Programação e Caderno de Resumos III Colóquio Internacional de Metafísica O que é Metafísica? 20 a 24 de abril de 2009 Brasil, Natal/RN, UFRN Editor responsável Oscar Federico Bauchwitz Comissão Organizadora Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz Prof. Dr. Jaimir Conte Profa. Dra. Maria da Paz Nunes de Medeiros Prof. Dr. Markus Figueira da Silva Comissão Científica Profa.Dra. Claudia D’Amico (U. de Buenos Aires) Prof. Dr. Claudio Costa (UFRN) Prof. Dr. José Maria Zamora Calvo (U. Autónoma de Madrid) Prof.Dr. Marcelo Pimenta Marques (UFMG) Prof.Dr. Osvaldo Chateaubriand Filho (PUC-RJ) Programa de Pós-Graduação em Filosofia Universidade Federal do Rio Grande do Norte Campus Universitário, Km 1, BR 101, Lagoa Nova. Tel..: (84) 32153643 http://www.filosofia.cchla.ufrn.br/IIICIM III Colóquio Internações de Metafísica : O que é Metafísica? Programação e Caderno de Resumos / Organização de Oscar Federico Bauchwitz – Natal: 2009. 1. 2 Metafísica – Brasil – Congressos. I. Bauchwitz, Oscar Federico. III. Título. Sumário Apresentação 5 PROGRAMAÇÃO DO EVE(TO 7 CADER(O DE RESUMOS Grupo de Trabalho de Metafísica Antiga Grupo de Trabalho de (eoplatonismo Grupo de Trabalho de Metafísica Moderna Grupo de Trabalho de Metafísica Contemporânea Grupo de Trabalho de Lógica e Ontologia 33 35 47 56 73 103 3 4 Apresentação Este Caderno reúne os resumos dos trabalhos do III Colóquio Internacional de Metafísica, organizado pelo Programa de PósGraduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, de 20 a 24 de abril de 2009, cujo tema central O que é Metafísica?, comemora o 80° aniversário da preleção de Martin Heidegger. Em sua terceira edição, o evento reúne conferências, palestras e comunicações de professores e alunos de pós-graduação, do Brasil e do Exterior, distribuídas em cinco Grupos de Trabalho: Metafísica Antiga, Neoplatonismo, Metafísica Moderna, Metafísica Contemporânea e Lógica e Ontologia. Dispõe-se aqui dos resumos das palestras e comunicações específicas de cada Grupo de Trabalho. Para identificar os horários e dias das apresentações, conta-se ainda com a Programação Geral do Evento no início deste Caderno. A organização do III Colóquio Internacional de Metafísica agradece a colaboração dos coordenadores dos Grupos de Trabalho: Markus Figueira da Silva (Metafísica Antiga), Jaimir Conte (Metafísica Moderna), Claudio Ferreira Costa (Metafísica Contemporânea) e Maria da Paz Nunes de Medeiros (Lógica e Ontologia). Agradece, ainda, o apoio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFRN, da FAPERN, da CAPES, da ANPOF e da Secretaria de Turismo da Prefeitura do Natal. Oscar Federico Bauchwitz Coordenador Geral 5 6 PROGRAMAÇÃO DO III COLÓQUIO I(TER(ACIO(AL DE METAFÍSICA O que é Metafísica? 7 Programação Geral Horário Segunda, 20 Abertura da Secretaria do Evento 13:30 15:00 Sala de Eventos, CCHLA (Térreo) Intervalo 15:30 17:00 Intervalo 17:30 19:00 8 Conferências Terça, 21 Quarta, 22 Quinta, 23 Sexta, 24 Atividades dos Grupos de Trabalho Atividades dos Grupos de Trabalho Atividades dos Grupos de Trabalho Atividades dos Grupos de Trabalho (Comunicações) (Comunicações) (Comunicações) (Comunicações) Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo Atividades dos Grupos de Trabalho Atividades dos Grupos de Trabalho Atividades dos Grupos de Trabalho Atividades dos Grupos de Trabalho (Comunicações) (Comunicações) (Comunicações) (Comunicações) Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo Atividades dos Grupos de Trabalho (Palestras) Atividades dos Grupos de Trabalho (Palestras) Atividades dos Grupos de Trabalho (Palestras) Atividades dos Grupos de Trabalho (Palestras) Conferências Conferências Conferências Conferências Conferências Local: Auditório da Biblioteca Central Zila Mamede Horário 19:00 20:00 Segunda, 20 À quoi sert la Métaphysique d’Aristote ? L’exemple du mouvement animal Pierre-Marie Morel (U. de Paris 1) Sobre a Metafísica, ou a respeito do jejum Gilvan Fogel (UFRJ) Local: Auditório da Biblioteca Central Zila Mamede Horário 19:00 20:00 Terça, 21 On what there be must be Luiz Carlos Pinheiro Dias Pereira (PUC-RJ) (egation and logical monism Jean-Baptiste Joinet (U. de Paris 1) Local: Auditório da Biblioteca Central Zila Mamede Horário 20:00 Quarta, 22 Contra a teoria dos dois mundos na filosofia de Platão Marcelo Pimenta Marques (UFMG) 9 Conferências Local: Auditório da Biblioteca Central Zila Mamede Horário 19:00 20:00 Quinta, 23 Ante ens, non ens : la primacía de la negación en el neoplatonismo Claudia D’Amico (U. de Buenos Aires) Presencia/Ausencia: de Plotino a Proclo José Maria Zamora Calvo (U. Autónoma de Madrid) Local: Auditório da Biblioteca Central Zila Mamede Horário 19:00 20:00 10 Sexta, 24 A essência poética da história Virgínia Figueiredo (UFMG) Contribuições para uma ontologia digital Rafael Capurro (U. Stuttgart) Grupo de Trabalho de Metafísica Antiga Local: Auditório A Horário 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:30 Terça, 21 Ontologia heraclitiana José de Magalhães Campos Ambrósio (UFMG) Pedro Lima Cordeiro Lima (UFMG) A psyché como arché da phisis: o argumento platônico contra a asebéia no Livro X das Leis Maria Gorette Bezerra de Lucena (PUC-SP) O elogio de (ietzsche a Sócrates Fernanda Machado de Bulhões(UFRN) Intervalo Realidade e gênero no Filebo de Platão Maria Veralúcia Pessoa Porto (UERN) (omeação e ontologia no Crátilo de Platão Telmir de Souza Soares (UERN) Intervalo Metafísica de Platão: monismo originário Custódio Silva de Almeida (UFC) 11 Grupo de Trabalho de Metafísica Antiga Local: Auditório A Horário 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:30 12 Quarta, 22 A admiração é o páthos do filósofo Gislene Vale dos Santos (UFSC) Sobre a igualdade de natureza (alma) dos guardiões na República de Platão Solange Maria Norjosa Gonzaga (UFPB) Linguagem e metafísica no Crátilo de Platão Ivanaldo Oliveira dos Santos (UERN) Intervalo A natureza do éros platônico Jovelina Maria Ramos de Souza (PIDFIL-UFRN) A theoria enquanto techné na politéia platônica Érika Bataglia da Costa (UFC) Intervalo Formas e Sentido na concepção platônica de linguagem Maria Aparecida de Paiva Montenegro (UFC) Grupo de Trabalho de Metafísica Antiga Local: Auditório A Horário 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:30 18:15 Quinta, 23 Prazer, desejo e amor-paixão no texto de Lucrécio Antônio Júlio Garcia Freire (UERN) Possibilidade em Metafísica IX 3-4 Mateus R. Fernandes Ferreira (UNICAMP) Um estudo das relações entre tempo e número na Física de Aristóteles Julio Andrade Paulo (UFPB) Intervalo A phýsis na conformação do logos: linguagem e pensamento no corpus epicúreo Rodrigo Vidal do Nascimento (PIDFIL-UFRN) Tempo e movimento no pensamento de Epicuro Everton da Silva Rocha (PIFDIL-UFRN) Intervalo Física, metafísica e direito em Anaximandro Celso Martins Azar Filho (IBMEC-RJ) Sensações, impressões, projeções: as afecções do Pensamento Markus Figueira da Silva (UFRN) 13 Grupo de Trabalho de (eoplatonismo Local: Auditório de Filosofia Horário 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:30 18:15 14 Terça, 21 Metafísica e (eoplatonismo David G. Santos (Universidade de Lisboa) O Conceito de Participação como Fundamento da Metafísica Agostiniana Marlesson Castelo Branco do Rêgo (CEFET-PE) Plotino e (íveis de Mim: Inconsciente e Mística Marcus Reis Pinheiro (UFF) Intervalo Algumas considerações acerca da Metafísica do Amor em Ficino Monalisa Carrilho de Macedo (UFRN) Metafísica é Platonismo Gisele Amaral (UFPB) Intervalo Antropologia e Metafísica na Oratio catechetica magna de Gregório de (issa Jorge Augusto da Silva Santos (UFES) A Dimensão Metafísica da Civitas na Doutrina ÉticoPolítica de Santo Agostinho Marcos Roberto Nunes da Costa (UNICAP-PE) Grupo de Trabalho de (eoplatonismo Local: Auditório de Filosofia Horário 13:30 14:00 15:00 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00 17:30 18:15 Quarta, 22 As Razões Filosóficas da Demonstração da Existência de Deus em João Duns Escoto Victor Hugo de Oliveira Marques (Inst. Teo. João Paulo II) Metafísica da mostração em (icolau de Cusa José Teixeira Neto (PIDFIL-UFRN) Intervalo Corruptibilidade e Redenção Temporal em Schelling: Antecedentes e Repercussões Edrisi Fernandes (PIDFIL-UFRN) Ter sangue-frio... Luiz Fernando Fontes-Teixeira (PPGFIL-UFRN) Apofaticismo e abstração em Mark Rothko Vanessa Alves de Lacerda Santos (UFS) Intervalo La dimensión ética en el pensamiento de (icolás de Cusa Paula Pico Estrada (U. Nacional de Mar del Plata) Guimarães Rosa: sertão, deserto e nada. Cicero Cunha Bezerra (UFS) Contribuições à história de uma metáfora: Heidegger e (icolau de Cusa Oscar Federico Bauchwitz (UFRN) 15 Grupo de Trabalho de Metafísica Moderna Local: Auditório de Geografia Horário 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:30 16 Terça, 21 Sobre a circularidade entre a Terceira e a Quinta Meditações em Descartes Alexandre de Moura Barbosa (UFC) Metafísica Cartesiana das Paixões Juliana da Silveira Pinheiro (UFMG) Intervalo Heidegger e Leibniz – a abertura do conceito de mônada Cristiano Bonneau (UFPB) Os conceitos de ser e de tempo em Sein und Zeit Pedro Paulo Corôa (UFPA) Intervalo Blaise Pascal: da recusa da metafísica da raison à metafísica do “estudo do homem” João Emiliano Fortaleza de Aquino (UECE) Grupo de Trabalho de Metafísica Moderna Local: Auditório de Geografia Horário 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00 17:30 Quarta, 22 O corpo como questão nos postulados da parte III da Ética de Benedictus Spinoza Daniel Figueiredo de Oliveira (UECE) O Trabalho Crítico de Espinoza nos pensamentos Metafísicos Sérgio Luis Persch (UFPB) Intervalo Kant e a fundamentação metafísica da mecânica racional Tedson Mayckell Braga Teixeira (UFPB) A crítica de Hume à metafísica moderna Flávio Miguel de Oliveira Zimmermann (USP) Hume: Metafísica, Ceticismo e (aturalismo Jaimir Conte (UFRN) Intervalo Mechanismus metaphysicus versus concursus dei na metafísica de Leibniz José Maria Arruda (UFC) 17 Grupo de Trabalho de Metafísica Moderna Local: Auditório de Geografia Horário 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00 17:30 18:15 18 Quinta, 23 A Alma e o Corpo em Malebranche: uma reflexão sobre a lei geral das comunicações do movimento Euza Raquel de Souza (UECE) A metafísica conforme Giambattista Vico Marcos Aurélio da Guerra Dantas (UECE) Giambattista Vico e a idéia de uma nova metafísica no De antiquissima Liliane Severiano Silva (UECE) Intervalo O Lugar do ceticismo na Filosofia do Jovem Hegel Edney José da Silva (UFRN) Ceticismo e fundamentação no sistema de Hegel Oscar Cavalcanti de Albuquerque Bisneto (UFRN) Considerações sobre o Saber Absoluto e a Filosofia da História em Hegel Rafael Ramos Cioquetta (UFRGS) Intervalo Giambattista Vico: uma nova metafísica como nuova scienza do mundo civil José Expedito Passos Lima (UECE) Ceticismo e externidade do mundo: os limites da filosofia de Hume quanto crítica à metafísica Érico Andrade (UFPE) Grupo de Trabalho de Metafísica Moderna Local: Auditório de Geografia Horário 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00 17:30 Quinta, 23 Estado (atural e o homem metafísico de Rousseau Rachel Leite Pereira (UECE) Marx: da crítica do fundamento absoluto de Hegel à crítica do materialismo contemplativo de Feuerbach Estenio Ericson Botelho de Azevedo (USP) Metafísica e Política: Carl Schmitt sobre o sujeito moderno e a fundamentação das normas Deyvison Rorigues Lima (UFC) Intervalo Uma impossibilidade ontológica em Schopenhauer Paulo César Oliveira Vasconcelos (UFPI) Do nada ao nada Ilíada Santos Botelho (UFPB) Da proveniência da necessidade metafísica do homem, segundo Arthur Schopenhauer Dax Moraes (PIDFIL-UFRN) Intervalo Metafísica e Estética musical no romantismo alemão Márcio Benchimol Barros (UNESP) 19 Grupo de Trabalho I de Metafísica Contemporânea Local: Auditório B Horário 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00 17:30 20 Terça, 21 Será possível falar filosoficamente sobre o conceito de verdade sem ser metafísico? Sérgio Murilo Rodrigues (PUC-MG) El viejo y el nuevo modo de pensar: el problema de la metafísica y las ontologías recientes Glenda Satne (U. Buenos Aires) Animales sin lenguaje en el espacio de los conceptos: una crítica al principio de prioridad Mariela Aguilera (UNC, Argentina) Intervalo John Ralws: um pensador pós-metafísico Raphael Brasileiro Braga (PPGFIL-UFC) Proposições que fixam referentes e a irredutibilidade dos qualia Aline Medeiros Ramos (Fordham University) Propriedades de objetos inexistentes Josailton Fernandes de Mendoça (PIDFIL-UFRN) Intervalo A ontologia dos tropos Claudio Ferreira Costa (UFRN) Grupo de Trabalho I de Metafísica Contemporânea Local: Auditório B Horário 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00 17:30 Quarta, 22 Merleau-Ponty: Da metafísica à estesia do corpo Benjamin Julião de Góis Filho (PPGFIL-UFRN) Metafísica da Carne: (otas sobre o corpo no pensamento de Merleau-Ponty João Carlos neves de Souza e Nunes Dias (UFAL) A(s) Ontologia(s) de Descartes segundo Merleau-Ponty Juliano Moreira Lagoas (UFSCAR) Intervalo Metafísica e Diacronia Márcio Antônio de Paiva (PUC-MG) A Filosofia e a coragem para o sacrifício Rômulo Pizzolante (IFCS-UFRJ) O que é isso – a desconstrução Manoel Carlos Uchôa de Oliveira (UFPE) Intervalo A Metafísica e o “amor à sabedoria” Miguel Antonio do Nascimento (UFPB) 21 Grupo de Trabalho I de Metafísica Contemporânea Local: Auditório B Horário 13:30 14:00 14:30 15:00 Quinta, 23 O comportamento humano e o interagir dos animais: mundo e pobreza de mundo no pensamento inicial de Martin Heidegger Fernando Rodrigues O salto do primeiro início para o outro início do pensamento de Martin Heidegger Laura Meirelles Beghelli (UFJF) A tensão entre o “Deus da metafísica” e o “último deus” em Heidegger Daniel da Silva Toledo (UFJF) Intervalo 17:30 A ontologia só é possível como fenomenologia? Luciano Donizetti da Silva (UFPI) A origem estética da ontologia hermenêutica de Luigi Pareyson Íris Fátima da Silva (UFRN) Ontologia e pluralismo das artes visuais a partir da tensão operativa Miguel Gally de Andrade (UFRN/FAPERN) Intervalo O acontecimento de mundo na era da informação Soraya Guimarães (PIDFIL-UFRN) 18:15 El nexo esencial entre ser y la nada en Hegel y Heidegger Daniel Brauer (U. Buenos Aires) 15:30 16:00 16:30 17:00 22 Grupo de Trabalho I de Metafísica Contemporânea Local: Auditório B Horário 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00 Sexta, 24 A concepção de Searle sobre o reducionismo e o problema da supra-determinação causal Maxwell Morais de Lima Filho (UFC) Encobrimento e visibilidade. Da vigência ao Retiro do Ser em Heidegger Eduardo Triandopolis (UECE) Müller-Lauter versus Heidegger: divergências sobre o caráter metafísico da vontade de poder Roberto Lúcio Diniz Júnior (PUC-MG) Intervalo A metafísica benjaminiana e o agora (Jetztzeit) Maria Terezinha de Castro Callado (UECE) Tecnologia e racionalidade no pensamento de Hebert Marcuse Cícero Leilton Leite Bezerra (PPGFIL-UFRN) Hannah Arendt: As falácias metafísica e o pensamento que transcende a si mesmo Luiz Diogo de Vasconcelos Júnior (UNICAMP) Intervalo 17:30 Kant contra a “sorte moral” Cinara Nahra (UFRN) 18:15 Ontologia Digital: Transhumanizando a Hermenêutica Filosófica Ana Thereza de Miranda Cordeiro Dürmaeir (UFPB) 23 Grupo de Trabalho II de Metafísica Contemporânea Local: Auditório C Horário 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 24 Terça, 21 Heidegger e a tradição do pensamento José Carlos Marçal (PIDFIL-UFPE) O que é o fim da metafísica? Rodrigo Ribeiro Alves Neto (UFRN) Intervalo O sentimento trágico e o paradoxo morte-vida na filosofia de Miguel de Unamuno Maria Cristina Soares Magalhães (PUC-MG) Metafísica e violência: a dimensão ética da Ontologia niilista de Gianni Vattimo Antonio Glaudenir Brasil Maia (PIDFIL-UFPE) O lugar da bioética e do habitar poético na crítica de Heidegger à Técnica Moderna Thalles Azevedo de Araújo(UEPB) Grupo de Trabalho II de Metafísica Contemporânea Local: Auditório C Horário 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 Quarta, 22 A dimensão do Originário no pensamento heideggeriano Augusto César Feitosa (FASE) A problematicidade de uma determinação originária da metafísica Rainri Back dos Santos (UnB) La negatividad como fuente de sentido Hernán Javier Candiloro (U. Buenos Aires) Intervalo (arração, temporalidade e intriga poética: mímesis e refiguração Antonio Aurélio Oliveira Costa (PUC-Minas) La ciencia en aprés coup Roberto Javier de Angelis (U. Buenos Aires) 25 Grupo de Trabalho II de Metafísica Contemporânea Local: Auditório C Horário 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 26 Quinta, 23 O niilismo no prólogo de Assim falou Zaratustra José Elielton de Sousa (UFPI) Superação da Metafísica? Uma reflexão sobre a crítica de Agamben à filosofia de Heidegger Luciana da Silva Mendes Ferreira (UnB) Intervalo Criar mundo e liberdade – a propósito de uma perspectiva metafísica que, a partir de