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Código do trabalho 16
EFEITOS DA REPOSIÇÃO DE ÁGUA NO SOLO EM DIFERENTES ESTÁDIOS
FENOLÓGICOS DA CULTURA DO BRÓCOLIS.
AMANDA LETÍCIA DA SILVEIRA1 MÁRCIO JOSÉ DE SANTANA2 MELQUÍADES NEIDO DE SOUZA
JÚNIOR3
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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro - Campus Uberaba - 2 Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Triângulo Mineiro - Campus Uberaba - 3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro Campus Uberaba -
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AGRONOMIA
RESUMO
O atual trabalho teve como objetivo avaliar a produção do brócolis tipo ramoso submetido a diferentes níveis de reposição de água no solo
em diferentes estádios fenológicos da cultura. O experimento foi conduzido no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Triângulo Mineiro em Uberaba, MG. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial de 5x3 sendo testados
níveis de reposição de água no solo (40%, 70%, 100%, 130% e 160% da evapotranspiração da cultura) em três estádios fenológicos
(vegetativo, floração e colheita). Dentre os resultados pode-se concluir que a maior produtividade foi de 4.650 kg ha-1 para o tratamento
100% e diferentes reposições durante o estágio de colheita. O estádio fenológico considerado mais sensível da cultura foi o de floração.
Lâminas consideradas excessivas e deficitárias foram prejudiciais para a cultura.
PALAVRAS-CHAVE
PALAVRAS-CHAVE: Brassica oleraceae var. italica, déficit hídrico, manejo da irrigação.
INTRODUÇÃO
A couve-brocolos ou brócolis é uma planta que possui uma inflorescência central compacta ou então inflorescências laterais (tipo ramoso)
ambas de coloração verde escura. Este último comercializa-se agrupando-se os brotos em maços (ramificações) conforme relata Filgueira
(2005). Para Souza (1999) o brócolis é altamente exigente em água. O solo deve ser mantido sempre úmido. O uso da irrigação, a
quantidade e quando aplicar a água inserem-se em uma decisão a ser tomada com base no conhecimento das relações água-solo-plantaatmosfera. É necessário conhecer o comportamento de cada cultura em função das diferentes quantidades de água a ela fornecidas, a
determinação das fases de seu desenvolvimento de maior consumo de água e os períodos críticos, quando a falta ou o excesso provocariam
em quedas de produção (Bernardo, 1996). Para Marouelli et al. (1996) o período crítico em relação a quantidade de água no solo é a
formação da inflorescência. É imperativo o conhecimento da resposta de diferentes cultivares ao déficit hídrico nos períodos fenológicos
de maior demanda de água, a fim de se adequar o planejamento das culturas, assim como o eficiente manejo dos sistemas de irrigação
(Libardi, 1999). Os efeitos do déficit hídrico iniciam-se quando a taxa de evapotranspiração supera a taxa de absorção de água pelas
raízes e sua transmissão para a parte aérea da planta. A maioria das culturas possui períodos críticos, durante os quais a deficiência
hídrica causa decréscimos na produção (Doorenbos & Kassam, 1994).Diante do exposto o objetivo do trabalho foi avaliar a produção do
brócolis tipo ramoso submetido a diferentes níveis de reposição de água no solo em diferentes estádios fenológicos da cultura.
