GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS projeto final de engenharia rodoviária para melhoramento e pavimentação de rodovia RODOVIA: Municipal TRECHO: Jenipapo de Minas – Entr° LMG-676 EXTENSÃO: 13,61 km PCA – PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL OUTUBRO / 2008 GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS projeto final de engenharia rodoviária para melhoramento e pavimentação de rodovia RODOVIA: Municipal TRECHO: Jenipapo de Minas – Entr° LMG-676 EXTENSÃO: 13,61 km PCA – PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL Coordenação e Fiscalização: Diretoria de Projetos – DER-MG Elaboração: Planex S/A – Consultoria de Planejamento e Execução Contrato: PJU-24.032/07 OUTUBRO / 2008 ÍNDICE 1 Apresentação ..................................................................................................................... 1 1.1 Mapa de Situação .............................................................................................................. 2 2 Introdução ......................................................................................................................... 3 3 Informações Gerais ........................................................................................................... 3 3.1 Empreendedor ................................................................................................................... 3 3.2 Empresa Responsável pelo RCA e Equipe Técnica.......................................................... 3 3.3 Empresa Responsável pelo Projeto de Engenharia ........................................................... 4 4 Objetivos ........................................................................................................................... 4 5 Critérios Metodológicos.................................................................................................... 4 6 Empreendimento ............................................................................................................... 4 7 Medidas Mitigadoras dos Impactos .................................................................................. 5 7.1 Controle dos Processos Erosivos ...................................................................................... 5 8 Recuperação das Jazidas ................................................................................................... 12 8.1 Procedimentos ................................................................................................................... 13 9 Recuperação do Passivo Ambiental .................................................................................. 14 9.1 Cadastro de Passivos e Recuperação ................................................................................ 14 10 Travessias Urbanas e Proteção Ambiental........................................................................ 22 11 Controle de Material Particulado, Gases e Ruído ............................................................. 22 12 Meio Biótico ..................................................................................................................... 23 12.1 Supressão de Vegetação e Intervenção em APP ............................................................... 23 12.2 Proteção da Fauna ............................................................................................................. 25 13 Meio Socioeconômico....................................................................................................... 25 13.1 Desvio e Interdição de Tráfego ......................................................................................... 26 14 Integração Paisagística da Rodovia................................................................................... 26 15 Proteção dos Acessos Laterais .......................................................................................... 27 16 Canteiro de Obras.............................................................................................................. 27 16.1 Fase de Implantação.......................................................................................................... 27 16.2 Fase de Operação .............................................................................................................. 27 16.3 Fase de Desativação .......................................................................................................... 31 17 Programa de Supervisão Ambiental.................................................................................. 32 17.1 Os Principais Objetivos dos Serviços ............................................................................... 32 18 Recuperação de Áreas Degradadas ................................................................................... 37 18.1 Seleção de Espécies .......................................................................................................... 37 18.2 Preparo do Solo ................................................................................................................. 38 18.3 Plantio ............................................................................................................................... 38 18.4 Monitoramento.................................................................................................................. 39 19 Memória de Cálculo e Quadro de Quantidades ................................................................ 42 20 ART do Documento .......................................................................................................... 48 21 Bibliografia ....................................................................................................................... 50 22 Anexos .............................................................................................................................. 50 1. APRESENTAÇÃO PLANEX S/A – Consultoria de Planejamento e Execução, apresenta o PCA – Plano de Controle Ambiental do Projeto de Engenharia Rodoviária de Melhoramento e Pavimentação da Rodovia Municipal, trecho Jenipapo de Minas – Entr° LMG-676, em atendimento ao contrato nº PJU-24.032/07, assinado em 12/07/2007 com o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais: Este documento foi elaborado tendo como referência: • Termo de Referência para Elaboração de Plano de Controle Ambiental – PCA – GER001 (texto revisado - versão 2 - julho/97). Foram feitas algumas adequações devido às características do empreendimento a ser licenciado. • Termos de Referência para Elaboração de Projeto Final de Engenharia Rodoviária para Revisão/Melhoramento e Pavimentação de Rodovias do DER /MG O Projeto é apresentado em 10 volumes distintos, sendo: • Volume 1 – Relatório de Projeto e Documentos para Concorrência (A-4); • Volume 2 – Projeto de Execução (A-3); • Volume 3 – Memória Justificativa (A-4); • Anexo 3A – Projeto de Desapropriação (A-4); • Anexo 3B – Estudos Geotécnicos (A-4); • Anexo 3D – Notas de Serviço e Cálculo de Volumes (A-4); • Relatório de Controle Ambiental – RCA (A-4); • Plano de Controle Ambiental – PCA (A-4); • Plano Técnico de Reconstituição da Flora - PTRF (A-4); e, • Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD (A-4). 2. INTRODUÇÃO O Plano de Controle Ambiental – PCA consiste em um conjunto de medidas destinadas ao licenciamento e reabilitação ambiental das áreas que sofreram alterações, oriundas da implantação das melhorias e pavimentação do trecho em estudo. Neste contexto, o presente Plano de Controle Ambiental – PCA, elaborado a partir dos estudos constantes do Relatório de Controle Ambiental – RCA, tem como objetivo identificar, analisar e recomendar a adoção de medidas preventivas e mitigadoras de proteção ao meio ambiente que assegurem a execução adequada e ambientalmente correta das obras rodoviárias para Melhoramentos e Pavimentação do trecho Jenipapo de Minas – Entrº LMG 676, incluindo-se as áreas de apoio, como canteiros de obras, caixas de empréstimo, bota-foras, jazidas, entre outros. As medidas preventivas sugeridas representam a execução antecipada de procedimentos a serem adotados visando evitar, reduzir e/ou controlar os impactos ambientais relacionados com a ação e a implementação das obras previstas e, as medidas mitigadoras representam o conjunto de ações a serem promovidas para atenuar os eventuais impactos inevitáveis e irreversíveis, recuperando assim, no todo ou na maior parte possível, os valores ecológicos perdidos. 3. INFORMAÇÕES GERAIS 3.1. EMPREENDEDOR • Departamento de Estradas e Rodagem do Estado de Minas Gerais – DER / MG • CNPJ: 17.309.790/0001-94 • End: Av. dos Andradas, 1.120 – CEP: 30.120-010 - Belo Horizonte – MG • Tel: (31) 3235-1395 - Fax: (31) 3224-8497 • E-mail: [email protected] • Responsável pelo projeto: Eng. Murilo Fonte Boa G. Moreira 3.2. EMPRESA E EQUIPE TÉCNICA • PROA – Projetos Ambientais Ltda. • CNPJ: 04.815.674/0001-03 • End: Av. Álvares Cabral, 1315 – Sl. 08 – Lourdes – CEP: 30.170-001 Belo Horizonte – MG • Tel./fax: (31) 3291-0786 • E-mail: [email protected] • Elaboração PCA – Sebastião Antunes Pereira 3.3. EMPRESA RESPONSÁVEL PELO PROJETO DE ENGENHARIA • PLANEX S/A Consultoria de Planejamento e Execução • CNPJ: 17.453.978/0001-01 • End: Rua Grão Mogol, 21, Carmo Sion – CEP: 30310-010 - Belo Horizonte – MG. • Tel.: (31) 3282-0710 4. OBJETIVOS A apresentação deste Plano de Controle Ambiental tem por finalidade, além de atender a legislação ambiental, propor medidas que visem a minimização e/ou compensação dos impactos negativos e a otimização dos positivos, advindos da implantação das obras de Melhoramento e Pavimentação do trecho Jenipapo de Minas – Entrº. LMG 676. 5. CRITÉRIOS METODOLÓGICOS O PCA foi elaborado baseando-se em informações obtidas por meio do diagnóstico de impactos relativos ao empreendimento, apresentadas no Relatório de Controle Ambiental – RCA e também, levantamentos de campo, considerando-se as recomendações presentes no Termo de Referência estabelecido pelo DER/MG, além das informações constantes do Projeto de Engenharia Rodoviária elaborado pela empresa Planex S.A. 6. EMPREENDIMENTO O trecho Jenipapo de Minas – Entrº LMG 676 está localizado na região do vale Médio do Jequitinhonha, estado de Minas Gerais, pertencendo à bacia do rio Araçuaí, inserida na bacia do Jequitinhonha. O trecho em estudo inicia-se no perímetro urbano do município de Jenipapo de Minas e têm o seu final no entroncamento da rodovia LMG-676. O acesso ao município, a partir de Belo Horizonte, é feito pelas BR-381/116/367 – LMG-676 passando por 678 km de rodovia pavimentada e 56 km de rodovia não pavimentada. Prefixo e localização geográfica do trecho: • Rodovia LMG-676 • Extensão: 13,61 km Coordenadas Geográficas • Latitude: 17° 04’ 57” S • Longitude: 42° 15’ 32” O • Altitude: 500 m Porte da obra: de acordo com a DN 74/2004 – PEQUENO; Classe 01. • E-01-03-1 Pavimentação e/ou melhoramentos de rodovias: • Pot. Poluidor/Degradador: − Ar: M Água: M Solo: G Geral: M • Porte: 10 < Extensão < 50 km: pequeno 7. MEDIDAS MITIGADORAS DOS IMPACTOS As medidas mitigadoras propostas neste projeto tem como objetivo atenuar e até mesmo evitar, quando possível, os impactos negativos gerados ao meio ambiente quando da implantação das obras de melhorias e adequações do trecho em questão. As medidas de controle ambiental incidirão, basicamente, sobre: • Controle de erosões; • Recuperação de áreas degradadas e do passivo ambiental; • Travessias urbanas; • Emissão de ruídos; • Emissões atmosféricas; • Meio biótico; e, • Meio antrópico. As medidas mitigadoras deverão ser implementadas e concluídas até a entrega definitiva da obra, prevendo-se inclusive as condições de operação da via. 7.1. CONTROLE DOS PROCESSOS EROSIVOS A formação de processos erosivos é um fato comum em empreendimentos onde haja necessidade de movimentação de terra, caso em que se enquadram as obras rodoviárias, podendo causar danos à estrutura da estrada, influenciar na segurança dos usuários da via e, principalmente, levar a degradação do meio ambiente, devido ao carreamento de partículas e materiais inertes para o interior de corpos hídricos. 7.1.1. Terraplenagem (Desmatamento) As operações envolvendo terraplenagem deverão ser precedidas pela limpeza e preparação do terreno, que consiste na remoção de todo material de origem orgânica presente na área de intervenção. Os limites para o desmatamento, definidos em projetos, deverão ser respeitados, mesmo em traçado sinuoso. O argumento da dificuldade dos operadores de máquinas em acompanhar a linha, às vezes sinuosas, que delimita os “off sets” de terraplenagem, principalmente em regiões de vegetação densa, pode ser solucionada com a execução de desmatamento manual (sem destocamento) em uma faixa que acompanhe as demarcações implantadas, para em seguida executar a desmate mecânico, conforme ilustração abaixo: Off-set de Terraplenagem (Corte) Off-set de Terraplenagem (Aterro) - - - - - Eixo da Rodovia . . . . . . Limites de Desmatamento do Projeto X Largura do desmatamento Mecânico Excesso de Área Desmatada A medida mitigadora mais eficaz para evitar a formação e desenvolvimento de processos de erosão, tem um caráter essencialmente preventivo, e baseiam-se no entendimento da fenomenologia dos processos, quais sejam: • Durante as atividades de terraplenagem, as áreas em operação deverão ser contempladas com sistemas de drenagem específicos e temporários (terraços, leiras, barreira de contenção de sólidos, caixas de retenção/infiltração e caixas de contenção de sedimentos), conforme a necessidade de cada caso, de forma a evitar o carreamento de partículas sólidas para os cursos d’água; • Implantação de sistemas de drenagem definitiva como canaletas e valetas na crista e base dos taludes, escadas hidráulicas, rápidos de descida d’água e dissipadores de energia hídrica, para atenuar a velocidade das águas nos taludes e nas praças de trabalho; • O solo orgânico proveniente da limpeza dos terrenos deverá ser estocado em locais adjacentes à obra para que sejam utilizados na recomposição vegetal de bota-foras, empréstimos, recuperação das jazidas e do canteiro-de-obras; • O material lenhoso deverá ter aproveitamento e destinação adequada, seja na própria obra, seja como fonte de energia; • A massa verde, juntamente com ao material lenhoso não usado na forma estabelecida acima e picado em cavacos, será misturado com o solo orgânico e estocado para compor o “mulching” (camada de solo enriquecida); • Em hipótese alguma esses materiais serão lançados em rios, baixadas ou reservatórios, sendo também vedada a eliminação destes materiais pelo fogo; • As frentes de desmatamento e limpeza de terreno devem ser programadas fora do período de chuvas e evitar ao máximo a permanência de solo exposto, o qual poderá gerar processos erosivos superficiais e carreamento de materiais para o sistema de drenagem e cursos d’águas superficiais, causando assoreamento; • Proteção vegetal superficial (grama em placa, grama fixada com estolões ou hidrossemeadura) a ser realizada imediatamente após a execução das obras de terra. 7.1.2. Estabilização de Taludes A instabilização de taludes de corte ou aterro ocorre principalmente devido à descaracterização do terreno natural e modificação do escoamento superficial. Tanto os aterros quanto os taludes de corte, podem sofrer instabilizações, seja por anomalias locais, por ação de agentes externos, como episódios de precipitações pluviométricas elevadas, ou mesmo por deficiência dos seus sistemas de drenagem superficial ou profunda. Estas instabilizações podem comprometer a integridade da rodovia ou mesmo de áreas limítrofes, além de carrear material para os sistemas de drenagem e também para rios e córregos mais próximos. A ocorrência de fenômenos de instabilização, em taludes de cortes e de aterros rodoviários, quando identificada em seu início, permite reparos, ou medidas corretivas, apenas localizadas, sem necessidade de maiores intervenções, ou até mesmo, de interromper o tráfego. Por outro lado, caso estes processos se desenvolvam, transformando-se em escorregamentos de maiores proporções, a integridade e segurança dos taludes de corte e dos corpos do aterro podem ser comprometidas, e as medidas a serem adotadas em seu reparo, podem exigir até mesmo a interrupção temporária do tráfego, além dos maiores custos envolvidos nas intervenções civis (obras de correção e contenção). Para a minimização dos riscos de instabilidades, podemos adotar medidas preventivas, tais como: • Detalhar os estudos de estabilidade dos taludes dos trechos em corte e dos aterros, verificando-se o grau de segurança que oferecem, revendo, se necessário, a inclinação dos taludes e/ou a utilização de medidas adicionais de contenção; • Os taludes de corte e de aterro devem imediatamente, serem revestidos com cobertura vegetal assim que estes atingirem sua configuração final. No caso de declividades mais acentuadas o tratamento recomendado é o plantio de gramíneas, em leivas ou hidrossemeadura, seguida por um suporte arbustivo; • Implantação de todos os dispositivos de drenagem (canaletas ou valetas de crista e de base do talude, escadas hidráulicas, descidas em rápidos e dissipadores de energia, etc.) imediatamente após a conclusão dos serviços de configuração topográfica; • Monitorar o comportamento das condições de estabilidade dos taludes de corte e dos aterros, por meio de vistorias sistemáticas e periódicas ao longo da rodovia, para a identificação de feições de instabilidade e de situações de risco destes taludes, com a presença de trincas no solo, árvores fora do prumo, desorganização das linhas de drenagem etc. 7.1.3. Drenagem Para evitar que ocorram processos erosivos nas saídas de água de drenagem, serão executados enrocamentos com pedra de mão, cujo diâmetro máximo será aproximadamente 15 cm, conforme projeto executivo do DER. Será feita a escavação do terreno na extremidade de jusante do dispositivo onde o fluxo deverá ter sua energia dissipada. A área escavada será compactada e as pedras de mão serão arrumadas de forma a minimizar os espaços vazios. Este procedimento pode ser visto na figura abaixo: Figura 1: Dissipadores de energia nas saídas dos sistemas de drenagem O trânsito de equipamentos e veículos de serviço fora das áreas de trabalho deve ser evitado tanto quanto possível, principalmente onde houver área com relevante interesse paisagístico ou ecológico. Todo o material excedente ou sobras devem ser removidos das proximidades dos dispositivos e depositados em bota-fora, em local apropriado. 7.1.4. Áreas de Empréstimo e Bota-Fora Bota fora é a denominação dada à destinação do material escavado, principalmente de corte, e não utilizado nos aterros a serem executados, seja por razões de ordem tecnológicas do material, ou por razões econômicas. A utilização de áreas para a disposição de material excedente deve sempre prever uma seleção privilegiando aquelas que já se encontram degradadas. A implantação de bota-fora poderá se constituir, inclusive, como parte de uma atividade / plano de recuperação dessas áreas. Os materiais excedentes serão representados por solos diversos e material rochoso, provenientes das escavações obrigatórias, materiais excedentes de corte, de solos moles, de limpeza e/ou resíduos florestais, e de entulho (remoção de demolições). Estes materiais excedentes constituem-se basicamente de materiais inertes, sem potencial de poluição, considerados como classe 3, conforme classificação quanto à periculosidade proposta pela ABNT na norma NBR – 10.004/04-resíduos sólidos. Os locais selecionados e utilizados para o bota-fora deverão estar voltados preferencialmente às condições e forma de disposição destes materiais para se evitar as conseqüências de uma disposição inadequada, que possa contribuir para a degradação da área, com o comprometimento do seu destino e uso final. Cuidados devem ser tomados quanto à vigilância destas áreas, para se evitar o lançamento não autorizado por parte de terceiros de materiais não inertes (por exemplo, resíduos domiciliares), que podem contribuir para transformar estes locais em “lixões”, comprometendo não apenas a qualidade dos solos, águas subterrâneas, e águas superficiais, mais o comportamento geotécnico do corpo do bota fora. A execução de bota-foras deverá ter uma disposição adequada, bem conformados e compactados, para evitar erosões e assoreamentos da rede de drenagem, que perde a capacidade de vazão, reduz o potencial do uso de várzeas assoreadas, mata a vegetação existente, suja os mananciais e, até impede a sobrevivência de espécies aquáticas, ao mesmo tempo em que podem criar condições de vetores indesejáveis. Deverão ser evitadas áreas próximas às nascentes com o objetivo de se minimizar os efeitos de assoreamento. Esses aterros serão compactados e cobertos com a manta de solo orgânico armazenada anteriormente. O solo orgânico será escarificado e receberá o revestimento vegetal por hidrossemeadura. Os empréstimos são escavações destinadas a prover ou complementar o volume necessário à construção dos aterros, seja por insuficiência do volume dos cortes, seja por motivo de ordem tecnológica de seleção de materiais, ou razões de ordem econômica. Neste item são apresentadas as diretrizes e recomendações de caráter geral, visando orientar o processo de utilização das áreas de empréstimo selecionadas, de forma a respeitar as condições ambientais existentes e permitir a sua recuperação e reintegração à paisagem. A remoção da cobertura vegetal e dos horizontes superficiais de solo, em quaisquer circunstâncias deve ser realizada obedecendo às restrições legais e adotando sempre práticas conservacionistas e medidas preventivas e corretivas que impeçam a formação de processos erosivos. Essas medidas devem prever a implantação de sistemas de drenagem superficial, visando disciplinar o escoamento das águas superficiais, e a proteção das superfícies expostas dos taludes, através de revegetação, privilegiando sempre o uso de espécies nativas. A implantação do sistema de drenagem superficial e dispositivo hidráulicos para escoamento das águas superficiais deve incluir também a instalação de dissipadores, caixas de amortecimento e decantação, de forma a evitar o início de processos erosivos. As caixas de decantação junto aos sistemas de drenagem superficiais das obras têm um caráter preventivo quanto ao assoreamento ao reter os sólidos transportados e impedir ou reduzir seu aporte nas drenagens naturais. Através do controle das causas de formação e desenvolvimento dos processos erosivos se eliminam as principais fontes fornecedoras de sólidos para as drenagens e cursos d’água, reduzindo e mitigando a ocorrência de assoreamento. Os empréstimos devem ser tratados de forma a evitar a perda de terreno tanto pela profundidade atingida, quanto pela declividade alta dos taludes acabados. Áreas de empréstimos próximas a áreas urbanas costumam transformar-se em depósitos de lixo. Após a remoção da vegetação arbórea existente nas áreas de empréstimo, a camada superficial do solo será removida e armazenada para um posterior espalhamento sobre a área degradada. Essa camada de solo orgânico possui microorganismos, nutrientes e propágulos de sementes que são muito importantes para a revegetação. A camada a ser removida nas áreas de empréstimo varia entre 10 a 20 cm de profundidade. O material retirado será armazenado temporariamente na forma de leiras, com altura máxima de 2,0 m. Essas leiras serão feitas nas proximidades das áreas afetadas, visando facilitar sua recolocação nas superfícies a serem recuperadas. O material lenhoso deverá ser removido, estocado, para a sua utilização mais adequada. As áreas de empréstimos deverão ser reconformadas com abrandamento dos taludes, de modo a suavizar contornos e reincorporá-las ao relevo natural. Deverão ser convenientemente drenadas de modo a evitar o acúmulo de águas, bem como, os efeitos da erosão. REMOÇÃO / ESTOCAGEM DO SOLO ORGÂNICO SOLO SUPERFICIAL ORGÂNICO ESTOCADO SOLO SUPERFICIAL ORGÂNICO EM REMOÇÃO PARA ESTOCAGEM Figura 2: Remoção e estocagem do solo orgânico 7.1.5. • Empréstimos EC-1 - Estaca 165 − Área: 24.000 m² − Supressão de vegetação: 14.400 m² − Vegetação: pasto • EC-2 - Estaca 430 − Área: 24.000 m² − Supressão de Vegetação: 14.400 m² − Vegetação: pasto • EC-3 - Estaca 635 − Área: 16.800 m² − Supressão de Vegetação: 16.800 m² − Vegetação: pasto 7.1.6. Bota-fora Estaca Lado Largura(m) Área (m²) 40- 55 LD 21,00 9.004,16 165-179 LE 15,00 5.714,33 230-260 LE/LD 16,00 20.822,50 381-389 LD 25,00 4.865,33 480-490 LD 6,00 1.560,56 515-528 LD 5,00 1.768,72 624-632 LE 10,00 2.032,67 Área Total 7.1.7. 45.768,27 Caminhos de Serviço e Estradas de Acesso Os caminhos de serviço e estradas de acessos, necessários ao desenvolvimento do projeto, serão planejadas de modo a interferir o mínimo possível no contexto ambiental. Para tanto serão tomados os seguintes cuidados: • Evitar o aterramento dos talvegues naturais, ou implantar obras de transposição dos mesmos; • Aproveitar, sempre que possível, os caminhos já existentes, que servem a população local; • Após a conclusão das obras, os segmentos abandonados deverão ser reincorporados à paisagem local ou preparados para o uso da população local como acesso às propriedades; • Implantar sistemas de drenagem para evitar a intensificação de processos erosivos e o assoreamento dos talvegues. 