Heidegger, problematiza a leitura de heideggeriana de (ietzsche Flávio Augusto Senra Ribeiro (PPGCR/PUC-MG) (ietzsche e Heidegger em: o Eterno Retorno do Igual Alan Marinho Lopes (PPGFIL-UFRN) Grupo de Trabalho II de Metafísica Contemporânea Local: Auditório C Horário 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 Sexta, 24 Ensaio Sobre o (iilismo Europeu. *ietzsche e o Evangelho do futuro Williane de Souza Oliveira (PPGFIL-UFRN) Morte de Deus e superação do niilismo na filosofia de (ietzsche Assileide Melo Dantas (PPGFIL-UFRN) O método da suspeita de (ietzsche: transvaloração, perspectivismo e verdade Joana Brito de Lima (UFPI) Intervalo Humanismo e domesticação em Regras para o Parque Humano Luiz Roberto Alves dos Santos (UFRN) Da Ontologia à Antropotécnica: Sloterdijk e Heidegger Lucas Fortunato (PPGFIL-UFRN) ¿Uma nueva ontologia? Les derechos filosóficos de la Cibercultura Margarita Schulz (Depto. Teoría de la Artes – Fac. De Artes) 27 Grupo de Trabalho Lógica e Ontologia Local: Sala C5 (Setor II) Horário 17:30 28 Terça, 21 A silogística de Lewis Carroll Thomas Sautter (UFSM) Grupo de Trabalho Lógica e Ontologia Local: Sala C5 (Setor II) Horário 13:30 14:00 14:30 15:00 16:00 16:30 17:00 17:30 Quarta, 22 Sobre meras possibilidades Rodrigo Reis Lastra Cid (FAPEMIG/UFOP) Problemas com descrições negativas e falsas em teorias realistas da verdade: Análise da tractiana à luz da filosofia de Chateaubriand Marcos Antônio da Silva Filho (PUC-Rio) Kurt Gödel e Karl R. Popper contra a aniquilação da Metafísica pelos postulados de Linguagens axiomáticas Wagner Lopes Machado de Oliveira (PPGFIL/UFPB) Intervalo Lógica é Metafísica Daniel Durante Pereira Alves (UFRN) Programa de Dummet Wagner de Campos Sanz (UFG) Intervalo “Sinn” e “Bedeutung” no “Os Fundamentos da Aritmética de Frege” Fernando Raul de Assis Neto (UFPE) 29 Grupo de Trabalho Lógica e Ontologia Local: Sala C5 (Setor II) Horário 14:00 14:30 15:00 16:00 16:30 17:00 17:30 30 Quinta, 23 Conceitos: representações mentais, objetos abstratos, ou uma mistura de ambos? Anderson Bogéa da Silva (PPGFIL/UFPB) Perspectivismo: As aparências são a essência João Pereira da Silva Neto (PPGFIL/UFC) Intervalo As Razões Filosóficas da Demonstração da Existência de Deus em João Duns Escoto José da Silva (PPGFIL/UFPB) Atualidade e (ecessidade Acidental: comparação entre dois modelos Leonardo Antonio Cisneiros Arrais (UFPE) Intervalo Uso e ontologia em informática: um novo mercado para os filósofos Fred Freitas (CIn/UFPE) Grupo de Trabalho Lógica e Ontologia Local: Sala C5 (Setor II) Horário 14:00 14:30 15:00 16:00 16:30 Quinta, 23 Lógica e Ontologia em Hegel Márcia Zebina (UFG) “A Ciência da Lógica” de Hegel por Hebert Marcuse Alberto Dias Gadanha (UECE) Intervalo Lógica, Ontologia e metafísica na Wissenschaft der Logik de Hegel Jaaziel de Carvalho Costa (UFPI) A filosofia enquanto reflexão problematizante e sistematizante sobre o sentido da vida Raimundo do Nascimento Batista Landim (UECE) 31 32 CADERNO DE RESUMOS DO III COLÓQUIO I(TER(ACIO(AL DE METAFÍSICA O que é Metafísica? 33 34 GRUPO DE TRABALHO DE METAFÍSICA ANTIGA 35 PALESTRAS (ome: Celso Martins Azar Filho Instituição: IBMEC-RJ Título do Trabalho: Física, metafísica e direito em Anaximandro Resumo: O tema da palestra será o fragmento de Anaximandro. Pretendo mostrar como, no primeiro texto da filosofia ocidental, a idéia fundamental de ordem natural é construída com o auxílio de termos usados até então no âmbito de descrição e compreensão da ordem social. E assim esclarecer como se cruzam desde a origem metafísica, física, religião, direito e política; ou como nosso conhecimento do mundo e do homem está vinculado, uma vez que nossas formas de viver e saber não apenas se relacionam, mas são constituídas no mesmo movimento. Palavras-Chave: Anaximandro, Direito e Metafísica (ome: Maria Aparecida de Paiva Montenegro Instituição: UFC Título do Trabalho: Formas e Sentido na concepção platônica de linguagem Resumo: No Fedro (247-d), depreende-se uma certa definição das Formas como constituindo o ser que realmente é e que, enquanto tal, não tem cor, nem rosto e se mantém intangível, de modo que sua visão só é proporcionada ao condutor da alma pelo intelecto, sendo o patrimônio do verdadeiro saber. Na tese defendida por Sócrates no Crátilo, as Formas parecem desempenhar o papel de referência dos nomes, devendo conferir-lhes a requerida justeza. Ora, a questão que se levanta é: como referências destituídas de conteúdo produzem as relações de sentido? À medida que se conclui que o sentido não pode prescindir dos modos de uso dos nomes,supomos que a concepção platônica de linguagem alia a metafísica a um componente que 36 propomos chamar de pragmático. Nessa perspectiva, nosso intuito é mostrar que a metafísica não se apresenta como o fim maior da filosofia platônica, vindo antes servir a propósitos práticos Palavras-Chave: Platão, Linguagem e Metafísica (ome: Custódio Silva de Almeida Instituição: UFC Título do Trabalho: Metafísica de Platão: monismo originário Resumo: De acordo com a tradição que remonta aos gregos, a base da metafísica de Platão seria o dualismo estabelecido entre o mundo inteligível – das idéias, e o mundo sensível – da experiência; a partir da primazia do primeiro o sobre o segundo. No entanto, a mesma tradição que tornou hegemônico esse modo de pensar, reconhece que, segundo Platão, o Bem é o princípio metafísico supremo. A partir disso e estudando o diálogo Filebo, à luz da hermenêutica filosófica de Gadamer, podemos dizer que, segundo o conceito de Bem, a metafísica de Platão pode ser definida como a ciência da unidade originária e, nesse sentido, o dualismo surge como a necessária oposição dialética que move o pensamento, inexoravelmente, ao monismo originário. Palavras-Chave: Platão, Dualismo e Monismo (ome: Markus Figueira da Silva Instituição: UFRN Título do Trabalho: Sensações, impressões, projeções: as afecções do Pensamento Resumo: Trata-se do exame para a physiologia em Epicuro. Das sensações até as projeções imaginárias do pensamentos, busca-se estabelecer a fundamentação gnosiológica da physiologia. COMU(ICAÇÕES 37 (ome: José de Magalhães Campos Ambrósio Instituição: UFMG Título do Trabalho: Ontologia heraclitiana Resumo: O presente trabalho pretende investigar o pensamento heraclitiano no âmago de sua filosofia ontológica. Enquanto tal, pretende Heráclito conhecer o ser profundo das coisas e acaba por descobrir que a mudança, o eterno devir, constitui o verdadeiro Ser, representado pelo fogo e pela oposição dos contrários. Para tanto, fizemos uma pequena digressão acerca do contexto filosófico da sua época, dos filósofos naturalistas, principalmente a dicotomia criada entre esse pensador e o logos imutável de Parmênides. Finalizamos com uma pequena análise dos impactos da ontologia de Heráclito em pensadores contemporâneos, como Hegel, Nietzsche e Heidegger. Palavras-Chave: Filosofia pré-socrática, Heráclito, e Ontologia. (ome: Maria Gorette Bezerra de Lucena Instituição: PUC-SP Título do Trabalho: A psyché como arché da phýsis: o argumento platônico contra a asebéia no Livro X das Leis Resumo: Para combater a asebéia (impiedade) na cidade das Leis, Platão apresenta o argumento de que a psyché é o verdadeiro arché da phýsis (Leis, X, 892c). Nossa comunicação tem como propósito refletir sobre a crítica platônica aos discursos de alguns filósofos da phýsis que provocam a impiedade na cidade, e demonstrar que a reflexão sobre essa questão propicia ao filósofo apresentar uma nova noção de phýsis. Palavras-Chave: Asebéia, Phýsis e Psyché. (ome: Fernanda Machado de Bulhões Instituição: UFRN 38 Título do Trabalho: O elogio de Nietzsche a Sócrates Resumo: É muito conhecida a crítica que Nietzsche faz a Sócrates, “o herói dialético do drama platônico”, por isso esta apresentação tem como meta elucidar a admiração que Nietzsche sente pelo homem enigmático que foi Sócrates. Palavras-Chave: Arte, Enigma, Ironia, Razão e Somatismo. (ome: Maria Veralúcia Pessoa Porto Instituição: UERN Título do Trabalho: Realidade e gênero no Filebo de Platão Resumo: No Filebo o ponto culminante é a busca da eudaimonia, fim último para o qual tudo tende e que, por isso mesmo, possui relação direta com a virtude e a excelência. Inicialmente o diálogo apresenta a felicidade como o prazer desencadeado pela fruição do que é material e corpóreo; na seqüência, e em oposição à primeira tese, a felicidade é apresentada como sendo o prazer intelectual promovido pelo saber. A investigação prossegue ampliando a discussão para o conceito de gênero: o limitado, o ilimitado, os gêneros principais, a mistura entre limitado e ilimitado (sensível) e a causa da mistura (Demiurgo). Este trabalho visa compreender como, a partir dos gêneros principais, todas as coisas são formadas, tendo como hipótese uma proposta de síntese entre os gêneros da dualidade inicial, através da adequação formal da diversidade à unidade Palavras-Chave: Filebo, gênero e realidade. (ome: Telmir de Souza Soares Instituição: UERN Título do Trabalho: Nomeação e ontologia no Crátilo de Platão Resumo: Platão, no Crátilo, empreende uma reflexão ontológica sobre a relação entre os nomes e os seres representados pelos nomes. Entre a tese naturalista, defendida por Crátilo, e a tese convencionalista, 39 defendida por Hermógenes, encontramos em Sócrates a possibilidade de uma tese intermediária. Os nomes são dados pelo Legislador que, com o auxílio do Dialético adequa os nomes ao seu uso. Tal escolha é corroborada pela comunidade que homologa os nomes. Mas, se o Legislador dos nomes tem que buscar uma adequação entre os nomes e as coisas, qual a sua referência ao escolhê-los? Uma hipótese de trabalho para esta pergunta consiste em considerar a existência de uma dimensão ontológica na qual subsistiriam estruturas ideais nas quais o Legislador poderia se guiar na busca pela denominação mais adequada e justa de todos os entes. Palavras-Chave: Crátilo, nomeação, ontologia. (ome: Gislene Vale dos Santos Instituição: UFSC Título do Trabalho: A admiração é o pathos do filósofo Resumo: Através das ocorrências do conceito páthos, no Teeteto, apresentaremos uma análise a partir da qual a noção de dóxa se constitui como articulação necessária para o lógos filosófico. A dóxa seria a aporia, o perplexo que leva o filósofo, em um estado de êxtase frente a uma phantásia cindida, a buscar por um fundamento que garanta tal perplexidade. A dóxa será lida em uma reunião contraditória. Deste encontro entre diferentes situaremos o páthos que permite a teorização reflexiva. Nesse contexto, o filósofo parece ser o homem assustado frente à reflexão do emergir do sensível em um perspectivismo de relações. Garantir a unidade destas relações parece ser garantir a unidade conceitual do próprio humano que tocado pela natural contradição da physis se põe de modo radical em relação à atividade de pensar o todo em sua arkhé. Palavras-Chave: Pathós, filósofo e admiração. (ome: Solange Maria Norjosa Gonzaga 40 Instituição: UEPB Título do Trabalho: Sobre a igualdade de natureza (alma) dos guardiões na República de Platão Resumo: Platão estabelece em República V, 453b que “Cada um deve executar sua tarefa específica de acordo com sua natureza”. Em nossa comunicação pretendemos refletir sobre o sentido ontológico desse princípio fundador da Politéia em lógos, no que concerne à natureza dos guardiões, no intuito de demonstrar que a natureza (alma) da guardiã é igual a do guardião. Portanto, naturezas iguais, funções iguais. Palavras-Chave: Alma, natureza e guardião. (ome: Ivanaldo Oliveira dos Santos Instituição: UERN Título do Trabalho: Linguagem e metafísica no Crátilo de Platão Resumo: De acordo com a tradição, o diálogo Crátilo é o primeiro momento de lucidez no Ocidente sobre a linguagem, ou seja, é o primeiro instante em que a linguagem é discutida como tema prioritário na filosofia. Entretanto, essa discussão é realizada a partir da metafísica desenvolvida por Platão. Neste diálogo a linguagem é apresentada como um dos temas metafísicos a ser discutido pela filosofia. Além disso, a linguagem está relacionada com outros temas metafísicos como, por exemplo, a teoria das formas, a materialidade das palavras e a construção do logos. De forma introdutória, tenciona-se apresentar a relação entre linguagem e metafísica neste diálogo. Palavras-Chave: Crátilo, Linguagem, Metafísica e Platão (ome: Jovelina Maria Ramos de Souza Instituição: PIDFIL-UFRN Título do Trabalho: Diálogos metafísicos entre Heidegger e Platão 41 Resumo: A partir da definição de metafísica, em O que é metafísica? estabeleceremos um diálogo entre o pensador alemão e Platão, no sentido de resgatar as lacunas apontadas por Heidegger, no tratamento da diferença ontológica pelo “platonismo”, apontando que sua leitura acerca da contextualização dos argumentos ontológicos da tradição, em alguns momentos nos parecem precipitadas e generalizantes, deixando de captar a atualidade e a originalidade da demonstração platônica acerca do não-ser do Sofista. Palavras-Chave: Heidegger, Metafísica e Platão. (ome: Érika Bataglia da Costa Instituição: UFC Título do Trabalho: A theoria enquanto techné na politéia platônica Resumo: O sentido da theoria para a prática do poder é a mais relevante questão posta pela filosofia política platônica. Com Platão a política se converte em uma techné que subverte a própria noção de poder. A teoria é a techné que torna possível para Platão a crítica às políticas democráticas e a restauração dos vínculos entre linguagem e verdade. Nesse sentido, o estadista é tal quando de posse de uma medida que somente é apreendida em um esforço teórico que se inicia com o lógos puro e atinge seu vértice na apreensão eidética do bem absoluto. Este absoluto é, portanto, a própria condição epistemológica e axiológica de legitimação da prática do poder e somente é amealhado em uma conversão de proporções radicais que outorga ao política um saber competente e reto. Palavras-Chave: Política, Techné e Theoria. (ome: Antonio Julio Garcia Freire Instituição: UERN Título do Trabalho: Prazer, desejo e amor-paixão no texto de Lucrécio 42 Resumo: Lucrécio nos ensinou que o prazer puro é o prazer desinteressado, sentença retomada da conhecida formulação epicurista que entendia como pressuposto do prazer, a satisfação dos desejos naturais e necessários. O prazer sexual é legítimo apenas se promove a ataraxia, isto é, se a sua satisfação não obscurece a serenidade do filósofo. Nesse sentido, a sexualidade teria uma função libertadora, opondo-se ao amor-paixão, que escraviza e lança o sábio nos braços do egoísmo, da loucura e possessão amorosas, restando a amargura, alienação, dor e sofrimento. Na impossibilidade de evitar tais afecções, a alternativa para o sábio é buscar nos braços de uma Vênus vagabunda, a satisfação do desejo que o impede de trilha o caminho ataráxico. Palavras-Chave: Prazer, amor-paixão, epicurismo. (ome: Mateus R. Fernandes Ferreira Instituição: UNICAMP Título do Trabalho: Possibilidade em Metafísica IX 3-4 Resumo: Essa comunicação tem por objetivo analisar o conceito de “possível” nos capítulos 3 e 4 do livro IX da Metafísica de Aristóteles. Pretendemos mostrar que, ao contrário do que pressupõe Hintikka, Aristóteles não defende, nesses capítulos, um princípio de plenitude, havendo evidências filológicas e filosóficas contra esse tipo de interpretação. Além disso, argumentaremos que, assim compreendida, a doutrina apresentada nesses textos não é coerente com algumas teses enunciadas nos Primeiros Analíticos, principalmente com as regras lógicas de conversão. Analisaremos como os argumentos contrários a validade dessas regras propostos por alguns intérpretes podem acabar levando-os a um comprometimento com aquele princípio. Palavras-Chave: Metafísica, Possibilidade e Princípio de Plenitude (ome: Julio Andrade Paulo Instituição: UFMG 43 Título do Trabalho: Um estudo das relações entre tempo e número na Física de Aristóteles Resumo: Na obra Física, Livro ∆, caps. 10-14, Aristóteles traz a enunciação de que tempo é número de movimento segundo o anterior e o posterior, e tece alguns comentários sobre a relação entre tempo e número. Em 219b3-9, ele diz que o número se diz de dois modos: de um lado, está o número numerado ou numerável (τὸ ἀριθµούµενον καὶ τὸ ἀριθµητὸν ἀριθµὸν), de outro está o número por meio do qual numeramos (ᾧ ἀριθµοῦµεν); e afirma que o tempo diz respeito ao número numerado e não ao número por meio do qual numeramos. Pretendo argumentar, neste trabalho, que as relações entre tempo e movimento poderiam nos levar a pensar o tempo não como número numerado, como quer Aristóteles, mas como número por meio do qual numeramos. Palavras-Chave: Aristóteles, Número e Tempo (ome: Rodrigo Vidal do Nascimento Instituição: PIDFIL-UFRN Título do Trabalho: A phýsis na conformação do lógos: linguagem e pensamento no corpus epicúreo Resumo: O presente trabalho tem como intuito explicitar no corpus epicúreo a questão acerca do pensamento e a sua vinculação com o uso da linguagem. Partindo também dos textos de Filodemo é possível encontrar os termos recorrentes no epicurismo que indicariam o posicionamento de Epicuro quanto ao uso da linguagem na construção de uma perspectiva da realidade. Ao abranger a tradição próxima tem-se uma discussão pertinente em relação aos aspectos comuns ao pensamento epicúreo. Consiste a presente abordagem numa análise conceitual cujo interesse é discutir a articulação entre pensamento e linguagem. 