Projeto pedagógico de grupo - Sala 2 anos - Creche de Sant’Ana e S. Joaquim
Educadora Inês Nunes
Ano letivo 2011/2012
Creche Santa Maria / Creche Santana e São Joaquim
Jardim Infância Santa Maria / Jardim Infância João Paulo II
Projeto Pedagógico
Índice
I - INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
II - DIAGNÓSTICO .................................................................................................................................. 4
1.
Caracterização do grupo de crianças ......................................................................................... 4
2.
Caracterização das necessidades e interesses.......................................................................... 8
3.
2.1
Principais competências ..................................................................................................... 8
2.2
Resultados desejáveis ........................................................................................................ 9
Levantamento de Recursos ........................................................................................................ 9
3.1
Recursos Humanos ............................................................................................................. 9
3.2
Recursos Materiais............................................................................................................ 10
III - FUNDAMENTAÇÃO DAS OPÇÕES EDUCATIVAS ...................................................................... 10
IV – METODOLOGIA ............................................................................................................................ 11
V - ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE EDUCATIVO .............................................................................. 12
1.
Organização do grupo ............................................................................................................... 12
2.
Organização do espaço ............................................................................................................ 12
3.
Organização do tempo .............................................................................................................. 12
4.
Organização da equipa ............................................................................................................. 13
5.
Organização do Estabelecimento Educativo ............................................................................ 14
VI - INTENÇÕES DE AÇÃO PARA O PRESENTE ANO LETIVO ....................................................... 15
1.
Definição dos objetivos operacionais ........................................................................................ 15
2.
Indicadores da avaliação .......................................................................................................... 15
3.
Estratégias e Métodos .............................................................................................................. 15
4.
Plano de Atividades sócio-pedagógicas ................................................................................... 16
5.
Plano de Formação/Informação ................................................................................................ 17
6.
Outros aspetos relevantes ........................................................................................................ 17
VII - PREVISÃO DOS PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO ............................................................... 18
1.
Dos processos e dos efeitos ..................................................................................................... 18
2.
Com as crianças ....................................................................................................................... 18
3.
Com a equipa ............................................................................................................................ 18
4.
Com a família ............................................................................................................................ 18
5.
Com a comunidade educativa................................................................................................... 18
VIII - RELAÇÃO COM A FAMÍLIA E OUTROS PARCEIROS EDUCATIVOS ...................................... 19
IX - COMUNICAÇÃO DE RESULTADOS E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO ................................. 19
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Projeto Pedagógico
