OS EFEITOS DA DEPRESSÃO MATERNA NO PSIQUISMO DO BEBÊ
NA TEORIA WINNICOTTIANA
RODRIGUES dos Santos, Thais.
Curso: Psicologia
Campus: Unicentro, Irati
Bolsista: Iniciação Científica Voluntária
Email: [email protected]
RESUMO
O presente resumo objetiva apresentar uma pesquisa exegética e sua importância
para a formação acadêmica. Dessa forma a pesquisa visa investigar a influência da
depressão materna no psiquismo do bebê segundo a teoria winnicottiana. Esta
pesquisa desenvolveu-se no Laboratório de Psicanálise da Universidade Estadual
do Centro-Oeste, campus Irati, sob a perspectiva psicanalítica, a partir da
investigação exegética, sobre livros, por meio da leitura. Para tanto foi buscado no
índice remissível da teoria Winnicottiana textos relacionados á maternidade,
depressão materna e ao vinculo mãe-bebê e outros sob indicação da orientadora.
De acordo com esse autor a maternidade supõe o desenvolvimento da preocupação
materna primária, que é uma fase de sensibilidade exacerbada da mãe em direção
ao bebê. Essa condição tem inicio, no final da gravidez e estende-se até algumas
semanas iniciais do pós-parto. As peculiaridades do estado de preocupação materna
primária pertencem à chamada mãe suficientemente boa, cujo cuidado materno
permite ao bebê sentir-se capaz de ter experiências de onipotência e com isso criar
a ilusão necessária em prol da integração do ego. Tal condição está implicada com
as funções do exercício da maternidade, a saber: holding (apoio), handling (manejo)
e apresentação de objetos que se entrelaçam com as fases de maturação do
psiquismo do bebê que são designadas por Winnicott como integração,
personalização e apreciação da realidade. (WINNICOTT, 1956). No entanto as mães
podem ter dificuldades ao se relacionar com o bebê devido aos próprios conflitos
internos. Nesse sentido destaco a depressão pós-parto, cuja repercussão pode
impossibilitar o desenvolvimento da preocupação materna primária e
conseqüentemente possíveis efeitos no psiquismo do bebe como a Esquizofrenia
infantil ou autismo; Esquizofrenia latente; Falsa autodefesa; Personalidade
Esquizóide. (WINNICOTT, 1979). Porém, essa situação não é determinista, uma vez
que outra pessoa pode exercer os cuidados maternos, bem como outros fatores
biopsicossociais tanto da mãe como do bebê influenciam também. Os dados
apontam a importância da pesquisa para a produção do conhecimento em prol da
prática na clínica psicanalítica, bem como a necessidade de mais pesquisas na área.
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