44 (ome: Everton da Silva Rocha Instituição: UFRN Título do Trabalho: Tempo e movimento no pensamento de Epicuro Resumo: A investigação da natureza do tempo está fundamentalmente ligada ao problema do movimento, abordamos essa questão dentro do pensamento epicúreo buscando traçar relações com os aspectos microfísicos de constituição das coisas para num segundo momento desenvolver elementos que permitam a analisar a afirmação epicúrea “o tempo como acidente dos acidentes”. A ênfase incidirá primeiro sobre os fenômenos naturais, principalmente os meteorológicos e a necessidade de ocupar-se de sua observação para tratar de problemas éticos, segundo sobre os desdobramentos dessa compreensão do tempo na reflexão sobre o corpo e a velhice. Palavras-Chave: Corpo, Movimento e Tempo. 45 46 GRUPO DE TRABALHO DE NEOPLATONISMO 47 PALESTRAS (ome: Jorge Augusto da Silva Santos Instituição: UFES Título do Trabalho: Antropologia e Metafísica na Oratio catechetica magna de Gregório de Nissa. Resumo: A tradução anotada de alguns capítulos da segunda parte da Oratio catechetica magna tem dois objetivos. Em primeiro lugar, revelar a originalidade na reflexão filosófica de Gregório de Nissa em relação às suas múltiplas fontes. Com efeito, em suas numerosas obras, de caráter polêmico, expositivo, doutrinal e exegético, Gregório soube sintetizar harmonicamente a visão propriamente bíblica do homem com elementos mais interessantes do pensamento de algumas das mais importantes figuras que o precederam: Platão, Possidônio, Galeno, Fílon de Alexandria e Orígenes. Em relação à obra em questão, os capítulos escolhidos abordam temas fundamentais da antropologia nissena: a criação do mal, queda do homem. Em segundo lugar, avaliar o novo significado que as doutrinas extraídas das fontes assumem dentro da proposta antropológica de Gregório de Nissa seja em relação à reflexão filosófica do tempo, seja em âmbito pagão, seja em âmbito cristão. Palavras-Chave: Alma, antropologia, criação, fronteira e metafísica. (ome: Marcos Roberto Nunes Costa Instituição: ÚNICAP-PE Título do Trabalho: A dimensão metafísica da Civitas na doutrina ético-político de Santo Agostinho Resumo: Em Agostinho, a Civitas tem uma função ético-moral, enquanto meio que deve levar os homens a viverem de forma reta aqui na terra com vistas à vida eterna. Assim sendo, a Civitas terrena não tem um valor em si mesma (bem absoluto), ou não forma uma realidade autônoma ou um fim em si mesma, mas apenas um valor meio (bem 48 relativo), enquanto instrumento que leva, ou não, à “divina caelestique republica”, da qual é preparação, tendo, portanto, seu valor relativo ao Bem supremo. Palavras-Chave: Agostinho, Bem Absoluto, Bem Relativo e Civitas. (ome: Paula Pico Estrada Instituição: Universidad Nacional de Mar Del Plata Título do Trabalho: La dimensión ética en el pensamiento de Nicolás de Cusa Resumo: El estatuto del singular en la filosofía de Nicolás de Cusa es un problema difícil de abordar por medio de nuestro acostumbrado procedimiento racional, al que inevitablemente rige el principio de no contradicción. En el trabajo que sigue presento un modelo de investigación teórica que, a mi entender, permite superar las respuestas basadas en este principio. Es el que propone la teoría general de sistemas, desarrollada por el biólogo austríaco Ludwig von Bertalanffy (1901-1972). En primer lugar haré una breve presentación de la metafísica cusana y de algunos de los problemas que ésta conlleva para la lógica tradicional. Luego describiré los rasgos generales de la teoría de sistemas. Por último aplicaré la noción de «sistema» al complejo ontológico que Nicolás de Cusa llama «universo». (ome: Cicero Cunha Bezerra Instituição: UFS Título do Trabalho: Guimarães Rosa: sertão, deserto e nada. Resumo: Neste trabalho busco expor, a partir da obra Primeiras estórias de Guimarães Rosa, alguns elementos constituintes da base geral deste texto que, na minha opinião, remontam diretamente à tradição neoplatônica, em particular, Plotino e sua vertente mística cristã. Para tanto tomarei como ponto de partida o conto O espelho texto central das 49 estórias e, ao mesmo tempo, princípio e fim de uma experiência classificada pelo autor como transcendente. (ome: Oscar Federico Bauchwitz Instituição: UFRN Título do Trabalho: Contribuições à história de uma metáfora: Heidegger e Nicolau de Cusa Resumo: Em A Pobreza (Die Armut), palestra proferida em 1945, Heidegger faz uso de uma metáfora na tentativa de elucidar uma sentença de Hölderlin – “entre nós, tudo se concentra sobre o espiritual, nos tornamos pobres para chegar a ser ricos” – Heidegger diz: “o centro, o meio, que está em todas partes como o centro de um círculo cuja periferia não está em nenhuma”. No contexto determinado pela poesia de Hölderlin, a metáfora surge como explicação e, ao mesmo tempo, como descobridora da relação essencial do homem com o Ser. A imagem por si só é de difícil assimilação, e, no entanto, possui uma longa história e variações das quais Heidegger não faz nenhuma menção explícita. O que se procura aqui é expor de que forma tal imagem se apresenta na filosofia de Nicolau de Cusa, considerando as especificidades de seu pensamento, frente ao uso que Heidegger faz da mesma, guardadas as diferenças epocais e o contexto próprio de cada pensador. COMU(ICAÇÕES (ome: David G. Santos Instituição: Universidade de Lisboa Título do Trabalho: Metafísica e Neoplatonismo 50 Resumo: Através de um minucioso comentário ao último parágrafo (21) do monumental tratado VI. 8 (39) de Plotino, pretende-se com este artigo, em primeiro lugar, gravitar em torno das questões principais da metafísica que anima o pensamento filosófico deste autor; o Uno, a unidade, o indivíduo e individualidade são temas que se articulam numa lógica própria e que são objeto de estudo na primeira parte deste ensaio. A segunda parte deste trabalho procura fazer uma breve leitura do panorama da história da metafísica moderna e contemporânea, conforme aliás proposto por Conor Conningham, tentando escrutinar assim uma certa genealogia do niilismo que se estenderia de Plotino aos pensadores contemporâneos. Do princípio do neoplatonismo a Žižek, o presente ensaio termina argumentando no sentido de assinalar que só de forma errada se pode observar a origem do pensamento metafísico niilista em Plotino. Palavras-Chave: Plotino, Metafísica, Neoplatonismo, Ontoteologia e Niislimo. (ome: Marlesson Castelo Branco do Rego Instituição: CEFET-PE Título do Trabalho: O Conceito de Participação como Fundamento da Metafísica Resumo: A presente comunicação trata da filosofia agostiniana, em cuja base se encontra a tese de uma estrutura participativa originária, que vincula a existência do criado ao Ser do Criador, que também é Verdade Absoluta e Sumo Bem. O ser humano, em particular, participa do Ser para ser, da Verdade para conhecer e do Bem para amar, ser bom e feliz. O conceito de participação nesse sistema resulta de duas influências: uma leitura ontológica da tradição judaico-cristã, segundo a Bíblia, e a filosofia platônica e neoplatônica, segundo Plotino. Palavras-Chave: Metafísica, Agostinho e Participação. 51 (ome: Marcus Reis Pinheiro Instituição: UFF Título do Trabalho: Plotino e Níveis de Mim: Inconsciente e Mística (ome: Monalisa Carrilho de Macedo Instituição: UFRN Título do Trabalho: Algumas Considerações acerca da Metafísica do Amor em Ficino Resumo: Marsilio Ficino, em seu Comentário ao Banquete de Platão (1469), mais conhecido como De Amore, opera algumas mudanças fundamentais na interpretação do texto platônico. Além da influência de Plotino, O Banquete, revisitado por Ficino, abunda em referências astrológicas. É nossa intenção analisar a interpretação ficiniana dos dois mitos do Banquete, a saber, o andrógino no discurso de Aristófanes e o mito do nascimento de Eros relatado por Diotima, refletindo sobre as conseqüências dessas modificações. (ome: Gisele Amaral Instituição: UFPB Título do Trabalho: Metafísica é Platonismo Resumo: Conceitos platônicos como, por exemplo, idéia, mimesis, homoiosis, paradigma, dentre tantos outros, ofereceram solo para fundamentar uma metafísica clássica. Mais do que isso, tornaram o pensamento de Platão determinante para toda a tradição da filosofia no Ocidente. Em acordo com esta posição, gostaria de apresentar e discutir aspectos da filosofia platônica que poderão elucidar como metafísica corresponde a platonismo. (ome: Victor Hugo de Oliveira Marques Instituição: Instituto Teológico João Paulo II 52 Título do Trabalho: As razões filosóficas da demonstração da existência de Deus em João Duns Escoto Resumo: João Duns Escoto (1266-1308), filósofo e teólogo escolástico franciscano. Em sua obra De Primo Principio, elabora sua demonstração ontológica da existência de Deus, objeto da metafísica. Fundamentado nos conceitos da infinidade e no abstrato conceito de ser, articula sua tese provando a existência de um ser em ato que é triplicimente primeiro segundo a causalidade aristotélica, e que este é também infinito e uno. Com efeito, levando em consideração que todos os escolásticos travaram a mesma questão, questiona-se a necessidade real de uma argumentação racional frente a seu contexto histórico e suas implicativas para a atualidade. Palavras-Chave: Duns Escoto, metafísica escotista e Deus. (ome: José Teixeira Neto Instituição: PIDFIL-UFRN/UERN Título do Trabalho: Metafísica da mostração em Nicolau de Cusa Resumo: A presente comunicação parte da suposição de que no De apice tehoriae Nicolau de Cusa sugere um princípio a partir do qual pode ser lida não somente a sua última obra, mas também suas conjecturas dos nomes divinos. No parágrafo 16 Nicolau sugere que Pedro dirija o olho da mente com aguda intenção para um segredo. Mas qual o segredo que em sua última obra o cusano anuncia? Retornando ao parágrafo 14 pode-se descobrir o que o Cardeal se propôs revelar: toda precisão especulativa deve fundamentar-se no próprio poder e em sua aparição (puta omnem praecisionem speculativa solum in posse ipso et eius apparitione ponedam). Neste sentido, o presente texto propõe apresentar a metafísica da mostração como indicação para se pensar a filosofia do cusano. Palavras-Chave: Nicolau de Cusa, Metafísica e Mostração. 53 (ome: Edrisi Fernandes Instituição: PIDFIL-UFRN Título do Trabalho: Corruptibilidade e Redenção Temporal em Schelling: Antecedentes e Repercussões Resumo: A “queda da alma no tempo” seria a mesma coisa que a criação do mundo? Qual a correspondência entre a criação e o pecado original? Certa tradição platonista cristã situa o eterno acima do temporal e apresenta o domínio da criação como o plano do tempo, da mudança, do exílio, da materialidade e da suscetibilidade ao mal. Para Schelling e alguns sucessores seus, o caos das potências se cristalizou na criação, e no processo de transformação do Fundamento infinito na existência finita há um elemento que corresponderia a uma “perversão” tanto do Infinito quanto do Finito, ou a uma condensação dos dois. O mal não é concebido como um apêndice “patológico” do Finito, algo que distrairia as pessoas de sua busca pelo Bem Infinito, mas como um “resíduo irredutível” do Infinito, a “subjetividade cindida” do próprio Deus. (ome: Luiz Fernando Fontes Teixeira Instituição:PPGFIL- UFRN Título do Trabalho: Ter sangue-frio... Resumo: Meditação a caminho da relação entre o Abgeschiedenheit de Mestre Eckhart e a Gelassenheit de Martin Heidegger, tentando promover com isso uma possível experiência de ambas as idéias-chaves dos pensadores. Palavras-Chave: Abgeschiedenheit, Gelassenheit e Sangue-Frio. (ome: Vanessa Alves de Lacerda Santos Instituição: UFS Título do Trabalho: Apofaticismo e abstração em Mark Rothko 54 Resumo: Este trabalho apresenta os resultados finais da pesquisa “Apofaticismo e abstração em Mark Rothko”. E tem como objetivo central demonstrar raízes neoplatônicas na arte de Rothko, traçando um paralelo entre a arte abstrata e a mística apofática medieval compreendida a partir dos pensamentos de Dionísio Pseudo Areopagita e M. Eckhart. Na busca pela justificação de uma experiência estética apofática, o presente trabalho, estabelece um profícuo diálogo entre as idéias de aphaíresis (negação) em Dionísio, Despreendimento em M. Eckhart e abstração na arte de Rothko. Além de estabelecer uma relação com os pensamentos de Platão e Plotino sobre o belo partindo dos textos extraídos do livro A realidade do artista e Escritos sobre arte de Mark Rothko. Palavras-Chave: Arte, Abstração e Apofaticismo. 55 GRUPO DE TRABALHO DE METAFÍSICA MODERNA 56 PALESTRAS (ome: João Emiliano Fortaleza de Aquino Instituição: UECE Título do Trabalho: Blaise Pascal: da recusa da metafísica da raison à metafísica do “estudo do homem” Resumo: A posição crítica de Blaise Pascal em face do projeto cartesiano de uma tematização more geometrico de Deus, da alma e do mundo físico resulta numa recusa da metafísica, que, contudo, repõe num outro plano a reflexão metafísica: o “estudo do homem”, que tem como fundamento a categoria de “segunda natureza”. Na presente comunicação, pretendo mostrar em que sentido a crítica da clareza e da evidência como critérios de todo conhecimento certo tem por escopo a fundação de uma forma de saber que possa dar conta da condição finita e temporal do homem, i.é., da natureza humana dupla e contraditória. A base dessa condição é a perda da “primeira natureza”, explicada em termos teológicos, e a queda do homem numa “segunda natureza”, categoria esta que possui um estatuto metafísico, distinto tanto do teológico quanto da metafísica teórica de matriz cartesiana. Palavras-Chave: Metafísica, Pascal e Segunda natureza. (ome: José Maria Arruda Instituição: UFC Título do Trabalho: Mechanismus Metaphysicus veses Concursus Dei na Metafísica de Leibniz Resumo: Segundo Leibniz, Deus, é o único ser cuja existência decorre necessariamente de sua essência , as coisas contingentes não possuem nenhuma necessidade metafísica, pois elas poderiam não ter sido. Uma vez que existem, no entanto, deve haver uma razão suficiente de sua existência. Leibniz. sugere muitas vezes que essa razão se radica nos atributos intrínsecos da coisa mesma, o que faz supor que existência tem relação com o grau de perfeição de uma coisa. Como é possível no 57 entanto compatibilizar a tese de que o conceito de uma coisa não é suficiente para garantir sua existência com a exigência de uma explicação racional da existência das coisas baseada em atributos de sua própria essência? Leibniz parece ter defendido ambas as teses, mas elas não são prima facie compatíveis. A palestra discutirá a oscilação de Leibniz na explicitação do trânsito modal da essência para a existência, expressos nas posições antagônicas do Mechanismus Metaphysicus no espaço dos possibilia e a tese do Concursus Dei na produção do mundo atual Palavras-Chave: Metafísica Modal, Mundos Possíveis e Princípio do Melhor. (ome: José Expedito Passos Lima Instituição: UECE Título do Trabalho: Giambattista Vico: uma nova metafísica como nuova scienza do mundo civil Resumo: Em sua obra Principi di scienza nuova, de 1744, Vico critica os filósofos em razão de terem contemplado a providência divina só por meio da ordem natural, descuidando daquela parte mais própria dos homens: a natureza de serem sociáveis. Aqui se destaca a novidade do projeto viquiano de uma nuova scienza: a oposição à metafísica da natureza mediante uma metafísica do mundo civil. A realização desse projeto com a Scienza nuova pressupõe dois momentos anteriores: i) o da metafísica, de 1710, e o seu princípio do verum-factum no De antiqüíssima; ii) o da metafísica como critica veri no De uno, de 1720, para demonstrar o ius naturale gentium com o critério renovado do verum-certum. Refletir sobre tal percurso é o que se propõe esta exposição. Palavras-Chave: Mundo civil, nova metafísica e nuova scienza. 