DISTÚRBIO DE VOZ: COMO DEFINIR CASO EM ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS? Susana Pimentel Pinto Giannini, Maria do Rosário Latorre, Léslie Piccolotto Ferreira Este estudo foi realizado com auxílio pesquisa FAPESP e faz parte da tese Distúrbio da voz relacionado ao trabalho: um estudo caso-controle Giannini, 2010 Avaliações de voz e de laringe têm complementaridade na avaliação do distúrbio de voz. Em autorreferencia de sintomas vocais, nenhum sintoma, isoladamente, mostra-se específico o suficiente para distinguir sujeitos doentes de não doentes. Valores semelhantes foram encontrados entre grupos com alteração na avaliação vocal e sem na avaliação ORL e com alteração em ambas as avaliações. O grupo com alteração na avaliação ORL e sem alteração na avaliação vocal apresenta valores intermediários, sugerindo estágio de remissão do distúrbio vocal por meio de emissão vocal mais adaptada à condição biológica. A comparação dos quatro grupos com escores do IDV reforça esta hipótese, ao revelar maior impacto nas relações pessoais e profissionais frente ao comprometimento da qualidade vocal, independente da presença de manifestação orgânica. Estimar a real magnitude deste agravo requer, além de uma avaliação profissional, a aplicação de protocolo de avaliação do impacto do problema para o sujeito. Estudos devem avançar na busca de um conjunto de sintomas que possa nortear uma avaliação com maior sensibilidade e especificidade na definição de caso de distúrbio de voz. Distúrbio de voz: como definir caso?