8. RECUPERAÇÃO DAS JAZIDAS Para a estabilização granulométrica da camada de sub-base, foram indicadas 4 (quatro) ocorrências, relacionadas no quadro abaixo: • Jazida J-01: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de quartzo rolado argiloso, localizada a 2,50 km da estaca 0, em propriedade do Sr. Ademilson da Costa Ferreira; • Jazida J-02 Trata-se de uma ocorrência de cascalho de quartzo rolado argiloso, localizada a 3,60 km da estaca 0, em propriedade do Sr. Lúcio Lisboa Cruz; • Jazida J-09: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de quartzo micáceo, localizada a 63,50 km da estaca 680+12,629, em propriedade da empresa Arqueana Mineração, colocada em reserva; • Jazida J-10: Trata-se de uma ocorrência de quartzo britado, localizada a 57,50 km da estaca 680+12,629, em propriedade da Companhia Brasileira de Lítio, colocada em reserva. Os resultados de ensaios foram tratados estatisticamente e comparados com os limites estabelecidos pela Especificação de Base Estabilizada Granulometricamente (DNER-ES 303/97) concluindo-se que os materiais das jazidas J-01 e J-02 não atendem às exigências desta especificação por apresentar elevados valores de LL e IP e ISC (Xmín) menor que 60%, podendo as mesmas serem indicadas apenas para execução da camada de sub-base. A jazida J-09 apresenta resultados satisfatórios para a execução da camada de base, porém o proprietário não assume compromisso com o fornecimento e ter disponibilidade de material na época da execução das obras. O tipo de material da jazida J-10 só poderá ser indicado com mistura, com argila e o proprietário também não assume o compromisso de fornecimento de material na época da execução das obras. Para a utilização destes materiais, é necessário que os proprietários providenciem a legalização das áreas junto aos órgãos ambientais e ao DNPM. As ações a serem desenvolvidas na recuperação das jazidas, algumas são gerais e devem ser seguidas independentes das características de cada local. 8.1. PROCEDIMENTOS As áreas alteradas, usualmente após o término da atividade, são constituídas de bordas em barranco, normalmente abruptos, possuindo em sua superfície interna muitas irregularidades, que durante o período chuvoso permite a formação de poças d’água e a má distribuição das enxurradas, ocasionando processos erosivos. A conformação geométrica da área de uso consistirá na preparação destas bordas e irregularidades, objetivando sua modelagem para a reutilização posterior. A recuperação compreende operações mecanizadas de corte ou aterro de até 0,40 m de espessura, objetivando direcionar adequadamente o escoamento das águas pluviais, regularizarem a superfície e preparar o terreno para a operação de reposição da camada vegetal. A necessidade ou não de instalação de dispositivos de drenagem dependerá de cada caso. 9. RECUPERAÇÃO DO PASSIVO AMBIENTAL A presença de passivos ambientais nas rodovias significa, via de regra, prejuízos diretos ou riscos ao patrimônio público, podendo afetar a segurança dos usuários e a qualidade de vida das populações lindeiras e, ainda, prejudicar a sua própria manutenção e funcionamento. Por outro lado, pode também implicar em riscos de danos aos recursos naturais do entorno da faixa de domínio e ao patrimônio privado ao longo da rodovia. Os passivos ambientais quer oriundos da implantação ou conservação da rodovia atual, quer provocados por terceiros, ao longo do trecho, foram cadastrados e estão abaixo relacionados. As medidas visando à recuperação dos mesmos estão sendo propostas neste relatório. 9.1. CADASTRO DE PASSIVOS E RECUPERAÇÃO Estaca 5 LD - Talude exposto Foto 1: Estaca 5. Revegetar com hidrossemeadura. QUANTITATIVO Intervenção Hidrossemeadura Quantidade 300 m² Estaca 15 LE – Talude O talude será reconformado com a implantação do projeto de melhoria. Foto 2: Estaca 15. Estaca 16 LD - Talude exposto O passivo será totalmente recuperado com a implantação da obra. Estaca 21 LE - Talude exposto Foto 3: Estaca 21. Reconformar talude e semeadura manual. Estaca 45 LE - Erosão no bordo Foto 4: Estaca 45. Será recuperado com a terraplenagem. Estaca 70 LE - Erosão em talude Foto 5: Estaca 70. Foto 6: Estaca 70. Reconformação do talude e aplicação de hidrossemeadura. QUANTITATIVO Intervenção Quantidade Hidrossemeadura 220 m² Retaludamento 145 m³ Estaca 90 LD - Erosão no bordo - LE Talude Foto 7: Estaca 90. A erosão no bordo será recuperada na terraplenagem. Com a implantação do projeto, o talude será reconformado e receberá revegetação por hidrossemeadura. Estaca 105 LE - Erosão no bordo Foto 8: Estaca 105. Será recuperado na terraplenagem. Estaca 115 LE - Talude a reconformar Foto 9: Estaca 115. O passivo será totalmente recuperado com a implantação do projeto. Estaca 160 - LD/LE - Talude desnudo Foto 10: Estaca 160 LE Foto 11: Estaca 160 LD. O passivo será totalmente recuperado com a implantação do projeto. Estaca 205 LD - Talude a reconformar - LD/LE Erosão no bordo Foto 12: Estaca 205 LD. Foto 13: Estaca 205 LE. Reconformar o talude e aplicar semeadura manual. Os bordos serão recuperados na operação de terraplenagem. QUANTITATIVO Intervenção Quantidade Hidrossemeadura 300 m² Retaludamento 120 m³ Estaca 590 LD - Erosão em talude Foto 14: Estaca 590 - Erosão em talude O passivo será totalmente recuperado com a implantação do projeto. 9.2. TOTAL DE QUANTITATIVOS QUANTITATIVO HIDROSSEMEADURA Estaca Quantidade 5 LD 300 m² 70 LE 220 m² 205 LD 300 m² Total 820 m² QUANTITATIVO RETALUDAMENTO Estaca Quantidade 70 LE 145 m³ 205 LD 120 m³ Total 265 m³ 10. TRAVESSIAS URBANAS E PROTEÇÃO AMBIENTAL Após a pavimentação do trecho, as condições de tráfego terão acentuada melhoria, o que implicará em um aumento da velocidade, o que por sua vez poderá elevar a probabilidade de ocorrências de acidentes com as populações locais que habitam as margens da rodovia, tornando de essencial importância a execução de medidas para garantir a segurança destas populações. Como o traçado interceptará povoado, a sinalização de segurança deverá ser enfatizada, com a adoção de placas de advertências e implantação de banda rugosa, antes e depois das interceptações. Nos perímetros urbanos deverão ser implantados os seguintes dispositivos: • Banda rugosa e/ou pavimento formado por blocos intertravados de concreto; • Placas contendo “Perímetro Urbano”, dispostas à 1000m, 500m, e no início do perímetro urbano. Esta última indicando, também, o nome da cidade; • Placa indicativa da velocidade máxima da via, reduzida para 40 km/h no perímetro urbano. Após a passagem, a velocidade da via deverá retornar ao normal, também indicada por meio de placas; • Placas indicando a presença de banda rugosa e a distância para a mesma; • Construção de calçadas para pedestres; • A manutenção da sinalização deverá ser realizada periodicamente, sendo que as placas danificadas ou em estado precário de utilização deverão ser substituídas; • Sinalização horizontal. Com o objetivo de proteger a fauna e conscientizar os usuários da rodovia para a importância da preservação ambiental, serão implantadas placas educativas ao longo da estrada, principalmente onde ocorra à presença de mata nativa, áreas de preservação ambiental e circulação de animais silvestres. As placas terão dizeres educativos alertando aos usuários quanto a possível travessia de animais nas áreas de reserva e a necessidade de preservar o meio ambiente. 11. CONTROLE DE MATERIAL PARTICULADO, GASES E RUÍDOS Como medidas de controle destes impactos, podemos propor: • Realizar manutenção mensal dos veículos e equipamentos utilizadores de combustíveis fósseis, para a redução de emissão de gases poluentes, e, se possível, utilizar bio-combustível; • Limitar o horário de funcionamento dos equipamentos, estabelecendo horários específicos para a realização de operações ruidosas; • Proteger com lonas todas as caçambas dos caminhões de transporte de terra e brita, ou qualquer tipo de material que possa ser disperso, evitando-se a emissão de poeira para a atmosfera; • Realizar o aspergimento da pista da rodovia e dos trechos urbanos, utilizando-se caminhões pipa. A freqüência deste procedimento será determinada de acordo com a época do ano, insolação e intensidade de tráfego local, devendo garantir a redução dos índices de poeiras geradas nas obras para níveis aceitáveis ambientalmente; • Realizar lavagens periódicas dos equipamentos e veículos, minimizando a quantidade de sedimentos transportados. 12. MEIO BIÓTICO Os principais impactos ambientais relacionados ao meio biótico que poderão ocorrer no ambiente da obra de recuperação da rodovia são: supressão de vegetação e intervenção em APP, soterramento de vegetação, interferência em mananciais (captação de água para abastecimento público), eliminação de ambientes naturais frágeis – várzeas, aumento do efeito de borda em fragmentos florestais remanescentes, aumento da pressão antrópica nas formações florestais, apropriação/intervenção em APP, interferências em Unidades de Conservação, afugentamento de elementos da fauna, aumento no risco de acidentes com fauna, aumento da pressão de caça furtiva, perda de solo superficial com atividades de terraplenagem, perda de material lenhoso proveniente de supressão e alteração da qualidade das águas e biota aquática; que serão descritos a seguir e apresentadas soluções para que sejam evitados. 12.1. SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO E INTERVENÇÃO EM APP Os serviços de desmatamentos, destocamentos e outros, realizados nas áreas objeto das obras de melhorias, poderão interferir em áreas com fragmentos florestais ocorrentes, contíguos a estas ou no respectivo entorno, por ocasião da movimentação de maquinários para execução dos serviços de terraplenagem e demais operações decorrentes. Impactos negativos também poderão ocorrer à população faunística do entorno e aos recursos hídricos existentes nas proximidades, tais como o aumento da turbidez da água ou alterações na qualidade destas com conseqüentes perturbações da fauna aquática, decorrentes dos desmatamentos, permitindo os movimentos de terra, construção de pontes, canalizações, corta-rios, etc. Também os serviços referentes ao corte de árvores isoladas ensejam cuidados específicos quanto aos procedimentos, normas e a prevenção a acidentes com usuários e trabalhadores. Dessa forma, adotando os procedimentos desse sistema de monitoramento, os impactos gerados por tais operações, inerentes às obras de melhorias, poderão ser consideravelmente minimizados. Principalmente nos trechos de obras inseridos nas proximidades de linhas de drenagem naturais e lindeiros a fragmentos florestais significativos, medidas de controle no âmbito legal e ambiental devem ser praticadas conforme explicitado. O traçado atual não atinge remanescentes florestais, sendo que os mais significativos serão apenas afetados nas bordas nas obras de implantação de dispositivos de acesso e retorno. • Os serviços de remoção de vegetação somente poderão ser iniciados por ocasião da obtenção da autorização específica e medidas compensatórias emitidas pelos órgãos ambientais (IEF) em atendimento à legislação específica. • As cópias das autorizações deverão ser mantidas nas frentes de obras para atender a quaisquer verificações por parte de autoridades competentes, visto que a ausência destes documentos durante os serviços poderá acarretar em interrupção das atividades. • Deverá ser executada a delimitação física das áreas constantes nas autorizações para desmatamento, evitando assim supressão desnecessária de vegetação e/ou soterramento de outras áreas e comprometimento de cursos d’água. Esta delimitação poderá ser realizada por meio de estaqueamento, barreiras plásticas, fitas de sinalização ou similares. • As atividades de desmatamento e limpeza de terreno deverão se concentrar nos períodos mais secos. Tal procedimento tem como orientação a proteção de linhas de drenagens naturais e de áreas suscetíveis a processos erosivos. Nos casos de atividades de supressão nestas áreas deverão ser implantados dispositivos provisórios de controle de erosão. • Após o desmatamento, a área deverá ser completamente limpa, com a remoção do material vegetal gerado (folhas e galhos), visando a prevenir possíveis obstruções dos dispositivos de drenagem ou possibilidade da ocorrência de fogo. Em hipótese alguma deve-se proceder à queima do material vegetal gerado, por constituir extremo perigo ao tráfego ou a vegetação circundante. • O material lenhoso gerado pelo corte da vegetação deverá ser estocado em pilhas de baixa altura, em locais que não ofereçam riscos de acidentes aos usuários e trabalhadores. Este material poderá ser doado as prefeituras da região ou dispostos adequadamente. • A camada de solo vegetal removida deverá ser estocada em local adequado não sujeito a erosão para posterior aproveitamento, constituindo um substrato para o desenvolvimento da cobertura vegetal a ser implantada em outras áreas. • O corte de grandes árvores, localizadas nas laterais da pista, deve ser planejado de modo a não causar danos à pista e, muito menos, vitimar os trabalhadores ou os usuários. Muitas vezes a inclinação natural de um tronco de árvore é que determina a direção da queda. Outras vezes, a direção pode ser controlada por pessoal habilitado. Dessa forma, devem ser observadas algumas regras mínimas tais como: somente os trabalhadores, em número estritamente indispensável para proceder ao corte, deverão permanecer dentro de um raio igual à altura da árvore; não deve haver duas turmas cortando árvores dentro de uma área, onde árvores cortadas por uma turma possam constituir risco para o pessoal que trabalha na outra; deve haver sempre um homem a certa distância observando os cortadores, para que no momento oportuno, avise-os do início da queda da árvore através de um sinal pré combinado (como por exemplo, um apito estridente); as árvores devem ser derrubadas utilizando-se de serras ou machados; escadas devem ser usadas na poda das árvores e cordas devem ser usadas para reter e controlar a queda das mesmas; deve-se tomar todos os cuidados necessários para não atingir redes elétricas ou telefônicos; o tráfego deve ser interditado quando a árvore for finalmente derrubada e todos os entulhos devem ser removidos. • Devem-se proibir os trabalhadores de qualquer atividade relacionada à coleta de espécies botânicas nas áreas lindeiras aos locais autorizados de desmatamento, principalmente de epífitas, xaxins, e outras de interesse. 12.2. PROTEÇÃO A FAUNA As atividades de recuperação do trecho favorecerão a aproximação de povoamentos faunísticos ocorrentes nas frentes de obras. Tal aproximação aumenta significativamente a probabilidade de eventos relacionados à caça furtiva de espécimes da região. Neste sentido, devem ser adotadas medidas de controle ambiental no intuito de se eliminar quaisquer atividades relacionadas a este tipo de caça. • Devem-se proibir os trabalhadores de qualquer atividade relacionada à caça furtiva, • Promover o registro de todo atropelamento de fauna silvestre, anotando a espécie e as características do local, para mapeamento dos pontos críticos e adoção de medidas corretivas. 13. MEIO SOCIOECONÔMICO As intervenções na rodovia acarretarão impactos positivos ao meio socioeconômico da região, uma vez que com a melhora das condições do pavimento, dos acessos e retornos, ajustes geométricos, o tempo gasto nas viagens será reduzido e as condições de segurança serão ampliadas. As atividades de transporte de cargas também serão favorecidas com o aumento do fluxo dos produtos e redução dos custos das viagens. Após o término das obras, a pressão antrópica poderá aumentar, consistindo em uma indução desordenada de ocupação lindeira, favorecendo instalação de novo sítios, chácaras e pólos industriais, pontos comerciais etc. Como medida de controle, deverá ser elaborado pelas prefeituras municipais, o plano diretor, definindo e direcionando o uso e ocupação do solo e, por parte do DER, caberá a fiscalização para impedir a invasão da faixa de domínio para quaisquer usos. Outros impactos serão de caráter temporários devido aos transtornos de obra, tais como: interrupção e desvios de tráfego, aumento da poluição atmosférica e dos níveis de ruído, tráfego de caminhões, máquinas e equipamentos. 13.1. DESVIO E INTERDIÇÃO DE TRÁFEGO É um impacto de grande percepção pela comunidade afetada, representada principalmente pelos usuários da rodovia e moradores das regiões lindeiras e adjacentes. Pode ocorrer ao longo de toda extensão da rodovia sob restauração, com maior destaque para os trechos junto aos trevos de acesso às sedes municipais e núcleos populacionais, de execução da terceira faixa e variantes a serem implantadas. Por se tratar de uma atividade que afeta diretamente o usuário, por meio de paralisação do tráfego ou diminuição de velocidade, gera um grande impacto durante o período de obra. Esse impacto é tanto maior quanto mais extenso ou prolongado forem as atividades relacionadas com a recuperação do pavimento. Atividades pontuais como consolidação de cortes mais complexos, ou recuperação de acostamentos poderão gerar impactos, porém de menor relevância. Estes impactos podem ser atenuados tomando as medidas abaixo: • Elaboração de projetos específicos de desvios de tráfego, por trechos; • Executar as obras por etapas nos lugares em que o tráfego não puder ser interrompido; • Divulgação prévia das alterações na circulação viária (Comunicação Social); • Sinalização de advertência nas proximidades e sinalização para veículos e pedestres nas vias com circulação alterada; • Garantia, em todos os casos, de acesso a todas as propriedades nas áreas afetadas pelas obras; • Sinalização de “Pare” e “Siga” nos trechos para a passagem de um só veículo. 14. INTEGRAÇÃO PAISAGÍSTICA DA RODOVIA Grande parte das paisagens ao longo do trecho já sofreu algum tipo de ação antrópica, estando, portanto, alterada. Assim, a recuperação das áreas degrada e a preservação da paisagem existente, contribuirá para um melhor aspecto cênico do trecho implantado. O tratamento paisagístico não é abordado apenas por um enfoque estético. É considerado por diferentes aspectos, incluindo o funcional e estrutural, e principalmente reconhecido sua importância para uma melhor integração ambiental e ecológica das rodovias no grande ecossistema nas quais se inserem. Dessa forma, este item enfoca prioritariamente a revegetação das faixas de domínio das vias a serem asfaltadas, por meio da implantação de diferentes estratos arbóreo, arbustivo e herbáceo, com objetivando o controle de erosões, sinalização viva e a proteção ambiental. 15. PROTEÇÃO DOS ACESSOS LATERAIS As áreas de acesso lateral são suscetíveis a erosões. Para evitar que isso ocorra, a pavimentação deverá avançar nestes acessos laterais. Além da proteção, esta pavimentação contribuirá para a manutenção da limpeza da pista nos períodos chuvosos. 16. CANTEIRO DE OBRAS As atividades de instalação, operação e desativação do canteiro de obras devem obedecer a critérios especiais, para se evitar impactos sobre o meio ambiente e a população vizinha ao empreendimento. 16.1. • FASE DE IMPLANTAÇÃO Utilizar, quando possível, áreas já degradadas, evitando ou reduzindo cortes/aterros e a supressão vegetal; • Evitar a interferência em áreas de preservação permanente e sobre recursos hídricos à jusante do canteiro; • Caso haja supressão de vegetação, obter a licença – APEF-, emitida pelo IEF regional evitando uma possível paralisação da obra; • Priorizar áreas com topografia suave e dotadas de sistema drenagem pluvial, para evitar a formação de processos erosivos e o conseqüente assoreamento dos recursos hídricos; • Os canteiros-de-obra deverão ser bem sinalizados, para a prevenção contra acidentes. 16.2. FASE DE OPERAÇÃO 16.2.1. Resíduos Sólidos • Segregação na fonte geradora, por tipo de resíduo, para uma possível reutilização ou reciclagem; • Classificação, conforme norma NBR – 100004/04 − Classe I – perigosos; − Classe IIA – não perigosos, não inertes; e, − Classe IIB – não perigosos, inertes. Tabela 1: Tipo de resíduos sólidos Tipos De Resíduos Sólidos Classificação Orgânicos Recicláveis Resíduos de alimento (cantina) II A Recicláveis Papel / Papelão II A Plástico: copos, talheres, embalagens. II B Embalagens plásticas de material de limpeza II B Metal (latas de alumínios, bandejas, panelas, fios elétricos, chapas, peças automotivas, embalagens ferragens) Vidros (embalagem de alimentos, garrafas, copos). Outros: pneus Comuns Não Recicláveis Papel (etiqueta adesiva, papel carbono, fita crepe, papel sanitário e toalha, higiênico, absorventes, guardanapos) Metal (esponjas de aço, latas aerossóis, tintas, inseticida, pesticida, clipes, grampos). Outros (varrição, limpeza, poda e capina, capas de poltronas). IIB II A II A II A Perigosos Lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias. Cartuchos para impressoras, areia cx SAO, estopas. I Embalagem de lubrificantes e produtos químicos. • Acondicionamento - os resíduos deverão ser acondicionados em contêineres específicos, conforme Resolução CONAMA nº.: 275/01, que define as seguintes cores para os contenedores: − Amarelo - metais − Azul - papel/papelão − Branco - ambulatorial/serviços de saúde − Cinza - resíduos geral* − Laranja - perigosos − Marrom - orgânicos − Preta - madeira *Não recicláveis, misturados ou contaminados, não passíveis de separação. • Armazenamento – deverá ser efetuado em Área de Resíduos Sólidos –ARS-, instalada no interior do canteiro de obras, devendo possuir baias para o armazenamento do resíduo, separado por tipo. O ARS deverá ser coberto, impermeabilizado, fechado por fora, com ventilação natural (janelas com tela tipo mosquiteiro), não podendo ser utilizado para armazenar outro tipo de material, que não seja resíduo. • Coleta/transporte/disposição final – a coleta, transporte e destinação do resíduo comum – domiciliar e escritório – será coletado pelos municípios afetados, quando a área for atendida por este serviço. Caso contrário, essas operações serão de responsabilidade do empreiteiro. Lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias, pneus, tonners e cartuchos de impressoras não poderão ser dispostos em aterro, devendo ter disposição conforme Resolução CONAMA nº.: 275/01. Os resíduos perigosos – classe I - deverão ser coletados, transportados e tratados por empresa licenciada. Essas operações deverão ser comprovadas por notas fiscais e ou contratos com as empresas responsáveis por estas operações. O resíduo sólido de construção civil deverá, quando possível, ser reaproveitados na própria obra. 16.2.2. Abastecimento de Combustíveis/Usina de Asfalto Os tanques de armazenamento de combustível e emulsão asfáltica, deverão ser instalados em áreas impermeabilizadas, protegidos por bacia de contenção e dotados de canaletas, direcionando o efluente líquido para caixa separadora de água e óleo. 16.2.3. Lavagem de Veículos e Equipamentos A área de lavagem dos veículos, máquinas e equipamentos deverão, também, ser impermeabilizada e dotada de canaletas, direcionando o efluente para a caixa separadora de água e óleo, cuja areia depositada, deverá ser periodicamente retirada e acondicionada em tambores, na cor laranja, para a posterior coleta, tratamento e disposição final. B Ø = 4” C Saídas de Água Limpa Ø = 2” Ø = 4” 5 Água Limpa 0,50 m Água + Óleo 4 1 2 A Sedimentação de Sólidos 3 Água Água + Óleo B 1,00 m A 1,00 m 0,50 m Óleo Sobrenadante C 1,00 m 1,00 m Planta Figura 3 0,10 m 1 0,60 m 2 3 0,30 m 1,00 m 1,00 m 1,00 m Corte - AA Retirada Manual de Óleo Água Limpa 0,10 m 0,10 m 2 5 1,00 m 0,80 m 1,00 m Corte - BB 0,10 m 3 4 Água Limpa 0,40 m 0,20 m 0,30 m 1,50 m 0,25 m 0,25 m Corte - CC Figura 4: Corte caixa SAO 16.2.4. Esgoto Sanitário Para receber o esgoto doméstico, deverá ser instalada fossa séptica, caso não haja rede de esgotos na área do canteiro de obras. A distância recomendada entre a fossa e os locais de produção é de 4 metros, para evitar mau cheiro e canalizações muito longas e com curvas. Deve, também, ficar em nível mais baixo e longe de poços ou de qualquer outra fonte de captação de água, no mínimo 30 metros. Figura 5 Figura 6 Figura 7: Planta – Fossa Séptica 16.3. FASE DE DESATIVAÇÃO Após o término das atividades, as áreas utilizadas para a implantação e operação dos canteiros de obras deverão ser desocupadas e recuperadas. Para isto, faz-se necessário: • Remoção de quaisquer obstáculos decorrentes das obras e estruturas construídas, tais como, escritórios, almoxarifados, laboratório, etc.; • Regularização topográfica do terreno, eliminando pontos onde foram realizados cortes e aterros; • Recuperação da área, mediante a implantação de vegetação. A destinação dos resíduos gerados deverá ser a mesma definida para os demais resíduos citados no presente estudo. O uso futuro do canteiro deverá ser discutido entre a fiscalização do DER/MG com a prefeitura municipal, objetivando o aproveitamento da mesma em atividades sociais ou como área de lazer para as comunidades locais. 17. PROGRAMA DE SUPERVISÃO AMBIENTAL A supervisão ambiental será exercida por empresa contratada, em caráter auxiliar e serão desempenhados em nome e por delegação do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais, através da Diretoria de Engenharia, com a incumbência de fiscalizar diretamente as obras em seus aspectos ambientais. 