MATERIA ORGANICA Dr. Ing. Agr. Alejandro Oscar Costantini Dos processos que acontecem no solo, três são praticamente exclusivos dele: •Formação de minerais argilosos secundários. •Formação de húmus. •Formação de complexos húmico-argilosos. MATÉRIA ORGÂNICA: componente essencial do solo • Favorece a transmissão de ar e água no solo. • É fonte é reservatório de nutrientes para plantas e organismos. • Atenua os processos de compactação. • Reduz os efeitos negativos do uso de agroquímicos. • Estabiliza as partículas inorgânicas reduzindo o perigo de erosão. • Ciclagem de carbono atmosférico. Términos Precisos: Materia orgánica en general: comprende micro y meso organismos del suelo, raíces de plantas, todo material que provenga de organismos muertos y sus productos de transformación, descomposición y resíntesis. Materia orgánica en sentido restringido: MO, igual al anterior excluyendo los organismos vivos y raíces. Aprox. 15% de la MO. Residuo orgánico: restos de plantas y animales sin descomponer y sus productos de descomposición parcial. Biomasa edáfica: materia orgánica presente como tejido microbiano vivo. Edafón: conjunto de organismos que habitan el suelo. Humus: Producto de la transformación, descomposición y resíntesis de moléculas orgánicas en las cuales no quedan vestigios microscópicamente visibles de los tejidos o células originales. Composição média dos resíduos de plantas que se adicionam ao solo Proteina 10% Lignina 25% Lípidos 5% Carbohidratos 60% Composição elementar da matéria orgânica do solo Hidrógeno 5% Nitrógeno 5% Carbono 50% Oxígeno 40% Substancias Húmicas = 60-90% Sustancia não Húmicas = 40-10% Tasa de descomposición compuestos orgánicos Azúcares, aminoácidos. almidón y Proteínas Hemicelulosa Celulosa Lípidos (ceras, grasas) Lignina Descomposición rápida Descomposición lenta Descomposición (%) Descomposición de Compuestos Orgánicos en el Suelo 0 Lignina 50 75 Hidrosolubles 1 2 Tiempo (años) 3 Ciclo do C na biosfera Porta, 1994 CICLO del CARBONO ATMÓSFERA 1 t/ha COSECHA 3 t/ha FOTOSINTETIZADAS GRANO RESIDUOS (TALLOS Y RAÍCES) 2 t/ha RESPIRADAS 2 t/ha AGREGADAS AL SUELO SUELO 30 cm 60 t/ha Transformações da MO. PÉRDIDAS A LA ATMÓSFERA: CO2 MATERIA ORGÁNICA FRESCA Descomposición y biodegradación COMPUESTOS ORGÁNICOS SENCILLOS Mineralización COMPUESTOS MINERALES SOLUBLES O GASEOSOS NUTRIENTES MINERALES rápida Asimilación microbiana Reorganización microbiana BIOMASA MICROBIANA PÉRDIDAS POR LAVADO humificación Humificación directa HUMUS Mineralización lenta DECOMPOSIÇÃO: Partição e separação dos resíduos orgânicos incorporados ao solo nos seus componentes orgânicos básicos por ação mecânica da mesofauna. Participação de enzimas extracelulares liberadas por vegetais e microorganismos heterótrofos. MINERALIZAÇÃO: Oxidação de unidades orgânicas básicas por meio de enzimas intracelulares. AEROBIOSE = CO2, NO3-, SO4-2, H2O, resíduos resistentes, grande quantidade de energia ANAEROBIOSE = CH4, H2, R- COOH, NH3, R-NH2, R-SH, H2S e resíduos resistentes Descomposición de la MO • Acción mecánica de la mesofauna del suelo sobre los residuos orgánicos, particionandolos y separándolos en sus componentes orgánicos básicos. • Mezcla con los componentes del suelo (arcillas, microorganismos) Modificaciones químicas muy leves Materiales orgánicos frescos M.O. en proceso de descomposición O processo de decomposição e mineralização de restos orgânicos, é um processo exotérmico. A decomposição e mineralização libera 4-5 calorias por grama de material. Como resultado destes processos no solo produzem-se 5 frações de diferente estabilidade biológica: • Resíduos carbonados de baixo peso molecular. • Resíduos precursores do húmus. • Lignina e produtos resistentes. • Material