I - INTRODUÇÃO
Um Projeto Pedagógico, elaborado pela Educadora responsável de sala, pretende ser um
documento orientador de todo o trabalho a realizar com as crianças ao longo de um ano lectivo.
Estando a Creche de Sant’Ana e São Joaquim inserida no Centro Solidariedade e Cultura de
Peniche, que também abarca outras Creches e Jardins-de-Infância, tem como documento chave o
Projecto Educativo “Missão Salvar”, comum a todas as valências É, no cruzamento deste com os
objectivos e propostas de trabalho para o grupo em questão, que se elabora o Projecto Pedagógico.
Apesar de ser um documento, não impede que surjam alterações ao longo do tempo, no sentido de ir
ao encontro das necessidades do grupo. Este projecto estará ao alcance de toda a equipa de
trabalho bem como de todos os familiares para consulta.
Assim, o projeto será designado “De mãos dadas”, onde daremos as mãos ao nosso colega
do lado, mas também ao mundo, daí focar a sua atenção nas emoções, no respeito pelo outro, pelos
seus sentimentos, a entreajuda e a amizade, ao mesmo tempo que abrange o respeito pelo mundo e
pelo ambiente que nos rodeia.
No projecto que se segue serão apresentados um diagnóstico do ambiente educativo, a
fundamentação das opções educativas, a metodologia utilizada, as intenções para o presente ano
letivo, a previsão de procedimentos de avaliação, as estratégias da relação com a família e outros
parceiros educativos e a forma de comunicação de resultados e divulgação de informação.
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II - DIAGNÓSTICO
1. Caracterização do grupo de crianças
Este projeto destina-se a um grupo de 15 crianças, até à data, com idades compreendidas entre
os 23 e os 33 meses, seis das quais são do sexo feminino e nove do sexo masculino. Neste grupo,
dez crianças já frequentavam esta resposta social no ano anterior, sendo que apenas cinco estão
pela primeira vez.
Seguem-se duas tabelas com alguns dados das crianças, bem como alguns dados relativos aos
seus agregados familiares e os gráficos elucidativos dos mesmos:
Criança
Ano de nascimento
Idade
Nacionalidade
1
2009
25 meses
Portuguesa
2
2009
25 meses
Portuguesa
3
2009
24 meses
Portuguesa
4
2009
32 meses
Portuguesa
5
2009
27 meses
Portuguesa
6
2009
23 meses
Portuguesa
7
2009
27 meses
Portuguesa
8
2009
30 meses
Portuguesa
9
2009
24 meses
Portuguesa
10
2009
28 meses
Portuguesa
11
2009
31 meses
Portuguesa
12
2009
31 meses
Portuguesa
13
2009
33 meses
Portuguesa
14
2009
25 meses
Portuguesa
15
2009
30 meses
Portuguesa
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Projeto Pedagógico
Idade das crianças
3
2
1
Número de crianças
0
Ano de nascimento
das crianças
20
15
10
2009
5
0
Número de crianças
Nacionalidade das
crianças
20
15
10
Portuguesa
5
0
Número de crianças
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Agregado familiar
Habilitações literárias
Criança
Nacionalidade
N.º
Idade
(pai/mãe)
irmãos
(pai/mãe)
1
Portuguesa
0
2
Portuguesa
3
4
Profissão
Pai
Mãe
Pai
Mãe
38 / 36
12º ano
12º ano
Empresário
Operária fabril
0
50 / 48
11º ano
Licenciatura
Vendedor
Advogada
Portuguesa
1
33 / 33
11º ano
8º ano
Estucador
Operária fabril
Portuguesa
0
39 / 38
12º ano
9º ano
Funcionário
Hotelaria
público
5
Portuguesa
0
31 / 25
Licenciatura
9º ano
Técnico de
Operária fabril
controlo de
qualidade
6
Portuguesa/
0
33 / 32
12º ano
12º ano
Hotelaria
Desempregada
Alemã
7
Portuguesa
0
29 / 29
Licenciatura
Licenciatura
Empresário
-------------
8
Portuguesa
1(*)
36 / 25
11º ano
9º ano
Técnico de
Operária fabril
máquinas
9
Portuguesa
0
39 / 33
--------------
Licenciatura
Operador de call
Advogada
center
10
Portuguesa
1
40 / 39
6º ano
6º ano
Motorista
Desempregada
11
Portuguesa
0
41 / 41
12º ano
Licenciatura
Delegado de
Professora
informação
médica
12
Portuguesa
0
34 / 30
Licenciatura
Licenciatura
Bancário
Contabilista
13
Portuguesa
0
32 / 31
Licenciatura
Licenciatura
Professor
Professora
14
Portuguesa
1
33 / 30
Licenciatura
11º ano
Enfermeiro
Auxiliar de ação
educativa
15
Portuguesa
1(*)
36 / 25
11º ano
9º ano
Técnico de
Operária fabril
máquinas
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Número de irmãos das crianças
12
10
8
6
Número de crianças
4
2
0
Nenhum irmão
1 irmão
Idade dos pais
12
10
8
6
Número de pais
4
2
0
25 - 30
31 - 35
36 - 40
41 - 45
46 - 50
Habilitações literárias dos pais
12
10
8
6
4
2
Número de pais
0
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Projeto Pedagógico
Número de pais
Enfermeiro
Contabilista
Bancário
Professor
Delegado de informação médica
