Aula prática – Como utilizar um multímetro
Definição
Como o próprio nome sugere, é um equipamento que pode ser utilizado para a realização
de diversas medidas, dentre as principais temos:
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Tensão (alternada e contínua);
Corrente contínua;
Resistência elétrica;
Continuidade.
Vamos entender essas medições básicas, mas dependendo do modelo do multímetro,
temos medições até de corrente alternada, capacitância elétrica, frequência, testes de diodos,
hFE (ganho) de transistores e temperaturas (termopares).
Embasamento teórico – Corrente elétrica
Basicamente, é a movimentação ordenada dos átomos. Se imaginarmos uma barra de
metal, na qual os elétrons saem de uma ponta e vão à outra, temos uma corrente elétrica (de
elétrons) nessa barra. Podemos chamar o lado que está sendo abandonado de negativo, e o
lado que os elétrons estão se agrupando, positivo. Isso é o que acontece em uma bateria ou
uma pilha, por exemplo.
Corrente contínua e corrente alternada
Os principais tipos de corrente no Brasil são a corrente contínua (CC, ou em inglês direct
current, DC) e a corrente alternada (CA, ou em inglês alternating current, AC).
A corrente que há em nossas residências, empresa, etc. é a corrente alternada. Essa possui
uma frequência, no Brasil, de 60 Hertz (Hz). Em alguns países, essa frequência é 50 Hz, como
Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e países europeus.
Figura 1 Corrente alternada e corrente contínua
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A corrente contínua é obtida através de circuitos retificadores, e pode ser encontrada
também em pilhas e baterias.
A corrente elétrica é medida em Ampère [A].
Diferença de potencial
Para que haja uma corrente eléctrica são necessários dois potenciais diferentes ligados
entre si por um meio condutor. É o que chamamos de tensão, ou diferença de potencial (d.d.p.
ou ddp). Usualmente também é chamada de voltagem, pois sua medida é em Volt [V].
Resistência Eléctrica
A resistência elétrica é a oposição que um material realiza quando é solicitada a passagem
de corrente elétrica no mesmo. Cada material possui uma oposição própria, ou seja, a corrente
elétrica possui mais dificuldade ou menos ao atravessá-lo. Materiais metálicos exercem baixa
resistência à passagem de circulação, e dizemos que são maus resistores, ou seja, bons
condutores elétricos. Materiais cerâmicos e poliméricos (os “plásticos”) geralmente são bons
resistores, pois a corrente elétrica tem bastante dificuldade de atravessá-los.
A resistência elétrica é medida em Ohm, e o símbolo é a letra grega [Ω].
Multímetro
Um multímetro pode ser visto abaixo. Note que ele possui um display que indica os valores
medidos, uma chave seletora para a escolha da grandeza e forma de medição, e terminais de
ligação das pontas de prova, as quais serão usadas para medidas.
Figura 2 Multímetro DT-64 da Univolt
Display
O display normalmente e especificado como, por exemplo, 3 ½ dígitos. O número não é
redondo, pois o primeiro dígito à esquerda marca apenas o valor nulo (0) ou 1. Assim, o maior
valor medido será 1999, pois os três dígitos à direita mostram valores de 0 a 9, mas o primeiro
dígito, permanece em branco ou marca, no máximo, o valor 1.
Chave seletora
Aqui encontramos um quadrante com várias opções à escolha, e para as selecionar basta
rodar o seletor.
O quadrante encontra-se dividido em várias partes, correspondentes ao que o multímetro
pode medir, por exemplo, na imagem abaixo, resistência (Ω), ganhos de transistores (FE),
tensão contínua, tensão alternada (V~), temperatura (°C), frequência (20k Hz), capacitância (F),
corrente alternada (A~), corrente contínua e, por fim, continuidade.
Figura 3 Seletor de um multímetro
Para o que se viu mais atrás, vai nos interessar apenas, as tensões, correntes elétricas e
resistências.
Um dado muito importante e que importa reter, é que sempre que vamos efetuar uma
medição, seja de corrente ou de tensão, devemos de saber o seguinte:
• Se a medida é em CC ou CA, e escolhê-la adequadamente no seletor;
• Ter uma vaga ideia do valor máximo possível que vamos medir, para que quando se vá
medir se escolha o valor do seletor mais próximo do que vamos medir. Por exemplo se formos
medir 15V CC, devemos de escolher sempre o divisor mais perto, sempre para cima, ou seja,
20V. Caso seja uma medida de 20V, optamos pelo mais seguro, ou seja, 200V, para medirmos a
tensão se houver uma tensão com um valor um pouco maior que 20V de fato. Caso não
saibamos qual o valor, iniciamos com o seletor no maior valor (ex: 1000V) e diminuímos a
escala até conseguirmos visualizar uma tensão real (diferente de 0V).
Terminais para as pontas de prova
São sempre duas pontas de prova: a preta, a qual sempre é fixa na entrada comum (COM) a
todas as medidas, e representa o negativo; a vermelha, a qual é alternada em dois ou três
posições, de acordo com a grandeza medida (tensão, resistência, corrente etc.), e representa o
positivo.
O fato de termos Ampère de um lado e Volt / Ohm / Frequência de outro se deve
principalmente a necessidade de que a corrente é medida em série e a tensão, em paralelo.
Da esquerda para a direita, podemos ver um A por cima do primeiro terminal, e que nos diz
que temos de medir a corrente [A] usando aquele terminal. Há também um aviso que indica
que a corrente máxima medida é de 20 A, e por um período máximo de 15 segundos, no qual
não há proteção de fusível.
Para medidas de baixa corrente (até 200 mA ou 0,2 A), seja alternada ou contínua,
utilizamos a ponta de teste vermelha no segundo terminal, este que possui fusível para
proteção caso a corrente ultrapasse esse valor. Caso esse fusível rompa, pode-se abrir o
multímetro e efetuar a troca do mesmo.
Como dito anteriormente, a ponta preta sempre permanece fixa no COM, o qual é o
terceiro terminal.
Por fim, o terminal que normalmente é mais utilizado para a ponta vermelha é o último,
onde mede-se tensão (alternada ou contínua), resistência e frequência.
Figura 4 Terminais de prova do multímetro
Medições com o multímetro
A medida da tensão pode ser feita com o equipamento funcionando. Assim, se quiser medir
a tensão que passa por uma lâmpada, por exemplo, basta colocar o multímetro em modo de
tensão alternada (VAC) e utilizar o cabo vermelho do multímetro na entrada (em um lado da
lâmpada) e o outro cabo, o preto, na saída (no outro lado da lâmpada).
No caso da corrente, deve-se desconectar o fio que chega à lâmpada, e o multímetro é
inserido na montagem, “fazendo a ponte” entre o fio desconectado e a lâmpada.
Dizemos que a tensão é medida em paralelo, e a corrente, em série.
Obs: caso a tensão seja medida com os fios invertidos, por exemplo, acontecerá apenas que
o sinal da medição será invertida, como se houvesse uma “tensão negativa”. Por exemplo, ao
invés de visualizar 127V, será visto - 127V. Basta então considerar o mesmo valor, mas com
sinal positivo.
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Tensão: em paralelo
Corrente: em série
Figura 5 Esquemas de medições de tensão e corrente com o multímetro
Para medir a resistência de um resistor elétrico, basta colocar as pontas do multímetro em
seus terminais (“pernas”).
A função de um resistor é diminuir a tensão da corrente que passa por ele. Assim, a
corrente de entrada é sempre igual a corrente de saída.
Figura 6 Medição de um resistor elétrico
Referência bibliográfica
Fórum - Zwame
Data de acesso: 04/2014
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