orgânico adsorvido nos colóides do solo. • Biomassa do solo (incluindo células e produtos de síntese microbiana). Magnitud del proceso de mineralización CO2 60-80% Residuos orgánicos 100g 3-8% Biomas a HUMUS 3-8% Compuestos no húmicos 10-30% Complejo Húmico arcilloso Número de organismos microbianos C.O.S.. añadido C Producción de CO2 y H2O Compuestos orgánicos frescos aportados Compuestos sintetizados por microorganismos Substancias húmicas edáficas (humus estable) Tiempo (CA ) Contenido de C en el equilibrio (Co) C/N 60 20 C/N NO-3 NO-3 CO2 Adición de 0 abono orgánico 5 10 15 Semanas (tiempo) O A CO2 Residuos de Plantas CR Materia Organica del Suelo Composição elementar das substâncias húmicas C = 45 - 65 % O = 27 - 50 % H=3-6% N = 2 - 12 % Razão C/N aproximada das substâncias húmicas 8 - 15 Substâncias húmicas Stevenson, 1982 Estructura de las sustancias húmicas Son compuestos altamente polimerizados cuyo peso molecular puede ir de 10.000 a más de 100.000, su estructura aromática es complicada y muy variable. Estructura de las sustancias húmicas Grupos funcionales Grupos funcionales núcleo núcleos puente Monómero HUMIFICACIÓN BIÓTICA ABIÓTICA Humificacón biológica y abiológica Humificación biológica • Con participación de microorganismos • Mayor velocidad • Humus muy polimerizado • Color oscuro • Levemente ácido • Adecuada saturación de bases • C/N = < a14 • Alto peso molecular • Baja solubilidad Humificación abiológica Sin participación de microorganismos • Menor velocidad • Menos polimerizado Mas claro • Muy ácido • Escasa saturación de bases • C/N 15-30 • Menor peso molecular • Más soluble Humedad Aireación Factores que influencian la humificación Acidez Temperatura Fraccionamiento químico de la materia orgánica Materia Orgánica Fraccionamiento densimétrico Materia Orgánica humificada Materia Orgánica no humificada Tratamiento con álcali Insoluble HUMINAS Fracción Soluble Tratamiento con ácido No precipitado ACIDOS FÚLVICOS Precipitado ACIDOS HÚMICOS Complexos Húmico - Argilosos Posíveis formas de união • Interposição entre películas de sesquióxidos entre a fração orgânica e o material silicatado. • Interposição de cátions. • Interação dipolo – dipolo. • Pontes Hidrogênio. • Forças de van der Waals. Estrutura dos complexos húmico-argilosos e formação de agregados do solo. Bonneau, 1987 Organismos del Suelo Húmedo CLIMA Aridez Temp medias Temp extrem Entre 5 y8 Altos o bajos pH Bosque latifolidas Prad. perennes Mayor Coníferas TIPO DE VEGETACION Cultivo continuo Menor INCORP. DE RASTROJO Monocultivo Rotaciones Bueno DRENAJE Deficiente Tipo Fuente de Energía Fuente de Carbono Ejemplo Luz CO2 Plantas superiores, algas, cianobacteria s Fotoorganótrofos Luz Sustancias orgánicas Algunas algas y bacterias Quimioautótrofos Sustancias minerales CO2 Nitrificadores, Thiobacillus Fotoautótrofos Quimiorganótrofos Sustancias Sustancias orgánicas orgánicas Animales, protozoos, hongos y la mayoría de las bacterias Arena 50-2000 m Limo 2-50 m Arcilla < 2 m Bacterias 0.5-1.0 m Actinomicetes 1.0-1.5 m Hongos 0.3-10 m Nematodes 1-2 mm (algunos son microscópicos) Moluscos > 20 mm Lombrices > 20 mm Definição: • Animais que participam direta ou indiretamente dos processos de ciclagem de nutrientes que ocorrem no solo. • “Verdadeiros Animais do Solo”apresentam mobilidade limitada (redução de asas), redução visual, respiração cutânea, desenvolvimento de órgãos tácteis, baixa resistência à dessecação, pouca pigmentação, tamanho reduzido. Classificação da fauna do solo, com base na sua ocorrência no ambiente do solo, incluindo horizontes minerais e orgânicos (Hole, 1981). Categoria Características Fauna Representativa Permanente Todos os estágios do animal residem no