Programação e Caderno de Resumos
III Colóquio Internacional de Metafísica
O que é Metafísica?
20 a 24 de abril de 2009
Brasil, Natal/RN, UFRN
Editor responsável
Oscar Federico Bauchwitz
Comissão Organizadora
Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz
Prof. Dr. Jaimir Conte
Profa. Dra. Maria da Paz Nunes de Medeiros
Prof. Dr. Markus Figueira da Silva
Comissão Científica
Profa.Dra. Claudia D’Amico (U. de Buenos Aires)
Prof. Dr. Claudio Costa (UFRN)
Prof. Dr. José Maria Zamora Calvo (U. Autónoma de Madrid)
Prof.Dr. Marcelo Pimenta Marques (UFMG)
Prof.Dr. Osvaldo Chateaubriand Filho (PUC-RJ)
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Campus Universitário, Km 1, BR 101, Lagoa Nova.
Tel..: (84) 32153643
http://www.filosofia.cchla.ufrn.br/IIICIM
III Colóquio Internações de Metafísica : O que é Metafísica?
Programação e Caderno de Resumos / Organização de Oscar Federico Bauchwitz –
Natal: 2009.
1.
2
Metafísica – Brasil – Congressos. I. Bauchwitz, Oscar Federico. III. Título.
Sumário
Apresentação
5
PROGRAMAÇÃO DO EVE(TO
7
CADER(O DE RESUMOS
Grupo de Trabalho de Metafísica Antiga
Grupo de Trabalho de (eoplatonismo
Grupo de Trabalho de Metafísica Moderna
Grupo de Trabalho de Metafísica Contemporânea
Grupo de Trabalho de Lógica e Ontologia
33
35
47
56
73
103
3
4
Apresentação
Este Caderno reúne os resumos dos trabalhos do III Colóquio
Internacional de Metafísica, organizado pelo Programa de PósGraduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, de 20 a 24 de abril de 2009, cujo tema central O que é
Metafísica?, comemora o 80° aniversário da preleção de Martin
Heidegger.
Em sua terceira edição, o evento reúne conferências, palestras e
comunicações de professores e alunos de pós-graduação, do Brasil e do
Exterior, distribuídas em cinco Grupos de Trabalho: Metafísica Antiga,
Neoplatonismo, Metafísica Moderna, Metafísica Contemporânea e
Lógica e Ontologia.
Dispõe-se aqui dos resumos das palestras e comunicações
específicas de cada Grupo de Trabalho. Para identificar os horários e
dias das apresentações, conta-se ainda com a Programação Geral do
Evento no início deste Caderno.
A organização do III Colóquio Internacional de Metafísica
agradece a colaboração dos coordenadores dos Grupos de Trabalho:
Markus Figueira da Silva (Metafísica Antiga), Jaimir Conte (Metafísica
Moderna), Claudio Ferreira Costa (Metafísica Contemporânea) e Maria
da Paz Nunes de Medeiros (Lógica e Ontologia). Agradece, ainda, o
apoio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFRN, da FAPERN, da
CAPES, da ANPOF e da Secretaria de Turismo da Prefeitura do Natal.
Oscar Federico Bauchwitz
Coordenador Geral
5
6
PROGRAMAÇÃO DO
III COLÓQUIO I(TER(ACIO(AL DE METAFÍSICA
O que é Metafísica?
7
Programação Geral
Horário
Segunda, 20
Abertura da
Secretaria do
Evento
13:30
15:00
Sala de
Eventos,
CCHLA
(Térreo)
Intervalo
15:30
17:00
Intervalo
17:30
19:00
8
Conferências
Terça, 21
Quarta, 22
Quinta, 23
Sexta, 24
Atividades
dos Grupos
de Trabalho
Atividades
dos Grupos
de Trabalho
Atividades
dos Grupos
de Trabalho
Atividades
dos Grupos
de Trabalho
(Comunicações)
(Comunicações)
(Comunicações)
(Comunicações)
Intervalo
Intervalo
Intervalo
Intervalo
Atividades
dos Grupos
de Trabalho
Atividades
dos Grupos
de Trabalho
Atividades
dos Grupos
de Trabalho
Atividades
dos Grupos
de Trabalho
(Comunicações)
(Comunicações)
(Comunicações)
(Comunicações)
Intervalo
Intervalo
Intervalo
Intervalo
Atividades
dos Grupos
de Trabalho
(Palestras)
Atividades
dos Grupos
de Trabalho
(Palestras)
Atividades
dos Grupos
de Trabalho
(Palestras)
Atividades
dos Grupos
de Trabalho
(Palestras)
Conferências
Conferências
Conferências
Conferências
Conferências
Local: Auditório da Biblioteca Central Zila Mamede
Horário
19:00
20:00
Segunda, 20
À quoi sert la Métaphysique d’Aristote ? L’exemple du
mouvement animal
Pierre-Marie Morel
(U. de Paris 1)
Sobre a Metafísica, ou a respeito do jejum
Gilvan Fogel
(UFRJ)
Local: Auditório da Biblioteca Central Zila Mamede
Horário
19:00
20:00
Terça, 21
On what there be must be
Luiz Carlos Pinheiro Dias Pereira
(PUC-RJ)
(egation and logical monism
Jean-Baptiste Joinet
(U. de Paris 1)
Local: Auditório da Biblioteca Central Zila Mamede
Horário
20:00
Quarta, 22
Contra a teoria dos dois mundos na filosofia de Platão
Marcelo Pimenta Marques
(UFMG)
9
Conferências
Local: Auditório da Biblioteca Central Zila Mamede
Horário
19:00
20:00
Quinta, 23
Ante ens, non ens : la primacía de la negación en el
neoplatonismo
Claudia D’Amico
(U. de Buenos Aires)
Presencia/Ausencia: de Plotino a Proclo
José Maria Zamora Calvo
(U. Autónoma de Madrid)
Local: Auditório da Biblioteca Central Zila Mamede
Horário
19:00
20:00
10
Sexta, 24
A essência poética da história
Virgínia Figueiredo
(UFMG)
Contribuições para uma ontologia digital
Rafael Capurro
(U. Stuttgart)
Grupo de Trabalho de Metafísica Antiga
Local: Auditório A
Horário
13:30
14:00
14:30
15:00
15:30
16:00
16:30
17:30
Terça, 21
Ontologia heraclitiana
José de Magalhães Campos Ambrósio (UFMG)
Pedro Lima Cordeiro Lima (UFMG)
A psyché como arché da phisis: o argumento platônico
contra a asebéia no Livro X das Leis
Maria Gorette Bezerra de Lucena (PUC-SP)
O elogio de (ietzsche a Sócrates
Fernanda Machado de Bulhões(UFRN)
Intervalo
Realidade e gênero no Filebo de Platão
Maria Veralúcia Pessoa Porto (UERN)
(omeação e ontologia no Crátilo de Platão
Telmir de Souza Soares (UERN)
Intervalo
Metafísica de Platão: monismo originário
Custódio Silva de Almeida (UFC)
11
Grupo de Trabalho de Metafísica Antiga
Local: Auditório A
Horário
13:30
14:00
14:30
15:00
15:30
16:00
16:30
17:30
12
Quarta, 22
A admiração é o páthos do filósofo
Gislene Vale dos Santos (UFSC)
Sobre a igualdade de natureza (alma) dos guardiões na
República de Platão
Solange Maria Norjosa Gonzaga (UFPB)
Linguagem e metafísica no Crátilo de Platão
Ivanaldo Oliveira dos Santos (UERN)
Intervalo
A natureza do éros platônico
Jovelina Maria Ramos de Souza (PIDFIL-UFRN)
A theoria enquanto techné na politéia platônica
Érika Bataglia da Costa (UFC)
Intervalo
Formas e Sentido na concepção platônica de linguagem
Maria Aparecida de Paiva Montenegro (UFC)
Grupo de Trabalho de Metafísica Antiga
Local: Auditório A
Horário
13:30
14:00
14:30
15:00
15:30
16:00
16:30
17:30
18:15
Quinta, 23
Prazer, desejo e amor-paixão no texto de Lucrécio
Antônio Júlio Garcia Freire (UERN)
Possibilidade em Metafísica IX 3-4
Mateus R. Fernandes Ferreira (UNICAMP)
Um estudo das relações entre tempo e número na Física
de Aristóteles
Julio Andrade Paulo (UFPB)
Intervalo
A phýsis na conformação do logos: linguagem e
pensamento no corpus epicúreo
Rodrigo Vidal do Nascimento (PIDFIL-UFRN)
Tempo e movimento no pensamento de Epicuro
Everton da Silva Rocha (PIFDIL-UFRN)
Intervalo
Física, metafísica e direito em Anaximandro
Celso Martins Azar Filho (IBMEC-RJ)
Sensações, impressões, projeções: as afecções do
Pensamento
Markus Figueira da Silva (UFRN)
13
Grupo de Trabalho de (eoplatonismo
Local: Auditório de Filosofia
Horário
13:30
14:00
14:30
15:00
15:30
16:00
16:30
17:30
18:15
14
Terça, 21
Metafísica e (eoplatonismo
David G. Santos (Universidade de Lisboa)
O Conceito de Participação como Fundamento da
Metafísica Agostiniana
Marlesson Castelo Branco do Rêgo (CEFET-PE)
Plotino e (íveis de Mim: Inconsciente e Mística
Marcus Reis Pinheiro (UFF)
Intervalo
Algumas considerações acerca da Metafísica do Amor em
Ficino
Monalisa Carrilho de Macedo (UFRN)
Metafísica é Platonismo
Gisele Amaral (UFPB)
Intervalo
Antropologia e Metafísica na Oratio catechetica magna de
Gregório de (issa
Jorge Augusto da Silva Santos (UFES)
A Dimensão Metafísica da Civitas na Doutrina ÉticoPolítica de Santo Agostinho
Marcos Roberto Nunes da Costa (UNICAP-PE)
Grupo de Trabalho de (eoplatonismo
Local: Auditório de Filosofia
Horário
13:30
14:00
15:00
15:00
15:30
16:00
16:30
17:00
17:30
18:15
Quarta, 22
As Razões Filosóficas da Demonstração da Existência de
Deus em João Duns Escoto
Victor Hugo de Oliveira Marques (Inst. Teo. João Paulo II)
Metafísica da mostração em (icolau de Cusa
José Teixeira Neto (PIDFIL-UFRN)
Intervalo
Corruptibilidade e Redenção Temporal em Schelling:
Antecedentes e Repercussões
Edrisi Fernandes (PIDFIL-UFRN)
Ter sangue-frio...
Luiz Fernando Fontes-Teixeira (PPGFIL-UFRN)
Apofaticismo e abstração em Mark Rothko
Vanessa Alves de Lacerda Santos (UFS)
Intervalo
La dimensión ética en el pensamiento de (icolás de Cusa
Paula Pico Estrada (U. Nacional de Mar del Plata)
Guimarães Rosa: sertão, deserto e nada.
Cicero Cunha Bezerra (UFS)
Contribuições à história de uma metáfora: Heidegger e
(icolau de Cusa
Oscar Federico Bauchwitz (UFRN)
15
Grupo de Trabalho de Metafísica Moderna
Local: Auditório de Geografia
Horário
14:00
14:30
15:00
15:30
16:00
16:30
17:30
16
Terça, 21
Sobre a circularidade entre a Terceira e a Quinta
Meditações em Descartes
Alexandre de Moura Barbosa (UFC)
Metafísica Cartesiana das Paixões
Juliana da Silveira Pinheiro (UFMG)
Intervalo
Heidegger e Leibniz – a abertura do conceito de mônada
Cristiano Bonneau (UFPB)
Os conceitos de ser e de tempo em Sein und Zeit
Pedro Paulo Corôa (UFPA)
Intervalo
Blaise Pascal: da recusa da metafísica da raison à
metafísica do “estudo do homem”
João Emiliano Fortaleza de Aquino (UECE)
Grupo de Trabalho de Metafísica Moderna
Local: Auditório de Geografia
Horário
14:00
14:30
15:00
15:30
16:00
16:30
17:00
17:30
Quarta, 22
O corpo como questão nos postulados da parte III da
Ética de Benedictus Spinoza
Daniel Figueiredo de Oliveira (UECE)
O Trabalho Crítico de Espinoza nos pensamentos
Metafísicos
Sérgio Luis Persch (UFPB)
Intervalo
Kant e a fundamentação metafísica da mecânica racional
Tedson Mayckell Braga Teixeira (UFPB)
A crítica de Hume à metafísica moderna
Flávio Miguel de Oliveira Zimmermann (USP)
Hume: Metafísica, Ceticismo e (aturalismo
Jaimir Conte (UFRN)
Intervalo
Mechanismus metaphysicus versus concursus dei na
metafísica de Leibniz
José Maria Arruda (UFC)
17
Grupo de Trabalho de Metafísica Moderna
Local: Auditório de Geografia
Horário
13:30
14:00
14:30
15:00
15:30
16:00
16:30
17:00
17:30
18:15
18
Quinta, 23
A Alma e o Corpo em Malebranche: uma reflexão sobre
a lei geral das comunicações do movimento
Euza Raquel de Souza (UECE)
A metafísica conforme Giambattista Vico
Marcos Aurélio da Guerra Dantas (UECE)
Giambattista Vico e a idéia de uma nova metafísica no De
antiquissima
Liliane Severiano Silva (UECE)
Intervalo
O Lugar do ceticismo na Filosofia do Jovem Hegel
Edney José da Silva (UFRN)
Ceticismo e fundamentação no sistema de Hegel
Oscar Cavalcanti de Albuquerque Bisneto (UFRN)
Considerações sobre o Saber Absoluto e a Filosofia da
História em Hegel
Rafael Ramos Cioquetta (UFRGS)
Intervalo
Giambattista Vico: uma nova metafísica como nuova
scienza do mundo civil
José Expedito Passos Lima (UECE)
Ceticismo e externidade do mundo: os limites da filosofia
de Hume quanto crítica à metafísica
Érico Andrade (UFPE)
Grupo de Trabalho de Metafísica Moderna
Local: Auditório de Geografia
Horário
13:30
14:00
14:30
15:00
15:30
16:00
16:30
17:00
17:30
Quinta, 23
Estado (atural e o homem metafísico de Rousseau
Rachel Leite Pereira (UECE)
Marx: da crítica do fundamento absoluto de Hegel à
crítica do materialismo contemplativo de Feuerbach
Estenio Ericson Botelho de Azevedo (USP)
Metafísica e Política: Carl Schmitt sobre o sujeito
moderno e a fundamentação das normas
Deyvison Rorigues Lima (UFC)
Intervalo
Uma impossibilidade ontológica em Schopenhauer
Paulo César Oliveira Vasconcelos (UFPI)
Do nada ao nada
Ilíada Santos Botelho (UFPB)
Da proveniência da necessidade metafísica do homem,
segundo Arthur Schopenhauer
Dax Moraes (PIDFIL-UFRN)
Intervalo
Metafísica e Estética musical no romantismo alemão
Márcio Benchimol Barros (UNESP)
19
Grupo de Trabalho I de Metafísica Contemporânea
Local: Auditório B
Horário
13:30
14:00
14:30
15:00
15:30
16:00
16:30
17:00
17:30
20
Terça, 21
Será possível falar filosoficamente sobre o conceito de
verdade sem ser metafísico?
Sérgio Murilo Rodrigues (PUC-MG)
El viejo y el nuevo modo de pensar: el problema de la
metafísica y las ontologías recientes
Glenda Satne (U. Buenos Aires)
Animales sin lenguaje en el espacio de los conceptos: una
crítica al principio de prioridad
Mariela Aguilera (UNC, Argentina)
Intervalo
John Ralws: um pensador pós-metafísico
Raphael Brasileiro Braga (PPGFIL-UFC)
Proposições que fixam referentes e a irredutibilidade dos
qualia
Aline Medeiros Ramos (Fordham University)
Propriedades de objetos inexistentes
Josailton Fernandes de Mendoça (PIDFIL-UFRN)
Intervalo
A ontologia dos tropos
Claudio Ferreira Costa (UFRN)
Grupo de Trabalho I de Metafísica Contemporânea
Local: Auditório B
Horário
13:30
14:00
14:30
15:00
15:30
16:00
16:30
17:00
17:30
Quarta, 22
Merleau-Ponty: Da metafísica à estesia do corpo
Benjamin Julião de Góis Filho (PPGFIL-UFRN)
Metafísica da Carne: (otas sobre o corpo no pensamento
de Merleau-Ponty
João Carlos neves de Souza e Nunes Dias (UFAL)
A(s) Ontologia(s) de Descartes segundo Merleau-Ponty
Juliano Moreira Lagoas (UFSCAR)
Intervalo
Metafísica e Diacronia
Márcio Antônio de Paiva (PUC-MG)
A Filosofia e a coragem para o sacrifício
Rômulo Pizzolante (IFCS-UFRJ)
O que é isso – a desconstrução
Manoel Carlos Uchôa de Oliveira (UFPE)
Intervalo
A Metafísica e o “amor à sabedoria”
Miguel Antonio do Nascimento (UFPB)
21
Grupo de Trabalho I de Metafísica Contemporânea
Local: Auditório B
Horário
13:30
14:00
14:30
15:00
Quinta, 23
O comportamento humano e o interagir dos animais:
mundo e pobreza de mundo no pensamento inicial de
Martin Heidegger
Fernando Rodrigues
O salto do primeiro início para o outro início do
pensamento de Martin Heidegger
Laura Meirelles Beghelli (UFJF)
A tensão entre o “Deus da metafísica” e o “último deus”
em Heidegger
Daniel da Silva Toledo (UFJF)
Intervalo
17:30
A ontologia só é possível como fenomenologia?