58 (ome: Érico Andrade Instituição: UFPE Título do Trabalho: Ceticismo e externalidade do mundo: os limites da filosofia de Hume quanto crítica à metafísica. Resumo: A compreensão do que Hume entende como mundo ou o quê (Investigações: something / Seção XII / Parte I // Treatise Seção VI / Parte I, p. 16), cuja permanência resta incólume após toda redução das sensações e que é chamado por nós de resíduo ontológico, passa, acreditamos, por um reconhecimento da necessidade de se postular externalidade do mundo. O modo como essa postulação se realiza escapa à sensificação por pressupor algo para além de toda predicação da matéria e que incide, como pretendemos defender, num limite à crítica de Hume à metafísica; porque transcreve um acordo tácito do pensamento daquele filósofo – sem grandes explicações – com aquela disciplina no que diz respeito à inegociável certeza, não necessariamente sensível, de que o mundo existe. Palavras-Chave: Ceticismo, Hume, Metafísica e Mundo. (ome: Márcio Benchimol Barros Instituição: UNESP Título do Trabalho: Metafísica e Estética Musical no Romantismo Alemão Resumo: O século XIX assiste a uma inusitada aproximação entre música e filosofia. Neste contexto, o principal debate estético-musical do romantismo, aquele que opõe as produções de Brahms e Wagner, ganha um claro eco no debate filosófico entre Eduard Hanslick, autor do clássico “Do Belo Musical”, e o próprio Wagner, autor de vasta obra teórica. No centro deste debate está a metafísica. Na defesa intransigente da especificidade da beleza musical, Hanslick ataca não apenas as concepções estéticas tributárias de um conceito metafísico geral do belo, mas também a Metafísica do Belo de Schopenhauer, que, 59 baseada na Metafísica da Vontade, do mesmo autor, é a base filosófica declarada das idéias estéticas de Wagner. Em meu trabalho, procurarei colocar em relevo a presença da metafísica shopenhaueriana nas idéias estéticas de Wagner – especialmente em seu ensaio “Beethoven” –, bem como sua crítica por Hanslick. Palavras-Chave: Estética, Música e Romantismo. COMU(ICAÇÕES (ome: Alexandre Moura Barbosa Instituição: UFC Título do Trabalho: Sobre a circularidade entre a Terceira e a Quinta Meditações em Descartes Resumo: Pretendo apresentar uma imbricação lógica na questão da circularidade, a qual se situa tanto na Terceira quanto na Quinta Meditações. O problema da circularidade, em que Descartes incorre, surge da necessidade do autor em fundamentar o princípio de clareza e distinção. Na Terceira, Descartes precisa, para isto, recorrer a ua demonstração de Deus, a partir do princípio de causalidade, entendida aqui como um princípio lógico-ontológico metafísico, que permite tal demonstração a posteriori, próximo de uma demonstração cosmológica. Na Quinta Meditação, Descartes parte para uma formulação bem diferente da Terceira Meditação, pois recorre a uma demonstração ontológica, a priori de Deus como possibilidade de fundamentação do conhecimento claro e distinto. Estas demonstrações caem num círculo, como acusam Mersenne e Arnauld de uma petition de principii, isto é, utiliza na própria demonstração o que pretende demonstrar. Todavia, trata-se aqui de verificar-se que ambas demonstrações são partes de um 60 movimento metodológico total e que sua há, por parte de exposição da Terceira, uma pressuposição da posterior demonstração da Quinta, tornando-se um círculo maior no toda a obra. Palavras-Chave: Ciências, Descartes, Filosofia Moderna e Metafísica. (ome: Juliana da Silveira Pinheiro Instituição: UFMG Título do Trabalho: Metafísica Cartesiana das Paixões Resumo: A Teoria Cartesiana das Paixões permite o estabelecimento de um vínculo entre o físico e o metafísico no sistema de Descartes: enquanto pretende um estudo do organicismo das paixões, através do estudo da fisiologia para explicar sua causalidade próxima, o que é feito, portanto, dentro do espectro das coisas físicas, Descartes recorre a instituição da natureza, isto é, Deus, para responder à correlação entre movimentos corporais e qualidades na mente. Neste sentido, as paixões, na doutrina cartesiana, possuem um registro natural, mas também metafísico, extrapolando uma teoria naturalista dos eventos passionais e instituindo o divino em nossas sensações e sentimentos. Palavras-Chave: Descartes, Metafísica e Paixões. (ome: Cristiano Bonneau Instituição: UFPB Título do Trabalho: Heidegger e Leibniz – a abertura do conceito de mônada Resumo: Este texto trata da reflexão heideggeriana sobre o conceito de mônada em Leibniz e suas determinações. Os apontamentos de Heidegger sobre o ser a partir do pensamento leibniziano promovem uma abertura fundamental da mônada, trazendo entre outras conseqüências, o perspectivismo e a idéia do ente enquanto pulsão. A limitação ontológica da mônada e sua capacidade de movimentar-se a partir de si mesma resultam em uma noção de representação e delineiam 61 os contornos do ente. Esta discussão intenta demonstrar as possibilidades de compreensão do conceito de mônada partindo das reflexões de Heidegger sobre A determinação do Ser do Ente segundo Leibniz. Palavras-Chave: Heidegger, Leibniz e Mônada. (ome: Pedro Paulo Corôa Instituição: UFPA Título do Trabalho: O conceito de ser e de tempo em Sein und Zeit Resumo: O nosso objetivo é mostrar, com a ajuda, inicialmente, da Estética Transcendental, da Crítica da Razão Pura, como Heidegger chega à relação fundamental entre “ser e tempo” em sua análise “fenomenológica”, cuja intenção é promover um retorno às coisas pelo abandono do modelo seguindo pela Ontologia tradicional. Para atingir nosso objetivo é indispensável que nos refiramos à virada provocada pela Crítica da Faculdade de Julgar não só no pensamento kantiano, mas como essa obra condiciona todos os projetos filosóficos pelos quais se busca uma compreensão pré-conceitual do ser, como é o caso de Heidegger. (ome: Daniel Figueiredo de Oliveira Instituição: UECE Título do Trabalho: O corpo como questão nos postulados da parte III da Ética de Benedictus de Spinoza Resumo: No primeiro postulado da parte III de sua Ética, Spinoza nos fala que o corpo humano pode ser afetado de muitas maneiras, dando continuidade a essa questão no segundo postulado. Desta forma, Spinoza continua a traçar uma perspectiva que já é esboça na segunda parte da Ética, o corpo e suas possibilidades que até então estavam legadas ao esquecimento. O presente trabalho busca demonstrar as possibilidades de atuação do corpo, esboçado nos postulados em 62 questão, desembocando em relações ontológicas afetos-corpos, afetante-afetado. Palavras-Chave: Afeto, Corpo, Ética e Ontologia. (ome: Sérgio Luis Persch Instituição: UFPB Título do Trabalho: O trabalho crítico de Espinosa nos Pensamentos Metafísicos Resumo: Queremos chamar atenção para duas características que reconhecemos logo no começo dos Pensamentos metafísicos de Espinosa. A primeira é relativa à forma sumária da exposição. Espinosa encerra em poucas frases o seu parecer sobre questões longamente discutidas na escolástica. A segunda característica é o ordenamento da exposição. Com efeito, é na maneira como Espinosa dispõe o material investigado que podemos seguir a senda do seu pensamento. Através das descrições conceituais muito breves e aparentemente obscuras, podemos antever com clareza a maneira como o autor maneja determinado material teórico para que dele aflore um pensamento novo. Cada definição assume um lugar preciso e se relaciona com as demais. São pensamentos metafísicos expostos numa determinada perspectiva, a do leitor crítico que se encontra em vias de elaborar a sua obra principal, a Ética. Palavras-Chave: Espinosa e pensamentos metafísicos. (ome: Tedson Mayckell Braga Teixeira Instituição: UFPB Título do Trabalho: Kant e a fundamentação metafísica da mecânica racional. Resumo: Neste trabalho pretendemos mostrar como a proposta Kantiana defendida na Critica da Razão Pura respondeu à aporia que se configurou no fim do século XVII após a publicação dos Principia de 63 Isaac Newton, de 1687. Esta obra apresenta além dos princípios da mecânica racional um programa de pesquisa que implicava tanto as leis Keplerianas dos movimentos planetários quanto à cinemática do movimento terrestre de Galileu. Não obstante a sua universalidade e aplicabilidade faltava a este programa a fundamentação metafísica dos conceitos que o compunham, tais como o de matéria, força e gravitação. Como alternativa apresentavam-se somente o racionalismo dos Leibniz\Wollfianos e o criticismo cético de Hume. Palavras-Chave: Fundamentação metafísica, Mecânica racional e Kant. (ome: Flávio Miguel de Oliveira Zimmermann Instituição: USP Título do Trabalho: A crítica de Hume à metafísica moderna Resumo: Tendo por base as concepções metafísicas formuladas por Descartes, Malebranche e outros filósofos modernos, David Hume formulou diversas críticas com relação às noções de poder, substância, causalidade e de identidade pessoal. De acordo com Thomas Reid, foi Hume quem levou tais concepções metafísicas ao extremo, mostrando que todas elas se encerram no mais completo ceticismo. No entanto, muitas destas críticas já se encontram em outros céticos e críticos do sistema cartesiano, como Simon Foucher, Joseph Glanvill e Pierre Bayle. Neste texto pretendemos mostrar que, embora não tenha sido o primeiro autor a formular tais críticas, Hume foi quem levou o projeto cartesiano às últimas conseqüências, mostrando de forma detalhada, sistemática e completa os seus problemas e as suas inconsistências internas. Palavras-Chave: Ceticismo, Hume e metafísica moderna. (ome: Jaimir Conte Instituição: UFRN 64 Título do Trabalho: Hume: metafísica, ceticismo e naturalismo Resumo: Hume considerou que "a objeção mais justa e plausível contra uma considerável parte da metafísica é a de que ela não é propriamente uma ciência" (EHU, 1.11). Nesta comunicação procurarei elucidar a concepção humeana de metafísica. Em seguida, visando uma caracterização do pensamento de Hume, abordarei algumas idéias centrais de sua filosofia e, a partir disso, procurarei contrapor e conciliar a interpretação que a qualifica de cética com a interpretação que a qualifica de naturalista. Palavras-Chave: Ceticismo, Hume, metafísica e naturalismo. (ome: Euza Raquel de Sousa Instituição: UECE Título do Trabalho: A Alma e o Corpo em Malebranche: uma reflexão sobre a lei geral das comunicações do movimento Resumo: Em sua obra Meditações Cristãs e Metafísicas [1699], Nicolas Malebranche (1638-1715) reflete sobre a força motriz dos corpos e do pensamento. Para ele, a força motriz dos corpos é uma ação onipotente de Deus. A comunicação do movimento entre os corpos é regida por uma lei geral da comunicação do movimento. A razão humana, por sua vez, não é própria causa de seu pensamento. Esta também é proveniente de Deus. Deus é a Razão Universal dos espíritos. Ele promove a união entre a alma e o corpo: ambos são regidos, de forma distinta, por uma regra imutável de todos os movimentos do Espírito Criador. Esta comunicação reflete, portanto, sobre esta lei geral da comunicação do movimento no que se refere à união entre a alma e o corpo. Palavras-Chave: Alma, Causa, Corpo, Movimento e Razão. (ome: Marcos Aurélio da Guerra Dantas Instituição: UECE 65 Título do Trabalho: A metafísica conforme a concepção de Giambattista Vico Resumo: Giambattista Vico (1668-1744) percebeu em sua época o surgimento de novas ciências e metodologias nas Academias científicas nos vários países europeus. Nas Ciências destacaram-se nomes como Newton, Galileu entre outros. As idéias de Descartes encontravam-se em ascensão quer no campo da Filosofia, quer no campo das Ciências, mas também de autores como Spinoza, Leibniz e Hobbes. O nosso tema de estudo no presente trabalho será a Metafísica: o modo como Vico a concebeu. Se até então os filósofos haviam compreendido a metafísica somente com base em uma ordem que subjaz à própria natureza, o autor propõe uma metafísica do mundo humano, uma vez que esta se eleva mais alto que àquela elaborada pelos filósofos, pois contempla na Divindade “o mundo das mentes humanas”. Palavras-Chave: Ciência, Filosofia e Metafísica. (ome: Liliane Severiano Silva Instituição: UECE Título do Trabalho: Giambattista Vico e a idéia de uma metafísica no De antiqüíssima. Resumo:O presente trabalho tenciona explicitar a pretensão de uma metafísica do gênero humano, presente no pensamento de Giambattista Vico (1668 – 1744), tomando como base a sua obra De antiquissima italorum sapientia (Sobre a sabedoria dos antigos italianos), de 1710. Nesta obra apresentamos a investigação filológico-filosófica viquiana acerca de termos que revelam uma pretensa sabedoria de povos antigos. Daí a preocupação do autor em buscar um fundamento metafísico do saber tendo como base expressões eruditas presentes na língua latina. Tais expressões, para Vico, revelam algo concernente às primeiras reflexões do gênero humano acerca da realidade. O De antiquissima 66 exprime também uma crítica ao modelo cartesiano de metafísica que despreza as contingências da realidade humana. Palavras-Chave: Filologia, metafísica e modelo cartesiano. (ome: Edney José da Silva Instituição: UFRN Título do Trabalho: O Lugar do ceticismo na Filosofia do Jovem Hegel Resumo: Nosso trabalho visa mostrar o papel que o ceticismo possui no desenvolvimento e fundamentação da filosofia especulativa hegeliana. Nos centraremos mais especificamente no período de docência de Hegel na Universidade de Iena (1801-1807); ou seja, no período em que o idealismo especulativo de Hegel encontra sua gênese. O texto fundamental, no qual nos serviremos para a nossa análise, é o texto da Relação do Ceticismo com a Filosofia publicado no Jornal Crítico de Filosofia onde pela primeira vez Hegel trata seriamente do tema do ceticismo mostrando como o ceticismo é de capital importância na fundamentação da filosofia como ciência do absoluto. Palavras-Chave: Ceticismo, Hegel e modernidade. (ome: Oscar Cavalcanti de Albuquerque Bisneto Instituição: UFRN Título do Trabalho: Ceticismo e fundamentação no sistema de Hegel. Resumo: Este trabalho traz alguns apontamentos sobre o significado que assume o ceticismo – tanto em sua forma antiga quanto moderna – no sistema de Hegel, tendo como base seu artigo de 1802, Sobre a relação do Ceticismo com a Filosofia, bem como algumas passagens da Fenomenologia do Espírito e da Ciência da Lógica. Nosso objetivo consiste em mostrar de que maneira os conceitos que alicerçam o “começo” do idealismo absoluto de Hegel – tanto o do puro ser como o da circularidade do sistema – são adquiridos, no início da grande 67 Lógica, junto às implicações céticas dos cinco tropos posteriores da suspensão do juízo, cuja autoria é atribuída por Sexto Empírico, no livro primeiro das Hipotiposes Pirrônicas, ao cético Agripa. Palavras-Chave: Ceticismo, Fundamentação e Hegel. (ome: Rafael Ramos Cioquetta Instituição: UFRGS Título do Trabalho: Considerações sobre o Saber Absoluto e a Filosofia da História em Hegel Resumo: A presente comunicação objetiva apresentar elementos que permitam uma associação dos argumentos apresentados por Hegel no capítulo final da obra Fenomenologia do Espírito, intitulado O Saber Absoluto, à construção de uma filosofia da história apresentada na Introdução às Lições sobre Filosofia da História de 1830. Tais elementos se constituem essencialmente em como a construção de um saber conceituante puro como rememoração do caminho percorrido pelo espírito em figuras históricas determinadas permite a elaboração de uma filosofia da história como a exposta nas Lições, apresentada como uma análise histórica da efetivação do conceito de razão e liberdade na história. Palavras-Chave: Hegel, História, Saber Absoluto (ome: Rachel Leite Pereira Instituição: UECE Título do Trabalho: Estado natural e o homem metafísico de Rousseau Resumo: A teoria rousseauniana se apresente a partir da formação da sociedade mediante o enfoque concedido ao estado natural do homem. Como no estado natural o homem é bom, é necessário distinguir o homem como deveria ser do homem em que se transformou. Ao falar do homem natural no seu aspecto metafísico, Rousseau afirma que o 68 homem tem a liberdade de escolha, constituindo-se como um agente livre. A consciência dessa liberdade é o ponto de diferenciação dos animais. Assim, cumpre investigar o sentido da liberdade do homem metafísico proposta por Rousseau e saber de que forma ela possibilita o aperfeiçoamento desse homem. Palvras-Chave: Estado Natural, Homem e Liberdade. (ome: Estenio Ericson Botelho de Azevedo Instituição: USP Título do Trabalho: Marx: da crítica ao fundamento absoluto de Hegel à crítica do materialismo contemplativo de Feuerbach Resumo: A constituição da fundamentação materialista histórica de Marx parte do diálogo com Hegel e Feuerbach: ora ele apóia-se nas descobertas feuerbachianas na elaboração de sua crítica da dialética e da filosofia hegelianas, ora vai além delas numa outra interpretação crítica da filosofia de Hegel, crítica na qual destaca positivamente a negatividade e a atividade práticas do homem. Para Feuerbach Hegel (re)atualiza a teologia, já que toma o absoluto como sujeito e não os homens. Ele propõe, assim, uma inversão da concepção hegeliana apresentando seu fundamento materialista sensível. Bem diferente da de Feuerbach, a concepção materialista de Marx tem na história, no processo de desenvolvimento prático das relações sociais e de produção, o terreno de sua fundamentação. Ora, se a fundamentação materialista histórica de Marx retoma de Feuerbach, a prioridade da realidade sensível-material, ela toma de Hegel o elemento da atividade e da negatividade, como constitutivos da própria vida objetiva humana. Palavras-Chave: Crítica, Materialismo histórico e Marx. (ome: Deyvison Rodrigues Lima Instituição: UFC 69 Título do Trabalho: Metafísica e Política: Carl Schmitt sobre o sujeito moderno e a fundamentação das normas Resumo: O objetivo deste trabalho é investigar a relação entre metafísica e política no pensamento de Schmitt, sobretudo a articulação da crítica à metafísica da subjetividade e a fundamentação da ordem jurídico-política. Para Schmitt, a constituição do sujeito moderno provocou a dissolução da ontologia tradicional e lançou o homem num processo interno e subjetivo, tornando, assim, a distinção entre pensamento e ser, conceito e realidade, sujeito e objeto insuperável até mesmo diante da solução transcendental. O sujeito como fundamento da experiência transforma a realidade numa realidade subjetiva e impossibilita qualquer decisão ou ordem política. O indivíduo moderno como “ponto último de legitimação” torna problemático o fundamento de uma ordem normativa, pois promove sua fragmentação ao compreender a ordem como uma realidade independente das relações concretas. Palavras-Chave: Fundamentação das normas, Metafísica da subjetividade e Ordem concreta. (ome: Paulo César Oliveira Vasconcelos Instituição: UFPI Título do Trabalho: Uma impossibilidade ontológica em Schopenhauer Resumo: Este trabalho pretende apresentar, a partir de algumas discussões presentes no primeiro livro de Schopenhauer, o completo desvinculamento de sua filosofia com a tradição teísta. Os princípios de conhecimento e de causa, duas raízes do princípio de razão, ilustram a perspectiva apontada. Conclui-se a completa impossibilidade da figura de Deus na metafísica schopenhaueriana desde sua primeira produção; Rompe-se definitivamente com qualquer forma de teísmo dentro dos limites da racionalidade filosófica. 