17.1. OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DOS SERVIÇOS a) Dotar do DER/MG de suficientes, concretas e tempestivas informações, sobre os serviços ambientais da obra, particularmente os seguintes aspectos: • Qualidade dos serviços de campo, inclusive obediência ao projeto de engenharia ambiental (RCA/PCA) e respectivas recomendações; • Desempenho e estrutura da Construtora na execução dos serviços afetos ao meio ambiente e legislação específica; • Atendimento às exigências de órgãos ambientais (FEAM, IEF, IGAM E IBAMA); • Proteção ao meio ambiente. b) Executar diretamente serviços, compreendendo: • Detalhamento do projeto de engenharia ambiental, quando este for omisso quanto a aspectos construtivos e de especificações; • Esclarecimento à Construtora quanto ao projeto de engenharia e suas recomendações; • Revisão e/ou atualização do projeto de engenharia ambiental, conforme e quando necessários eliminando não-conformidades; • Acompanhar a execução de cada etapa de obra, fiscalizando os serviços ambientais executados; • Solução de problemas construtivos imprevistos surgidos nos serviços e obras ambientais constantes nos RCA/PCA. c) Verificar com especial atenção as medidas adotadas pela Construtora para minimizar as interferências e assegurar a segurança do fluxo de tráfego, especialmente no que concerne à sinalização, sobretudo a noturna. d) Acompanhar em caráter auxiliar da Fiscalização, os cuidados em geral que a Construtora dispensar aos seus operários, à população da região e aos usuários da rodovia em obras. e) Disponibilizar profissional de assistência social para os trabalhos de divulgação e acompanhamento do Programa de Educação Ambiental. f) Elaborar Relatório Final da obra, informando seu histórico e antecedente desde a fase de projeto e todos os eventos técnicos relevantes ocorridos, assim como, fornecer indicações sobre alterações ocorridas e seus motivos, serviços necessários não realizados e recomendações para a operação da via. O monitoramento poderá ser sintetizado nos quadros abaixo: Instalação e desmobilização do Canteiro Impacto Monitoramento Geração de doenças no pessoal; Periodicidade Nos sessenta dias iniciais, Verificar oscilações no contingente humano semanal; No período restante, mensal. Captação/abastecimento de água Durante as obras de Baixa qualidade de Rede de esgotos instalação, semanal; vida; Destino final dos dejetos No período restante, mensal Disposição e manejo do lixo Semanal Poluição da água Sistema de filtragem de graxas e óleo nas oficinas Quinzenal superficial e Dispositivo para a recepção de esgotos sanitários Mensal subterrânea; Área para recepção do lixo Semanal Focos de vetores nocivos Condições de segurança dos tanques de combustíveis, lubrificantes, asfaltos, etc. Quinzenal Verificar se as superfícies dos caminhos de serviço sujeitas à poeira estão úmidas. Manter reguladas as usinas de asfalto e usar filtros; Diária Impacto Monitoramento verificar ventos predominantes na dispersão da Poluição do ar fumaça (evitar que atinjam áreas habitadas) Degradação de áreas Supervisionar a recuperação das áreas utilizadas para utilizadas com instalação do canteiro Periodicidade Diária Semanal instalações provisórias Desmatamento e Limpeza do Terreno Impacto Monitoramento Periodicidade Erosões na faixa de domínio atingindo ou não a estrada; Verificar a obediência às notas de serviços Assoreamento de talvegues; Diária Escorregamentos de taludes e quedas de Verificar se o desmatamento está restrito às pedras necessidades da construção Incêndios; Verificar as gerações de remoção e eliminação dos proliferação de restos de vegetação Diária vetores (insetos, répteis, roedores) Bloqueio de talvegues Verificar a disposição do material oriundo da limpeza (camada orgânica) para futura reincorporação ao solo nas áreas a serem recuperadas. Diária Não permitir o depósito de resíduos de vegetação nos talvegues. Desmatamento se o Verificar o atendimento à legislação para o serviço aproveitamento de Mensal árvores de maior porte Caminhos de Serviços Impacto Erosões da estrada e terrenos visinhos; Monitoramento Verificar o escoamento nas obras de travessias de cursos d’água e talvegues Assoreamento de talvegues; Verificar demolição das obras provisórias, Desimpedindo o fluxo dos talvegues e evitando a formação de caminhos Periodicidade Impacto Retenção (represamento) de fluxo de águas superficiais (inclusive rompimentos de bueiros da estrada) Monitoramento preferenciais para a água Periodicidade Quinzenal ou diária em períodos de chuva. Verificar a recuperação da vegetação nas áreas desnudadas e limpas para implantação dos caminhos de serviços Terraplenagem, Empréstimos e Bota-Foras Impacto Acidentes envolvendo trabalhadores e transeuntes; Monitoramento Controlar velocidade de veículos e máquinas envolvidos na construção; Assoreamento de talvegues; Verificar eficiência da sinalização de obra; Retenção (represamento) de fluxo de águas superficiais (inclusive rompimento de bueiros da estrada Verificar se as superfícies sujeitas à poeira estão mantidas úmidas. Poluição do ar Sobra de material transportado (terra, entulho, rocha, etc.) ao longo dos trajetos de máquinas e caminhões. Ruídos e Vibrações Proliferação de insetos Degradação de áreas Verificar se as superfícies sujeitas à poeira estão mantidas úmidas; Observar emissão das descargas dos veículos e máquinas envolvidos na construção Controlar o carregamento dos veículos; Verificar a superfície de rolamento dos caminhos de serviço; Controlar a velocidade de veículos e máquinas envolvidos no transporte. Controlar a emissão de ruídos por motores mal regulados ou com manutenção deficiente. Verificar localização de caixas de empréstimos; Verificar existência de área sujeita a empoçamentos em virtude dos serviços de terraplenagem; Verificar implantação de “Drenagem de Serviço”* nas áreas em terraplenagem Evitar a exploração de áreas urbanizadas/urbanizáveis; Verificar a recuperação de áreas exploradas ao uso original; Verificar a localização das caixas de empréstimos e bota-foras; Periodicidade Diária Diária Diária Semanal Semanal Quinzenal Semanal Quinzenal Impacto Monitoramento Verificar a reconformação dos bota-foras Erosões e Assoreamentos Verificar a compactação dos bota-foras; Verificar a implantação de “Drenagem de Serviço” Verificar a localização de empréstimos e botaforas Verificar implantação de dissipadores de energia; Verificar obediência às defasagens permitidas entre as frentes de serviços Periodicidade Diária Semanal Diária Diária Semanal *Entende-se por “Drenagem de Serviço” os dispositivos temporários, sem qualquer revestimento, implantado com o objetivo de manter as frentes em terraplenagem livres dos efeitos das águas pluviais, evitando-se assim, erosões e assoreamento nas áreas das obras e região adjacente. Desmonte de rocha e Pedreira Impacto Degradação exploradas; de Monitoramento Periodicidade áreas Verificar recuperação da área explorada; Abertura de novas lavras Verificar atendimento ao método exploratório Quinzenal face a impossibilidade de projetado; continuidade na exploração da lavra em uso; Erosões e Assoreamentos Verificar impedimento ao carreamento deposição de matérias erodidos e Diária Alagamentos Verificar implantação de drenagem de serviço; Não permitir formação de depressões na praça Quinzenal da pedreira; Acidente envolvendo Não permitir estoque conjunto de materiais A cada recebimento material explosivo explosivos distintos; do material Verificar localização segura dos paióis Na implantação dos paióis Não permitir o uso de veículos inadequados ao Diária transporte de explosivos; Manter os caminhos de serviços em condições Diária de segurança Acidentes ocorrentes na Verificar comunicação com a população local; Impacto Monitoramento Periodicidade detonação Verificar a evacuação na região lindeira à área A cada detonação da detonação Sobra de material transportado (entulho, rocha, etc.) ao longo dos trajetos de máquinas e caminhões Controlar o carregamento dos veículos; Verificar a superfície de rolamento dos Diária caminhos de serviços; Controlar a velocidade de veículos e máquinas envolvidos no transporte. Drenagem, Bueiros, Corta-rios e Pontes. Impacto Monitoramento Periodicidade Verificar limpeza permanente de talvegues; Verificar se as condições de descarga das obras Erosões conduzem à formação de erosões; Quinzenal Verificar implantação de desvios e captações em condições adversas; Assoreamento, Verificar colocação de entulhos em talvegues e Semanal inundações entupimentos de bueiros; e após incidência de chuvas Verificar eficiência do sistema de drenagem 18. RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS A recuperação das áreas degradadas envolve operações que vão desde o preparo do solo até a manutenção das espécies vegetais implantadas. Cabe ressaltar que as medidas aqui definidas, deverão ser executadas para a recuperação do passivo ambiental identificado no trecho. As áreas a serem recuperadas deverão ser cercadas com arame em 4 fios. Os procedimentos para a recuperação das áreas degradadas são descritos abaixo: • Regularização topográfica, consistindo em acertos de acabamento na superfície e inclinação dos taludes, prevenção dos processos erosivos, com a execução de curvas de nível nos locais onde há previsão de fluxo de água; • Revegetação. 18.1. SELEÇÃO DE ESPÉCIES Para a escolha das espécies é de fundamental importância o conceito de heterogeneidade. Nesta perspectiva, busca-se trabalhar com a maior diversidade possível de espécies vegetais nativas e que sejam representativas dos diversos estágios temporais e estruturais dos diferentes ecossistemas presentes nas áreas em questão. Além disso, a seleção de espécies estará direcionada para sua autosustentação. Para a escolha das espécies, deverá feita, levando-se em conta sua relação com a fauna e a flora local, e apresentar as seguintes características: • Agressividade; • Rusticidade; • Rápido desenvolvimento; • Fácil propagação; • Fácil implantação com baixo custo; • Pouca exigência quanto a condições do solo; • Fácil integração na paisagem; • Fator de produção de alimento para a fauna. 18.2. PREPARO DO SOLO • Descompactação do solo, quando necessário; • Aplicação de corretivos e adubação (calcário e adubos orgânicos para plantio). A aplicação do calcário e adubo deverá ser feita em separado, sendo primeiramente espalhado o calcário e depois o adubo. A calagem seguida de gradagem deverá ser realizada com pelo menos um mês de anterior à época do plantio, para que o calcário reaja no solo. 18.3. PLANTIO O plantio consorciado de leguminosas com gramíneas proporciona um grande incremento na eficiência dos resultados obtidos, não apenas devido seu papel na proteção da área, mas também por influenciarem na fixação de nitrogênio da atmosfera no solo. A recomposição da vegetação herbácea é executada por semeadura a lanço, seguida de cobertura rasa, por meio de passadas de grade aradora, com plantio no início do período de chuvas. A vegetação herbácea protege essencialmente contra a erosão superficial, ravinamento, dissecação, alteração da superfície, agrega as camadas superficiais numa espessura variável, em média de 0,5m a 0,25m, participa na formação do húmus e se implanta rapidamente. O plantio de mudas arbóreas deverá ser feito com mudas nativas adaptadas as condições da região onde serão plantadas, aumentado a probabilidade de sobrevivência. Imediatamente antes do plantio deverá ser cortado 1cm do fundo do saquinho, para podar as pontas das raízes enoveladas. A muda deve ser retirada cuidadosamente da embalagem para não desmanchar os torrões, devendo, então, serem plantadas em covas de 0,60mx0,60mx0,60m. Todo material descartado e de natureza poluidora deverão ser recolhidos e acondicionados em locais apropriados. 18.4. MONITORAMENTO As ações de monitoramento consistem das seguintes atividades: • Replantio das mudas de espécies arbóreas mortas; • Execução de nova semeadura em caso de má germinação do extrato herbáceo implantado; • Coroamento das mudas, a fim de evitar seu abafamento ou reduzir a competição por luz, água e nutrientes; • Realização de nova adubação de cobertura, caso necessário; • Combate a insetos prejudiciais, principalmente as formigas, eliminando-as através de isca formicida granulada a base de sulfluramida, um composto de baixa toxidade no formigueiro ativo. Relação de espécies nativas para reabilitação das áreas degradadas Nome Científico Nome Popular Astronium fraxinifolium Aroeira Annona crassiflora Araticum Xylopia sericea Pindaíba Aspidosperma dasycarpon Pereiro Cybistax antisyphillitica Caroba-verde Jacarandá brasiliana Carobão Tabebuia alba Ipê-amarelo Tabebuia roseo-alba Ipê-branco Bombar longiflorum Ibiruçu Plenckia polpunea Marmelo Terminalia argentea Capitão Connarus suberosus Corticeira Curatella americana Lixiera Diospyrus hispida Maria-preta Nome Científico Nome Popular Anadenanthera falcata Angico Bowdichia virgiliodes Sucupira-preta Dalbergia violacea Caviúna Dimorphandra mollis Faveiro Ferreirea spectabilis Sucupira Hymenaea stigonocarpa Jatobá Inga offinis Ingá Platymenia reticulada Vinhático Sclerolobium aureum Carvoeiro Stryphnodendron barbadetiman Barbatimão Lafoensia pacari Pacari Eugenia dysenterica Cagaita Ouratea castaneafolia Farinha-seca Roupala brasilienses Carne-de-vaca Fagara rhoifolia Mamica-de-porca Dilodendron bippinatum Bela-moça Pouteria ramiflora Bacupari Pouteria Torta Bacupari Guazuma ulmifolia Mutamba Luehea divaricata Açoita-cavalo Callisthene minorItapicuru Itapicuru Qualea densiflora Pau-terra Salvertia convallariodora Bate-caixa Vochysia elliptica Pau-de-tucano Cronograma De Implantação De Medidas De Controle Ambiental E Reabilitação Período De Obras Atividades Ano 1 Aproveitamento do Material de Ano 2 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Programa de controle de emissões fugitivas X X X X X X X X Programa de comunicação social X desmatamento Coleta e armazenamento dos solos de decapeamento Implantação do sistema de tratamento de efluentes oleosos Implantação do sistema de controle de vazamentos no reservatório de asfalto Programa de controle de resíduos sólidos e efluentes sanitários X X X X X A implantação das medidas e programas de controle ambiental ocorrerá antes do início das obras e será mantida até seu término. As medidas de reabilitação deverão ser executados de acordo com o cronograma apresentado no quadro acima, levando em consideração a data de início das obras. Cronograma de execução das medidas de reabilitação e programa de monitoramento. Atividades Jan Implantação de dispositivos de Fev Mar Abr Mai Jun X Jul Ago X X Set Out Nov Dez X X X X X X X X X X X drenagem nas jazidas Recolocação do solo X de capeamento Hidrossemeadura Semeadura manual Plantio de mudas de espécie nativas Replantio X X Atividades Adubação periódica Coroamento Jan Fev Mar Abr Mai Jun X X X X Combate a formigas Vistorias periódicas mensais Combate a incêndios Capinas e aceiros semestralmente 19. Jul Ago Set Out MEMÓRIA DE CÁLCULO E QUADRO DE QUANTIDADES A memória de cálculo das quantidades de meio ambiente se encontra a seguir. 1 – Conformação de caixas de empréstimo e jazidas 1.1 Alargamento Corte Estaca / Localização Lado Área (m²) 0,00 Subtotal 0,00 1.2 Empréstimos Concentrados Estaca / Localização Lado Área (m²) 165 (EC-01) LE 24.000,00 430 (EC-02) LE 24.000,00 635 (EC-03) LD 16.800,00 Subtotal 64.800,00 1.3 Empréstimos (Valetões) Estaca / Localização Lado Área (m²) 0,00 Subtotal 0,00 1.4 Jazidas Estaca Distância Área (m²) 0 (J-01) 2,50 10.800,00 0 (J-02) 3,60 17.100,00 Subtotal 27.900,00 Total Geral 92.700,00 Nov Dez 2 – Estocagem de caixas de empréstimo e jazidas 2.1 Alargamento Corte Estaca / Localização Lado Área (m²) 0,00 Subtotal 0,00 2.2 Empréstimos Concentrados Estaca / Localização Lado Área (m²) 165 (EC-01) LE 24.000,00 430 (EC-02) LE 24.000,00 635 (EC-03) LD 16.800,00 Subtotal 64.800,00 2.3 Empréstimos (Valetões) Estaca / Localização Lado Área (m²) 0,00 Subtotal 0,00 2.4 Jazidas Estaca Distância Área (m²) 0 (J-01) 2,50 10.800,00 0 (J-02) 3,60 17.100,00 Subtotal 27.900,00 Total Geral 92.700,00 3 – Reposição de caixas de empréstimo e jazidas 3.1 Alargamento Corte Estaca / Localização Lado Área (m²) 0,00 Subtotal 0,00 3.2 Empréstimos Concentrados Estaca / Localização Lado Área (m²) 165 (EC-01) LE 12.000,00 430 (EC-02) LE 12.000,00 635 (EC-03) LD 8.400,00 Subtotal 32.400,00 3.3 Empréstimos (Valetões) Estaca / Localização Lado Área (m²) 0,00 Subtotal 0,00 3.4 Jazidas Estaca Distância Área (m²) 0 (J-01) 2,50 5.400,00 0 (J-02) 3,60 8.550,00 Subtotal 13.950,00 46.350,00 Total Geral 4 – Plantio de árvores - Ocorrências (J-02) Material Nº mudas Área (m²) Proprietário Cascalho 10.800,00 430 Ademilson da Costa Ferreira Total Geral 10.800,00 430 5 - Grama em Placas (DMT=10km) Interseção Área Total Jenipapo de Minas 1.932,00 1.932,00 Total Geral 1.932,00 6 – Conformação e proteção dos locais de Bota-fora 6.1 Bota-fora Estaca Lado Área (m²) 40-55 LD 9.004,16 165-179 LE 5.714,33 230-260 LD/LE 22.445,00 LD 4.865,33 381-389 LD 1.560,56 480-490 LD 1.768,72 515-528 LE 2.032,67 624-632 Total Geral 47.390,77 7 – Cerca Localização Jazida J-01 Jazida J-02 Total Geral Quantidade 645,00 775,00 1.420,00 8 - REVEGETAÇÃO Estaca 40-55 165-179 230-260 381-389 480-490 515-528 624-632 Total Geral 8.1 Bota-fora Área (m²) 9.004,16 5.714,33 22.445,00 4.865,33 1.560,56 1.768,72 2.032,67 47.390,77 Lado LD LE LD/LE LD LD LD LE Semeadura Manual 0,00 0,00 0,00 8.3 Empréstimos Concentrados Área (m²) Hidrossemeadura 24.000,00 0,00 24.000,00 0,00 16.800,00 0,00 0,00 64.800,00 64.800,00 0,00 Semeadura Manual 24.000,00 24.000,00 16.800,00 64.800,00 64.800,00 8.4 Taludes de corte e aterro Área (m²) Hidrossemeadura 72.102,00 72.102,00 72.102,00 72.102,00 72.102,00 72.102,00 Semeadura Manual 0,00 0,00 0,00 Lado - Estaca Subtotal Total Geral Lado - Estaca 165 (EC-01) 430 (EC-02) 635 (EC-03) Subtotal Total Geral Lado LE LE LD Estaca (Topograph) Subtotal Total Geral Lado Estaca 0 (J-01) 0 (J-02) Subtotal Total Geral Distância 2,50 3,60 Estaca Subtotal Total Geral Semeadura Manual 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8.2 Empréstimos laterais 8.2.1 Alargamento Corte Área (m²) Hidrossemeadura 0,00 0,00 0,00 0,00 8.2.2 Empréstimos (Valetões) Área (m²) Hidrossemeadura 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Estaca Subtotal Estaca 5 70 205 Subtotal Total Geral Hidrossemeadura 9.004,16 5.714,33 22.445,00 4.865,33 1.560,56 1.768,72 2.032,67 47.390,77 8.5 Jazidas Área (m²) 10.800,00 17.100,00 27.900,00 27.900,00 Semeadura Manual 0,00 0,00 Hidrossemeadura 10.800,00 17.100,00 27.900,00 27.900,00 Semeadura Manual 0,00 0,00 0,00 0,00 8.6 Passivos (taludes de corte-erosão) Lado Área (m²) Hidrossemeadura 300,00 300,00 LD 220,00 220,00 LE 300,00 300,00 LD 820,00 820,00 820,00 820,00 Semeadura Manual 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8.7 Canteiro de Obras Área (m²) Hidrossemeadura 10.000,00 0,00 10.000,00 0,00 10.000,00 0,00 Semeadura Manual 10.000,00 10.000,00 10.000,00 Lado 9-Desmatamento, destocamento e limpeza Serviço Unidade Desmatamento, destocamento e limpeza de árvores m² Retaludamento de corte m³ Total 139.591,00 265,00 QUADRO RESUMO DOS SERVIÇOS DE REVEGETAÇÃO SERVIÇO Hidrossemeadura Semeadura Manual A seguir apresentamos o Quadro de Quantidades. ÁREA 148.212,77 74.800,00 20. ART DO DOCUMENTO 21. • BIBLIOGRAFIA BRANDÃO Mitzi, BRANDÃO Hipérides. A Árvore: Paisagismo e Meio Ambiente. Ed. Vitae Comunicação Integrada. Belo Horizonte – MG, 1992. • DER – DEPARTAMENTO DE ESTRADAS E RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS - Manual de Procedimentos Ambientais em Empreendimentos Rodoviários. • DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES 2005-. Manual Rodoviário de Conservação, Monitoramento e Controle Ambientais. Rio de Janeiro – RJ. • FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO DE MINAS GERAIS/CETEC – Diagnóstico Ambiental do Estado de Minas Gerais. • IBAMA – INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS, 1990. XXXVI Congresso Brasileiro de Botânica, anais. Curitiba, 1985. Volume II. Brasília - DF. 22. ANEXOS GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS Programa de Pavimentação de Ligações e Acessos Rodoviários aos Municípios – ProAcesso PROJETO DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA DE MELHORAMENTO E PAVIMENTAÇÃO DE RODOVIA RODOVIA: LMG-676 / LMG-678 TRECHO: Francisco Badaró - Araçuaí EXTENSÃO: 43,84 km PCA – PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL OUTUBRO / 2008 GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS Programa de Pavimentação de Ligações e Acessos Rodoviários aos Municípios – ProAcesso PROJETO DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA DE MELHORAMENTO E PAVIMENTAÇÃO DE RODOVIA RODOVIA: LMG-676 / LMG-678 TRECHO: Francisco Badaró - Araçuaí EXTENSÃO: 43,84 km PCA – PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL Coordenação e Fiscalização: Diretoria de Projetos – DER-MG Elaboração: Planex S/A – Consultoria de Planejamento e Execução Contrato: PJU-24.032/07 OUTUBRO / 2008 ÍNDICE 1 Apresentação..................................................................................................................... 1 1.1 Mapa de Situação.............................................................................................................. 2 2 Introdução ......................................................................................................................... 3 3 Informações Gerais ........................................................................................................... 3 3.1 Empreendedor................................................................................................................... 3 3.2 Empresa Responsável pelo RCA e Equipe Técnica ......................................................... 3 3.3 Empresa Responsável pelo Projeto de Engenharia........................................................... 4 4 Objetivos........................................................................................................................... 4 5 Critérios Metodológicos ................................................................................................... 4 6 Empreendimento ............................................................................................................... 4 7 Medidas Mitigadoras dos Impactos .................................................................................. 5 7.1 Controle dos Processos Erosivos ...................................................................................... 6 8 Recuperação das Jazidas................................................................................................... 13 8.1 Procedimentos................................................................................................................... 14 9 Recuperação do Passivo Ambiental.................................................................................. 14 9.1 Cadastro de Passivos e Recuperação ................................................................................ 15 9.2 Total de Quantitativos....................................................................................................... 26 10 Travessias Urbanas e Proteção Ambiental........................................................................ 27 11 Controle de Material Particulado, Gases e Ruído............................................................. 28 12 Meio Biótico ..................................................................................................................... 29 12.1 Supressão de Vegetação e Intervenção em APP............................................................... 29 12.2 Proteção da Fauna............................................................................................................. 31 13 Meio Socioeconômico ...................................................................................................... 31 13.1 Desvio e Interdição de Tráfego......................................................................................... 32 14 Integração Paisagística da Rodovia .................................................................................. 32 15 Proteção dos Acessos Laterais.......................................................................................... 33 16 Canteiro de Obras ............................................................................................................. 33 16.1 Fase de Implantação.......................................................................................................... 33 16.2 Fase de Operação .............................................................................................................. 33 16.3 Fase de Desativação.......................................................................................................... 38 17 Programa de Supervisão Ambiental ................................................................................. 38 17.1 Os Principais Objetivos dos Serviços ............................................................................... 38 18 Recuperação de Áreas Degradadas................................................................................... 44 18.1 Seleção de Espécies .......................................................................................................... 44 18.2 Preparo do Solo................................................................................................................. 45 18.3 Plantio ............................................................................................................................... 45 18.4 Monitoramento.................................................................................................................. 46 19 Memória de Cálculo e Quadro de Quantidades ................................................................ 49 20 ART do Documento.......................................................................................................... 58 21 Bibliografia ....................................................................................................................... 59 22 Anexos .............................................................................................................................. 