Luciano Donizetti da Silva (UFPI)
A origem estética da ontologia hermenêutica de Luigi
Pareyson
Íris Fátima da Silva (UFRN)
Ontologia e pluralismo das artes visuais a partir da
tensão operativa
Miguel Gally de Andrade (UFRN/FAPERN)
Intervalo
O acontecimento de mundo na era da informação
Soraya Guimarães (PIDFIL-UFRN)
18:15
El nexo esencial entre ser y la nada en Hegel y Heidegger
Daniel Brauer (U. Buenos Aires)
15:30
16:00
16:30
17:00
22
Grupo de Trabalho I de Metafísica Contemporânea
Local: Auditório B
Horário
13:30
14:00
14:30
15:00
15:30
16:00
16:30
17:00
Sexta, 24
A concepção de Searle sobre o reducionismo e o
problema da supra-determinação causal
Maxwell Morais de Lima Filho (UFC)
Encobrimento e visibilidade. Da vigência ao Retiro do
Ser em Heidegger
Eduardo Triandopolis (UECE)
Müller-Lauter versus Heidegger: divergências sobre o
caráter metafísico da vontade de poder
Roberto Lúcio Diniz Júnior (PUC-MG)
Intervalo
A metafísica benjaminiana e o agora (Jetztzeit)
Maria Terezinha de Castro Callado (UECE)
Tecnologia e racionalidade no pensamento de Hebert
Marcuse
Cícero Leilton Leite Bezerra (PPGFIL-UFRN)
Hannah Arendt: As falácias metafísica e o pensamento
que transcende a si mesmo
Luiz Diogo de Vasconcelos Júnior (UNICAMP)
Intervalo
17:30
Kant contra a “sorte moral”
Cinara Nahra (UFRN)
18:15
Ontologia Digital: Transhumanizando a Hermenêutica
Filosófica
Ana Thereza de Miranda Cordeiro Dürmaeir (UFPB)
23
Grupo de Trabalho II de Metafísica Contemporânea
Local: Auditório C
Horário
14:00
14:30
15:00
15:30
16:00
16:30
24
Terça, 21
Heidegger e a tradição do pensamento
José Carlos Marçal (PIDFIL-UFPE)
O que é o fim da metafísica?
Rodrigo Ribeiro Alves Neto (UFRN)
Intervalo
O sentimento trágico e o paradoxo morte-vida na filosofia
de Miguel de Unamuno
Maria Cristina Soares Magalhães (PUC-MG)
Metafísica e violência: a dimensão ética da Ontologia
niilista de Gianni Vattimo
Antonio Glaudenir Brasil Maia (PIDFIL-UFPE)
O lugar da bioética e do habitar poético na crítica de
Heidegger à Técnica Moderna
Thalles Azevedo de Araújo(UEPB)
Grupo de Trabalho II de Metafísica Contemporânea
Local: Auditório C
Horário
13:30
14:00
14:30
15:00
15:30
16:00
Quarta, 22
A dimensão do Originário no pensamento heideggeriano
Augusto César Feitosa (FASE)
A problematicidade de uma determinação originária da
metafísica
Rainri Back dos Santos (UnB)
La negatividad como fuente de sentido
Hernán Javier Candiloro
(U. Buenos Aires)
Intervalo
(arração, temporalidade e intriga poética: mímesis e
refiguração
Antonio Aurélio Oliveira Costa (PUC-Minas)
La ciencia en aprés coup
Roberto Javier de Angelis (U. Buenos Aires)
25
Grupo de Trabalho II de Metafísica Contemporânea
Local: Auditório C
Horário
14:00
14:30
15:00
15:30
16:00
26
Quinta, 23
O niilismo no prólogo de Assim falou Zaratustra
José Elielton de Sousa (UFPI)
Superação da Metafísica? Uma reflexão sobre a crítica de
Agamben à filosofia de Heidegger
Luciana da Silva Mendes Ferreira (UnB)
Intervalo
Criar mundo e liberdade – a propósito de uma
perspectiva metafísica que, a partir de Heidegger,
problematiza a leitura de heideggeriana de (ietzsche
Flávio Augusto Senra Ribeiro (PPGCR/PUC-MG)
(ietzsche e Heidegger em: o Eterno Retorno do Igual
Alan Marinho Lopes (PPGFIL-UFRN)
Grupo de Trabalho II de Metafísica Contemporânea
Local: Auditório C
Horário
13:30
14:00
14:30
15:00
15:30
16:00
16:30
Sexta, 24
Ensaio Sobre o (iilismo Europeu. *ietzsche e o
Evangelho do futuro
Williane de Souza Oliveira (PPGFIL-UFRN)
Morte de Deus e superação do niilismo na filosofia de
(ietzsche
Assileide Melo Dantas (PPGFIL-UFRN)
O método da suspeita de (ietzsche: transvaloração,
perspectivismo e verdade
Joana Brito de Lima (UFPI)
Intervalo
Humanismo e domesticação em Regras para o Parque
Humano
Luiz Roberto Alves dos Santos (UFRN)
Da Ontologia à Antropotécnica: Sloterdijk e Heidegger
Lucas Fortunato (PPGFIL-UFRN)
¿Uma nueva ontologia? Les derechos filosóficos de la
Cibercultura
Margarita Schulz (Depto. Teoría de la Artes – Fac. De Artes)
27
Grupo de Trabalho Lógica e Ontologia
Local: Sala C5 (Setor II)
Horário
17:30
28
Terça, 21
A silogística de Lewis Carroll
Thomas Sautter (UFSM)
Grupo de Trabalho Lógica e Ontologia
Local: Sala C5 (Setor II)
Horário
13:30
14:00
14:30
15:00
16:00
16:30
17:00
17:30
Quarta, 22
Sobre meras possibilidades
Rodrigo Reis Lastra Cid (FAPEMIG/UFOP)
Problemas com descrições negativas e falsas em teorias
realistas da verdade: Análise da tractiana à luz da
filosofia de Chateaubriand
Marcos Antônio da Silva Filho (PUC-Rio)
Kurt Gödel e Karl R. Popper contra a aniquilação da
Metafísica pelos postulados de Linguagens axiomáticas
Wagner Lopes Machado de Oliveira (PPGFIL/UFPB)
Intervalo
Lógica é Metafísica
Daniel Durante Pereira Alves (UFRN)
Programa de Dummet
Wagner de Campos Sanz (UFG)
Intervalo
“Sinn” e “Bedeutung” no “Os Fundamentos da
Aritmética de Frege”
Fernando Raul de Assis Neto (UFPE)
29
Grupo de Trabalho Lógica e Ontologia
Local: Sala C5 (Setor II)
Horário
14:00
14:30
15:00
16:00
16:30
17:00
17:30
30
Quinta, 23
Conceitos: representações mentais, objetos abstratos, ou
uma mistura de ambos?
Anderson Bogéa da Silva (PPGFIL/UFPB)
Perspectivismo: As aparências são a essência
João Pereira da Silva Neto (PPGFIL/UFC)
Intervalo
As Razões Filosóficas da Demonstração da Existência de
Deus em João Duns Escoto
José da Silva (PPGFIL/UFPB)
Atualidade e (ecessidade Acidental: comparação entre
dois modelos
Leonardo Antonio Cisneiros Arrais (UFPE)
Intervalo
Uso e ontologia em informática: um novo mercado para
os filósofos
Fred Freitas (CIn/UFPE)
Grupo de Trabalho Lógica e Ontologia
Local: Sala C5 (Setor II)
Horário
14:00
14:30
15:00
16:00
16:30
Quinta, 23
Lógica e Ontologia em Hegel
Márcia Zebina (UFG)
“A Ciência da Lógica” de Hegel por Hebert Marcuse
Alberto Dias Gadanha (UECE)
Intervalo
Lógica, Ontologia e metafísica na Wissenschaft der Logik
de Hegel
Jaaziel de Carvalho Costa (UFPI)
A filosofia enquanto reflexão problematizante e
sistematizante sobre o sentido da vida
Raimundo do Nascimento Batista Landim (UECE)
31
32
CADERNO DE RESUMOS DO
III COLÓQUIO I(TER(ACIO(AL DE METAFÍSICA
O que é Metafísica?
33
34
GRUPO DE TRABALHO DE
METAFÍSICA ANTIGA
35
PALESTRAS
(ome: Celso Martins Azar Filho
Instituição: IBMEC-RJ
Título do Trabalho: Física, metafísica e direito em Anaximandro
Resumo: O tema da palestra será o fragmento de Anaximandro.
Pretendo mostrar como, no primeiro texto da filosofia ocidental, a idéia
fundamental de ordem natural é construída com o auxílio de termos
usados até então no âmbito de descrição e compreensão da ordem
social. E assim esclarecer como se cruzam desde a origem metafísica,
física, religião, direito e política; ou como nosso conhecimento do
mundo e do homem está vinculado, uma vez que nossas formas de viver
e saber não apenas se relacionam, mas são constituídas no mesmo
movimento.
Palavras-Chave: Anaximandro, Direito e Metafísica
(ome: Maria Aparecida de Paiva Montenegro
Instituição: UFC
Título do Trabalho: Formas e Sentido na concepção platônica de
linguagem
Resumo: No Fedro (247-d), depreende-se uma certa definição das
Formas como constituindo o ser que realmente é e que, enquanto tal,
não tem cor, nem rosto e se mantém intangível, de modo que sua visão
só é proporcionada ao condutor da alma pelo intelecto, sendo o
patrimônio do verdadeiro saber. Na tese defendida por Sócrates no
Crátilo, as Formas parecem desempenhar o papel de referência dos
nomes, devendo conferir-lhes a requerida justeza. Ora, a questão que se
levanta é: como referências destituídas de conteúdo produzem as
relações de sentido? À medida que se conclui que o sentido não pode
prescindir dos modos de uso dos nomes,supomos que a concepção
platônica de linguagem alia a metafísica a um componente que
36
propomos chamar de pragmático. Nessa perspectiva, nosso intuito é
mostrar que a metafísica não se apresenta como o fim maior da filosofia
platônica, vindo antes servir a propósitos práticos
Palavras-Chave: Platão, Linguagem e Metafísica
(ome: Custódio Silva de Almeida
Instituição: UFC
Título do Trabalho: Metafísica de Platão: monismo originário
Resumo: De acordo com a tradição que remonta aos gregos, a base da
metafísica de Platão seria o dualismo estabelecido entre o mundo
inteligível – das idéias, e o mundo sensível – da experiência; a partir da
primazia do primeiro o sobre o segundo. No entanto, a mesma tradição
que tornou hegemônico esse modo de pensar, reconhece que, segundo
Platão, o Bem é o princípio metafísico supremo. A partir disso e
estudando o diálogo Filebo, à luz da hermenêutica filosófica de
Gadamer, podemos dizer que, segundo o conceito de Bem, a metafísica
de Platão pode ser definida como a ciência da unidade originária e,
nesse sentido, o dualismo surge como a necessária oposição dialética
que move o pensamento, inexoravelmente, ao monismo originário.
Palavras-Chave: Platão, Dualismo e Monismo
(ome: Markus Figueira da Silva
Instituição: UFRN
Título do Trabalho: Sensações, impressões, projeções: as afecções do
Pensamento
Resumo: Trata-se do exame para a physiologia em Epicuro. Das
sensações até as projeções imaginárias do pensamentos, busca-se
estabelecer a fundamentação gnosiológica da physiologia.
COMU(ICAÇÕES
37
(ome: José de Magalhães Campos Ambrósio
Instituição: UFMG
Título do Trabalho: Ontologia heraclitiana
Resumo: O presente trabalho pretende investigar o pensamento
heraclitiano no âmago de sua filosofia ontológica. Enquanto tal,
pretende Heráclito conhecer o ser profundo das coisas e acaba por
descobrir que a mudança, o eterno devir, constitui o verdadeiro Ser,
representado pelo fogo e pela oposição dos contrários. Para tanto,
fizemos uma pequena digressão acerca do contexto filosófico da sua
época, dos filósofos naturalistas, principalmente a dicotomia criada
entre esse pensador e o logos imutável de Parmênides. Finalizamos com
uma pequena análise dos impactos da ontologia de Heráclito em
pensadores contemporâneos, como Hegel, Nietzsche e Heidegger.
Palavras-Chave: Filosofia pré-socrática, Heráclito, e Ontologia.
(ome: Maria Gorette Bezerra de Lucena
Instituição: PUC-SP
Título do Trabalho: A psyché como arché da phýsis: o argumento
platônico contra a asebéia no Livro X das Leis
Resumo: Para combater a asebéia (impiedade) na cidade das Leis,
Platão apresenta o argumento de que a psyché é o verdadeiro arché da
phýsis (Leis, X, 892c). Nossa comunicação tem como propósito refletir
sobre a crítica platônica aos discursos de alguns filósofos da phýsis que
provocam a impiedade na cidade, e demonstrar que a reflexão sobre
essa questão propicia ao filósofo apresentar uma nova noção de phýsis.
Palavras-Chave: Asebéia, Phýsis e Psyché.
(ome: Fernanda Machado de Bulhões
Instituição: UFRN
38
Título do Trabalho: O elogio de Nietzsche a Sócrates
Resumo: É muito conhecida a crítica que Nietzsche faz a Sócrates, “o
herói dialético do drama platônico”, por isso esta apresentação tem
como meta elucidar a admiração que Nietzsche sente pelo homem
enigmático que foi Sócrates.
Palavras-Chave: Arte, Enigma, Ironia, Razão e Somatismo.
(ome: Maria Veralúcia Pessoa Porto
Instituição: UERN
Título do Trabalho: Realidade e gênero no Filebo de Platão
Resumo: No Filebo o ponto culminante é a busca da eudaimonia, fim
último para o qual tudo tende e que, por isso mesmo, possui relação
direta com a virtude e a excelência. Inicialmente o diálogo apresenta a
felicidade como o prazer desencadeado pela fruição do que é material e
corpóreo; na seqüência, e em oposição à primeira tese, a felicidade é
apresentada como sendo o prazer intelectual promovido pelo saber. A
investigação prossegue ampliando a discussão para o conceito de
gênero: o limitado, o ilimitado, os gêneros principais, a mistura entre
limitado e ilimitado (sensível) e a causa da mistura (Demiurgo). Este
trabalho visa compreender como, a partir dos gêneros principais, todas
as coisas são formadas, tendo como hipótese uma proposta de síntese
entre os gêneros da dualidade inicial, através da adequação formal da
diversidade à unidade
Palavras-Chave: Filebo, gênero e realidade.
(ome: Telmir de Souza Soares
Instituição: UERN
Título do Trabalho: Nomeação e ontologia no Crátilo de Platão
Resumo: Platão, no Crátilo, empreende uma reflexão ontológica sobre
a relação entre os nomes e os seres representados pelos nomes. Entre a
tese naturalista, defendida por Crátilo, e a tese convencionalista,
39
defendida por Hermógenes, encontramos em Sócrates a possibilidade
de uma tese intermediária. Os nomes são dados pelo Legislador que,
com o auxílio do Dialético adequa os nomes ao seu uso. Tal escolha é
corroborada pela comunidade que homologa os nomes. Mas, se o
Legislador dos nomes tem que buscar uma adequação entre os nomes e
as coisas, qual a sua referência ao escolhê-los? Uma hipótese de
trabalho para esta pergunta consiste em considerar a existência de uma
dimensão ontológica na qual subsistiriam estruturas ideais nas quais o
Legislador poderia se guiar na busca pela denominação mais adequada
e justa de todos os entes.
Palavras-Chave: Crátilo, nomeação, ontologia.
(ome: Gislene Vale dos Santos
Instituição: UFSC
Título do Trabalho: A admiração é o pathos do filósofo
Resumo: Através das ocorrências do conceito páthos, no Teeteto,
apresentaremos uma análise a partir da qual a noção de dóxa se
constitui como articulação necessária para o lógos filosófico. A dóxa
seria a aporia, o perplexo que leva o filósofo, em um estado de êxtase
frente a uma phantásia cindida, a buscar por um fundamento que
garanta tal perplexidade. A dóxa será lida em uma reunião contraditória.
Deste encontro entre diferentes situaremos o páthos que permite a
teorização reflexiva. Nesse contexto, o filósofo parece ser o homem
assustado frente à reflexão do emergir do sensível em um
perspectivismo de relações. Garantir a unidade destas relações parece
ser garantir a unidade conceitual do próprio humano que tocado pela
natural contradição da physis se põe de modo radical em relação à
atividade de pensar o todo em sua arkhé.
Palavras-Chave: Pathós, filósofo e admiração.
(ome: Solange Maria Norjosa Gonzaga
40
Instituição: UEPB
Título do Trabalho: Sobre a igualdade de natureza (alma) dos
guardiões na República de Platão
Resumo: Platão estabelece em República V, 453b que “Cada um deve
executar sua tarefa específica de acordo com sua natureza”. Em nossa
comunicação pretendemos refletir sobre o sentido ontológico desse
princípio fundador da Politéia em lógos, no que concerne à natureza dos
guardiões, no intuito de demonstrar que a natureza (alma) da guardiã é
igual a do guardião. Portanto, naturezas iguais, funções iguais.
Palavras-Chave: Alma, natureza e guardião.
(ome: Ivanaldo Oliveira dos Santos
Instituição: UERN
Título do Trabalho: Linguagem e metafísica no Crátilo de Platão
Resumo: De acordo com a tradição, o diálogo Crátilo é o primeiro
momento de lucidez no Ocidente sobre a linguagem, ou seja, é o
primeiro instante em que a linguagem é discutida como tema prioritário
na filosofia. Entretanto, essa discussão é realizada a partir da metafísica
desenvolvida por Platão. Neste diálogo a linguagem é apresentada como
um dos temas metafísicos a ser discutido pela filosofia. Além disso, a
linguagem está relacionada com outros temas metafísicos como, por
exemplo, a teoria das formas, a materialidade das palavras e a
construção do logos. De forma introdutória, tenciona-se apresentar a
relação entre linguagem e metafísica neste diálogo.
Palavras-Chave: Crátilo, Linguagem, Metafísica e Platão
(ome: Jovelina Maria Ramos de Souza
Instituição: PIDFIL-UFRN
Título do Trabalho: Diálogos metafísicos entre Heidegger e Platão
41
Resumo: A partir da definição de metafísica, em O que é metafísica?
estabeleceremos um diálogo entre o pensador alemão e Platão, no
sentido de resgatar as lacunas apontadas por Heidegger, no tratamento
da diferença ontológica pelo “platonismo”, apontando que sua leitura
acerca da contextualização dos argumentos ontológicos da tradição, em
alguns momentos nos parecem precipitadas e generalizantes, deixando
de captar a atualidade e a originalidade da demonstração platônica
acerca do não-ser do Sofista.
Palavras-Chave: Heidegger, Metafísica e Platão.