Motorista
Operador de call center
Técnico de máquinas
Técnico de controlo de qualidade
Hotelaria
Funcionário público
Estucador
Advogada
Vendedor
Operária fabril
Sem informação
Empresário
Desempregada
Auxiliar de ação educativa
Número de pais
0
1
2
3
4
5
2. Caracterização das necessidades e interesses
2.1 Principais competências
O grupo em questão apresenta algumas características comuns, nomeadamente algumas
competências já adquiridas. Ao nível da área de desenvolvimento pessoal e social o grupo em geral
demonstra um auto-conhecimento e auto-conceito positivo, competências sociais e interpessoais
efetivas, uma certa auto-regulação sobre o seu comportamento e uma capacidade crescente para
estabelecer comunicação com os outros ou em usar a linguagem.
Na área da aprendizagem é um grupo muito interessado, que já se deu conta das rotinas da sala
e que faz rabiscos e escrevinha com lápis.
No que diz respeito às competências físicas e motoras é um grupo onde a aquisição da marcha
já foi concluída por todos, já sobem e descem escadas apoiados num corrimão, alguns com
alternância e muitos já colocam os pés nos sapatos e tiram-nos.
Na área de saúde e segurança é um grupo que, a maior parte das vezes, presta atenção a
instruções de segurança dadas pelo adulto. Como também já conhecem as rotinas, lavam as mãos,
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alguns ainda com o apoio do adulto, sabendo que têm de colocar sabão e secá-las com um papel. A
maior parte do grupo também já se dá conta de quando necessitam de se assoar, pedindo, assim, o
auxílio de um adulto.
2.2 Resultados desejáveis
Apesar das competências acima referidas, há outras que ainda não foram adquiridas e que,
neste ponto são vistas como necessidades do grupo e resultados desejáveis. Assim, na área de
formação pessoal e social, a interação com os pares será um aspeto a ter em conta, pois é um grupo
muito egocêntrico e, por isso, com muita dificuldade em partilhar os seus brinquedos. A interação
com os adultos também será foco de atenção, não pela falta de relação entre ambos, mas por pouca
atenção que, muitas vezes, o grupo dá às orientações dos adultos, algumas delas propositadamente.
Na área da aprendizagem, é um grupo que necessita de desenvolver competências cognitivas e
de resolução de problemas, pois ainda recorrem, com muita frequência ao adulto para os solucionar.
Também será necessário, ao longo deste ano, incidir a nossa atenção no conceito de número,
medida, ordem e tempo e conceitos matemáticos.
Na área das competências físicas e motoras, a atenção será mais para o desenvolvimento da
motricidade fina, nomeadamente o andar de triciclo utilizando os pedais, dobrar papel, cobertores ou
fraldas de pano e criar estruturas de blocos com objetos simples.
Na área da saúde e segurança, é um grupo que, na sua maioria, necessita de ajuda para lavar
as mãos, não por não serem capazes de o fazer, mas por aproveitarem esse momento para
brincadeira. Apesar de muitas das crianças já se darem conta que necessitam de assoar o nariz,
outras ainda não o fazem e, muito poucas se assoam autonomamente, pelo que será também um
aspeto a desenvolver.
3. Levantamento de Recursos
3.1 Recursos Humanos
- Equipa de Creche; (especificada no ponto V – 4: Organização da equipa)
- Crianças de outros estabelecimentos da mesma instituição e suas equipas;
- Lar de Santa Maria;
- Centro Solidariedade e Cultura de Peniche;
- Centro de Saúde;
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- Biblioteca Municipal;
- Voluntários do CSCP;
- Famílias;
- Restante comunidade.
Para outros recursos que se considerem necessários ao longo do projecto serão mobilizados
esforços a fim de os conseguir obter.
3.2 Recursos Materiais
- Material existente na Creche;
- Material trazido pelos Encarregados de Educação;
- Material trazido pelas crianças;
- Material elaborado pelas crianças.
III - FUNDAMENTAÇÃO DAS OPÇÕES EDUCATIVAS
Partindo do Projecto Educativo da Instituição, “Missão Salvar”, pretende-se que o tema da
Sustentabilidade esteja na base de todo o trabalho a desenvolver ao longo deste ano lectivo. O
desenvolvimento sustentável satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade
das gerações futuras poderem também satisfazer as suas. Deste modo, torna-se importante, no dias
de hoje, desenvolver valores, atitudes e conhecimentos com as nossas crianças que as levem a
cuidar, preservar e manter saudável o planeta em que vivemos. Todas as aprendizagens que as
