Introdução Circuitos Elétricos • Na análise de circuitos CA estudamos como encontrar as tensões e correntes em um circuito com fontes de frequência constante. Resposta em Frequência – Parte 1 Alessandro L. Koerich Engenharia de Computação Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) • Se mantivermos a amplitude da senoide constante, mas variarmos a frequência, obtemos a resposta em frequência do circuito. • A resposta em frequência de um circuito é a variação de seu comportamento com a mudança na frequência do sinal. Função de Transferência Função de Transferência • A função de transferência ( ) é uma ferramenta analítica útil para encontrar a resposta em frequência de um circuito. • Na verdade, a resposta em frequência de um circuito é um gráfico da função de transferência ( ) versus , com variando de = 0 a = ∞. • A função de transferência ( ) de um circuito é a razão dependente da frequência entre um fasor de saída ( ) e um fasor de entrada ( ). • Então: = • Como tanto a entrada como a saída podem ser tanto uma tensão ou corrente, temos quatro possibilidades: – = ganhodetensão = – = ganhodecorrente = – = impedânciadetransferência = – = admitânciadetransferência = Função de Transferência • Como é uma quantidade complexa, possui uma e uma fase φ, isso é: magnitude = ∠ • Para obter a função de transferência, devemos: 1. 2. Obter o circuito equivalente no domínio da frequência, substituindo e resistores, capacitores e indutores pela suas impedâncias ,1⁄ . Usar qualquer técnica de circuitos para obter a quantidade apropriada. Função de Transferência • A função de transferência pode ser expressa em termos de seu numerador e denominador : = • As raízes de = 0 são chamadas de zeros de geralmente representadas por = , , …. • Do mesmo modo, as raízes de são representadas por = , e são = 0são os pólos de , …. e • Obtemos a resposta em frequencia do circuito traçando a magnitude e a fase da função de transferência a medida que a frequencia varia. Função de Transferência Escala Decibel • Um zero, sendo uma raiz do polinômio do numerador, é um valor que resulta em um valor zero para a função. • Uma maneira sistemática de obter a resposta em frequencia é usar o Diagrama de Bode. • Um pólo, sendo uma raiz do polinômio do denominador, é um valor para o qual a função é infinita. • O diagrama de Bode se baseia em logaritmos e decibeis para expressar ganho. • Para evitar algebra complexa, é comum trocar temporariamente por s quando operamos e substituimos s por no final. • Em sistemas de comunicação, ganho é medido em bels. Historicamente, o bel é usado para medir a razão entre dois níveis de potência ou ganho de potência G: = númerodebels = • O decibel (dB) nos oferece uma unidade de menor magnitude, É 1/10 de um bel e é dados por: = 10 Escala Decibel • Alternativamente, o ganho G pode ser expresso em termos razão de tensão ou corrente: = 20 = 20 Diagrama de Bode • A prática tradicional para mostrar a resposta em frequência é traçar a função de transferência em um par de diagramas semilogaritmicos: – A magnitude em decibéis é traçada versus o logaritmo da frequência – A fase em graus é traçada versus o logaritmo da frequência • Estes diagramas semi-logaritmicos da função de transferência são conhecidos como Diagramas de Bode. • A função de transferência pode ser escrita como: = ∠ = • Aplicando o logaritmo natural em ambos os lados: = ln + ln = ln + ln Diagrama de Bode • Então, a parte real de ln é uma função da magnitude enquanto a parte imaginária é a fase. Em um diagrama de Bode da magnitude, o ganho: = 20 • é traçado em decibéis (dB) versus a frequência. • Em um diagrama de Bode da fase, φ é traçada em graus versus a frequência. Ambos devem ser traçados em papel semilog. Diagrama de Bode Diagrama de Bode Diagrama de Bode • Uma função de transferência pode ser escrita em termos de fatores que tem partes real e imaginária. ± ( )= 1+ 1+ ⁄ ⁄ 1+ 2 ⁄ 1+ 2 que é obtida dividindo os pólos e zeros em ⁄ + ⁄ + ⁄ … … • Na construção do diagrama de Bode, traçamos cada fator separadamente e então adicionamos graficamente. • Termo constante: para o ganho , a magnitude é 20 é 0 . Se é negativo, a magnitude permanece 20 fase é ±180 . e a fase mas a ( ). • Esta é a chamada forma padrão e podem aparecer diferentes fatores: 1. 2. 3. 4. Um ganho . ou zero ( ) na origem. Um pólo ou zero 1 + ⁄ simples Um pólo 1⁄ 1 + ⁄ ⁄ + ⁄ ou zero 1 + 2 Um pólo 1⁄ 1 + 2 quadrático. ⁄ + ⁄ Diagrama de Bode • Zero na origem: para o zero ( ) na origem, a magnitude é 20 ea fase é 90 . A inclinação é de 20 dB/década enquanto a fase é constante. • Pólo na origem: para o pólo ( ) na origem, a magnitude é 20 e a fase é −90 . A inclinação é de –20 dB/década enquanto a fase é constante. • Em geral, para ( ) , onde N é um inteiro, o diagrama da magnitude terá uma inclinação de 20N dB/década, enquanto a fase é 90 . Diagrama de Bode • Zero simples: para um zero simples 1 + ⁄ , a magnitude é ⁄ . Mas: 20 1+ ⁄ e a fase é = 20 = 20 • 1+ 1+ ⇒ 20 ⇒ 20 1 = 0( ( → 0) → ∞) Ou seja, podemos aproximar a magnitude por zero ( uma linha reta com inclinação zero) para valores pequenos de ω e por uma linha reta com inclinação 20 dB/década para valores grandes de ω. Diagrama de Bode Diagrama de Bode • A frequência = onde duas linhas assintóticas se encontram é chamada de frequência de quebra. • A fase ⁄ = • O diagrama aproximado é bem próximo do diagrama real, exceto onde = , sendo o desvio 20 (1 + 1) = 20 2 ≃ 3dB pode ser expressa como: 0 , = 0 = = 45 , 90 , → ∞ • Na aproximação por linhas retas temos ϕ ≃ 0 para ≤ ⁄10 , ϕ ≃ 45 para = e ϕ ≃ 90 para ≥ 10 . O diagrama tem uma inclinação de 45 por década. • Pólo simples: o diagrama de Bode para um polo simples 1/ 1 + ⁄ , é similar ao do zero simples, exceto que a frequência de quebra é em = , a magnitude tem uma inclinação de –20 dB/década e a fase tem uma inclinação de −45 por década Diagrama de Bode Diagrama de Bode • Polo quadrático: para um polo quadrático ⁄ + ⁄ 1/ 1 + 2 , a magnitude é ⁄ + ⁄ − 20 1+ 2 e a fase é ⁄ )⁄(1 − ⁄ ). Mas: (2 = −20 = −20 1+ 1+ 2 2 + + ⇒ 0( ⇒ −40 • Note que o diagrama real depende do fator de amortecimento bem como da frequência de quebra . → 0) ( → ∞) • Ou seja, podemos aproximar o diagrama da amplitude por duas linhas retas assintóticas: – Uma com inclinação 0 para < – Uma com inclinação –40 dB/década para quebra. > sendo a frequência de Diagrama de Bode • A fase pode ser expressa como: = 2 1− ⁄ ⁄ = 0 0 , = = −90 , −180 , → ∞ • O diagrama de fase é uma linha reta com inclinação −90 por década, iniciando em ⁄10 e acabando em 10 . • Zero quadrático: o diagrama de Bode para um zero quadrático ⁄ + ⁄ 1+ 2 , é invertido pois o diagrama de magnitude tem inclinação de 40 dB/década enquanto que o diagrama de fase tem uma inclinação de 90 por década