(ome: Érika Bataglia da Costa
Instituição: UFC
Título do Trabalho: A theoria enquanto techné na politéia platônica
Resumo: O sentido da theoria para a prática do poder é a mais
relevante questão posta pela filosofia política platônica. Com Platão a
política se converte em uma techné que subverte a própria noção de
poder. A teoria é a techné que torna possível para Platão a crítica às
políticas democráticas e a restauração dos vínculos entre linguagem e
verdade. Nesse sentido, o estadista é tal quando de posse de uma
medida que somente é apreendida em um esforço teórico que se inicia
com o lógos puro e atinge seu vértice na apreensão eidética do bem
absoluto. Este absoluto é, portanto, a própria condição epistemológica e
axiológica de legitimação da prática do poder e somente é amealhado
em uma conversão de proporções radicais que outorga ao política um
saber competente e reto.
Palavras-Chave: Política, Techné e Theoria.
(ome: Antonio Julio Garcia Freire
Instituição: UERN
Título do Trabalho: Prazer, desejo e amor-paixão no texto de Lucrécio
42
Resumo: Lucrécio nos ensinou que o prazer puro é o prazer
desinteressado, sentença retomada da conhecida formulação epicurista
que entendia como pressuposto do prazer, a satisfação dos desejos
naturais e necessários. O prazer sexual é legítimo apenas se promove a
ataraxia, isto é, se a sua satisfação não obscurece a serenidade do
filósofo. Nesse sentido, a sexualidade teria uma função libertadora,
opondo-se ao amor-paixão, que escraviza e lança o sábio nos braços do
egoísmo, da loucura e possessão amorosas, restando a amargura,
alienação, dor e sofrimento. Na impossibilidade de evitar tais afecções,
a alternativa para o sábio é buscar nos braços de uma Vênus vagabunda,
a satisfação do desejo que o impede de trilha o caminho ataráxico.
Palavras-Chave: Prazer, amor-paixão, epicurismo.
(ome: Mateus R. Fernandes Ferreira
Instituição: UNICAMP
Título do Trabalho: Possibilidade em Metafísica IX 3-4
Resumo: Essa comunicação tem por objetivo analisar o conceito de
“possível” nos capítulos 3 e 4 do livro IX da Metafísica de Aristóteles.
Pretendemos mostrar que, ao contrário do que pressupõe Hintikka,
Aristóteles não defende, nesses capítulos, um princípio de plenitude,
havendo evidências filológicas e filosóficas contra esse tipo de
interpretação. Além disso, argumentaremos que, assim compreendida, a
doutrina apresentada nesses textos não é coerente com algumas teses
enunciadas nos Primeiros Analíticos, principalmente com as regras
lógicas de conversão. Analisaremos como os argumentos contrários a
validade dessas regras propostos por alguns intérpretes podem acabar
levando-os a um comprometimento com aquele princípio.
Palavras-Chave: Metafísica, Possibilidade e Princípio de Plenitude
(ome: Julio Andrade Paulo
Instituição: UFMG
43
Título do Trabalho: Um estudo das relações entre tempo e número na
Física de Aristóteles
Resumo: Na obra Física, Livro ∆, caps. 10-14, Aristóteles traz a
enunciação de que tempo é número de movimento segundo o anterior e
o posterior, e tece alguns comentários sobre a relação entre tempo e
número. Em 219b3-9, ele diz que o número se diz de dois modos: de
um lado, está o número numerado ou numerável (τὸ ἀριθµούµενον καὶ
τὸ ἀριθµητὸν ἀριθµὸν), de outro está o número por meio do qual
numeramos (ᾧ ἀριθµοῦµεν); e afirma que o tempo diz respeito ao
número numerado e não ao número por meio do qual numeramos.
Pretendo argumentar, neste trabalho, que as relações entre tempo e
movimento poderiam nos levar a pensar o tempo não como número
numerado, como quer Aristóteles, mas como número por meio do qual
numeramos.
Palavras-Chave: Aristóteles, Número e Tempo
(ome: Rodrigo Vidal do Nascimento
Instituição: PIDFIL-UFRN
Título do Trabalho: A phýsis na conformação do lógos: linguagem e
pensamento no corpus epicúreo
Resumo: O presente trabalho tem como intuito explicitar no corpus
epicúreo a questão acerca do pensamento e a sua vinculação com o uso
da linguagem. Partindo também dos textos de Filodemo é possível
encontrar os termos recorrentes no epicurismo que indicariam o
posicionamento de Epicuro quanto ao uso da linguagem na construção
de uma perspectiva da realidade. Ao abranger a tradição próxima tem-se
uma discussão pertinente em relação aos aspectos comuns ao
pensamento epicúreo. Consiste a presente abordagem numa análise
conceitual cujo interesse é discutir a articulação entre pensamento e
linguagem.
44
(ome: Everton da Silva Rocha
Instituição: UFRN
Título do Trabalho: Tempo e movimento no pensamento de Epicuro
Resumo: A investigação da natureza do tempo está fundamentalmente
ligada ao problema do movimento, abordamos essa questão dentro do
pensamento epicúreo buscando traçar relações com os aspectos
microfísicos de constituição das coisas para num segundo momento
desenvolver elementos que permitam a analisar a afirmação epicúrea “o
tempo como acidente dos acidentes”. A ênfase incidirá primeiro sobre
os fenômenos naturais, principalmente os meteorológicos e a
necessidade de ocupar-se de sua observação para tratar de problemas
éticos, segundo sobre os desdobramentos dessa compreensão do tempo
na reflexão sobre o corpo e a velhice.
Palavras-Chave: Corpo, Movimento e Tempo.
45
46
GRUPO DE TRABALHO DE
NEOPLATONISMO
47
PALESTRAS
(ome: Jorge Augusto da Silva Santos
Instituição: UFES
Título do Trabalho: Antropologia e Metafísica na Oratio catechetica
magna de Gregório de Nissa.
Resumo: A tradução anotada de alguns capítulos da segunda parte da
Oratio catechetica magna tem dois objetivos. Em primeiro lugar,
revelar a originalidade na reflexão filosófica de Gregório de Nissa em
relação às suas múltiplas fontes. Com efeito, em suas numerosas obras,
de caráter polêmico, expositivo, doutrinal e exegético, Gregório soube
sintetizar harmonicamente a visão propriamente bíblica do homem com
elementos mais interessantes do pensamento de algumas das mais
importantes figuras que o precederam: Platão, Possidônio, Galeno,
Fílon de Alexandria e Orígenes. Em relação à obra em questão, os
capítulos escolhidos abordam temas fundamentais da antropologia
nissena: a criação do mal, queda do homem. Em segundo lugar, avaliar
o novo significado que as doutrinas extraídas das fontes assumem
dentro da proposta antropológica de Gregório de Nissa seja em relação
à reflexão filosófica do tempo, seja em âmbito pagão, seja em âmbito
cristão.
Palavras-Chave: Alma, antropologia, criação, fronteira e metafísica.
(ome: Marcos Roberto Nunes Costa
Instituição: ÚNICAP-PE
Título do Trabalho: A dimensão metafísica da Civitas na doutrina
ético-político de Santo Agostinho
Resumo: Em Agostinho, a Civitas tem uma função ético-moral,
enquanto meio que deve levar os homens a viverem de forma reta aqui
na terra com vistas à vida eterna. Assim sendo, a Civitas terrena não
tem um valor em si mesma (bem absoluto), ou não forma uma realidade
autônoma ou um fim em si mesma, mas apenas um valor meio (bem
48
relativo), enquanto instrumento que leva, ou não, à “divina caelestique
republica”, da qual é preparação, tendo, portanto, seu valor relativo ao
Bem supremo.
Palavras-Chave: Agostinho, Bem Absoluto, Bem Relativo e Civitas.
(ome: Paula Pico Estrada
Instituição: Universidad Nacional de Mar Del Plata
Título do Trabalho: La dimensión ética en el pensamiento de Nicolás
de Cusa
Resumo: El estatuto del singular en la filosofía de Nicolás de Cusa es
un problema difícil de abordar por medio de nuestro acostumbrado
procedimiento racional, al que inevitablemente rige el principio de no
contradicción. En el trabajo que sigue presento un modelo de
investigación teórica que, a mi entender, permite superar las respuestas
basadas en este principio. Es el que propone la teoría general de
sistemas, desarrollada por el biólogo austríaco Ludwig von Bertalanffy
(1901-1972). En primer lugar haré una breve presentación de la
metafísica cusana y de algunos de los problemas que ésta conlleva para
la lógica tradicional. Luego describiré los rasgos generales de la teoría
de sistemas. Por último aplicaré la noción de «sistema» al complejo
ontológico que Nicolás de Cusa llama «universo».
(ome: Cicero Cunha Bezerra
Instituição: UFS
Título do Trabalho: Guimarães Rosa: sertão, deserto e nada.
Resumo: Neste trabalho busco expor, a partir da obra Primeiras estórias
de Guimarães Rosa, alguns elementos constituintes da base geral deste
texto que, na minha opinião, remontam diretamente à tradição
neoplatônica, em particular, Plotino e sua vertente mística cristã. Para
tanto tomarei como ponto de partida o conto O espelho texto central das
49
estórias e, ao mesmo tempo, princípio e fim de uma experiência
classificada pelo autor como transcendente.
(ome: Oscar Federico Bauchwitz
Instituição: UFRN
Título do Trabalho: Contribuições à história de uma metáfora:
Heidegger e Nicolau de Cusa
Resumo: Em A Pobreza (Die Armut), palestra proferida em 1945,
Heidegger faz uso de uma metáfora na tentativa de elucidar uma
sentença de Hölderlin – “entre nós, tudo se concentra sobre o espiritual,
nos tornamos pobres para chegar a ser ricos” – Heidegger diz: “o
centro, o meio, que está em todas partes como o centro de um círculo
cuja periferia não está em nenhuma”. No contexto determinado pela
poesia de Hölderlin, a metáfora surge como explicação e, ao mesmo
tempo, como descobridora da relação essencial do homem com o Ser. A
imagem por si só é de difícil assimilação, e, no entanto, possui uma
longa história e variações das quais Heidegger não faz nenhuma
menção explícita. O que se procura aqui é expor de que forma tal
imagem se apresenta na filosofia de Nicolau de Cusa, considerando as
especificidades de seu pensamento, frente ao uso que Heidegger faz da
mesma, guardadas as diferenças epocais e o contexto próprio de cada
pensador.
COMU(ICAÇÕES
(ome: David G. Santos
Instituição: Universidade de Lisboa
Título do Trabalho: Metafísica e Neoplatonismo
50
Resumo: Através de um minucioso comentário ao último parágrafo
(21) do monumental tratado VI. 8 (39) de Plotino, pretende-se com este
artigo, em primeiro lugar, gravitar em torno das questões principais da
metafísica que anima o pensamento filosófico deste autor; o Uno, a
unidade, o indivíduo e individualidade são temas que se articulam numa
lógica própria e que são objeto de estudo na primeira parte deste ensaio.
A segunda parte deste trabalho procura fazer uma breve leitura do
panorama da história da metafísica moderna e contemporânea,
conforme aliás proposto por Conor Conningham, tentando escrutinar
assim uma certa genealogia do niilismo que se estenderia de Plotino aos
pensadores contemporâneos. Do princípio do neoplatonismo a Žižek, o
presente ensaio termina argumentando no sentido de assinalar que só de
forma errada se pode observar a origem do pensamento metafísico
niilista em Plotino.
Palavras-Chave: Plotino, Metafísica, Neoplatonismo, Ontoteologia e
Niislimo.
(ome: Marlesson Castelo Branco do Rego
Instituição: CEFET-PE
Título do Trabalho: O Conceito de Participação como Fundamento da
Metafísica
Resumo: A presente comunicação trata da filosofia agostiniana, em
cuja base se encontra a tese de uma estrutura participativa originária,
que vincula a existência do criado ao Ser do Criador, que também é
Verdade Absoluta e Sumo Bem. O ser humano, em particular, participa
do Ser para ser, da Verdade para conhecer e do Bem para amar, ser bom
e feliz. O conceito de participação nesse sistema resulta de duas
influências: uma leitura ontológica da tradição judaico-cristã, segundo a
Bíblia, e a filosofia platônica e neoplatônica, segundo Plotino.
Palavras-Chave: Metafísica, Agostinho e Participação.
51
(ome: Marcus Reis Pinheiro
Instituição: UFF
Título do Trabalho: Plotino e Níveis de Mim: Inconsciente e Mística
(ome: Monalisa Carrilho de Macedo
Instituição: UFRN
Título do Trabalho: Algumas Considerações acerca da Metafísica do
Amor em Ficino
Resumo: Marsilio Ficino, em seu Comentário ao Banquete de Platão
(1469), mais conhecido como De Amore, opera algumas mudanças
fundamentais na interpretação do texto platônico. Além da influência de
Plotino, O Banquete, revisitado por Ficino, abunda em referências
astrológicas. É nossa intenção analisar a interpretação ficiniana dos dois
mitos do Banquete, a saber, o andrógino no discurso de Aristófanes e o
mito do nascimento de Eros relatado por Diotima, refletindo sobre as
conseqüências dessas modificações.
(ome: Gisele Amaral
Instituição: UFPB
Título do Trabalho: Metafísica é Platonismo
Resumo: Conceitos platônicos como, por exemplo, idéia, mimesis,
homoiosis, paradigma, dentre tantos outros, ofereceram solo para
fundamentar uma metafísica clássica. Mais do que isso, tornaram o
pensamento de Platão determinante para toda a tradição da filosofia no
Ocidente. Em acordo com esta posição, gostaria de apresentar e discutir
aspectos da filosofia platônica que poderão elucidar como metafísica
corresponde a platonismo.
(ome: Victor Hugo de Oliveira Marques
Instituição: Instituto Teológico João Paulo II
52
Título do Trabalho: As razões filosóficas da demonstração da
existência de Deus em João Duns Escoto
Resumo: João Duns Escoto (1266-1308), filósofo e teólogo escolástico
franciscano. Em sua obra De Primo Principio, elabora sua
demonstração ontológica da existência de Deus, objeto da metafísica.
Fundamentado nos conceitos da infinidade e no abstrato conceito de
ser, articula sua tese provando a existência de um ser em ato que é
triplicimente primeiro segundo a causalidade aristotélica, e que este é
também infinito e uno. Com efeito, levando em consideração que todos
os escolásticos travaram a mesma questão, questiona-se a necessidade
real de uma argumentação racional frente a seu contexto histórico e suas
implicativas para a atualidade.
Palavras-Chave: Duns Escoto, metafísica escotista e Deus.
(ome: José Teixeira Neto
Instituição: PIDFIL-UFRN/UERN
Título do Trabalho: Metafísica da mostração em Nicolau de Cusa
Resumo: A presente comunicação parte da suposição de que no De
apice tehoriae Nicolau de Cusa sugere um princípio a partir do qual
pode ser lida não somente a sua última obra, mas também suas
conjecturas dos nomes divinos. No parágrafo 16 Nicolau sugere que
Pedro dirija o olho da mente com aguda intenção para um segredo. Mas
qual o segredo que em sua última obra o cusano anuncia? Retornando
ao parágrafo 14 pode-se descobrir o que o Cardeal se propôs revelar:
toda precisão especulativa deve fundamentar-se no próprio poder e em
sua aparição (puta omnem praecisionem speculativa solum in posse
ipso et eius apparitione ponedam). Neste sentido, o presente texto
propõe apresentar a metafísica da mostração como indicação para se
pensar a filosofia do cusano.
Palavras-Chave: Nicolau de Cusa, Metafísica e Mostração.
53
(ome: Edrisi Fernandes
Instituição: PIDFIL-UFRN
Título do Trabalho: Corruptibilidade e Redenção Temporal em
Schelling: Antecedentes e Repercussões
Resumo: A “queda da alma no tempo” seria a mesma coisa que a
criação do mundo? Qual a correspondência entre a criação e o pecado
original? Certa tradição platonista cristã situa o eterno acima do
temporal e apresenta o domínio da criação como o plano do tempo, da
mudança, do exílio, da materialidade e da suscetibilidade ao mal. Para
Schelling e alguns sucessores seus, o caos das potências se cristalizou
na criação, e no processo de transformação do Fundamento infinito na
existência finita há um elemento que corresponderia a uma “perversão”
tanto do Infinito quanto do Finito, ou a uma condensação dos dois. O
mal não é concebido como um apêndice “patológico” do Finito, algo
que distrairia as pessoas de sua busca pelo Bem Infinito, mas como um
“resíduo irredutível” do Infinito, a “subjetividade cindida” do próprio
Deus.
(ome: Luiz Fernando Fontes Teixeira
Instituição:PPGFIL- UFRN
Título do Trabalho: Ter sangue-frio...
Resumo: Meditação a caminho da relação entre o Abgeschiedenheit de
Mestre Eckhart e a Gelassenheit de Martin Heidegger, tentando
promover com isso uma possível experiência de ambas as idéias-chaves
dos pensadores.
Palavras-Chave: Abgeschiedenheit, Gelassenheit e Sangue-Frio.
(ome: Vanessa Alves de Lacerda Santos
Instituição: UFS
Título do Trabalho: Apofaticismo e abstração em Mark Rothko
54
Resumo: Este trabalho apresenta os resultados finais da pesquisa
“Apofaticismo e abstração em Mark Rothko”. E tem como objetivo
central demonstrar raízes neoplatônicas na arte de Rothko, traçando um
paralelo entre a arte abstrata e a mística apofática medieval
compreendida a partir dos pensamentos de Dionísio Pseudo Areopagita
e M. Eckhart. Na busca pela justificação de uma experiência estética
apofática, o presente trabalho, estabelece um profícuo diálogo entre as
idéias de aphaíresis (negação) em Dionísio, Despreendimento em M.
Eckhart e abstração na arte de Rothko. Além de estabelecer uma relação
com os pensamentos de Platão e Plotino sobre o belo partindo dos
textos extraídos do livro A realidade do artista e Escritos sobre arte de
Mark Rothko.
Palavras-Chave: Arte, Abstração e Apofaticismo.
55
GRUPO DE TRABALHO DE
METAFÍSICA MODERNA
56
PALESTRAS
(ome: João Emiliano Fortaleza de Aquino
Instituição: UECE
Título do Trabalho: Blaise Pascal: da recusa da metafísica da raison à
metafísica do “estudo do homem”
Resumo: A posição crítica de Blaise Pascal em face do projeto
cartesiano de uma tematização more geometrico de Deus, da alma e do
mundo físico resulta numa recusa da metafísica, que, contudo, repõe
num outro plano a reflexão metafísica: o “estudo do homem”, que tem
como fundamento a categoria de “segunda natureza”. Na presente
comunicação, pretendo mostrar em que sentido a crítica da clareza e da
evidência como critérios de todo conhecimento certo tem por escopo a
fundação de uma forma de saber que possa dar conta da condição finita
e temporal do homem, i.é., da natureza humana dupla e contraditória. A
base dessa condição é a perda da “primeira natureza”, explicada em
termos teológicos, e a queda do homem numa “segunda natureza”,
categoria esta que possui um estatuto metafísico, distinto tanto do
teológico quanto da metafísica teórica de matriz cartesiana.
