. O UNSTRUCT possibilita o estudo do solo que apresenta um duplo comportamento (colapso e expansão). A seguir é mencionado o procedimento adotado pelo referido programa para considerar este comportamento. No ensaio de adensamento duplo se consegue determinar a tensão vertical neutra, onde o solo não sofre expansão e nem colapso em trajetória de diminuição de sucção. Silva Filho (1998) explica que no programa UNSTRUCT a tensão vertical de comportamento neutro está associada a uma tensão média p u a N que será utilizada para delimitar as faixas de tensões nas quais serão adotados os procedimentos de expansão ou de colapso. Durante a variação de sucção, o UNSTRUCT compara a tensão média em cada elemento com p ua . Para valores de tensões superiores a p u a o programa utiliza o procedimento de colapso, caso contrário, calcula a expansão. A Figura 22 que mostra curvas tensão x deformação com a indicação do procedimento utilizado para modelar a expansão e o colapso com o aumento de umidade. Figura 22 - Modelagem completa para expansão ou colapso Fonte: Silva Filho (1998). 73 Onde: D2 - matriz de elasticidade do solo com sucção inferior; 0 - deformação de expansão livre; c - deformação de colapso; E - deformação de expansão; i - deformação do solo antes de receber umidade (devido a carregamentos anteriores); 0 - estado de tensão antes do solo receber umidade; 3.3.2.4 Aplicação incremental de carregamentos A versão atual UNSTRUCT utiliza o processo incremental em todos os tipos de carregamentos, inclusive os correspondentes a variação de sucção. No programa a variação de umidade é aplicada também em incrementos, permitindo, assim, o cálculo do colapso, gradualmente, para uma diminuição gradual da sucção. Silva Filho (1998) afirma que esta versão do UNSTRUCT não contempla o fato de que no colapso a variação de umidade pode ocasionar uma deformação superior às produzidas com a aplicação de incrementos de umidade, pois a deformação volumétrica final de colapso é independente do número de passos. A variação total da sucção é incrementos, de forma similar ao que ocorre em campo, adequando-se ao comportamento tensão x deformação não linear. 3.4 Notas Conclusivas Este capítulo apresentou uma revisão dos modelos utilizados para modelagem de solos não saturados desde simples expressões analíticas até modelos elasto-plásticos. Os modelos elasto-plásticos não foram apresentados devido ao objetivo desse trabalho estar voltado para modelagem dos solos não saturados através de modelo elásticos. Também foram apresentadas as versões do programa UNSTRUCT onde foi possível observar que as mudanças realizadas por Silva Filho (1998) tornou o 74 programa capaz de simular o comportamento da maioria dos solos não saturados expansivos e colapsíveis, com bons resultados e de maneira simples. As principais mudanças desta versão do programa UNSTRUCT são: Modelar o colapso através da variação de rigidez do solo; Relação tensão x deformação linear por trechos. Os dados são obtidos através do ensaio de adensamento duplo; Analisar solos com duplo comportamento, ou seja, analisar colapso e expansão em um mesmo problema; Modelar a aplicação da carga e a variação de sucção por incrementos. 75 CAPÍTULO 4 4 4.1 ENSAIOS E ANÁLISES Introdução No presente capítulo serão apresentados os resultados dos ensaios de laboratório realizados com o solo deformado coletado de uma jazida, localizada no município de Quixadá, que foi utilizado na construção do maciço da Barragem experimental que será comentada no próximo capítulo. Os ensaios realizados com o material oriundo dessa jazida são os seguintes: granulometria por peneiramento e sedimentação, limite de liquidez, limite de plasticidade, compactação a diferentes energias, oedométrico simples (adensamento simples) e oedométrico duplo (adensamento duplo). Esses dois últimos realizados com o objetivo de quantificar o colapso do solo. Os ensaios de adensamento duplo e simples foram realizados com amostras com baixos valores de massa específica seca e umidade, sem controle de energia de compactação. A partir dos ensaios de compactação foi determinada uma curva de ótimos que posteriormente foi usada para estimar as energias correspondentes dos corpos de provas usados nos ensaios de adensamento. Após a apresentação dos ensaios, foi realizada uma discussão acerca dos resultados obtidos em laboratório. 4.2 Localização da Barragem e Jazida O eixo da barragem construída está referenciado pelas seguintes coordenadas geográficas: UTM: N 9.446.126 - E 500.823 - zona 24N. A barragem localiza-se no município de Quixadá/CE, sertão central do estado do Ceará, distante 172 km da capital Fortaleza. O acesso ao eixo da barragem é feito pela BR-116, sentido sul do Estado, até chegar à cidade de Quixadá. Seguindo pela estrada do algodão, toma-se uma estrada carroçável e, percorrendo cerca de 3 km, chega-se a Fazenda experimental “Fazenda Lavoura seca” da Universidade Federal do Ceará. A partir da entrada da Fazenda, percorre-se ainda 1700 metros até o barramento pela ombreira direita da barragem. A figura 23 mostra o mapa de localização da barragem. 76 Figura 23 - Mapa de Localização e acesso Fonte: Melo Neto (2013). Para a construção da barragem foi utilizada uma jazida de empréstimo localizada a 500 m do eixo da barragem. A figura 24 mostra a localização da jazida de empréstimo. Figura 24 - Localização da Jazida Fonte: Melo Neto (2013). 77 4.3 Ensaios de Caracterização do Solo A caracterização do solo foi obtida através da realização dos ensaios: granulométricos, limites de consistência e densidade real, que terão os resultados apresentados a seguir. 4.3.1 Ensaio Granulométrico O ensaio de granulometria por peneiramento e sedimentação realizado na amostra coletada, teve base na norma NBR 7171/84. Na Figura 25 será demonstrada a curva granulométrica do solo examinado. Figura 25 - Curva granulométrica CURVA GRANULOMÉTRICA ARGILA AREIA Média Grossa SILTE Fina Fino PEDREGULHO Médio Grosso 100% 90% 80% % passante 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0,001 0,002 0,01 0,06 0,1 0,2 0,6 1 2,0 6 10 20 60 0% 100 Diâmetro dos grãos (mm) Fonte: Autor, 2013 4.3.2 Limites de Consistência Os ensaios de limites de consistência de Atterberg: limite de liquidez (LL) e limite de plasticidade (LP) basearam-se, respectivamente, nas normas NBR 6459/84 e NBR 7180/84. Os resultados dos ensaios de consistência do solo foram os seguintes: 78 Tabela 8 - Dados dos ensaios de limites de consistência. LIMITE DE LIQUIDEZ LIMITE PLÁSTICO Nº DE GOLPES 10 17 26 32 - - - - CÁPSULA Nº 62 48 61 9 51 62 48 20 PESO BRUTO ÚMIDO (g) 35,70 31,40 31,09 32,11 16,79 14,65 17,63 22,44 PESO BRUTO SECO (g) 30,14 27,71 27,53 28,28 16,33 14,24 17,16 20,95 PESO DA CÁPSULA (g) 11,89 14,43 13,69 12,53 13,72 11,90 14,45 12,25 PESO DA ÁGUA (g) 5,56 3,69 3,56 3,83 0,46 0,41 0,47 1,49 PESO DO SOLO (g) 18,25 13,28 13,84 15,75 2,61 2,34 2,71 8,70 30,5 27,8 25,7 24,3 17,6 17,5 17,3 17,1 UMIDADE (%) Fonte: Autor, 2013 Figura 26 - Reta de escoamento para obtenção do LL. Fonte: Autor, 2013 Tabela 9 - Resultados dos índices de consistência. LIMITE DE LIQUIDEZ (LL) 26 % LIMITE DE PLASTICIDADE (LP) 17 % ÍNDICE DE PLASTICIDADE (IP) 9% Fonte: Autor, 2013 4.3.3 Ensaio de Densidade Real do Solo O resultado do ensaio realizado para determinação da densidade real dos grãos de solos pelo método do picnômetro, segundo a norma DNER-ME 093/94, é apresentado na Tabela 10. 79 Tabela 10 - Densidade Real dos Grãos. DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE REAL DOS GRÃOS DE SOLOS PELO MÉTODO DO PICNÔMETRO INTERESSADO: JOSÉ BENEVIDES LÔBO NETO LOCAL DA COLETA: JAZIDA DA BARRAGEM QUIXADÁ AMOSTRA P1 (g) P2 (g) P3 (g) P4 (g) 1 30,65 31,30 29,81 40,66 41,32 39,83 88,12 88,02 87,34 81,95 81,82 81,14 δ DATA 22/05/2013 K20 δ T° Δδ 2,607 2,623 0,000 2,623 2,62 29 δ -20° 0,9977 2,62 Fonte: Autor, 2013 A amostra coletada na jazida apresentou uma densidade real dos grãos do solo de 2,62. 4.4 Ensaios de Compactação do Solo Foram realizados cinco ensaios de compactação na amostra coletada. O primeiro ensaio foi realizado segundo a norma NBR 7182/86, utilizando o cilindro pequeno de 10 cm de diâmetro e uma energia normal de compactação de 26 golpes por camada, num total de 3 camadas. Nos outros quatro ensaios mudou-se o número de golpes por camada para 5, 10,15 e 20 golpes (Figuras 27, 28, 29, 30 e 31), ou seja, alterando a energia de compactação. Os resultados dos ensaios citados estão na Tabela 11. Figura 27 - Ensaio de compactação – 26 golpes. CURVA DE COMPACTAÇÃO - 26 GOLPES Massa específica (g/cm³) 1,90 1,85 1,80 1,75 1,70 1,65 1,60 1,55 1,50 1,45 1,40 1,35 1,30 8 9 10 11 12 13 14 Umidade (%) Fonte: Autor, 2013 15 16 17 18 19 80 Figura 28 - Ensaio de compactação – 20 golpes. CURVA DE COMPACTAÇÃO - 20 GOLPES Massa específica seca (g/cm³) 1,90 1,85 1,80 1,75 1,70 1,65 1,60 1,55 1,50 1,45 1,40 1,35 1,30 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Umidade ( % ) Fonte: Autor, 2013 Figura 29 - Ensaio de compactação – 15 golpes. CURVA DE COMPACTAÇÃO - 15 GOLPES 1,90 Massa específica seca (g/cm³) 1,85 1,80 1,75 1,70 1,65 1,60 1,55 1,50 1,45 1,40 1,35 1,30 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Umidade ( % ) Fonte: Autor, 2013 17 18 19 20 21 22 81 Figura 30 - Ensaio de compactação – 10 golpes. CURVA DE COMPACTAÇÃO - 10 GOLPES 1,90 Massa específica seca (g/cm³) 1,85 1,80 1,75 1,70 1,65 1,60 1,55 1,50 1,45 1,40 1,35 1,30 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Umidade ( % ) Fonte: Autor, 2013 Figura 31 - Ensaio de compactação – 5 golpes. CURVA DE COMPACTAÇÃO - 5 GOLPES 1,90 Massa específica seca (g/cm³) 1,85 1,80 1,75 1,70 1,65 1,60 1,55 1,50 1,45 1,40 1,35 1,30 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Umidade (%) Fonte: Autor, 2013 Tabela 11 - Resumo dos ensaios de Compactação Energia de Número de Golpes compactação (kg.cm/cm³) 5 1,13 10 2,26 15 3,39 20 4,51 26 5,87 Fonte: Autor, 2013 Umidade ótima (%) Massa específica seca máxima (g/cm³) 17,5 17,3 15,3 14,6 14,7 1,66 1,73 1,82 1,83 1,84 22 82 As fichas dos ensaios de compactação realizados encontram-se em Anexo. 4.5 Ensaios Oedométricos Foram realizados 18 ensaios oedométricos, sendo 9 de adensamento simples e 9 de adensamento duplo. Esses ensaios foram realizados com amostra de baixos valores de massa específica seca (1,35g/cm³, 1,45g/cm³ e 1,55g/cm³) e umidade (5%, 8% e 9,6%), sem controle de energia de compactação. A partir dos ensaios de compactação foi determinada uma curva de ótimos que foi utilizada para estimar as energias correspondentes dos corpos de provas dos ensaios de adensamento. Sabendo-se que uma maior energia de compactação conduz a uma densidade seca maior e uma menor umidade ótima, deslocando a curva de compactação para a esquerda e para cima. (Figura 32). Figura 32 - Preparação da amostra. CURVA DE COMPACTAÇÃO - 26 GOLPES Massa específica (g/cm³) 1,90 LINHA DE ÓTIMOS 1,85 1,80 1,75 1,70 1,65 1,60 1,55 1,50 1,45 1,40 1,35 1,30 1,25 1,20 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Umidade (%) Fonte: Autor, 2013 4.6 Ensaio Oedométrico Duplo O ensaio oedométrico duplo consiste em se utilizar dois corpos de provas, um na umidade de compactação e outro inundado. O objetivo foi determinar as diferença entre as duas curvas com relação a índice de vazios para valores iguais de tensões de compressão. Com isso, estima-se a variação do potencial de colapso com o aumento das tensões. 83 Foram realizados 9 nsaios oedométricos duplos, variando a massa específica seca e a umidade iniciais do solo. Os valores das massas específicas secas utilizados nos ensaios foram de 1,35 g/cm³, 1,45 g/cm³ e 1,55 g/cm³ (ramo seco da curva de compactação). Estes baixos valores foram escolhidos com o objetivo de estudar o que ocorre em campo na compactação de pequenos barramentos, ou seja, uma subcompactação. As umidades escolhidas para a realização dos ensaios foram 5%, 8% e 9,6%. O valor 5% corresponde à umidade inicial do material coletado na jazida. Foram escolhidos os outros dois valores de forma que a umidade do ensaio estivesse no ramo seco da curva de compactação, representando, novamente, o que ocorre em campo no momento da compactação de pequenas barragens, especialmente, nas obras localizadas na região Nordeste, que sofrem com a escassez de água. Os procedimentos adotados para a realização dos ensaios foram os seguintes. a) Preparação das amostras A amostra de solo coletada para ser utilizada nos ensaios oedométricos foi inicialmente destorroada, e o material foi passado na peneira de 4,8mm (Figura 33). Figura 33 - Preparação da amostra. Material destorroado Peneira 4,8mm Fonte: Autor, 2013 84 Após o peneiramento, preparou-se três amostras de 1kg cada. A amostra 01 foi utilizada na umidade natural e na amostra 02 e 03 foi adicionada água (Figura 34) de forma que a umidade variasse 3% e 5%, respectivamente. No segundo momento um pouco de material de cada amostra foi colocado na estufa com o objetivo de verificar se o solo tinha adquirido a umidade desejada, constatando na Tabela 12 os resultados obtidos. Figura 34 - Adicionando água ao material. Fonte: Autor, 2013 Tabela 12 - Resumo das umidades das amostras ensaiadas. Amostra Nº da Capsula Peso da Cápsula (g) Peso da cápsula + solo úmido (g) Peso da Cápsula + Solo seco (g) Peso da água (g) Peso seco (g) Umidade (%) 1 57 12,54 57,1 54,94 2,16 42,4 5% 2 17 12,83 54,14 51,07 3,07 38,24 8% 3 18 13,71 58,15 54,25 3,9 40,54 9,6% Fonte: Autor, 2013 As amostras foram colocadas em sacos plásticos (Figura 35) e guardadas em um recipiente de forma a evitar a perda de umidade. As três amostras que foram utilizadas no ensaio têm os respectivos valores de umidade: 5%, 8% e 9,6%. 