59 12. APRESENTAÇÃO PLANEX S/A – Consultoria de Planejamento e Execução, apresenta o PCA – Plano de Controle Ambiental do Projeto de Engenharia Rodoviária de Melhoramento e Pavimentação da Rodovia LMG-676 / LMG-678, trecho Francisco Badaró – Araçuaí, em atendimento ao contrato nº PJU-24.032/07, assinado em 12/07/2007 com o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais: Este documento foi elaborado tendo como referência: • Termo de Referência para Elaboração de Plano de Controle Ambiental – PCA – GER001 (texto revisado - versão 2 - julho/97). Foram feitas algumas adequações devido às características do empreendimento a ser licenciado. • Termos de Referência para Elaboração de Projeto Final de Engenharia Rodoviária para Revisão/Melhoramento e Pavimentação de Rodovias do DER /MG O Projeto é apresentado em 13 volumes distintos, sendo: • Volume 1 – Relatório de Projeto e Documentos para Concorrência (A-4); • Volume 1C – Diagnóstico de OAE (A-4); • Volume 2 – Projeto de Execução (A-3); • Volume 2C – Projeto de Execução de OAE (A-3); • Volume 3 – Memória Justificativa (A-4); • Volume 3C – Memória de Cálculo de Estrutura (A-4); • Anexo 3A – Projeto de Desapropriação (A-4); • Anexo 3B – Estudos Geotécnicos (A-4); • Anexo 3D – Notas de Serviço e Cálculo de Volumes (A-4); • Relatório de Controle Ambiental – RCA (A-4); • Plano de Controle Ambiental – PCA (A-4); • Plano Técnico de Reconstituição da Flora - PTRF (A-4); e, • Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD (A-4). 13. INTRODUÇÃO O Plano de Controle Ambiental – PCA consiste em um conjunto de medidas destinadas ao licenciamento e reabilitação ambiental das áreas que sofreram alterações, oriundas da implantação das melhorias e pavimentação do trecho em estudo. Neste contexto, o presente Plano de Controle Ambiental – PCA, elaborado a partir dos estudos constantes do Relatório de Controle Ambiental – RCA, tem como objetivo identificar, analisar e recomendar a adoção de medidas preventivas e mitigadoras de proteção ao meio ambiente que assegurem a execução adequada e ambientalmente correta das obras rodoviárias para Melhoramentos e Pavimentação da rodovia LMG-676 / LMG-678, trecho Francisco Badaró – Araçuaí, incluindo-se as áreas de apoio, como canteiros de obras, caixas de empréstimo, bota-foras, jazidas, entre outros. As medidas preventivas sugeridas representam a execução antecipada de procedimentos a serem adotados visando evitar, reduzir e/ou controlar os impactos ambientais relacionados com a ação e a implementação das obras previstas e, as medidas mitigadoras representam o conjunto de ações a serem promovidas para atenuar os eventuais impactos inevitáveis e irreversíveis, recuperando assim, no todo ou na maior parte possível, os valores ecológicos perdidos. 14. INFORMAÇÕES GERAIS 14.1. EMPREENDEDOR • Departamento e Estradas e Rodagem do Estado de Minas Gerais – DER/MG • CNPJ: 17.309.790/0001-94 • END: Av. dos Andradas, 1.120 – CEP: 30.120-010 - Belo Horizonte – MG • TEL: (31) 3235-1395 - FAX: (31) 3224-8497 • E-mail: [email protected] • Responsável pelo projeto: Eng. Murilo Fonte Boa G. Moreira 14.2. EMPRESA E EQUIPE TÉCNICA • PROA – Projetos Ambientais Ltda • CNPJ: 04.815.674/0001-03 • END: Av. Álvares Cabral, 1315 – Sl. 08 – Lourdes – CEP: 30.170-001 Belo Horizonte – MG • Tel./fax: (31) 3291-0786 • E-mail: [email protected] • Elaboração PCA – Moacyr Alves de Oliveira - CREA 30.563/D 14.3. EMPRESA RESPONSÁVEL PELO PROJETO DE ENGENHARIA • PLANEX S/A – Consultoria de Planejamento e Execução • CNPJ: 17.453.978/0001-01 • END: Rua Grão Mogol, 21, Carmo Sion – CEP: 30310-010 - Belo Horizonte – MG. • Tel.: (31) 3282-0710 15. OBJETIVOS A apresentação deste Plano de Controle Ambiental tem por finalidade, além de atender a legislação ambiental, propor medidas que visem a minimização e/ou compensação dos impactos negativos e a otimização dos positivos, advindos da implantação das obras de Melhoramento e Pavimentação da Rodovia LMG-676 / LMG-678, trecho Francisco Badaró – Araçuaí. 16. CRITÉRIOS METODOLÓGICOS O PCA foi elaborado baseando-se em informações obtidas por meio do diagnóstico de impactos relativos ao empreendimento, apresentadas no Relatório de Controle Ambiental – RCA e também, levantamentos de campo, considerando-se as recomendações presentes no Termo de Referência estabelecido pelo DER/MG, além das informações constantes do Projeto de Engenharia Rodoviária elaborado pela empresa Planex S.A. 17. EMPREENDIMENTO O trecho Francisco Badaró-Araçuaí está localizado na região do vale Médio do Jequitinhonha, estado de Minas Gerais, pertencendo à bacia do rio Araçuaí, inserida na bacia do Jequitinhonha. O trecho inicia-se no perímetro urbano do município de Francisco Badaró e termina no município de Araçuaí que dista 678 km de Belo horizonte, capital do estado. O acesso a Araçuaí é feito, a partir de Belo Horizonte, pelas rodovias BR-381-116-367, ambas pavimentadas, e a Francisco Badaró, a partir de Araçuaí, percorre-se mais 46 km pela LMG-676/LMG-678 em estrada de leito natural. • Prefixo e localização geográfica do trecho: • Rodovia LMG – 676/ LMG-678 • Extensão: 43,84 km Km 0 – perímetro urbano do município de Francisco Badaró. Km 46 – Entrº. BR 367 - Município de Araçuaí. • Coordenadas Geográficas de Araçuaí • Latitude: 16° 51’ 06” S • Longitude: 42° 04’ 05” O • Altitude: 295 m • Coordenadas Geográficas de Francisco Badaró • Latitude: 16° 59’ 33” S • Longitude: 42° 21’ 06” O • Altitude: 400 m • Porte da obra: de acordo com a DN 74/2004 – PEQUENO; Classe 01. • E-01-03-1 Pavimentação e/ou melhoramentos de rodovias: • Pot. Poluidor/Degradador: • Ar: M Água: M Solo: G Geral: M • Porte: 10 < Extensão < 50 km: pequeno 18. MEDIDAS MITIGADORAS DOS IMPACTOS As medidas mitigadoras propostas neste projeto tem como objetivo atenuar e até mesmo evitar, quando possível, os impactos negativos gerados ao meio ambiente quando da implantação das obras de melhorias e adequações do trecho em questão. As medidas de controle ambiental incidirão, basicamente, sobre: • Controle de erosões; • Recuperação de áreas degradadas e do passivo ambiental; • Travessias urbanas; • Emissão de ruídos; • Emissões atmosféricas; • Meio biótico • Meio antrópico. As medidas mitigadoras deverão ser implementadas e concluídas até a entrega definitiva da obra, prevendo-se inclusive as condições de operação da via. 18.1. CONTROLE DOS PROCESSOS EROSIVOS A formação de processos erosivos é um fato comum em empreendimentos onde haja necessidade de movimentação de terra, caso em que se enquadram as obras rodoviárias, podendo causar danos à estrutura da estrada, influenciar na segurança dos usuários da via e, principalmente, levar a degradação do meio ambiente, devido ao carreamento de partículas e materiais inertes para o interior de corpos hídricos. 18.1.1. Terraplenagem (Desmatamento) As operações envolvendo terraplenagem deverão ser precedidas pela limpeza e preparação do terreno, que consiste na remoção de todo material de origem orgânica presente na área de intervenção. Os limites para o desmatamento, definidos em projetos, deverão ser respeitados, mesmo em traçado sinuoso. O argumento da dificuldade dos operadores de máquinas em acompanhar a linha, às vezes sinuosas, que delimita os “off sets” de terraplenagem, principalmente em regiões de vegetação densa, pode ser solucionada com a execução de desmatamento manual (sem destocamento) em uma faixa que acompanhe as demarcações implantadas, para em seguida executar a desmate mecânico, conforme ilustração abaixo: Figura 1 Off-set de Terraplenagem (Corte) Off-set de Terraplenagem (Aterro) - - - - - Eixo da Rodovia . . . . . . Limites de Desmatamento do Projeto X Largura do desmatamento Mecânico Excesso de Área Desmatada A medida mitigadora mais eficaz para evitar a formação e desenvolvimento de processos de erosão, tem um caráter essencialmente preventivo, e baseiam-se no entendimento da fenomenologia dos processos, quais sejam: • Durante as atividades de terraplenagem, as áreas em operação deverão ser contempladas com sistemas de drenagem específicos e temporários (terraços, leiras, barreira de contenção de sólidos, caixas de retenção/infiltração e caixas de contenção de sedimentos), conforme a necessidade de cada caso, de forma a evitar o carreamento de partículas sólidas para os cursos d’água; • Implantação de sistemas de drenagem definitiva como canaletas e valetas na crista e base dos taludes, escadas hidráulicas, rápidos de descida d’água e dissipadores de energia hídrica, para atenuar a velocidade das águas nos taludes e nas praças de trabalho; • O solo orgânico proveniente da limpeza dos terrenos deverá ser estocado em locais adjacentes à obra para que sejam utilizados na recomposição vegetal de bota-foras, empréstimos, recuperação das jazidas e do canteiro-de-obras; • O material lenhoso deverá ter aproveitamento e destinação adequada, seja na própria obra, seja como fonte de energia; • A massa verde, juntamente com ao material lenhoso não usado na forma estabelecida acima e picado em cavacos, será misturado com o solo orgânico e estocado para compor o “mulching” (camada de solo enriquecida); • Em hipótese alguma esses materiais serão lançados em rios, baixadas ou reservatórios, sendo também vedada a eliminação destes materiais pelo fogo; • As frentes de desmatamento e limpeza de terreno devem ser programadas fora do período de chuvas e evitar ao máximo a permanência de solo exposto, o qual poderá gerar processos erosivos superficiais e carreamento de materiais para o sistema de drenagem e cursos d’águas superficiais, causando assoreamento; • Proteção vegetal superficial (grama em placa, grama fixada com estolões ou hidrosemeadura) a ser realizada imediatamente após a execução das obras de terra. 18.1.2. Estabilização de Taludes A instabilização de taludes de corte ou aterro ocorre principalmente devido à descaracterização do terreno natural e modificação do escoamento superficial. Tanto os aterros quanto os taludes de corte, podem sofrer instabilizações, seja por anomalias locais, por ação de agentes externos, como episódios de precipitações pluviométricas elevadas, ou mesmo por deficiência dos seus sistemas de drenagem superficial ou profunda. Estas instabilizações podem comprometer a integridade da rodovia ou mesmo de áreas limítrofes, além de carrear material para os sistemas de drenagem e também para rios e córregos mais próximos. A ocorrência de fenômenos de instabilização, em taludes de cortes e de aterros rodoviários, quando identificada em seu início, permite reparos, ou medidas corretivas, apenas localizadas, sem necessidade de maiores intervenções, ou até mesmo, de interromper o tráfego. Por outro lado, caso estes processos se desenvolvam, transformando-se em escorregamentos de maiores proporções, a integridade e segurança dos taludes de corte e dos corpos do aterro podem ser comprometidas, e as medidas a serem adotadas em seu reparo, podem exigir até mesmo a interrupção temporária do tráfego, além dos maiores custos envolvidos nas intervenções civis (obras de correção e contenção). Para a minimização dos riscos de instabilidades, podemos adotar medidas preventivas, tais como: • Detalhar os estudos de estabilidade dos taludes dos trechos em corte e dos aterros, verificando-se o grau de segurança que oferecem, revendo, se necessário, a inclinação dos taludes e/ou a utilização de medidas adicionais de contenção; • Os taludes de corte e de aterro devem imediatamente, serem revestidos com cobertura vegetal assim que estes atingirem sua configuração final. No caso de declividades mais acentuadas o tratamento recomendado é o plantio de gramíneas, em leivas ou hidrosemeadura, seguida por um suporte arbustivo; • Implantação de todos os dispositivos de drenagem (canaletas ou valetas de crista e de base do talude, escadas hidráulicas, descidas em rápidos e dissipadores de energia, etc.) imediatamente após a conclusão dos serviços de configuração topográfica; • Monitorar o comportamento das condições de estabilidade dos taludes de corte e dos aterros, por meio de vistorias sistemáticas e periódicas ao longo da rodovia, para a identificação de feições de instabilidade e de situações de risco destes taludes, com a presença de trincas no solo, árvores fora do prumo, desorganização das linhas de drenagem etc. 18.1.3. Drenagem Para evitar que ocorram processos erosivos nas saídas de água de drenagem, serão executados enrocamentos com pedra de mão, cujo diâmetro máximo será aproximadamente 15 cm, conforme projeto executivo do DER. Será feita a escavação do terreno na extremidade de jusante do dispositivo onde o fluxo deverá ter sua energia dissipada. A área escavada será compactada e as pedras de mão serão arrumadas de forma a minimizar os espaços vazios. Este procedimento pode ser visto na figura abaixo: Figura 2: Dissipadores de energia nas saídas dos sistemas de drenagem O trânsito de equipamentos e veículos de serviço fora das áreas de trabalho deve ser evitado tanto quanto possível, principalmente onde houver área com relevante interesse paisagístico ou ecológico. Todo o material excedente ou sobras devem ser removidos das proximidades dos dispositivos e depositados em bota-fora, em local apropriado. 18.1.4. Áreas de Empréstimo e Bota-Fora Os empréstimos são escavações destinadas a prover ou complementar o volume necessário à construção dos aterros, seja por insuficiência do volume dos cortes, seja por motivo de ordem tecnológica de seleção de materiais, ou razões de ordem econômica. Neste item são apresentadas as diretrizes e recomendações de caráter geral, visando orientar o processo de utilização das áreas de empréstimo selecionadas, de forma a respeitar as condições ambientais existentes e permitir a sua recuperação e reintegração à paisagem. A remoção da cobertura vegetal e dos horizontes superficiais de solo, em quaisquer circunstâncias deve ser realizada obedecendo às restrições legais e adotando sempre práticas conservacionistas e medidas preventivas e corretivas que impeçam a formação de processos erosivos. Essas medidas devem prever a implantação de sistemas de drenagem superficial, visando disciplinar o escoamento das águas superficiais, e a proteção das superfícies expostas dos taludes, através de revegetação, privilegiando sempre o uso de espécies nativas. A implantação do sistema de drenagem superficial e dispositivo hidráulicos para escoamento das águas superficiais deve incluir também a instalação de dissipadores, caixas de amortecimento e decantação, de forma a evitar o início de processos erosivos. As caixas de decantação junto aos sistemas de drenagem superficiais das obras têm um caráter preventivo quanto ao assoreamento ao reter os sólidos transportados e impedir ou reduzir seu aporte nas drenagens naturais. Através do controle das causas de formação e desenvolvimento dos processos erosivos se eliminam as principais fontes fornecedoras de sólidos para as drenagens e cursos d’água, reduzindo e mitigando a ocorrência de assoreamento. Os empréstimos devem ser tratados de forma a evitar a perda de terreno tanto pela profundidade atingida, quanto pela declividade alta dos taludes acabados. Áreas de empréstimos próximas a áreas urbanas costumam transformar-se em depósitos de lixo. Após a remoção da vegetação arbórea existente nas áreas de empréstimo, a camada superficial do solo será removida e armazenada para um posterior espalhamento sobre a área degradada. Essa camada de solo orgânico possui microorganismos, nutrientes e propágulos de sementes que são muito importantes para a revegetação. A camada a ser removida nas áreas de empréstimo varia entre 10 a 20 cm de profundidade. O material retirado será armazenado temporariamente na forma de leiras, com altura máxima de 2,0 m. Essas leiras serão feitas nas proximidades das áreas afetadas, visando facilitar sua recolocação nas superfícies a serem recuperadas. O material lenhoso deverá ser removido, estocado, para a sua utilização mais adequada. As áreas de empréstimos deverão ser reconformadas com abrandamento dos taludes, de modo a suavizar contornos e reincorporá-las ao relevo natural. Deverão ser convenientemente drenadas de modo a evitar o acúmulo de águas, bem como, os efeitos da erosão. REMOÇÃO / ESTOCAGEM DO SOLO ORGÂNICO SOLO SUPERFICIAL ORGÂNICO ESTOCADO SOLO SUPERFICIAL ORGÂNICO EM REMOÇÃO PARA ESTOCAGEM Figura 3: Remoção e estocagem do solo orgânico Tabela 1: Empréstimos concentrados indicados para o trecho. Empréstimos Concentrados Estaca / Localização Lado Área (m²) 118–130 (EC1) LD 18.120,00 365-377 (EC2) LD 16.200,00 575-587 (EC3) LE 18.000,00 908-921 (EC4) LD 22.200,00 1155-1167 (EC5) LD 20.400,00 1466-1478 (EC6) LD 19.200,00 1725-1737 (EC7) LD 18.000,00 1974-1986 (EC8) LD 28.800,00 Tabela 2: Empréstimos laterais indicados para o trecho. Empréstimos Laterais Estaca / Localização Lado 290-301 LD/LE 540-570 LD 1081+10,00-1093 LD/LE 1252-1275 LE 1506-1532+10,00 LD/LE 1702-1731 LE 1775-1796 LD 1885-1911 LD/LE 2068-2081 LD/LE Área (m²) 4.226,44 9.245,00 5.843,92 7.917,11 8.166,41 8.936,83 8.068,66 8.012,33 7.074,89 Tabela 3: Alargamento indicado para o trecho. Alargamento de Corte Estaca / Localização Lado 485-493 LE Área (m²) 3.587,55 Bota fora é a denominação dada à destinação do material escavado, principalmente de corte, e não utilizado nos aterros a serem executados, seja por razões de ordem tecnológicas do material, ou por razões econômicas. A utilização de áreas para a disposição de material excedente deve sempre prever uma seleção privilegiando aquelas que já se encontram degradadas. A implantação de bota-fora poderá se constituir, inclusive, como parte de uma atividade / plano de recuperação dessas áreas. Os materiais excedentes serão representados por solos diversos e material rochoso, provenientes das escavações obrigatórias, materiais excedentes de corte, de solos moles, de limpeza e/ou resíduos florestais, e de entulho (remoção de demolições). Estes materiais excedentes constituem-se basicamente de materiais inertes, sem potencial de poluição, considerados como classe 3, conforme classificação quanto à periculosidade proposta pela ABNT na norma NBR – 10.004/04-resíduos sólidos. Os locais selecionados e utilizados para o bota-fora deverão estar voltados preferencialmente às condições e forma de disposição destes materiais para se evitar as conseqüências de uma disposição inadequada, que possa contribuir para a degradação da área, com o comprometimento do seu destino e uso final. Cuidados devem ser tomados quanto à vigilância destas áreas, para se evitar o lançamento não autorizado por parte de terceiros de materiais não inertes (por exemplo, resíduos domiciliares), que podem contribuir para transformar estes locais em “lixões”, comprometendo não apenas a qualidade dos solos, águas subterrâneas, e águas superficiais, mais o comportamento geotécnico do corpo do bota fora. A execução de bota-foras deverá ter uma disposição adequada, boa conformação e compactação, para evitar erosões e assoreamentos da rede de drenagem, que perde a capacidade de vazão, reduz o potencial do uso de várzeas assoreadas, mata a vegetação existente, suja os mananciais e, até impede a sobrevivência de espécies aquáticas, ao mesmo tempo em que podem criar condições de vetores indesejáveis. Deverão ser evitadas áreas próximas às nascentes com o objetivo de se minimizar os efeitos de assoreamento. Esses aterros serão compactados e cobertos com a manta de solo orgânico armazenada anteriormente. O solo orgânico será escarificado e receberá o revestimento vegetal por hidrossemeadura. Tabela 4: Bota-foras indicados para o trecho. 18.1.5. Caminhos de Serviço e Estradas de Acesso Os caminhos de serviço e estradas de acessos, necessários ao desenvolvimento do projeto, serão planejadas de modo a interferir o mínimo possível no contexto ambiental. Para tanto serão tomados os seguintes cuidados. • Evitar o aterramento dos talvegues naturais, ou implantar obras de transposição dos mesmos; • Aproveitar, sempre que possível, os caminhos já existentes, que servem a população local; • Após a conclusão das obras, os segmentos abandonados deverão ser reincorporados à paisagem local ou preparados para o uso da população local como acesso às propriedades; • Implantar sistemas de drenagem para evitar a intensificação de processos erosivos e o assoreamento dos talvegues. 19. RECUPERAÇÃO DAS JAZIDAS Para a estabilização granulométrica da camada de sub-base, foram indicadas 8 (oito) ocorrências, relacionadas no quadro abaixo: Jazida Estaca Distância (km) Área (m²) Volume (m³) J-01 225-550 18,80-17,30 8.100,00 4.860,00 J-03 950 0,10 5.400,00 4.860,00 J-04 1755 5,10 11.700,00 8.190,00 J-05 1695 1,70 5.100,00 3.570,00 J-06 1655 1,30 10.800,00 6.588,00 J-07 2123+3,254 6,80 14.400,00 13.680,00 J-08 2123+3,254 6,50 18.900,00 12.568,00 J-11 2123+3,254 5,30 9.000,00 7.200,00 83.400,00 61.516,00 Total Para a utilização destes materiais, é necessário que os proprietários providenciem a legalização das áreas junto aos órgãos ambientais e ao DNPM. As ações a serem desenvolvidas na recuperação das jazidas, algumas são gerais e devem ser seguidas independentes das características de cada local. 19.1. PROCEDIMENTOS As áreas alteradas, usualmente após o término da atividade, são constituídas de bordas em barranco, normalmente abruptos, possuindo em sua superfície interna muitas irregularidades, que durante o período chuvoso permite a formação de poças d’água e a má distribuição das enxurradas, ocasionando processos erosivos. A conformação geométrica da área de uso consistirá na preparação destas bordas e irregularidades, objetivando sua modelagem para a reutilização posterior. A recuperação compreende operações mecanizadas de corte ou aterro de até 0,40 m de espessura, objetivando direcionar adequadamente o escoamento das águas pluviais, regularizarem a superfície e preparar o terreno para a operação de reposição da camada vegetal. A necessidade ou não de instalação de dispositivos de drenagem dependerá de cada caso. 20. RECUPERAÇÃO DO PASSIVO AMBIENTAL A presença de passivos ambientais nas rodovias significa, via de regra, prejuízos diretos ou riscos ao patrimônio público, podendo afetar a segurança dos usuários e a qualidade de vida das populações lindeiras e, ainda, prejudicar a sua própria manutenção e funcionamento. Por outro lado, pode também implicar em riscos de danos aos recursos naturais do entorno da faixa de domínio e ao patrimônio privado ao longo da rodovia. Os passivos ambientais que oriundos da implantação ou conservação da rodovia atual, quer provocados por terceiros, ao longo do trecho, foram cadastrados e estão abaixo relacionados. As medidas visando à recuperação dos mesmos estão sendo propostas neste Plano de Controle Ambiental – PCA. 20.1. CADASTRO DE PASSIVOS Estaca Lado Ocorrência Causa 0 LD Taludes desnudos Empréstimo 5 LD Erosão na borda e em talude Inexistência de drenagem 15 LE Erosão na borda Inexistência de drenagem 65 LD Erosão em talude Inexistência de drenagem 90 LD/LE Erosão em talude e no bordo Inexistência de drenagem 100 LD Erosão em talude Inexistência de drenagem 195 LE Erosão na borda Inexistência de drenagem 200 a 210 LE Erosão na borda e talude Inexistência de drenagem 290 LD Erosão na borda Inexistência de drenagem 460 LD Erosão boca de bueiro Drenagem insuficiente 515 LD Erosão na borda Inexistência de drenagem 590 LD Erosão em talude Inexistência de drenagem e vegetação 700 LD Erosão em talude Inexistência de drenagem e vegetação 1000 LD Erosão na borda Inexistência de drenagem 1190 LD Erosão na borda Inexistência de drenagem 1215 LD Erosão na borda Inexistência de drenagem 1240 LD/LE Talude a reconformar Talude desnudo 1245 LE Talude a reconformar Talude desnudo 1249 LD Talude a reconformar Talude desnudo 1850 LD Erosão em talude Inexistência de drenagem e vegetação 2075 LD Erosão em talude Inexistência de drenagem 20.1.1. Medidas Propostas • Estaca 0 LD Foto 1: Estaca 0. Retaludamento e hidrossemeadura. QUANTITATIVO Intervenção Quantidade Hidrossemeadura 46,00 m² QUANTITATIVO Intervenção Retaludamento de corte Quantidade 13,00 m³ • Estacas 5 LD, 195 LE, 290 LD, 515 LD, 1000 LD, 1190 LD, 1215 LD. Foto 2: Estaca 5 LD. Foto 3: Estaca 195 LE. Foto 4: Estaca 515 LD. Foto 5: Estaca 1000 LD. Foto 6: Estaca 1190 LD. Foto 7: Estaca 1215 LD. As bordas serão recuperadas na operação de terraplenagem. • Estaca 15 LE Foto 8: Estaca 15 LE: Erosão em talude, avançando para a borda da plataforma.. Implantação de valeta de crista e rip rap vegetativo QUANTITATIVO Intervenção Quantidade Rip-rap vegetativo 82,00 m³ QUANTITATIVO Intervenção Quantidade Valeta de proteção de corte 50,00 m • Estaca 65 LD Foto 9: Estaca 65 LD: Erosão em talude de corte. O passivo será totalmente recuperado com a implantação do projeto. • Estaca 90 LD/LE Foto 10: Erosão devido à falta de drenagem e reconformação do talude. O passivo será totalmente recuperado com a implantação do projeto. As estruturas de drenagem estão sendo contempladas no projeto. • Estaca 100 LD Foto 11: Estaca 100. Reconformação do talude e hidrossemeadura. QUANTITATIVO Intervenção Quantidade Hidrossemeadura 180,00 m² Retaludamento de corte 75,00 m³ • Estaca 200 a 210 LE Foto 12: Estaca 200 a 210. Reconformar talude, implantar valeta de crista e hidrossemeadura. QUANTITATIVO Intervenção Quantidade Hidrossemeadura 198,00 m² Retaludamento de corte 83,00 m³ Valeta de proteção de corte 110,00 m • Estaca 460 LD Foto 13: Estaca 460. O projeto contempla o redimensionamento do bueiro e revegetar com hidrossemeadura. QUANTITATIVO Intervenção Hidrossemeadura Quantidade 23,00 m² • Estacas 590 LD • Erosão em talude devido à inexistência de drenagem e vegetação. O passivo será totalmente recuperado com a implantação do projeto. • Estacas 700 LD • O passivo será totalmente recuperado com a implantação do projeto. Foto 14: Estaca 700. • Estaca 1240 LD/LE • Talude sem conformação e sem cobertura vegetal. O talude do lado direito será totalmente recuperado com a implantação do projeto. O talude do lado esquerdo deverá ser retaludado e revegetado com hidrosemeadura. QUANTITATIVO Intervenção Quantidade Hidrossemeadura 60,00 m² Retaludamento de corte 17,00 m³ • Estaca 1245 LE • Talude sem conformação e sem cobertura vegetal. O passivo será totalmente recuperado com a implantação do projeto. Foto 15: Estaca 1245. • Estaca 1249 LD Foto 16: Estaca 1249 LD. Talude sem cobertura vegetal. Neste ponto o trecho será retificado. Para a recuperação do passivo, o talude deve receber hidrossemeadura. QUANTITATIVO Intervenção Quantidade Hidrossemeadura 90,00 m² • Estaca 1850 • Erosão em talude devido à inexistência de drenagem e vegetação. O passivo será totalmente recuperado com a implantação do projeto. • Estacas 2075 LD • Erosão em talude devido à inexistência de drenagem. O passivo será totalmente recuperado com a implantação do projeto. 