Palavras-Chave: Metafísica, Pascal e Segunda natureza.
(ome: José Maria Arruda
Instituição: UFC
Título do Trabalho: Mechanismus Metaphysicus veses Concursus Dei
na Metafísica de Leibniz
Resumo: Segundo Leibniz, Deus, é o único ser cuja existência decorre
necessariamente de sua essência , as coisas contingentes não possuem
nenhuma necessidade metafísica, pois elas poderiam não ter sido. Uma
vez que existem, no entanto, deve haver uma razão suficiente de sua
existência. Leibniz. sugere muitas vezes que essa razão se radica nos
atributos intrínsecos da coisa mesma, o que faz supor que existência
tem relação com o grau de perfeição de uma coisa. Como é possível no
57
entanto compatibilizar a tese de que o conceito de uma coisa não é
suficiente para garantir sua existência com a exigência de uma
explicação racional da existência das coisas baseada em atributos de sua
própria essência? Leibniz parece ter defendido ambas as teses, mas elas
não são prima facie compatíveis. A palestra discutirá a oscilação de
Leibniz na explicitação do trânsito modal da essência para a existência,
expressos nas posições antagônicas do Mechanismus Metaphysicus no
espaço dos possibilia e a tese do Concursus Dei na produção do mundo
atual
Palavras-Chave: Metafísica Modal, Mundos Possíveis e Princípio do
Melhor.
(ome: José Expedito Passos Lima
Instituição: UECE
Título do Trabalho: Giambattista Vico: uma nova metafísica como
nuova scienza do mundo civil
Resumo: Em sua obra Principi di scienza nuova, de 1744, Vico critica
os filósofos em razão de terem contemplado a providência divina só por
meio da ordem natural, descuidando daquela parte mais própria dos
homens: a natureza de serem sociáveis. Aqui se destaca a novidade do
projeto viquiano de uma nuova scienza: a oposição à metafísica da
natureza mediante uma metafísica do mundo civil. A realização desse
projeto com a Scienza nuova pressupõe dois momentos anteriores: i) o
da metafísica, de 1710, e o seu princípio do verum-factum no De
antiqüíssima; ii) o da metafísica como critica veri no De uno, de 1720,
para demonstrar o ius naturale gentium com o critério renovado do
verum-certum. Refletir sobre tal percurso é o que se propõe esta
exposição.
Palavras-Chave: Mundo civil, nova metafísica e nuova scienza.
58
(ome: Érico Andrade
Instituição: UFPE
Título do Trabalho: Ceticismo e externalidade do mundo: os limites
da filosofia de Hume quanto crítica à metafísica.
Resumo: A compreensão do que Hume entende como mundo ou o quê
(Investigações: something / Seção XII / Parte I // Treatise Seção VI /
Parte I, p. 16), cuja permanência resta incólume após toda redução das
sensações e que é chamado por nós de resíduo ontológico, passa,
acreditamos, por um reconhecimento da necessidade de se postular
externalidade do mundo. O modo como essa postulação se realiza
escapa à sensificação por pressupor algo para além de toda predicação
da matéria e que incide, como pretendemos defender, num limite à
crítica de Hume à metafísica; porque transcreve um acordo tácito do
pensamento daquele filósofo – sem grandes explicações – com aquela
disciplina no que diz respeito à inegociável certeza, não
necessariamente sensível, de que o mundo existe.
Palavras-Chave: Ceticismo, Hume, Metafísica e Mundo.
(ome: Márcio Benchimol Barros
Instituição: UNESP
Título do Trabalho: Metafísica e Estética Musical no Romantismo
Alemão
Resumo: O século XIX assiste a uma inusitada aproximação entre
música e filosofia. Neste contexto, o principal debate estético-musical
do romantismo, aquele que opõe as produções de Brahms e Wagner,
ganha um claro eco no debate filosófico entre Eduard Hanslick, autor
do clássico “Do Belo Musical”, e o próprio Wagner, autor de vasta obra
teórica. No centro deste debate está a metafísica. Na defesa
intransigente da especificidade da beleza musical, Hanslick ataca não
apenas as concepções estéticas tributárias de um conceito metafísico
geral do belo, mas também a Metafísica do Belo de Schopenhauer, que,
59
baseada na Metafísica da Vontade, do mesmo autor, é a base filosófica
declarada das idéias estéticas de Wagner. Em meu trabalho, procurarei
colocar em relevo a presença da metafísica shopenhaueriana nas idéias
estéticas de Wagner – especialmente em seu ensaio “Beethoven” –, bem
como sua crítica por Hanslick.
Palavras-Chave: Estética, Música e Romantismo.
COMU(ICAÇÕES
(ome: Alexandre Moura Barbosa
Instituição: UFC
Título do Trabalho: Sobre a circularidade entre a Terceira e a Quinta
Meditações em Descartes
Resumo: Pretendo apresentar uma imbricação lógica na questão da
circularidade, a qual se situa tanto na Terceira quanto na Quinta
Meditações. O problema da circularidade, em que Descartes incorre,
surge da necessidade do autor em fundamentar o princípio de clareza e
distinção. Na Terceira, Descartes precisa, para isto, recorrer a ua
demonstração de Deus, a partir do princípio de causalidade, entendida
aqui como um princípio lógico-ontológico metafísico, que permite tal
demonstração a posteriori, próximo de uma demonstração cosmológica.
Na Quinta Meditação, Descartes parte para uma formulação bem
diferente da Terceira Meditação, pois recorre a uma demonstração
ontológica, a priori de Deus como possibilidade de fundamentação do
conhecimento claro e distinto. Estas demonstrações caem num círculo,
como acusam Mersenne e Arnauld de uma petition de principii, isto é,
utiliza na própria demonstração o que pretende demonstrar. Todavia,
trata-se aqui de verificar-se que ambas demonstrações são partes de um
60
movimento metodológico total e que sua há, por parte de exposição da
Terceira, uma pressuposição da posterior demonstração da Quinta,
tornando-se um círculo maior no toda a obra.
Palavras-Chave: Ciências, Descartes, Filosofia Moderna e Metafísica.
(ome: Juliana da Silveira Pinheiro
Instituição: UFMG
Título do Trabalho: Metafísica Cartesiana das Paixões
Resumo: A Teoria Cartesiana das Paixões permite o estabelecimento de
um vínculo entre o físico e o metafísico no sistema de Descartes:
enquanto pretende um estudo do organicismo das paixões, através do
estudo da fisiologia para explicar sua causalidade próxima, o que é
feito, portanto, dentro do espectro das coisas físicas, Descartes recorre a
instituição da natureza, isto é, Deus, para responder à correlação entre
movimentos corporais e qualidades na mente. Neste sentido, as paixões,
na doutrina cartesiana, possuem um registro natural, mas também
metafísico, extrapolando uma teoria naturalista dos eventos passionais e
instituindo o divino em nossas sensações e sentimentos.
Palavras-Chave: Descartes, Metafísica e Paixões.
(ome: Cristiano Bonneau
Instituição: UFPB
Título do Trabalho: Heidegger e Leibniz – a abertura do conceito de
mônada
Resumo: Este texto trata da reflexão heideggeriana sobre o conceito de
mônada em Leibniz e suas determinações. Os apontamentos de
Heidegger sobre o ser a partir do pensamento leibniziano promovem
uma abertura fundamental da mônada, trazendo entre outras
conseqüências, o perspectivismo e a idéia do ente enquanto pulsão. A
limitação ontológica da mônada e sua capacidade de movimentar-se a
partir de si mesma resultam em uma noção de representação e delineiam
61
os contornos do ente. Esta discussão intenta demonstrar as
possibilidades de compreensão do conceito de mônada partindo das
reflexões de Heidegger sobre A determinação do Ser do Ente segundo
Leibniz.
Palavras-Chave: Heidegger, Leibniz e Mônada.
(ome: Pedro Paulo Corôa
Instituição: UFPA
Título do Trabalho: O conceito de ser e de tempo em Sein und Zeit
Resumo: O nosso objetivo é mostrar, com a ajuda, inicialmente, da
Estética Transcendental, da Crítica da Razão Pura, como Heidegger
chega à relação fundamental entre “ser e tempo” em sua análise
“fenomenológica”, cuja intenção é promover um retorno às coisas pelo
abandono do modelo seguindo pela Ontologia tradicional. Para atingir
nosso objetivo é indispensável que nos refiramos à virada provocada
pela Crítica da Faculdade de Julgar não só no pensamento kantiano,
mas como essa obra condiciona todos os projetos filosóficos pelos quais
se busca uma compreensão pré-conceitual do ser, como é o caso de
Heidegger.
(ome: Daniel Figueiredo de Oliveira
Instituição: UECE
Título do Trabalho: O corpo como questão nos postulados da parte III
da Ética de Benedictus de Spinoza
Resumo: No primeiro postulado da parte III de sua Ética, Spinoza nos
fala que o corpo humano pode ser afetado de muitas maneiras, dando
continuidade a essa questão no segundo postulado. Desta forma,
Spinoza continua a traçar uma perspectiva que já é esboça na segunda
parte da Ética, o corpo e suas possibilidades que até então estavam
legadas ao esquecimento. O presente trabalho busca demonstrar as
possibilidades de atuação do corpo, esboçado nos postulados em
62
questão, desembocando em relações ontológicas afetos-corpos,
afetante-afetado.
Palavras-Chave: Afeto, Corpo, Ética e Ontologia.
(ome: Sérgio Luis Persch
Instituição: UFPB
Título do Trabalho: O trabalho crítico de Espinosa nos Pensamentos
Metafísicos
Resumo: Queremos chamar atenção para duas características que
reconhecemos logo no começo dos Pensamentos metafísicos de
Espinosa. A primeira é relativa à forma sumária da exposição. Espinosa
encerra em poucas frases o seu parecer sobre questões longamente
discutidas na escolástica. A segunda característica é o ordenamento da
exposição. Com efeito, é na maneira como Espinosa dispõe o material
investigado que podemos seguir a senda do seu pensamento. Através
das descrições conceituais muito breves e aparentemente obscuras,
podemos antever com clareza a maneira como o autor maneja
determinado material teórico para que dele aflore um pensamento novo.
Cada definição assume um lugar preciso e se relaciona com as demais.
São pensamentos metafísicos expostos numa determinada perspectiva, a
do leitor crítico que se encontra em vias de elaborar a sua obra
principal, a Ética.
Palavras-Chave: Espinosa e pensamentos metafísicos.
(ome: Tedson Mayckell Braga Teixeira
Instituição: UFPB
Título do Trabalho: Kant e a fundamentação metafísica da mecânica
racional.
Resumo: Neste trabalho pretendemos mostrar como a proposta
Kantiana defendida na Critica da Razão Pura respondeu à aporia que se
configurou no fim do século XVII após a publicação dos Principia de
63
Isaac Newton, de 1687. Esta obra apresenta além dos princípios da
mecânica racional um programa de pesquisa que implicava tanto as leis
Keplerianas dos movimentos planetários quanto à cinemática do
movimento terrestre de Galileu. Não obstante a sua universalidade e
aplicabilidade faltava a este programa a fundamentação metafísica dos
conceitos que o compunham, tais como o de matéria, força e gravitação.
Como alternativa apresentavam-se somente o racionalismo dos
Leibniz\Wollfianos e o criticismo cético de Hume.
Palavras-Chave: Fundamentação metafísica, Mecânica racional e
Kant.
(ome: Flávio Miguel de Oliveira Zimmermann
Instituição: USP
Título do Trabalho: A crítica de Hume à metafísica moderna
Resumo: Tendo por base as concepções metafísicas formuladas por
Descartes, Malebranche e outros filósofos modernos, David Hume
formulou diversas críticas com relação às noções de poder, substância,
causalidade e de identidade pessoal. De acordo com Thomas Reid, foi
Hume quem levou tais concepções metafísicas ao extremo, mostrando
que todas elas se encerram no mais completo ceticismo. No entanto,
muitas destas críticas já se encontram em outros céticos e críticos do
sistema cartesiano, como Simon Foucher, Joseph Glanvill e Pierre
Bayle. Neste texto pretendemos mostrar que, embora não tenha sido o
primeiro autor a formular tais críticas, Hume foi quem levou o projeto
cartesiano às últimas conseqüências, mostrando de forma detalhada,
sistemática e completa os seus problemas e as suas inconsistências
internas.
Palavras-Chave: Ceticismo, Hume e metafísica moderna.
(ome: Jaimir Conte
Instituição: UFRN
64
Título do Trabalho: Hume: metafísica, ceticismo e naturalismo
Resumo: Hume considerou que "a objeção mais justa e plausível contra
uma considerável parte da metafísica é a de que ela não é propriamente
uma ciência" (EHU, 1.11). Nesta comunicação procurarei elucidar a
concepção humeana de metafísica. Em seguida, visando uma
caracterização do pensamento de Hume, abordarei algumas idéias
centrais de sua filosofia e, a partir disso, procurarei contrapor e conciliar
a interpretação que a qualifica de cética com a interpretação que a
qualifica de naturalista.
Palavras-Chave: Ceticismo, Hume, metafísica e naturalismo.
(ome: Euza Raquel de Sousa
Instituição: UECE
Título do Trabalho: A Alma e o Corpo em Malebranche: uma reflexão
sobre a lei geral das comunicações do movimento
Resumo: Em sua obra Meditações Cristãs e Metafísicas [1699],
Nicolas Malebranche (1638-1715) reflete sobre a força motriz dos
corpos e do pensamento. Para ele, a força motriz dos corpos é uma ação
onipotente de Deus. A comunicação do movimento entre os corpos é
regida por uma lei geral da comunicação do movimento. A razão
humana, por sua vez, não é própria causa de seu pensamento. Esta
também é proveniente de Deus. Deus é a Razão Universal dos espíritos.
Ele promove a união entre a alma e o corpo: ambos são regidos, de
forma distinta, por uma regra imutável de todos os movimentos do
Espírito Criador. Esta comunicação reflete, portanto, sobre esta lei geral
da comunicação do movimento no que se refere à união entre a alma e o
corpo.
Palavras-Chave: Alma, Causa, Corpo, Movimento e Razão.
(ome: Marcos Aurélio da Guerra Dantas
Instituição: UECE
65
Título do Trabalho: A metafísica conforme a concepção de
Giambattista Vico
Resumo: Giambattista Vico (1668-1744) percebeu em sua época o
surgimento de novas ciências e metodologias nas Academias científicas
nos vários países europeus. Nas Ciências destacaram-se nomes como
Newton, Galileu entre outros. As idéias de Descartes encontravam-se
em ascensão quer no campo da Filosofia, quer no campo das Ciências,
mas também de autores como Spinoza, Leibniz e Hobbes. O nosso tema
de estudo no presente trabalho será a Metafísica: o modo como Vico a
concebeu. Se até então os filósofos haviam compreendido a metafísica
somente com base em uma ordem que subjaz à própria natureza, o autor
propõe uma metafísica do mundo humano, uma vez que esta se eleva
mais alto que àquela elaborada pelos filósofos, pois contempla na
Divindade “o mundo das mentes humanas”.
Palavras-Chave: Ciência, Filosofia e Metafísica.
(ome: Liliane Severiano Silva
Instituição: UECE
Título do Trabalho: Giambattista Vico e a idéia de uma metafísica no
De antiqüíssima.
Resumo:O presente trabalho tenciona explicitar a pretensão de uma
metafísica do gênero humano, presente no pensamento de Giambattista
Vico (1668 – 1744), tomando como base a sua obra De antiquissima
italorum sapientia (Sobre a sabedoria dos antigos italianos), de 1710.
Nesta obra apresentamos a investigação filológico-filosófica viquiana
acerca de termos que revelam uma pretensa sabedoria de povos antigos.
Daí a preocupação do autor em buscar um fundamento metafísico do
saber tendo como base expressões eruditas presentes na língua latina.
Tais expressões, para Vico, revelam algo concernente às primeiras
reflexões do gênero humano acerca da realidade. O De antiquissima
66
exprime também uma crítica ao modelo cartesiano de metafísica que
despreza as contingências da realidade humana.
Palavras-Chave: Filologia, metafísica e modelo cartesiano.
(ome: Edney José da Silva
Instituição: UFRN
Título do Trabalho: O Lugar do ceticismo na Filosofia do Jovem
Hegel
Resumo: Nosso trabalho visa mostrar o papel que o ceticismo possui
no desenvolvimento e fundamentação da filosofia especulativa
hegeliana. Nos centraremos mais especificamente no período de
docência de Hegel na Universidade de Iena (1801-1807); ou seja, no
período em que o idealismo especulativo de Hegel encontra sua gênese.
O texto fundamental, no qual nos serviremos para a nossa análise, é o
texto da Relação do Ceticismo com a Filosofia publicado no Jornal
Crítico de Filosofia onde pela primeira vez Hegel trata seriamente do
tema do ceticismo mostrando como o ceticismo é de capital importância
na fundamentação da filosofia como ciência do absoluto.
Palavras-Chave: Ceticismo, Hegel e modernidade.
(ome: Oscar Cavalcanti de Albuquerque Bisneto
Instituição: UFRN
Título do Trabalho: Ceticismo e fundamentação no sistema de Hegel.
Resumo: Este trabalho traz alguns apontamentos sobre o significado
que assume o ceticismo – tanto em sua forma antiga quanto moderna –
no sistema de Hegel, tendo como base seu artigo de 1802, Sobre a
relação do Ceticismo com a Filosofia, bem como algumas passagens da
Fenomenologia do Espírito e da Ciência da Lógica. Nosso objetivo
consiste em mostrar de que maneira os conceitos que alicerçam o
“começo” do idealismo absoluto de Hegel – tanto o do puro ser como o
da circularidade do sistema – são adquiridos, no início da grande
67
Lógica, junto às implicações céticas dos cinco tropos posteriores da
suspensão do juízo, cuja autoria é atribuída por Sexto Empírico, no
livro primeiro das Hipotiposes Pirrônicas, ao cético Agripa.
Palavras-Chave: Ceticismo, Fundamentação e Hegel.