crianças fazem nos primeiros anos de vida serão a base para os anos seguintes, daí a importância
de começar deste cedo a proteger a natureza, a respeitar os direitos humanos e a criar um mundo
onde possamos viver juntos, em paz e com justiça. Temos a responsabilidade de cuidar da vida,
tanto no presente como para o futuro.
Neste Projeto Pedagógico darei ênfase às relações, tanto com o mundo como entre pares, e
ao educar a emoção, pela emoção. Entender as nossas próprias emoções e aprender a equilibrá-las,
é sem dúvida a maior lição que temos que aprender na vida, pois todas as emoções são válidas e
devem ser vividas e aprendidas. Cada lágrima, cada angústia é um solo fértil para a construção da
nossa personalidade, do nosso sistema emocional.
Em crianças tão pequenas como o grupo para o qual se destina este projeto, mais importante
do que transmitir conhecimento, é importante a sua formação pessoal e social, pois só se viverem
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bem consigo próprias, viverão bem com os outros. Este ano, será esta a minha maior preocupação,
educar as emoções através da emoção.
Assim, o projeto será designado “De mãos dadas” e terá duas dimensões: dar as mãos ao
mundo e aos outros. Dar as mãos ao mundo vai exigir das crianças um papel ativo no seu
desenvolvimento, terão que ser elas a experimentar, a descobrir, a explorar e a aprender. Será
realçada, claro, a importância de protegermos o ambiente que nos rodeia, ligado ao tema da
sustentabilidade. Dar as mãos aos outros prende-se essencialmente com o aspeto emocional e
relacional das crianças. É importante percebermos quem alguém ao nosso lado, perceber que é um
colega tal como nós, que tem sentimentos, precisa de ajuda e que cada um de nós pode ser muito
útil para contribuir para a felicidade do outro, respeitando-o.
IV – METODOLOGIA
Nesta faixa etária um educador tem de ter bem ciente que o seu principal papel é saber
interpretar as pequenas manifestações das crianças, para poder ir ao encontro dos seus interesses e
satisfazer as suas necessidades. Partindo do pressuposto que as necessidades básicas destas
crianças passam por necessidades fisiológicas, de segurança, de amor, apreço, auto-estima e autorealização, cabe ao educador perceber o que cada criança sente em determinada situação e
valorizá-la pelas pequenas conquistas que consegue realizar. A partir do momento em que este
aspeto é assegurado, tudo o resto tem de ser adequado ao grupo com o qual se está a trabalhar,
adequando as estratégias ao desenvolvimento de cada uma delas e fornecendo os materiais que as
ajudam a atingir, o máximo possível, o potencial das suas capacidades.
Deste modo, o educador deve estar sempre atento, tanto às expressões, como aos
movimentos, atitudes ou manifestações, tanto corporais como verbais a fim de ajudar a criança a
entendê-las, isto é, a perceber o que está a sentir e, ao mesmo tempo, a perceber o que quer e o
que se faz com cada uma delas.
Assim, serão muitas as atividades em que são usados vários materiais ou que até podem ter
uma expressão visível, mas também muitas serão atividades não visíveis objetivamente, pois são
momentos de estimulação, de transmissão de afetos, de troca de gestos individuais que, embora o
grupo não esteja todo junto para uma atividade, vão sendo desenvolvidas várias competências nas
crianças.
Uma das metodologias por mim utilizada tem como base a criança como um ser ativo no seu
próprio desenvolvimento, portanto em tudo aquilo que for possível, a criança será estimulada a agir
de forma autónoma. No momento da refeição, por exemplo, algumas crianças já comem sozinhas,
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outras ainda necessitam de ajuda. Nestes casos os adultos supervisionam, mas deixa que seja a
criança a levar a comida à boca sozinha, não interessando se é mais a comida que cai do que aquela
que, efetivamente, a criança come, pois nestas idades esse não é o objetivo fulcral, mas sim que a
criança desenvolva a sua motricidade e se torne, progressivamente, mais autónoma. É claro que há
sempre uma mão do adulto para ajudar, mas nunca substituindo o esforço que a criança terá de
fazer para o conseguir.
V - ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE EDUCATIVO
1. Organização do grupo
Este grupo de crianças está organizado por faixa etária, correspondendo a crianças que
completem 2 anos até Dezembro. Nesta sala serão realizadas atividades de grande grupo, como é o
caso da reunião da manhã, algumas atividades orientadas também no período da manhã e, muitas