20.2. TOTAL DE QUANTITATIVOS QUANTITATIVO HIDROSSEMEADURA Estaca Quantidade 0 LD 46 m² 100 LD 180 m² 200-210 LE 198 m² 460 LD 23 m² 1240 LD/LE 60 m² 1249 LD 90 m² Total 597 m² QUANTITATIVO RETALUDAMENTO DE CORTE Estaca Quantidade 0 LD 13 m³ 100 LD 75 m³ 200-210 LE 83 m³ 1240 LD/LE 17 m³ Total 188 m³ QUANTITATIVO RIP-RAP VEGETATIVO Estaca Quantidade 15 LE 82 m³ Total 82 m³ QUANTITATIVO VALETA DE PROTEÇÃO DE CORTE Estaca 21. Quantidade 15 LE 50 m 200-210 LE 110 m Total 160 m TRAVESSIAS URBANAS E PROTEÇÃO AMBIENTAL Após a pavimentação do trecho, as condições de tráfego terão acentuada melhoria, o que implicará em um aumento da velocidade, o que por sua vez poderá elevar a probabilidade de ocorrências de acidentes com as populações locais que habitam as margens da rodovia, tornando de essencial importância a execução de medidas para garantir a segurança destas populações. Como o traçado interceptará povoado, a sinalização de segurança deverá ser enfatizada, com a adoção de placas de advertências e implantação de banda rugosa, antes e depois das interceptações. Nos perímetros urbanos deverão ser implantados os seguintes dispositivos: • Banda rugosa e/ou pavimento formado por blocos intertravados de concreto; • Placas contendo “Perímetro Urbano”, dispostas à 1000m, 500m, e no início do perímetro urbano. Esta última indicando, também, o nome da cidade; • Placa indicativa da velocidade máxima da via, reduzida para 40 km/h no perímetro urbano. Após a passagem, a velocidade da via deverá retornar ao normal, também indicada por meio de placas; • Placas indicando a presença de banda rugosa e a distância para a mesma; • Construção de calçadas para pedestres; • A manutenção da sinalização deverá ser realizada periodicamente, sendo que as placas danificadas ou em estado precário de utilização deverão ser substituídas; • Sinalização horizontal. Com o objetivo de proteger a fauna e conscientizar os usuários da rodovia para a importância da preservação ambiental, serão implantadas placas educativas ao longo da estrada, principalmente onde ocorra à presença de mata nativa, áreas de preservação ambiental e circulação de animais silvestres. As placas terão dizeres educativos alertando aos usuários quanto a possível travessia de animais nas áreas de reserva e a necessidade de preservar o meio ambiente. 22. CONTROLE DE MATERIAL PARTICULADO, GASES E RUÍDO Como medidas de controle destes impactos, podemos propor: • Realizar manutenção mensal dos veículos e equipamentos utilizadores de combustíveis fósseis, para a redução de emissão de gases poluentes, e, se possível, utilizar bio-combustível; • Limitar o horário de funcionamento dos equipamentos, estabelecendo horários específicos para a realização de operações ruidosas; • Proteger com lonas todas as caçambas dos caminhões de transporte de terra e brita, ou qualquer tipo de material que possa ser disperso, evitando-se a emissão de poeira para a atmosfera; • Realizar o aspergimento da pista da rodovia e dos trechos urbanos, utilizando-se caminhões pipa. A freqüência deste procedimento será determinada de acordo com a época do ano, insolação e intensidade de tráfego local, devendo garantir a redução dos índices de poeiras geradas nas obras para níveis aceitáveis ambientalmente; • Realizar lavagens periódicas dos equipamentos e veículos, minimizando a quantidade de sedimentos transportados. 23. MEIO BIÓTICO Os principais impactos ambientais relacionados ao meio biótico que poderão ocorrer no ambiente da obra de recuperação da rodovia são: supressão de vegetação e intervenção em APP, soterramento de vegetação, interferência em mananciais (captação de água para abastecimento público), eliminação de ambientes naturais frágeis – várzeas, aumento do efeito de borda em fragmentos florestais remanescentes, aumento da pressão antrópica nas formações florestais, apropriação/Intervenção em APP, interferências em Unidades de Conservação, afugentamento de elementos da fauna, aumento no risco de acidentes com fauna, aumento da pressão de caça furtiva, perda de solo superficial com atividades de terraplenagem, perda de material lenhoso proveniente de supressão e alteração da qualidade das águas e biota aquática; que serão descritos a seguir e apresentadas soluções para que sejam evitados. 23.1. SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO E INTERVENÇÃO EM APP Os serviços de desmatamentos, destocamentos e outros, realizados nas áreas objeto das obras de melhorias, poderão interferir em áreas com fragmentos florestais ocorrentes, contíguos a estas ou no respectivo entorno, por ocasião da movimentação de maquinários para execução dos serviços de terraplenagem e demais operações decorrentes. Impactos negativos também poderão ocorrer à população faunística do entorno e aos recursos hídricos existentes nas proximidades, tais como o aumento da turbidez da água ou alterações na qualidade destas com conseqüentes perturbações da fauna aquática, decorrentes dos desmatamentos, permitindo os movimentos de terra, construção de pontes, canalizações, corta-rios, etc. Também os serviços referentes ao corte de árvores isoladas ensejam cuidados específicos quanto aos procedimentos, normas e a prevenção a acidentes com usuários e trabalhadores. Dessa forma, adotando os procedimentos desse sistema de monitoramento, os impactos gerados por tais operações, inerentes às obras de melhorias, poderão ser consideravelmente minimizados. Principalmente nos trechos de obras inseridos nas proximidades de linhas de drenagem naturais e lindeiros a fragmentos florestais significativos, medidas de controle no âmbito legal e ambiental devem ser praticadas conforme explicitado. O traçado atual não atinge remanescentes florestais, sendo que os mais significativos serão apenas afetados nas bordas nas obras de implantação de dispositivos de acesso e retorno. • Os serviços de remoção de vegetação somente poderão ser iniciados por ocasião da obtenção da autorização específica e medidas compensatórias emitidas pelos órgãos ambientais (IEF) em atendimento à legislação específica. • As cópias das autorizações deverão ser mantidas nas frentes de obras para atender a quaisquer verificações por parte de autoridades competentes, visto que, a ausência destes documentos durante os serviços, poderá acarretar em interrupção das atividades. • Deverá ser executada a delimitação física das áreas constantes nas autorizações para desmatamento, evitando assim supressão desnecessária de vegetação e/ou soterramento de outras áreas e comprometimento de cursos d’água. Esta delimitação poderá ser realizada por meio de estaqueamento, barreiras plásticas, fitas de sinalização ou similares. • As atividades de desmatamento e limpeza de terreno deverão se concentrar nos períodos mais secos. Tal procedimento tem como orientação a proteção de linhas de drenagens naturais e de áreas suscetíveis a processos erosivos. Nos casos de atividades de supressão nestas áreas deverão ser implantados dispositivos provisórios de controle de erosão. • Após o desmatamento, a área deverá ser completamente limpa, com a remoção do material vegetal gerado (folhas e galhos), visando a prevenir possíveis obstruções dos dispositivos de drenagem ou possibilidade da ocorrência de fogo. Em hipótese alguma se deve proceder à queima do material vegetal gerado, por constituir extremo perigo ao tráfego ou a vegetação circundante. • O material lenhoso gerado pelo corte da vegetação deverá ser estocado em pilhas de baixa altura, em locais que não ofereçam riscos de acidentes aos usuários e trabalhadores. Este material poderá ser doado as prefeituras da região ou dispostos adequadamente. • A camada de solo vegetal removida deverá ser estocada em local adequado não sujeito a erosão para posterior aproveitamento, constituindo um substrato para o desenvolvimento da cobertura vegetal a ser implantada em outras áreas. • O corte de grandes árvores, localizadas nas laterais da pista, deve ser planejado de modo a não causar danos à pista e, muito menos, vitimar os trabalhadores ou os usuários. Muitas vezes a inclinação natural de um tronco de árvore é que determina a direção da queda. Outras vezes, a direção pode ser controlada por pessoal habilitado. Dessa forma, devem ser observadas algumas regras mínimas tais como: somente os trabalhadores, em número estritamente indispensável para proceder ao corte, deverão permanecer dentro de um raio igual à altura da árvore; não deve haver duas turmas cortando árvores dentro de uma área, onde árvores cortadas por uma turma possam constituir risco para o pessoal que trabalha na outra; deve haver sempre um homem a certa distância observando os cortadores, para que no momento oportuno, avise-os do início da queda da árvore através de um sinal pré combinado (como por exemplo, um apito estridente); as árvores devem ser derrubadas utilizandose de serras ou machados; escadas devem ser usadas na poda das árvores e cordas devem ser usadas para reter e controlar a queda das mesmas; deve-se tomar todos os cuidados necessários para não atingir redes elétricas ou telefônicas; o tráfego deve ser interditado quando a árvore for finalmente derrubada e todos os entulhos devem ser removidos. • Devem-se proibir os trabalhadores de qualquer atividade relacionada à coleta de espécies botânicas nas áreas lindeiras aos locais autorizados de desmatamento, principalmente de epífitas, xaxins, e outras de interesse. 23.2. PROTEÇÃO A FAUNA As atividades de recuperação do trecho favorecerão a aproximação de povoamentos faunísticos ocorrentes nas frentes de obras. Tal aproximação aumenta significativamente a probabilidade de eventos relacionados à caça furtiva de espécimes da região. Neste sentido, devem ser adotadas medidas de controle ambiental no intuito de se eliminar quaisquer atividades relacionadas a este tipo de caça. • Devem-se proibir os trabalhadores de qualquer atividade relacionada à caça furtiva, • Promover o registro de todo atropelamento de fauna silvestre, anotando a espécie e as características do local, para mapeamento dos pontos críticos e adoção de medidas corretivas. 24. MEIO SOCIOECONÔMICO As intervenções na rodovia acarretarão em impactos positivos ao meio socioeconômico da região, uma vez que com a melhora das condições do pavimento, dos acessos e retornos, ajustes geométricos, o tempo gasto nas viagens será reduzido e as condições de segurança serão ampliadas. As atividades de transporte de cargas também serão favorecidas com o aumento do fluxo dos produtos e redução dos custos das viagens. Após o término das obras, a pressão antrópica poderá aumentar, consistindo em uma indução desordenada de ocupação lindeira, favorecendo instalação de novo sítios, chácaras e pólos industriais, pontos comerciais etc. Como medida de controle, deverá ser elaborado pelas prefeituras municipais o plano diretor, definindo e direcionando o uso e ocupação do solo e, por parte do DER, caberá a fiscalização para impedir a invasão da faixa de domínio para quaisquer usos. Outros impactos serão de caráter temporários devido aos transtornos de obra, tais como: interrupção e desvios de tráfego, aumento da poluição atmosférica e dos níveis de ruído, tráfego de caminhões, máquinas e equipamentos. 24.1. DESVIO E INTERDIÇÃO DE TRÁFEGO É um impacto de grande percepção pela comunidade afetada, representada principalmente pelos usuários da rodovia e moradores das regiões lindeiras e adjacentes. Pode ocorrer ao longo de toda extensão da rodovia sob restauração, com maior destaque para os trechos junto aos trevos de acesso às sedes municipais e núcleos populacionais, de execução da terceira faixa e variantes a serem implantadas. Por se tratar de uma atividade que afeta diretamente o usuário, por meio de paralisação do tráfego ou diminuição de velocidade, gera um grande impacto durante o período de obra. Esse impacto é tanto maior quanto mais extenso ou prolongado forem as atividades relacionadas com a recuperação do pavimento. Atividades pontuais como consolidação de cortes mais complexos, ou recuperação de acostamentos poderão gerar impactos, porém de menor relevância. Estes impactos podem ser atenuados tomando as medidas abaixo: • Elaboração de projetos específicos de desvios de tráfego, por trechos; • Executar as obras por etapas nos lugares em que o tráfego não puder ser interrompido; • Divulgação prévia das alterações na circulação viária (Comunicação Social); • Sinalização de advertência nas proximidades e sinalização para veículos e pedestres nas vias com circulação alterada; • Garantia, em todos os casos, de acesso a todas as propriedades nas áreas afetadas pelas obras; • Sinalização de “Pare” e “Siga” nos trechos para a passagem de um só veículo. 25. INTEGRAÇÃO PAISAGÍSTICA DA RODOVIA Grande parte das paisagens ao longo do trecho já sofreu algum tipo de ação antrópica, estando, portanto, alterada. Assim, a recuperação das áreas degrada e a preservação da paisagem existente, contribuirá para um melhor aspecto cênico do trecho implantado. O tratamento paisagístico não é abordado apenas por um enfoque estético. É considerado por diferentes aspectos, incluindo o funcional e estrutural, e principalmente reconhecido sua importância para uma melhor integração ambiental e ecológica das rodovias no grande ecossistema nas quais se inserem. Dessa forma, este item enfoca prioritariamente a revegetação das faixas de domínio das vias a serem asfaltadas, por meio da implantação de diferentes estratos arbóreo, arbustivo e herbáceo, com objetivando o controle de erosões, sinalização viva e a proteção ambiental. 26. PROTEÇÃO DOS ACESSOS LATERAIS As áreas de acesso lateral são suscetíveis a erosões. Para evitar que isso ocorra, a pavimentação deverá avançar nestes acessos laterais. Além da proteção, esta pavimentação contribuirá para a manutenção da limpeza da pista nos períodos chuvosos. 27. CANTEIRO DE OBRAS As atividades de instalação, operação e desativação do canteiro de obras devem obedecer a critérios especiais, para se evitar impactos sobre o meio ambiente e a população vizinha ao empreendimento. Procedimentos a serem observados. 27.1. FASE DE IMPLANTAÇÃO • Utilizar, quando possível, áreas já degradadas, evitando ou reduzindo cortes/aterros e a supressão vegetal; • Evitar a interferência em áreas de preservação permanente e sobre recursos hídricos à jusante do canteiro; • Caso haja supressão de vegetação, obter a licença – APEF-, emitida pelo IEF, regional de Araçuaí, evitando uma possível paralisação da obra; • Priorizar áreas com topografia suave e dotadas de sistema drenagem pluvial, para evitar a formação de processos erosivos e o conseqüente assoreamento dos recursos hídricos; • Os canteiros-de-obra deverão ser bem sinalizados, para a prevenção contra acidentes. 27.2. FASE DE OPERAÇÃO 27.2.1. Resíduos Sólidos • Segregação na fonte geradora, por tipo de resíduo, para uma possível reutilização ou reciclagem; • Classificação, conforme norma NBR – 100004/04 • Classe I – perigosos; • Classe IIA – não perigosos, não inertes; • Classe IIB – não perigosos, inertes. Tabela 1: Tipo de resíduos sólidos TIPOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS CLASSIFICAÇÃO ORGÂNICOS RECICLÁVEIS Resíduos de alimento (cantina) II A RECICLÁVEIS Papel / Papelão II A Plástico: copos, talheres, embalagens. II B Embalagens plásticas de material de limpeza. Metal (latas de alumínios, bandejas, panelas, fios elétricos, II B chapas, peças automotivas, embalagens ferragens). Vidros (embalagem de alimentos, garrafas, copos). II A Outros: pneus COMUNS NÃO RECICLÁVEIS Papel (etiqueta adesiva, papel carbono, fita crepe, papel sanitário e toalha, higiênico, absorventes, guardanapos). II A Metal (esponjas de aço, latas aerossóis, tintas, inseticida, pesticida, clipes, grampos). Outros (varrição, limpeza, poda e capina, etc.). II A PERIGOSOS Lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias. Cartuchos para impressoras, areia cx SAO, estopas. I Embalagem de lubrificantes e produtos químicos. • Acondicionamento - os resíduos deverão ser acondicionados em contêineres específicos, conforme Resolução CONAMA nº.: 275/01, que define as seguintes cores para os contenedores: • Amarelo - metais • Azul - papel/papelão • Branco - ambulatorial/serviços de saúde • Cinza - resíduos geral* • Laranja - perigosos • Marrom - orgânicos • Preta - madeira * Não recicláveis, misturados ou contaminados, não passíveis de separação. • Armazenamento – deverá ser efetuado em Área de Resíduos Sólidos –ARS-, instalada no interior do canteiro de obras, devendo possuir baias para o armazenamento do resíduo, separado por tipo. O ARS deverá ser coberto, impermeabilizado, fechado por fora, com ventilação natural (janelas com tela tipo mosquiteiro), não podendo ser utilizado para armazenar outro tipo de material, que não seja resíduo. • Coleta/transporte/disposição final – a coleta, transporte e destinação do resíduo comum – domiciliar e escritório – será coletado pelos municípios afetados, quando a área for atendida por este serviço. Caso contrário, essas operações serão de responsabilidade do empreiteiro. Lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias, pneus, tonners e cartuchos de impressoras não poderão ser dispostos em aterro, devendo ter disposição conforme Resolução CONAMA nº.: 275/01. Os resíduos perigosos – classe I - deverão ser coletados, transportados e tratados por empresa licenciada. Essas operações deverão ser comprovadas por notas fiscais e ou contratos com as empresas responsáveis por estas operações. O resíduo sólido de construção civil deverá, quando possível, ser reaproveitados na própria obra. 27.2.2. Abastecimento de Combustíveis/Usina de Asfalto Os tanques de armazenamento de combustível e emulsão asfáltica, deverão ser instalados em áreas impermeabilizadas, protegidos por bacia de contenção e dotados de canaletas, direcionando o efluente líquido para caixa separadora de água e óleo. 27.2.3. Lavagem de Veículos e Equipamentos A área de lavagem dos veículos, máquinas e equipamentos deverá, também, ser impermeabilizada e dotada de canaletas, direcionando o efluente para a caixa separadora de água e óleo, cuja areia depositada, deverá ser periodicamente retirada e acondicionada em tambores, na cor laranja, para a posterior coleta, tratamento e disposição final. B Ø = 4” C Saídas de Água Limpa Ø = 2” Ø = 4” 5 Água Limpa 0,50 m Água + Óleo 4 1 2 A Sedimentação de Sólidos 3 A Água Água + Óleo B 1,00 m 1,00 m 0,50 m Óleo Sobrenadante C 1,00 m 1,00 m Planta Figura 4: Planta baixa da caixa SAO 0,10 m 1 0,60 m 2 3 0,30 m 1,00 m 1,00 m 1,00 m Corte - AA Retirada Manual de Óleo Água Limpa 0,10 m 0,10 m 2 5 1,00 m 0,80 m 1,00 m Corte - BB 0,10 m 3 4 Água Limpa 0,40 m 0,20 m 0,30 m 1,50 m 0,25 m 0,25 m Corte - CC Figura 5: Corte caixa SAO 27.2.4. Esgoto Sanitário Para receber o esgoto doméstico, deverá ser instalada fossa séptica, caso não haja rede de esgotos na área do canteiro de obras. A distância recomendada entre a fossa e os locais de produção é de 4 metros, para evitar mau cheiro e canalizações muito longas e com curvas. Deve, também, ficar em nível mais baixo e longe de poços ou de qualquer outra fonte de captação de água, no mínimo 30 metros. Figura 6 Figura 7 Figura 8: Planta – Fossa Séptica 27.3. FASE DE DESATIVAÇÃO Após o término das atividades, as áreas utilizadas para a implantação e operação dos canteiros de obras deverão ser desocupadas e recuperadas. Para isto, faz-se necessário: • Remoção de quaisquer obstáculos decorrentes das obras e estruturas construídas, tais como, escritórios, almoxarifados, laboratório, etc.; • Regularização topográfica do terreno, eliminando pontos onde foram realizados cortes e aterros; • Recuperação da área, mediante a implantação de vegetação. A destinação dos resíduos gerados deverá ser a mesma definida para os demais resíduos citados no presente estudo. O uso futuro do canteiro deverá ser discutido entre a fiscalização do DER/MG com a prefeitura municipal, objetivando o aproveitamento da mesma em atividades sociais ou como área de lazer para as comunidades locais. 28. PROGRAMA DE SUPERVISÃO AMBIENTAL A supervisão ambiental será exercida por empresa contratada, em caráter auxiliar e serão desempenhados em nome e por delegação do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais, através da Diretoria de Engenharia, com a incumbência de fiscalizar diretamente as obras em seus aspectos ambientais. 28.1. OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DOS SERVIÇOS a) Dotar do DER/MG de suficientes, concretas e tempestivas informações, sobre os serviços ambientais da obra, particularmente os seguintes aspectos: • Qualidade dos serviços de campo, inclusive obediência ao projeto de engenharia ambiental (RCA/PCA) e respectivas recomendações; • Desempenho e estrutura da Construtora na execução dos serviços afetos ao meio ambiente e legislação específica; • Atendimento às exigências de órgãos ambientais (FEAM, IEF, IGAM E IBAMA); • Proteção ao meio ambiente. b) Executar diretamente serviços, compreendendo: • Detalhamento do projeto de engenharia ambiental, quando este for omisso quanto a aspectos construtivos e de especificações; • Esclarecimento à Construtora quanto ao projeto de engenharia e suas recomendações; • Revisão e/ou atualização do projeto de engenharia ambiental, conforme e quando necessários eliminando não-conformidades; • Acompanhar a execução de cada etapa de obra, fiscalizando os serviços ambientais executados; • Solução de problemas construtivos imprevistos surgidos nos serviços e obras ambientais constantes nos RCA/PCA. c) Verificar com especial atenção as medidas adotadas pela Construtora para minimizar as interferências e assegurar a segurança do fluxo de tráfego, especialmente no que concerne à sinalização, sobretudo a noturna. d) Acompanhar em caráter auxiliar da Fiscalização, os cuidados em geral que a Construtora dispensar aos seus operários, à população da região e aos usuários da rodovia em obras. e) Disponibilizar profissional de assistência social para os trabalhos de divulgação e acompanhamento do Programa de Educação Ambiental. f) Elaborar Relatório Final da obra, informando seu histórico e antecedente desde a fase de projeto e todos os eventos técnicos relevantes ocorridos, assim como fornecer indicações sobre alterações ocorridas e seus motivos, serviços necessários não realizados e recomendações para a operação da via. O monitoramento poderá ser sintetizado nos quadros abaixo: Instalação e desmobilização do Canteiro IMPACTO MONITORAMENTO Geração de doenças no pessoal; Verificar oscilações no contingente humano Baixa qualidade de Captação/abastecimento de água vida; Rede de esgotos Focos de vetores Destino final dos dejetos nocivos Disposição e manejo do lixo PREIODICIDADE Nos sessenta dias iniciais, semanal; No período restante, mensal. Durante as obras de instalação, semanal; No período restante, mensal Semanal IMPACTO MONITORAMENTO Poluição da água Sistema de filtragem de graxas e óleo nas superficial e oficinas subterrânea; Dispositivo para a recepção de esgotos sanitários Área para recepção do lixo Condições de segurança dos tanques de combustíveis, lubrificantes, asfaltos, etc. Verificar se as superfícies dos caminhos de serviço sujeitas à poeira estão úmidas. Manter reguladas as usinas de asfalto e usar Poluição do ar filtros; verificar ventos predominantes na dispersão da fumaça (evitar que atinjam áreas habitadas) Degradação de áreas Supervisionar a recuperação das áreas utilizadas com utilizadas para instalação do canteiro instalações provisórias PREIODICIDADE Quinzenal Mensal Semanal Quinzenal Diária Diária Semanal Desmatamento e Limpeza do Terreno IMPACTO Erosões na faixa de domínio atingindo ou não a estrada; MONITORAMENTO PERIODICIDADE Verificar a obediência às notas de serviços Assoreamento de talvegues; Escorregamentos de taludes e quedas de pedras Incêndios; proliferação de vetores (insetos, répteis, roedores) Bloqueio de talvegues Desmatamento se o aproveitamento de árvores de maior porte Caminhos de Serviços Verificar se o desmatamento está Diária restrito às necessidades da construção Verificar as gerações de remoção e Diária eliminação dos restos de vegetação Verificar a disposição do material oriundo da limpeza (camada orgânica) para futura reincorporação Diária ao solo nas áreas a serem recuperadas. Não permitir o depósito de resíduos de vegetação nos talvegues. Verificar o atendimento à legislação para o serviço Mensal IMPACTO Erosões da estrada e terrenos visinhos; Assoreamento de talvegues; Retenção (represamento) de fluxo de águas superficiais (inclusive rompimentos de bueiros da estrada) MONITORAMENTO Verificar o escoamento nas obras de travessias de cursos d’água e talvegues PERIODICIDADE Verificar demolição das obras provisórias, Desimpedindo o fluxo dos talvegues e evitando a formação de caminhos