(ome: Rafael Ramos Cioquetta
Instituição: UFRGS
Título do Trabalho: Considerações sobre o Saber Absoluto e a
Filosofia da História em Hegel
Resumo: A presente comunicação objetiva apresentar elementos que
permitam uma associação dos argumentos apresentados por Hegel no
capítulo final da obra Fenomenologia do Espírito, intitulado O Saber
Absoluto, à construção de uma filosofia da história apresentada na
Introdução às Lições sobre Filosofia da História de 1830. Tais
elementos se constituem essencialmente em como a construção de um
saber conceituante puro como rememoração do caminho percorrido
pelo espírito em figuras históricas determinadas permite a elaboração de
uma filosofia da história como a exposta nas Lições, apresentada como
uma análise histórica da efetivação do conceito de razão e liberdade na
história.
Palavras-Chave: Hegel, História, Saber Absoluto
(ome: Rachel Leite Pereira
Instituição: UECE
Título do Trabalho: Estado natural e o homem metafísico de Rousseau
Resumo: A teoria rousseauniana se apresente a partir da formação da
sociedade mediante o enfoque concedido ao estado natural do homem.
Como no estado natural o homem é bom, é necessário distinguir o
homem como deveria ser do homem em que se transformou. Ao falar
do homem natural no seu aspecto metafísico, Rousseau afirma que o
68
homem tem a liberdade de escolha, constituindo-se como um agente
livre. A consciência dessa liberdade é o ponto de diferenciação dos
animais. Assim, cumpre investigar o sentido da liberdade do homem
metafísico proposta por Rousseau e saber de que forma ela possibilita o
aperfeiçoamento desse homem.
Palvras-Chave: Estado Natural, Homem e Liberdade.
(ome: Estenio Ericson Botelho de Azevedo
Instituição: USP
Título do Trabalho: Marx: da crítica ao fundamento absoluto de Hegel
à crítica do materialismo contemplativo de Feuerbach
Resumo: A constituição da fundamentação materialista histórica de
Marx parte do diálogo com Hegel e Feuerbach: ora ele apóia-se nas
descobertas feuerbachianas na elaboração de sua crítica da dialética e da
filosofia hegelianas, ora vai além delas numa outra interpretação crítica
da filosofia de Hegel, crítica na qual destaca positivamente a
negatividade e a atividade práticas do homem. Para Feuerbach Hegel
(re)atualiza a teologia, já que toma o absoluto como sujeito e não os
homens. Ele propõe, assim, uma inversão da concepção hegeliana
apresentando seu fundamento materialista sensível. Bem diferente da de
Feuerbach, a concepção materialista de Marx tem na história, no
processo de desenvolvimento prático das relações sociais e de
produção, o terreno de sua fundamentação. Ora, se a fundamentação
materialista histórica de Marx retoma de Feuerbach, a prioridade da
realidade sensível-material, ela toma de Hegel o elemento da atividade e
da negatividade, como constitutivos da própria vida objetiva humana.
Palavras-Chave: Crítica, Materialismo histórico e Marx.
(ome: Deyvison Rodrigues Lima
Instituição: UFC
69
Título do Trabalho: Metafísica e Política: Carl Schmitt sobre o sujeito
moderno e a fundamentação das normas
Resumo: O objetivo deste trabalho é investigar a relação entre
metafísica e política no pensamento de Schmitt, sobretudo a articulação
da crítica à metafísica da subjetividade e a fundamentação da ordem
jurídico-política. Para Schmitt, a constituição do sujeito moderno
provocou a dissolução da ontologia tradicional e lançou o homem num
processo interno e subjetivo, tornando, assim, a distinção entre
pensamento e ser, conceito e realidade, sujeito e objeto insuperável até
mesmo diante da solução transcendental. O sujeito como fundamento da
experiência transforma a realidade numa realidade subjetiva e
impossibilita qualquer decisão ou ordem política. O indivíduo moderno
como “ponto último de legitimação” torna problemático o fundamento
de uma ordem normativa, pois promove sua fragmentação ao
compreender a ordem como uma realidade independente das relações
concretas.
Palavras-Chave: Fundamentação das normas, Metafísica da
subjetividade e Ordem concreta.
(ome: Paulo César Oliveira Vasconcelos
Instituição: UFPI
Título do Trabalho: Uma impossibilidade ontológica em
Schopenhauer
Resumo: Este trabalho pretende apresentar, a partir de algumas
discussões presentes no primeiro livro de Schopenhauer, o completo
desvinculamento de sua filosofia com a tradição teísta. Os princípios de
conhecimento e de causa, duas raízes do princípio de razão, ilustram a
perspectiva apontada. Conclui-se a completa impossibilidade da figura
de Deus na metafísica schopenhaueriana desde sua primeira produção;
Rompe-se definitivamente com qualquer forma de teísmo dentro dos
limites da racionalidade filosófica.
70
Palavras-Chave: Deus, Ontologia e Razão.
(ome: Ilíada Santos Botelho
Instituição: UFPB
Título do Trabalho: Do nada ao nada
Resumo: O que é metafísica? Pergunta de cunho eminentemente
filosófico que há séculos incomoda o homem, em Arthur Schopenhauer:
“interrogador fascinado”. Se o homem é um ser por natureza desejante
de conhecer, como pensou Aristóteles, porque faz da morte um
mistério? Ao que se sabe somente pode conhecer em vida.
Schopenhauer afirma que nem mesmo o cessar da vida justifica o fim
do princípio que a permite, o que atestaria a imortalidade de nosso
verdadeiro ser, mas não a subsistência após a morte. O temor da morte
independe do conhecimento. Neste trabalho pretendo apontar elementos
que corroboram o niilismo da filosofia schopenhauriana, especialmente
em
Palavras-Chave: Metafísica, Morte, Niilismo.
(ome: Dax Moraes
Instituição: PIDFIL-UFRN/UERN-Caicó
Título do Trabalho: Da proveniência da necessidade metafísica do
homem, segundo Arthur Schopenhauer
Resumo:Schopenhauer elenca alguns fatores que, segundo ele, fazem
nascer a metafísica: o espanto da vontade por suas próprias obras e seu
autoquestionamento acerca do que ela mesma é, a consciência da
proximidade da morte, a evidência da inutilidade de todo esforço
mediante a limitação de toda existência. Mas por que a inutilidade de
todo esforço no sentido de desviar-se da morte pode ser considerada a
raiz do questionamento metafísico por aquele ente que, na natureza, é o
ente que reflete? A metafísica seria o questionamento que tem sua
origem na pergunta pela essência do ser-para-a-morte daquele que
71
morre por aquele que morre e, enquanto ser racional, tem como
possibilidade colocar a pergunta sobre os modos de ser.
Palavras-Chave: Liberdade da Vontade, Mortalidade e Necessidade
natural
72
73
GRUPO DE TRABALHO DE
METAFÍSICA CONTEMPORÂNEA
74
PALESTRAS
(ome: Claudio Ferreira Costa
Instituição: UFRN
Título do Trabalho: A ontologia dos tropos
Resumo: A palestra consistirá em uma exposição das idéias básicas da
ontologia dos tropos defendida por Donald Williams. A ontologia dos
tropos será defendida como uma alternativa para a solução do problema
dos universais, que é prima facie mais plausível do que as soluções
realistas e nominalistas, com algumas sugestões adicionais.
(ome: Miguel Antonio do Nascimento
Instituição: UFPB
Título do Trabalho: A metafísica e “o amor à sabedoria”
Resumo: Dentre os demais modos de conhecimento, surgiu a filosofia
como o modo de se tratar do saber ele mesmo. Mas adveio junto a
dificuldade de se exprimir isto, no sentido de que o saber filosófico
diverge dos demais saberes que se efetivam mediante o exame direto
das coisas e assim expressam o que elas são. A expressão "amor à
sabedoria" pretende revelar a essência disto e vincular o caráter de livre
do saber ao poder daquele que o produz. A metafísica, ao resguardar o
conteúdo da verdade no em si imutável, tornou inconcusso o conteúdo
do saber em questão. A constatação de erro nisso põe em questão a
metafísica, o "amor à sabedoria" e até mesmo mostra "o fim da
filosofia". Mas fica ainda a dizer se com isso não se trata mais da
paixão pela "sabedoria", pelo mais elevado para sentido das coisas.
Palavras-Chave: Contemporaneidade, Metafísica e Saber Filosófico.
(ome: Soraya Guimarães da Silva
Instituição: PIDFIL-UFRN
Título do Trabalho: O acontecimento de mundo na Era da Informação
75
Resumo: Esta comunicação esboça uma das seções da tese de doutorado
em andamento, a qual pretende elaborar uma compreensão filosófica do
hoje a partir da análise do fenômeno da tecnologia da informação. Ao
relacionar este fenômeno com a questão da verdade, tomaremos como
base as interpretações dos modos de desvelamento e encobrimento de
ser, extensamente discutidos por Martin Heidegger em sua análise
crítica da tradição. A discussão desses modos (vigência, objeto e
recurso) levará ao questionamento sobre em que medida a representação
do ente como informação se relaciona com os modos acima enunciados,
em outras palavras, em que bases é possível conceber a tecnologia da
informação como uma transformação no modo de descobrimento dos
entes e, por consequinte, na história do ocultamento de ser
Palavras-Chave: Heidegger, Tecnologia, Ser
(ome: Daniel Brauer
Instituição: Universidad Buenos Airres
Título do Trabalho: El nexo essencial entre ser y la nada em Hegel y
Heidegger
Resumo: Tanto en la Ciencia de la Lógica de Hegel como en la crítica
del pensar metafísico en Heidegger se establece una conexión
insoslayable entre el concepto de ser y de la nada. El trabajo se propone
mostrar los puntos en común y la diferencia esencialde ambos enfoques
de conceptos tradicionales de la historia de la metafísica más allá del
explícito rechazo por parte de Heidegger de la ecuación hegeliana, al
mismo tiempo que pretende mostrar el alcance y límite de ambas
posiciones desde un punto de vista contemporáneo.
Palavras-Chave: Ser, nada, metafísica, ontologia
(ome: Cinara Nahra
Instituição: UFRN
Título do Trabalho: Kant contra a “sorte moral”
76
Resumo: Bernard Williams estabelece o conceito de “Moral Luck”
(Sorte Moral), ou seja, sorte relativa as deliberações. Para Williams a
moralidade é profundamente e inquitantemente sujeita a sorte, e isto
coloca em cheque a idéia kantiana de moralidade. Neste artigo estarei
argumentando, contra Williams, que a visão kantiana de que moralidade
não tem nada a ver com sorte tem de ser mantida, sob pena da
moralidade ser reduzida à conveniência e oportunidade, o que
corresponderia, na prática, a sua auto-destruição.
(ome: Ana Thereza de Miranda Cordeiro Dürrnaier
Instituição: UFPB
Título do Trabalho: Ontologia Digital: Transhumanizando a
Hermenêutica Filosófica.
Resumo: Rafael Capurro opõe sua hermenêutica tanto ao humanismo
anti-tecnológico como à metafísica digital mediante a idéia de uma
ontologia que supera a unilateralidade do pensamento da técnica,
fincado em antropocentrismos, e o reducionismo do fenômeno
informacional a mera programação. Pretende-se aqui discutir a
desumanização da hermenêutica no marco do transhumanismo
inaugurado por Heidegger e no horizonte do status ontológico híbrido
do digital, em que o sentido do ser se modela na consideração dos
processos biológicos entendidos como processos de integração e
comunicação sustentados no código genético: nem propriamente
humano, nem mero artefato, o digital é ao mesmo tempo horizonte de
compreensão e linguagem universal.
Palavras-Chave: Ontologia. Hermenêutica. Informação.
COMU(ICAÇÕES
(ome:Sérgio Murilo Rodrigues
Instituição:PUC Minas
77
Título do Trabalho:Será possível falar filosoficamente sobre o
conceito de verdade sem ser metafísico?
Resumo:Sobre aquilo de que não se pode falar, deve-se calar. Essa
frase do Tractatus de Wittgenstein foi um epitáfio para o túmulo da
metafísica. E a faca que feriu de morte o coração da metafísica foi o
conceito de verdade. Os procedimentos científicos são os únicos
capazes de determinar a verdade e eles não são metafísicos. Mas
Heidegger na sua análise fenomenológica-hermenêutica da essência da
verdade no parágrafo 44 do Ser e Tempo, mostrou que a verdade
científica era apenas uma, das várias dimensões da verdade. E optar por
um conceito de verdade é fazer uma opção metafísica, logo não há
como falar de verdade sem ser metafísico. No entanto, Habermas
defende um conceito procedimental pós-metafísico de verdade
discursiva. Será isso possível
Palavras-Chave: Verdade, Pensamento Pós-metafísico, Habermas.
(ome: Glenda Satne
Instituição: Universidad de Buenos Aires
Título do Trabalho: El viejo y el nuevo modo de pensar: el problema
de la metafísica y las ontologías recientes
Resumo: Muchos autores contemporáneos, desde Wittgenstein y
Heidegger hasta SUS discípulos más recientes, han centrado gran parte
de su tarea filosófica em la elaboración de críticas devastadoras contra
la Metafísica en su sentido tradicional.
Por otra parte, sin embargo, la filosofía reciente asiste a un renacimiento
de la metafísica bajo distintas descripciones de su tarea y objetivos
fundamentales. Las mismas, la mayor parte de las veces, son
caracterizadas como incompatibles con los discursos críticos antes
mencionados.
En este trabajo argumentaré que dichas empresas
ontológicas
contemporâneas pueden ser defendidas frente a tales acusaciones. Más
78
específicamente que ontología formal o variantes del naturalismo
ontológico son compatibles con y, por esta razón, defendibles frente a
las críticas heideggerianas y wittgensteinianas. Sin embargo, también
sostengo que existe una distinción fundamental entre ‘Metafís
ica’, en su sentido tradicional, y ‘ontología’ en sus múltiples sentidos
contemporáneos. La distinción es la garante de la legitimidad de los
discursos ontológicos al mismo tiempo que la lección que es posible
aprender de Wittgenstein y Heidegger simultáneamente.
(ome: Mariela Aguilera
Instituição: Faculdad de Psicologia , UNC, Argentina
Título do Trabalho: Animales sin lenguaje em el espacio de los
conceptos: uma critica al principio de prioridad
Resumo: En The Paradox of Self Consciounes, Bermúdez distingue los
contenidos conceptuales de los contenidos no-conceptuales en virtud
del principio de prioridad, según el cual la posesión de conceptos
depende de la competencia lingüística. Este principio descansa en la
interpretación canónica del requisito de generalidad. Conforme esta
interpretación, las habilidades conceptuales no son independientes de
habilidades inferenciales sumamente abstractas, independientes del
contexto, compatibles con lo que Hurley denomina promiscuidad
inferencial. En oposición, sostendré que es posible articular una versión
gradualista y contextual del requisito de generalidad que permita
renunciar al principio de prioridad, sobre el cual se asientan la
distinción entre contenidos conceptuales y no-conceptuales y la
exclusión de los animales sin lenguaje del espacio de los conceptos.
(ome: Raphael Brasileiro Braga
Instituição: PPGFIL/UFC
Título do Trabalho: John Rawls: Um pensador pós-metafísico
79
Rsumo: Segundo Rawls, uma das distinções mais profundas entre as
concepções políticas de justiça está no fato de que umas toleram uma
pluralidade de concepções do Bem e outras afirmam existir um Bem
único que deve ser reconhecido pelos indivíduos.Desde a época
clássica, a tradição afirmou só existir uma concepção racional do bem e
que a meta da filosofia moral, assim como da teologia e da metafísica, é
determinar a sua natureza. Dado o Fato do Pluralismo, é possível
argumentar a favor de princípios oriundos de uma moral última e
infalível e ainda esperar que esses princípios sejam endossados por
cidadãos que defendem doutrinas filosóficas, religiosas ou morais
abrangentes e irreconciliáveis umas em relação às outras?
Palavras-Chave: Justiça, Pluralismo, Metafísica
(ome: Aline Medeiros Ramos
Instituição: Fordham University
Título do Trabalho: Proposições que fixam referentes e a
irreducibilidade dos qualia
Resumo: Em Philosophy and the Mirror of Nature, Richard Rorty
ctitica os eliminativistas, fisicalistas que negam a existência de qualia, e
os reducionistas, fisicalistas que dizem que estados mentais são apenas
estados físicos (neuronais). Contudo, a disputa a respeito do status
desses qualia está longe de ser resolvida. Conforme objeções à visão
fisicalista aparecem, versões mais sofisticadas das teses que reduzem
estados mentais a estados físicos têm ganhado cada vez mais adeptos na
metafísica e filosofia da mente. O objetivo deste trabalho é examinar
uma destas teses, em sua versão anti-Kripkeana defendida por Brian
Loar em “Qualia, properties, modality”, e apontar suas falhas. Esta
tarefa finalmente nos permitirá participar do espanto descrito por Rorty
em seu livro e afirmar que esses “estados estranhos” (qualia) que temos
80
além dos estados neurológicos são, de fato, extremamente importantes e
não podem ser dispensados sem critérios metafísicos sólidos.
Palavras-chave: anti-fisicalismo, fisicalismo reducionista, qualia.
(ome: Josailton Fernandes de Mendonça
Instituição: PIDFIL-UFRN
Título do Trabalho: Propriedades de objetos inexistentes
Resumo: Um dos problemas do realismo metafísico é a idéia de
propriedades não instanciadas. A idéia de que há propriedades que não
são, nunca foram e nunca serão instanciadas em um particular. Por
outro lado há particulares que não existem, tais como, “Pegasus”,
“dragões que cospem fogo” ou “mamíferos aquáticos voadores”. O que
temos então são dois lados do mesmo problema, a saber, fundamento
metafísico dos problemas semânticos. O objetivo do trabalho é
examinar um aspecto dessa discussão: o problema das propriedades
desses objetos inexistentes. A idéia é lançar alguma luz sob a complexa
problemática envolvendo a referência dos nomes vazios.
Palavras-Chave: Objetos. Propriedades. Metafísica.
(ome: Benjamim Julião de Góis Filho
Instituição: PPGFIL-UFRN
Título do Trabalho: “Merleau-Ponty: Da metafísica à estesia do corpo”
Resumo: O objetivo do presente trabalho é refletir acerca da crítica que
Merleau-Ponty elabora ao “pensamento de sobrevôo”(metafísica), que
cria modelos teóricos, que reduz o corpo à mera informação. Como
também, o deslocamento que a experiência do corpo provocou no seu
pensamento estético. Na esteira de Nietzsche, para quem a consciência
é orgânica, Merleau-Ponty traz o corpo, a sensibilidade para a
discussão. Não há aqui uma teoria ou uma crítica estética, no sentido
clássico, mas uma experimentação do corpo enquanto obra de arte.