vezes, um pequeno momento, também, após o repouso. Para além disso serão realizadas atividades
que permitirão às crianças funcionarem a pares ou até individualmente, para além de toda a
brincadeira livre e espontânea que surge ao longo do dia.
2. Organização do espaço
O espaço de sala está dividido em alguns espaços, não muito definidos, pois, até à data, o grupo
ainda não tomou consciência destas divisões espaciais e desorientam-se muito nas suas
brincadeiras,
pelo
que
as
brincadeiras
são
ainda
muito
orientadas
pelo
adulto
para,
progressivamente, os levar a perceber que há diferentes espaços para diferentes tipos de atividades
ou jogos. Assim, na sala existe uma área de acolhimento com dois almofadões compridos, existe
uma mesa de trabalho no centro da sala, existe uma área da casinha e um armário de jogos de
mesa, carros e onde, no início também existia uma prateleira com livros, mas danificaram-se muito
cedo e, de momento, são colocados poucos ao alcance das crianças, de modo a que aprendam a
estimá-los. No momento do repouso são distribuídos pela sala os catres onde as crianças farão a
sua sesta. Após terminar o repouso e o lanche, a sala volta a funcionar como sala de atividades.
3. Organização do tempo
A rotina é um aspeto fulcral nesta idade, pois permite-lhes sentir que estão num ambiente
securizante, onde sabem o que vai acontecer durante o dia, bem como a ordem pela qual os
acontecimentos se sucedem. Assim o dia a dia da sala de 2 anos é o seguinte:
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Horário
Rotina
8:00/10:00
Acolhimento
11:00
Reforço da manhã
Preenchimento do mapa de presenças
História/conversa
Atividades orientadas/livres
Muda de fraldas - Higiene
11:30
Almoço
12:15
Higiene
Repouso
14:30/15:00
Muda de fraldas
Atividades livres
15:45
Higiene
16:00
Lanche
16:30
Higiene
Atividades livres
Entrega das crianças
10:00
4. Organização da equipa
Diariamente são várias as pessoas que lidam com as crianças e outras que, fazendo parte da
equipa, apenas intervêm quando solicitadas. Apresento, de seguida, essa mesma equipa:
Nome
Função desempenhada
Vanda Pinto
Diretora técnico-pedagógica
Inês Nunes
Educadora de Infância
Maria da Graça
Auxiliar de ação educativa
Fabiana Antunes
Auxiliar de ação educativa
Cláudia Piaça
Auxiliar de ação educativa
Angelina Domingos
Auxiliar de serviços gerais
Joaquim Correia
Motorista
Marisa Constantino
Psicóloga
Ana Barradas
Voluntária
Carla
Voluntária
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Como forma de criar um bom trabalho de equipa, haverá reuniões semanais com todas as
educadoras do Centro Solidariedade e Cultura. Estes encontros são imprescindíveis, pois são uma
forma de partilharmos ideias, confrontarmos opiniões, avaliarmos e planificarmos trabalho futuro que,
muitas vezes, pode ser realizado em conjunto.
Sempre que necessário, recorreremos à bolsa de voluntariado do Centro Solidariedade e Cultura
de Peniche.
Os horários de trabalho da Educadora e auxiliares são os seguintes:
Horário da Educadora de Infância
Horários das auxiliares de ação educativa
9:00/12:30
8:00/13:00
8:30/13:30
10:00/14:30
14:00/16:30
14:30/17:00
15:00/17:30
15:30/18:30
Horário da auxiliar de serviços gerais
10:00/14:00
15:00/18:00
5. Organização do Estabelecimento Educativo
A Creche de Sant’Ana e S. Joaquim encontra-se junto à Igreja de Sant’Ana e S. Joaquim, daí o
seu nome e funciona diariamente com duas salas de creche, uma com 12 crianças de 1 ano e outra
com 15 crianças de 2 anos, num primeiro andar. Também aqui se encontra o refeitório das crianças
de 1 ano, bem como a área dos cabides das crianças das duas salas. Neste piso existe ainda uma
casa de banho com fraldário que dá apoio às duas salas. Para além deste, existe ainda um fraldário
na sala de 1 ano. O rés-do-chão do edifício de creche conta com uma copa, que serve de refeitório
às crianças de 2 anos, uma despensa, uma casa de banho para os colaboradores e um gabinete
para a educadora. Em ambas as salas de creche a luz natural é uma mais valia muito grande, pois é
praticamente desnecessária luz artificial nas salas durante a manhã e ao início da tarde,
principalmente nos dias de sol. Cada uma das salas apresenta uma cancela à porta para impedir que
as crianças saiam da sala inesperadamente. Para além destas, existe, também, uma cancela no topo
das escadas.
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VI - INTENÇÕES DE AÇÃO PARA O PRESENTE ANO LETIVO
1. Definição dos objetivos operacionais

