Química Orgânica Aula 1 Prof. Jacques Fernandes Dias [email protected] ALCANOS - Normalmente inertes (baixa reatividade, acidez ou basicidade) - Obtidos industrialmente a partir do petróleo - Principal reação: HALOGENAÇÃO – via radical livre 1 HALOGENAÇÃO DE ALCANOS – via radical livre HALOGENAÇÃO DE ALCANOS – via radical livre 2 HALOGENAÇÃO DE ALCANOS – via radical livre Não é questão de rearranjo, o que foi evidenciado pela ausencia de trocas nos compostos deuterados. ISOMERIA compostos diferentes com mesma fórmula molecular Ex. Composto com fórmula molecular: C2H6O Álcool Etílico C2H6O Ponto de Ebulição, °Ca Ponto de Fusão, °C Reação com sódio metálico 78.5 –117.3 H Desloca o hidrogênio Éter Dimetílico C2H6O H H C C H H –24.9 O H –138 H H C H H O C H H Sem reação 3 ISOMERIA Isômeros (compostos diferentes com mesma fórmula molecular) Isômeros Constitucionais Estereoisômeros (diferem na conectividade) cadeia, posição, função (mesma conectividade, mas com um arranjo espacial diferente) Enantiomeros Diastereoisomeros (Estereoisômeros que são imagens não sobreponíveis da outra - espelho) (Estereoisômeros que não sãot a imagem espelhar da outra) H Me Me H Me Me Me H H Me H H QUIRALIDADE Molécula que NÃO é idêntica a sua imagem espelhar. Enanciomêros são sempre quirais. 4 QUIRALIDADE Estereocentro = átomo que está ligado a grupos em que, caso haja uma permuta de posição, gerariam estereoisômeros. Se a molécula possui somente 1 estereocentro (carbonoassimétrico) pode verificar que será quiral. Se houver plano de simetria a molécula é aquiral. ISOMERIA – Configuração R e S COOH Bonds out of page COOH Bonds into page H C OH H = = H C CH3 HO (R)-Lactic acid CH3 COOH OH CH3 Fischer projection 5 ISOMERIA – Atividade Ótica Levógira vs. destrógira Mistura Racêmica é oticamente inativa por estarem em proporções iguais. 6 Perito Federal 2002 QUestão 42 Questão 45 ISOMERIA – Cis/Trans Z/E Cis = Z (Alemão: zusammen, junto) Trans = E (Alemão: entgegen , oposto) Cl Higher priority C Higher priority Br C F Cl > F H Br > H (Z)-2-Bromo-1-chloro-1-fluroethene H3C F Higher priority C H Br (E)-2-Bromo-1-chloro-1-fluroethene H3C CH3 C C H H (Z)-2-Butene (cis-2-butene) Cl C Higher priority CH3 > H H C C H CH3 (E)-2-Butene (trans-2-butene) 7 Perito Federal 2002 - 46 Perito Federal 2002 - 45 ISOMERIA – Casos Especiais 8 HALETOS DE ALQUILA – Substituição Nucleofílica δ+ δ− C > X Nucleófilo X = F, Cl, Br e I substrato produto grupo de saída (nucleófugo) Substituição Nucleofílica E mais: Água, amônia, aminas primárias e secundárias, reações de Fiedel-Crafts R R Br I− R − − I (+ Cl or Br ) Cl 9 Substituição Nucleofílica – SN2 Substituição Nucleofílica – SN2 10 Substituição Nucleofílica – SN1 Substituição Nucleofílica – SN1 11 Substituição Nucleofílica – SN1 É possível haver pequena tendência para a inversão (60-40%) devido a ser o lado probabilisticamente mais desimpedido. Substituição Nucleofílica – Solvólise Solventes Próticos e Apróticos Nome Estrutura Constante Dielétrica 12 Solventes Próticos e Apróticos • Em solventes próticos átomos nucleofílicos maiores são favorecidos. Os menores são muito solvatados. • Nos solventes apróticos a ordem se inverte pela inabilidade destes em dissolver anions. • A taxa de reação aumenta via SN2 em solventes apróticos. • A taxa de reação aumenta via SN1 em solventes próticos. Grupos de Saída Sufonato Sulfato Tosilato Triflato Substituição Nucleofílica – Nucleofilicidade • Tende a acompanhar a basicidade quando se compara grupos com mesmo átomo nucleofílicos • Ao se comparar átomos diferentes, aumenta com o período devido a maior polarizibilidade 13 Substituição Nucleofílica – Resumo Fator S N1 S N2 Substrato 3° (requer a formação de carbocátions relativamente estáveis - REARRANJOS) Metil > 1° > 2° (requer ausência de impedimento estérico) Nucleófilo Bases de Lewis fracas, moléculas neutras, nucleófilo pode ser o solvente (solvólise) Base de Lewis fortes, taxa favorecida pela concentração do nucleófilo Polar prótico (álcoois, água) Polar aprótico (DMF, DMSO) Solvente Grupo de Saída I > Br > Cl > F para ambos SN1 e SN2 (quanto mais fraca a base depois de sair, melhor será o grupo de saída) HALETOS DE ALQUILA – Eliminação (Desidrohalogenação) 14 Eliminação – E2 Eliminação – E1 15 Substituição nucleofílica vs. Eliminação CH3X Metil RCH2X 1° RR’CHX 2° RR’R”CX 3° Reações somente Bimoleculares Principalmente SN2 exceto com bases fortes e Reações impedidas [ (CH3)3CO–] SN2 havendo então principalmente E2 Tipo de Haleto SN1 Não ocorre SN2. Solvólise via SN1/E1, e a baixas temperaturas SN1 é favorecida. Quando uma base forte é usada (RO–) E2 predomina Principalmente SN2 com bases fracas ( I–, CN–, RCO2–) e principalmente E2 com bases fortes ( RO–) SN2 Não ocorre Altamente favorecido Secundário Pode ocorrer nas condições de solvólise em solventes polares Favorecida por bons nucleófilos em solventes polares apróticos Terciário Favorecida por nucleofílicos não básicos em solventes polares Primário SN1/E1 ou E2 Não ocorre E1 Não ocorre Pode ocorrer nas condições de solvólise em solventes polares Ocorre nas condições de solvólise E2 Ocorre quando bases fortes e impedidas são usadas Favorecida quando bases fortes são usadas Altamente favorecida quando bases são usadas 16 Reação Solvente Nucleófilo/base Grupo de saída Substrato estrutura SN1 Forte efeito; favorecida po solventes polares Efeito fraco; favorecida por bons nucleófilos / bases fracas Forte efeito; favorecida por bons grupos de saída Forte efeito; favorecida por substratos 3°, alílicos e benzílicos SN2 Forte efeito; favorecida por solventes Polares apróticos Forte efeito; favorecida por bons nucleófilos / bases fracas Forte efeito; favorecida por bons grupos de saída Forte efeito; favorecida por substratos 1°, alílicos e benzílicos E1 Efeito muito forte; favorecida por solventes polares Efeito fraco; favorecida por bases fracas Forte efeito; favorecida por bons grupos de saída Forte efeito; favorecida por substratos 3°, alílicos e benzílicos E2 Forte efeito; favorecida por solventes polares apróticos Forte efeito; favorecida por nucleófilos fracos/ bases fortes Forte efeito; favorecida por bons grupos de saída Forte efeito; favorecida por substratos 3° 17