solo Um estágio ativo no solo, outro não. O animal move-se para dentro e fora do solo frequentemente Uma ou mais gerações no solo, outras acima do solo Estágios inativos (ovos, pupas) no solo e ativos não. O animal cai ou é carregado pela chuva. Symphyla, Diplopoda, Oligochaeta, Collembola Larvas de muitos insetos Temporário Periódicos Alternantes Transientes Acidentais Formas ativas de muitos insetos alguns afídeos e vespas Muitos insetos Larvas de insetos que vivem na copa das árvores. Funcionalidade: • Quanto ao hábito alimentar: -saprófagos - predadores - herbívoros - fitófagos - onívoros - micrófagos • Quanto ao estágio de vida: -larvas -pupas -adultos -ninfas Funções da MO Nas propriedades físicas • Favorece a agregação e estruturação. • Aumenta a retenção hídrica. • Porosidade e arejamento: a MO tende a equilibrar el sistema poroso. • Regime térmico. • Ação contra a erosão. Nas propriedades físico-químicas • Aumenta a capacidade de troca de cátions. • Aumenta a capacidade tampão. • Aumenta a estabilidade coloidal como gel. • Tende a acidificar os solos. • Influencia nos processos redox. Nas propriedades bioquímicas • Fonte de nutrientes. Através da mineralización liberan-se em forma • inorgânica: N - P – S entre outros. • Fonte de energia para processos microbianos. Conteúdo de MO nos solos •É muito variável segundo regiões, e numa mesma região segundo o uso do solo. Intervêm nesta variação um amplo leque de fatores. •De maneira aproximada pode-se dar a seguinte classificação para as condições do Pampa Argentino: < 0,8 % muito pobre 0,8 – 1,7 % pobre 1,7 – 3,0 % mediano 3 -4 % bom > 4 % muito bom Causas de variação do conteúdo de Matéria Orgânica RELEVO CLIMA VEGETAÇÃO TEMPO ROCHA ORIGINAL HOMEM + pp + Tº Alvarez e Lavado, 1998 Mapa de solos 1:500.000 Conteúdo de MO em alguns solos da Argentina Ordem Grande Grupo Aridisol Natrargid 0,9 Calciortid 1,2 Fluvacuent 4,8 Torrifluvent 1,9 Cuarpsisament 0,03 Udipsament 0,8 Entisol Molisol Alfisol Molisol MO (%) Argialbol 2,2 - 2,5 Argiacuol 2,0 Natracuol 1,5 Argiudol 2,0 - 4,0 Hapludol 1,0 – 3,5 Haplustol 1,0 - 2,0 Natracualf 0,7 - 1 Natrustalf 0,7 - 3,0 Argiudoles SE Bs. As. 6,0 – 10,0 Biomassa microbiana • Pequena fração da matéria orgânica total do solo. • Fundamental nas transformações químicas • Fonte de nutrientes para as plantas devido ao rápido turnover • Sua medição pode mostrar mudanças que acontecem no solo bem antes do que elas se apresentarem medindo carbono orgânico total Fonte: Echeverria et al., 1993 BLOQUE 1 BLOQUE 2 BLOQUE 3 Lugar: Marcos Juárez, Córdoba Solo: Argiudol típico Cultivo: 6 anos de monocultura de milho Amostragem: 0-5 y 5-15 cm. Costantini, 1997 Costantini et al., 1996 CPM (g C-CO2 g-1 suelo h -1) 600 500 400 300 200 r2=0.67 100 0 0 1 2 3 4 5 6 CPM (g C-CO2 g-1 suelo) COT (%) 600 500 r2=0.614 400 300 200 100 0 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 CPM (g C-CO2 g-1 suelo) COJ (%) 600 500 400 r2=0.233 300 200 100 0 0.0 0.5 1.0 1.5 COV (%) 2.0 2.5 3.0 Costantini et al., 2009 0 Agregados estables (%) 10 20 30 40 50 Siembra Directa Lab. Vertical Est. Relat. % agreg. estables Lab. Convencional 0 20 40 60 80 Est. estructural relativa (%) 100 Cosentino et al. 1998 precipitações El efecto del clima Relação entre o CO dos solos pampianos de 0-50 cm com as precipitações médias anuais. Temperatura média da área 14-16°. Alvarez e Lavado, 1998 temperatura El efecto del clima Relação entre o CO dos solos pampianos de 0-50 cm com a temperatura média anual. Precipitação da área 800-1000 mm. Alvarez e Lavado, 1998. El efecto del clima temperatura SALIDAS Relação entre a temperatura do solo a 10 cm e a respiração microbiana em experimentos do Pampa Ondulado. Conteúdo (%) de carbono orgânico para cada uma das cinco parcelas estudadas nas 7 profundidades amostradas. 