70 Palavras-Chave: Deus, Ontologia e Razão. (ome: Ilíada Santos Botelho Instituição: UFPB Título do Trabalho: Do nada ao nada Resumo: O que é metafísica? Pergunta de cunho eminentemente filosófico que há séculos incomoda o homem, em Arthur Schopenhauer: “interrogador fascinado”. Se o homem é um ser por natureza desejante de conhecer, como pensou Aristóteles, porque faz da morte um mistério? Ao que se sabe somente pode conhecer em vida. Schopenhauer afirma que nem mesmo o cessar da vida justifica o fim do princípio que a permite, o que atestaria a imortalidade de nosso verdadeiro ser, mas não a subsistência após a morte. O temor da morte independe do conhecimento. Neste trabalho pretendo apontar elementos que corroboram o niilismo da filosofia schopenhauriana, especialmente em Palavras-Chave: Metafísica, Morte, Niilismo. (ome: Dax Moraes Instituição: PIDFIL-UFRN/UERN-Caicó Título do Trabalho: Da proveniência da necessidade metafísica do homem, segundo Arthur Schopenhauer Resumo:Schopenhauer elenca alguns fatores que, segundo ele, fazem nascer a metafísica: o espanto da vontade por suas próprias obras e seu autoquestionamento acerca do que ela mesma é, a consciência da proximidade da morte, a evidência da inutilidade de todo esforço mediante a limitação de toda existência. Mas por que a inutilidade de todo esforço no sentido de desviar-se da morte pode ser considerada a raiz do questionamento metafísico por aquele ente que, na natureza, é o ente que reflete? A metafísica seria o questionamento que tem sua origem na pergunta pela essência do ser-para-a-morte daquele que 71 morre por aquele que morre e, enquanto ser racional, tem como possibilidade colocar a pergunta sobre os modos de ser. Palavras-Chave: Liberdade da Vontade, Mortalidade e Necessidade natural 72 73 GRUPO DE TRABALHO DE METAFÍSICA CONTEMPORÂNEA 74 PALESTRAS (ome: Claudio Ferreira Costa Instituição: UFRN Título do Trabalho: A ontologia dos tropos Resumo: A palestra consistirá em uma exposição das idéias básicas da ontologia dos tropos defendida por Donald Williams. A ontologia dos tropos será defendida como uma alternativa para a solução do problema dos universais, que é prima facie mais plausível do que as soluções realistas e nominalistas, com algumas sugestões adicionais. (ome: Miguel Antonio do Nascimento Instituição: UFPB Título do Trabalho: A metafísica e “o amor à sabedoria” Resumo: Dentre os demais modos de conhecimento, surgiu a filosofia como o modo de se tratar do saber ele mesmo. Mas adveio junto a dificuldade de se exprimir isto, no sentido de que o saber filosófico diverge dos demais saberes que se efetivam mediante o exame direto das coisas e assim expressam o que elas são. A expressão "amor à sabedoria" pretende revelar a essência disto e vincular o caráter de livre do saber ao poder daquele que o produz. A metafísica, ao resguardar o conteúdo da verdade no em si imutável, tornou inconcusso o conteúdo do saber em questão. A constatação de erro nisso põe em questão a metafísica, o "amor à sabedoria" e até mesmo mostra "o fim da filosofia". Mas fica ainda a dizer se com isso não se trata mais da paixão pela "sabedoria", pelo mais elevado para sentido das coisas. Palavras-Chave: Contemporaneidade, Metafísica e Saber Filosófico. (ome: Soraya Guimarães da Silva Instituição: PIDFIL-UFRN Título do Trabalho: O acontecimento de mundo na Era da Informação 75 Resumo: Esta comunicação esboça uma das seções da tese de doutorado em andamento, a qual pretende elaborar uma compreensão filosófica do hoje a partir da análise do fenômeno da tecnologia da informação. Ao relacionar este fenômeno com a questão da verdade, tomaremos como base as interpretações dos modos de desvelamento e encobrimento de ser, extensamente discutidos por Martin Heidegger em sua análise crítica da tradição. A discussão desses modos (vigência, objeto e recurso) levará ao questionamento sobre em que medida a representação do ente como informação se relaciona com os modos acima enunciados, em outras palavras, em que bases é possível conceber a tecnologia da informação como uma transformação no modo de descobrimento dos entes e, por consequinte, na história do ocultamento de ser Palavras-Chave: Heidegger, Tecnologia, Ser (ome: Daniel Brauer Instituição: Universidad Buenos Airres Título do Trabalho: El nexo essencial entre ser y la nada em Hegel y Heidegger Resumo: Tanto en la Ciencia de la Lógica de Hegel como en la crítica del pensar metafísico en Heidegger se establece una conexión insoslayable entre el concepto de ser y de la nada. El trabajo se propone mostrar los puntos en común y la diferencia esencialde ambos enfoques de conceptos tradicionales de la historia de la metafísica más allá del explícito rechazo por parte de Heidegger de la ecuación hegeliana, al mismo tiempo que pretende mostrar el alcance y límite de ambas posiciones desde un punto de vista contemporáneo. Palavras-Chave: Ser, nada, metafísica, ontologia (ome: Cinara Nahra Instituição: UFRN Título do Trabalho: Kant contra a “sorte moral” 76 Resumo: Bernard Williams estabelece o conceito de “Moral Luck” (Sorte Moral), ou seja, sorte relativa as deliberações. Para Williams a moralidade é profundamente e inquitantemente sujeita a sorte, e isto coloca em cheque a idéia kantiana de moralidade. Neste artigo estarei argumentando, contra Williams, que a visão kantiana de que moralidade não tem nada a ver com sorte tem de ser mantida, sob pena da moralidade ser reduzida à conveniência e oportunidade, o que corresponderia, na prática, a sua auto-destruição. (ome: Ana Thereza de Miranda Cordeiro Dürrnaier Instituição: UFPB Título do Trabalho: Ontologia Digital: Transhumanizando a Hermenêutica Filosófica. Resumo: Rafael Capurro opõe sua hermenêutica tanto ao humanismo anti-tecnológico como à metafísica digital mediante a idéia de uma ontologia que supera a unilateralidade do pensamento da técnica, fincado em antropocentrismos, e o reducionismo do fenômeno informacional a mera programação. Pretende-se aqui discutir a desumanização da hermenêutica no marco do transhumanismo inaugurado por Heidegger e no horizonte do status ontológico híbrido do digital, em que o sentido do ser se modela na consideração dos processos biológicos entendidos como processos de integração e comunicação sustentados no código genético: nem propriamente humano, nem mero artefato, o digital é ao mesmo tempo horizonte de compreensão e linguagem universal. Palavras-Chave: Ontologia. Hermenêutica. Informação. COMU(ICAÇÕES (ome:Sérgio Murilo Rodrigues Instituição:PUC Minas 77 Título do Trabalho:Será possível falar filosoficamente sobre o conceito de verdade sem ser metafísico? Resumo:Sobre aquilo de que não se pode falar, deve-se calar. Essa frase do Tractatus de Wittgenstein foi um epitáfio para o túmulo da metafísica. E a faca que feriu de morte o coração da metafísica foi o conceito de verdade. Os procedimentos científicos são os únicos capazes de determinar a verdade e eles não são metafísicos. Mas Heidegger na sua análise fenomenológica-hermenêutica da essência da verdade no parágrafo 44 do Ser e Tempo, mostrou que a verdade científica era apenas uma, das várias dimensões da verdade. E optar por um conceito de verdade é fazer uma opção metafísica, logo não há como falar de verdade sem ser metafísico. No entanto, Habermas defende um conceito procedimental pós-metafísico de verdade discursiva. Será isso possível Palavras-Chave: Verdade, Pensamento Pós-metafísico, Habermas. (ome: Glenda Satne Instituição: Universidad de Buenos Aires Título do Trabalho: El viejo y el nuevo modo de pensar: el problema de la metafísica y las ontologías recientes Resumo: Muchos autores contemporáneos, desde Wittgenstein y Heidegger hasta SUS discípulos más recientes, han centrado gran parte de su tarea filosófica em la elaboración de críticas devastadoras contra la Metafísica en su sentido tradicional. Por otra parte, sin embargo, la filosofía reciente asiste a un renacimiento de la metafísica bajo distintas descripciones de su tarea y objetivos fundamentales. Las mismas, la mayor parte de las veces, son caracterizadas como incompatibles con los discursos críticos antes mencionados. En este trabajo argumentaré que dichas empresas ontológicas contemporâneas pueden ser defendidas frente a tales acusaciones. Más 78 específicamente que ontología formal o variantes del naturalismo ontológico son compatibles con y, por esta razón, defendibles frente a las críticas heideggerianas y wittgensteinianas. Sin embargo, también sostengo que existe una distinción fundamental entre ‘Metafís ica’, en su sentido tradicional, y ‘ontología’ en sus múltiples sentidos contemporáneos. La distinción es la garante de la legitimidad de los discursos ontológicos al mismo tiempo que la lección que es posible aprender de Wittgenstein y Heidegger simultáneamente. (ome: Mariela Aguilera Instituição: Faculdad de Psicologia , UNC, Argentina Título do Trabalho: Animales sin lenguaje em el espacio de los conceptos: uma critica al principio de prioridad Resumo: En The Paradox of Self Consciounes, Bermúdez distingue los contenidos conceptuales de los contenidos no-conceptuales en virtud del principio de prioridad, según el cual la posesión de conceptos depende de la competencia lingüística. Este principio descansa en la interpretación canónica del requisito de generalidad. Conforme esta interpretación, las habilidades conceptuales no son independientes de habilidades inferenciales sumamente abstractas, independientes del contexto, compatibles con lo que Hurley denomina promiscuidad inferencial. En oposición, sostendré que es posible articular una versión gradualista y contextual del requisito de generalidad que permita renunciar al principio de prioridad, sobre el cual se asientan la distinción entre contenidos conceptuales y no-conceptuales y la exclusión de los animales sin lenguaje del espacio de los conceptos. (ome: Raphael Brasileiro Braga Instituição: PPGFIL/UFC Título do Trabalho: John Rawls: Um pensador pós-metafísico 79 Rsumo: Segundo Rawls, uma das distinções mais profundas entre as concepções políticas de justiça está no fato de que umas toleram uma pluralidade de concepções do Bem e outras afirmam existir um Bem único que deve ser reconhecido pelos indivíduos.Desde a época clássica, a tradição afirmou só existir uma concepção racional do bem e que a meta da filosofia moral, assim como da teologia e da metafísica, é determinar a sua natureza. Dado o Fato do Pluralismo, é possível argumentar a favor de princípios oriundos de uma moral última e infalível e ainda esperar que esses princípios sejam endossados por cidadãos que defendem doutrinas filosóficas, religiosas ou morais abrangentes e irreconciliáveis umas em relação às outras? Palavras-Chave: Justiça, Pluralismo, Metafísica (ome: Aline Medeiros Ramos Instituição: Fordham University Título do Trabalho: Proposições que fixam referentes e a irreducibilidade dos qualia Resumo: Em Philosophy and the Mirror of Nature, Richard Rorty ctitica os eliminativistas, fisicalistas que negam a existência de qualia, e os reducionistas, fisicalistas que dizem que estados mentais são apenas estados físicos (neuronais). Contudo, a disputa a respeito do status desses qualia está longe de ser resolvida. Conforme objeções à visão fisicalista aparecem, versões mais sofisticadas das teses que reduzem estados mentais a estados físicos têm ganhado cada vez mais adeptos na metafísica e filosofia da mente. O objetivo deste trabalho é examinar uma destas teses, em sua versão anti-Kripkeana defendida por Brian Loar em “Qualia, properties, modality”, e apontar suas falhas. Esta tarefa finalmente nos permitirá participar do espanto descrito por Rorty em seu livro e afirmar que esses “estados estranhos” (qualia) que temos 80 além dos estados neurológicos são, de fato, extremamente importantes e não podem ser dispensados sem critérios metafísicos sólidos. Palavras-chave: anti-fisicalismo, fisicalismo reducionista, qualia. (ome: Josailton Fernandes de Mendonça Instituição: PIDFIL-UFRN Título do Trabalho: Propriedades de objetos inexistentes Resumo: Um dos problemas do realismo metafísico é a idéia de propriedades não instanciadas. A idéia de que há propriedades que não são, nunca foram e nunca serão instanciadas em um particular. Por outro lado há particulares que não existem, tais como, “Pegasus”, “dragões que cospem fogo” ou “mamíferos aquáticos voadores”. O que temos então são dois lados do mesmo problema, a saber, fundamento metafísico dos problemas semânticos. O objetivo do trabalho é examinar um aspecto dessa discussão: o problema das propriedades desses objetos inexistentes. A idéia é lançar alguma luz sob a complexa problemática envolvendo a referência dos nomes vazios. Palavras-Chave: Objetos. Propriedades. Metafísica. (ome: Benjamim Julião de Góis Filho Instituição: PPGFIL-UFRN Título do Trabalho: “Merleau-Ponty: Da metafísica à estesia do corpo” Resumo: O objetivo do presente trabalho é refletir acerca da crítica que Merleau-Ponty elabora ao “pensamento de sobrevôo”(metafísica), que cria modelos teóricos, que reduz o corpo à mera informação. Como também, o deslocamento que a experiência do corpo provocou no seu pensamento estético. Na esteira de Nietzsche, para quem a consciência é orgânica, Merleau-Ponty traz o corpo, a sensibilidade para a discussão. Não há aqui uma teoria ou uma crítica estética, no sentido clássico, mas uma experimentação do corpo enquanto obra de arte. Palavras-Chave: Merleau-Ponty, metafísica, estética 81 (ome: João Carlos Neves de Souza e Nunes Dias Instituição: UFAL Título do Trabalho: Metafísica da Carne: notas sobre o corpo no pensamento de Merlau-Ponty Resumo: Na filosofia contemporânea, o pensamento de Maurice Merleau-Ponty destaca-se no sentido de evidenciar o corpo como objeto de investigação filosófica. É enquanto corpo encarnado que nos fazemos presentes no mundo, ao contrário de uma consciência que paira sobre o corpo. O Ser no mundo se expressa na facticidade, tecido na relação entre essência e existência. A essência do Ser não está nas idéias, não está no pensamento, mas na experiência vivida, a qual inclui a razão e o pensamento, de modo encarnado. Segundo Merleau-Ponty, o corpo é carne, aderência ao lugar e ao agora. Palavras-Chave: Carne, Ser, Experiência. (ome: Juliano Moreira Lagoas Instituição: UFSCAR Título do Trabalho: A(s) Ontologia(s) de Descartes segundo MerleauPonty Resumo: Quando vemos Merleau-Ponty dizer em uma de suas últimas notas de trabalho, publicada em O visível e o invisível, que precisará estudar “o Descartes de antes e depois da ordem das razões, o Descartes do cogito anterior ao cogito” (VI, p. 244), convencemo-nos de que a interrogação sobre a significação do cartesianismo está longe de ser, para ele, uma questão entre outras. O interesse de Merleau-Ponty pelo cartesianismo tem um objetivo bem peculiar: mostrar o que, em Descartes, nos faz pensar contra Descartes, o que na ontologia cartesiana do objeto já aponta para uma outra direção, para uma ontologia do existente. É com a interpretação merleau-pontiana da filosofia de Descartes que nos ocuparemos nesta comunicação. 