85 Figura 35 - Amostras ensacadas e guardadas em recipiente. Fonte: Autor, 2013 b) Equipamentos utilizados No ensaio oedométrico duplo foram utilizados basicamente os seguintes equipamentos: Prensa de adensamento e jogo de pesos (Figura 36) Figura 36 - Prensa de adensamento e jogo de peso. Fonte: Autor, 2013 Células dos oedômetros ou células de adensamento, pedra porosa e cronômetro (Figura 37). 86 Figura 37 - Células dos oedômetros, pedra porosa e cronômetro. Fonte: Autor, 2013 c) Preparação da amostra Inicialmente foram realizadas as medições com o auxílio do paquímetro para se obter as medidas do anel de adensamento, com um diâmetro de 5,04 cm e uma altura de 2 cm. Com base nesses dados, elaborou-se uma planilha de cálculo com o objetivo de determinar a quantidade de material a ser colocado no anel, de forma a garantir a massa específica desejada. A seguir (Tabela 13) o modelo dessa planilha: Tabela 13 - Planilha de cálculo – material utilizado. Dados da Amostra Umidade 0,05 Dados do cilindro Altura 2 cm Diâmetro 5,04 cm Área 19,95 cm² Volume 39,90 cm³ Material colocado no Cilindro Massa específica seca 1,35 g/cm³ Massa específica úmida 1,42 g/cm³ Quantidade de material no cilindro 56,56 g Quantidade por camada (3 camadas) 18,85 g Fonte: Autor, 2013 Desse modo, o material foi compactado dentro do próprio anel, no interior da célula do oedômetro, de forma manual e em três camadas, com o auxílio de um 87 cilindro para compactação. A configuração da célula antes da realização do ensaio pode ser vista na Figura 38. Figura 38 - Amostra compactada antes de ser ensaiada Fonte: Autor, 2013 d) O ensaio Os procedimentos adotados para o ensaio duplo oedométrico estão descritos a seguir: Foram colocados os dois corpos de prova no equipamento, onde foram mantidos até estabilização das deformações sob uma carga de 13 kPa; Em seguida um dos corpos foi inundado, enquanto o outro é mantido na umidade de compactação. Mantidos até a estabilização das deformações. A partir do final desse estágio, o ensaio se procede na forma convencional, ou seja, dobrando-se as cargas aplicadas quando as deformações foram estabilizadas. As cargas aplicadas no ensaio foram as seguintes: 13 kPa, 25 kPa, 50kPa, 100 kPa, 200 kPa e 400kPa. Terminado os ensaios podem-se construir gráficos (Figura 39, 40 e 41) relacionando o índice de vazios (e), a tensão aplicada ( v ), o logaritmo da tensão aplicada (log v ) e as deformações específicas. Os gráficos apresentados a seguir são os resultados do ensaio duplo considerando a umidade igual a 5% e a massa específica igual a 1,35g/cm³. 88 Figura 39 - Índice de vazios (e) x tensão ( ) Fonte: Autor, 2013 Figura 40 - Índice de vazios (e) x log ( ) Fonte: Autor, 2013 89 Figura 41 - Deformação específica x tensão ( ) Fonte: Autor, 2013 A seguir será apresentado o resumo dos resultados dos ensaios de adensamento duplo na forma de tabelas e gráficos. Todas as planilhas e gráficos podem ser encontradas em anexo. Tabela 14 - Resumo dos ensaios – massa específica = 1,35g/cm³. Massa específica = 1,35 g/cm³ 5% 8% 9,60% 5% - Inundado 8% - Inundado 9,6% - Inundado Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica 13 0,927 0,007 13 0,923 0,009 13 0,760 0,006 13 0,890 0,026 13 0,852 0,046 13 0,728 0,024 25 0,919 0,011 25 0,919 0,011 25 0,759 0,007 25 0,839 0,053 25 0,782 0,082 25 0,696 0,042 50 0,909 0,016 50 0,913 0,014 50 0,757 0,008 50 0,802 0,071 50 0,710 0,119 50 0,656 0,065 100 0,895 0,024 100 0,903 0,019 100 0,754 0,010 100 0,771 0,088 100 0,621 0,165 100 0,600 0,096 200 0,871 0,036 200 0,884 0,029 200 0,747 0,013 200 0,701 0,124 200 0,541 0,206 200 0,535 0,133 400 0,833 0,056 400 0,851 0,046 400 0,723 0,027 400 0,526 0,214 400 0,468 0,244 400 0,471 0,169 Figura 42 - Massa específica seca de 1,35g/cm³: (a) índice de vazios x v e (b) índice de vazios x log v . (a) (b) Fonte: Autor, 2013 90 Figura 43 - Massa específica seca de 1,35g/cm³ - deformação específica x v . Tabela 15 - Resumo dos ensaios – massa específica = 1,45g/cm³. Massa específica = 1,45 g/cm³ 5% 8% 9,60% 5% - Inundado 8% - Inundado 9,6% - Inundado Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica 13 0,794 0,007 13 0,797 0,005 13 0,799 0,005 13 0,771 0,020 13 0,771 0,020 13 0,768 0,022 25 0,788 0,010 25 0,794 0,007 25 0,798 0,005 25 0,730 0,043 25 0,714 0,051 25 0,745 0,034 50 0,785 0,012 50 0,789 0,010 50 0,796 0,006 50 0,696 0,062 50 0,655 0,084 50 0,693 0,063 100 0,778 0,016 100 0,782 0,014 100 0,793 0,008 100 0,660 0,081 100 0,579 0,126 100 0,626 0,100 200 0,766 0,023 200 0,772 0,019 200 0,785 0,012 200 0,602 0,114 200 0,508 0,165 200 0,557 0,138 400 0,739 0,037 400 0,756 0,028 400 0,768 0,022 400 0,465 0,189 400 0,404 0,223 400 0,492 0,174 Fonte: Autor, 2013 91 Figura 44 - Massa específica seca de 1,45g/cm³: (a) índice de vazios x v e (b) índice de vazios x log v . (a) (b) Figura 45 - Massa específica seca de 1,45g/cm³ - deformação específica x v . Fonte: Autor, 2013 92 Tabela 16 - Resumo dos ensaios – massa específica = 1,55g/cm³. Massa específica = 1,55 g/cm³ 5% 8% 9,60% 5% - Inundado 8% - Inundado 9,6% - Inundado Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica 13 0,690 0,000 13 0,685 0,003 13 0,690 0,000 13 0,667 0,014 13 0,657 0,020 13 0,684 0,004 25 0,688 0,002 25 0,683 0,004 25 0,689 0,001 25 0,629 0,036 25 0,634 0,033 25 0,674 0,010 50 0,685 0,003 50 0,678 0,007 50 0,688 0,001 50 0,581 0,065 50 0,605 0,050 50 0,653 0,022 100 0,646 0,027 100 0,672 0,011 100 0,687 0,002 100 0,513 0,105 100 0,563 0,076 100 0,596 0,056 200 0,636 0,032 200 0,661 0,018 200 0,684 0,004 200 0,431 0,154 200 0,504 0,111 200 0,518 0,102 400 0,622 0,041 400 0,644 0,027 400 0,680 0,006 400 0,355 0,198 400 0,443 0,146 400 0,448 0,143 Figura 46 - Massa específica seca de 1,55g/cm³: (a) índice de vazios x v e (b) índice de vazios x log v . (a) (b) Fonte: Autor, 2013 93 Figura 47 - Massa específica seca de 1,55g/cm³ - deformação específica x v . Fonte: Autor, 2013 94 95 4.6.1 Ensaio Oedométrico Simples Este ensaio é uma derivação do ensaio oedométrico convencional, o qual foi acrescentado, durante a sua execução, um estágio de inundação do corpo de prova. Da mesma forma do ensaio oedométrico duplo, também foram realizados 9 ensaios oedométricos simples, variando a massa específica seca e umidade iniciais do solo. Os valores das massas específicas secas e das umidades ensaiadas foram as mesmas do ensaio oedométrico duplo, ou seja, as massas específicas foram iguais a 1,35 g/cm³, 1,45 g/cm³ e 1,55 g/cm³ e as umidades escolhidas foram de 5%, 8% e 9,6%. A preparação das amostras e os equipamentos utilizados são os mesmos do ensaio duplo. O procedimento para o ensaio simples consiste basicamente nos seguintes passos: O corpo de prova foi colocado no equipamento de adensamento até a estabilização das deformações sob uma carga de 13 kPa; (Figura 48); No segundo estágio, o ensaio se procede na forma convencional, ou seja, dobrando-se a carga aplicada quando as deformações forem estabilizadas; No terceiro estágio é feita a inundação do corpo de prova após a estabilização das deformações quando submetido a uma carga de 200 kPa. Aguarda-se uma nova estabilização das deformações. (Figura 49) O último estágio do ensaio consiste em colocar uma carga de 400 kPa e aguardar a estabilização dos recalques. As cargas aplicadas no ensaio foram as seguintes: 13 kPa, 25 kPa, 50kPa, 100 kPa, 200 kPa e 400kPa. 96 Figura 48 - Corpo de prova adensando em uma carga de 13 kPa Fonte: Autor, 2013 Figura 49 - Corpo de prova sendo inundado – carga de 200kPa Fonte: Autor, 2013 Concluídos os ensaios foram construídos gráficos (Figuras 48 e 49) relacionando o índice de vazios (e), a tensão aplicada ( v ), o logaritmo da tensão aplicada (log v ) e as deformações específicas. Os gráficos apresentados a seguir são os resultados do ensaio simples, considerando a umidade igual a 5% e a massa específica igual a 1,35g/cm³. 97 Figura 50 - Índice de vazios x log v. Fonte: Autor, 2013 Figura 51 - Índice de vazios x log v. Fonte: Autor, 2013 A seguir encontra-se o resumo dos resultados referentes aos ensaios de adensamento simples na forma de tabelas e gráficos. Todas as planilhas e gráficos podem ser encontrados em anexo. Tabela 17 - Resumo dos ensaios – massa específica = 1,35g/cm³. Massa específica = 1,35 g/cm³ 5% 8% 9,60% Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica 13 0,935 0,003 13 0,924 0,009 13 0,920 0,011 25 0,929 0,006 25 0,922 0,010 25 0,918 0,012 50 0,915 0,013 50 0,919 0,011 50 0,916 0,013 100 0,890 0,026 100 0,914 0,014 100 0,910 0,016 200 0,852 0,046 200 0,908 0,017 200 0,900 0,021 200 0,484 0,235 200 0,545 0,204 200 0,507 0,224 400 0,420 0,268 400 0,458 0,249 400 0,431 0,263 Figura 52 - Massa específica seca de 1,35g/cm³: (a) índice de vazios x log v e (b) deformação específica x v . (a) (b) Fonte: Autor, 2013 98 Tabela 18 - Resumo dos ensaios – massa específica = 1,45g/cm³. Massa específica = 1,45 g/cm³ 5% 8% 9,60% Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica 13 0,802 0,002 13 0,803 0,002 13 0,797 0,005 25 0,798 0,005 25 0,801 0,003 25 0,790 0,009 50 0,791 0,009 50 0,797 0,005 50 0,787 0,011 100 0,780 0,015 100 0,791 0,009 100 0,781 0,014 200 0,764 0,024 200 0,783 0,013 200 0,771 0,020 200 0,497 0,171 200 0,537 0,149 200 0,519 0,160 400 0,419 0,214 400 0,457 0,194 400 0,442 0,202 Figura 53 - Massa específica seca de 1,45g/cm³: (a) índice de vazios x log v e (b) deformação específica x v . (a) (b) Fonte: Autor, 2013 99 Tabela 19 - Resumo dos ensaios – massa específica = 1,55g/cm³. Massa específica = 1,55 g/cm³ 5% 8% 9,60% Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica Tensão (kPa) e Deformação específica 13 0,677 0,008 13 0,687 0,002 13 0,689 0,001 25 0,675 0,009 25 0,686 0,003 25 0,687 0,002 50 0,672 0,011 50 0,684 0,004 50 0,686 0,003 100 0,667 0,014 100 0,681 0,005 100 0,683 0,004 200 0,661 0,018 200 0,677 0,008 200 0,679 0,007 200 0,525 0,098 200 0,536 0,092 200 0,559 0,078 400 0,453 0,140 400 0,448 0,143 400 0,479 0,125 Figura 54 - Massa específica seca de 1,55g/cm³: (a) índice de vazios x log v e (b) deformação específica x v . (a) (b) Fonte: Autor, 2013 100 Figura 55 - Resultados do adensamento simples para w=5%: (a) índice de vazios x v , (b) índice de vazios x log v e (c) deformação específica x v . (a) (b) (c) Fonte: Autor, 2013 101 Figura 56 - Resultados do adensamento simples para w=8%: (a) índice de vazios x v , (b) índice de vazios x log v e (c) deformação específica x v . (b) (a) (c) Fonte: Autor, 2013 102 Figura 57 - Resultados do adensamento simples para w=9,6%: (a) índice de vazios x v , (b) índice de vazios x log v e (c) deformação específica x v . (b) (a) (c) Fonte: Autor, 2013 103 104 4.7 Análise dos Resultados 4.7.1 Ensaios de caracterização e compactação O solo da amostra proveniente da jazida, com base em sua curva granulométrica (Figura 25), apresenta 17% de pedregulho, 44% de areia, 14% de silte e 25% de argila. De acordo com o Sistema de Classificação Unificado (SUCS) o solo foi classificado do tipo SC, que corresponde a uma areia argilosa. Este tipo de solo, usualmente, é utilizado na construção de pequenas e grandes barragens de terra homogênea, por apresentar baixa permeabilidade, alta resistência ao cisalhamento e ao entubamento (“piping”). Os resultados obtidos nos ensaios de compactação podem ter uma melhor análise a partir da construção dos gráficos apresentados a seguir: Figura 58 - Massa específica seca máxima x número de golpes. Fonte: Autor, 2013 Figura 59 - Massa específica seca máxima x Energia de compactação. Fonte: Autor, 2013 105 O gráfico da Figura 58 mostra que o valor da massa específica seca máxima do solo estudado tem um aumento considerável quando compactado entre 5 e 15 golpes, variando de 1,66g/cm³ até 1,82g/cm³, o que representa um ganho de 9,6%. Quando se analisa o ganho da massa específica seca entre 15 e 26 golpes, percebe-se uma alteração de 1,82g/cm³ para 1,84g/cm³, demonstrando que o ganho que se tem é muito pequeno, aproximadamente 1%. Quanto aos resultados apresentados na Figura 59, verifica-se que o maior aumento da massa específica seca acontece quando a energia de compactação está variando entre 5 e 15 golpes. Outro resultado interessante também verificado é que a diminuição do valor da massa específica seca é irrelevante quando se reduz a energia de compactação de 26 para 15 golpes, ou seja, a diminuição de 42% na energia de compactação provoca uma redução de 1% no valor da massa específica seca máxima. Observando-se a Tabela 11 pode-se concluir, conforme esperado, que quanto maior a energia de compactação maior a massa específica seca, entretanto, o comportamento não é linear. Outro aspecto importante é que o ensaio realizado com 10 golpes por camada apresentou uma massa específica seca correspondente a 94% do ensaio com a energia normal (26 golpes por camada). Isso é particularmente importante para pequenos barramentos, que podem reduzir os custos com redução do tempo de terraplenagem. Para a energia mais baixa (5 golpes por camada) o ensaio mostrou que é possível realizar a compactação com baixa umidade, uma vez que não houve uma inclinação acentuada nos ramos seco e úmido da curva de compactação. Ressaltase, entretanto, que uma investigação mais abrangente com a realização de mais ensaios de compactação seria necessária para consistência dessa conclusão. Considerando a observação obtida nesse ensaio, é possível para pequenos barramentos a utilização do consumo menor de água no solo a ser compactado. Esse aspecto é importante, já que os pequenos barramentos são executados no período de estiagem e o fornecimento de água pode ficar bastante “comprometido”. 