Quinzenal ou diária em preferenciais para a água períodos de chuva. Verificar a recuperação da vegetação nas áreas desnudadas e limpas para implantação dos caminhos de serviços Terraplenagem, Empréstimos e Bota-Foras IMPACTO Acidentes envolvendo trabalhadores e transeuntes; MONITORAMENTO Controlar velocidade de veículos e máquinas envolvidos na construção; Assoreamento de talvegues; Verificar eficiência da sinalização de obra; Retenção (represamento) de fluxo de águas superficiais (inclusive rompimento de bueiros da estrada Poluição do ar Sobra de material transportado (terra, entulho, rocha, etc.) ao longo dos trajetos de máquinas e caminhões. Ruídos e Vibrações PERIODICIDADE Diária Verificar se as superfícies sujeitas à poeira estão mantidas úmidas. Verificar se as superfícies sujeitas à poeira estão mantidas úmidas; Observar emissão das descargas dos Diária veículos e máquinas envolvidos na construção Controlar o carregamento dos veículos; Verificar a superfície de rolamento dos caminhos de serviço; Diária Controlar a velocidade de veículos e máquinas envolvidos no transporte. Controlar a emissão de ruídos por Semanal motores mal regulados ou com manutenção deficiente. Verificar localização de caixas de Semanal empréstimos; IMPACTO Proliferação de insetos MONITORAMENTO PERIODICIDADE Verificar existência de área sujeita a empoçamentos em virtude dos serviços Quinzenal de terraplenagem; Verificar implantação de “Drenagem de Semanal Serviço”* nas áreas em terraplenagem Degradação de áreas Erosões e Assoreamentos Evitar a exploração de áreas urbanizadas/urbanizáveis; Verificar a recuperação de áreas exploradas ao uso original; Quinzenal Verificar a localização das caixas de empréstimos e bota-foras; Verificar a reconformação dos botaforas Verificar a compactação dos bota-foras; Diária Verificar a implantação de “Drenagem Semanal de Serviço” Verificar a localização de empréstimos e Diária bota-foras Verificar implantação de dissipadores de Diária energia; Verificar obediência às defasagens Semanal permitidas entre as frentes de serviços *Entende-se por “Drenagem de Serviço” os dispositivos temporários, sem qualquer revestimento, implantado com o objetivo de manter as frentes em terraplenagem livres dos efeitos das águas pluviais, evitando-se assim, erosões e assoreamento nas áreas das obras e região adjacente. Desmonte de rocha e Pedreira IMPACTO Degradação de áreas exploradas; Abertura de novas lavras face a impossibilidade de continuidade na exploração da lavra em uso; Erosões e Assoreamentos Alagamentos Acidente envolvendo material explosivo Acidentes ocorrentes na detonação Sobra de material transportado (entulho, rocha, etc.) ao longo dos trajetos de máquinas e caminhões MONITORAMENTO PERIODICIDADE Verificar recuperação da área explorada; Verificar atendimento exploratório projetado; ao método Quinzenal Verificar impedimento ao carreamento e deposição de materiais erodidos Verificar implantação de drenagem de serviço; Não permitir formação de depressões na praça da pedreira; Não permitir estoque conjunto de materiais explosivos distintos; Verificar localização segura dos paióis Diária Quinzenal A cada recebimento do material Na implantação dos paióis Não permitir o uso de veículos Diária inadequados ao transporte de explosivos; Manter os caminhos de serviços em Diária condições de segurança Verificar comunicação com a população local; A cada detonação Verificar a evacuação na região lindeira à área da detonação Controlar o carregamento dos veículos; Verificar a superfície de rolamento dos caminhos de serviços; Diária Controlar a velocidade de veículos e máquinas envolvidos no transporte. Drenagem, Bueiros, Corta-rios e Pontes IMPACTO MONITORAMENTO PRIODICIDADE Verificar limpeza permanente de talvegues; Verificar se as condições de descarga das Erosões obras conduzem à formação de erosões; Verificar implantação de desvios Quinzenal e captações em condições adversas; Assoreamento, Verificar inundações talvegues e entupimentos de bueiros; Verificar colocação eficiência de do entulhos sistema em Semanal e após incidência de chuvas de drenagem 29. RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS A recuperação das áreas degradadas envolve operações que vão desde o preparo do solo até a manutenção das espécies vegetais implantadas. Cabe ressaltar que as medidas aqui definidas, deverão ser executadas para a recuperação do passivo ambiental identificado no trecho. As áreas a serem recuperadas deverão ser cercadas com arame em 4 fios. Os procedimentos para a recuperação das áreas degradadas são descritos abaixo: • Regularização topográfica, consistindo em acertos de acabamento na superfície e inclinação dos taludes, prevenção dos processos erosivos, com a execução de curvas de nível nos locais onde há previsão de fluxo de água; • Revegetação. 29.1. SELEÇÃO DE ESPÉCIES Para a escolha das espécies é de fundamental importância o conceito de heterogeneidade. Nesta perspectiva, busca-se trabalhar com a maior diversidade possível de espécies vegetais nativas e que sejam representativas dos diversos estágios temporais e estruturais dos diferentes ecossistemas presentes nas áreas em questão. Além disso, a seleção de espécies estará direcionada para sua auto-sustentação. Para a escolha das espécies, deverá feita, levando-se em conta sua relação com a fauna e a flora local, e apresentar as seguintes características: I. Agressividade; II. Rusticidade; III. Rápido desenvolvimento; IV. Fácil propagação; V. Fácil implantação com baixo custo; VI. Pouca exigência quanto a condições do solo; VII. Fácil integração na paisagem; VIII. Fator de produção de alimento para a fauna. 29.2. PREPARO DO SOLO I. Descompactação do solo, quando necessário; II. Aplicação de corretivos e adubação (calcário e adubos orgânicos para plantio). A aplicação do calcário e adubo deverá ser feita em separado, sendo primeiramente espalhado o calcário e depois o adubo. A calagem seguida de gradagem deverá ser realizada com pelo menos um mês de anterior à época do plantio, para que o calcário reaja no solo. 29.3. PLANTIO O plantio consorciado de leguminosas com gramíneas proporciona um grande incremento na eficiência dos resultados obtidos, não apenas devido seu papel na proteção da área, mas também por influenciarem na fixação de nitrogênio da atmosfera no solo. A recomposição da vegetação herbácea é executada por semeadura a lanço, seguida de cobertura rasa, por meio de passadas de grade aradora, com plantio no início do período de chuvas. A vegetação herbácea protege essencialmente contra a erosão superficial, ravinamento, dissecação, alteração da superfície, agrega as camadas superficiais numa espessura variável, em média de 0,5m a 0,25m, participa na formação do húmus e se implanta rapidamente. O plantio de mudas arbóreas deverá ser feito com mudas nativas adaptadas as condições da região onde serão plantadas, aumentado a probabilidade de sobrevivência. Imediatamente antes do plantio deverá ser cortado 1cm do fundo do saquinho, para podar as pontas das raízes enoveladas. A muda deve ser retirada cuidadosamente da embalagem para não desmanchar os torrões, devendo, então, serem plantadas em covas de 0,60mx0,60mx0,60m. Todo material descartado e de natureza poluidora deverão ser recolhidos e acondicionados em locais apropriados. 29.4. MONITORAMENTO As ações de monitoramento consistem das seguintes atividades: • Replantio das mudas de espécies arbóreas mortas; • Execução de nova semeadura em caso de má germinação do extrato herbáceo implantado; • Coroamento das mudas, a fim de evitar seu abafamento ou reduzir a competição por luz, água e nutrientes; • Realização de nova adubação de cobertura, caso necessário; • Combate a insetos prejudiciais, principalmente as formigas, eliminando-as através de isca formicida granulada a base de sulfluramida, um composto de baixa toxidade no formigueiro ativo. Tabela: Relação de espécies nativas para reabilitação das áreas degradadas. Nome Científico Astronium fraxinifolium Nome Popular Aroeira Annona crassiflora Araticum Xylopia sericea Pindaíba Aspidosperma dasycarpon Cybistax antisyphillitica Jacarandá brasiliana Pereiro Caroba-verde Carobão Tabebuia alba Ipê-amarelo Tabebuia roseo-alba Ipê-branco Bombar longiflorum Ibiruçu Plenckia polpunea Marmelo Terminalia argentea Capitão Connarus suberosus Corticeira Curatella americana Lixiera Diospyrus hispida Maria-preta Anadenanthera falcata Angico Bowdichia virgiliodes Sucupira-preta Dalbergia violacea Caviúna Dimorphandra mollis Faveiro Nome Científico Ferreirea spectabilis Hymenaea stigonocarpa Inga offinis Nome Popular Sucupira Jatobá Ingá Platymenia reticulada Vinhático Sclerolobium aureum Carvoeiro Stryphnodendron barbadetiman Barbatimão Lafoensia pacari Pacari Eugenia dysenterica Cagaita Ouratea castaneafolia Farinha-seca Roupala brasilienses Carne-de-vaca Fagara rhoifolia Dilodendron bippinatum Mamica-de-porca Bela-moça Pouteria ramiflora Bacupari Pouteria Torta Bacupari Guazuma ulmifolia Mutamba Luehea divaricata Açoita-cavalo Callisthene minorItapicuru Itapicuru Qualea densiflora Pau-terra Salvertia convallariodora Vochysia elliptica Bate-caixa Pau-de-tucano PERÍODO DE OBRAS ATIVIDADES ANO 1 Aproveitamento do Material de desmatamento Coleta e armazenamento dos solos de decapeamento ANO 2 X X X X X X X X X X X X X X X X Cronogramadodesistema Implantação de Medidas Implantação de tratamento de de Controle Ambiental e Reabilitação. X efluentes oleosos Implantação do sistema de controle de vazamentos no reservatório de asfalto Programa de controle de resíduos sólidos e efluentes sanitários Programa de controle de emissões fugitivas A X imp X X X X X X X X lant açã X X X X X X X X o das Programa de comunicação social X X X X me did as e pro gra mas de con trol e ambiental ocorrerá antes do início das obras e será mantida até seu término. As medidas de reabilitação deverão ser executadas de acordo com o cronograma apresentado no quadro acima, levando em consideração a data de início das obras. Cronograma de execução das medidas de reabilitação e programa de monitoramento ATIVIDADES Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago X X Set Out X X Nov Dez Implantação de dispositivos de X drenagem nas jazidas Recolocação do X solo de capeamento Hidrossemeadura X X X Semeadura manual X X X X X X Plantio de mudas de espécie nativas Replantio Adubação periódica Coroamento Combate a X X X X X X Vistorias periódicas mensais formigas Combate a Capinas e aceiros semestralmente incêndios 30. MEMÓRIA DE CÁLCULO E QUADRO DE QUANTIDADES A memória de cálculo das quantidades de meio ambiente se encontra a seguir. 1 – Conformação de caixas de empréstimo e jazidas 1.1 Alargamento Corte Estaca / Localização Lado Área (m²) 485-493 LE 1.793,78 1.793,78 Subtotal 1.2 Empréstimos Concentrados Estaca / Localização Lado Área (m²) 118–130 (EC1) LD 18.120,00 365-377 (EC2) LD 16.200,00 575-587 (EC3) LE 18.000,00 908-921 (EC4) LD 22.200,00 1155-1167 (EC5) LD 20.400,00 1466-1478 (EC6) LD 19.200,00 1725-1737 (EC7) LD 18.000,00 1974-1986 (EC8) LD 28.800,00 160.920,00 Subtotal 1.3 Empréstimos (Valetões) Estaca / Localização Lado Área (m²) 290-301 LD/LE 7.186,67 540-570 LD 7.950,00 1081+10,00-1093 LD/LE 10.695,00 1252-1275 LE 6.593,33 1506-1532+10,00 LD/LE 14.045,00 1702-1731 LE 7.685,00 1775-1796 LD 6.860,00 1885-1911 LD/LE 13.780,00 2068-2081 LD/LE 12.653,33 Subtotal 87.448,33 1.4 Jazidas Estaca Distância Área (m²) 225-550 (J-01) 18,80-17,30 8.100,00 950 (J-03) 0,1 5.400,00 1755 (J-04) 5,1 11.700,00 1695 (J-05) 1,7 5.100,00 1655 (J-06) 1,3 10.800,00 2123+3,254 (J-07) 6,8 14.400,00 2123+3,254 (J-08) 6,5 18.900,00 2123+3,254 (J-11) 5,3 9.000,00 Subtotal 83.400,00 Total Geral 333.562,11 2 – Estocagem de caixas de empréstimo e jazidas 2.1 Alargamento Corte Estaca / Localização Lado Área (m²) 485-493 LE 1.793,78 1.793,78 Subtotal 2.2 Empréstimos Concentrados Estaca / Localização Lado Área (m²) 118–130 (EC1) LD 18.120,00 365-377 (EC2) LD 16.200,00 575-587 (EC3) LE 18.000,00 908-921 (EC4) LD 22.200,00 1155-1167 (EC5) LD 20.400,00 1466-1478 (EC6) LD 19.200,00 1725-1737 (EC7) LD 18.000,00 1974-1986 (EC8) LD 28.800,00 160.920,00 Subtotal 2.3 Empréstimos (Valetões) Estaca / Localização Lado Área (m²) 290-301 LD/LE 7.186,67 540-570 LD 7.950,00 1081+10,00-1093 LD/LE 10.695,00 1252-1275 LE 6.593,33 1506-1532+10,00 LD/LE 14.045,00 1702-1731 LE 7.685,00 1775-1796 LD 6.860,00 1885-1911 LD/LE 13.780,00 2068-2081 LD/LE 12.653,33 87.448,33 Subtotal 2.4 Jazidas Estaca Distância Área (m²) 225-550 (J-01) 18,80-17,30 8.100,00 950 (J-03) 0,1 5.400,00 1755 (J-04) 5,1 11.700,00 1695 (J-05) 1,7 5.100,00 1655 (J-06) 1,3 10.800,00 2123+3,254 (J-07) 6,8 14.400,00 2123+3,254 (J-08) 6,5 18.900,00 2123+3,254 (J-11) 5,3 9.000,00 Subtotal 83.400,00 Total Geral 333.562,11 3 – Reposição de caixas de empréstimo e jazidas 3.1 Alargamento Corte Estaca / Localização Lado Área (m²) 485-493 LE 896,89 896,89 Subtotal 3.2 Empréstimos Concentrados Estaca / Localização Lado Área (m²) 118–130 (EC1) LD 9.060,00 365-377 (EC2) LD 8.100,00 575-587 (EC3) LE 9.000,00 908-921 (EC4) LD 11.100,00 1155-1167 (EC5) LD 10.200,00 1466-1478 (EC6) LD 9.600,00 1725-1737 (EC7) LD 9.000,00 1974-1986 (EC8) LD 14.400,00 80.460,00 Subtotal 3.3 Empréstimos (Valetões) Estaca / Localização Lado Área (m²) 290-301 LD/LE 3.593,33 540-570 LD 3.975,00 1081+10,00-1093 LD/LE 5.347,50 1252-1275 LE 3.296,67 1506-1532+10,00 LD/LE 7.022,50 1702-1731 LE 3.842,50 1775-1796 LD 3.430,00 1885-1911 LD/LE 6.890,00 2068-2081 LD/LE 6.326,67 Subtotal 43.724,17 3.4 Jazidas Estaca Distância Área (m²) 225-550 (J-01) 18,80-17,30 4.050,00 950 (J-03) 0,1 2.700,00 1755 (J-04) 5,1 5.850,00 1695 (J-05) 1,7 2.550,00 1655 (J-06) 1,3 5.400,00 2123+3,254 (J-07) 6,8 7.200,00 2123+3,254 (J-08) 6,5 9.450,00 2123+3,254 (J-11) 5,3 4.500,00 Subtotal 41.700,00 Total Geral 166.781,05 4 – Plantio de árvores - Ocorrências (J-01) Material Proprietário Área (m²) Nº mudas Fábio da Cunha Melo Cascalho 5.100,00 205 Total Geral 5.100,00 205 5 - Grama em Placas (DMT=10km) Interseção Área Total Jenipapo 4.160,28 4.160,28 Novo Cruzeiro 2.233,20 2.233,20 Baixa Quente 4.908,64 4.908,64 Araçuaí 2.726,70 2.726,70 Trevo 101,07 101,07 Total Geral 14.129,89 6 – Conformação e proteção dos locais de Bota-fora 6.1 Bota-fora Estaca Lado Área (m²) 77-88 LE 3.389,83 212-219 LD/LE 3.557,17 281-287 LD 3.049,00 454-464 LD 2.140,83 505-520 LE 3.781,67 600-613 LE 4.031,80 706-716 LE 3.481,67 790-810 LE 6.842,22 875-885 LD 2.540,83 1015-1030 LD 4.681,67 1067-1072 LD/LE 3.681,67 1147-1152 LE 1.180,28 1185-1191 LD 1.524,50 1230-1242 LD 4.418,00 1425-1431 LE 1.536,33 1590-1602 LD 6.818,00 1840-1850 LE 1.360,56 1911-1920 LE 4.411,25 2046-2065 LD 5.930,11 2094-2100 LD 1.176,33 Total Geral 69.533,70 7 – Cerca Localização Jazida J-01 Jazida J-03 Jazida J-04 Jazida J-05 Jazida J-06 Jazida J-07 Jazida J-08 Jazida J-11 Total Geral Quantidade 602,00 420,00 600,00 600,00 420,00 600,00 780,00 420,00 4.442,00 8 - REVEGETAÇÃO Estaca 77-88 212-219 281-287 454-464 505-520 600-613 706-716 790-810 875-885 1015-1030 1067-1072 1147-1152 1185-1191 1230-1242 1425-1431 1590-1602 1840-1850 1911-1920 2046-2065 2094-2100 Total Geral Estaca 485-493 Subtotal Lado LE LD/LE LD LD LE LE LE LE LD LD LD/LE LE LD LD LE LD LE LE LD LD Lado LE Estaca 290-301 540-570 1081+10,00-1093 1252-1275 1506-1532+10,00 1702-1731 1775-1796 1885-1911 2068-2081 Subtotal Total Geral Lado LD/LE LD LD/LE LE LD/LE LE LD LD/LE LD/LE Estaca 118–130 (EC1) 365-377 (EC2) 575-587 (EC3) 908-921 (EC4) 1155-1167 (EC5) 1466-1478 (EC6) 1725-1737 (EC7) 1974-1986 (EC8) Total Geral Lado LD LD LE LD LD LD LD LD 8.1 Bota-fora Área (m²) 3.389,83 3.557,17 3.049,00 2.140,83 3.781,67 4.031,80 3.481,67 6.842,22 2.540,83 4.681,67 3.681,67 1.180,28 1.524,50 4.418,00 1.536,33 6.818,00 1.360,56 4.411,25 5.930,11 1.176,33 69.533,70 Hidrossemeadura 3.389,83 3.557,17 3.049,00 2.140,83 3.781,67 4.031,80 3.481,67 6.842,22 2.540,83 4.681,67 3.681,67 1.180,28 1.524,50 4.418,00 1.536,33 6.818,00 1.360,56 4.411,25 5.930,11 1.176,33 69.533,70 8.2 Empréstimos laterais 8.2.1 Alargamento Corte Área (m²) Hidrossemeadura 1.793,78 0,00 1.793,78 0,00 8.2.2 Empréstimos (Valetões) Área (m²) Hidrossemeadura 7.924,07 0,00 8.704,16 0,00 11.273,19 0,00 7.364,26 0,00 15.377,36 0,00 8.414,02 0,00 7.563,89 0,00 15.087,22 0,00 13.524,81 0,00 95.232,98 0,00 97.026,75 0,00 8.3 Empréstimos Concentrados Área (m²) Hidrossemeadura 18.120,00 0,00 16.200,00 0,00 18.000,00 0,00 22.200,00 0,00 20.400,00 0,00 19.200,00 0,00 18.000,00 0,00 28.800,00 0,00 160.920,00 0,00 Semeadura Manual 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Semeadura Manual 1.793,78 1.793,78 Semeadura Manual 7.924,07 8.704,16 11.273,19 7.364,26 15.377,36 8.414,02 7.563,89 15.087,22 13.524,81 95.232,98 97.026,75 Semeadura Manual 18.120,00 16.200,00 18.000,00 22.200,00 20.400,00 19.200,00 18.000,00 28.800,00 160.920,00 Estaca (Topograph) Total Geral 8.4 Taludes de corte e aterro Área (m²) Hidrossemeadura 232.664,00 232.664,00 232.664,00 232.664,00 Lado Estaca 225-550 (J-01) 950 (J-03) 1755 (J-04) 1695 (J-05) 1655 (J-06) 2123+3,254 (J-07) 2123+3,254 (J-08) 2123+3,254 (J-11) Total Geral Distância 18,80-17,30 0,1 5,1 1,7 1,3 6,8 6,5 5,3 Estaca 0 100 200-210 460 1240 1249 Total Geral Estaca 8.5 Jazidas Área (m²) 8.100,00 5.400,00 11.700,00 5.100,00 10.800,00 14.400,00 18.900,00 9.000,00 83.400,00 Semeadura Manual 0,00 0,00 Hidrossemeadura 8.100,00 5.400,00 11.700,00 5.100,00 10.800,00 14.400,00 18.900,00 9.000,00 83.400,00 Semeadura Manual 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8.6 Passivos (taludes de corte-erosão) Lado Área (m²) Hidrossemeadura 46,00 LD 46,00 180,00 LD 180,00 198,00 LE 198,00 23,00 LD 23,00 60,00 60,00 LD/LE 90,00 90,00 LD 597,00 597,00 Semeadura Manual 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8.7 Canteiro de Obras Área (m²) Hidrossemeadura 10.000,00 0,00 0,00 10.000,00 Semeadura Manual 10.000,00 10.000,00 Lado Total Geral 9- Outros Serviços Serviço Retaludamento de corte Rip-rap vegetativo Valeta de proteção de corte Unidade m³ m³ m Total 188,00 82,00 160,00 QUADRO RESUMO DOS SERVIÇOS DE REVEGETAÇÃO SERVIÇO Hidrossemeadura Semeadura Manual ÁREA 386.194,70 267.946,75 QUANTITATIVO 31. ART DO DOCUMENTO 32. BIBLIOGRAFIA • BRANDÃO Mitzi, BRANDÃO Hipérides. A Árvore: Paisagismo e Meio Ambiente. Ed. Vitae Comunicação Integrada. Belo Horizonte – MG, 1992. • DER – DEPARTAMENTO DE ESTRADAS E RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS Manual de Procedimentos Ambientais em Empreendimentos Rodoviários. • DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES -2005-. Manual Rodoviário de Conservação, Monitoramento e Controle Ambientais. Rio de Janeiro – RJ • FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO DE MINAS GERAIS/CETEC – Diagnóstico Ambiental do Estado de Minas Gerais. • IBAMA – INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS, 1990. XXXVI Congresso Brasileiro de Botânica, anais. Curitiba, 1985. Voume II. Brasília - DF. 33. ANEXOS GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS Programa de Pavimentação de Ligações e Acessos Rodoviários aos Municípios – ProAcesso projeto de engenharia rodoviária de melhoramento e pavimentação de rodovia RODOVIA: LMG-676 / LMG-678 TRECHO: Francisco Badaró - Araçuaí EXTENSÃO: 43,84 km RCA – RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL OUTUBRO / 2008 GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS Programa de Pavimentação de Ligações e Acessos Rodoviários aos Municípios – ProAcesso projeto de engenharia rodoviária de melhoramento e pavimentação de rodovia RODOVIA: LMG-676 / LMG-678 TRECHO: Francisco Badaró - Araçuaí EXTENSÃO: 43,84 km RCA – RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL Coordenação e Fiscalização: Diretoria de Projetos – DER-MG Elaboração: Planex S/A – Consultoria de Planejamento e Execução Contrato: PJU-24.032/07 OUTUBRO / 2008 ÍNDICE 1 Apresentação ..................................................................................................................... 1 1.1 Mapa de Situação .............................................................................................................. 2 2 Justificativa ....................................................................................................................... 3 3 Objetivo............................................................................................................................. 3 4 Legislação Pertinente ........................................................................................................ 3 5 Caracterização do Empreendimento ................................................................................. 4 5.1 Características do Trecho.................................................................................................. 4 5.2 Localização / Acesso......................................................................................................... 5 6 Projeto de Engenharia ....................................................................................................... 6 6.1 Tráfego e Segurança.......................................................................................................... 6 6.2 Estudos de Traçado ........................................................................................................... 8 6.3 Projeto Geométrico ........................................................................................................... 10 6.4 Projeto de Interseções ....................................................................................................... 14 6.5 Obras de Drenagem........................................................................................................... 16 6.6 Projeto de Terraplenagem ................................................................................................. 26 6.7 Projeto de Pavimentação ................................................................................................... 29 6.8 Projeto de Sinalização....................................................................................................... 35 6.9 Obras Complementares ..................................................................................................... 37 7 Infra-Estrutura de Apoio ................................................................................................... 38 7.1 Canteiro de Obras.............................................................................................................. 38 7.2 Depósito de Material Asfáltico e Usina de Concreto........................................................ 44 7.3 Caminho de Serviço .......................................................................................................... 45 8 Diagnóstico Ambiental ..................................................................................................... 45 8.1 Caracterização da Área ..................................................................................................... 45 8.2 Meio Fisíco ....................................................................................................................... 48 8.3 Meio Bótico....................................................................................................................... 62 8.4 Meio SócioEconômico ...................................................................................................... 66 9 Passivo Ambiental............................................................................................................. 77 10 Avaliação dos Impactos Ambientais................................................................................. 87 10.1 Instalação do canteiro de Obras ........................................................................................ 87 10.2 Desmatamento e Limpeza do Terreno .............................................................................. 88 10.3 Terraplenagem, Empréstimos e Bota-Fora ....................................................................... 8.8 10.4 Drenagem .......................................................................................................................... 88 10.5 Exploração de Jazidas ....................................................................................................... 88 10.6 Operação da Rodovia ........................................................................................................ 89 11 Medidas Mitigadoras......................................................................................................... 97 12 Art do Documento............................................................................................................. 99 13 Bibliografia ....................................................................................................................... 100 1. APRESENTAÇÃO PLANEX S/A – Consultoria de Planejamento e Execução, apresenta o RCA – Relatório de Controle Ambiental do Projeto de Engenharia Rodoviária de Melhoramento e Pavimentação da Rodovia LMG-676 / LMG-678, trecho Francisco Badaró – Araçuaí, em atendimento ao contrato nº PJU-24.032/07, assinado em 12/07/2007 com o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais: Este documento foi elaborado tendo como referência: • Termo de Referência para Elaboração de Plano de Controle Ambiental – PCA – GER001 (texto revisado - versão 2 - julho/97). Foram feitas algumas adequações devido às características do empreendimento a ser licenciado. • Termos de Referência para Elaboração de Projeto Final de Engenharia Rodoviária para Revisão/Melhoramento e Pavimentação de Rodovias do DER /MG O Projeto é apresentado em 13 volumes distintos, sendo: • Volume 1 – Relatório de Projeto e Documentos para Concorrência (A-4); • Volume 1C – Diagnóstico de OAE (A-4); • Volume 2 – Projeto de Execução (A-3); • Volume 2C – Projeto de Execução de OAE (A-3); • Volume 3 – Memória Justificativa (A-4); • Volume 3C – Memória de Cálculo de Estrutura (A-4); • Anexo 3A – Projeto de Desapropriação (A-4); • Anexo 3B – Estudos Geotécnicos (A-4); • Anexo 3D – Notas de Serviço e Cálculo de Volumes (A-4); • Relatório de Controle Ambiental – RCA (A-4); • Plano de Controle Ambiental – PCA (A-4); • Plano Técnico de Reconstituição da Flora - PTRF (A-4); e, • Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD (A-4). 