82 Palavras-Chave: Ontologia, Merleau-Ponty, Descartes (ome: Márcio Antônio de Paiva Instituição: PUC-MG Título do Trabalho: Metafísica e Diacronia Resumo: “O anúncio do fim da metafísica é prematuro. Esse fim não é nada certo. Aliás, a metafísica, relação com o ente que se realiza na ética, precede a compreensão do ser e sobrevive à ontologia” (Transcendance et Hauter). Nossa proposta de trabalho deriva dos projetos de pesquisa que temos desenvolvido em torno do filósofo E. Lévinas. Certamente, opondo-se à ontologia e ao logocentrismo, o filósofo lituano usa o termo metafísica sem se esquecer do seu descrédito. Pode-se dizer que a metafísica em Lévinas visa a algo que vai além da própria diferença ontológica para significar uma transcendência para além do ser. Assim, recomeçando por definir a ética como filosofia primeira, Lévinas preconiza o tempo não sincronizável, o tempo diacrônico que escapa ao discurso ontológico, através de análises fenomenológicas (vergonha, indigência, insônia, etc) em direção a uma metafísica que supera o nível ontológico. Palavras-Chave: metafísica, diacronia, ética (ome: Rômulo Pizzolante Instituição: IFCS- UFRJ Título do Trabalho: A Filosofia e a coragem para o sacrifício Resumo: O desafio do homem é viver na conquista do viver, no domínio do possível, do ainda não nomeado, do aberto, da entrega ao esforço e à dor de ter que perder para de novo conquistar É por poder deixar de ser, que o homem pode ser. É no sacrifício do abandono do que já está elaborado e pensado que o homem pode expor-se à vida e de novo reconquistar o sempre vivo, que só assim se realiza. É do não-ser ao ser que vida se dá, se desdobra, se cria. Quando o homem deixa de 83 reivindicar que a vida seja algo fixo, parado, compreende que perder é sua marca, deixar, ter que largar é sua condição de ser. É nesse desapego que o homem encontra seu pertencimento. Desta forma, o trabalho pretende abordar a idéia de sacrifício investigando passagens do texto Que é Metafísica? a partir de uma fala do personagem Riobaldo em Grande Sertão: Veredas. (ome: Manoel Carlos Uchôa de Oliveira Instituição: UFPE Título do Trabalho: O que é isto – a desconstrução? Resumo: O pensamento de Derrida é uma posição contra a hegemonia logocêntrica da filosofia. Sobre uma paráfrase de Heidegger, o propósito desse ensaio é explicitar o que se costumou chamar desconstrução. Evidenciar-se-á a influência direta da ontologia heideggeriana e do niilismo nietzschiano. Na medida em que Derrida transitou dentro da textura do pensamento ocidental, ele se considerou ambigüamente “um herdeiro enfermo”, desenvolvendo um pensamento que ficou conhecido por desconstrucionismo. A destruição da metafísica irrompeu do interior de sua tradição textual, forçando seus conceitos fundamentais ao limite. Nesse sentido, a desconstrução conduz a pretensão de fundamento ao plano da diferença, abalando e deslocando a estruturas discursivas da metafísica. Palavras-Chave: Derrida; desconstrução; metafísica (ome: Fernando Rodrigues Instituição: Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Título do Trabalho: O comportamento humano e o interagir dos animais : mundo e pobreza de mundo no pensamento inicial de Martin Heidegger. Resumo:Em sua preleção do semestre de inverno de 1929/30, Os Conceitos Fundamentais da Metafísica (GA 29/30), Martin Heidegger 84 valeu-se dos termos alemães Verhalten (comportamento) e Benehmen (interação) para distinguir o modo de acesso ao entorno que é próprio, respectivamente, ao homem e aos animais. Nesta comunicação, primeiramente, chamaremos atenção para a crucialidade de ambos os conceitos no tocante à clarificacao das noções de formação de mundo e pobreza de mundo, indicativas da diferença básica entre os entes mencionados. Ao fazermos isso, atentaremos também para as dificuldades relativas à tradução de ambas as expressões, de modo a justificar nossa própria opção de tradução. Palavras-Chave: Heidegger, Mundo, Comportamento (ome: Laura Meirelles Beghelli Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Título do Trabalho: O salto do primeiro inicio para o outro inicio do pensamento em Martin Heidegger. Resumo:Essa comunicação pretende pontuar a compreensão de Heidegger sobre a tradição metafísica de cunho onto-te-lógico como sendo o primeiro início do pensamento e o salto para outro início delimitado na obra Contribuições para a filosofia: da Ereignis (1936/38). Tal confrontação não apenas delimitará a diferença entre ambos mas, também, os pontos em comum que fomentam tal salto. Tanto o primeiro quanto o outro início do pensamento se pautam por discursar sobre a questão do Ser. A diferença entre ambos se situa no “como” seus discursos ressoam essa questão. Perceber-se-á que esse salto não se trata de uma negação do primeiro em detrimento do outro início. Sua relevância repousa no pressuposto de que por salto compreende-se um jogo entre ambos os modos do pensamento enquanto uma possível outra unidade discursiva ressoante da própria questão do Ser. Palavras-Chave: Heidegger, metafísica, outro início do pensamento 85 (ome: Daniel da Silva Toledo Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Título do Trabalho: A tensão entre o “Deus de metafísica” e o “último deus” em Heidegger. Resumo:Essa comunicação pretende confrontar duas modalidades do divino fundamentais para o pensamento de Martin Heidegger: o “Deus da metafísica” e o “último deus”. Essa confrontação partirá do forte caráter de oposição entre as duas concepções para em seguida tentar extrair dessa tensão alguns traços essenciais para a compreensão do divino em Heidegger. Por fim, acredita-se que a importância dessa confrontação repousará na possibilidade do reconhecimento de que a própria relação de tensão, necessária para compreender o “último deus” pensado a partir da superação da metafísica, exige a tarefa de compreender o “Deus da metafísica” para além de um sentido estritamente negativo. Palavras-Chave: Heidegger, Deus da metafísica, Último deus (ome:Luciano Donizetti da Silva Instituição:Universidade Federal do Piauí Título do Trabalho: A ontologia só é possível como fenomenologia? Resumo: Na sexta Investigação Lógica Husserl analisa a questão do preenchimento das formas categoriais de significação e pergunta pelos momentos da forma categorial dentre os quais a cópula. Essa questão interessou sobremaneira a Heidegger, especialmente o encaminhamento no tocante à distinção entre intuição sensível e categorial, na medida em que estaria aí o significado múltiplo do ente. Nas palavras de Heidegger a fenomenologia husserliana o colocou no caminho da questão do ser; para Husserl Heidegger, seguindo uma tendência dos filósofos alemães, distancia-se da fenomenologia e acaba seguindo uma tendência trascendental-subjetivista que pensa o domínio ontológico como dado, 86 além de ser uma ciência do homem (antropologia). A relação controversa entre mestre e discípulo é o tema dessa comunicação. Palavras-chave: ontologia, fenomenologia, antropologia. (ome: Íris Fátima da Silva Instituição: UFRN Título do Trabalho: A origem estética da ontologia hermenêutica de Luigi Pareyson Resumo: a presente comunicação tem a intenção de descortinar a origem estética da ontologia hermenêutica e a paradoxal existência humana como coincidência entre auto-relação e heterorrelação no pensamento de Luigi Pareyson. Considerando o alcance do significado da hermenêutica que nos apresenta o autor na sua Estética. Teoria della formatività cuja interpretação da obra de arte é a execução da obra em si. A interpretação pessoal é o tornar evidente a obra, o dar-se, aparecer, existir, isto é, o revelar-se da obra mesma. A interpretação é em si sempre pessoal, entretanto é apenas uma das tantas possíveis. A pluralidade das interpretações não deve ser considerada uma desvantagem, longe de ser um defeito é já uma revelação da amplitude do pensamento humano. Ao conceber a interpretação como singular evidencia-se a historicidade do contexto e a personalidade do pensante. Palavras-Chave: Luigi Pareyson, interpretação, auto-relação e heterorrelação (ome: Miguel Gally de Andrade Instituição: UFRN/FAPERN Título do Trabalho: "Ontologia e pluralismo das artes visuais a partir da tensão operativa" Resumo: Nossa apresentação tem como propósito pensar o pluralismo das artes visuais no mundo contemporâneo não tanto como pluralismo de estilos, usos de estilos ou de obras, mas de orientações ou grupos nos 87 quais podemos inserir obras/usos de estilos. A partir de uma visão sistemática, ou seja, propondo reuni-las de certa maneira, mas sem fundir, reduzir ou sobrepor uma orientação à outra, essa tarefa está vinculada: 1) à composição do ambiente da arte, que inclui os elementos relativos ao espectador, ao artista e às orientações potenciais da experiência artística, mas também a própria noção de tensão operativa; 2) à definição da tensão operativa enquanto núcleo do ambiente da arte desde um modo especial de comunicação; e 3) à geração de uma concepção dinâmica de obra de arte, ou seja, a partir da própria operatividade da sua criação; (ome: Maxwell Morais de Lima Filho Instituição: UFC Título do Trabalho: A concepção de Searle sobre o reducionismo da supra-determinação causal. Resumo:Segundo Searle, podemos constatar, ao longo da história da Ciência, que uma redução causal bem-sucedida resulta, por redefinição, em uma redução ontológica (como ocorreu com o calor). Entretanto, a consciência é uma exceção, pois o Naturalismo Biológico (sua teoria sobre as relações entre mete e corpo) afirma que os fenômenos mentais são causalmente redutíveis aos processos cerebrais, ao mesmo tempo em que assume que aqueles são ontologicamente irredutíveis a estes. As teses supracitadas geram problemas quando defendidas conjuntamente, sendo um destes o da supra-determinação causal: determinados estados mentais possuiriam duas causas – um outro estado mental e um estado cerebral subjacente. O presente trabalho pretende analisar o impasse que o problema da supra-determinação coloca ao Naturalismo Biológico. Palavras-Chave: Filosofia da Mente, Naturalismo Biológico, supradeterminação causal. 88 (ome: Eduardo Triandopolis Instituição: UECE Título do Trabalho: Encobrimento e visibilidade. Da vigência ao Retiro do Ser em Heidegger. Resumo:Segundo Heidegger, a despeito de uma articulação originária das palavras physis, logos e aletheia apontar para um encobrimento dominante na essência do ser, a tradição metafísica nos lega duas concepções de verdade: a verdade como desencobrimento e a verdade como correção. A percepção do ser como aquilo que encobre e protege será preterida. A identificação da aletheia à idéia em Platão ressaltará o aspecto do simplesmente dado associado à luz. A redução do vigor originário da aletheia operada pela metafísica em um aspecto meramente ótico torna a visibilidade plena teleologia. Com isso, os entes passam a ser representados por um logos proposicional cuja correção é dada pela retidão do ver e do dizer. Visibilidade surge agora como a verdade do ser. Palavras-Chave: verdade, encobrimento, visibilidade. (ome: Roberto Lúcio Diniz Júnior Instituição: PUC-MG Título do Trabalho: Muller-Lauter versus Heidegger: divergências sobre o caráter metafísico da vontade de poder. Resumo: No entender de Heidegger, Nietzsche foi um pensador que levou a metafísica até às últimas conseqüências. Para ele, o pensamento nietzscheano segue a longa via da antiga questão diretriz da filosofia: “O que é o ente?”. A expressão vontade de poder daria uma resposta à pergunta sobre o que é, afinal, o ente. É com prudência e cautela que Müller-Lauter se posiciona frente a tal interpretação. Avesso à leitura heideggeriana, Müller-Lauter procura demonstrar que a reflexão de Nietzsche exclui justamente a pergunta pelo fundamento do ente e, com isso, põe em evidência o que sua filosofia tem de mais próprio: o 89 pluralismo e o dinamismo. O objetivo de nossa comunicação é, a partir da obra de Müller-Lauter “A doutrina da vontade poder em Nietzsche”, problematizar o confronto de idéias entre esses dois grandes pensadores. Palavras-Chave: Metafísica, Nietzsche, Vontade de poder. (ome: Maria Terezinha de Castro Callado Instituição: UECE Título do Trabalho: A metafísica benjaminiana e o agora (Jetztzeit). Resumo: O projeto restitutio in integrum do Fragmento TeológicoPolítico de Walter Benjamin constitui a experiência de uma restituição do plano espiritual (geistlich) e profano (weltlich), fundamentalmente elaborada na metafisica benjaminiana, para o conceito de criatura. Essa restituição deve contar com as investidas da condição fragmentária no status quo da indefinição contemporânea do pragmatismo. Fragment em língua alemã recorre a mesma raiz de fragen (interrogar). Interrogar o ser só pode ser possível com o conceito de Origem (Ursprung) e de Iluminação profana (profane Erleuchtung) redefinidos e relacionados ao estado de criação (Schöpfungsstand) onde a idéia teológica reconhece para a natureza do ser o sol da Graça (Gnadensonne). Palavras-Chave: Restitutio in integrum, Fragmento, Origem (ome: Cícero Leilton Leite Bezerra Instituição: PPGFIL-UFRN Título do Trabalho: Tecnologia e racionalidade no pensamento de Herbert Marcuse. Resumo: Numa obra chamada O Homem Unidimensional, Herbert Marcuse explicita o caráter irracional da personificação da razão moderna, tendo como um dos seus aspectos mais perturbadores o caráter racional de sua irracionalidade. Deste modo, Marcuse reivindica uma nova racionalidade, requerendo um novo conceito de método 90 científico. Para o Autor somente é possível por meio de um pensamento pós-tecnológico, onde a técnica possa transforma-se em um instrumento de pacificação ao colocar o homem e a natureza em uma relação fraterna. Deste modo, a técnica deveria se transformar em arte para produzir uma realidade livre. Ela seria um novo instrumento político na emergência de criar um novo individuo com um desenvolvimento sensível da razão. Palavras-Chave: Tecnologia, racionalidade e arte. (ome:Luiz Diogo de Vasconcelos Júnior Instituição: Universidade Estadual de Campinas Título do Trabalho: Hannah Arendt: As falácias metafísicas e o pensamento que transcende a si mesmo. Resumo: Ciente de que os homens têm uma inclinação a pensar para além dos limites do conhecimento, Hannah Arendt nos diz, n’A vida do espírito, que os problemas da filosofia contemporânea se agravaram quando os filósofos, dando crédito a uma idéia já corrente, começaram também a declarar o fim da filosofia e da metafísica. E concorda com Kant quando ele afirma de que os filósofos retornariam à metafísica como se retorna à mulher amada depois de uma briga. Arendt parece nos dizer que, uma vez morta a metafísica, o mundo das aparências também perde em significado e compreensão. Partindo desta discussão, apresentaremos a idéia de metafísica presente n’A vida do espírito e discutiremos o conceito de falácias metafísicas: apreensões do mundo sensível que justificam que o pensamento e a razão possam transcender os limites da cognição e do intelecto. Palavras-Chave: Metafísica, falácias metafísicas, conhecimento. (ome: João Carlos Marçal Instituição: PIDFIL-UFPE Título do Trabalho: Heidegger e a tradição do pensamento 91 Resumo: A partir da obra The Mystical Element in Heidegger’s Thought de John Caputo, tornou-se possível ler a preleção Que é Metafísica? (Was ist Metaphysik?) de Heidegger à luz de suas influências da ontologia mística de Mestre Eckhart e Angelus Silesius. Marlene Zarader, por outro lado, com sua obra La Dette Impensée, aponta em Heidegger uma influência daquilo que Ricouer chamou de grupo hebraico. Entretanto, faltou a Zarader delimitar onde ocorre a possibilidade inicial de pensarmos tal influência. Para nós, esta influência se abre com Filo de Alexandria que funde platonismo com a tradição hebraica, adentra o Neoplatonismo e a Mística Cristã. Filo é o elo entre a Mística Medieval (não apontado por Caputo) e o elemento hebraico presentes, de modo subterrâneo, na concepção heideggeriana de nada – a base de sua famosa preleção de 1929. Palavras-Chave: Negatividade, hebraísmo, nada. (ome: Rodrigo Ribeiro Alves Neto Instituição: UFRN Título do Trabalho: O que é o fim da metafísica? Resumo: Perguntar pela essência imprensada da metafísica é tão crucial na obra heideggeriana quanto indagar pelo modo como a metafísica entrou, na época atual, em seu estágio final. O presente trabalho buscar elucidar a imbricação entre os conceitos de “metafísica” e “história do ser” na obra de Heidegger, a partir da qual a metafísica é definida como a história da verdade do ente como presença constante, sob a forma de substancialidade e da subjetividade. Veremos de que modo, na “era da metafísica consumada”, a presença se transforma em “vontade de verdade”, instaurando o universo da técnica moderna enquanto princípio de controle e planificação dos entes em geral (Gestell). Palavras-Chave: Heidegger, Metafísica e Técnica Moderna. (ome: Maria Cristina Soares Magalhães 92 Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Título do Trabalho: O sentimento trágico e o paradoxo morte-vida na filosofia de Miguel de Unamuno