106 Com o objetivo de estudar a energia de compactação do solo analisado, inicialmente determinou-se o grau de saturação. A Figura 60 apresenta a curva de compactação (26 golpes) com linhas de diferentes valores de grau de saturação. No ponto ótimo tem-se a linha de 91%. Figura 60 - Curva de compactação com saturação. CURVA DE COMPACTAÇÃO - 26 GOLPES 2,40 Massa específica (g/cm³) 2,30 2,20 2,10 Curva de Compactação 2,00 91% 1,90 100% 1,80 80% 1,70 70% 1,60 1,50 1,40 1,30 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Umidade (%) Fonte: Autor, 2013 Da Figura 59 pode-se obter uma linha de tendência e uma equação que relaciona a energia de compactação e a massa específica seca máxima (Figura 61). Figura 61 - Energia de compactação x Massa específica seca máxima Fonte: Autor, 2013 A partir da equação obtida pela linha de tendência foi possível estimar a massa específica seca máxima do solo para 30, 35, 40 e 45 golpes de compactação. Sendo a energia de compactação do solo obtida através da seguinte expressão: 107 EC n N H P (kg.cm/cm³) V (39) Onde: n - número de camadas de compactação; N - número de golpes por camada; H - altura de queda do soquete (cm); P - peso do soquete (kg); V - volume de solo compactado; Entendendo que o ponto máximo das curvas de compactação para 30, 35, 40 e 45 golpes deve, aproximadamente, coincidir com a curva de grau de saturação de 91%, foram estimadas a partir deste ponto coincidente, as possíveis curvas de compactação, tentando manter a forma da curva normal (Figura 60): Figura 62 - Curvas de compactação para diferentes golpes. 91% 26 golpes 20 golpes 30 golpes 35 golpes 40 golpes 45 golpes 15 golpes 10 golpes 2,00 1,90 Massa específica (g/cm³) 1,80 1,70 1,60 1,50 1,40 1,30 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Umidade (%) Fonte: Autor, 2013 A partir da construção destas curvas de compactação foi possível também estimar qual a curva que melhor representa o solo analisado, e em seguida estimar a energia de compactação adotada (Tabela 20). 108 Tabela 20 - Energia de compactação para o solo analisado. Massa específica (g/cm³) Umidade (%) Consumo de água (m³) para 100 m³ de aterro Energia de Compactação (kg.cm/cm³) 1,35 5 6,75 - 1,35 8 10,8 3,61 1,35 9,6 12,96 2,26 1,45 5 7,25 - 1,45 8 11,6 6,77 1,45 9,6 13,92 3,16 1,55 5 7,75 - 1,55 8 12,4 10,16 1,55 9,6 14,88 5,87 Fonte: Autor, 2013 Percebe-se na Tabela 20, que não foi possível estimar a energia de compactação para as amostras com umidade igual a 5%, pois a equação da Figura 61 não representa com realismo a curva estimada de compactação dessas amostras. Quanto aos resultados apresentados na Tabela 20 conclui-se, conforme esperado, que existe uma relação indireta entre a umidade e a energia de compactação. Com isso, dependendo das condições locais onde será construída uma pequena barragem, pode-se optar por reduzir a quantidade de água empregada em sua construção, o que acarreta um maior custo de compactação do maciço ou também, optar em aumentar a quantidade de água, diminuindo o custo para compactar a barragem. 4.7.2 Adensamento duplo Analisando os resultados dos ensaios duplos, algumas conclusões importantes também podem ser obtidas. Inicialmente verificou-se, nas amostras não inundadas, que para um mesmo valor de massa específica seca, a variação de umidade entre 5% e 9,6% não provoca mudança significativa de rigidez do solo. Isso significa que um pequeno barramento (barragem experimental em Quixadá, por exemplo) compactado com 8% de umidade poderia resultar numa diminuição do consumo de água em torno de 2,3m³ para cada 100 m³ de aterro executado, quando comparado com o maciço compactado com 9,6% de umidade. 109 Os ensaios mostraram que a rigidez do solo aumenta muito nos primeiros carregamentos e em seguida ocorre uma certa linearidade para tensões mais altas com relação a deformação. Com isso observou-se que o potencial de colapso aumenta sem apresentar um pico, o que provavelmente deve ocorrer para tensões bem mais elevadas. Na Tabela 14 e Figuras 42 e 43 observa-se para os corpos de prova inundados, com valor de massa específica seca igual 1,35g/cm³ e umidades de 5%, 8% e 9,6%, que com o aumento da tensão aplicada no ensaio de adensamento, há uma tendência das curvas convergirem. Analisando-se, também, as Tabelas 15 e 16 e as Figuras 44, 45, 46 e 47 que tratam dos ensaios para massas específicas secas iguais a 1,45g/cm³ e 1,55g/cm³, têm-se as mesmas conclusões descritas anteriormente para 1,35g/cm³. Os resultados obtidos através desses ensaios podem ser analisados utilizando o conceito de módulo de elasticidade oedométrico, calculado através da equação: Eed (40) Onde: E ed - módulo de elasticidade oedométrico - Variação da tensão; - Variação da deformação específica; Os valores encontrados para os módulos de elasticidade oedométrico serão apresentados nas Tabelas 21,22 e 23. 110 Tabela 21 - Módulo de elasticidade oedométrico – 5% de umidade. Massa específica de 1,35 g/cm³ 5% de Umidade 5% - Inundado Variação de Tensão (kPa) Variação da Deformação específica Variação da Deformação específica Mód. Elasticidade Oedométrico (b) kPa 12 0,0045 2666,67 12 0,0265 452,83 25 0,0047 5319,15 25 0,0187 1336,90 50 0,00765 6535,95 50 0,01615 3095,98 100 0,012 8333,33 100 0,0361 2770,08 200 0,02 10000,00 200 0,09 2222,22 Mód. Elasticidade Variação de Oedométrico (a) Tensão kPa (kPa) Massa específica de 1,45 g/cm³ 5% de Umidade 5% - Inundado Variação de Tensão (kPa) Variação da Deformação específica Variação da Deformação específica Mód. Elasticidade Oedométrico (b) kPa 12 0,00345 3478,26 12 0,02295 522,88 25 0,0017 14705,88 25 0,0188 1329,79 50 0,00395 12658,23 50 0,01975 2531,65 100 0,0067 14925,37 100 0,03225 3100,78 200 0,01465 13651,88 200 0,07575 2640,26 Mód. Elasticidade Variação de Oedométrico (a) Tensão kPa (kPa) Massa específica de 1,55 g/cm³ 5% de Umidade 5% - Inundado Variação de Tensão (kPa) Variação da Deformação específica Variação da Deformação específica Mód. Elasticidade Oedométrico (b) kPa 12 0,00135 8888,89 12 0,02265 529,80 25 0,00175 14285,71 25 0,0282 886,52 50 0,0232 2155,17 50 0,04015 1245,33 100 0,00535 18691,59 100 0,0489 2044,99 200 0,0087 22988,51 200 0,0448 4464,29 Fonte: Autor, 2013 Mód. Elasticidade Variação de Oedométrico (a) Tensão kPa (kPa) 111 Tabela 22 - Módulo de elasticidade oedométrico – 8% de umidade. Massa específica de 1,35 g/cm³ 8% de Umidade 8% - Inundado Variação de Tensão (kPa) Variação da Deformação específica Mód. Elasticidade Oedométrico (a) kPa Variação de Tensão (kPa) Variação da Deformação específica Mód. Elasticidade Oedométrico (b) Kpa 12 0,0019 6315,79 12 0,0362 331,49 25 0,00295 8474,58 25 0,03705 674,76 50 0,00535 9345,79 50 0,04625 1081,08 100 0,00975 10256,41 100 0,0409 2444,99 200 0,017 11764,71 200 0,03765 5312,08 Massa específica de 1,45 g/cm³ 8% de Umidade 8% - Inundado Variação de Tensão (kPa) Variação da Deformação específica Mód. Elasticidade Oedométrico (a) kPa Variação de Tensão (kPa) Variação da Deformação específica Mód. Elasticidade Oedométrico (b) kPa 12 0,00195 6153,85 12 0,0315 380,95 25 0,00265 9433,96 25 0,03255 768,05 50 0,0039 12820,51 50 0,04215 1186,24 100 0,0055 18181,82 100 0,0394 2538,07 200 0,0085 23529,41 200 0,05745 3481,29 Massa específica de 1,55 g/cm³ 8% de Umidade 8% - Inundado Variação de Tensão (kPa) Variação da Deformação específica Mód. Elasticidade Oedométrico (a) kPa Variação de Tensão (kPa) Variação da Deformação específica Mód. Elasticidade Oedométrico (b) kPa 12 0,00085 14117,65 12 0,0135 888,89 25 0,0029 8620,69 25 0,017 1470,59 50 0,00405 12345,68 50 0,0253 1976,28 100 0,0064 15625,00 100 0,03495 2861,23 200 0,0097 20618,56 200 0,03575 5594,41 Fonte: Autor, 2013 112 Tabela 23 - Módulo de elasticidade oedométrico – 9,6% de umidade. Massa específica de 1,35 g/cm³ 9,6% de Umidade 9,6% - Inundado Variação de Tensão (kPa) Variação da Deformação específica Mód. Elasticidade Edométrico (a) kPa Variação de Tensão (kPa) Variação da Deformação específica Mód. Elasticidade Edométrico (b) kPa 12 0,00075 16000,00 12 0,01805 664,82 25 0,0011 22727,27 25 0,02275 1098,90 50 0,00175 28571,43 50 0,03135 1594,90 100 0,00385 25974,03 100 0,03675 2721,09 200 0,0137 14598,54 200 0,03605 5547,85 Massa específica de 1,45 g/cm³ 9,6% de Umidade 9,6% - Inundado Variação de Tensão (kPa) Variação da Deformação específica Mód. Elasticidade Oedométrico (a) kPa Variação de Tensão (kPa) Variação da Deformação específica Mód. Elasticidade Oedométrico (b) kPa 12 0,00045 26666,67 12 0,0127 944,88 25 0,00095 26315,79 25 0,02875 869,57 50 0,00165 30303,03 50 0,03715 1345,90 100 0,00425 23529,41 100 0,0379 2638,52 200 0,0098 20408,16 200 0,03635 5502,06 Massa específica de 1,55 g/cm³ 9,6% de Umidade 9,6% - Inundado Variação de Tensão (kPa) Variação da Deformação específica Mód. Elasticidade Oedométrico (a) kPa Variação de Tensão (kPa) Variação da Deformação específica Mód. Elasticidade Oedométrico (b) kPa 12 0,00035 34285,71 12 0,0062 1935,48 25 0,0004 62500,00 25 0,01225 2040,82 50 0,00105 47619,05 50 0,03355 1490,31 100 0,0015 66666,67 100 0,04635 2157,50 200 0,0025 80000,00 200 0,04115 4860,27 Fonte: Autor, 2013 113 Os resultados dos módulos de elasticidade oedométrico dos ensaios de adensamento duplo estão de acordo com o esperado, pois os corpos de prova inundados apresentaram módulos de elasticidade menores. O gráfico da Figura 63 ilustra o comportamento do módulo de elasticidade oedométrico no ensaio de adensamento duplo para a amostra com massa específica seca de 1,35g/cm³ e umidade de 5%. Figura 63 - Módulo de Elasticidade Edométrico – massa específica seca de 1,35g/cm³ e w = 5% módulo de elasticidad e edométrico kPa Módulo de elasticidade edométrico 12000,00 10000,00 8000,00 5% 6000,00 5% - Inundado 4000,00 2000,00 0,00 0 50 100 150 200 250 Variação da Tensão Fonte: Autor, 2013 Percebe-se que o módulo de elasticidade oedométrico no corpo de prova inundado tende a valores constantes com o aumento da variação de tensão e observa-se nas Tabelas 21, 22 e 23 que os corpos de prova (s/inundação) tendem a ter valores de módulo de elasticidade oedométrico mais elevados, quando ocorre um aumento da massa específica do solo. 4.7.3 Adensamento Simples O ensaio de adensamento simples realizado apresenta diversos resultados que merecem ser discutidos. Analisando os dados da Tabela 17, 18 e 19 e as Figuras 52, 53 e 54 pode-se concluir que para um mesmo valor de massa específica seca do solo, a variação de umidade não provoca mudança significativa no colapso do solo e, também não influencia, significativamente, os valores das deformações específicas. 114 Os ensaios de adensamento simples mostraram que o aumento no valor da massa específica seca do solo provoca uma redução em seu colapso. A Tabela 24 apresenta os coeficientes CP (Potencial de colapso – item 2.3.8.1) e as respectivas classificações propostas por Jennings e Knight (1975) para o problema da colapsividade. Tabela 24 - Classificação da colapsividade segundo Jenning e Knight (1975) Massa especifica seca máxima (g/cm³) Umidade (%) CP (%) Classificação 1,35 5 19,0 problema grave 1,45 5 14,8 problema grave 1,55 5 8,0 problemático 1,35 8 18,7 problema grave 1,45 8 13,6 problema grave 1,55 8 8,4 problemático 1,35 9,6 20,3 problema muito grave 1,45 9,6 14,0 problema grave 1,55 9,6 7,1 problemático Fonte: Autor, 2013 Nessa tabela nota-se, conforme já mencionado anteriormente, que a variação da umidade do solo ensaiado para um mesmo valor de massa específica seca não provoca mudança significativa no seu colapso. Desse modo, a partir da Tabela 24, observa-se que o colapso diminui quando o valor da massa específica seca aumenta de 1,35g/cm³ para 1,55g/cm³, conforme previsto. A classificação proposta por Lutenegger e Saber (1988) para avaliar o grau de severidade do colapso, através do coeficiente I, é apresentada na Tabela 25. 115 Tabela 25 - Classificação da colapsividade segundo Lutenegger e Saber (1988) Massa especifica seca máxima (g/cm³) Umidade (%) I (%) Grau de severidade ao colapso 1,35 5 19,9 alto 1,45 5 15,1 alto 1,55 5 8,2 moderado - alto 1,35 8 19,1 alto 1,45 8 13,8 alto 1,55 8 8,4 moderado - alto 1,35 9,6 20,7 alto 1,45 9,6 14,3 alto 1,55 9,6 7,2 moderado - alto Fonte: Autor, 2013 Os resultados obtidos na Tabela 25 também mostraram que com o aumento da massa específica do solo, menor é o grau de severidade provocado pelo fenômeno do colapso. Outra conclusão importante dos ensaios de adensamento simples foi a verificação da velocidade de colapso, onde se constatou elevados valores nas duas primeiras leituras dos ensaios (6s e 12s). Desse modo, se confirma o fenômeno do colapso, ou seja, ocorre uma brusca perda de resistência do solo, associada a uma grande deformação. A amostra de solo ensaiada com massa específica de 1,45 g/cm³ e umidade de 8% demonstrou para as duas primeiras leituras velocidades, respectivamente, iguais a 25,75 mm/min. e 0,28 mm/min. O gráfico da Figura 64 mostra a velocidade de colapso deste ensaio, do qual foram retirados os resultados das duas primeiras leituras com o intuito de tornar o gráfico mais claro. 