Identificar os próprios sentimentos, emoções e necessidades, bem como os dos outros,
respeitando-os;

Progredir até ao completo controlo dos esfíncteres;

Atuar de forma mais autónoma nas atividades do dia-a-dia;

Adquirir segurança afetiva e emocional;

Estabelecer vínculos fluidos de relação com os adultos e com os pares;

Observar e explorar o ambiente envolvente, atribuindo-lhe significados;

Atuar, progressivamente, de acordo com as normas de comportamentos habituais;

Partilhar os seus pertences e os da sala com os pares;

Coordenar a sua ação com as ações dos outros;

Comunicar através da linguagem oral, progredindo sempre para a construção de frases mais
completas.
2. Indicadores da avaliação
Como indicador de avaliação deste projeto pedagógico de grupo defino a execução de 80% de
atividades planeadas, segundo as planificações definidas mensalmente, pelo que será impossível
precisar, neste momento, a quantidade total de atividades propostas, sendo uma estatística feita
posteriormente.
3. Estratégias e Métodos
A fim de promover nas crianças um desenvolvimento que lhes permita atingir os objetivos
definidos anteriormente, serão utilizadas várias estratégias, como é o caso de:
- Contar histórias;
- Observar e explorar materiais e o ambiente que as rodeia;
- Sentar-se no bacio/sanita de cada vez que forem mudar a fralda;
- Aplicar diversas técnicas de expressão plástica;
- Canções mimadas;
- Cartões de imagens;
- Estímulos individuais e de grupo;
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Projeto Pedagógico
- Exemplificar e repetir com as crianças as atitudes e comportamentos a desenvolver;
- Valorizar as crianças pelas suas vitórias;
- Atribuir pequenas tarefas às crianças;
- Transmitir carinho, afetos e segurança;
- Conversas sobre bons comportamentos, partindo das crianças a identificação dos mesmos.
4. Plano de Atividades sócio-pedagógicas
Ao longo deste ano letivo serão propostas várias atividades planeadas previamente, bem como
outras que surgem de forma espontânea. Apresento de seguida as atividades que, à priori, estão
planeadas para serem desenvolvidas:
Área de formação pessoal e social