Resumo: O trabalho destaca a reflexão de Unamuno em “Do sentimento trágico da vida” partindo da tese do “homem de carne e osso”. Destaca o homem concreto em sua particularidade existencial como unidade sujeito e objeto. Interessa a Unamuno o homem envolto na incerteza, na angústia. Reflete a contradição e a ambigüidade coração-razão. Na maturidade sua filosofia se alia à poesia e se distancia dos sistemas filosóficos racionais abstratos. A suprema premissa da existência não pode ser puramente racional mas também afetiva e envolver o inconsciente.Aproxima-se da concepção de tempoeternidade em Kierkegaard e da filosofia pragmática de William James. Palavras-Chave: Trágico, angústia, existência (ome: Antonio Glaudenir Brasil Maia Instituição: UFPE Título do Trabalho: Metafísica e violência: a dimensão ética da Ontologia niilista de Gianni Vattimo. Resumo: O presente trabalho objetiva investigar os argumentos que permitem compreender a conexão entre Metafísica e violência como um dos problemas centrais da filosofia contemporânea, com base, em especial, na ontologia niilista de Gianni Vattimo que denuncia a Metafísica como pensamento violento – denúncia já presente em Nietzsche, Adorno, Heidegger, Levinas. A dimensão ética da ontologia vattimiana se legitima na recusa da idéia de Grund, por considerá-la ‘incontroversa’, que impede ulteriores indagações, nem permite à réplica. Desse modo, o pensiero debole de Vattimo se apresenta como predileção de uma ética não-agressiva, o que nos conduz a reconhecer que ética, não-violência e Metafísica constituem o aspecto mais geral da reflexão de Gianni Vattimo, na qual se identifica a implicação da 93 instância ética e da crítica antimetafísica como epicentro de sua produção filosófica. Palavras-Chave: Metafísica, violência, ética (ome: Thalles Azevedo de Araujo Instituição: Universidade Estadual da Paraíba - UEPB Título do Trabalho: O Lugar da bioética e do habitar poético na critica de Heidegger à Técnica Moderna. Resumo: Neste trabalho, temos como objetivo refletir sobre o lugar da bioética a partir da crítica de Heidegger à essência da técnica moderna. Para Heidegger, o desencobrimento técnico (Gestell) como uma posição que dis-põe da natureza no sentido de uma exploração, apresenta uma ameaça à essência do homem através do modo pelo qual ele foi desafiado a explorar as energias da natureza. Desse modo, A Questão da Técnica permite pensar o poeticamente o homem habita esta terra como base para uma “bioética originária” que corresponda às dimensões plenas da habitação humana, em direção a uma morada que é aberta apenas através da atitude poética, pois na linguagem poética vem parar o poder-ser originário, o cuidado autêntico e a relação de pertença do homem ao ser. Palavras-Chave: Técnica moderna, Poesia, Habitar. (ome: Augusto César Feitosa Instituição: FASE Título do Trabalho: A dimensão do Originário no pensamento heideggeriano Resumo: Em Heidegger a noção de origem não se detém na determinação de um mero começo, assumindo uma abrangência que ultrapassa uma visão cronológica. A proposta deste trabalho é identificar a extensão da questão do originário tomando dois pontos de intersecção: Heráclito como pensador que antecede o esquecimento da 94 dimensão originária, entre os gregos da antiguidade, e Nietzsche como marco dos últimos desdobramentos da metafísica. Através desta análise percebe-se que “o originário” nos remete a um passado, mas em especial a um futuro. O futuro do pensamento em vista do desenraizamento do homem contemporâneo. Palavras-Chave: Heidegger, Metafísica e Pensamento Originário. (ome: Rainri Back dos Santos Instituição: Universidade de Brasilia Título do Trabalho: A problematicidade de uma determinação originária da metafísica Resumo:Uma vez que a cunhagem da expressão grega tà metà tà physiká não adveio de uma “experiência originária”, Heidegger teve de pressupor uma determinação da metafísica que proviesse de tal experiência. A partir de um fragmento do poeta Novalis sobre a filosofia, Heidegger pressupõe que a metafísica consiste em permanecer só, de modo que cada um se encontre a partir de si mesmo diante do ente em totalidade. Conforme algumas indicações de Gadamer e Wittgenstein sobre a linguagem, problematizarei essa possibilidade de alguém se encontrar a sós a partir de si mesmo diante do ente em totalidade. Em suma, apontarei para uma tensão fundamental entre singularização e convencionalismo em qualquer investigação metafísica. Palavras-Chave: metafísica, originário, linguagem. (ome: Hernán Javier Candiloro Instituição: Universidad de Buenos Aires Título do Trabalho: “La negatividad como fuente de sentido” Resumo:Ya desde Ser y Tiempo, la negatividad cumple un rol de máxima importancia en la filosofía de Heidegger, alcanzando su despliegue más notório en su lección “¿qué es metafísica?”. En este 95 contexto, la nada no representa ya una mera negatividad sino que, en cambio, aparece como la condición de posibilidad de todo sentido. De esta manera, la presente comunicación se propone indagar acerca de la relación entre el concepto de “mundo” – tal y como aparece en los parágrafos 15-18 de Ser y Tiempo – y la “nada” entendida como condición de posibilidad de la totalidad de lo ente en “¿qué es metafísica?”. Palavras-Chave: Negatividad – Mundo – Sentido (ome: Antonio Aurélio Oliveira Costa Instituição: PUC-MG Título do Trabalho: Narração temporalidade e intriga poética: mímesis e refiguração Resumo: Baseado na hermenêutica de Paul Ricoeur o trabalho reflete sobre o círculo narração e temporalidade que está imbricado nas características da aporia ser e não ser. Retrata o paradoxo próprio do tempo humano que se projeta na faceta tempo-eternidade. A imagem poética se converte em um ser que se expressa em seu tempo interior, traduzindo a interioridade da consciência, seu drama, seu sonho. Assim o toque de inspiração da metáfora unirá a poética à ontologia, pois o caráter da primeira é mostrar-se, por diante dos olhos, fazer ver no discurso. È um poema em miniatura que através da mímesis e refiguração realiza inovações semânticas. A narração é uma via onde o humano se reconhece. Palavras-Chave:Narração, temporalidade, refiguração (ome: Roberto Javier de Angelis Instituição: Universidad de Buenos Aires Título do Trabalho: La ciência em aprés coup 96 Resumo: Si es Heidegger quien ofrece una dura crítica de la ciencia – en tanto “la supuesta lucidez y superioridad de la ciencia se convierte en algo ridículo cuando no se toma en serio la nada” – llegando a afirmar que “la ciencia no piensa”, son algunas de las líneas de la deriva deconstructiva (Derrida, Kofman, Ronell), que abiertamente reconocen la influencia heideggeriana, las que encuentran en el psicoanálisis la posibilidad de un nuevo espacio crítico para el pensamiento científico en relación con la reformulación contemporánea del problema de la verdad. En ese sentido nuestro trabajo apunta a mostrar qué campo crítico y novedoso de la ciencia abre Freud con sus constelaciones para el pensamiento del texto tras las mediaciones de Nietzsche y Heidegger. Palavras-Chave: ciencia – psiconálisis – constelaciones (ome: José Elielton de Sousa Instituição: UFPI Título do Trabalho: O niilismo no Prólogo de Assim falou Zaratustra Resumo: Propõe-se uma interpretação do “Prólogo” de Assim falou Zaratustra, objetivando caracterizar o niilismo no referido texto. Serão analisadas as figuras apresentadas por Zaratustra no decorrer do “Prólogo”, quais sejam, o “ancião erimita”, o “funâmbulo”, o “último homem” e o “criador”, relacionando-as as várias formas de niilismo tematizadas na obra de Nietzsche. Para efeitos de análise aqui proposta, as figuras que Nietzsche apresenta no “Prólogo” serão exploradas de forma a explicar o caráter processual do niilismo enquanto mvimento de constituição da própria história ocidental, tal como Nietzsche a compreender. Palavra-Chave: Desvalorização, Niilismo e Superação. (ome: Luciana da Silva Mendes Ferreeira Instituição: Universidade Católica de Brasilia 97 Título do Trabalho: Superação da Metafísica? Uma reflexão sobre a critica de Agamben à filosofia de Heidegger. Resumo: Superar a metafísica, para Heidegger, significa pensar o que permaneceu impensado pela tradição filosófica, ou seja, pensar a diferença ontológica, que traz à tona a questão do ser enquanto tal. Porque não é o ente, o ser tende sempre a escapar à apreensão, exigindo um caminho próprio de questionamento. Porém, para Agamben, essa inapreensibilidade do ser é o fundamento de toda a metafísica. Assim, em vez de apontar para a sua superação, Heidegger termina por reafirmar a própria metafísica. Pretendemos indagar quais os limites e as perspectivas desse diálogo entre Heidegger e Agamben. Palavras-Chave: metafísica, superação, ser. (ome: Flávio Augusto Senra Ribeiro Instituição: PPCG-PUC/Minas Título do Trabalho: Criar mundo e liberdade – a propósito de uma perspectiva metafísica que, a partir de Heidegger, problematiza a leitura heideggeriana de Nietzsche Resumo: A interpretação heideggeriana sobre Nietzsche é objeto de distintas considerações no meio nietzscheano. De Nietzsche, há mais acordo sobre o alvo crítico de sua filosofia do que sobre a parte propositiva de seu pensamento. Neste debate, Heidegger marcou profundamente o modo de se ler o problema nietzscheano, levando mesmo seus críticos a não poderem prescindir dessa posição. Esta comunicação, em primeiro lugar, abordará a tese central da leitura heideggeriana de Nietzsche como pensador metafísico em confronto com alguns de seus principais contrastantes. Em segundo lugar, procurará viabilizar, a partir de Heidegger, mas não necessariamente em acordo com sua interpretação, um marco que define o pensamento nietzscheano acerca de mundo e liberdade. Neste sentido se abordará a 98 posição de Nietzsche frente à metafísica, heideggerianamente. Palavras-chaves: Heidegger, Nietzsche, Metafísica sem concebê-lo (ome: Alan Marinho Lopes Instituição: PPGFIL/UFRN Título do Trabalho: Nietzsche e Heidegger em: o Eterno Retorno do Igual Resumo: O debate e a força que envolve o dizer de Nietzsche e o paradigma filosófico contemporâneo deve muito às preleções proferidas por Martin Heidegger entre os anos de 1936 a 1940. Esse encontro decisivo entre os dois pensadores provoca uma abertura dialógica real e um pedaço da história da filosofia se configura numa confrontação onde se decide um destino de liberdade para o futuro por intermédio do instante. A leitura que Heidegger faz do eterno retorno do igual nietzscheano desvela a perspectiva radical da finitude, isto é, mostra o quão frágil somos nós perante uma infinita ratificação de instantes iguais na temporalidade que nos cabe existir. A dificuldade inicial de lidar com esse pensamento cortante concatena-se com a carga de rejeição nas tentativas de experimentar tal filosofia. Todavia, o eterno retorno é a proposição metafísica fundamental no pensamento de Nietzsche, tornando-se crucial compreender sua verve para então alcançar a plenitude de seu saber originário. A doutrina é a resposta para a morte de Deus e a queda dos valores, através da afirmação da doutrina como diretriz para a própria existência, o homem supera o deserto do niilismo bem como a ele mesmo tornando-se um superhomem ou: Aquele que se imortaliza através da sua obra abraçando a eternidade do perpétuo repetir. (ome: Williane Souza Instituição: PPGFIL-UFRN 99 Título do Trabalho: Ensaio sobre o Niilismo Europeu. Nietzsche e o Evangelho do futuro Resumo: Trata-se de tomar a interpretação do autor descrita no prólogo da Vontade de Potência – Ensaio de uma transmutação de valores. “Não nos enganemos quanto ao sentido do título que quer tomar este evangelho do futuro. Vontade de Potência (...)” O autor descreve-o como contramovimento de substituição do niilismo. Para restabelecer uma nova ordem mundial que destituo os valores antigos. Em suas diversas ocorrências com o niilismo em Nietzsche chega-se a absolutização do nada, ao extremo da negatividade. Das duas principais características aponta-se crise do mundo moral, político, metafísico, gnosiológico, lógico e estético. Sentimento de que manifesta no homem uma desorientação ante o sentimento de absurdo do universo e da existência. Para uma análise da cultura ocidental, o niilismo europeu descrito por Nietzsche segue o curso de uma catástrofe que em seu auge ou maior desenvolvimento se solidifica em uma cultura que não aparente surgir outras formas e outros valores que possam substituir valores que entraram em crise ou dissolução. Os aspectos formais da crise são geralmente descritos tanto por Nietzsche como por seus intérpretes como um diagnóstico cultural, É uma doença, metafísica e cultural. Busca-se os esclarecimento do que é esta doença para explicar a sua causa e buscar uma solução para a crise baseado na sua descrição de ser a Vontade de Potência um Evangelho do Futuro. Palavras-chave: niilismo, vontade de potência, metafísica. (ome: Assileide de Melo Dantas Instituição: Programa de Pós-Graduação em Filosofia - UFRN Título do Trabalho: Morte de Deus e superação do niilismo na filosofia de Nietzsche Resumo: No final do século XIX, Nietzsche constata e anuncia a Morte de Deus. Esta tão sentida morte vem acompanhada do fato mais 100 desolador que a modernidade poderia sentir: o niilismo, a total ausência de sentido da existência, uma vez que já não possui um chão firme e não encontra respostas aos por quês fundamentais. Segundo Nietzsche, o niilismo é “o autêntico problema trágico do nosso mundo”. Para solucioná-lo, nosso autor lança mão do seguinte artifício: levar o niilismo até às últimas conseqüências. E assim o fará através da forma mais extremada do niilismo, a saber, o Eterno retorno, o mais poderoso dos pensamentos. Eis, portanto, o objetivo deste trabalho: apresentar de que maneira ocorre a superação do niilismo após a Morte de Deus, através da doutrina do Eterno retorno, na filosofia nietzschiana. Palavras-Chave: Morte de Deus – Niilismo – Eterno Retorno (ome: Joana Brito de Lima Instituição: Título do Trabalho: O método da suspeita de Nietzsche: transvaloração, perspectivismo e verdade. Resumo: O objetivo desta comunicação é investigar a crítica de Nietzsche à “vontade de verdade” inscrita nos sistemas metafísica, analisando também sua denúncia de que os filósofos desejam obter a “verdade a todo custo”; por isso, ele se assume “superficial por profundidade” e defende uma transvaloração filosófica extra-moral. Através do método da suspeita Nietzsche define os princípios norteadores de sua filosofia e os critérios para avaliar e criar todos os valores. As questões a serem investigadas são as seguintes: como o perspectivismo assumido por Nietzsche pode confrontar seus critérios epistemológicos? Como superar as oposições metafísicas de verdade e mentira, aparência e essência, fenômeno e coisa-em-si, colocando-se além do bem e do mal? Ou tais questões nem seriam problemáticas para Nietzsche, o mestre da suspeita? Palavras-chave: Transvaloração, perspectivismo e verdade. 