0-5 cm 5-10 cm 10-20 cm 20-30 cm 30-50 cm 50-70 cm 70-90 cm Rotação 1,45 a 1,38 a 1,16 NS 0,65 ab 0,55 NS 0,37 NS 0,23NS Monocultura 1,43 a 1,18 a 1.18 NS 0,58 a 0,61 NS 0,28 NS 0,40 NS 10 anos 2,47 b 1,60 ab 1,63 NS 1,26 bc 0,55 NS 0,39 NS 0,29 NS 30 anos 4,21 c 2,40 c 1,61 NS 1,24 bc 0,58 NS 0,37 NS 0,33 NS 100 anos 3,00 b 2,09 bc 1,88 NS 1,41 c 0,77 NS 0,44 NS 0,37 NS Valores seguidos pela mesma letra não são significativamente diferentes dentro de uma mesma camada de solo (teste de Tukey, p<0,05). NS- indica que não houve diferença significativa. Fonte: Costantini, 2003 Estoque de carbono orgânico (kg ha-1) para cada uma das cinco parcelas estudadas nas 7 profundidades amostradas. 0-5 cm 5-10 cm 10-20 cm 20-30 cm 30-50 cm 50-70 cm 70-90 cm Somatória Rotação 8219 a 8826 a 14637 NS 8560 NS 14063 NS 8976 NS 5460 NS 68741 a Monocultura 8101 a 7529 a 14837 NS 7684 NS 12949 NS 6888 NS 6557 NS 64545 a 10 anos 11977 ab 9902 ab 19008 NS 14273 NS 13458 NS 9336 NS 6503 NS 84457 ab 30 anos 21172 c 15238 c 18630 NS 14887 NS 14517 NS 8892 NS 7459 NS 100795 b 100 anos 15707 c 13084 bc 22594 NS 14364 NS 19891 NS 10611NS 8293 NS 104544 b Valores seguidos pela mesma letra não são significativamente diferentes dentro de uma mesma camada de solo (teste de Tukey, p<0,05). NS- indica que não houve diferença significativa. Fonte: Costantini, 2003 Comparações com as testemunhas… 2,5 2 Preparo Reduzido Plantio Direto Carbono orgânico total (%) Testem unha 1,5 1 0,5 0 0-5 5-10 10-20 Pr ofu nd ida de de am os tra ge m (c m ) Fonte: Costantini, 2003 Como seqüestrar carbono com um rolo compressor!! 10 kg C m-2 10 kg C m-2 + X X Valores médios de estoque de C para os primeiros 20 cm e para os 2454 Mg ha -1 superficiais. Preparo Reduzido Plantio Direto Estoque C na camada de 20 Estoque de C para os 2454 cm superficiais Mg ha-1 superficiais (Mg ha-1) (Mg ha-1) 26.66 a 26.55 a 27.99 b 27.53 a Letras diferentes numa mesma coluna indicam diferenças significativas (Teste de Tukey, P<0,05) Fonte: Costantini, 2003 a 70 50 6 b b Mg N ha -1 Mg C ha -1 60 40 30 1 0 0 Sistema de Manejo PC PD 3 10 ND b 4 2 PD b 5 20 PC a 7 ND Sistema de Manejo Costantini et al, 2009 COT 0-5 cm / COT 5-15 cm a b c 1 3 Tasa de Estratificación Tasa de estratificación 2 0 2 COT 0-5 cm / COT 15-30 cm a b b 1 0 SD LC ND SD Sistema de Labranza COJ 0-5 cm / COJ 5-15 cm a a 3.0 2.5 2.0 ND Sistema de Labranza b 1.5 1.0 0.5 7 Tasa de Estratificación Tasa de Estratificación 3.5 LC COJ 0-5 cm / COJ 15-30 cm a 6 5 b b 4 3 2 1 0 0.0 SL LC Sistema de Labranza ND SD LC Sistema de Labranza ND APORTES SAÍDAS Emissão de C-CO2 DECOMPOSIÇÃO MINERALIZAÇÃO C-resíduos vegetais Carbono orgânico do solo EROSÃO C-Erodido APORTES SAÍDAS Emissão de C-CO2 < C-resíduos vegetais > DECOMPOSIÇÃO MINERALIZAÇÃO Carbono orgânico do solo EROSÃO C-Erodido > Casanovas et al, 1995 CONTEÚDO DE CARBONO (t/ha) 0-20 cm 80 Original - Century Relevamiento Carbono orgánico (t/ha) 70 História agrícola 60 % área agrícola 50 condição climática (t0 e precipitações) 40 30 Mineralização Erosão hídrica 20 10 Modelo Century Levantamento 1970 0 PAMPA ARENOSA SUDOESTE SUDESTE BONAERENSE BONAERENSE PAMPA DEPRIMIDA PAMPA ONDULADA Álvarez R, 2001 EROSÃO HIDRICA Pampa Ondulado 4.6 milhões de has. Superfície erodida 1.6 milhões de ha. 35 % da superfície PERDA DO HORIZONTE A Variação do conteúdo de MO no Pampa ondulado Principios siglo XX Década del 60 Década del 80 Extratado de Casas, 2000 Conclusões Manter ou acrescentar a MOS resulta da realização de um conjunto de “boas práticas” tendentes a lograr o melhor balanço entre os aportes e saídas de carbono. Balanço de MO = Aporte-C – Saídas-C