116 Figura 64 - Velocidade de colapso – massa específica seca =1,45g/cm³ e w=8% Fonte: Autor, 2013 Por fim, observa-se que a velocidade de colapso nas amostras estudadas é reduzida quando se aumenta o valor da massa específica seca do solo. Nos anexos são apresentados os resultados dos ensaios de adensamento simples. 4.8 Considerações Finais Neste capítulo foram apresentados os resultados dos ensaios de laboratório realizados com o solo coletado de uma jazida, localizada no município de Quixadá. Durante a pesquisa realizou-se os seguintes ensaios: granulometria, limite de liquidez, limite de plasticidade, compactação, oedométrico simples (adensamento simples) e oedométrico duplo (adensamento duplo). Os ensaios de granulometria e dos limites de consistência mostraram que o solo analisado é do tipo SC, normalmente empregado na construção de barragens de terra homogêneas. Já nos ensaios de compactação do solo da jazida verificou-se que quando o número de golpes aplicado por camada é superior a 15, existe um pequeno aumento (de 1,82g/cm³ para 1,84g/cm³) no valor da massa específica seca máxima do solo. 117 Através dos ensaios de compactação comprovou-se, para o solo pesquisado, que quando se altera o número de golpes de 15 para 26, o acréscimo no valor da massa específica é de 1%, ou seja, a redução de 42% da energia de compactação provoca apenas uma pequena diminuição no valor da massa específica. Analisando as amostras não inundadas nos ensaios de adensamento duplo verificou-se que para um mesmo valor de massa específica seca, a variação de umidade entre 5% e 9,6% não provoca mudança significativa de rigidez do solo. Significa dizer que uma barragem compactada com 8% de umidade, ao invés de 9,6%, pode gerar uma economia no consumo de água em torno de 2,3m³ para cada 100m³ de aterro executado. O ensaio duplo foi analisado sob o ponto de vista do módulo de elasticidade oedométrico. Os corpos de prova que não sofreram inundações tendem a ter módulos de elasticidade oedométrico mais elevado com o aumento da massa específica. Conclui-se do adensamento simples, que em relação ao solo analisado, a variação de umidade não provoca redução ou aumento significativo nas deformações específicas na fase de colapso do solo e, também, que a colapsividade diminui com o aumento da massa específica do solo. Portanto, a análise realizada do potencial de colapso proposto por Jennings e Knight (1975) e Lutenegger e Saber (1988) para este solo tem reforçado a conclusão do estudo. Por fim, obteve-se do ensaio de adensamento simples que a velocidade do colapso do solo ensaiado é muito maior nos primeiros 12 segundos, devido a uma brusca perda de resistência do solo, associada a uma grande deformação característica do colapso. Com o aumento do valor da massa específica do solo verificou-se a diminuição da velocidade de colapso, conforme previsto. 118 CAPÍTULO 5 5 5.1 MODELAGEM DE UMA BARRAGEM EXPERIMENTAL Introdução Na propriedade da Universidade Federal do Ceará, no município de Quixadá, precisamente na Fazenda Lavoura Seca, foi construída em 2012 uma barragem de terra experimental (Figura 65) como parte do projeto: “Metodologia para a construção de barragem de baixo custo”, financiado com recursos do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Figura 65 - Barragem experimental - Quixadá Fonte: Autor, 2013 O material empregado na construção do maciço foi o mesmo utilizado na realização dos ensaios. Desse modo, realizou-se uma modelagem numérica de fluxo e equilíbrio com os programas Slide 6.0 e UNSTRUCT para previsão do comportamento tensão x deformação (colapso) da barragem experimental. A seção transversal da barragem proposta por Miranda (1988) é constituída de um núcleo com material compactado na umidade ótima e com energia Proctor Normal e os espaldares compactados no ramo seco da curva de compactação. 119 O objetivo da modelagem foi verificar a eficiência do maciço construído com redução de custos (diminuição de terraplenagem) e redução do consumo de água, que se torna uma solução importante para construção de pequenas barragens no semiárido. 5.2 Dados da Barragem experimental A barragem experimental possui um desenvolvimento longitudinal de 73,5m. O volume total de solo compactado no maciço foi de aproximadamente 1.900m³. Os taludes de montante e jusante possuem inclinações a partir do coroamento de 1,5(H):1V. A cota do coroamento é 208,24m, a largura é de 2,70m e a altura máxima é de 4,56m. Na figura 66 é apresentada a seção máxima do maciço. Figura 66 - Seção máxima da Barragem experimental Fonte: Melo Neto, 2013. 5.3 Análise de Fluxo (SLIDE) Foi realizada uma análise de fluxo transiente para o enchimento da Barragem através do programa Slide 6.0 da Rocscience. O objetivo do estudo era avaliar a transiência do fluxo de água no maciço com o enchimento, dessa forma simplificou-se a seção analisada com a retirada da fundação e do aluvião. A seguir apresenta-se a seção utilizada no software: 120 Figura 67 - Seção utilizada na análise de fluxo transiente – Slide 6.0 Fonte: Autor, 2013 A permeabilidade utilizada na simulação foi de 10-7m/s no núcleo do barramento e de 10-6m/s em seus espaldares. O valor de permeabilidade adotada no núcleo foi determinado em laboratório por Pessoa (2013). Adotou-se uma permeabilidade para os espaldares de 10 vezes maior do que a do núcleo, pois, segundo Lambe (1958b), quando o solo é compactado no ramo seco da curva de compactação, a sua permeabilidade pode ter um acréscimo de até 100 vezes em seu valor, comparado com a permeabilidade encontrada na compactação do solo na energia normal (Figura 68). Figura 68 - Compactação e permeabilidade para uma areia argilosa na Jamaica Fonte: Lambe (1958b). 121 A sucção inicial utilizada na barragem foi de 950 kPa, obtida através da curva de sucção x umidade desenvolvida por Melo Neto (2013) para o mesmo material utilizado na construção da barragem. Sabendo-se que a bacia hidráulica (52.197,00m²) e capacidade de armazenamento de água (125.357,00 m³) do lago são pequenas, pode-se admitir em termos de modelagem que o enchimento do reservatório acontece instantaneamente. As Figuras 69 a 71 mostram a evolução do fluxo no maciço da barragem após o seu enchimento. As análises foram realizadas para os seguintes períodos: 15, 30, 60 e 240 dias após o enchimento da Barragem. . Figura 69 - Linha freática – 15 dias após o enchimento. Linha Freática Fonte: Autor, 2013 122 Figura 70 - Linha freática – 30 dias após o enchimento. Linha Freática Fonte: Autor, 2013 123 Figura 71 - Linha freática – 60 dias após o enchimento. Linha Freática Fonte: Autor, 2013 124 Figura 72 - Linha freática – 240 dias após o enchimento. Linha Freática Fonte: Autor, 2013 125 126 Na Figura 72 percebe-se que a barragem chega à condição estacionária após 240 dias (8 meses) do enchimento e, também, que o núcleo do maciço compactado na energia normal trabalha como um núcleo impermeável, permitindo que o fluxo no interior do maciço aconteça com razoável segurança. 5.4 Análise de Tensão x Deformação (UNSTRUCT) Para estudar as tensões e deformações do solo, com a utilização do programa UNSTRUCT, foram utilizados para os espaldares os dados do ensaio oedométrico duplo correspondente a uma massa específica seca de 1,55g/cm³ e umidade de 9,6% (Ramo seco). Já para o núcleo do maciço foi utilizado os dados da energia normal de compactação e umidade ótima, sendo todas essas condições semelhantes às adotadas na construção do aterro experimental. A análise realizada admitiu que o comportamento tensão-deformação do solo poderia ser considerado linear devido à pequena faixa de tensões, pois a barragem tem menos de 5 metros de altura máxima. Também, adotou-se impedimento de deslocamento em ambas as direções na base do maciço. Os dados correspondentes às sucções matriciais do maciço foram calculados pelo programa SLIDE 6.0 e as variações de umidade foram obtidas a partir da curva de umidade x sucção elaborada por Melo Neto (2013). Por simplificação, a malha de elementos utilizada para a análise com o programa UNSTRUCT teve sua densidade suavizada, sendo constituída de 78 elementos e 96 nós. A Figura 73 apresenta a seção estudada. Figura 73 - Malha da seção analisada no UNSTRUCT. Fonte: Autor, 2013 127 Os resultados das simulações do programa UNSTRUCT, imediatamente após o enchimento da barragem e do fluxo transiente no maciço para 15, 30, 60 e 240 dias, foram: Figura 74 - Deformação para 15 dias. Fator de aumento de deslocamento - 15. Nó 28 7,0 MALHA INDEFORMADA MALHA DEFORMADA 6,0 Nó 34 Nó 23 Altura (m) 5,0 4,0 3,0 2,0 Elemento 42 1,0 Elemento 76 Elemento 15 0,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0 17,0 18,0 19,0 Distância (m) Fonte: Autor, 2013 Figura 75 - Deformação para 30 dias. Fator de aumento de deslocamento - 15. 7,0 MALHA INDEFORMADA MALHA DEFORMADA 6,0 Altura (m) 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 Distância (m) Fonte: Autor, 2013 11,0 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0 17,0 18,0 19,0 128 Figura 76 - Deformação para 60 dias. Fator de aumento de deslocamento - 15. 7,000 MALHA INDEFORMADA MALHA DEFORMADA 6,000 Altura (m) 5,000 4,000 3,000 2,000 1,000 0,000 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0 17,0 18,0 19,0 Distância (m) Fonte: Autor, 2013 Figura 77 - Deformação para 240 dias. Fator de aumento de deslocamento - 15. 7,0 MALHA INDEFORMADA MALHA DEFORMADA 6,0 Altura (m) 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0 17,0 Distância (m) Fonte: Autor, 2013 Tabela 26 - Deformações como o avanço do fluxo Nó analisado 34 Descricão 28 23 ux (m) uy (m) ux (m) uy (m) ux (m) uy (m) Final de Construção 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 15 dias -0,003 -0,022 -0,002 -0,001 0,000 0,000 30 dias -0,003 -0,022 -0,001 -0,001 0,001 -0,004 60 dias -0,003 -0,022 0 -0,002 0,003 -0,019 240 dias -0,003 -0,022 0 -0,002 0,004 -0,022 Localização dos nós Fonte: Autor, 2013 Superfície de montante Superfície do coroamento Superfície de jusante 18,0 19,0 129 Tabela 27 - Desenvolvimento das tensões e poropressões – Elemento 42 Elemento 42 Descricão (σ1 - ua ) ou (σ1 - uw ) (σ3 - ua ) ou (σ3 - uw ) (σz - ua ) ou (σz - uw ) (ua - uw ) ou uw Final de Construção 23,770 6,310 9,040 -924,400 15 dias 17,57 5,51 8,09 28 30 dias 17,3 5,45 7,97 28,1 60 dias 17,16 5,43 7,91 28,1 240 dias 17,12 5,39 7,88 28,2 Localização do elemento Montante Fonte: Autor, 2013 Tabela 28 - Desenvolvimento das tensões e poropressões – Elemento 15 Elemento 15 Descricão (σ1 - ua ) ou (σ1 - uw ) (σ3 - ua ) ou (σ3 - uw ) (σz - ua ) ou (σz - uw ) (ua - uw ) ou uw Final de Construção 38,510 15,590 16,280 -914,400 15 dias 35,240 15,760 15,320 -924,200 30 dias 23,17 9,87 10,22 -758,5 60 dias 21,58 4,93 9,06 -151,8 240 dias 21,61 4,84 9,25 4,3 Localização do elemento Jusante Fonte: Autor, 2013 Tabela 29 - Desenvolvimento das tensões e poropressões – Elemento 76 Elemento 76 Descricão (σ1 - ua ) ou (σ1 - uw ) (σ3 - ua ) ou (σ3 - uw ) (σz - ua ) ou (σz - uw ) (ua - uw ) ou uw Final de Construção 52,010 18,330 21,170 -912,900 15 dias 63,020 25,580 31,020 1,600 30 dias 64,53 26,65 31,91 10,1 60 dias 65,35 27,1 32,34 10,6 240 dias 65,41 27,16 32,38 17,3 Localização do elemento Fonte: Autor, 2013 Núcleo 130 Percebe-se nas Figuras 74 e 75, respectivamente 15 e 30 dias, que após o enchimento, o colapso ocorre no espaldar de montante do aterro, não se propagando ao núcleo impermeável já que esse foi bem compactado e ao espaldar de jusante tendo em vista a frente de saturação não ter atingido estes trechos. Na Figura 76, que se refere aos 60 dias após o enchimento, observa-se que o colapso também acontece no espaldar de jusante, mas o núcleo da barragem não colapsou, pois foi compactado na energia Proctor Normal com a umidade ótima (14,7%). Portanto, embora o colapso tenha ocorrido nos espaldares, à barragem não se rompe, uma vez que não houve a propagação das deformações de colapso de montante para jusante do maciço. Na Figura 77, que representa 240 dias após o enchimento da barragem (regime estacionário), pode-se também verificar que o colapso não ocorre no núcleo do aterro experimental, não comprometendo a segurança da barragem. Na Tabela 26, percebe-se que o colapso no talude de montante ocorre nos primeiros dias (15 dias) após o enchimento da barragem, não tendo suas deformações aumentadas com o avanço da linha de saturação. Diferentemente, o talude de jusante sofre um acréscimo nas deformações com o progresso do fluxo. Quanto ao núcleo da barragem, os deslocamentos sofridos tiveram resultados insignificantes devido ao colapso que ocorreu nos espaldares. A Tabela 27 mostra que o elemento localizado no espaldar de montante sofre redução no valor da tensão efetiva durante os primeiros 15 dias após o enchimento da barragem, permanecendo praticamente constante com o avanço da linha de saturação. Já o elemento localizado do lado de jusante do aterro (Tabela 28) apresenta decréscimos nas tensões efetivas como o avanço do fluxo no maciço. Por fim, na Tabela 29, nota-se que o avanço da linha de saturação no aterro não provoca mudanças significativas nas tensões efetivas do elemento 76 localizado no núcleo, trecho bem compactado da barragem. Dessa forma, comprovou-se com a construção do aterro experimental que os procedimentos propostos por Miranda (1988) de compactar o núcleo da barragem com a energia normal e os espaldares no ramo seco da curva de compactação, não ocasiona a ruptura da barragem. 