Palavras-Chave: Merleau-Ponty, metafísica, estética
81
(ome: João Carlos Neves de Souza e Nunes Dias
Instituição: UFAL
Título do Trabalho: Metafísica da Carne: notas sobre o corpo no
pensamento de Merlau-Ponty
Resumo: Na filosofia contemporânea, o pensamento de Maurice
Merleau-Ponty destaca-se no sentido de evidenciar o corpo como objeto
de investigação filosófica. É enquanto corpo encarnado que nos
fazemos presentes no mundo, ao contrário de uma consciência que paira
sobre o corpo. O Ser no mundo se expressa na facticidade, tecido na
relação entre essência e existência. A essência do Ser não está nas
idéias, não está no pensamento, mas na experiência vivida, a qual inclui
a razão e o pensamento, de modo encarnado. Segundo Merleau-Ponty, o
corpo é carne, aderência ao lugar e ao agora.
Palavras-Chave: Carne, Ser, Experiência.
(ome: Juliano Moreira Lagoas
Instituição: UFSCAR
Título do Trabalho: A(s) Ontologia(s) de Descartes segundo MerleauPonty
Resumo: Quando vemos Merleau-Ponty dizer em uma de suas últimas
notas de trabalho, publicada em O visível e o invisível, que precisará
estudar “o Descartes de antes e depois da ordem das razões, o Descartes
do cogito anterior ao cogito” (VI, p. 244), convencemo-nos de que a
interrogação sobre a significação do cartesianismo está longe de ser,
para ele, uma questão entre outras. O interesse de Merleau-Ponty pelo
cartesianismo tem um objetivo bem peculiar: mostrar o que, em
Descartes, nos faz pensar contra Descartes, o que na ontologia
cartesiana do objeto já aponta para uma outra direção, para uma
ontologia do existente. É com a interpretação merleau-pontiana da
filosofia de Descartes que nos ocuparemos nesta comunicação.
82
Palavras-Chave: Ontologia, Merleau-Ponty, Descartes
(ome: Márcio Antônio de Paiva
Instituição: PUC-MG
Título do Trabalho: Metafísica e Diacronia
Resumo: “O anúncio do fim da metafísica é prematuro. Esse fim não é
nada certo. Aliás, a metafísica, relação com o ente que se realiza na
ética, precede a compreensão do ser e sobrevive à ontologia”
(Transcendance et Hauter). Nossa proposta de trabalho deriva dos
projetos de pesquisa que temos desenvolvido em torno do filósofo E.
Lévinas. Certamente, opondo-se à ontologia e ao logocentrismo, o
filósofo lituano usa o termo metafísica sem se esquecer do seu
descrédito. Pode-se dizer que a metafísica em Lévinas visa a algo que
vai além da própria diferença ontológica para significar uma
transcendência para além do ser. Assim, recomeçando por definir a
ética como filosofia primeira, Lévinas preconiza o tempo não
sincronizável, o tempo diacrônico que escapa ao discurso ontológico,
através de análises fenomenológicas (vergonha, indigência, insônia, etc)
em direção a uma metafísica que supera o nível ontológico.
Palavras-Chave: metafísica, diacronia, ética
(ome: Rômulo Pizzolante
Instituição: IFCS- UFRJ
Título do Trabalho: A Filosofia e a coragem para o sacrifício
Resumo: O desafio do homem é viver na conquista do viver, no
domínio do possível, do ainda não nomeado, do aberto, da entrega ao
esforço e à dor de ter que perder para de novo conquistar É por poder
deixar de ser, que o homem pode ser. É no sacrifício do abandono do
que já está elaborado e pensado que o homem pode expor-se à vida e de
novo reconquistar o sempre vivo, que só assim se realiza. É do não-ser
ao ser que vida se dá, se desdobra, se cria. Quando o homem deixa de
83
reivindicar que a vida seja algo fixo, parado, compreende que perder é
sua marca, deixar, ter que largar é sua condição de ser. É nesse
desapego que o homem encontra seu pertencimento. Desta forma, o
trabalho pretende abordar a idéia de sacrifício investigando passagens
do texto Que é Metafísica? a partir de uma fala do personagem
Riobaldo em Grande Sertão: Veredas.
(ome: Manoel Carlos Uchôa de Oliveira
Instituição: UFPE
Título do Trabalho: O que é isto – a desconstrução?
Resumo: O pensamento de Derrida é uma posição contra a hegemonia
logocêntrica da filosofia. Sobre uma paráfrase de Heidegger, o
propósito desse ensaio é explicitar o que se costumou chamar
desconstrução. Evidenciar-se-á a influência direta da ontologia
heideggeriana e do niilismo nietzschiano. Na medida em que Derrida
transitou dentro da textura do pensamento ocidental, ele se considerou
ambigüamente “um herdeiro enfermo”, desenvolvendo um pensamento
que ficou conhecido por desconstrucionismo. A destruição da
metafísica irrompeu do interior de sua tradição textual, forçando seus
conceitos fundamentais ao limite. Nesse sentido, a desconstrução
conduz a pretensão de fundamento ao plano da diferença, abalando e
deslocando a estruturas discursivas da metafísica.
Palavras-Chave: Derrida; desconstrução; metafísica
(ome: Fernando Rodrigues
Instituição: Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Título do Trabalho: O comportamento humano e o interagir dos
animais : mundo e pobreza de mundo no pensamento inicial de Martin
Heidegger.
Resumo:Em sua preleção do semestre de inverno de 1929/30, Os
Conceitos Fundamentais da Metafísica (GA 29/30), Martin Heidegger
84
valeu-se dos termos alemães Verhalten (comportamento) e Benehmen
(interação) para distinguir o modo de acesso ao entorno que é próprio,
respectivamente, ao homem e aos animais. Nesta comunicação,
primeiramente, chamaremos atenção para a crucialidade de ambos os
conceitos no tocante à clarificacao das noções de formação de mundo e
pobreza de mundo, indicativas da diferença básica entre os entes
mencionados. Ao fazermos isso, atentaremos também para as
dificuldades relativas à tradução de ambas as expressões, de modo a
justificar nossa própria opção de tradução.
Palavras-Chave: Heidegger, Mundo, Comportamento
(ome: Laura Meirelles Beghelli
Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF
Título do Trabalho: O salto do primeiro inicio para o outro inicio do
pensamento em Martin Heidegger.
Resumo:Essa comunicação pretende pontuar a compreensão de
Heidegger sobre a tradição metafísica de cunho onto-te-lógico como
sendo o primeiro início do pensamento e o salto para outro início
delimitado na obra Contribuições para a filosofia: da Ereignis
(1936/38). Tal confrontação não apenas delimitará a diferença entre
ambos mas, também, os pontos em comum que fomentam tal salto.
Tanto o primeiro quanto o outro início do pensamento se pautam por
discursar sobre a questão do Ser. A diferença entre ambos se situa no
“como” seus discursos ressoam essa questão. Perceber-se-á que esse
salto não se trata de uma negação do primeiro em detrimento do outro
início. Sua relevância repousa no pressuposto de que por salto
compreende-se um jogo entre ambos os modos do pensamento
enquanto uma possível outra unidade discursiva ressoante da própria
questão do Ser.
Palavras-Chave: Heidegger, metafísica, outro início do pensamento
85
(ome: Daniel da Silva Toledo
Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF
Título do Trabalho: A tensão entre o “Deus de metafísica” e o “último
deus” em Heidegger.
Resumo:Essa comunicação pretende confrontar duas modalidades do
divino fundamentais para o pensamento de Martin Heidegger: o “Deus
da metafísica” e o “último deus”. Essa confrontação partirá do forte
caráter de oposição entre as duas concepções para em seguida tentar
extrair dessa tensão alguns traços essenciais para a compreensão do
divino em Heidegger. Por fim, acredita-se que a importância dessa
confrontação repousará na possibilidade do reconhecimento de que a
própria relação de tensão, necessária para compreender o “último deus”
pensado a partir da superação da metafísica, exige a tarefa de
compreender o “Deus da metafísica” para além de um sentido
estritamente negativo.
Palavras-Chave: Heidegger, Deus da metafísica, Último deus
(ome:Luciano Donizetti da Silva
Instituição:Universidade Federal do Piauí
Título do Trabalho: A ontologia só é possível como fenomenologia?
Resumo: Na sexta Investigação Lógica Husserl analisa a questão do
preenchimento das formas categoriais de significação e pergunta pelos
momentos da forma categorial dentre os quais a cópula. Essa questão
interessou sobremaneira a Heidegger, especialmente o encaminhamento
no tocante à distinção entre intuição sensível e categorial, na medida em
que estaria aí o significado múltiplo do ente. Nas palavras de Heidegger
a fenomenologia husserliana o colocou no caminho da questão do ser;
para Husserl Heidegger, seguindo uma tendência dos filósofos alemães,
distancia-se da fenomenologia e acaba seguindo uma tendência
trascendental-subjetivista que pensa o domínio ontológico como dado,
86
além de ser uma ciência do homem (antropologia). A relação
controversa entre mestre e discípulo é o tema dessa comunicação.
Palavras-chave: ontologia, fenomenologia, antropologia.
(ome: Íris Fátima da Silva
Instituição: UFRN
Título do Trabalho: A origem estética da ontologia hermenêutica de
Luigi Pareyson
Resumo: a presente comunicação tem a intenção de descortinar a
origem estética da ontologia hermenêutica e a paradoxal existência
humana como coincidência entre auto-relação e heterorrelação no
pensamento de Luigi Pareyson. Considerando o alcance do significado
da hermenêutica que nos apresenta o autor na sua Estética. Teoria della
formatività cuja interpretação da obra de arte é a execução da obra em
si. A interpretação pessoal é o tornar evidente a obra, o dar-se, aparecer,
existir, isto é, o revelar-se da obra mesma. A interpretação é em si
sempre pessoal, entretanto é apenas uma das tantas possíveis. A
pluralidade das interpretações não deve ser considerada uma
desvantagem, longe de ser um defeito é já uma revelação da amplitude
do pensamento humano. Ao conceber a interpretação como singular
evidencia-se a historicidade do contexto e a personalidade do pensante.
Palavras-Chave: Luigi Pareyson, interpretação, auto-relação e
heterorrelação
(ome: Miguel Gally de Andrade
Instituição: UFRN/FAPERN
Título do Trabalho: "Ontologia e pluralismo das artes visuais a partir
da tensão operativa"
Resumo: Nossa apresentação tem como propósito pensar o pluralismo
das artes visuais no mundo contemporâneo não tanto como pluralismo
de estilos, usos de estilos ou de obras, mas de orientações ou grupos nos
87
quais podemos inserir obras/usos de estilos. A partir de uma visão
sistemática, ou seja, propondo reuni-las de certa maneira, mas sem
fundir, reduzir ou sobrepor uma orientação à outra, essa tarefa está
vinculada: 1) à composição do ambiente da arte, que inclui os
elementos relativos ao espectador, ao artista e às orientações potenciais
da experiência artística, mas também a própria noção de tensão
operativa; 2) à definição da tensão operativa enquanto núcleo do
ambiente da arte desde um modo especial de comunicação; e 3) à
geração de uma concepção dinâmica de obra de arte, ou seja, a partir da
própria operatividade da sua criação;
(ome: Maxwell Morais de Lima Filho
Instituição: UFC
Título do Trabalho: A concepção de Searle sobre o reducionismo da
supra-determinação causal.
Resumo:Segundo Searle, podemos constatar, ao longo da história da
Ciência, que uma redução causal bem-sucedida resulta, por redefinição,
em uma redução ontológica (como ocorreu com o calor). Entretanto, a
consciência é uma exceção, pois o Naturalismo Biológico (sua teoria
sobre as relações entre mete e corpo) afirma que os fenômenos mentais
são causalmente redutíveis aos processos cerebrais, ao mesmo tempo
em que assume que aqueles são ontologicamente irredutíveis a estes. As
teses supracitadas geram problemas quando defendidas conjuntamente,
sendo um destes o da supra-determinação causal: determinados estados
mentais possuiriam duas causas – um outro estado mental e um estado
cerebral subjacente. O presente trabalho pretende analisar o impasse
que o problema da supra-determinação coloca ao Naturalismo
Biológico.
Palavras-Chave: Filosofia da Mente, Naturalismo Biológico, supradeterminação causal.
88
(ome: Eduardo Triandopolis
Instituição: UECE
Título do Trabalho: Encobrimento e visibilidade. Da vigência ao
Retiro do Ser em Heidegger.
Resumo:Segundo Heidegger, a despeito de uma articulação originária
das palavras physis, logos e aletheia apontar para um encobrimento
dominante na essência do ser, a tradição metafísica nos lega duas
concepções de verdade: a verdade como desencobrimento e a verdade
como correção. A percepção do ser como aquilo que encobre e protege
será preterida. A identificação da aletheia à idéia em Platão ressaltará o
aspecto do simplesmente dado associado à luz. A redução do vigor
originário da aletheia operada pela metafísica em um aspecto
meramente ótico torna a visibilidade plena teleologia. Com isso, os
entes passam a ser representados por um logos proposicional cuja
correção é dada pela retidão do ver e do dizer. Visibilidade surge agora
como a verdade do ser.
Palavras-Chave: verdade, encobrimento, visibilidade.
(ome: Roberto Lúcio Diniz Júnior
Instituição: PUC-MG
Título do Trabalho: Muller-Lauter versus Heidegger: divergências
sobre o caráter metafísico da vontade de poder.
Resumo: No entender de Heidegger, Nietzsche foi um pensador que
levou a metafísica até às últimas conseqüências. Para ele, o pensamento
nietzscheano segue a longa via da antiga questão diretriz da filosofia:
“O que é o ente?”. A expressão vontade de poder daria uma resposta à
pergunta sobre o que é, afinal, o ente. É com prudência e cautela que
Müller-Lauter se posiciona frente a tal interpretação. Avesso à leitura
heideggeriana, Müller-Lauter procura demonstrar que a reflexão de
Nietzsche exclui justamente a pergunta pelo fundamento do ente e, com
isso, põe em evidência o que sua filosofia tem de mais próprio: o
89
pluralismo e o dinamismo. O objetivo de nossa comunicação é, a partir
da obra de Müller-Lauter “A doutrina da vontade poder em Nietzsche”,
problematizar o confronto de idéias entre esses dois grandes
pensadores.
Palavras-Chave: Metafísica, Nietzsche, Vontade de poder.
(ome: Maria Terezinha de Castro Callado
Instituição: UECE
Título do Trabalho: A metafísica benjaminiana e o agora (Jetztzeit).
Resumo: O projeto restitutio in integrum do Fragmento TeológicoPolítico de Walter Benjamin constitui a experiência de uma restituição
do plano espiritual (geistlich) e profano (weltlich), fundamentalmente
elaborada na metafisica benjaminiana, para o conceito de criatura. Essa
restituição deve contar com as investidas da condição fragmentária no
status quo da indefinição contemporânea do pragmatismo. Fragment em
língua alemã recorre a mesma raiz de fragen (interrogar). Interrogar o
ser só pode ser possível com o conceito de Origem (Ursprung) e de
Iluminação profana (profane Erleuchtung) redefinidos e relacionados ao
estado de criação (Schöpfungsstand) onde a idéia teológica reconhece
para a natureza do ser o sol da Graça (Gnadensonne).
Palavras-Chave: Restitutio in integrum, Fragmento, Origem
(ome: Cícero Leilton Leite Bezerra
Instituição: PPGFIL-UFRN
Título do Trabalho: Tecnologia e racionalidade no pensamento de
Herbert Marcuse.
Resumo: Numa obra chamada O Homem Unidimensional, Herbert
Marcuse explicita o caráter irracional da personificação da razão
moderna, tendo como um dos seus aspectos mais perturbadores o
caráter racional de sua irracionalidade. Deste modo, Marcuse reivindica
uma nova racionalidade, requerendo um novo conceito de método
90
científico. Para o Autor somente é possível por meio de um pensamento
pós-tecnológico, onde a técnica possa transforma-se em um instrumento
de pacificação ao colocar o homem e a natureza em uma relação
fraterna. Deste modo, a técnica deveria se transformar em arte para
produzir uma realidade livre. Ela seria um novo instrumento político na
emergência de criar um novo individuo com um desenvolvimento
sensível da razão.
Palavras-Chave: Tecnologia, racionalidade e arte.
(ome:Luiz Diogo de Vasconcelos Júnior
Instituição: Universidade Estadual de Campinas
Título do Trabalho: Hannah Arendt: As falácias metafísicas e o
pensamento que transcende a si mesmo.
Resumo: Ciente de que os homens têm uma inclinação a pensar para
além dos limites do conhecimento, Hannah Arendt nos diz, n’A vida do
espírito, que os problemas da filosofia contemporânea se agravaram
quando os filósofos, dando crédito a uma idéia já corrente, começaram
também a declarar o fim da filosofia e da metafísica. E concorda com
Kant quando ele afirma de que os filósofos retornariam à metafísica
como se retorna à mulher amada depois de uma briga. Arendt parece
nos dizer que, uma vez morta a metafísica, o mundo das aparências
também perde em significado e compreensão. Partindo desta discussão,
apresentaremos a idéia de metafísica presente n’A vida do espírito e
discutiremos o conceito de falácias metafísicas: apreensões do mundo
sensível que justificam que o pensamento e a razão possam transcender
os limites da cognição e do intelecto.
Palavras-Chave: Metafísica, falácias metafísicas, conhecimento.
(ome: João Carlos Marçal
Instituição: PIDFIL-UFPE
Título do Trabalho: Heidegger e a tradição do pensamento
91
Resumo: A partir da obra The Mystical Element in Heidegger’s
Thought de John Caputo, tornou-se possível ler a preleção Que é
Metafísica? (Was ist Metaphysik?) de Heidegger à luz de suas
influências da ontologia mística de Mestre Eckhart e Angelus Silesius.