MATERIAS E MÉTODOS
O experimento foi conduzido em uma estufa, modelo arco localizada na área experimental do setor de Olericultura do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro, em Uberaba, MG. O solo da área experimental foi classificado como Latossolo
Vermelho distroférrico. Foram utilizadas mudas de brócolis cultivar Ramoso Santana, transplantadas para vasos de polietileno com
capacidade de 13 dm3. A adubação foi realizada segundo recomendações de Malavolta (1980), fornecendo-se os nutrientes nas seguintes
doses, em mg dm-3 : N = 300, P = 200, K = 150, Ca = 75, Mg = 15, B = 0,5, Cu = 1,5, Fe = 1,5, Mn = 3,0, Mo = 0,1 e Zn = 5,0. O
delineamento experimental foi o inteiramente casualizado (DIC), com 15 tratamentos e quatro repetições, em um esquema fatorial 5x3, onde
foram avaliados cinco níveis de reposição de água (40%, 70%, 100%, 130% e 160% da evapotranspiração) aplicados em três fases
fenológicas: vegetativo (15 dias após transplantio ao início aparecimento botões florais – ramificações), floração (início aparecimento
botões florais ao início da colheita) e colheita. Foram realizadas quatro colheitas. Ressalta-se a diferenciação das reposições aconteceram
apenas em cada fase. Portanto, as plantas submetidas aos níveis de reposição durante a fase vegetativa foram irrigadas até floração, onde
posteriormente estas plantas receberam a quantidade de 100% de reposição, e assim por diante. Os volumes de água de reposição
representando os tratamentos, foram obtidos a partir de um percentual de quantidade de água evapotranspirada (consumida) pela
testemunha (100% de reposição). Para o controle da testemunha utilizou-se a equação do balanço hídrico: ET = I – D, onde ET é a
evapotranspiração (volume de água consumido), I é o volume de água aplicado e D o volume drenado (Gervásio et al. 2000). A maturação
comercial das ramificações laterais (botões florais) foi determinada pelos seguintes critérios visuais: cor verde intensa, flores fechadas,
botões florais compactos e pedúnculos florais tenros e sem alongamento excessivo (Correia, 1983). Após colheitas as ramificações foram
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pesadas e obtida a produtividade média estimada. Utilizou-se teste de média para o fator fase fenológica (teste Skott-Knott) e regressão
para o fator reposição de água no solo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na Tabela 1 são apresentadas as épocas de início e final de cada etapa fenológica (em dias após transplante das mudas- DAT), bem como
a duração das etapas (o início dos tratamentos foi aos 15 DAT). Observa-se que a etapa de maior duração foi a vegetativa, resultando em
uma maior exposição às lâminas de reposição. Houve interação entre os fatores. A maior produtividade estimada (Figura 1) foi verificada
quando a reposição de água foi de 100% e diferenciação das reposições na fase de colheita (4.650 kg ha-1). Carvalho et al. (2004)
mostraram que a berinjela quando submetida a diferentes reposições durante os estádios fenológicos apresentou menor produtividade
quando o déficit foi realizado na fase de floração/produção. Na Tabela 2 estão as produtividades médias em função das fases fenológicas
para cada reposição aplicada.Pode-se concluir que a maior produtividade foi de 4650 kg ha-1 para o tratamento 100% e déficit na colheita;
o estádio fenológico considerado mais sensível da cultura foi o de floração; e lâminas consideradas excessivas e deficitárias foram
prejudiciais para a cultura.
AGRADECIMENTOS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNARDO, S. Manual de Irrigação. 6° ed., Viçosa, MG, UFV, Impr. Univ., 1996. 596 p.
CARVALHO, J.A.; SANTANA, M.J.; PEREIRA, G.M.; PEREIRA, J.R.D.; QUEIROZ, T.M. Níveis de déficit
hídrico em diferentes estádios fenológicos da cultura da berinjela (Solanum melongena L.). Revista Eng.
Agríc. Botucatu, SP. v.24, n.2 , p.320-327, 2004.
CORREIA, L.G. Colheita, classificação, embalagem e comercialização de brássicas. Informe Agropecuário,
Belo Horizonte, v.9, n.98, p.52-54, 1983.
DOORENBOS, J; KASSAM, A . H. Efeito da água no rendimento das culturas. Tradução de GHEYI, H. R.;
SOUZA, A . A .; DAMASCENO, F. A . V; MEDEIROS, J. F. Campina Grande, PB, UFPB,1994. 306p.
FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de olericultura: Agrotecnologia moderna na produção e comercialização
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GERVÁSIO, E. S., CARVALHO, J. A. SANTANA, M. J. de. Efeito da salinidade da água de irrigação na
produção da alface americana. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, PB.
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LIBARDI, P. L. Dinâmica da água no solo. Piracicaba, 1999. 497 p.
MALAVOLTA, E. Elementos de nutrição mineral de plantas. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 1980.
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MAROUELLI, W.A.; SILVA, W.L.C.; SILVA, H.R. Manejo da irrigação em hortaliças. 5 ed.,
Brasília:EMBRAPA, 1996. 72p.
SOUZA, J.L. Cultivo orgânico de hortaliças – brócolis, couve-flor e repolho. Viçosa, CPT, 134 p. 1999.
FIGURAS, GRÁFICOS E TABELAS
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Tabela 1. Início, final e duração das etapas fenológicas do brócolis.
Figura 1. Produtividade média em função da reposição de água no solo para cada estádio.
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Tabela 2. Produtividade média (kg ha-1) para as diferentes reposições de água em função dos estádios
fenológicos.
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efeitos da reposição de água no solo em diferentes estádios