131 As fotografias comprovam que apesar do colapso ocorrido nos espaldares da barragem, o núcleo não colapsou. Figura 78 - Foto da parte central da Barragem - Núcleo. Fonte: Autor, 2013 Figura 79 - Rachaduras no talude provocada pelo colapso . Fonte: Autor, 2013 A compactação dos espaldares no ramo seco da curva de compactação com valor de umidade de 9,6% proporciona uma economia de água de aproximadamente 12,00m³ para cada 100m³ de aterro executado, comparando com o maciço compactado na umidade ótima (14,7%). Fator relevante para o Nordeste Brasileiro, que sofre com a escassez desse recurso natural. 132 CAPÍTULO 6 6 CONCLUSÕES E PROPOSTAS PARA PESQUISAS FUTURAS Esta pesquisa foi realizada com o objetivo de estudar o comportamento, tensão-deformação dos solos não saturados compactados colapsíveis para diferentes umidades e massas específicas, para em seguida realizar a modelagem numérica (UNSTRUCT) de uma barragem experimental a partir dos resultados dos ensaios de adensamento duplo. A seguir as conclusões obtidas durante a realização da pesquisa e algumas sugestões que podem ser seguidas. 6.1 Ensaios em Laboratórios Neste trabalho foram apresentados os resultados dos ensaios realizados com amostras coletadas em uma jazida localizada no município de Quixadá, no estado do Ceará, que foi o mesmo material utilizado na construção da Barragem Experimental. Realizaram-se os seguintes ensaios: granulometria por peneiramento e sedimentação, consistência do solo, compactação a diferentes energias, adensamento simples e duplo. Os ensaios de adensamentos foram realizados com amostras com baixos valores de massa específica seca e umidade, sem controle de energia de compactação. Entretanto, foi determinada uma curva de ótimos que posteriormente foi usada para estimar as energias correspondentes dos corpos de provas usados nos ensaios de adensamento. O solo analisado é do tipo SC (areia argilosa), normalmente empregado na construção de barragens homogêneas. Pode-se verificar, para este solo, que quando se altera o número de golpes aplicados por camada de 15 para 26, o acréscimo no valor da massa específica é de apenas 1%, ou seja, a redução de 42% da energia de compactação provoca apenas uma pequena diminuição no valor da massa específica. Dessa forma, pode-se reduzir o custo de terraplenagem. Dos ensaios de adensamento duplo realizados conclui-se que, para as amostras não inundadas, a compactação com umidade entre 5% e 9,6% para um 133 mesmo valor de massa específica seca do solo não provoca mudança significativa em sua rigidez, apesar dos valores diferentes de sucção. Significa dizer que uma barragem compactada com 8% de umidade, ao invés de 9,6%, pode gerar uma economia no consumo de água em torno de 2,3m³ para cada 100m³ de aterro executado. Os adensamentos simples também mostraram que a variação de umidade de compactação não provoca redução ou aumento significativo nas deformações específicas na fase de colapso do solo e que a colapsividade diminui com o aumento da massa específica do solo. Desse modo, a análise realizada do potencial de colapso proposto por Jennings e Knight (1975) e Lutenegger e Saber (1988) para este solo reforça essa conclusão. Verificou-se também que a velocidade do colapso do solo analisado é muito maior nos primeiros 12 segundos do ensaio devido a uma brusca perda de resistência do solo, associada a uma grande deformação característica do colapso. Outra conclusão obtida foi que o aumento do valor da massa específica do solo provocou uma diminuição da velocidade do colapso, conforme já era previsto. 6.2 Modelagem Numérica – Slide 6.0 e UNSTRUCT A parte da pesquisa que trata da modelagem numérica de fluxo e equilíbrio foi realizada com o auxílio dos programas Slide 6.0 e UNSTRUCT, para previsão do comportamento tensão x deformação da Barragem experimental, construída em Quixadá. A seção transversal do aterro experimental analisada foi construída segundo a proposta de Miranda(1988), ou seja, a barragem é bem compactada em seu núcleo e os espaldares são compactados no ramo seco da curva de compactação. Na modelagem realizada foram utilizados os dados referente ao ensaio de adensamento duplo para massa específica de 1,55g/cm³ e umidade de 9,6% para os espaldares do aterro. Já para o núcleo da barragem admitiu-se que o mesmo foi compactado na umidade ótima. Os resultados alcançados na pesquisa mostram que o colapso ocorre nos espaldares do maciço, mas que o núcleo da barragem não 134 colapsa, garantindo, assim, que as deformações de colapso não se propagam de montante para jusante do maciço. Desse modo, a construção de uma barragem nos moldes proposto por Miranda (1988) pode proporcionar uma economia de água de 12,00m³ para cada 100m³ de aterro executado (espaldares), sem comprometer a segurança do maciço, sendo fator relevante para regiões semiáridas, já que estas sofrem com escassez de água. 6.3 Pesquisas Futuras Apesar das importantes conclusões, obtidas na presente pesquisa, restam ainda algumas investigações a serem realizadas para consolidação dos avanços deste trabalho. Assim apresentam-se as seguintes sugestões para as pesquisas futuras: Ampliar o número de ensaios de laboratório em amostras compactadas com diferentes energias e umidades usando amostras coletadas de várias partes do estado do Ceará; Realizar mais ensaios em amostras coletadas “in situ” e indeformadas na construção das pequenas barragens; Realizar o monitoramento das poropressões, sucção e deslocamento do maciço durante o enchimento da barragem experimental, e; Utilizar o programa UNSTRUCT para simular o enchimento e comparar com os resultados de campo. 135 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALONSO, E.E, GENS, A. e HIGHT, D.W. Special problem soils – General Report, Proceedings, IX European Conf. on Soil Mech. and Found. Engineering, Dublin, 1987. ALONSO, E. E., GENS, A. & JOSA, A. A Constitutive Model For Partially Saturated Soils. Géotechnique, Vol. 40, N. 3, 1990, 405 – 430. ALONSO, E.E. 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Collapsible Soils: State-of-the-Art, Proceedings, Highway Geology Symposium, vol.26, 1975, p.205-219. VARGAS, M., Introdução a Mecânica dos Solos, Mc. Graw-Hill do Brasil – Ed. Da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1977. 138 ANEXOS – RESULTADOS DOS ENSAIOS A.1 - Ensaios de Granulometria Tabela A.1 - Ficha do ensaio de granulometria por peneiramento e sedimentação ANÁLISE GRANULOMÉTRICA COM SEDIMENTAÇÃO OPERAÇÃO DO MATERIAL DETERMINAÇÃO DA UMIDADE Capsula Nº 43 43 peso capsula 25,01 25,01 peso umido + tara 78,81 78,81 peso seco + tara 77,76 77,76 peso da agua 1,05 1,05 peso seco 52,75 52,75 Teor de umidade (h) 1,99 1,99 Umidade média 1,99 Fator de correção 0,9805 43 25,01 78,81 77,76 1,05 52,75 1,99 PENEIRAMENTO DO SOLO GRAÚDO Peneiras M retida M r. acum. passante 50.80 2" 0 0,00 983,68 38.10 1 1/2" 0 0,00 983,68 25,40 1" 0 0,00 983,68 19,10 3/4" 0 0,00 983,68 9,50 3/8" 0 0,00 983,68 4,80 4 29,32 29,32 954,36 2,36 8 0 29,32 954,36 2,00 10 134,51 163,83 819,85 AMOSTRA TOTAL amostra total umida retido nº 10 passando na nº 10 umida agua passando na nº 10 seca amostra total seca 1000 163,83 836,17 1,99 819,85 983,68 AMOSTRA PARA SEDIMENTAÇÃO Massa úmida (Mf) Teor de umidade (h) Massa seca (Mfs) 100 1,99% 98,05 1,20 0,84 0,60 0,42 0,30 0,25 0,175 0,150 0,075 13,72 SEDIMENTAÇÃO 14/3/13 9:58 Data Hora Peneira (mm) DENSÍMETRO Nº Tempo Temperatur em a segundos ºC 30 seg 1 minuto 2' 4' 8' 15' 30' 1 hora 2h 4h 8h 24 h Fonte: Autor, 2013. 30 60 120 240 480 900 1800 3600 7200 14400 28800 86400 25,5 25,5 25,5 25,5 25,5 25,5 25 24,5 24 24 24 24 Leitura L 1,0300 1,0290 1,0270 1,0260 1,0250 1,0240 1,0230 1,0220 1,0220 1,0210 1,0200 1,0130 Leitura Calibr. Ld 1,00247 1,00247 1,00247 1,00247 1,00247 1,00247 1,00254 1,00261 1,00269 1,00269 1,00269 1,00269 16 20 30 40 50 60 80 100 200 % passa 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 97,02% 97,02% 83,35% PENEIRAMENTO DO SOLO MIÚDO Massa Massa % passa % passa Massa Retida ret.acum. passante parcial total 3,52 3,52 94,53 96,41% 80,35% 2,67 6,19 91,86 93,69% 78,08% 4,05 10,24 87,81 89,56% 74,64% 5,6 15,84 82,21 83,84% 69,88% 6,16 22,00 76,05 77,56% 64,64% 0 22,00 76,05 77,56% 64,64% 11,68 33,68 64,37 65,65% 54,72% 3,53 37,21 60,84 62,05% 51,72% 9,81 47,02 51,03 52,04% 43,38% 30758/11 PROVETA Nº 1 Leitura Ø max. % < Ø da Altura Corrigida Em amostra viscosidade Queda água suspensã total a Lc=Lo (mm) Q 0,02873 9,023E-06 13,12 0,9970 0,066 39,4% 0,02773 9,023E-06 13,30 0,9970 0,047 38,0% 0,02573 9,023E-06 13,65 0,9970 0,034 35,3% 0,02473 9,023E-06 12,91 0,9970 0,023 33,9% 0,02373 9,023E-06 13,09 0,9970 0,016 32,6% 0,02273 9,023E-06 13,26 0,9970 0,012 31,2% 0,02166 9,128E-06 13,44 0,9971 0,009 29,7% 0,02059 9,235E-06 13,61 0,9972 0,006 28,2% 0,02051 9,344E-06 13,61 0,9973 0,004 28,1% 0,01951 9,344E-06 13,79 0,9973 0,003 26,8% 0,01851 9,344E-06 13,96 0,9973 0,002 25,4% 0,01151 9,344E-06 15,19 0,9973 0,001 15,8% 139 A.2 - Ensaio de Compactação Tabela A.2 - Ensaio de compactação - 5 Golpes ENSAIO DE COMPACTAÇÃO RESULTADOS: 1,660 g/cm3 MASSA ESPECÍFICA APARENTE SECA MÁXIMA: , UMIDADE ÓTIMA: 17,5 CILINDRO No. 2 No. DE GOLPES 5 P. DA AMOSTRA + CILINDRO (g) PESO DA AMOSTRA (g) VOLUME 997 PESO P.DA AMOSTRA 3000 3463 3629 3845 1483 1649 1865 1,487 1,654 1,871 14 17 99 65,66 47,87 53,62 60,81 44,04 48,59 10,98 12,82 13,22 4,85 3,83 5,03 49,83 31,22 35,37 9,73 12,27 14,22 1,356 1,473 1,638 MASSA ESPECÍFICA ÚMIDA (g/cm3) CÁPSULA No. P.BRUTO ÚMIDO (g) P. BRUTO SECO (g) P.DA CÁPSULA (g) ÁGUA (g) SOLO (g) UMIDADE ( % ) MASSA ESP. SECA (g/cm3) % 1980 3920 1940 1,946 47 56,15 49,98 13,25 6,17 36,73 16,80 1,666 3961 1981 1,987 11 69,95 60,54 12,16 9,41 48,38 19,45 1,663 3916 1936 1,942 61 89,97 76,38 12,32 13,59 64,06 21,21 1,602 Fonte: Autor, 2013. Tabela A.3 - Ensaio de compactação - 10 Golpes ENSAIO DE COMPACTAÇÃO RESULTADOS: 1,730 g/cm3 MASSA ESPECÍFICA APARENTE SECA MÁXIMA: , UMIDADE ÓTIMA: 17,3 % CILINDRO No. 2 VOLUME No. DE GOLPES 10 P.DA AMOSTRA P. DA AMOSTRA + CILINDRO (g) 3464 PESO DA AMOSTRA (g) 1484 1,488 MASSA ESPECÍFICA ÚMIDA (g/cm3) CÁPSULA No. 35 P.BRUTO ÚMIDO (g) 82,80 P. BRUTO SECO (g) 76,76 P.DA CÁPSULA (g) 13,96 ÁGUA (g) 6,04 SOLO (g) 62,80 UMIDADE ( % ) 9,62 1,358 MASSA ESP. SECA (g/cm3) Fonte: Autor, 2013. 997 3753 1773 1,778 2 61,98 56,43 12,73 5,55 43,70 12,70 1,578 PESO 3000 3925 1945 1,951 66 69,15 61,86 12,65 7,29 49,21 14,81 1,699 1980 4008 2028 2,034 22 83,93 73,5 13,26 10,43 60,24 17,31 1,734 3965 1985 1,991 4 89,62 77,98 13,66 11,64 64,32 18,10 1,686 140 Tabela A.4 - Ensaio de compactação - 15 Golpes ENSAIO DE COMPACTAÇÃO RESULTADOS: MASSA ESPECÍFICA APARENTE SECA MÁXIMA: 1,820 g/cm3 , UMIDADE ÓTIMA: 15,3 CILINDRO No. 2 No. DE GOLPES 15 P. DA AMOSTRA + CILINDRO (g) PESO DA AMOSTRA (g) VOLUME 997 PESO P.DA AMOSTRA 3000 3556 3852 4043 1576 1872 2063 1,581 1,878 2,069 46 35 5 72,39 82,61 80,27 67,32 75,22 71,93 13,25 13,94 14,88 5,07 7,39 8,34 54,07 61,28 57,05 9,38 12,06 14,62 1,445 1,676 1,805 MASSA ESPECÍFICA ÚMIDA (g/cm3) CÁPSULA No. P.BRUTO ÚMIDO (g) P. BRUTO SECO (g) P.DA CÁPSULA (g) ÁGUA (g) SOLO (g) UMIDADE ( % ) MASSA ESP. SECA (g/cm3) % 1980 4055 2075 2,081 58 83,72 73,9 14,71 9,82 59,19 16,59 1,785 3983 2003 2,009 6 109,84 94,14 14,17 15,70 79,97 19,63 1,679 Fonte: Autor, 2013. Tabela A.5 - Ensaio de compactação - 20 Golpes ENSAIO DE COMPACTAÇÃO RESULTADOS: MASSA ESPECÍFICA APARENTE SECA MÁXIMA: 1,830 g/cm3 , UMIDADE ÓTIMA: CILINDRO No. 2 No. DE GOLPES 20 P. DA AMOSTRA + CILINDRO (g) PESO DA AMOSTRA (g) MASSA ESPECÍFICA ÚMIDA (g/cm3) CÁPSULA No. P.BRUTO ÚMIDO (g) P. BRUTO SECO (g) P.DA CÁPSULA (g) ÁGUA (g) SOLO (g) UMIDADE ( % ) MASSA ESP. SECA (g/cm3) Fonte: Autor, 2013. 14,60 % VOLUME 997 PESO P.DA AMOSTRA 3000 3563 3830 4026 1583 1850 2046 1,588 1,856 2,052 35 2 66 88,08 56,13 52,64 82,07 51,57 47,89 13,96 12,69 12,65 6,01 4,56 4,75 68,11 38,88 35,24 8,82 11,73 13,48 1,459 1,661 1,808 1980 4073 2093 2,099 22 67,77 60,58 13,28 7,19 47,30 15,20 1,822 4026 2046 2,052 9 87,08 76,17 13,66 10,91 62,51 17,45 1,747 141 Tabela A.6 - Ensaio de compactação - 26 Golpes (Proctor normal) ENSAIO DE COMPACTAÇÃO RESULTADOS: MASSA ESPECÍFICA APARENTE SECA MÁXIMA: 1,840 g/cm3 , UMIDADE ÓTIMA: CILINDRO No. 2 No. DE GOLPES 26 P. DA AMOSTRA + CILINDRO (g) PESO DA AMOSTRA (g) MASSA ESPECÍFICA ÚMIDA (g/cm3) CÁPSULA No. P.BRUTO ÚMIDO (g) P. BRUTO SECO (g) P.DA CÁPSULA (g) ÁGUA (g) SOLO (g) UMIDADE ( % ) MASSA ESP. SECA (g/cm3) Fonte: Autor, 2013. 