2. JUSTIFICATIVA Genericamente, implantação de uma rodovia possibilita o desenvolvimento de regiões carentes, permitindo maior integração a centros mais desenvolvidos e uma conseqüente melhora do IDH desta região, seja na possibilidade de atração de indústria e serviços ou no incremento do turismo, desde que esta potencialidade seja explorada de maneira sustentável. Invariavelmente, as áreas de influências das estradas existentes, em leito natural, apresentam grandes passivos ambientais, decorrentes da ocupação desordenada do solo, exercendo grande pressão sobre os recursos naturais. A implantação de melhorias e adequações proporcionará a recuperação destes passivos, além da adoção de medidas ambientais adequadas nas operações de implementação da rodovia e um efetivo programa de educação ambiental das comunidades lindeiras. 3. OBJETIVO O Relatório de Controle Ambiental – RCA tem como objetivo, além de atender a legislação ambiental específica, para obtenção Autorização Ambiental de Funcionamento, diagnosticar e prognosticar os impactos ambientais dos meios físico, biótico e antrópico na área de influência do empreendimento, permeando as fases de implantação e operação do mesmo, visando a eliminação, mitigação e/ou compensação dos impactos negativos e otimização dos positivos. 4. LEGISLAÇÃO PERTINENTE O Relatório de Controle Ambiental foi elaborado de acordo com as Normas Técnicas Brasileiras e tendo como referência os Dispositivos Legais vigentes, tais como: • Legislação Ambiental Federal − A Constituição Brasileira – art. 8º - inciso XVII − Código Florestal; − Código de Mineração; − Decreto Lei nº. 1.413 de 14/8/75; − Decreto Lei nº. 76.385 de 03/10/75; − Resoluções CONAMA • Legislação Ambiental Estadual − DN nº.01/79 do COPAM; − DN nº.02/79 do COPAM; − DN nº.03/81 do COPAM; − Lei nº.7.772 de 08/09/80; − Decreto nº. 21.228 de 10/02/81 • Legislação Ambiental Municipal 5. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Uma rodovia é basicamente composta pelos seguintes elementos: • Plataforma, sobre a qual são implantadas as pistas de rolamentos; • Faixas de domínios; • Sistemas de drenagem; • Pontes e/ou viadutos – OAE; • Acessos, interseções, etc. 5.1. CARACTERÍSTICA DO TRECHO • Prefixo da rodovia: MG – LMG-676 / LMG-678 • Trecho: Francisco Badaró – Araçuaí • Extensão: 43,84 km Porte da obra: de acordo com a DN 74/2004 – PEQUENO; Classe 01 • E-01-03-1 Pavimentação e/ou melhoramentos de rodovias: • Pot. Poluidor/Degradador: − Ar: M Água: M Solo: G Geral: M • Porte: 10 < Extensão < 50 km: pequeno Parâmetros do projeto • Velocidade de Projeto = 60 km/h • Superelevação = 8,00% • Faixa de domínio = 30 m • Valor mínimo de “K” para curvas verticais convexas: − Desejável 18 (V=60 km/h) − Absoluto 14 (V=60 km/h) • • Valor mínimo de “K” para curvas verticais côncavas: − Desejável 17 (V=60 km/h) − Absoluto 15 (V=60 km/h) Seção Transversal − Pista de rolamento (2x3,30m) = 6,60m; − Largura do acostamento (2x0,40m) = 0,80m; − Dispositivo de drenagem (2x0,60m) = 1,20m; − Largura total da plataforma = 8,60m; − Abaulamento na tangente = 3,00% Revestimento • Tratamento Superficial Duplo – TSD (entre as estacas 25 a 620 + 10,00, 676 a 1408 + 16,70 e 1422 a 2123 + 3,254); • Blocos Pré-Moldados de Concreto – Tipo Blocket (as estacas 0 a 25, 620 + 10,00 a 676 e 1408+16,70 a 1422) 5.2. LOCALIZAÇÃO/ACESSO O trecho em estudo inicia-se no perímetro urbano do município de Francisco Badaró e tem o seu final no entroncamento da BR 367, no município de Araçuaí, contornando o mesmo. Estes dois municípios que são ligados pela rodovia em questão, estão localizadas na região do vale Médio do Jequitinhonha, Estado de Minas Gerais, pertencendo à bacia do rio Araçuaí, inserida na bacia do Jequitinhonha. O acesso a Francisco e Araçuaí, a partir de Belo Horizonte, é feito pelas BR 381-116-367 - LMG passando por 678 km de rodovia pavimentada e 45 km de rodovia não pavimentada. • Coordenadas Geográficas de Francisco Badaró − Latitude: 16° 59’ 33” S − Longitude: 42° 21’ 06” O − Altitude: 400 m • Coordenadas Geográficas de Araçuaí − Latitude: 16° 51’ 06” S − Longitude: 42° 04’ 05” O − Altitude: 295 m 6. PROJETO DE ENGENHARIA O Projeto de engenharia em sua versão final intitulado Projeto Executivo, é o resultado de estudos e projetos dos componentes necessários para alcançar o objetivo proposto, visando à implantação de melhorias e pavimentação de uma rodovia, ou um trecho da mesma. A seguir, serão sintetizados os vários elementos que compõem o Projeto de Engenharia. 6.1. TRÁFEGO E SEGURANÇA O objetivo dos estudos de tráfego é obter, através de métodos sistemáticos de coleta, dados relativos aos cinco elementos fundamentais do tráfego (motorista, pedestre, veículo, via e meio ambiente) e seu inter-relacionamento, visando obter informações para a determinação da Classe da Rodovia, recomendações para o Projeto Geométrico, de Interseções, de Pavimentação, de Sinalização e Segurança do trânsito. Em resumo, os estudos de tráfego se constituem no instrumento de que se serve a Engenharia de Tráfego para atender às suas finalidades, definidas como sendo o planejamento de vias e da circulação do trânsito nas mesmas, com vistas ao seu emprego para transportar pessoas e mercadorias de forma eficiente, econômica e segura. 6.1.1. Volume Médio Diário Anual de tráfego - VMDAT O VMDAT deste segmento foi obtido considerando-se os resultados das pesquisas de campo realizadas em julho de 2007. Foi aplicado um Fator de Impacto de 10%, considerando-se que a estrada atual, com revestimento primário, sofrerá um aumento de tráfego decorrente da sua pavimentação. Cabe destacar que devido à Barragem do Rio Setúbal em construção pela RURALMINAS, para a operação posterior da COPSA, em Jenipapo, e a construção da Barragem do Calhauzinho, em Baixa Quente, houve um crescimento muito expressivo do tráfego nesta região próxima a Araçuaí, e, de maneira particularizada, no trecho em estudo da LMG-676, do Entroncamento com a LMG-678 até Francisco Badaró, conforme pode ser observado comparando-se os dados obtidos pelo DER/MG nas “Contagens Volumétricas e Classificatórias” realizadas no ano de 2003, apresentadas abaixo, juntamente com a pesquisa feita em 2007. Dados de Tráfego (VMDAT - 2003) Rodovia: LMG-676 Anos 2003 Trecho: Entrº LMG-678 - Francisco Badaró Moto + Pás. + Útilit. Coletivo Carga Total VMDAT (%) VMDAT (%) VMDAT (%) 104 73,24 9 6,34 29 20,42 142 Fonte: Núcleo de Engenharia de Tráfego da Gerência de Segurança Viária da Diretoria de Projetos do DER/MG Composição Percentual do Tráfego (2008) Veículo / Tipo VMDAT Percentual (%) Moto 95 33,58 Passeio + Utilitário 128 45,26 Ônibus 15 5,47 Carga 44 15,69 Total 282 100,00 Gráfico nº1 - Composição Percentual do Tráfego Rodovia: LMG-676 Trecho: Francisco Badaró - Araçuaí Ano de 2008 Carga 15,69% M oto 33,58% Ônibus 5,47% Pass eio + Utiliário 45,26% A taxa de crescimento geométrico da frota, fornecida pelo DER será: Moto + Passeio + Utilitários...: 3,00%; Coletivos................................: 3,00%; e, Carga.....................................: 3,00%. Para a determinação dos parâmetros intervenientes, foram consideradas as seguintes condições: • Ano de abertura do tráfego após a conclusão dos melhoramentos previstos: 2008; • Horizonte final de projeto: 10 anos (ano de 2017). O volume de tráfego projetado para os anos subseqüentes estão apresentados no quadro seguinte. Volumes de Tráfego (VMDAT) Ano Veículos-tipo Total Moto Passeio Coletivo Carga 2006 92 124 15 43 274 2007 95 128 15 44 282 2008 104 140 17 52 313 2009 107 144 18 54 322 2010 110 149 18 55 332 2011 114 153 19 57 342 2012 117 158 19 59 352 2013 121 162 20 60 363 2014 124 167 20 62 374 2015 128 172 21 64 385 2016 132 177 22 66 396 2017 136 183 22 68 408 Desta forma, com relação à Seção Transversal de Pavimento Acabado, a Consultora propõe, para ambos os segmentos em estudo, as seguintes dimensões para seus elementos componentes: • Largura de semi-pista de rolamento: 3,30m; • Largura do acostamento: 0,40m; e, • Largura do dispositivo de drenagem: 0,60m. A largura total de pavimento acabado da plataforma será de 8,60m. 6.2. ESTUDOS DE TRAÇADO O traçado do trecho tem seu início no perímetro urbano do município de Francisco Badaró e desenvolve-se segundo a direção geral W-E, cortando os interflúvios das drenagens afluentes do rio Setúbal. Neste segmento o relevo é ondulado, com cortes baixos, com o traçado acompanhando a topografia, com o ponto mais notável constituindo-se na travessia do rio São João, drenagem intermitente. Após o entroncamento para Jenipapo, o traçado toma a direção WSW – ENE, ainda desenvolvendose pelos interflúvios, até se aproximar do vale principal, onde passa a acompanhar o rio Setúbal pela margem esquerda. A partir da estaca 1250, o traçado se afasta um pouco da margem do rio Araçuaí, voltando a se desenvolver sobre os interflúvios das drenagens afluentes tanto do rio Setúbal, como do rio Araçuaí, uma região elevada, localmente denominada de Chapada dos Melos. Próximo a Araçuaí, o traçado se inflete para norte, acompanhando o rio Calhauzinho, por sua margem direita, até chegar a Araçuaí, por volta da elevação 324m. Estão previstas duas variantes com o intuito de melhorar o traçado e evitar zonas urbanas. A primeira variante está localizada entre as estacas 1745 a 1970, um trecho bastante sinuoso e que intercepta o bairro Pedregulho. A segunda variante, a partir da estaca 2156, evitará a zona urbana de Araçuaí, passando por detrás do aeroporto até a chegada na BR-367. Apresenta-se a seguir, os locais dos principais pontos de passagem e das possíveis melhoras a serem executadas: • Est. 62 a 90 – Local de melhoramento de traçado, com eliminação de 4 (quatro) curvas. • Est. 100 a 175 – Local de melhoramento de traçado. • Est. 205 a 245 – Local de melhoramento de traçado, sendo que na Est. 220, temos a Ponte sobre o Córrego São João em madeira, com 14,00m de comprimento e 3,80m de largura. Local de nova Obra-de-Arte Especial. • Est. 280 a 335 – Local de melhoria de traçado e local da interseção de acesso a Jenipapo de Minas (Est. 318 ) LD. • Est. 360 a 370 – Melhoria da curva de R= 80,0m para R=125,0m. • Est. 440 a 470 – Local de melhoria de traçado, retificações de curvas. • Est. 545 a 620 – Local de melhoria de traçado. • Est. 625 – Ponte sobre o Ribeirão Setúbal, em madeira com 54,50m de comprimento e 4,50m de largura, hidraulicamente insuficiente, local de nova Obra-de-Arte Especial. • Est. 627+10,0 a 692+10,0 – Travessia da Vila Setúbal. • Est. 695 a 745 – Local de melhoria de traçado. • Est. 775 LD – Acesso ao Povoado de Machado. • Est. 810 a 870 – Local de melhoria de traçado. • Est. 955 a 965 – Local de melhoria de curva. • Est. 982 a 1000 – Local de melhoria de curva. • Est. 1020 LE – Acesso à Vila de Nova Senhora da Aparecida do Setúbal • Est. 1045 a 1115 – Local de melhoria de traçado, e da Ponte sobre o Córrego da Velha (Est.1076), em madeira, hidraulicamente insuficiente, com 6,40m de comprimento e 3,50m de largura, local de nova Obra-de-Arte Especial. • Est. 1165 a 1200 – Local de melhoria de traçado. • Est. 1206 LD – Acesso a Estação de Tratamento da COPASA. • Est. 1240 a 1280 – Local de melhoria de traçado. • Est. 1266 – Ponte sobre o Córrego do Almoço, em concreto com 6,70m de comprimento e 4,20m de largura. A ponte deverá ser substituída por um BDCC 2,50m x 2,50m. • Est. 1300 a 1450 – Local de melhoria de traçado. • Est. 1395 a 1460 – Travessia da Vila Gravatá. • Est. 1417 – Ponte de concreto sobre o Córrego Gravatá, com 68,00m de comprimento e 4,50m de largura. Ponte suficiente hidraulicamente, que deverá ser aproveitada e alargada. • Est. 1600 LD – Acesso a São José do Gravatá. • Est. 1630 a 1660 – Local de melhoria do traçado. • Est. 1680 a 1730 – Local de melhoria do traçado. • Est. 1745 a 1970 – Local da variante 1 (ver desenho TD-26), onde o traçado atual passa pelo Bairro Pedregulho e encontra-se bastante sinuoso. A variante passa fora do bairro e desenvolvese num traçado suave, terminando no Entrº com a LMG-678, local da Interseção para Eng. Schnoor e Novo Engenho. • Est. 1990 a 2000 – Local de melhoria de curva. • Est. 2040 a 2090 – Local de melhoria de curvas. Da est. 2060 a 2076, temos a Vila Pedregulho. • Est. 2085 – Ponte sobre o Ribeirão Calhauzinho, em concreto com 71,40m de comprimento e 4,20m de largura. Ponte suficiente hidraulicamente, que deverá ser aproveitada e alargada. • Est. 2156 – A partir desta estaca a consultora sugere a variante 2 onde prevê-se a retirada da chegada da rodovia no perímetro urbano de Araçuaí, seguindo o novo traçado por trás do aeroporto até a chegada na BR-367. 6.2.1. Situação Atual do Trecho O segmento inicial até o km 5,00 possui plataforma com revestimento primário e o restante está em leito natural. Os trabalhos de conservação da rodovia estão ao encargo da 22ª Coordenadoria Regional do DER/MG, sediada em Araçuaí. 6.3. PROJETO GEOMÉTRICO O Projeto Geométrico, definido no escritório, teve como subsídios os levantamentos topográficos referente ao cadastro do leito existente e ao projeto dos segmentos onde estão sendo projetadas variantes para evitar o perímetro urbano. A velocidade diretriz, que definiu os parâmetros para a elaboração do Projeto Geométrico, foi de 60 km/hora. O Projeto Geométrico foi definido no escritório de posse dos levantamentos topográficos e apresenta a extensão total de 43.844,841m (est. 0 a 2123+3,254; est 0 a 33+18,183 - Acesso I a Araçuaí na Interseção de Acesso a Baixa Quente e est 0 a 35+11,819 – Acesso II a Araçuaí na Interseção de Acesso a Araçuaí) com as seguinte igualdades no segmento entre a est 0 e a est 2123+3,254: est. 629+19,303 = 630; est. 1400+1,375 = 1400 e est 1586+13,880=1587+2,973. O trecho apresenta-se com 5 (cinco) interseções e 2 (duas) Travessias Urbanas; • Travessias da Vila Setúbal – est 620+10,00 a 676; • Travessias da Vila Gravatá – est 1408+16,70 a 1422; • Interseção de Acesso a Jenipapo de Minas (est. 310); • Interseção de Acesso a Novo Cruzeiro (est. 1830+14,390); • Interseção de Acesso a Baixa Quente / Engenho Schnoor / Araçuaí (est. 1863+4,631); • Interseção de Acesso a Araçuaí (est. 2047+0,548); e, • Interseção de Acesso a Araçuaí / Entrº BR-367 / Itaobim (est. 2123+3,254). Neste trecho existem 6 (seis) obras-de-arte especiais a saber: • Ponte sobre o Córrego São João A ponte possui avarias, não podendo ser aproveitada, além de ser hidraulicamente insuficiente. Foi projetada nova ponte no local; • Ponte sobre o Ribeirão Setúbal A ponte será totalmente aproveitada; • Ponte sobre o Córrego da Velha Devido sua estrutura, sua pequena extensão e largura, e sua insuficiência hidráulica essa ponte será substituída por uma nova ponte; • Ponte sobre o Córrego do Almoço Devido a sua pequena extensão e largura essa ponte será substituída por BTCC 3,00m x 2,50m; • Ponte sobre o Córrego Gravatá A ponte encontra-se hidraulicamente suficiente, portanto será mantida; • Ponte sobre o Ribeirão Calhauzinho. A ponte como um todo está em bom estado de conservação e apresenta-se hidraulicamente suficiente, portanto será mantida. 6.3.1. Parâmetros Básicos do Projeto Foram adotados os seguintes parâmetros para elaboração do projeto: • Velocidade de Projeto = 60 km/h • Superelevação = 8,00% • Faixa de domínio = 30 m • Valor mínimo de “K” para curvas verticais convexas: • − Desejável 18 (V=60 km/h) − Absoluto 14 (V=60 km/h) Valor mínimo de “K” para curvas verticais côncavas: − Desejável 17 (V=60 km/h) − Absoluto 15 (V=60 km/h) O greide projetado corresponde ao pavimento acabado no eixo da plataforma. A rampa máxima e mínima adotada para a rodovia foi de 15,00%, e de 0,0912%. 6.3.2. Seções Transversais da Rodovia As seções transversais definidas para implantação do trecho segundo os estudos de Tráfego, o Termo de Referência do Edital e a Fiscalização ficou com as seguintes dimensões: • Pista de rolamento (2x3,30m) = 6,60m; • Largura do acostamento (2x0,40m) = 0,80m; • Dispositivo de drenagem (2x0,60m) = 1,20m; • Largura total da plataforma = 8,60m; • Abaulamento na tangente = 3,00% Figura 1: Seção Tipo I Figura 2: Seção Tipo I em curva. Figura 3: Seção Tipo II Figura 4: Seção Tipo II em curva. Figura 5: Seção Tipo III. 6.4. PROJETO DE INTERSEÇÕES A solução geométrica do projeto em referência, compreende interseções em rótula alongadas e canalizações simples, onde foram estudados condições de giro para os ramos e gotas, declividades longitudinais e larguras de pista / plataforma compatíveis com o tráfego previsto. 6.4.1. Interseção de Acesso a Jenipapo de Minas (est 310) A geometria estudada e projetada, compreende uma interseção em rótula alongada na estaca 310 da rodovia, com raio de giro de 14,50m. A concepção proposta contempla 2 (dois) ramos (A e B), com raio de 100,00m no ramo A, e de 25,00m no ramo B, possibilitando assim boas condições geométricas nesta interferência rodoviária. • Dimensão da plataforma (Ramos): − Pista 5,50m − Faixa de segurança 0,50m − Acostamento 0,40m − Dispositivo de Drenagem 0,60m 6.4.2. Interseção de Acesso a Novo Cruzeiro (1830+14,390) A geometria estudada e projetada, compreende uma interseção canalizada simples à direita na estaca 1830+14,390 da rodovia. O Local é de boas condições de visibilidade. As faixas de aceleração e desaceleração têm largura de 3,30m e extensão de mesa de 74,44m e 71,34m, conforme necessidades dos greides, sempre adjacentes a um taper’s de comprimento de 60,00m. A concepção proposta contempla 2 (dois) ramos (A e B), com raio de giro à direita de 50,00m no ramo A e de 200,00m no ramo B, uma gota permitindo giro à esquerda com raio igual a 29,50m possibilitando assim boas condições geométricas nesta interferência rodoviária. As faixas de aceleração e desaceleração dos ramos A e B respectivamente, possuem mesa de 41,49m e 55,01m adjacentes à taper’s de comprimento de 60,00m. • Dimensão da plataforma (Ramos): − Pista 5,50m − Faixa de segurança 0,50m − Acostamento 0,40m − Dispositivo de Drenagem 0,60m 6.4.3. Interseção de Acesso a Baixa Quente / Engenheiro Schnoor / Araçuaí (est 1863+4,631) A geometria estudada e projetada, compreende uma interseção em rótula alongada na estaca 1863+4,631 da rodovia. A concepção proposta contempla 8 (oito) ramos (A, B, C, D, E, F, G e H), com raio de 60,00m no ramo A, de 15,00m no ramo B, de 100,00m no ramo C, de 60,00m ramo D, de 60,00m ramo E, de 15,00m ramo F, de 60,00m ramo G e 60,00m ramo H, possibilitando assim boas condições geométricas. • Dimensão da plataforma (Ramos): − Pista 5,50m − Faixa de segurança 0,50m − Acostamento 0,40m − Dispositivo de Drenagem 0,60m 6.4.4. Interseção de Acesso a Araçuaí (est 2047+0,548) A geometria estudada e projetada, compreende uma interseção canalizada simples à esquerda na estaca 2047+0,548 da rodovia. O Local é de péssimas condições de visibilidade, então optou-se por introduzir um canteiro central na rodovia de acesso, afim de absorver as faixas de aceleração e desaceleração, diminuindo assim o número de conflitos. Estas faixas têm largura de 3,30m e extensão de mesa variando entre 97,19m e 112,22m, conforme necessidades dos greides, sempre adjacentes a um taper de comprimento igual a 60,00m. A concepção proposta contempla 2 (dois) ramos (A e B), com raio de giro à direita igual a 200,00m e 50,00m, respectivamente, uma gota permitindo giro à esquerda com raio igual a 24,50m possibilitando assim boas condições geométricas nesta interferência rodoviária. As faixas de aceleração e desaceleração dos ramos A e B respectivamente, possuem mesa de 67,91m e 97,88m adjacentes à taper’s de comprimento de 60,00m. 6.4.5. Interseção de Acesso a Araçuaí / Entrº BR-367 / Itaobim (est. 2123+3,254) Trata-se de uma interseção existente em rotatória no final do trecho est. 2123+3,254. Nessa rotatória será acrescido apenas os ramos A e B que saem da Rodovia LMG-676. Esses ramos possuem raio de 46,00m. • Dimensão da plataforma (Ramos): − Pista 5,50m − Faixa de segurança 0,50m − Acostamento 0,40m − Dispositivo de Drenagem 0,60m 6.4.6. Canteiros das Interseções A área dos canteiros das interseções dos canteiros centrais perfaz um total de 14.129,00 m² a serem revestidos com grama em placas. 6.5. OBRAS DE DRENAGEM A drenagem de uma rodovia pode ser definida como um “conjunto de operações e instalações destinadas a remover e/ou impedir os excessos das águas provenientes do escoamento superficial e do escoamento do lençol freático, de forma a proteger o corpo estradal, o meio ambiente e garantir que a vida útil da rodovia estimada para o projeto, seja atingida”. Um sistema de drenagem ineficiente, além de causar danos à operacionalidade da rodovia, aumentar os custos e números de intervenções dos serviços de conservação, causa impactos no meio ambiente, ao provocar erosões e conseqüente carreamento de partículas sólidas para o leito dos corpos d’água, ou assoreando várzeas próximas. Podemos, então, concluir que os custos de conservação de uma rodovia estão diretamente ligados ao projeto de drenagem e a construção dos dispositivos. Neste caso específico, a escolha e dimensionamento dos dispositivos de drenagem devem ser bastante criteriosa, dado à grande suscetibilidade erosiva dos solos da região, como poder-se-á constatar ao longo deste relatório. Estes dispositivos se agrupam em: • Drenagem de talvegue (bueiro de grota); • Drenagem superficial; • Drenagem profunda; • Drenagem de Obra-de-Arte Especial. 6.5.1. Drenagem de Talvegue O projeto de drenagem de talvegue teve como objetivo a análise dos bueiros existentes quanto a sua suficiência hidráulica, seu estado de conservação e posicionamento junto à rodovia. Os bueiros tubulares e celulares foram calculados para atenderem respectivamente à capacidade de vazão para períodos de recorrência de 15 e 25 anos. Tabela 1: Obras existentes LOCALIZAÇÃO (ESTACA DO EIXO) OBRA EXISTENTE OBRA (TIPO E DIMENSÃO) 18+17,772 BSTC DN-0,40 29+9.041 Int Araçuaí BSCC (1,00x2,00)m OBRA PROJETADA Bueiro insuficiente a ser substituído. 51+8,339 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60 72+4,524 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60 88+13,665 BSTC DN-1,00 94+3,416 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60 95+9,189 BSTC DN-0,60 101+16,918 BSTC DN-0,60 193+5,165 BSTC DN-0,60 210+6,194 214+18,00 a 217+4,00 280+9,86 Bueiro insuficiente a ser substituído. Bueiro sem recobrimento a ser removido. BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60 Bueiro fora do traçado a ser abandonado. PONTE SOBRE O CÓRREGO SÃO JOÃO BSTC DN-0,60 287+8,983 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60 402+10,342 BSTC DN-0,40 BSTC DN-0,40 453+1,760 BDTC DN-1,00 BDTC DN-1,00 461+0,206 BSTM DN-1,90 BSTM DN-1,90 549+13,954 Insuficiente a ser substituída por nova ponte BSTC DN-0,60 293+16,189 614+2,32 a 616+16,82 OBSERVAÇÕES (TIPO E DIMENSÃO) BSTC DN-0,40 PONTE SOBRE O CÓRREGO SETUBAL Construir CX-01 (H=2,60m) à montante. Construir CX-01 (H=1,70m) à montante. Bueiro insuficiente a ser mantido e prolongado. Construir BSCC 1,50x1,50 como obra complementar. Bueiro fora do traçado a ser abandonado. Ponte a ser mantida e alteada 649+13,201 BSTC DN-0,40 Bueiro insuficiente a ser substituído. 652+9,115 BSTC DN-0,40 BSTC DN-0,40 Construir CX-01 (H=1,20m) à montante. 658+3,717 BSTC DN-0,40 BSTC DN-0,40 Construir CX-01 (H=1,20m) à montante. 661+5,444 BSTC DN-0,40 Bueiro sem recobrimento a ser removido. 672+8,339 BSTC DN-0,40 678+4,406 BSTM DN-2,00 BSTC DN-0,40 708+1,445 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60 714+3.807 BSCC (3,00x2,00)m BSCC (3,00x2,00)m 827+16,977 BSTM DN-2,10 854+3,748 BSTC DN-0,60 Bueiro insuficiente e selado a ser substituído. BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60 925+0,280 BSTM DN-2,10 BSTM DN-2,10 940+7,368 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,80 978+8,110 BSCC(3,00x2,00) 1000+13,344 BSTC DN-0,60 1012+13,867 BSTC DN-0,40 1060+12,498 BSTC DN-0,60 Bueiro sem recobrimento a ser substituído. BSTC DN-0,80 BSTC DN-0,60 Construir DSA-03A (C=2,60m e L=1,30m) à jusante. Bueiro fora do novo traçado a ser substituído. BSTC DN-0,60 Bueiro insuficiente a ser substituído. BSTC DN-0,60 1064+8,00 a 1066+13,00 PONTE SOBRE O CÓRREGO DA VELHA 1076+0,892 Recompor concretagem da laje superior, que está com as ferragens expostas. Fundação com empedramento espessura = 0,60m. BSTC DN-0,60 888+18,564 952+12,260 Bueiro a ser mantido, sem necessidade de prolongamento. Construir boca de BSCC 2,00x2,00 à montante e à jusante. Construir CX-01 (H=1,60m) á montante. Construir CX-01 (H=3,00m) á montante. Insuficiente a ser substituída por nova ponte BSTC DN-0,60 1097+17,346 BSTC DN-0,60 Bueiro a ser substituído. 1106+5,060 BSTC DN-0,40 Bueiro 100% assoreado a ser substituído. Bueiro com barragem de detenção de água.Construir DSA-03A (C=9,00m e L=1,10m) à jusante. Bueiro fora do novo traçado a ser substituído. 1122+11,703 BSTC DN-0,60 1138+2,626 BSTC DN-0,40 BSTC DN-0,60 1191+3,015 BSTC DN-080 BSTC DN-0,80 1200+2,546 BSTC DN-060 BSTC DN-0,60 1234+5,00 PONTE SOBRE O CÓRREGO DO ALMOÇO 1250+3,556 BSTC DN-0,50 Bueiro insuficiente a ser substituído. 1392+12,162 BSTC DN-0,50 Bueiro insuficiente a ser abandonado. 