Avaliação in vitro da atividade antimicrobiana de óleos essenciais e extratos sobre cepa de Enterococcus faecalis Eliza Bernardes dos Santos¹, Dora Inês Kozusny-Andreani2, Ricardo Scarparo Navarro2, Antonio Guillermo Jose Balbin Villaverde2, Lilian Maria de Godoy Soares Franciscon2, Luciana Estevam Simonato2 1 Discente do Curso de Odontologia – Campus Fernandópolis Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO). Fone / Fax: +55 17 3465 0000 2 Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO). Fone / Fax: +55 11 2070 0000 [email protected], [email protected], [email protected] , [email protected], [email protected], [email protected] Palavras-chave: Atividade antimicrobiana. Plantas medicinais. Enterococcus faecalis. Tema: Atividade antimicrobiana de óleos essenciais e extratos sobre Enterococcus Faecalis. Resumo: INTRODUÇÃO: O gênero Enterococcus abrange diversas espécies, incluindo E. faecalis, que participam de diversas doenças na cavidade bucal, tais como: cárie, infecções endodônticas recorrentes e periodontites. O Enterococcus faecalis e a Candida albicans são os microrganismos mais frequentes nas alterações endodônticas. Em cavidade bucal, geralmente, a infecção ocorre como resultado da atividade múltipla de microrganismos, dentre os quais bactérias gram-positivas, gram-negativas, aeróbias facultativas ou anaeróbias estritas. Também podem ser encontrados fungos e vírus. OBJETIVO: Avaliar a atividade antimicrobiana in vitro de óleos essenciais e extratos de plantas medicinais sobre cepa de Enterococcus faecalis. MATERIAL E MÉTODOS: Para obtenção dos extratos, as folhas foram lavadas com água e em seguida a matéria prima levada à secagem em estufa a 33ºC, durante uma semana. Passado este período a matéria prima foi retirada da estufa, triturada a pó em moinho elétrico e então submetida a processo de extração dos princípios ativos. O método de extração empregado foi a lixiviação ou percolação em fluxo contínuo à temperatura ambiente, nesta utilizou-se um processo onde existe a renovação constante da solução extratora (solução hidroalcoólica a 80% v/v) durante um período de 24 horas. Decorrido este tempo houve extração total dos marcadores ou princípios ativos. Foram empregados óleos adquiridos em comércios de produtos naturais, além de digluconato de clorexidina (0,12%). Foi obtida a Concentração Inibitória Mínima (CIM) para os extratos de alecrim (Rosmarinus officialis), hortelã (Mentha spicata), pitanga (Eugenia uniflora), limão (Citrus limonium), laranja (Citrus sinensis), arruda (Ruta graveolens), romã (Punica gratum), sucupira (Pterogyne nitens), citronela (Cymabogagon nordus) e para os óleos essenciais de laranja azeda (Citrus aurantium), limão (Citrus limonium), eucalipto (Eucalyptus citriodora, Eucalyptus globulus e Eucalyptus staigeriana), lavanda (Lavandula angustifólia), alho (Allium sativum), alecrim (Rosmarinus officialis), e camomila (Matricaria recutita) através da diluição em solução salina em concentrações de 0,8%, 1,7%, 3,13%, 6,25%, 12,5%, 25%, 50% e 100%. A sensibilidade aos extratos e aos óleos essências foi avaliada pela concentração inibitória mínima (CIM), o empregando-se a técnica de microdiluição em placa. Após incubação por 24h a 37 C foram adicionados 50µL de tetrazólio indicador sobrevivência bacteriana pela coloração vermelha do meio e de morte pela falta de coloração. RESULTADOS: Constatou-se que todos os extratos de plantas tiveram efeito sobre o Enterococcus Faecalis, porém a Eugenia uniflora apresentou uma melhor atividade, devido sua menor concentração. Entre os óleos essenciais a Citrus aurantium, o Citrus limonium, o Eucalyptus citriodora, o Eucalyptus staigeriana e o digluconato de clorexidina tiveram maior eficácia. CONCLUSÃO: Os extratos apresentaram ação antimicrobiana sobre a cepa de Enterococcus Faecalis. O extrato de pitanga e os óleos essenciais de laranja azeda, limão, eucalipto citriodora, eucalipto staigeriana e digluconato de clorexidina apresentaram maior eficácia antimicrobiana no controle desta bactéria, enquanto que o extrato de alecrim e o óleo de alho foram menos eficientes. Encontro de Pós-Graduação e Iniciação Científica – Universidade Camilo Castelo Branco 49