14,70 % VOLUME 997 PESO P.DA AMOSTRA 3000 3598 3832 3958 1618 1852 1978 1,623 1,858 1,984 14 17 99 72,45 54,94 57,79 67,37 50,75 52,83 10,98 12,82 13,22 5,08 4,19 4,96 56,39 37,93 39,61 9,01 11,05 12,52 1,489 1,673 1,763 1980 4082 2102 2,108 47 71,68 64,18 13,24 7,50 50,94 14,72 1,838 4028 2048 2,054 11 70,45 62,04 12,16 8,41 49,88 16,86 1,758 A.3 - Adensamento Simples – Planilhas e Gráficos Tabela A.7 - Ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 5% Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Figura A.1 - Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,922 20,00 8,8660 19,944 8,796 19,874 8,657 19,74 8,401 19,48 8,008 19,09 4,214 15,29 8,872 19,950 8,8100 19,888 8,68 19,758 8,440 19,52 8,070 19,15 6,250 17,33 3,650 14,73 8,871 19,949 8,8090 19,887 8,679 19,757 8,435 19,51 8,060 19,14 5,050 16,13 3,630 14,71 8,871 19,949 8,8070 19,885 8,674 19,752 8,429 19,51 8,050 19,13 4,890 15,97 3,605 14,68 8,870 19,948 8,8060 19,884 8,671 19,749 8,425 19,50 8,042 19,12 4,730 15,81 3,595 14,67 8,870 19,948 8,8040 19,882 8,67 19,748 8,420 19,50 8,038 19,12 4,530 15,61 3,582 14,66 8,869 19,947 8,8010 19,879 8,668 19,746 8,417 19,50 8,030 19,11 4,300 15,38 3,578 14,66 8,868 19,946 8,8000 19,878 8,664 19,742 8,412 19,49 8,024 19,10 4,231 15,31 3,570 14,65 8,866 19,944 8,8000 19,878 8,661 19,739 8,409 19,49 8,019 19,10 4,225 15,30 3,565 14,64 8,866 19,944 8,7980 19,876 8,659 19,737 8,404 19,48 8,012 19,09 4,219 15,30 3,559 14,64 8,866 19,944 8,7960 19,874 8,657 19,735 8,401 19,48 8,008 19,09 4,214 15,29 3,554 14,63 8,866 19,944 8,7960 19,874 8,657 19,735 8,401 19,48 8,008 19,09 4,214 15,29 3,554 14,63 0,935 0,003 0,929 0,006 0,915 0,013 0,890 0,026 0,852 0,046 0,484 0,235 0,420 0,268 Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 5% Adensamento simples Adensamento simples σv - kPa 1,000 0 0,900 100 200 300 400 500 0 Deformação específica Índice de vazios 0,800 0,700 0,600 0,500 0,400 0,300 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 10 100 log σv - kPa 1000 0,3 Fonte: Autor, 2013. 142 Tabela A.8 - Ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 5% Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Figura A.2 - Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,802 20,00 8,7520 19,950 8,702 19,900 8,621 19,82 8,500 19,70 8,329 19,53 5,377 16,58 8,760 19,958 8,7110 19,909 8,635 19,833 8,521 19,72 8,362 19,56 5,490 16,69 4,630 15,83 8,760 19,958 8,7100 19,908 8,636 19,834 8,519 19,72 8,359 19,56 5,440 16,64 4,595 15,79 8,760 19,958 8,7100 19,908 8,631 19,829 8,516 19,71 8,351 19,55 5,420 16,62 4,565 15,76 8,759 19,957 8,7100 19,908 8,63 19,828 8,513 19,71 8,349 19,55 5,410 16,61 4,550 15,75 8,759 19,957 8,7090 19,907 8,629 19,827 8,511 19,71 8,344 19,54 5,400 16,60 4,540 15,74 8,757 19,955 8,7080 19,906 8,629 19,827 8,509 19,71 8,341 19,54 5,394 16,59 4,532 15,73 8,755 19,953 8,7060 19,904 8,626 19,824 8,509 19,71 8,339 19,54 5,390 16,59 4,528 15,73 8,755 19,953 8,7050 19,903 8,624 19,822 8,505 19,70 8,336 19,53 5,385 16,58 4,521 15,72 8,753 19,951 8,7040 19,902 8,622 19,820 8,501 19,70 8,331 19,53 5,380 16,58 4,518 15,72 8,752 19,950 8,7020 19,900 8,621 19,819 8,500 19,70 8,329 19,53 5,377 16,58 4,514 15,71 8,752 19,950 8,7020 19,900 8,621 19,819 8,500 19,70 8,329 19,53 5,377 16,58 4,514 15,71 0,802 0,002 0,798 0,005 0,791 0,009 0,780 0,015 0,764 0,024 0,497 0,171 0,419 0,214 Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 5% Adensamento simples Adensamento simples σv - kPa 0,900 0 200 300 400 500 0 Deformação específica Índice de vazios 0,800 100 0,700 0,600 0,500 0,400 0,05 0,1 0,15 0,2 0,300 10 100 log σv - kPa 1000 0,25 Fonte: Autor, 2013. 143 Tabela A.9 - Ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 5% Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Figura A.3 - Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,840 20,00 8,6800 19,840 8,661 19,821 8,619 19,78 8,561 19,72 8,490 19,65 6,885 18,05 8,862 20,022 8,6650 19,825 8,622 19,782 8,571 19,73 8,501 19,66 7,980 19,14 6,150 17,31 8,862 20,022 8,6650 19,825 8,622 19,782 8,571 19,73 8,500 19,66 7,920 19,08 6,120 17,28 8,862 20,022 8,6650 19,825 8,622 19,782 8,570 19,73 8,500 19,66 7,800 18,96 6,095 17,26 8,862 20,022 8,6650 19,825 8,622 19,782 8,570 19,73 8,499 19,66 7,650 18,81 6,080 17,24 8,862 20,022 8,6650 19,825 8,621 19,781 8,569 19,73 8,498 19,66 7,430 18,59 6,070 17,23 8,681 19,841 8,6650 19,825 8,621 19,781 8,569 19,73 8,496 19,66 7,220 18,38 6,060 17,22 8,681 19,841 8,6640 19,824 8,621 19,781 8,568 19,73 8,495 19,66 6,930 18,09 6,052 17,21 8,681 19,841 8,6620 19,822 8,62 19,780 8,567 19,73 8,493 19,65 6,895 18,06 6,047 17,21 8,681 19,841 8,6620 19,822 8,619 19,779 8,563 19,72 8,491 19,65 6,889 18,05 6,040 17,20 8,680 19,840 8,6610 19,821 8,619 19,779 8,561 19,72 8,490 19,65 6,885 18,05 6,036 17,20 8,680 19,840 8,6610 19,821 8,619 19,779 8,561 19,72 8,490 19,65 6,885 18,05 6,036 17,20 0,677 0,008 0,675 0,009 0,672 0,011 0,667 0,014 0,661 0,018 0,525 0,098 0,453 0,140 Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 5% Adensamento simples Adensamento simples σv - kPa 0,700 0 0,650 100 200 300 400 500 0 Deformação específica Índice de vazios 0,600 0,550 0,500 0,450 0,400 0,350 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,300 10 100 log σv - kPa 1000 0,14 0,16 Fonte: Autor, 2013. 144 Tabela A.10 - Ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 8% Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Figura A.4 - Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,783 20,00 8,6090 19,826 8,591 19,808 8,557 19,77 8,510 19,73 8,449 19,67 4,701 15,92 8,612 19,829 8,5950 19,812 8,565 19,782 8,521 19,74 8,461 19,68 4,800 16,02 3,920 15,14 8,612 19,829 8,5950 19,812 8,564 19,781 8,521 19,74 8,460 19,68 4,750 15,97 3,880 15,10 8,611 19,828 8,5950 19,812 8,562 19,779 8,520 19,74 8,459 19,68 4,730 15,95 3,860 15,08 8,611 19,828 8,5950 19,812 8,562 19,779 8,519 19,74 8,458 19,68 4,722 15,94 3,840 15,06 8,611 19,828 8,5950 19,812 8,561 19,778 8,519 19,74 8,456 19,67 4,719 15,94 3,831 15,05 8,611 19,828 8,5940 19,811 8,561 19,778 8,517 19,73 8,452 19,67 4,712 15,93 3,826 15,04 8,611 19,828 8,5920 19,809 8,56 19,777 8,515 19,73 8,452 19,67 4,710 15,93 3,821 15,04 8,609 19,826 8,5910 19,808 8,559 19,776 8,514 19,73 8,450 19,67 4,709 15,93 3,819 15,04 8,609 19,826 8,5910 19,808 8,559 19,776 8,511 19,73 8,449 19,67 4,704 15,92 3,814 15,03 8,609 19,826 8,5910 19,808 8,557 19,774 8,510 19,73 8,449 19,67 4,701 15,92 3,810 15,03 8,609 19,826 8,5910 19,808 8,557 19,774 8,510 19,73 8,449 19,67 4,701 15,92 3,810 15,03 0,924 0,009 0,922 0,010 0,919 0,011 0,914 0,014 0,908 0,017 0,545 0,204 0,458 0,249 Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 8% Adensamento simples Adensamento simples σv - kPa 1,000 0 0,900 200 300 400 500 Deformação específica 0 0,800 Índice de vazios 100 0,700 0,600 0,500 0,400 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,300 10 100 log σv - kPa 1000 0,3 Fonte: Autor, 2013. 145 Tabela A.11 - Ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 8% Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Figura A.5 - Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,542 20,00 8,5040 19,962 8,481 19,939 8,434 19,89 8,361 19,82 8,275 19,73 5,554 17,01 8,510 19,968 8,4890 19,947 8,442 19,900 8,371 19,83 8,296 19,75 5,700 17,16 4,780 16,24 8,510 19,968 8,4890 19,947 8,442 19,900 8,371 19,83 8,294 19,75 5,630 17,09 4,750 16,21 8,510 19,968 8,4880 19,946 8,441 19,899 8,371 19,83 8,291 19,75 5,595 17,05 4,730 16,19 8,509 19,967 8,4870 19,945 8,441 19,899 8,370 19,83 8,290 19,75 5,582 17,04 4,712 16,17 8,509 19,967 8,4870 19,945 8,44 19,898 8,370 19,83 8,289 19,75 5,573 17,03 4,701 16,16 8,508 19,966 8,4860 19,944 8,439 19,897 8,369 19,83 8,285 19,74 5,569 17,03 4,692 16,15 8,507 19,965 8,4860 19,944 8,439 19,897 8,368 19,83 8,282 19,74 5,562 17,02 4,686 16,14 8,507 19,965 8,4840 19,942 8,438 19,896 8,365 19,82 8,280 19,74 5,560 17,02 4,680 16,14 8,506 19,964 8,4820 19,940 8,436 19,894 8,363 19,82 8,278 19,74 5,558 17,02 4,675 16,13 8,504 19,962 8,4810 19,939 8,434 19,892 8,361 19,82 8,275 19,73 5,554 17,01 4,671 16,13 8,504 19,962 8,4810 19,939 8,434 19,892 8,361 19,82 8,275 19,73 5,554 17,01 4,671 16,13 0,803 0,002 0,801 0,003 0,797 0,005 0,791 0,009 0,783 0,013 0,537 0,149 0,457 0,194 Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 8% Adensamento simples Adensamento simples σv - kPa 0,900 0 200 300 400 500 0 Deformação específica Índice de vazios 0,800 100 0,700 0,600 0,500 0,400 0,05 0,1 0,15 0,2 0,300 10 100 log σv - kPa 1000 0,25 Fonte: Autor, 2013. 146 Tabela A.12 - Ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 8% Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Figura A.6 - Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,372 20,00 8,3380 19,966 8,321 19,949 8,299 19,93 8,264 19,89 8,211 19,84 6,541 18,17 8,340 19,968 8,3290 19,957 8,304 19,932 8,272 19,90 8,225 19,85 6,850 18,48 5,630 17,26 8,340 19,968 8,3290 19,957 8,304 19,932 8,271 19,90 8,221 19,85 6,800 18,43 5,595 17,22 8,340 19,968 8,3290 19,957 8,302 19,930 8,270 19,90 8,220 19,85 6,750 18,38 5,560 17,19 8,340 19,968 8,3280 19,956 8,301 19,929 8,270 19,90 8,220 19,85 6,685 18,31 5,549 17,18 8,339 19,967 8,3270 19,955 8,301 19,929 8,270 19,90 8,219 19,85 6,600 18,23 5,536 17,16 8,339 19,967 8,3270 19,955 8,301 19,929 8,269 19,90 8,219 19,85 6,560 18,19 5,536 17,16 8,339 19,967 8,3260 19,954 8,3 19,928 8,269 19,90 8,217 19,85 6,552 18,18 5,520 17,15 8,339 19,967 8,3250 19,953 8,3 19,928 8,268 19,90 8,216 19,84 6,549 18,18 5,515 17,14 8,339 19,967 8,3230 19,951 8,3 19,928 8,268 19,90 8,214 19,84 6,544 18,17 5,510 17,14 8,338 19,966 8,3210 19,949 8,299 19,927 8,264 19,89 8,211 19,84 6,541 18,17 5,506 17,13 8,338 19,966 8,3210 19,949 8,299 19,927 8,264 19,89 8,211 19,84 6,541 18,17 5,506 17,13 0,687 0,002 0,686 0,003 0,684 0,004 0,681 0,005 0,677 0,008 0,536 0,092 0,448 0,143 Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 8% Adensamento simples Adensamento simples σv - kPa 0,750 0,700 0 200 300 400 500 0 Deformação específica 0,650 Índice de vazios 100 0,600 0,550 0,500 0,450 0,400 0,350 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,300 10 100 log σv - kPa 1000 0,14 0,16 Fonte: Autor, 2013. 147 Tabela A.13 - Ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 9,6% Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Figura A.7 - Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 9,752 20,00 9,5400 19,788 9,521 19,769 9,496 19,74 9,437 19,69 9,334 19,58 5,279 15,53 9,551 19,799 9,5320 19,780 9,509 19,757 9,458 19,71 9,360 19,61 5,430 15,68 4,620 14,87 9,551 19,799 9,5320 19,780 9,509 19,757 9,456 19,70 9,359 19,61 5,380 15,63 4,585 14,83 9,551 19,799 9,5310 19,779 9,508 19,756 9,452 19,70 9,355 19,60 5,333 15,58 4,555 14,80 9,550 19,798 9,5310 19,779 9,508 19,756 9,451 19,70 9,352 19,60 5,318 15,57 4,539 14,79 9,550 19,798 9,5310 19,779 9,507 19,755 9,451 19,70 9,351 19,60 5,302 15,55 4,529 14,78 9,549 19,797 9,5310 19,779 9,505 19,753 9,450 19,70 9,349 19,60 5,295 15,54 4,519 14,77 9,548 19,796 9,5290 19,777 9,502 19,750 9,448 19,70 9,345 19,59 5,289 15,54 4,511 14,76 9,547 19,795 9,5280 19,776 9,501 19,749 9,443 19,69 9,341 19,59 5,283 15,53 4,506 14,75 9,542 19,790 9,5250 19,773 9,499 19,747 9,440 19,69 9,339 19,59 5,280 15,53 4,501 14,75 9,540 19,788 9,5210 19,769 9,496 19,744 9,437 19,69 9,334 19,58 5,279 15,53 4,498 14,75 9,540 19,788 9,5210 19,769 9,496 19,744 9,437 19,69 9,334 19,58 5,279 15,53 4,498 14,75 0,920 0,011 0,918 0,012 0,916 0,013 0,910 0,016 0,900 0,021 0,507 0,224 0,431 0,263 Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 9,6% Adensamento simples Adensamento simples σv - kPa 1,000 0 0,900 Deformação específica 0,800 Índice de vazios 100 200 300 400 500 0 0,700 0,600 0,500 0,400 0,300 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 10 100 log σv - kPa 1000 0,3 Fonte: Autor, 2013. 148 Tabela A.14 - Ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 9,6% Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Figura A.8 - Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 9,676 20,00 9,5700 19,894 9,489 19,813 9,461 19,79 9,391 19,72 9,281 19,61 6,486 16,81 9,576 19,900 9,4950 19,819 9,471 19,795 9,410 19,73 9,308 19,63 6,610 16,93 5,750 16,07 9,576 19,900 9,4950 19,819 9,471 19,795 9,408 19,73 9,308 19,63 6,560 16,88 5,710 16,03 9,576 19,900 9,4950 19,819 9,471 19,795 9,405 19,73 9,301 19,63 6,529 16,85 5,690 16,01 9,576 19,900 9,4950 19,819 9,471 19,795 9,403 19,73 9,300 19,62 6,517 16,84 5,679 16,00 9,576 19,900 9,4920 19,816 9,47 19,794 9,401 19,73 9,299 19,62 6,508 16,83 5,669 15,99 9,576 19,900 9,4920 19,816 9,469 19,793 9,401 19,73 9,296 19,62 6,500 16,82 5,660 15,98 9,575 19,899 9,4920 19,816 9,468 19,792 9,400 19,72 9,292 19,62 6,495 16,82 5,654 15,98 9,574 19,898 9,4910 19,815 9,467 19,791 9,399 19,72 9,290 19,61 6,491 16,82 5,650 15,97 9,572 19,896 9,4900 19,814 9,462 19,786 9,394 19,72 9,285 19,61 6,489 16,81 5,646 15,97 9,570 19,894 9,4890 19,813 9,461 19,785 9,391 19,72 9,281 19,61 6,486 16,81 5,642 15,97 9,570 19,894 9,4890 19,813 9,461 19,785 9,391 19,72 9,281 19,61 6,486 16,81 5,642 15,97 0,797 0,005 0,790 0,009 0,787 0,011 0,781 0,014 0,771 0,020 0,519 0,160 0,442 0,202 Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 9,6% Adensamento simples Adensamento simples σv - kPa 0,900 0 200 300 400 500 0 Deformação específica Índice de vazios 0,800 100 0,700 0,600 0,500 0,400 0,05 0,1 0,15 0,2 0,300 10 100 log σv - kPa 1000 0,25 Fonte: Autor, 2013. 