101 (ome: Luiz Roberto Alves dos Santos Instituição: UFRN Título do Trabalho: Humanismo e domesticação em Regras para o Parque Humano Resumo: O termo Humanismo é muito usado contemporaneamente como palavra-chave para o homem, no que tange aos valores humanos mais básicos. O Humanismo é visto continuamente como pedra de toque da civilidade. Destarte, após a Segunda Guerra Mundial, mais precisamente, em 1946, Martin Heidegger escreveu sua famosa Carta sobre o humanismo, texto bastante discutido nas últimas seis décadas. Entretanto, em 1999, o filósofo Peter Sloterdijk apresentou uma conferência na Baviera, intitulada Regras para o Parque Humano, cujo subtítulo deixava claro que se tratava de uma resposta à obra anteriormente citada de Heidegger. Nester termos, o presente trabalho pretende apontar os pontos fulcrais da obra de Sloterdijk, de forma a mostrar com que argumentos este pretendeu contestar ou corrigir Heidegger, principalmente no que se refere aos conceitos de domesticação e antropotécnica. Por outro lado, este trabalho ainda se propõe a fazer um breve levantamento sobre toda a polêmica que foi suscitada por causa de tal conferência. Palavras-chave: Humanismo, domesticação e antropotécnica. (ome: Lucas Fortunato Instituição: PPGFIL-UFRN Título do Trabalho: Da Ontologia à Antropotécnica: Sloterdijk e Heidegger Resumo: Pretende-se abordar neste ensaio como Sloterdijk se relaciona com o pensamento de Heidegger ao questionar a definição humanista do homem e propor a noção de Antropotécnica. Para isso, inicia-se expondo a concepção que Heidegger tem acerca da Técnica e do Humanismo, e a influência de Jünger nessa problemática tratada pelo 102 filósofo da Floresta Negra. Em seguida, ao tratar da pergunta pelo ser e a diferença ontológica, é apresentado o peculiar tratamento que Sloterdijjk dá à questão do ser, ao articular a história do ser a uma espécie de genealogia da clareira, trazendo para o primeiro plano certas intuições de Nietzsche sobre os primórdios da espécie humana. Para concluir, é desenvolvido o pensamento de Sloterdijk que culmina no que ele nomeou de Ontoantropologia, apresentado na obra La Domestication de l’Être – o que torna possível pensar uma história maquínica do ser sob o viés duplamente complexo da antropologia e da ontologia. Palavras-chave: Técnica, Antropotécnica, Ontoantropologia (ome: Margarita Schulz Instituição: Depto. De Teoría de lãs Artes – Fac. de Artes Título do Trabalho: ¿Una nueva ontología? Los derechos filosóficos de la Cibercultura. Resumo: La indagación sobre una ‘nueva Ontología’ vinculada al Cibermundo tiene un objetivo principal: lograr comprender mejor los diferentes tipos de producciones digitales y respaldar desde la Ontología la teoría sobre el arte digital (en sus manifestaciones diversas). Asimismo, el hecho de comprender mejor las posibilidades y concreciones de la producción artístico-estética con soporte digital, debiera contribuir positivamente a la reflexión sobre esa eventual ontología específica. La hipótesis de trabajo señala que es legítimo desarrollar una exploración relativa a la ontología regional del Cibermundo. Entre otras, por las razones siguientes: a) la noción de ontología no debiera considerarse caduca, si acaso se la comprende precisamente como una forma subyacente a cada ‘mundo’ emergente, no como conjunto de contenidos formulados desde filosofías que expresan mundos definitivos y estables; b) la realidad misma, de la cual el Cibermundo 103 es parte, muestra un dinamismo que es a la vez expresión de y causa de inestabilidad, visto desde múltiples descripciones contemporáneas. Los fenómenos digitales son en parte actualizados (en una pantalla), en parte virtuales (como códigos), en parte inmateriales (como software), en parte presentes (en soportes materiales, hardware), y siempre en disposición a la mutación, por ‘naturaleza’ propia. Por la magnitud del proceso reflexivo, la concepción de una ‘ontología específica del Cibermundo’ es una tarea de construcción social del pensamiento. Palabra-Chave: Arte digital, Civercultura y Ontología. 104 GRUPO DE TRABALHO DE LÓGICA E ONTOLOGIA 105 PALESTRAS (ome: Frank Thomas Sautter Instituição: UFSM Título do Trabalho: A silogística de Lewis Caroll Resumo: Examino a silogística de Lewis Caroll a partir da obra Simbolic Logic, cuja parte elementar foi publicada em 1896 e cuja parte avança foi postumamente publicada. Examino sua análise das proposições da existência e das proposições de relação, sua análise da negação proposicional e da negação predicativa, sua análise do compromisso existencial das proposições categóricas, sua crítica ao método de decisão por diagramas de Euler, sua crítica ao método de decisão por diagramas de Venn, seu método de decisão por diagramas n-literais, e seu método de decisão por ávores. Palavras-Chave: Compromisso existencial, Diagramas e Negação. (ome: Fernando Raul de Assis Neto Instituição: UFPE Título do Trabalho: Sinn e Bedeutung no Os Fundamentos da Aritimética de Frege (ome: Fred Freitas Instituição: UFPE Título do Trabalho: Uso de ontologia em informática: um novo mercado para filósofos Resumo: O termo “ontologia” te ganho, nas últimas décadas, muito interesse também na área de informática. Ontologias (computacionais) estão sendo aplicadas com sucesso em áreas em que a necessidade de uso e de contexto, se fazem sentir. Obviamente que, sendo um computador uma máquina puramente sintática e com computabilidade restrita em termo de tempo e possibilidades, o conceito de ontologia 106 computacional é bastante reducionista do ponto de vista filosófico. Procuraremos, neste trabalho, discutir quais as semelhanças, conexões e diferenças do uso deste termo em filosofia e informática. Enumeraremos ainda quais e como terias da filosofia já estão sendo emprestadas nas modelagens de ontologias em computação, tais como mereologia, mereotopologia e problemas como determinar quando classes de indivíduos possuem identidade, rigidez, unidade, qualidades essências, dependência e outras meta-propriedade. COMU(ICAÇÕES (ome: Rodrigo Reis Lastra Cid Instituição: UFOP Título do Trabalho: Sobre meras possibilidades Resumo: Pretendo nesta comunicação explorar a tese do determinismo modal. Este é um tipo forte de determinismo e, como tal, assere que todo evento é completamente determinado por condição anteriores e leis da natureza. E chama-se “modal” porque, com relação às possibilidades, assere que não há possibilidades não-atuais, ou seja, assere que tudo que é possível é também necessário. Aceitando-o, é preciso contar uma estória sobre o que as pessoas estão falando quando falam sobre possibilidades. Isso nos levou a uma distinção a uma distinção entre três sentidos de “possibilidade”: potencial, probabilística e real. A distinção entre potencial e real é baseada em outras duas distinções anteriores: entre a possibilidade de uma coisa e a possibilidade de um evento, e entre a possibilidade no e tempos e a possibilidade fora do tempo. Tendo mostrado o quê devemos aceitar caso aceitemos o determinismo modal, concluo apontando os problemas que devemos resolver para de fato estabelecê-lo. 107 Palavra-Chave: Determinismo, Possibilidades e Possibilidades NãoAtuais. (ome: Marcos Antonio da Silva Filho Instituição: PUC-Rio Título do Trabalho: Problemas com descrições negativas e falsas em teorias realistas da verdade: Análise da saída tractatiana à luz da filosofia de Chateaubrian. Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar, num primeiro momento, a filosofia tractatiana e de Chateaubrian, assumidas como sistemas realistas paradigmáticos, que herdam e tentam resolver o problema da semântica de proposições falsas e verdadeiras negadas. Teorias conrrespondentistas da verdade afirmam que só a conjunção de alguns elementos objetivos, sejam concretos ou abstratos, pode tornar uma sentença verdadeira. É esse tipo de realismo clássico de demanda metafísica por elementos independentes de nossa estrutura cognitiva que é marco da ontologia suis generis do Tractatus de Wittgenstein e do platonismo, mais recentemente representado pelos trabalhos de Chateaubrian. Enquanto o sistema Chateaubrian demanda uma metafísica de propriedades hierarquizadas em diferentes ordens, em princípio, de escopo indefinido, o sistema tractatiano pressupões uma rede de objetos discretos, simples e eternos, compondo a realidade última do mundo que define uma rede exaustiva de combinação de complexos. Tomo estes dois sistemas, dada as suas devidas diferenças de inspiração, como dois sistemas emblemáticos de realismo. Num segundo momento, articulo a tese de Luiz Henrique dos Santos, da intransitividade simbólica das proposições com a discussão recente sobre a distinção tractatiana entre Tatsachen e Sachverhalte. Finalizo, o trabalho, mostrando críticas a saída tractatiana ao problema da semântica do falso sobre a luz dos trabalhos de Chateaubrian. 108 (ome: Wagner Lopes Machado de Oliveira Instituição: PPGFIL-UFPB Título do Trabalho: Kurt Gödel e Karl R. Popper contra a aniquilação da Metafísica pelos postulados de linguagens axiomáticas Resumo: O presente trabalho apresentará Kurt Gödel em 1931 fez ruir a crença que toda verdade matemática poderia ser deduzida partindo dos postulados axiomáticos simples, bastando para isso que regras lógicas fossem dos grupos axiomáticos, assim Gödel ao demonstrar que algumas verdades matemáticas não podiam ser deduzidas partindo dos grupos axiomáticos, Gödel reabilitou a matemática como entendida por Platão, e não pertencente a este nosso mundo, e sim a um outro mundo. Com o teorema de Gödel as bases de fundamentação de explicações cotidianas em termos axiológicos e matemáticos ruíram, em Die Beiden Grundprobleme der Erkenntinistheorie, escritos entre 1930-1933. Popper tem que resolver o problema: os problemas filosóficos restringiam-se a “erros” de linguagem? Em que, segundo Popper, os Positivistas Lógicos e Filósofos Analíticos na ânsia de resolver o problema de demarcação, aniquilando a metafísica, na verdade aniquilaram junto toda possibilidade da Ciência Aatural, em especial Wittgenstein e seu critério de significatividade, que rejeito como desprovido de sentido as leis naturais, Popper passa a atacar diretamente Wittgenstein, ao afirmar que o problema da indução seria um pseudoproblema, uma vez que para solucioná-lo bastaria buscar uma justificação lógica dos enunciados universais acerca da realidade, Popper atuando na interpretação da teoria quântica, fundada sobre o princípio da incerteza de Heisenberg, apresentou todas as suas críticas na relação entre a filosofia, metafísica e a lógica, segundo Popper; Frege, Russelll, Wittgenstein, Carnap e Quine em lugar de vencer o suposto inimigo que é a metafísica, eles (os Positivistas Lógicos e Filósofos Analíticos) dão a chave da cidade sitiada ao inimigo, Popper mostra, por exemplo, que se pode construir uma linguagem que 109 satisfaça as exigências do fisicalismo e que conteria uma proposição arquimetafísica: existe um espírito pessoal onipotente, onipresente e onisciente, desafiando os seus adversários positivistas e lógicos analíticos. Assim Popper e Gödel dão à Metafísica um lugar de destaque na Filosofia Contemporânea. Palavras-Chave: Filosofia, Linguagens axiomáticas e Metafísica. (ome: Daniel Durante Pereira Alves Instituição: UFRN Título do Trabalho: Lógica é Metafísica Resumo: Analisa-se e compara-se a posição de dois filósofos analíticos, W. O. Quine e M. Dummett, cujas idéias são reconhecidamente divergentes, para defender um surpreendente ponto de concordância entre ambos: a postura de que nossos princípios lógicos constituem os nossos princípios sobre o ser e que, portanto, lógica é metafísica. Palavras-Chave: Lógica, Metafísica e Ontologia. (ome: Wagner de Campos Sanz Instituição: UFG Título do Trabalho: Programa de Dummett Resumo: Programa de Dummett para estabelecer bases para a decisão em questões metafísicas na disputa entre realistas e antirealistas pivota sobre uma interpretação das constantes lógicas que pode ser questionada em inúmeros pontos. De fato, o Programa apóia-se sobre a semântica de provas Dummett-Prawitz a qual assume alguns princípios gerais que gostaríamos de analisar. O mais básico e programático deles é o de “meaning-as-use”. Embora esse princípio e o princípio de composicionalidade sejam princípios aos quais muitos estaríamos dispostos a subscrever, não é claro que a análise segundo “meaning-as110 use” implique assumir que as asserções são prioritários para a análise da significação. (ome: Anderson Bogéa da Silva Instituição: UFPB Título do Trabalho: Conceitos: representações mentais, objetos abstratos ou uma mistura de ambos? Resumo: O psicologismo na lógica e na filosofia foi fortemente combatido por Gottlob Frege no final do século XIX, através de sua noção de objetividade. Ele distinguia dois sentidos para o termo “conceito”, um psicológico e outro lógico, sem contar a possibilidade de uma combinação desses dois sentidos, acarretando o que Frege chamou de “confusa mistura”. Frege concebe proposições enquanto entidades abstratas, não-espaciais, e atemporais, isto é, objetiva nãoefetivas. Neste trabalho teremos em vista a proposta fregeana que identifica conceitos com os constituintes abstratos das proposições, no entanto há visões contemporâneas divergentes, ou que ao menos sustentam uma visão conciliadora entre objetos abstratos e representações mentais em uma mesma teoria. Este é o caso da proposta de Laurence & Margolis, a qual nós aqui apresentaremos. Palavras-Chave: Anti-psicologismo fregeano, objetos abstratos e representações mentais. (ome: João Pereira da Silva Neto Instituição: UFC Título do Trabalho: Perspectivismo: As aparências são a essência. Resumo: O papel principal exposição do perspectivismo em Nietzsche é a de crítica à metafísica, através da crítica à pretensão de verdade que esta expressa. Toda a metafísica nesta abordagem crítica, é dual, considerando a realidade dividida em dois mundos com estatutos ontológicos distintos, onde o real é o interno às coisas e o aparente é o 111 periférico, e, do ponto de vista da verdade, inferior. A metafísica pressupõe a essência das coisas contida na unidade de sua validação: a veracidade. A busca pela verdade absoluta inerente à objetividade e alheia a qualquer espécie de interpretação ou pluralidade de olhar é o principal oco das críticas que Nietzsche dispara em oposição à metafísica. Pois, a superação da perspectiva, sugeriria a possibilidade de considerar as coisas de um ponto de vista absoluto inexiste. Palavra-Chave: Metafísica, Perspectivismo e Verdade. (ome: José da Silva Instituição: PPGFIL-UFPB Título do Trabalho: As Razões Filosóficas da Demonstração da Existência de Deus em João Duns Escoto (ome: Leonardo Antônio Cisneiros Arrais Instituição: UPFE Título do Trabalho: Atualidade e Necessidade Acidental: comparação entre dois modelos Resumo: Desde Aristóteles, o contraste entre a necessidade lógica e o que depois seria chamado de necessidade acidental é uma peça importante na solução do problema dos futuros contingentes e do determinismo lógico. A tese segundo a qual “o que é, enquanto é, é necessariamente (...) mas não incondicionalmente” pode ser expressa na lógica modal moderna com a introdução de um operador de atualidade @ que permitiria expressar a diferença entre C@pL@p e C@pLp, com a tese aristotélica correspondendo à validade da primeira fórmula e a invalidade da segundo. O objetivo do presente trabalho será comparar dois modelos históricos importantes para a representação da necessidade acidental, o de São Tomás e o de Leibniz, a fim de discutir qual é o mais adequado para a representação da contingência da atualidade. 112 Palavras-Chave: Atualidade, Determinismo e Modalidade. (ome: Márcia Zebina Instituição: UFG Título do Trabalho: Lógica e ontologia em Hegel Resumo: Pretendemos explicitar, neste trabalho, em que termos a Ciência da Lógica de Hegel pode ser chamada de Ontologia, dado que o próprio autor refere-se à Lógica Objetiva, que compreende a doutrina do ser e a doutrina da essência, como ontologia; ao mesmo tempo em que se refere à doutrina do conceito, que compreende a Lógica Subjetiva, como lógica propriamente dita. Partindo desta divisão da obra entre uma lógica objetiva (ontologia) e uma lógica subjetiva (lógica), buscaremos mostrar o caráter radical da ontologia em Hegel, de modo que ela não pode ser um discurso sobre a substância ou sobre um ente último e qualquer, mas que ela descreve o que está em mutação permanente, como uma ontologia do movimento. Nesta ontologia radical o pensamento, ou o pensar, exerce o papel central. Palavras-Chave: Lógica, Ontologia e Pensamento (ome: Alberto Dias Gadanha Instituição: UECE Título do Trabalho: Interpretação de A Ciência da Lógica de Hegel por Hebert Marcuse Resumo: Marcuse expõe a Lógica Dialética como um projeto de identidade entre representação e representado, entre Lógica e Ontologia. Esta identidade sintética expressa a integridade do sistemas representativo que se dá entre o absoluto enquanto sujeito lógico, o de quê falamos e o absoluto enquanto predicado lógico, o quê falamos de tal sujeito. Tratando de categorias para expressar a dinâmica efetiva da realidade, o Conceito deve garantir a identidade-síntese entre a autodeterminação de si e a determinação do processo histórico. 113 Palavras-Chave: Absoluto, Dialética, Integridade, Representação e Ser. (ome: Jaaziel de Carvalho Costa Instituição: UFPI Título do Trabalho: Lógica, ontologia e metafísica na Wissenschaft der Logik de Hegel Resumo: Hegel defendeu em uma de suas principais obras, a Ciência da Lógica, que a lógica deveria tomar o lugar da metafísica, e nete intento, ele dá a esta nova ciência a tarefa antiga de construção científica do mundo, única e exclusivamente através do pensamento puro. Assim, Hegel quis substituir a metafísica antiga por sua lógica objetiva. Sua lógica é apresentada em vários registros, e entre alguns deles temos: (1) registro lógico, que tem, em algum momento, o dever de dar os cânones para o pensamento; (2) registro ontológico, no sentido de que a ordem de organização do mundo não difere de organização do pensamento; e (3) registro metafísico, pois tem o dever de construção científica do mundo somente através do pensamento puro. Palavras-Chave: Metafísica, Lógica e Ontologia. (ome: Raimundo do Nascimento Batista Landim Instituição: UECE Título do Trabalho: A filosofia enquanto reflexão problematizante e sistematizante sobre o sentido da vida Resumo: Trata-se da apresentação de uma pesquisa sobre a constituição lógico-ontológica da filosfia, visando superar a dimensão transcendental da questão sobre a legitimidade da metafísica, levantada pela crítica encabeçada por Hume Kant, Nietzsche e Heidegger à mesma. Neste sentido, uma saída plausível, parece-me, está imanente ao conceito de 114 filosofia enquanto tal. A saber, compreendê-la como uma reflexão problematizante e sistematizante sobre o sentido da vida humana. Palavras-Chave: Filosofia, Metafísica e Reflexão. 115