Marlene Zarader, por outro lado, com sua obra La Dette Impensée,
aponta em Heidegger uma influência daquilo que Ricouer chamou de
grupo hebraico. Entretanto, faltou a Zarader delimitar onde ocorre a
possibilidade inicial de pensarmos tal influência. Para nós, esta
influência se abre com Filo de Alexandria que funde platonismo com a
tradição hebraica, adentra o Neoplatonismo e a Mística Cristã. Filo é o
elo entre a Mística Medieval (não apontado por Caputo) e o elemento
hebraico presentes, de modo subterrâneo, na concepção heideggeriana
de nada – a base de sua famosa preleção de 1929.
Palavras-Chave: Negatividade, hebraísmo, nada.
(ome: Rodrigo Ribeiro Alves Neto
Instituição: UFRN
Título do Trabalho: O que é o fim da metafísica?
Resumo: Perguntar pela essência imprensada da metafísica é tão crucial
na obra heideggeriana quanto indagar pelo modo como a metafísica
entrou, na época atual, em seu estágio final. O presente trabalho buscar
elucidar a imbricação entre os conceitos de “metafísica” e “história do
ser” na obra de Heidegger, a partir da qual a metafísica é definida como
a história da verdade do ente como presença constante, sob a forma de
substancialidade e da subjetividade. Veremos de que modo, na “era da
metafísica consumada”, a presença se transforma em “vontade de
verdade”, instaurando o universo da técnica moderna enquanto
princípio de controle e planificação dos entes em geral (Gestell).
Palavras-Chave: Heidegger, Metafísica e Técnica Moderna.
(ome: Maria Cristina Soares Magalhães
92
Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Título do Trabalho: O sentimento trágico e o paradoxo morte-vida na
filosofia de Miguel de Unamuno
Resumo: O trabalho destaca a reflexão de Unamuno em “Do
sentimento trágico da vida” partindo da tese do “homem de carne e
osso”. Destaca o homem concreto em sua particularidade existencial
como unidade sujeito e objeto. Interessa a Unamuno o homem envolto
na incerteza, na angústia. Reflete a contradição e a ambigüidade
coração-razão. Na maturidade sua filosofia se alia à poesia e se
distancia dos sistemas filosóficos racionais abstratos. A suprema
premissa da existência não pode ser puramente racional mas também
afetiva e envolver o inconsciente.Aproxima-se da concepção de tempoeternidade em Kierkegaard e da filosofia pragmática de William James.
Palavras-Chave: Trágico, angústia, existência
(ome: Antonio Glaudenir Brasil Maia
Instituição: UFPE
Título do Trabalho: Metafísica e violência: a dimensão ética da
Ontologia niilista de Gianni Vattimo.
Resumo: O presente trabalho objetiva investigar os argumentos que
permitem compreender a conexão entre Metafísica e violência como um
dos problemas centrais da filosofia contemporânea, com base, em
especial, na ontologia niilista de Gianni Vattimo que denuncia a
Metafísica como pensamento violento – denúncia já presente em
Nietzsche, Adorno, Heidegger, Levinas. A dimensão ética da ontologia
vattimiana se legitima na recusa da idéia de Grund, por considerá-la
‘incontroversa’, que impede ulteriores indagações, nem permite à
réplica. Desse modo, o pensiero debole de Vattimo se apresenta como
predileção de uma ética não-agressiva, o que nos conduz a reconhecer
que ética, não-violência e Metafísica constituem o aspecto mais geral da
reflexão de Gianni Vattimo, na qual se identifica a implicação da
93
instância ética e da crítica antimetafísica como epicentro de sua
produção filosófica.
Palavras-Chave: Metafísica, violência, ética
(ome: Thalles Azevedo de Araujo
Instituição: Universidade Estadual da Paraíba - UEPB
Título do Trabalho: O Lugar da bioética e do habitar poético na critica
de Heidegger à Técnica Moderna.
Resumo: Neste trabalho, temos como objetivo refletir sobre o lugar da
bioética a partir da crítica de Heidegger à essência da técnica moderna.
Para Heidegger, o desencobrimento técnico (Gestell) como uma posição
que dis-põe da natureza no sentido de uma exploração, apresenta uma
ameaça à essência do homem através do modo pelo qual ele foi
desafiado a explorar as energias da natureza. Desse modo, A Questão da
Técnica permite pensar o poeticamente o homem habita esta terra como
base para uma “bioética originária” que corresponda às dimensões
plenas da habitação humana, em direção a uma morada que é aberta
apenas através da atitude poética, pois na linguagem poética vem parar
o poder-ser originário, o cuidado autêntico e a relação de pertença do
homem ao ser.
Palavras-Chave: Técnica moderna, Poesia, Habitar.
(ome: Augusto César Feitosa
Instituição: FASE
Título do Trabalho: A dimensão do Originário no pensamento
heideggeriano
Resumo: Em Heidegger a noção de origem não se detém na
determinação de um mero começo, assumindo uma abrangência que
ultrapassa uma visão cronológica. A proposta deste trabalho é
identificar a extensão da questão do originário tomando dois pontos de
intersecção: Heráclito como pensador que antecede o esquecimento da
94
dimensão originária, entre os gregos da antiguidade, e Nietzsche como
marco dos últimos desdobramentos da metafísica. Através desta análise
percebe-se que “o originário” nos remete a um passado, mas em
especial a um futuro. O futuro do pensamento em vista do
desenraizamento do homem contemporâneo.
Palavras-Chave: Heidegger, Metafísica e Pensamento Originário.
(ome: Rainri Back dos Santos
Instituição: Universidade de Brasilia
Título do Trabalho: A problematicidade de uma determinação
originária da metafísica
Resumo:Uma vez que a cunhagem da expressão grega tà metà tà
physiká não adveio de uma “experiência originária”, Heidegger teve de
pressupor uma determinação da metafísica que proviesse de tal
experiência. A partir de um fragmento do poeta Novalis sobre a
filosofia, Heidegger pressupõe que a metafísica consiste em permanecer
só, de modo que cada um se encontre a partir de si mesmo diante do
ente em totalidade. Conforme algumas indicações de Gadamer e
Wittgenstein sobre a linguagem, problematizarei essa possibilidade de
alguém se encontrar a sós a partir de si mesmo diante do ente em
totalidade. Em suma, apontarei para uma tensão fundamental entre
singularização e convencionalismo em qualquer investigação
metafísica.
Palavras-Chave: metafísica, originário, linguagem.
(ome: Hernán Javier Candiloro
Instituição: Universidad de Buenos Aires
Título do Trabalho: “La negatividad como fuente de sentido”
Resumo:Ya desde Ser y Tiempo, la negatividad cumple un rol de
máxima importancia en la filosofía de Heidegger, alcanzando su
despliegue más notório en su lección “¿qué es metafísica?”. En este
95
contexto, la nada no representa ya una mera negatividad sino que, en
cambio, aparece como la condición de posibilidad de todo sentido. De
esta manera, la presente comunicación se propone indagar acerca de la
relación entre el concepto de “mundo” – tal y como aparece en los
parágrafos 15-18 de Ser y Tiempo – y la “nada” entendida como
condición de posibilidad de la totalidad de lo ente en “¿qué es
metafísica?”.
Palavras-Chave: Negatividad – Mundo – Sentido
(ome: Antonio Aurélio Oliveira Costa
Instituição: PUC-MG
Título do Trabalho: Narração temporalidade e intriga
poética: mímesis e refiguração
Resumo:
Baseado na hermenêutica de Paul Ricoeur o trabalho reflete sobre o
círculo narração e temporalidade que está imbricado nas características
da aporia ser e não ser. Retrata o paradoxo próprio do tempo humano
que se projeta na faceta tempo-eternidade. A imagem poética se
converte em um ser que se expressa em seu tempo interior, traduzindo a
interioridade da consciência, seu drama, seu sonho. Assim o toque de
inspiração da metáfora unirá a poética à ontologia, pois o caráter da
primeira é mostrar-se, por diante dos olhos, fazer ver no discurso. È um
poema em miniatura que através da mímesis e refiguração realiza
inovações semânticas. A narração é uma via onde o humano se
reconhece.
Palavras-Chave:Narração, temporalidade, refiguração
(ome: Roberto Javier de Angelis
Instituição: Universidad de Buenos Aires
Título do Trabalho: La ciência em aprés coup
96
Resumo: Si es Heidegger quien ofrece una dura crítica de la ciencia –
en tanto “la supuesta lucidez y superioridad de la ciencia se convierte en
algo ridículo cuando no se toma en serio la nada” – llegando a afirmar
que “la ciencia no piensa”, son algunas de las líneas de la deriva
deconstructiva (Derrida, Kofman, Ronell), que abiertamente reconocen
la influencia heideggeriana, las que encuentran en el psicoanálisis la
posibilidad de un nuevo espacio crítico para el pensamiento científico
en relación con la reformulación contemporánea del problema de la
verdad. En ese sentido nuestro trabajo apunta a mostrar qué campo
crítico y novedoso de la ciencia abre Freud con sus constelaciones para
el pensamiento del texto tras las mediaciones de Nietzsche y Heidegger.
Palavras-Chave: ciencia – psiconálisis – constelaciones
(ome: José Elielton de Sousa
Instituição: UFPI
Título do Trabalho: O niilismo no Prólogo de Assim falou Zaratustra
Resumo: Propõe-se uma interpretação do “Prólogo” de Assim falou
Zaratustra, objetivando caracterizar o niilismo no referido texto. Serão
analisadas as figuras apresentadas por Zaratustra no decorrer do
“Prólogo”, quais sejam, o “ancião erimita”, o “funâmbulo”, o “último
homem” e o “criador”, relacionando-as as várias formas de niilismo
tematizadas na obra de Nietzsche. Para efeitos de análise aqui proposta,
as figuras que Nietzsche apresenta no “Prólogo” serão exploradas de
forma a explicar o caráter processual do niilismo enquanto mvimento de
constituição da própria história ocidental, tal como Nietzsche a
compreender.
Palavra-Chave: Desvalorização, Niilismo e Superação.
(ome: Luciana da Silva Mendes Ferreeira
Instituição: Universidade Católica de Brasilia
97
Título do Trabalho: Superação da Metafísica? Uma reflexão sobre a
critica de Agamben à filosofia de Heidegger.
Resumo: Superar a metafísica, para Heidegger, significa pensar o que
permaneceu impensado pela tradição filosófica, ou seja, pensar a
diferença ontológica, que traz à tona a questão do ser enquanto tal.
Porque não é o ente, o ser tende sempre a escapar à apreensão, exigindo
um caminho próprio de questionamento. Porém, para Agamben, essa
inapreensibilidade do ser é o fundamento de toda a metafísica. Assim,
em vez de apontar para a sua superação, Heidegger termina por
reafirmar a própria metafísica. Pretendemos indagar quais os limites e
as perspectivas desse diálogo entre Heidegger e Agamben.
Palavras-Chave: metafísica, superação, ser.
(ome: Flávio Augusto Senra Ribeiro
Instituição: PPCG-PUC/Minas
Título do Trabalho: Criar mundo e liberdade – a propósito de uma
perspectiva metafísica que, a partir de Heidegger, problematiza a leitura
heideggeriana de Nietzsche
Resumo: A interpretação heideggeriana sobre Nietzsche é objeto de
distintas considerações no meio nietzscheano. De Nietzsche, há mais
acordo sobre o alvo crítico de sua filosofia do que sobre a parte
propositiva de seu pensamento. Neste debate, Heidegger marcou
profundamente o modo de se ler o problema nietzscheano, levando
mesmo seus críticos a não poderem prescindir dessa posição. Esta
comunicação, em primeiro lugar, abordará a tese central da leitura
heideggeriana de Nietzsche como pensador metafísico em confronto
com alguns de seus principais contrastantes. Em segundo lugar,
procurará viabilizar, a partir de Heidegger, mas não necessariamente em
acordo com sua interpretação, um marco que define o pensamento
nietzscheano acerca de mundo e liberdade. Neste sentido se abordará a
98
posição de Nietzsche frente à metafísica,
heideggerianamente.
Palavras-chaves: Heidegger, Nietzsche, Metafísica
sem
concebê-lo
(ome: Alan Marinho Lopes
Instituição: PPGFIL/UFRN
Título do Trabalho: Nietzsche e Heidegger em: o Eterno Retorno do
Igual
Resumo: O debate e a força que envolve o dizer de Nietzsche e o
paradigma filosófico contemporâneo deve muito às preleções proferidas
por Martin Heidegger entre os anos de 1936 a 1940. Esse encontro
decisivo entre os dois pensadores provoca uma abertura dialógica real e
um pedaço da história da filosofia se configura numa confrontação onde
se decide um destino de liberdade para o futuro por intermédio do
instante. A leitura que Heidegger faz do eterno retorno do igual
nietzscheano desvela a perspectiva radical da finitude, isto é, mostra o
quão frágil somos nós perante uma infinita ratificação de instantes
iguais na temporalidade que nos cabe existir. A dificuldade inicial de
lidar com esse pensamento cortante concatena-se com a carga de
rejeição nas tentativas de experimentar tal filosofia. Todavia, o eterno
retorno é a proposição metafísica fundamental no pensamento de
Nietzsche, tornando-se crucial compreender sua verve para então
alcançar a plenitude de seu saber originário. A doutrina é a resposta
para a morte de Deus e a queda dos valores, através da afirmação da
doutrina como diretriz para a própria existência, o homem supera o
deserto do niilismo bem como a ele mesmo tornando-se um
superhomem ou: Aquele que se imortaliza através da sua obra
abraçando a eternidade do perpétuo repetir.
(ome: Williane Souza
Instituição: PPGFIL-UFRN
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Título do Trabalho: Ensaio sobre o Niilismo Europeu. Nietzsche e o
Evangelho do futuro
Resumo: Trata-se de tomar a interpretação do autor descrita no prólogo
da Vontade de Potência – Ensaio de uma transmutação de valores. “Não
nos enganemos quanto ao sentido do título que quer tomar este
evangelho do futuro. Vontade de Potência (...)” O autor descreve-o
como contramovimento de substituição do niilismo. Para restabelecer
uma nova ordem mundial que destituo os valores antigos. Em suas
diversas ocorrências com o niilismo em Nietzsche chega-se a
absolutização do nada, ao extremo da negatividade. Das duas principais
características aponta-se crise do mundo moral, político, metafísico,
gnosiológico, lógico e estético. Sentimento de que manifesta no homem
uma desorientação ante o sentimento de absurdo do universo e da
existência. Para uma análise da cultura ocidental, o niilismo europeu
descrito por Nietzsche segue o curso de uma catástrofe que em seu auge
ou maior desenvolvimento se solidifica em uma cultura que não
aparente surgir outras formas e outros valores que possam substituir
valores que entraram em crise ou dissolução. Os aspectos formais da
crise são geralmente descritos tanto por Nietzsche como por seus
intérpretes como um diagnóstico cultural, É uma doença, metafísica e
cultural. Busca-se os esclarecimento do que é esta doença para explicar
a sua causa e buscar uma solução para a crise baseado na sua descrição
de ser a Vontade de Potência um Evangelho do Futuro.
Palavras-chave: niilismo, vontade de potência, metafísica.
(ome: Assileide de Melo Dantas
Instituição: Programa de Pós-Graduação em Filosofia - UFRN
Título do Trabalho: Morte de Deus e superação do niilismo na
filosofia de Nietzsche
Resumo: No final do século XIX, Nietzsche constata e anuncia a Morte
de Deus. Esta tão sentida morte vem acompanhada do fato mais
100
desolador que a modernidade poderia sentir: o niilismo, a total ausência
de sentido da existência, uma vez que já não possui um chão firme e
não encontra respostas aos por quês fundamentais. Segundo Nietzsche,
o niilismo é “o autêntico problema trágico do nosso mundo”. Para
solucioná-lo, nosso autor lança mão do seguinte artifício: levar o
niilismo até às últimas conseqüências. E assim o fará através da forma
mais extremada do niilismo, a saber, o Eterno retorno, o mais poderoso
dos pensamentos. Eis, portanto, o objetivo deste trabalho: apresentar de
que maneira ocorre a superação do niilismo após a Morte de Deus,
através da doutrina do Eterno retorno, na filosofia nietzschiana.
Palavras-Chave: Morte de Deus – Niilismo – Eterno Retorno
(ome: Joana Brito de Lima
Instituição:
Título do Trabalho: O método da suspeita de Nietzsche:
transvaloração, perspectivismo e verdade.
Resumo: O objetivo desta comunicação é investigar a crítica de
Nietzsche à “vontade de verdade” inscrita nos sistemas metafísica,
analisando também sua denúncia de que os filósofos desejam obter a
“verdade a todo custo”; por isso, ele se assume “superficial por
profundidade” e defende uma transvaloração filosófica extra-moral.
Através do método da suspeita Nietzsche define os princípios
norteadores de sua filosofia e os critérios para avaliar e criar todos os
valores. As questões a serem investigadas são as seguintes: como o
perspectivismo assumido por Nietzsche pode confrontar seus critérios
epistemológicos? Como superar as oposições metafísicas de verdade e
mentira, aparência e essência, fenômeno e coisa-em-si, colocando-se
além do bem e do mal? Ou tais questões nem seriam problemáticas para
Nietzsche, o mestre da suspeita?
Palavras-chave: Transvaloração, perspectivismo e verdade.
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(ome: Luiz Roberto Alves dos Santos
Instituição: UFRN
Título do Trabalho: Humanismo e domesticação em Regras para o
Parque Humano
Resumo: O termo Humanismo é muito usado contemporaneamente
como palavra-chave para o homem, no que tange aos valores humanos
mais básicos. O Humanismo é visto continuamente como pedra de
toque da civilidade. Destarte, após a Segunda Guerra Mundial, mais
precisamente, em 1946, Martin Heidegger escreveu sua famosa Carta
sobre o humanismo, texto bastante discutido nas últimas seis décadas.
Entretanto, em 1999, o filósofo Peter Sloterdijk apresentou uma
conferência na Baviera, intitulada Regras para o Parque Humano, cujo
subtítulo deixava claro que se tratava de uma resposta à obra
anteriormente citada de Heidegger. Nester termos, o presente trabalho
pretende apontar os pontos fulcrais da obra de Sloterdijk, de forma a
mostrar com que argumentos este pretendeu contestar ou corrigir
Heidegger, principalmente no que se refere aos conceitos de
domesticação e antropotécnica. Por outro lado, este trabalho ainda se
propõe a fazer um breve levantamento sobre toda a polêmica que foi
suscitada por causa de tal conferência.
Palavras-chave: Humanismo, domesticação e antropotécnica.
