O Demônio Familiar
José de Alencar
• Gênero: Dramático ou teatral;
• Tipologia: comédia;
• Escola Literária:
Romantismo.
ENREDO
O enredo de Demônio Familiar propõe como
obstáculo do amor as intrigas elaboradas por
Pedro. Eduardo por sua vez se ocupa em
desfazer as intrigas e calunias do escravo. A
peça termina como começa pelos dois
namoros, de Henriqueta e Eduardo; Carlotinha
e Alfredo. Não havendo obstáculo ao amor
como por exemplo oposição dos pais,
desentendimentos profundos entre ao
namorados. As intrigas não passam de uma
série de maus entendidos facilmente
desmanchado ao final. Pedro é desastrado,
por atrapalhar o amor e retardar o ritmo
normal dos acontecimentos.
ESTRUTURA
Justificativa do Título:
(...)
EDUARDO - Por que, minha irmã? Todos devemos
perdoar-nos mutuamente; todos somos
culpados por havermos acreditado ou consentido no
fato primeiro, que é a causa de tudo isto. O
único inocente é aquele que não tem imputação, e
que fez apenas uma travessura de criança,
levado pelo instinto da amizade. Eu o corrijo,
fazendo do autômato um homem; restituo-o à
sociedade, porém expulso-o do seio de minha
família e fecho-lhe para sempre a porta de minha
casa.
(A PEDRO) Toma: é a tua carta de liberdade,
ela será a tua punição de hoje em diante,
porque as tuas faltas recairão unicamente
sobre ti; porque a moral e a lei te pedirão
uma conta
severa de tuas ações. Livre, sentirás a
necessidade do trabalho honesto e
apreciarás os nobres
sentimentos que hoje não compreendes.
(PEDRO beija-lhe a mão.)
Cenário:
• Ambientada em casa de EDUARDO;
• Gabinete de estudo - ATO PRIMEIRO –
Cena Primeira a XV;
• Jardim .- ATO II – Cena Primeira a IX;
• Sala interior – ATO III – Cena Primeira a
XVIII;
• Sala de visitas – ATO IV – Cena Primeira
a XVII.
Personagens:
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Carlotinha
Henriqueta
Eduardo
Pedro
Jorge
Alfredo
Azevedo
D. Maria
Vasconcelos
Época
Demônio familiar, uma peça sem duvida
abolicionista mas que vê a questão
sobretudo pelo lado do senhor. A
escravidão é condenada, em primeiro
lugar, pelo mau que faz aos patrões,
introduzindo em seus lares a mentira, a
fofoca e a intriga. Pedro não se limita a
atrapalhar a família, mas cria inimizades,
e desfaz casamentos projetados. Tem
uma influência perniciosa sobre a própria
estrutura familiar, ensinado Jorge a
enganar os pais, colocando bilhetes
amorosos nos bolsos de Carlotinha.
Eduardo, que se gaba de trata-lo mais
como um amigo do que como um
escravo, não lhe perdoa por isso mesmo
o comportamento maligno.
• Sua alforria assume, as feições de um
símbolo. A personagem (o escravo) é
criado ridículo e engraçado. Pedro deixa
de ser comicamente irresponsável e a
sociedade admite a sua parte de culpa
pelas instituições deformadoras do
homem.
Profª. Ms. Edna Eloi
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