149 Tabela A.15 - Ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 9,6% Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Figura A.9 - Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 9,788 20,00 9,7680 19,980 9,753 19,965 9,737 19,95 9,700 19,91 9,651 19,86 8,231 18,44 9,776 19,988 9,7600 19,972 9,742 19,954 9,711 19,92 9,665 19,88 8,320 18,53 7,380 17,59 9,776 19,988 9,7600 19,972 9,742 19,954 9,711 19,92 9,664 19,88 8,285 18,50 7,355 17,57 9,776 19,988 9,7590 19,971 9,742 19,954 9,711 19,92 9,662 19,87 8,265 18,48 7,330 17,54 9,775 19,987 9,7590 19,971 9,741 19,953 9,711 19,92 9,662 19,87 8,258 18,47 7,319 17,53 9,773 19,985 9,7590 19,971 9,741 19,953 9,709 19,92 9,661 19,87 8,249 18,46 7,310 17,52 9,771 19,983 9,7590 19,971 9,741 19,953 9,708 19,92 9,660 19,87 8,242 18,45 7,302 17,51 9,771 19,983 9,7580 19,970 9,74 19,952 9,708 19,92 9,659 19,87 8,240 18,45 7,298 17,51 9,770 19,982 9,7570 19,969 9,74 19,952 9,705 19,92 9,658 19,87 8,238 18,45 7,292 17,50 9,769 19,981 9,7540 19,966 9,738 19,950 9,702 19,91 9,654 19,87 8,232 18,44 7,288 17,50 9,768 19,980 9,7530 19,965 9,737 19,949 9,700 19,91 9,651 19,86 8,231 18,44 7,283 17,50 9,768 19,980 9,7530 19,965 9,737 19,949 9,700 19,91 9,651 19,86 8,231 18,44 7,283 17,50 0,689 0,001 0,687 0,002 0,686 0,003 0,683 0,004 0,679 0,007 0,559 0,078 0,479 0,125 Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 9,6% Adensamento simples Adensamento simples σv - kPa 0,750 0 0,700 Deformação específica Índice de vazios 100 200 300 400 500 0 0,650 0,600 0,550 0,500 0,450 0,400 0,350 0,300 10 100 log σv - kPa 1000 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 Fonte: Autor, 2013. 150 A.4 - Adensamento Duplo – Planilhas e Gráficos Tabela A.16 - Ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 5% Adensamento Unidimencional - NORMAL Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,433 20,00 8,2950 19,862 8,205 19,77 8,111 19,68 7,958 19,53 7,718 19,29 8,305 19,872 8,2100 19,777 8,129 19,70 7,982 19,55 7,760 19,33 7,380 18,95 8,302 19,869 8,2100 19,777 8,125 19,69 7,980 19,55 7,750 19,32 7,370 18,94 8,301 19,868 8,2100 19,777 8,125 19,69 7,977 19,54 7,745 19,31 7,360 18,93 8,300 19,867 8,2090 19,776 8,123 19,69 7,974 19,54 7,740 19,31 7,352 18,92 8,300 19,867 8,2090 19,776 8,12 19,69 7,971 19,54 7,736 19,30 7,348 18,92 8,300 19,867 8,2090 19,776 8,119 19,69 7,969 19,54 7,731 19,30 7,341 18,91 8,299 19,866 8,2090 19,776 8,118 19,69 7,965 19,53 7,729 19,30 7,335 18,90 8,299 19,866 8,2080 19,775 8,115 19,68 7,962 19,53 7,724 19,29 7,330 18,90 8,298 19,865 8,2060 19,773 8,111 19,68 7,960 19,53 7,720 19,29 7,321 18,89 8,295 19,862 8,2050 19,772 8,111 19,68 7,958 19,53 7,718 19,29 7,318 18,89 8,295 19,862 8,2050 19,772 8,111 19,68 7,958 19,53 7,718 19,29 7,318 18,89 0,927 0,007 0,919 0,011 0,909 0,016 0,895 0,024 0,871 0,036 0,833 0,056 Adensamento Unidimencional - INUNDADO Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 9,712 20,00 9,1890 19,477 8,659 18,95 8,285 18,57 7,962 18,25 7,240 17,53 9,240 19,528 8,6800 18,968 8,35 18,64 8,070 18,36 7,470 17,76 6,240 16,53 9,239 19,527 8,6700 18,958 8,349 18,64 8,055 18,34 7,460 17,75 6,140 16,43 9,237 19,525 8,6500 18,938 8,335 18,62 8,035 18,32 7,435 17,72 5,920 16,21 9,233 19,521 8,6200 18,908 8,33 18,62 8,020 18,31 7,388 17,68 5,800 16,09 9,229 19,517 8,6150 18,903 8,322 18,61 8,009 18,30 7,355 17,64 5,690 15,98 9,221 19,509 8,6110 18,899 8,318 18,61 8,000 18,29 7,338 17,63 5,600 15,89 9,219 19,507 8,6090 18,897 8,308 18,60 7,991 18,28 7,315 17,60 5,545 15,83 9,214 19,502 8,6040 18,892 8,299 18,59 7,981 18,27 7,275 17,56 5,501 15,79 9,209 19,497 8,6000 18,888 8,29 18,58 7,971 18,26 7,249 17,54 5,461 15,75 9,205 19,493 8,6590 18,947 8,285 18,57 7,962 18,25 7,240 17,53 5,440 15,73 9,201 19,489 8,6590 18,947 8,285 18,57 7,962 18,25 7,240 17,53 5,440 15,73 9,192 19,480 9,189 19,477 9,189 19,477 0,890 0,026 0,839 0,053 0,802 0,071 0,771 0,088 0,701 0,124 0,526 0,214 Fonte: Autor, 2013. 151 Figura A.10 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 5% Adensamento duplo 0,950 0,950 0,900 0,900 0,850 0,850 0,800 0,800 Índice de vazios Índice de vazios (e) Adensamento duplo 0,750 NATURAL 0,700 INUNDADO 0,650 0,750 INUNDADO 0,650 0,600 0,600 0,550 0,550 0,500 NATURAL 0,700 0,500 0 100 200 300 400 500 10 100 1000 log σv - kPa σv - kPa Adensamento Duplo σv - kPa 0 100 200 300 400 500 Deformação específica 0 0,05 0,1 NORMAL INUNDADO 0,15 0,2 0,25 Fonte: Autor, 2013. 152 Tabela A.17 - Ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 5% Adensamento Unidimencional - NORMAL Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,904 20,00 8,7640 19,860 8,695 19,79 8,661 19,76 8,582 19,68 8,448 19,54 8,785 19,881 8,7000 19,796 8,67 19,77 8,600 19,70 8,475 19,57 8,200 19,30 8,775 19,871 8,6980 19,794 8,669 19,77 8,595 19,69 8,470 19,57 8,195 19,29 8,770 19,866 8,6980 19,794 8,669 19,77 8,595 19,69 8,469 19,57 8,190 19,29 8,769 19,865 8,6980 19,794 8,669 19,77 8,593 19,69 8,465 19,56 8,185 19,28 8,768 19,864 8,6980 19,794 8,669 19,77 8,591 19,69 8,460 19,56 8,180 19,28 8,767 19,863 8,6970 19,793 8,668 19,76 8,590 19,69 8,459 19,56 8,175 19,27 8,765 19,861 8,6970 19,793 8,666 19,76 8,589 19,69 8,456 19,55 8,170 19,27 8,765 19,861 8,6960 19,792 8,665 19,76 8,589 19,69 8,452 19,55 8,165 19,26 8,765 19,861 8,6950 19,791 8,663 19,76 8,585 19,68 8,450 19,55 8,159 19,26 8,764 19,860 8,6950 19,791 8,661 19,76 8,582 19,68 8,448 19,54 8,155 19,25 8,764 19,860 8,6950 19,791 8,661 19,76 8,582 19,68 8,448 19,54 8,155 19,25 0,794 0,007 0,788 0,010 0,785 0,012 0,778 0,016 0,766 0,023 0,739 0,037 Adensamento Unidimencional - INUNDADO Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 9,145 20,00 8,750 19,605 8,291 19,15 7,915 18,77 7,520 18,38 6,875 17,73 8,780 19,635 8,340 19,195 7,98 18,84 7,575 18,43 7,000 17,86 5,600 16,46 8,770 19,625 8,335 19,190 7,972 18,83 7,570 18,43 6,990 17,85 5,550 16,41 8,760 19,615 8,312 19,167 7,957 18,81 7,561 18,42 6,970 17,83 5,470 16,33 8,759 19,614 8,308 19,163 7,95 18,81 7,555 18,41 6,960 17,82 5,450 16,31 8,757 19,612 8,305 19,160 7,941 18,80 7,550 18,41 6,941 17,80 5,430 16,29 8,755 19,610 8,300 19,155 7,935 18,79 7,548 18,40 6,921 17,78 5,419 16,27 8,752 19,607 8,299 19,154 7,929 18,78 7,540 18,40 6,908 17,76 5,400 16,26 8,751 19,606 8,297 19,152 7,925 18,78 7,534 18,39 6,895 17,75 5,390 16,25 8,750 19,605 8,293 19,148 7,919 18,77 7,525 18,38 6,882 17,74 5,372 16,23 8,750 19,605 8,291 19,146 7,915 18,77 7,520 18,38 6,875 17,73 5,360 16,22 8,750 19,605 8,291 19,146 7,915 18,77 7,520 18,38 6,875 17,73 5,360 16,22 0,771 0,020 0,730 0,043 0,696 0,062 0,660 0,081 0,602 0,114 0,465 0,189 Fonte: Autor, 2013. 153 Figura A.11 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 5% Adensamento duplo 0,850 0,850 0,800 0,800 0,750 0,750 0,700 0,700 Índice de vazios Índice de vazios Adensamento duplo 0,650 NATURAL 0,600 INUNDADO 0,550 0,650 INUNDADO 0,550 0,500 0,500 0,450 0,450 0,400 NATURAL 0,600 0,400 0 100 200 300 400 500 10 100 σv - kPa 1000 log σv - kPa Adensamento Duplo σv - kPa 0 100 200 300 400 500 Deformação específica 0 0,02 0,04 0,06 0,08 NORMAL INUNDADO 0,1 0,12 0,14 0,16 0,18 0,2 Fonte: Autor, 2013. 154 Tabela A.18 - Ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 5% Adensamento Unidimencional - NORMAL Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,551 20,00 8,5470 19,996 8,52 19,97 8,885 19,93 8,421 19,47 8,314 19,36 8,549 19,998 8,5220 19,971 8,492 19,94 8,435 19,48 8,335 19,38 8,175 19,22 8,549 19,998 8,5220 19,971 8,492 19,94 8,435 19,48 8,331 19,38 8,170 19,22 8,549 19,998 8,5220 19,971 8,492 19,94 8,432 19,48 8,330 19,38 8,165 19,21 8,549 19,998 8,5220 19,971 8,491 19,94 8,431 19,48 8,329 19,38 8,161 19,21 8,549 19,998 8,5220 19,971 8,491 19,94 8,430 19,48 8,325 19,37 8,157 19,21 8,549 19,998 8,5210 19,970 8,49 19,94 8,429 19,48 8,322 19,37 8,152 19,20 8,548 19,997 8,5210 19,970 8,489 19,94 8,427 19,48 8,321 19,37 8,150 19,20 8,548 19,997 8,5210 19,970 8,489 19,94 8,425 19,47 8,320 19,37 8,147 19,20 8,548 19,997 8,5210 19,970 8,488 19,94 8,424 19,47 8,318 19,37 8,142 19,19 8,547 19,996 8,5200 19,969 8.485 8496,45 8,421 19,47 8,314 19,36 8,140 19,19 8,547 19,996 8,5200 19,969 8,485 19,93 8,421 19,47 8,314 19,36 8,140 19,19 0,690 0,000 0,688 0,002 0,685 0,003 0,646 0,027 0,636 0,032 0,622 0,041 Adensamento Unidimencional - INUNDADO Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,535 20,00 8,260 19,725 7,807 19,27 7,243 18,71 6,440 17,91 5,462 16,93 8,302 19,767 7,865 19,330 7,33 18,80 6,550 18,02 5,550 17,02 4,690 16,16 8,295 19,760 7,850 19,315 7,32 18,79 6,530 18,00 5,540 17,01 4,660 16,13 8,290 19,755 7,839 19,304 7,3 18,77 6,510 17,98 5,510 16,98 4,635 16,10 8,285 19,750 7,831 19,296 7,29 18,76 6,498 17,96 5,500 16,97 4,615 16,08 8,280 19,745 7,826 19,291 7,28 18,75 6,491 17,96 5,495 16,96 4,601 16,07 8,275 19,740 7,821 19,286 7,269 18,73 6,482 17,95 5,489 16,95 4,590 16,06 8,270 19,735 7,818 19,283 7,26 18,73 6,472 17,94 5,481 16,95 4,582 16,05 8,268 19,733 7,813 19,278 7,255 18,72 6,465 17,93 5,476 16,94 5,578 17,04 8,261 19,726 7,809 19,274 7,249 18,71 6,454 17,92 5,470 16,94 4,570 16,04 8,260 19,725 7,807 19,272 7,243 18,71 6,440 17,91 5,462 16,93 4,566 16,03 8,260 19,725 7,807 19,272 7,243 18,71 6,440 17,91 5,462 16,93 4,566 16,03 0,667 0,014 0,629 0,036 0,581 0,065 0,513 0,105 0,431 0,154 0,355 0,198 Fonte: Autor, 2013. 155 Figura A.12 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 5% Adensamento duplo 0,750 0,750 0,700 0,700 0,650 0,650 0,600 0,600 Índice de vazios Índice de vazios Adensamento duplo 0,550 NATURAL 0,500 INUNDADO 0,450 0,550 INUNDADO 0,450 0,400 0,400 0,350 0,350 0,300 NATURAL 0,500 0,300 0 100 200 300 400 500 10 100 σv - kPa 1000 log σv - kPa Adensamento Duplo σv - kPa 0 100 200 300 400 500 Deformação específica 0 0,05 0,1 NORMAL INUNDADO 0,15 0,2 0,25 Fonte: Autor, 2013. 156 Tabela A.19 - Ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 8% Adensamento Unidimencional - NORMAL Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,622 20,00 8,4380 19,816 8,4 19,78 8,341 19,72 8,234 19,61 8,039 19,42 8,450 19,828 8,4120 19,790 8,36 19,74 8,260 19,64 8,070 19,45 7,760 19,14 8,448 19,826 8,4100 19,788 8,357 19,74 8,255 19,63 8,068 19,45 7,750 19,13 8,445 19,823 8,4090 19,787 8,355 19,73 8,250 19,63 8,061 19,44 7,740 19,12 8,443 19,821 8,4090 19,787 8,352 19,73 8,249 19,63 8,059 19,44 7,733 19,11 8,442 19,820 8,4090 19,787 8,352 19,73 8,248 19,63 8,055 19,43 7,730 19,11 8,441 19,819 8,4080 19,786 8,351 19,73 8,245 19,62 8,051 19,43 7,721 19,10 8,441 19,819 8,4060 19,784 8,35 19,73 8,240 19,62 8,048 19,43 7,715 19,09 8,441 19,819 8,4050 19,783 8,349 19,73 8,239 19,62 8,045 19,42 7,710 19,09 8,440 19,818 8,4020 19,780 8,344 19,72 8,238 19,62 8,041 19,42 7,702 19,08 8,438 19,816 8,4000 19,778 8,341 19,72 8,234 19,61 8,039 19,42 7,699 19,08 8,438 19,816 8,4000 19,778 8,341 19,72 8,234 19,61 8,039 19,42 7,699 19,08 0,923 0,009 0,919 0,011 0,913 0,014 0,903 0,019 0,884 0,029 0,851 0,046 Adensamento Unidimencional - INUNDADO Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,430 20,00 7,520 19,090 6,796 18,37 6,055 17,63 5,130 16,70 4,312 15,88 7,870 19,440 7,050 18,620 6,13 17,70 5,230 16,80 4,420 15,99 3,670 15,24 7,860 19,430 6,970 18,540 6,11 17,68 5,210 16,78 4,380 15,95 3,640 15,21 7,800 19,370 6,950 18,520 6,1 17,67 5,190 16,76 4,355 15,93 3,610 15,18 7,590 19,160 6,915 18,485 6,091 17,66 5,180 16,75 4,341 15,91 3,595 15,17 7,585 19,155 6,892 18,462 6,085 17,66 5,168 16,74 4,338 15,91 3,587 15,16 7,580 19,150 6,822 18,392 6,08 17,65 5,159 16,73 4,330 15,90 3,580 15,15 7,565 19,135 6,815 18,385 6,076 17,65 5,150 16,72 4,327 15,90 3,573 15,14 7,560 19,130 6,810 18,380 6,07 17,64 5,145 16,72 4,321 15,89 3,569 15,14 7,550 19,120 6,805 18,375 6,064 17,63 5,138 16,71 4,319 15,89 3,562 15,13 7,520 19,090 6,796 18,366 6,055 17,63 5,130 16,70 4,312 15,88 3,559 15,13 7,520 19,090 6,796 18,366 6,055 17,63 5,130 16,70 4,312 15,88 3,559 15,13 0,852 0,046 0,782 0,082 0,710 0,119 0,621 0,165 0,541 0,206 0,468 0,244 Fonte: Autor, 2013. 157 Figura A.13 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 8% Adensamento duplo 1,000 1,000 0,900 0,900 0,800 0,800 Índice de vazios Índice de vazios Adensamento duplo 0,700 NATURAL 0,600 INUNDADO 0,500 0,400 0,700 NATURAL 0,600 INUNDADO 0,500 0,400 0,300 0,300 0 100 200 300 400 500 10 100 σv - kPa 1000 log σv - kPa Adensamento Duplo σv - kPa 0 100 200 300 400 500 Deformação específica 0 0,05 0,1 NORMAL INUNDADO 0,15 0,2 0,25 0,3 Fonte: Autor, 2013. 