(ome: Lucas Fortunato
Instituição: PPGFIL-UFRN
Título do Trabalho: Da Ontologia à Antropotécnica: Sloterdijk e
Heidegger
Resumo: Pretende-se abordar neste ensaio como Sloterdijk se relaciona
com o pensamento de Heidegger ao questionar a definição humanista
do homem e propor a noção de Antropotécnica. Para isso, inicia-se
expondo a concepção que Heidegger tem acerca da Técnica e do
Humanismo, e a influência de Jünger nessa problemática tratada pelo
102
filósofo da Floresta Negra. Em seguida, ao tratar da pergunta pelo ser e
a diferença ontológica, é apresentado o peculiar tratamento que
Sloterdijjk dá à questão do ser, ao articular a história do ser a uma
espécie de genealogia da clareira, trazendo para o primeiro plano certas
intuições de Nietzsche sobre os primórdios da espécie humana. Para
concluir, é desenvolvido o pensamento de Sloterdijk que culmina no
que ele nomeou de Ontoantropologia, apresentado na obra La
Domestication de l’Être – o que torna possível pensar uma história
maquínica do ser sob o viés duplamente complexo da antropologia e da
ontologia.
Palavras-chave: Técnica, Antropotécnica, Ontoantropologia
(ome: Margarita Schulz
Instituição: Depto. De Teoría de lãs Artes – Fac. de Artes
Título do Trabalho: ¿Una nueva ontología? Los derechos filosóficos
de la Cibercultura.
Resumo: La indagación sobre una ‘nueva Ontología’ vinculada al
Cibermundo tiene un objetivo principal: lograr comprender mejor los
diferentes tipos de producciones digitales y respaldar desde la
Ontología la teoría sobre el arte digital (en sus manifestaciones
diversas). Asimismo, el hecho de comprender mejor las posibilidades y
concreciones de la producción artístico-estética con soporte digital,
debiera contribuir positivamente a la reflexión sobre esa eventual
ontología específica.
La hipótesis de trabajo señala que es legítimo desarrollar una
exploración relativa a la ontología regional del Cibermundo. Entre
otras, por las razones siguientes: a) la noción de ontología no debiera
considerarse caduca, si acaso se la comprende precisamente como una
forma subyacente a cada ‘mundo’ emergente, no como conjunto de
contenidos formulados desde filosofías que expresan mundos
definitivos y estables; b) la realidad misma, de la cual el Cibermundo
103
es parte, muestra un dinamismo que es a la vez expresión de y causa de
inestabilidad, visto desde múltiples descripciones contemporáneas.
Los fenómenos digitales son en parte actualizados (en una pantalla), en
parte virtuales (como códigos), en parte inmateriales (como software),
en parte presentes (en soportes materiales, hardware), y siempre en
disposición a la mutación, por ‘naturaleza’ propia. Por la magnitud del
proceso reflexivo, la concepción de una ‘ontología específica del
Cibermundo’ es una tarea de construcción social del pensamiento.
Palabra-Chave: Arte digital, Civercultura y Ontología.
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GRUPO DE TRABALHO DE
LÓGICA E ONTOLOGIA
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PALESTRAS
(ome: Frank Thomas Sautter
Instituição: UFSM
Título do Trabalho: A silogística de Lewis Caroll
Resumo: Examino a silogística de Lewis Caroll a partir da obra
Simbolic Logic, cuja parte elementar foi publicada em 1896 e cuja parte
avança foi postumamente publicada. Examino sua análise das
proposições da existência e das proposições de relação, sua análise da
negação proposicional e da negação predicativa, sua análise do
compromisso existencial das proposições categóricas, sua crítica ao
método de decisão por diagramas de Euler, sua crítica ao método de
decisão por diagramas de Venn, seu método de decisão por diagramas
n-literais, e seu método de decisão por ávores.
Palavras-Chave: Compromisso existencial, Diagramas e Negação.
(ome: Fernando Raul de Assis Neto
Instituição: UFPE
Título do Trabalho: Sinn e Bedeutung no Os Fundamentos da
Aritimética de Frege
(ome: Fred Freitas
Instituição: UFPE
Título do Trabalho: Uso de ontologia em informática: um novo
mercado para filósofos
Resumo: O termo “ontologia” te ganho, nas últimas décadas, muito
interesse também na área de informática. Ontologias (computacionais)
estão sendo aplicadas com sucesso em áreas em que a necessidade de
uso e de contexto, se fazem sentir. Obviamente que, sendo um
computador uma máquina puramente sintática e com computabilidade
restrita em termo de tempo e possibilidades, o conceito de ontologia
106
computacional é bastante reducionista do ponto de vista filosófico.
Procuraremos, neste trabalho, discutir quais as semelhanças, conexões e
diferenças do uso deste termo em filosofia e informática.
Enumeraremos ainda quais e como terias da filosofia já estão sendo
emprestadas nas modelagens de ontologias em computação, tais como
mereologia, mereotopologia e problemas como determinar quando
classes de indivíduos possuem identidade, rigidez, unidade, qualidades
essências, dependência e outras meta-propriedade.
COMU(ICAÇÕES
(ome: Rodrigo Reis Lastra Cid
Instituição: UFOP
Título do Trabalho: Sobre meras possibilidades
Resumo: Pretendo nesta comunicação explorar a tese do determinismo
modal. Este é um tipo forte de determinismo e, como tal, assere que
todo evento é completamente determinado por condição anteriores e leis
da natureza. E chama-se “modal” porque, com relação às
possibilidades, assere que não há possibilidades não-atuais, ou seja,
assere que tudo que é possível é também necessário. Aceitando-o, é
preciso contar uma estória sobre o que as pessoas estão falando quando
falam sobre possibilidades. Isso nos levou a uma distinção a uma
distinção entre três sentidos de “possibilidade”: potencial, probabilística
e real. A distinção entre potencial e real é baseada em outras duas
distinções anteriores: entre a possibilidade de uma coisa e a
possibilidade de um evento, e entre a possibilidade no e tempos e a
possibilidade fora do tempo. Tendo mostrado o quê devemos aceitar
caso aceitemos o determinismo modal, concluo apontando os problemas
que devemos resolver para de fato estabelecê-lo.
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Palavra-Chave: Determinismo, Possibilidades e Possibilidades NãoAtuais.
(ome: Marcos Antonio da Silva Filho
Instituição: PUC-Rio
Título do Trabalho: Problemas com descrições negativas e falsas em
teorias realistas da verdade: Análise da saída tractatiana à luz da
filosofia de Chateaubrian.
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar, num primeiro momento,
a filosofia tractatiana e de Chateaubrian, assumidas como sistemas
realistas paradigmáticos, que herdam e tentam resolver o problema da
semântica de proposições falsas e verdadeiras negadas. Teorias
conrrespondentistas da verdade afirmam que só a conjunção de alguns
elementos objetivos, sejam concretos ou abstratos, pode tornar uma
sentença verdadeira. É esse tipo de realismo clássico de demanda
metafísica por elementos independentes de nossa estrutura cognitiva
que é marco da ontologia suis generis do Tractatus de Wittgenstein e do
platonismo, mais recentemente representado pelos trabalhos de
Chateaubrian. Enquanto o sistema Chateaubrian demanda uma
metafísica de propriedades hierarquizadas em diferentes ordens, em
princípio, de escopo indefinido, o sistema tractatiano pressupões uma
rede de objetos discretos, simples e eternos, compondo a realidade
última do mundo que define uma rede exaustiva de combinação de
complexos. Tomo estes dois sistemas, dada as suas devidas diferenças
de inspiração, como dois sistemas emblemáticos de realismo. Num
segundo momento, articulo a tese de Luiz Henrique dos Santos, da
intransitividade simbólica das proposições com a discussão recente
sobre a distinção tractatiana entre Tatsachen e Sachverhalte. Finalizo, o
trabalho, mostrando críticas a saída tractatiana ao problema da
semântica do falso sobre a luz dos trabalhos de Chateaubrian.
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(ome: Wagner Lopes Machado de Oliveira
Instituição: PPGFIL-UFPB
Título do Trabalho: Kurt Gödel e Karl R. Popper contra a aniquilação
da Metafísica pelos postulados de linguagens axiomáticas
Resumo: O presente trabalho apresentará Kurt Gödel em 1931 fez ruir
a crença que toda verdade matemática poderia ser deduzida partindo
dos postulados axiomáticos simples, bastando para isso que regras
lógicas fossem dos grupos axiomáticos, assim Gödel ao demonstrar que
algumas verdades matemáticas não podiam ser deduzidas partindo dos
grupos axiomáticos, Gödel reabilitou a matemática como entendida por
Platão, e não pertencente a este nosso mundo, e sim a um outro mundo.
Com o teorema de Gödel as bases de fundamentação de explicações
cotidianas em termos axiológicos e matemáticos ruíram, em Die Beiden
Grundprobleme der Erkenntinistheorie, escritos entre 1930-1933.
Popper tem que resolver o problema: os problemas filosóficos
restringiam-se a “erros” de linguagem? Em que, segundo Popper, os
Positivistas Lógicos e Filósofos Analíticos na ânsia de resolver o
problema de demarcação, aniquilando a metafísica, na verdade
aniquilaram junto toda possibilidade da Ciência Aatural, em especial
Wittgenstein e seu critério de significatividade, que rejeito como
desprovido de sentido as leis naturais, Popper passa a atacar diretamente
Wittgenstein, ao afirmar que o problema da indução seria um pseudoproblema, uma vez que para solucioná-lo bastaria buscar uma
justificação lógica dos enunciados universais acerca da realidade,
Popper atuando na interpretação da teoria quântica, fundada sobre o
princípio da incerteza de Heisenberg, apresentou todas as suas críticas
na relação entre a filosofia, metafísica e a lógica, segundo Popper;
Frege, Russelll, Wittgenstein, Carnap e Quine em lugar de vencer o
suposto inimigo que é a metafísica, eles (os Positivistas Lógicos e
Filósofos Analíticos) dão a chave da cidade sitiada ao inimigo, Popper
mostra, por exemplo, que se pode construir uma linguagem que
109
satisfaça as exigências do fisicalismo e que conteria uma proposição
arquimetafísica: existe um espírito pessoal onipotente, onipresente e
onisciente, desafiando os seus adversários positivistas e lógicos
analíticos. Assim Popper e Gödel dão à Metafísica um lugar de
destaque na Filosofia Contemporânea.
Palavras-Chave: Filosofia, Linguagens axiomáticas e Metafísica.
(ome: Daniel Durante Pereira Alves
Instituição: UFRN
Título do Trabalho: Lógica é Metafísica
Resumo: Analisa-se e compara-se a posição de dois filósofos
analíticos, W. O. Quine e M. Dummett, cujas idéias são
reconhecidamente divergentes, para defender um surpreendente ponto
de concordância entre ambos: a postura de que nossos princípios
lógicos constituem os nossos princípios sobre o ser e que, portanto,
lógica é metafísica.
Palavras-Chave: Lógica, Metafísica e Ontologia.
(ome: Wagner de Campos Sanz
Instituição: UFG
Título do Trabalho: Programa de Dummett
Resumo: Programa de Dummett para estabelecer bases para a decisão
em questões metafísicas na disputa entre realistas e antirealistas pivota
sobre uma interpretação das constantes lógicas que pode ser
questionada em inúmeros pontos. De fato, o Programa apóia-se sobre a
semântica de provas Dummett-Prawitz a qual assume alguns princípios
gerais que gostaríamos de analisar. O mais básico e programático deles
é o de “meaning-as-use”. Embora esse princípio e o princípio de
composicionalidade sejam princípios aos quais muitos estaríamos
dispostos a subscrever, não é claro que a análise segundo “meaning-as110
use” implique assumir que as asserções são prioritários para a análise da
significação.
(ome: Anderson Bogéa da Silva
Instituição: UFPB
Título do Trabalho: Conceitos: representações mentais, objetos
abstratos ou uma mistura de ambos?
Resumo: O psicologismo na lógica e na filosofia foi fortemente
combatido por Gottlob Frege no final do século XIX, através de sua
noção de objetividade. Ele distinguia dois sentidos para o termo
“conceito”, um psicológico e outro lógico, sem contar a possibilidade
de uma combinação desses dois sentidos, acarretando o que Frege
chamou de “confusa mistura”. Frege concebe proposições enquanto
entidades abstratas, não-espaciais, e atemporais, isto é, objetiva nãoefetivas. Neste trabalho teremos em vista a proposta fregeana que
identifica conceitos com os constituintes abstratos das proposições, no
entanto há visões contemporâneas divergentes, ou que ao menos
sustentam uma visão conciliadora entre objetos abstratos e
representações mentais em uma mesma teoria. Este é o caso da proposta
de Laurence & Margolis, a qual nós aqui apresentaremos.
Palavras-Chave: Anti-psicologismo fregeano, objetos abstratos e
representações mentais.
(ome: João Pereira da Silva Neto
Instituição: UFC
Título do Trabalho: Perspectivismo: As aparências são a essência.
Resumo: O papel principal exposição do perspectivismo em Nietzsche
é a de crítica à metafísica, através da crítica à pretensão de verdade que
esta expressa. Toda a metafísica nesta abordagem crítica, é dual,
considerando a realidade dividida em dois mundos com estatutos
ontológicos distintos, onde o real é o interno às coisas e o aparente é o
111
periférico, e, do ponto de vista da verdade, inferior. A metafísica
pressupõe a essência das coisas contida na unidade de sua validação: a
veracidade. A busca pela verdade absoluta inerente à objetividade e
alheia a qualquer espécie de interpretação ou pluralidade de olhar é o
principal oco das críticas que Nietzsche dispara em oposição à
metafísica. Pois, a superação da perspectiva, sugeriria a possibilidade de
considerar as coisas de um ponto de vista absoluto inexiste.
Palavra-Chave: Metafísica, Perspectivismo e Verdade.
(ome: José da Silva
Instituição: PPGFIL-UFPB
Título do Trabalho: As Razões Filosóficas da Demonstração da
Existência de Deus em João Duns Escoto
(ome: Leonardo Antônio Cisneiros Arrais
Instituição: UPFE
Título do Trabalho: Atualidade e Necessidade Acidental: comparação
entre dois modelos
Resumo: Desde Aristóteles, o contraste entre a necessidade lógica e o
que depois seria chamado de necessidade acidental é uma peça
importante na solução do problema dos futuros contingentes e do
determinismo lógico. A tese segundo a qual “o que é, enquanto é, é
necessariamente (...) mas não incondicionalmente” pode ser expressa na
lógica modal moderna com a introdução de um operador de atualidade
@ que permitiria expressar a diferença entre C@pL@p e C@pLp, com
a tese aristotélica correspondendo à validade da primeira fórmula e a
invalidade da segundo. O objetivo do presente trabalho será comparar
dois modelos históricos importantes para a representação da
necessidade acidental, o de São Tomás e o de Leibniz, a fim de discutir
qual é o mais adequado para a representação da contingência da
atualidade.
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Palavras-Chave: Atualidade, Determinismo e Modalidade.
(ome: Márcia Zebina
Instituição: UFG
Título do Trabalho: Lógica e ontologia em Hegel
Resumo: Pretendemos explicitar, neste trabalho, em que termos a
Ciência da Lógica de Hegel pode ser chamada de Ontologia, dado que
o próprio autor refere-se à Lógica Objetiva, que compreende a doutrina
do ser e a doutrina da essência, como ontologia; ao mesmo tempo em
que se refere à doutrina do conceito, que compreende a Lógica
Subjetiva, como lógica propriamente dita. Partindo desta divisão da
obra entre uma lógica objetiva (ontologia) e uma lógica subjetiva
(lógica), buscaremos mostrar o caráter radical da ontologia em Hegel,
de modo que ela não pode ser um discurso sobre a substância ou sobre
um ente último e qualquer, mas que ela descreve o que está em mutação
permanente, como uma ontologia do movimento. Nesta ontologia
radical o pensamento, ou o pensar, exerce o papel central.
Palavras-Chave: Lógica, Ontologia e Pensamento
(ome: Alberto Dias Gadanha
Instituição: UECE
Título do Trabalho: Interpretação de A Ciência da Lógica de Hegel
por Hebert Marcuse
Resumo: Marcuse expõe a Lógica Dialética como um projeto de
identidade entre representação e representado, entre Lógica e Ontologia.
Esta identidade sintética expressa a integridade do sistemas
representativo que se dá entre o absoluto enquanto sujeito lógico, o de
quê falamos e o absoluto enquanto predicado lógico, o quê falamos de
tal sujeito. Tratando de categorias para expressar a dinâmica efetiva da
realidade, o Conceito deve garantir a identidade-síntese entre a
autodeterminação de si e a determinação do processo histórico.
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Palavras-Chave: Absoluto, Dialética, Integridade, Representação e
Ser.
(ome: Jaaziel de Carvalho Costa
Instituição: UFPI
Título do Trabalho: Lógica, ontologia e metafísica na Wissenschaft
der Logik de Hegel
Resumo: Hegel defendeu em uma de suas principais obras, a Ciência
da Lógica, que a lógica deveria tomar o lugar da metafísica, e nete
intento, ele dá a esta nova ciência a tarefa antiga de construção
científica do mundo, única e exclusivamente através do pensamento
puro. Assim, Hegel quis substituir a metafísica antiga por sua lógica
objetiva. Sua lógica é apresentada em vários registros, e entre alguns
deles temos: (1) registro lógico, que tem, em algum momento, o dever
de dar os cânones para o pensamento; (2) registro ontológico, no
sentido de que a ordem de organização do mundo não difere de
organização do pensamento; e (3) registro metafísico, pois tem o dever
de construção científica do mundo somente através do pensamento
puro.
Palavras-Chave: Metafísica, Lógica e Ontologia.
(ome: Raimundo do Nascimento Batista Landim
Instituição: UECE
Título do Trabalho: A filosofia enquanto reflexão problematizante e
sistematizante sobre o sentido da vida
Resumo: Trata-se da apresentação de uma pesquisa sobre a constituição
lógico-ontológica da filosfia, visando superar a dimensão transcendental
da questão sobre a legitimidade da metafísica, levantada pela crítica
encabeçada por Hume Kant, Nietzsche e Heidegger à mesma. Neste
sentido, uma saída plausível, parece-me, está imanente ao conceito de
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filosofia enquanto tal. A saber, compreendê-la como uma reflexão
problematizante e sistematizante sobre o sentido da vida humana.
Palavras-Chave: Filosofia, Metafísica e Reflexão.
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Caderno de Resumos