Histórias relacionadas com atitudes de carinho e manifestação de afetos;

Interação com as crianças em manifestações de carinho;

Expor fotografias das crianças na sala para se identificarem e compararem umas às
outras;

Ajudar as crianças e incentivá-las a arrumar a sala;

Preenchimento do mapa de presenças diário;

Preenchimento, com a ajuda de um adulto, do quadro de presenças diário;

Distribuição, diária, do reforço da manhã, por cada uma das crianças;

Realizar todos os dias o momento de higiene de mãos e boca com as crianças,
autonomamente, de forma progressiva, bem como o momento de vestir/despir.
Área do conhecimento do mundo

Exploração de diferentes objetos;

Observação da sala e do meio que os rodeia, de diferentes formas;

Provar diferentes tipos de alimentos de diversos sabores;

Escutar e cantar músicas infantis, natalícias ou de outras épocas do ano;

Procura e descoberta de vários objetos/brinquedos que serão espalhados pela sala.
Área de expressão e comunicação

Conversas individuais e de grupo;

Histórias de descrição de imagens;
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Creche Santa Maria / Creche Santana e São Joaquim
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Projeto Pedagógico

Fazer desenhos em folhas de papel ou papel de cenário;

Explorar os materiais para expressão plástica que forem fornecidos pelo adulto (p.e.
tintas, pincéis, canetas, lápis, plasticina, massa de moldar)

Ouvir diferentes estilos de música, expressando-se e movimentando-se ao som dos
mesmos;

Realizar pequenas ações através da mímica;

Explorar objetos e agir sobre eles;

Jogos e atividades sobre as cores primárias;

Explorar diferentes características da voz;

Jogos e atividades sobre algumas formas geométricas;

Jogos de opostos.
5. Plano de Formação/Informação
Ao longo de todo o ano serão feitos esforços para realizar algumas formações para os pais, indo
ao encontro do que estes manifestarão nas entrevistas individuais no início do ano letivo. Assim
alguns dos temas de ações a desenvolver serão:

Prevenção de acidentes;

Educação parental;

Noções de desenvolvimento infantil;