158 Tabela A.20 - Ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 8% Adensamento Unidimencional - NORMAL Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,810 20,00 8,7010 19,891 8,662 19,85 8,609 19,80 8,531 19,72 8,421 19,61 8,705 19,895 8,6680 19,858 8,618 19,81 8,545 19,74 8,446 19,64 8,285 19,48 8,705 19,895 8,6680 19,858 8,618 19,81 8,544 19,73 8,441 19,63 8,280 19,47 8,704 19,894 8,6680 19,858 8,616 19,81 8,541 19,73 8,439 19,63 8,275 19,47 8,703 19,893 8,6670 19,857 8,615 19,81 8,540 19,73 8,435 19,63 8,271 19,46 8,702 19,892 8,6650 19,855 8,614 19,80 8,539 19,73 8,433 19,62 8,269 19,46 8,702 19,892 8,6650 19,855 8,612 19,80 8,538 19,73 8,431 19,62 8,266 19,46 8,701 19,891 8,6650 19,855 8,611 19,80 8,535 19,73 8,429 19,62 8,263 19,45 8,701 19,891 8,6630 19,853 8,611 19,80 8,535 19,73 8,427 19,62 8,259 19,45 8,701 19,891 8,6620 19,852 8,61 19,80 8,532 19,72 8,424 19,61 8,255 19,45 8,701 19,891 8,6620 19,852 8,609 19,80 8,531 19,72 8,421 19,61 8,251 19,44 8,701 19,891 8,6620 19,852 8,609 19,80 8,531 19,72 8,421 19,61 8,251 19,44 0,797 0,005 0,794 0,007 0,789 0,010 0,782 0,014 0,772 0,019 0,756 0,028 Adensamento Unidimencional - INUNDADO Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,758 20,00 8,361 19,603 7,731 18,97 7,080 18,32 6,237 17,48 5,449 16,69 8,370 19,612 7,820 19,062 7,17 18,41 6,350 17,59 5,560 16,80 4,740 15,98 8,366 19,608 7,790 19,032 7,14 18,38 6,315 17,56 5,540 16,78 4,710 15,95 8,366 19,608 7,770 19,012 7,11 18,35 6,292 17,53 5,515 16,76 4,685 15,93 8,365 19,607 7,760 19,002 7,102 18,34 6,280 17,52 5,500 16,74 4,673 15,92 8,363 19,605 7,752 18,994 7,098 18,34 6,270 17,51 5,490 16,73 4,665 15,91 8,363 19,605 7,748 18,990 7,091 18,33 6,260 17,50 5,480 16,72 4,658 15,90 8,362 19,604 7,742 18,984 7,088 18,33 6,252 17,49 5,469 16,71 4,649 15,89 8,362 19,604 7,740 18,982 7,085 18,33 6,248 17,49 5,461 16,70 4,640 15,88 8,361 19,603 7,735 18,977 7,081 18,32 6,240 17,48 5,452 16,69 4,635 15,88 8,361 19,603 7,731 18,973 7,08 18,32 6,237 17,48 5,449 16,69 4,630 15,87 8,361 19,603 7,731 18,973 7,08 18,32 6,237 17,48 5,449 16,69 4,300 15,54 0,771 0,020 0,714 0,051 0,655 0,084 0,579 0,126 0,508 0,165 0,404 0,223 Fonte: Autor, 2013. 159 Figura A.14 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 8% Adensamento duplo 0,900 0,900 0,800 0,800 0,700 0,700 Índice de vazios Índice de vazios Adensamento duplo 0,600 NATURAL INUNDADO 0,500 0,400 0,600 NATURAL INUNDADO 0,500 0,400 0,300 0,300 0 100 200 300 400 500 10 100 σv - kPa 1000 log σv - kPa Adensamento Duplo σv - kPa 0 100 200 300 400 500 Deformação específica 0 0,05 0,1 NORMAL INUNDADO 0,15 0,2 0,25 Fonte: Autor, 2013. 160 Tabela A.21 - Ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 8% Adensamento Unidimencional - NORMAL Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,160 20,00 8,0940 19,934 8,077 19,92 8,019 19,86 7,938 19,78 7,810 19,65 8,099 19,939 8,0850 19,925 8,029 19,87 7,950 19,79 7,830 19,67 7,650 19,49 8,099 19,939 8,0850 19,925 8,029 19,87 7,949 19,79 7,828 19,67 7,645 19,49 8,099 19,939 8,0810 19,921 8,028 19,87 7,946 19,79 7,821 19,66 7,640 19,48 8,099 19,939 8,0810 19,921 8,025 19,87 7,945 19,79 7,821 19,66 7,639 19,48 8,097 19,937 8,0810 19,921 8,022 19,86 7,944 19,78 7,820 19,66 7,634 19,47 8,096 19,936 8,0800 19,920 8,022 19,86 7,941 19,78 7,819 19,66 7,631 19,47 8,095 19,935 8,0800 19,920 8,021 19,86 7,941 19,78 7,815 19,66 7,628 19,47 8,095 19,935 8,0790 19,919 8,02 19,86 7,940 19,78 7,812 19,65 7,624 19,46 8,095 19,935 8,0780 19,918 8,019 19,86 7,939 19,78 7,811 19,65 7,619 19,46 8,094 19,934 8,0770 19,917 8,019 19,86 7,938 19,78 7,810 19,65 7,616 19,46 8,094 19,934 8,0770 19,917 8,019 19,86 7,938 19,78 7,810 19,65 7,616 19,46 0,685 0,003 0,683 0,004 0,678 0,007 0,672 0,011 0,661 0,018 0,644 0,027 Adensamento Unidimencional - INUNDADO Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,720 20,00 8,325 19,605 8,055 19,34 7,715 19,00 7,209 18,49 6,510 17,79 8,340 19,620 8,085 19,365 7,77 19,05 7,270 18,55 6,620 17,90 5,890 17,17 8,335 19,615 8,076 19,356 7,76 19,04 7,250 18,53 6,590 17,87 5,870 17,15 8,333 19,613 8,071 19,351 7,747 19,03 7,240 18,52 6,562 17,84 5,850 17,13 8,331 19,611 8,070 19,350 7,74 19,02 7,232 18,51 6,550 17,83 5,835 17,12 8,330 19,610 8,067 19,347 7,35 18,63 7,228 18,51 6,538 17,82 5,828 17,11 8,330 19,610 8,064 19,344 7,73 19,01 7,222 18,50 6,530 17,81 5,811 17,09 8,329 19,609 8,061 19,341 7,725 19,01 7,219 18,50 6,523 17,80 5,811 17,09 8,328 19,608 8,060 19,340 7,722 19,00 7,215 18,50 6,519 17,80 5,808 17,09 8,325 19,605 8,058 19,338 7,719 19,00 7,211 18,49 6,514 17,79 5,800 17,08 8,325 19,605 8,055 19,335 7,715 19,00 7,209 18,49 6,510 17,79 5,795 17,08 8,325 19,605 8,055 19,335 7,715 19,00 7,209 18,49 6,510 17,79 5,795 17,08 0,657 0,020 0,634 0,033 0,605 0,050 0,563 0,076 0,504 0,111 0,443 0,146 Fonte: Autor, 2013. 161 Figura A.15 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 8% Adensamento duplo 0,750 0,750 0,700 0,700 0,650 0,650 0,600 0,600 Índice de vazios Índice de vazios Adensamento duplo 0,550 NATURAL 0,500 INUNDADO 0,450 0,550 INUNDADO 0,450 0,400 0,400 0,350 0,350 0,300 NATURAL 0,500 0,300 0 100 200 300 400 500 10 100 σv - kPa 1000 log σv - kPa Adensamento Duplo σv - kPa 0 100 200 300 400 500 Deformação específica 0 0,02 0,04 0,06 NORMAL INUNDADO 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16 Fonte: Autor, 2013. 162 Tabela A.22 - Ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 9,6% Adensamento Unidimencional - NORMAL Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 7,770 20,00 7,6500 19,880 7,635 19,87 7,613 19,84 7,578 19,81 7,501 19,73 7,658 19,888 7,6450 19,875 7,621 19,85 7,590 19,82 7,521 19,75 7,300 19,53 7,658 19,888 7,6420 19,872 7,621 19,85 7,589 19,82 7,521 19,75 7,290 19,52 7,658 19,888 7,6410 19,871 7,62 19,85 7,588 19,82 7,519 19,75 7,278 19,51 7,658 19,888 7,6410 19,871 7,62 19,85 7,587 19,82 7,516 19,75 7,270 19,50 7,656 19,886 7,6410 19,871 7,62 19,85 7,585 19,82 7,513 19,74 7,260 19,49 7,654 19,884 7,6400 19,870 7,619 19,85 7,583 19,81 7,511 19,74 7,252 19,48 7,653 19,883 7,6400 19,870 7,619 19,85 7,581 19,81 7,510 19,74 7,245 19,48 7,652 19,882 7,6390 19,869 7,619 19,85 7,581 19,81 7,508 19,74 7,239 19,47 7,651 19,881 7,6360 19,866 7,616 19,85 7,579 19,81 7,503 19,73 7,231 19,46 7,650 19,880 7,6350 19,865 7,613 19,84 7,578 19,81 7,501 19,73 7,227 19,46 7,650 19,880 7,6350 19,865 7,613 19,84 7,578 19,81 7,501 19,73 7,227 19,46 0,929 0,006 0,928 0,007 0,926 0,008 0,922 0,010 0,915 0,013 0,888 0,027 Adensamento Unidimencional - INUNDADO Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,301 20,00 7,820 19,519 7,459 19,16 7,004 18,70 6,377 18,08 5,642 17,34 7,850 19,549 7,505 19,204 7,08 18,78 6,480 18,18 5,740 17,44 5,010 16,71 7,840 19,539 7,490 19,189 7,06 18,76 6,445 18,14 5,710 17,41 4,990 16,69 7,830 19,529 7,480 19,179 7,035 18,73 6,415 18,11 5,685 17,38 4,970 16,67 7,825 19,524 7,478 19,177 7,025 18,72 6,405 18,10 5,673 17,37 4,960 16,66 7,825 19,524 7,477 19,176 7,02 18,72 6,396 18,10 5,666 17,37 4,950 16,65 7,822 19,521 7,469 19,168 7,015 18,71 6,390 18,09 5,660 17,36 4,943 16,64 7,821 19,520 7,466 19,165 7,011 18,71 6,385 18,08 5,655 17,35 4,938 16,64 7,821 19,520 7,463 19,162 7,009 18,71 6,381 18,08 5,651 17,35 4,930 16,63 7,821 19,520 7,460 19,159 7,008 18,71 6,379 18,08 5,648 17,35 4,923 16,62 7,820 19,519 7,459 19,158 7,004 18,70 6,377 18,08 5,642 17,34 4,921 16,62 7,820 19,519 7,459 19,158 7,004 18,70 6,377 18,08 5,642 17,34 4,921 16,62 0,894 0,024 0,859 0,042 0,815 0,065 0,754 0,096 0,683 0,133 0,613 0,169 Fonte: Autor, 2013. 163 Figura A.16 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,35g/cm³ e umidade de 9,6% Adensamento duplo 1,000 1,000 0,900 0,900 0,800 0,800 Índice de vazios Índice de vazios Adensamento duplo 0,700 NATURAL 0,600 INUNDADO 0,500 0,400 0,700 NATURAL 0,600 INUNDADO 0,500 0,400 0,300 0,300 0 100 200 300 400 500 10 100 σv - kPa 1000 log σv - kPa Adensamento Duplo σv - kPa 0 100 200 300 400 500 Deformação específica 0 0,02 0,04 0,06 0,08 NORMAL INUNDADO 0,1 0,12 0,14 0,16 0,18 Fonte: Autor, 2013. 164 Tabela A.23 - Ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 9,6% Adensamento Unidimencional - NORMAL Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 7,780 20,00 7,6890 19,909 7,68 19,90 7,661 19,88 7,628 19,85 7,543 19,76 7,700 19,920 7,6800 19,900 7,665 19,89 7,638 19,86 7,564 19,78 7,395 19,62 7,698 19,918 7,6800 19,900 7,665 19,89 7,635 19,86 7,562 19,78 7,387 19,61 7,698 19,918 7,6800 19,900 7,665 19,89 7,632 19,85 7,560 19,78 7,379 19,60 7,698 19,918 7,6800 19,900 7,665 19,89 7,632 19,85 7,557 19,78 7,372 19,59 7,698 19,918 7,6800 19,900 7,664 19,88 7,632 19,85 7,555 19,78 7,369 19,59 7,695 19,915 7,6800 19,900 7,663 19,88 7,631 19,85 7,552 19,77 7,364 19,58 7,694 19,914 7,6800 19,900 7,662 19,88 7,631 19,85 7,551 19,77 7,359 19,58 7,694 19,914 7,6800 19,900 7,661 19,88 7,630 19,85 7,550 19,77 7,352 19,57 7,691 19,911 7,6800 19,900 7,661 19,88 7,629 19,85 7,548 19,77 7,350 19,57 7,689 19,909 7,6800 19,900 7,661 19,88 7,628 19,85 7,543 19,76 7,347 19,57 7,689 19,909 7,6800 19,900 7,661 19,88 7,628 19,85 7,543 19,76 7,347 19,57 0,799 0,005 0,798 0,005 0,796 0,006 0,793 0,008 0,785 0,012 0,768 0,022 Adensamento Unidimencional - INUNDADO Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,930 20,00 8,499 19,569 8,245 19,32 7,670 18,74 6,927 18,00 6,169 17,24 8,510 19,580 8,285 19,355 7,76 18,83 7,050 18,12 6,280 17,35 5,550 16,62 8,505 19,575 8,280 19,350 7,73 18,80 7,005 18,08 6,245 17,32 5,525 16,60 8,502 19,572 8,270 19,340 7,705 18,78 6,971 18,04 6,220 17,29 5,525 16,60 8,501 19,571 8,265 19,335 7,695 18,77 6,960 18,03 6,208 17,28 5,500 16,57 8,500 19,570 8,260 19,330 7,689 18,76 6,950 18,02 6,196 17,27 5,489 16,56 8,500 19,570 8,256 19,326 7,681 18,75 6,943 18,01 6,189 17,26 5,479 16,55 8,500 19,570 8,252 19,322 7,679 18,75 6,940 18,01 6,181 17,25 5,471 16,54 8,499 19,569 8,250 19,320 7,675 18,75 6,935 18,01 6,178 17,25 5,461 16,53 8,499 19,569 8,248 19,318 7,671 18,74 6,930 18,00 6,172 17,24 5,458 16,53 8,499 19,569 8,245 19,315 7,67 18,74 6,927 18,00 6,169 17,24 5,450 16,52 8,499 19,569 8,245 19,315 7,67 18,74 6,927 18,00 6,169 17,24 5,442 16,51 0,768 0,022 0,745 0,034 0,693 0,063 0,626 0,100 0,557 0,138 0,492 0,174 Fonte: Autor, 2013. 165 Figura A.17 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,45g/cm³ e umidade de 9,6% Adensamento duplo 0,900 0,900 0,800 0,800 0,700 0,700 0,600 NATURAL INUNDADO 0,500 Índice de vazios Índice de vazios Adensamento duplo 0,400 0,600 NATURAL INUNDADO 0,500 0,400 0,300 0,300 0 100 200 300 400 500 10 100 σv - kPa 1000 log σv - kPa Adensamento Duplo σv - kPa 0 100 200 300 400 500 Deformação específica 0 0,02 0,04 0,06 0,08 NORMAL INUNDADO 0,1 0,12 0,14 0,16 0,18 0,2 Fonte: Autor, 2013. 166 Tabela A.24 - Ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 9,6% Adensamento Unidimencional - NORMAL Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,413 20,00 8,4060 19,993 8,399 19,986 8,391 19,98 8,370 19,96 8,340 19,93 8,409 19,996 8,4010 19,988 8,393 19,980 8,380 19,97 8,350 19,94 8,305 19,89 8,409 19,996 8,4010 19,988 8,393 19,980 8,379 19,97 8,350 19,94 8,302 19,89 8,409 19,996 8,4010 19,988 8,393 19,980 8,379 19,97 8,349 19,94 8,301 19,89 8,409 19,996 8,4010 19,988 8,392 19,979 8,379 19,97 8,349 19,94 8,300 19,89 8,409 19,996 8,4010 19,988 8,392 19,979 8,378 19,97 8,348 19,94 8,300 19,89 8,408 19,995 8,4010 19,988 8,392 19,979 8,377 19,96 8,346 19,93 8,299 19,89 8,408 19,995 8,4010 19,988 8,392 19,979 8,375 19,96 8,345 19,93 8,298 19,89 8,408 19,995 8,4010 19,988 8,391 19,978 8,373 19,96 8,343 19,93 8,294 19,88 8,406 19,993 8,4000 19,987 8,391 19,978 8,371 19,96 8,341 19,93 8,291 19,88 8,406 19,993 8,3990 19,986 8,391 19,978 8,370 19,96 8,340 19,93 8,290 19,88 8,406 19,993 8,3990 19,986 8,391 19,978 8,370 19,96 8,340 19,93 8,290 19,88 0,690 0,000 0,689 0,001 0,688 0,001 0,687 0,002 0,684 0,004 0,680 0,006 Adensamento Unidimencional - INUNDADO Carga 13 KPa t (min) √t 0,0 0,00 0,1 0,32 0,3 0,50 0,5 0,71 1,0 1,00 2,0 1,41 4,0 2,00 8,0 2,83 15,0 3,87 30,0 5,48 45,0 6,71 60,0 7,75 120,0 10,95 180,0 13,42 240,0 15,49 Índices de Vazios (e) Deformação específica Carga 25 KPa Carga 50 KPa Carga 100 KPa Carga 200 KPa Carga 400 KPa Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) Leitura (mm) Altura (mm) 8,595 20,00 8,523 19,928 8,399 19,80 8,164 19,56 7,493 18,89 6,566 17,96 8,530 19,935 8,422 19,827 8,2 19,61 7,590 18,99 6,667 18,06 5,850 17,25 8,529 19,934 8,419 19,824 8,19 19,60 7,565 18,96 6,635 18,03 5,820 17,22 8,527 19,932 8,413 19,818 8,18 19,59 7,541 18,94 6,610 18,01 5,795 17,19 8,527 19,932 8,411 19,816 8,175 19,58 7,530 18,93 6,595 17,99 5,781 17,18 8,526 19,931 8,410 19,815 8,17 19,58 7,520 18,92 6,589 17,98 5,773 17,17 8,525 19,930 8,407 19,812 8,166 19,57 7,512 18,91 6,581 17,98 5,765 17,16 8,524 19,929 8,404 19,809 8,162 19,57 7,506 18,90 6,578 17,97 5,759 17,15 8,524 19,929 8,402 19,807 8,16 19,57 7,501 18,90 6,571 17,97 5,752 17,15 8,524 19,929 8,400 19,805 8,159 19,56 7,498 18,89 6,569 17,96 5,749 17,14 8,523 19,928 8,399 19,804 8,154 19,56 7,493 18,89 6,566 17,96 5,743 17,14 8,523 19,928 8,399 19,804 8,154 19,56 7,493 18,89 6,566 17,96 5,743 17,14 0,684 0,004 0,674 0,010 0,653 0,022 0,596 0,056 0,518 0,102 0,448 0,143 Fonte: Autor, 2013. 167 Figura A.18 - Gráficos para o ensaio com massa específica seca = 1,55g/cm³ e umidade de 9,6% Adensamento duplo 0,750 0,750 0,700 0,700 0,650 0,650 0,600 0,600 Índice de vazios Índice de vazios Adensamento duplo 0,550 NATURAL 0,500 INUNDADO 0,450 0,550 NATURAL 0,500 INUNDADO 0,450 0,400 0,400 0,350 0,350 0,300 0,300 0 100 200 300 400 10 500 100 1000 log σv - kPa σv - kPa Adensamento Duplo σv - kPa 0 100 200 300 400 500 Deformação específica 0 0,02 0,04 0,06 NORMAL INUNDADO 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16 Fonte: Autor, 2013. 168