Educar pela emoção.
Assim que haja alguma informação sobre os mesmos a Educadora informará os pais da hora a
local onde irão decorrer, mediante a adesão do número de pais.
Quando à formação para as crianças, este ano iniciaremos, ainda sem data de início, com
sessões de expressão motora dadas por um pai que é professor de educação física.
6. Outros aspetos relevantes
Ao longo de todo o ano será cruzado com o projeto pedagógico de grupo o projeto “Despertar da
Fé”, fundado pelo Departamento de Catequese do Patriarcado e a Escola Superior de Educadores
de Infância Maria Ulrich, que, como o próprio nome indica, pretende despertar a espiritualidade nas
crianças. Ligado ao tema deste projeto pedagógico, ajudar-nos-á a perceber o que necessitamos
para nos sentirmos bem connosco próprios, reconhecendo Jesus Cristo como um Amigo que nos
ajuda e tudo faz para nos sentirmos felizes e perceber as necessidades dos que nos rodeiam, na
medida em que podemos ser úteis para melhorar o dia-a-dia de cada um. Neste projecto iremos ter
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Creche Santa Maria / Creche Santana e São Joaquim
Jardim Infância Santa Maria / Jardim Infância João Paulo II
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alguns períodos chave, tais como o Dia de Todos os Santos, o Advento, o Natal, a Quaresma, a
Páscoa, o Pentecostes e o mês de Maria, no entanto, ao longo de todo o ano lectivo, serão cruzados
muitos outros valores de cariz cristão em diferentes momentos.
VII - PREVISÃO DOS PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
1. Dos processos e dos efeitos
Como forma de avaliação de todo o processo e dos efeitos produzidos ao longo do ano serão
realizadas, mensalmente, avaliações das planificações mensais, avaliações do plano individual de
cada criança, avaliações do perfil de desenvolvimento das crianças e um relatório de avaliação deste
projeto pedagógico de grupo.
2. Com as crianças
Para a avaliação das crianças, serão úteis os vários documentos utilizados, nomeadamente, o
registo de acolhimento inicial, o perfil de desenvolvimento e o plano individual. Para além destes será
feita uma avaliação maioritariamente por observação direta.
3. Com a equipa
Com a equipa serão realizadas reuniões sempre que se considerar necessário, nunca menos
que 1 de três em três meses a fim de serem discutidos alguns aspetos práticos que vão ocorrendo no
dia-a-dia que deverão ser melhorados ou salientar aspetos bons a manter.
4. Com a família
A família é um ponto muito importante no desenrolar deste projeto e, como tal, a avaliação vai
sendo contínua, em conversas diárias, para além de contarmos com os documentos acima
mencionados que vão sendo acompanhados e assinados pela família. Como tal a educadora reunirá
com os pais pelo menos cinco vezes durante o ano: a reunião de pais de inicio de ano, a de fim de
ano e as reuniões intercalares para avaliação dos perfis de desenvolvimento, podendo estas ser
individuais ou em grande grupo.
5. Com a comunidade educativa
Neste ponto, com crianças desta faixa etária, é um pouco difícil falar em relação com a
comunidade, pois a impossibilidade de transporte não facilita saídas ao exterior. No entanto, dentro
do espaço creche são realizadas várias campanhas conjuntas com a comunidade e outras que,
apesar de serem organizadas só pela creche, trazem consigo o intuito de ajudar a comunidade. São
exemplos disso a “Campanha Dar +” e a campanha “Com um alimento na mão, abrimos o coração”.
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Para além das campanhas a sala está sempre à disposição para a participação dos pais em
alguma atividade, alguma sugestão ou até mesmo algum serviço que a comunidade necessite da
ajuda da creche.
VIII - RELAÇÃO COM A FAMÍLIA E OUTROS PARCEIROS
EDUCATIVOS
A relação com a família, como referi acima, é uma das grandes preocupações pois é muito
importante que todas as famílias sejam implicadas no desenvolvimento dos seus filhos e nas
atividades que estes desenvolvem. Como tal contamos com a presença dos pais em algumas
atividades para as quais sejam solicitados e noutras que estes se proponham fazer, em materiais
que possam trazer para exploração na sala e com a sua participação em festas da creche.
Para facilitar esta comunicação, foram introduzidos uns cadernos que acompanham a criança
todos os dias na escola e em casa, onde a educadora poderá deixar algum recado, bem como a
família poderá partilhar alguma informação, mesmo quando não podem ir pessoalmente levar os
filhos a escola.
IX - COMUNICAÇÃO DE RESULTADOS E DIVULGAÇÃO DE
INFORMAÇÃO
Todo o trabalho que é feito no espaço de creche, nem sempre é visível às famílias e à
comunidade. Como tal será elaborado um registo diário das atividades e momentos vividos pelas
crianças na creche que será afixado em local visível a todos os pais, dentro do espaço de creche.
Também com o intuito de dar a conhecer os resultados de todo o trabalho desenvolvido será afixado,
mensalmente, um boletim com as informações relativas ao mês anterior no que diz respeito às
atividades de sala, às conquistas e acontecimentos chave, que também será afixado em local visível.
Numa tentativa de poder chegar à comunidade, está a ser criado um espaço na internet onde
cada profissional pode partilhar o trabalho que é feito em sala. No entanto este ainda se encontra em
processo de elaboração.
Validação do Projeto Pedagógico de Grupo
Data
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Educadora de Infância
Diretora Técnico-Pedagógica
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Projeto pedagógico de grupo - Sala 2 anos