1405+8,70 a 1408+16,70 PONTE SOBRE O CÓRREGO GRAVATÁ BSTC DN-0,60 Manter 1448+7,901 BSTC DN-0,60 1534+2,587 BSTC DN-0,60 1550+4,074 BSTC DN-0,60 Bueiro insuficiente a ser substituído. 1564+6,993 BSTC DN-0,60 Bueiro fora do novo traçado a ser abandonado. 1594+8,00 Construir CX-01 (H=0,80m) à montante. Bueiro enterrado a ser substituído. PONTILHÃO SEM NOME A ser substituído por bueiro 1616+19,232 BSTC DN-0,40 1666+4,810 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,40 Bueiro sem recobrimento a ser substituído. 1715+5,156 BSTC DN-0,20 Bueiro insuficiente a ser substituído. 1726+11,667 BSTC DN-0,20 Bueiro insuficiente a ser substituído. 1732+6,040 BSTC DN-0,60 1896+2,996 BSTC DN-0,60 Construir CX-01 (H=2,10m) à montante. Bueiro fora do novo traçado a ser substituído. BSTC DN-0,60 1974+12,23 a 1979+1,73 PONTE SOBRE O RIBEIRÃO CALHAUZINHO 6.5.2. Construir CX-01 (H=1,10m) à montante. Insuficiente a ser substituída por bueiro Manter 1999+11.838 BSCC (3,00x3,00)m BSCC (3,00x3,00)m 2009+9,514 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60 Fundação com empedramento espessura = 0,60m. 2016+2,323 BSTC DN-0,60 BSTC DN-0,60 2045+13,184 BSCC(2,00x2,00) Construir CP-01 na junção do bueiro existente com o prolongamento de jusante. Interseção 2046+0,608 BSCC(2,00x2,00) Interseção Construir CX-01 (H=3,40m) à montante. Drenagem superficial O projeto de drenagem superficial tem como objetivo o dimensionamento dos dispositivos de coleta e condução das águas superficiais que incidem na plataforma da estrada, conduzindo-as convenientemente para fora de seu corpo. Os dispositivos utilizados no projeto foram: • Sarjetas; • Valetas de proteção de corte e aterro; • Decidas d’água de aterro; • Decidas d’água de aterro em degraus; • Saídas d’água em corte e aterro; • Decidas d’água de corte; • Meio Fio; • Caixas coletoras; • Caixa de passagem. 6.5.2.1. Sarjetas Constituem dispositivos que captam as águas que precipitam diretamente sobre a plataforma e as que provêm de bacias geradas pela implantação dos cortes, conduzindo-as até outros elementos de derivação que vão desaguá-las em terreno natural a jusante da estrada, onde seus efeitos nocivos não mais se farão sentir. Neste projeto, estabeleceu-se que as sarjetas a serem implantadas nas bordas da plataforma serão revestidas de concreto. Assim sendo, o comprimento crítico será atingido, quando estiver para se dar o transbordamento da sarjeta. Foram projetadas as seguintes sarjetas conforme as necessidades da pista: • Cortes - sarjeta Tipo SCC 50/10, SCC 50/15 e SCC 50/20; • Aterros - sarjeta de aterro SCA 30/10, SCA 30/15 e SCA30/20 • Banquetas – sarjetas Tipo SCC 70/30; 6.5.2.2. Valetas de Proteção de Corte e Aterro Este dispositivo tem a finalidade principal de interceptar o fluxo superficial difuso ocasionado pelas precipitações à montante das seções em corte ou aterro e conduzi-las adequadamente. Foram utilizadas as dos tipos DR.VP-01 (75/50) e VP-03 (75/50) e VP-03 (125/100) para proteção dos taludes de cortes e DR.VPA para proteção dos taludes de aterros. A VP-03 (125/100) foi utilizada no fundo dos canais de carga e descarga com a finalidade de proteger o terreno à montante/jusante dos bueiros de processos erosivos. 6.5.2.3. Descidas D’água de Aterro São dispositivos destinados a conduzir pelos taludes de aterro a águas precipitadas sobre a plataforma, coletadas pelas sarjetas de aterro ou meios-fios. Possuem seção retangular em forma de canal de concreto simples ou armado, com ancoragens indeterminadas, dispersor e soleira de dispersão. Segundo padrão DER/MG e conforme orientação da Gerencia de Hidrologia e Drenagem o comprimento das descidas d’água foram considerados a partir de 2,50m abaixo do bordo da plataforma no talude de aterro, já que as saídas d’água possuem um comprimento máximo igual a esse valor. Ainda foram usadas descidas do tipo DR.DSA-01 para alturas menores ou igual a 4,50m e DR.DSA-01A para alturas maiores que 4,50m. 6.5.2.4. Descida D’água de Aterro em Degraus São dispositivos destinados a conduzir as águas vindas de bueiros que tem seu lançamento na saia do aterro. Possuem seção retangular, em concreto armado, dispersor e soleira à jusante. Foi utilizada a do tipo DR.DSA-03A. 6.5.2.5. Descidas D’água de Corte São dispositivos que captam as águas que fluem por talvegues interceptados pelos taludes dos corte conduzindo-as até as caixas coletoras dos bueiros. Foi utilizada a do tipo DR.DSC-01. 6.5.2.6. Saídas D’água em Corte As saídas d’água em corte são dispositivos posicionados nos extremos das sarjetas de corte, destinadas a dirigir as águas captadas pelas sarjetas para fora do corpo estradal. Foi utilizada a saída tipo DR.SDC-01. 6.5.2.7. Saídas D’água em Aterro As saídas d’água de aterro são dispositivos posicionados nos pontos em que são vencidos os comprimentos críticos das sarjetas e nos pontos baixos dos aterros, com a finalidade de dirigir as águas captadas pelas sarjetas para as descidas d’água de aterro (DSA-01 e DAS-01A). Foram projetadas as saídas d’água em aterro DR.SDA-01 e DR.SDA-02. 6.5.2.8. Meio Fio de Concreto Meios-fios de concreto são dispositivos executados com a finalidade de separar a faixa de pavimentação da faixa do passeio e para fazer a delimitação das ilhas e/ou canteiros das interseções. Foi projetado meio - fio do tipo MF - Tipo B(padrão Sudecap) para delimitação da faixa de pavimentação do passeio e MF-01 nas ilhas e/ou canteiros das interseções. 6.5.2.9. Caixas Coletoras Caixas coletoras são dispositivos executados com a finalidade de coletar as águas provenientes das sarjetas e descidas d’água dos cortes, conduzindo-as, através de bueiros de greide, para fora do corpo estradal. Também foram utilizadas caixas coletoras à montante de bueiros de grota segundo a necessidade topográfica. Foi projetada caixa do tipo DR.CX-01. 6.5.2.10. Caixas de Passagem Caixas de passagem são dispositivos executados com a finalidade de permitir a ligação das bocasde-lobo à rede tubular, de permitir as mudanças de declividade, direção e diâmetro das redes tubulares. Foi projetada caixas de passagem do tipo DR.CP-01. 6.5.3. Drenagem Profunda A drenagem profunda é projetada para evitar os problemas acarretados pela incidência das águas subterrâneas do lençol freático, que afetam a infra e superestrutura da rodovia. A necessidade de implantação foi definida pela situação local do lençol freático nos cortes, pela ocorrência de materiais com excesso de umidade, a existência de materiais rochosos, impermeáveis abaixo do greide projetado. Esses dados foram fornecidos pelos estudos geotécnicos. Tipos de Dispositivos Projetados: 6.5.3.1. Camada Drenante Serão localizados em toda a largura da plataforma, com espessura de 0,40m, preenchendo os locais de rebaixos em rocha. 6.5.3.2. Drenos Profundos para Cortes em Rocha Foram projetados drenos do Tipo DR.DPR, com dimensão 0,40m x 0,40m, com tubo de polietileno de alta densidade perfurado DN=100mm (DMT da brita = 21,33km, Pedreira 04 localizada a 0,10km da est. 2023), para coletar as águas onde houver cortes em rocha. 6.5.3.3. Drenos Profundos de Corte em Solo Para rebaixar o lençol freático existente, foi projetado o dreno do tipo DR.DP-02(A), onde detectouse excesso de umidade. DR.DP-02(A) - dreno profundo longitudinal de areia sem selo, dimensões 0,40m x 1,50m, com tubo de PVC perfurado DN 100mm encamisado com manta geotêxtil não tecida. 6.5.3.4. Terminal de Drenos Os drenos deverão, na transição corte/aterro, defletir-se cerca de 45º, prolongando-se além do bordo da plataforma, de modo que o deságüe se processe, no mínimo, a um metro do “off-set”. Para proteção na saída dos drenos, são projetados terminais de saída do tipo: DR.TDP - para dreno profundo de corte em solo; DR. TDR – para dreno profundo de corte em rocha. 6.5.4. Fundações de Obras de Arte Correntes A fundação das obras-de-arte correntes, foi definida após análise do suporte e consistência do terreno em que elas serão construídas. Essa análise foi feita com os resultados das sondagens, por inspeção no local, definição de greide e conseqüentemente a altura dos aterros sobre os bueiros. As sondagens foram executadas nas seguintes estacas: • Est 88+15,00 – BSCC 2,00mx2,50m – Fundação direta com empedramento de 0,60m. • Est 461+0,206 – BSCC 1,50mx1,50m – Fundação direta com empedramento de 0,60m. • Est 714+3,807 – BSCC 3,00mx2,00m – Fundação direta com empedramento de 0,60m. • Est 827+17,00 – BDCC 2,00mx2,00m – Fundação direta com empedramento de 0,60m. • Est 978+6,00 – BSCC 2,00mx2,50m – Fundação direta com empedramento de 0,60m. • Est 1234+5,00 – BTCC 3,00mx3,00m – Fundação direta com empedramento de 0,60m. • Est 1595+3,00 – BDCC 3,00mx3,00m – Fundação direta com empedramento de 0,60m. • Est 1803 – BSCC 2,00mx2,50m – Fundação direta com empedramento de 0,60m. • Est 1999+11,838 – BSCC 3,00mx3,00m – Fundação direta com empedramento de 0,60m. • Est 2045+13,184 – BSCC 2,00mx2,00m – Fundação direta com empedramento de 0,60m. • Est 2046+0,608 – BSCC 2,00mx2,00m – Fundação direta com empedramento de 0,60m. • Est 2084 – BSCC 1,50mx1,50m – Fundação direta com empedramento de 0,60m. • Est 29+9,04 (Interseção de Acesso a Araçuaí) – BSCC 1,00mx2,00m – Fundação direta com empedramento de 0,60m. 6.5.5. Drenagem Obra-de-Arte Especial As pontes existentes no trecho são em número de 6 (seis): ponte sobre o Córrego São João, nas coordenadas N=8119374 e E=786156 (foi substituída por nova ponte), ponte sobre o Ribeirão Setúbal, nas coordenadas N=8121107 e E=792573 (mantida e alteada), ponte sobre o Córrego da Velha, nas coordenadas N=8124500 e E=799498 (foi substituída por nova ponte), pontilhão sobre o Córrego do Almoço, nas coordenadas N=8125115 e E=802760 (será utilizada como caminho de serviço na época das obras, sendo substituída por um BTCC 3,00m x 2,50m), ponte sobre o Córrego Gravatá, nas coordenadas N=8126706 e E=805348 (mantida) e ponte sobre o Ribeirão Calhauzinho, nas coordenadas N=8131987 e E=813925 (mantida). No projeto ficaram apenas 5 (cinco) obras-de-arte especiais, sendo duas novas: • Ponte sobre o Córrego São João (Ponte Nova) − Comprimento: 46,00m (est. 214+18,00 a est. 217+4,00). − Largura: 10,30m • Ponte sobre o Ribeirão Setúbal (Ponte Existente). Essa ponte foi alteada devido a sua insuficiência hidráulica, e seu tabuleiro de madeira foi substituído por concreto. Trata-se de uma ponte estreita, que não será alargada, a pedido da Fiscalização, devido ao custo da obra. − Comprimento: 54,50m (est. 614+2,32 a est. 616+16,82). − Largura: 4,00m. • Ponte sobre o Córrego da Velha (Ponte Nova). − Comprimento: 45,00m (est. 1064+8,00 a est. 1066+13,00) − Largura: 10,00m. • Ponte sobre o Córrego Gravatá (Ponte Existente). Trata-se de uma ponte estreita, que não será alargada, a pedido da Fiscalização, devido ao custo da obra. − Comprimento: 68,00m (est. 1405+8,70 a est. 1408+16,70). − Largura: 4,50m. • Ponte sobre o Ribeirão Calhauzinho (Ponte Existente). Trata-se de uma ponte estreita, que também não será alargada, a pedido da Fiscalização, devido ao custo da obra. − Comprimento: 89,50m (est. 1974+12,23 a est. 1979+1,73). − Largura: 4,20m. Foto 1: Ponte – Córrego São João - km 4,4 Foto 2: km 12,5 – Ponte Córrego Setúbal Foto 3: km 21,8 – Ponte Córrego da Velha Foto 4: km 25,2 – Ponte Córrego do Almoço 6.6. PROJETO DE TERRAPLENAGEM O Projeto de Terraplenagem foi elaborado de forma a definir as escavações e aterros necessários à implantação da rodovia, de acordo com os elementos fornecidos pelos estudos topográficos, definições do projeto geométrico e do projeto de interseções, além das recomendações dos estudos geotécnicos. 6.6.1. Definições Básicas Os elementos básicos empregados no projeto foram: • Geometria do traçado definido no projeto geométrico; • Largura da plataforma. A geometria dos taludes foi definida pelos estudos geotécnicos, função dos materiais ocorrentes e da observação dos taludes da pista atual (que não apresentam instabilidades). Foram adotados: • Taludes de corte em solo: − Inclinação: 3,0: 2,0 (V/H) • Talude de corte em rocha: − Inclinação: 8,0: 1,0 (V/H) • Taludes de aterro: − Inclinação: 1,0: 1,5 (V/H) Os estudos geotécnicos forneceram indicações para se proceder a classificação e destino dos materiais escavados, bem como locais de empréstimos laterais e concentrados. A movimentação de solo na fase de terraplenagem é apresentada a seguir • Volumes de Cortes − Escavação em 1ª categoria: 98.125,00m³ − Escavação em 2ª categoria: 13.337,00m³ − Escavação em 3ª categoria: 30.486,00m³ − Empréstimo 513.102,00 m³ − Substituição do subleito 6.114,00 m³ − Rebaixo em rocha 73.702,00 m³ • Destinação − Acabamento de terraplenagem 258.895,00 m³ − Corpo de aterro 371.612,00 m³ − Bota-fota 104.359,00 m³ 6.6.2. Áreas de Taludes de Corte e Aterro As áreas de talude de corte e aterro perfazem um total de 232.664,00 m² (área gerada automaticamente pelo TOPOGRAPH). 6.6.3. Áreas de Empréstimos São escavações destinadas a prover ou complementar a quantidade de material necessária à construção dos aterros, seja por insuficiência do volume dos cortes, por motivo de ordem tecnológica de seleção de materiais, ou razões de ordem econômica. Foram selecionadas e indicadas oito locais para a utilização de empréstimos concentrados abaixo relacionados: Áreas de Empréstimos Concentrados Estaca Material Área (m²) Volume (m³) 118–130 (EC1) Argila 18.120,00 39.864,00 365-377 (EC2) Argila 16.200,00 43.740,00 575-587 (EC3) Argila 18.000,00 45.000,00 22.200,00 54.834,00 20.400,00 49.572,00 19.200,00 46.656,00 18.000,00 48.600,00 28.800,00 72.000,00 10.800,00 15.120,00 171.720,00 415.386,00 908-921 (EC4) Argila Siltosa Amarela 1155-1167 Argila Siltosa (EC5) Amarela 1466-1478 Argila Siltosa (EC6) Amarela 1725-1737 Argila Siltosa (EC7) Amarela 1974-1986 Argila Siltosa (EC8) Amarela 2090-2096 Argila Siltosa (EC9) Amarela TOTAL Aplicação Acabamento de Terraplenagem, corpo de aterro e mistura Acabamento de Terraplenagem, corpo de aterro e mistura Acabamento de Terraplenagem, corpo de aterro e mistura Acabamento de Terraplenagem, corpo de aterro e mistura Acabamento de Terraplenagem, corpo de aterro e mistura Acabamento de Terraplenagem, corpo de aterro e mistura Acabamento de Terraplenagem, corpo de aterro e mistura Acabamento de Terraplenagem, corpo de aterro e mistura Corpo de Aterro Foram indicadas para a implantação do projeto os empréstimos EC-01, EC-02, EC-03, EC-04, EC-05, EC-06, EC-07 e EC-08, perfazendo uma área total de 160.920m² e um volume de 400.226m³. Empréstimos Laterais tipo Valetão Estaca / Localização Lado 290-301 LD/LE 2.113,22 24.000,00 540-570 LD 4.622,50 13.500,00 1081+10,00-1093 LD/LE 2.921,96 25.875,00 1252-1275 LE 3.958,56 9.200,00 1506-1532+10,00 LD/LE 4.083,21 22.000,00 1702-1731 LE 4.468,42 8.700,00 1775-1796 LD 4.034,33 16.800,00 1885-1911 LD/LE 4.006,17 11.700,00 2068-2081 LD/LE 3.537,45 30.000,00 33.745,82 161.775,00 Total Área (m²) Volume (m³) Alargamento de Corte Estaca Lado Área (m²) Volume (m³) Inicial Final 485 6.6.4. 493 LE 3.587,55 2.560,00 Bota-fora O material excedente da fase de terraplenagem, não utilizável na regularização ou estabilização do leito ou sub-leito será depositado em locais previamente escolhidos, levando-se em conta a topografia, recursos hídricos e vegetação do local. Apresentamos a seguir a relação de áreas indicadas para bota-foras: Estaca / Localização Lado 77-88 LE 3.389,83 6.000,00 212-219 LD/LE 2.157,17 2.100,00 281-287 LD 1.524,50 1.800,00 454-464 LD 2.140,83 2.400,00 505-520 LE 3.781,67 5.400,00 600-613 LE 4.031,80 7.150,00 706-716 LE 3.481,67 7.200,00 790-810 LE 6.842,22 10.800,00 875-885 LD 2.540,83 3.000,00 1015-1030 LD 4.681,67 7.200,00 1067-1072 LD/LE 2.381,67 3.900,00 1147-1152 LE 1.180,28 1.000,00 1185-1191 LD 1.524,50 1.800,00 1230-1242 LD 4.418,00 9.360,00 1425-1431 LE 1.536,33 1.320,00 1590-1602 LD 6.818,00 16.560,00 1840-1850 LE 1.360,56 1.000,00 1911-1920 LE 4.411,25 9.000,00 2046-2065 LD 5.930,11 9.120,00 2094-2100 LD 1.176,33 960,00 65.309,22 107.070,00 Total 6.7. Área (m²) Volume (m³) PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO O objetivo principal dos serviços a serem executados é propiciar condições de fluidez do tráfego, segurança e conforto do usuário, além da durabilidade e segurança da própria rodovia, minimizando os impactos negativos sobre o meio ambiente. 6.7.1. Dimensionamento do pavimento Pavimento flexível Após o cálculo do dimensionamento, a estrutura definida do pavimento, em função do ISC de projeto encontra-se no quadro a seguir: Segmento Revestimento Base Sub-Base ( Entre Estacas) ( cm ) ( Cm ) ( Cm ) 25 620 + 10,00 2,5 15,0 15,0 676 1408 + 16,70 2,5 15,0 15,0 1422 2123 + 3,254 2,5 15,0 15,0 Blocos Intertravados de Concreto Apresenta-se, a seguir, um resumo do dimensionamento do pavimento definido após os cálculos. Segmentos Revestimento em Blocos de ( Entre Estacas ) Concreto – Tipo Blocket Colchão de Areia Base ( cm ) ( cm ) ( cm ) 0 25 8,0 4,0 15,0 620 + 10,00 676 8,0 4,0 15,0 1408 + 16,70 1422 8,0 4,0 15,0 6.7.2. Materiais e Serviços e Ocorrências de Materiais/Instalações Os materiais e serviços a serem empregadas na execução dos pavimentos, bem como a localização das ocorrências de materiais/instalações indicadas estão descritas a seguir. Revestimento Tratamento Superficial Duplo - TSD A camada de revestimento, do segmento entre as estacas 25 a 620+10,00, 676 a 1408+16,70 e 1422 a 2123+3,254 , será do tipo Tratamento Superficial Duplo - TSD, empregando-se: • Emulsão asfáltica tipo RR-2C. • Agregado pétreo britado da Pedreira P-04, localizada a 0,10 km da estaca 2023. Blocos Pré-Moldados de Concreto – Tipo Blocket O revestimento dos segmentos entre as estacas 0 a 25, 620+10,00 a 676 e 1408+16,70 a 1422 deverá ser de blocos sextavados de concreto (Blocos Tipo Blocket), fabricados no canteiro de obras com espessura de 8,0 cm e resistência a compressão simples (Fck) maior ou igual a 35 MPa. Os blocos devem atender as normas da ABNT NBR 9780 (Peças de Concreto para Pavimentação – Determinação da Resistência à Compressão) e NBR 9781 (Peças de Concreto para Pavimentação). Imprimação A imprimação deverá empregar como material betuminoso asfalto diluído tipo CM-30, aplicada a uma taxa de cerca de 1,2 l/m2. Base de Solo Estabilizado com Mistura A camada de base deverá ser estabilizada granulometricamente com mistura em pista de 80% de bica corrida e 20% de solo, empregando solos argilosos provenientes dos empréstimos EC-01, EC-02, EC-03, EC-04, EC-05, EC-06, EC-07 e EC-08 que estão localizados ao longo do eixo, e de brita proveniente da Pedreira P-4, localizada a 0,10 km da estaca 2023. Sub-Base de Solo Estabilizado Granulometricamente A camada de sub-base do segmento entre as estacas 25 a 620+10,00, 676 a 1408 +16,70 e 1422 a 1580 será de solo tipo estabilizada granulometricamente sem mistura, empregando-se solo proveniente das seguintes jazidas; • Jazida J-01: Localizada a 18,80 da estaca 225 e 17,30 km da estaca550; • Jazida J-03: Localizada a 0,10 km da estaca 950; • Jazida J-04: Localizada a 5,10 km da estaca 1755; • Jazida J-05: Localizada a 1,70 km da estaca 1695; • Jazida J-06: Localizada a 1,30 km da estaca 1655; • Jazida J-07: Localizada a 6,80 km da estaca 2123+3,254; • Jazida J-08: Localizada a 6,50 km da estaca 2123+3,254; • Jazida J-11: Localizada a 5,30 km da estaca 2123+3,254. Sub-Base de Solo Estabilizado com Mistura A camada de sub-base do segmento entre as estacas 1580 a 2123+3,254 deverá ser estabilizada granulometricamente com mistura em pista de 70% de bica corrida e 30% de solo, empregando solos argilosos provenientes dos empréstimos EC-07 e EC-08 que estão localizados ao longo do eixo, e de brita proveniente da Pedreira P-4 , localizada a 0,10 km da estaca 2023. 6.7.3. Jazidas e Ocorrências Apresentamos a seguir as jazidas e ocorrências estudadas, necessárias para a execução dos serviços: 6.7.3.1. Jazidas (Cascalheiras) • Jazida J-01: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de quartzo rolado argiloso, localizada a 18,80 km da estaca 225 ou 17,30km da est 550, em propriedade da Sra. Felicina Gomes dos Santos, nas coordenadas 16º 56’ 27”S e 42º 12’ 14”W; • Jazida J-03: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de quartzo rolado argiloso, localizada a 0,10 km da estaca 950, em propriedade do Sr. Antônio Maria dos Santos, nas coordenadas 16º 57’ 13”S e 42º 12’ 27”W; • Jazida J-04: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de quartzo rolado argiloso, localizada a 5,10 km da estaca 1755, em propriedade do Sr. Erudito Colares, nas coordenadas 16º 51’ 53”S e 42º 03’ 48”W; • Jazida J-05: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de seixo rolado argiloso, localizada a 1,70 km da estaca 1695, em propriedade do Sr. Fábio da Cunha Melo, nas coordenadas 16º 52’ 56”S e 42º 06’ 43”W; • Jazida J-06: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de quartzo argiloso, localizada a 1,30 km da estaca 1655, em propriedade do Sr. Reudes Guedes Otoni, nas coordenadas 16º 53’ 52”S e 42º 06’ 24”W; • Jazida J-07: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de quartzo rolado argiloso, localizada a 6,80 km da estaca 2123+3,254, em propriedade do Sr. Amauri Gomes Pereira, nas coordenadas 16º 51’ 12”S e 42º 04’ 58”W; • Jazida J-08: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de quartzo rolado argiloso, localizada a 6,50 km da estaca 2123+3,254 , em propriedade do Sr. Vanderlei Vieira Costa, nas coordenadas 16º 51’ 09”S e 42º 05’ 06”W; • Jazida J-09: Trata-se de uma ocorrência de cascalho de quartzo micáceo, localizada a 26,05 km da estaca 2123+3,254 , em propriedade do Sr. Amílcar Melo; • Jazida J-10: Trata-se de uma ocorrência de material britado (quartzo), localizada a 20,05 km da estaca 2123+3,254 , em propriedade da Empresa Brasileira de Lítio; • Jazida J-11: Trata-se de uma ocorrência de cascalho rolado argiloso, localizada a 5,30 km da estaca 2123+3,254 , em propriedade do Sra. Elizabeth Gomes Miranda, nas coordenadas 16º 52’ 34”S e 42º 04’ 29”W. O quadro a seguir é um resumo das jazidas indicadas: Jazida Estaca Distância (km) Área (m²) Volume (m³) J-01 225-550 18,80-17,30 8.100,00 4.860,00 J-03 950 0,10 5.400,00 4.860,00 J-04 1755 5,10 11.700,00 8.190,00 J-05 1695 1,70 5.100,00 3.570,00 J-06 1655 1,30 10.800,00 6.588,00 J-07 2123+3,254 6,80 14.400,00 13.680,00 J-08 2123+3,254 6,50 18.900,00 12.568,00 J-11 2123+3,254 5,30 9.000,00 7.200,00 83.400,00 61.516,00 Total 6.7.3.2. Areais Para fornecimento de agregados miúdos, foram estudados 5 (cinco) areais, a saber: • Areal A-1 (Areal Sítio Paraíso), localizado às margens do Rio Araçuaí, distante 6,50 km da estaca 2123+3,254. Trata-se de uma lavra de areia quartzosa lavada média, explorada comercialmente, sem licença ambiental, com produção diária de 100 m3/dia, produz areia fina e está localizada em Propriedade de Areal Sítio Paraíso I (Márcio Chaves). A vegetação local está bastante alterada, restando alguns poucos tufos de bambu. O volume a ser utilizado não foi indicado. Esta ocorrência foi colocada em reserva. • Areal A-2 (Areal Sítio Alegre), localizado às margens do Rio Araçuaí, 6,10 km da estaca 2123+3,254. Trata-se de uma lavra de areia lavada média explorada comercialmente, sem licença ambiental, com produção diária de 100 m³/dia, produz areia fina e está localizada em Propriedade de Areal Sítio Alegre (Artur Berganholi Filho). A vegetação é predominantemente de pastagem, restando um solitário ingazeiro. Esta ocorrência foi colocada em reserva. • Areal A-3 (Areal Fazenda Barra do Ribeirão), localizado às margens do Rio Araçuaí, distante 25,10 km da estaca 0. Trata-se de uma lavra de areia lavada média, explorada comercialmente, sem licença ambiental, com produção diária de 80 m³/dia, produz areia fina e está localizada em Propriedade de Areal Barra do Ribeirão (Raimundo Cardozo Carvalho). A vegetação local encontra-se bastante alterada, composta por capim e algumas poucas espécies arbóreas. O volume a ser utilizado não foi indicado. Esta ocorrência foi colocada em reserva. • Areal A-4 (Areal Alto Bravo), localizado às margens do Rio Suaçui, distante 61,80 km da estaca 2123+3,254. Trata-se de uma ocorrência de areia fina de barranco, não explorado comercialmente, com um volume de 30.000m³, não possuindo licença ambiental para exploração. A vegetação local é predominantemente arbustiva. Esta ocorrência foi colocada em reserva. • Areal A-5 (Areal Sítio Paraíso 2), localizado às margens do Rio Araçuaí, distante 6,20 km da estaca 2123+3,254. Trata-se de uma lavra de areia média e fina, explorada comercialmente, com licença ambiental, produção diária de 100 m³/dia e está localizada em Propriedade do Areal Sítio Paraíso 2 (Mário Chaves). Vegetação arbustiva e área bastante alterada. O areal indicado para a implantação do Projeto é o areal A-05. 6.7.3.3. Pedreiras Para fornecimento de agregados graúdos para o revestimento e obras, foram estudadas 5 (cinco) pedreiras, à saber: • Pedreira P-1 (Pedreira Araçuaí) - Trata-se de uma lavra de granito/gnaisse, comercial, sem licença ambiental e produção diária de 100 m³, localizada a 6,20 km da estaca 2123+3,254, em propriedade da Pedreira Comercial Araçuaí. A vegetação local é arbórea/arbustiva. • Pedreira P-2 - (Pedreira Córrego São João) - Trata-se de uma ocorrência, sem licença ambiental e está localizada a 7,40 km da estaca 350, em propriedade da Pedreira Córrego São João, descartada por estar localizada ao longo do leito do Córrego São João, inserido na área de proteção ambiental; • Pedreira P-3 - (Pedreira Setúbal) - Trata-se de uma ocorrência, sem licença ambiental e está localizada a 3,50 km da estaca 780, em propriedade do Sr. José Rodrigues de Oliveira. A vegetação local é predominantemente arbórea/arbustiva. • Pedreira P-4 - (Pedreira Ribeirão Calhauzinho) - Trata-se de uma ocorrência desativada sem licença ambiental e está localizada a 0,10 km da estaca 2023, em propriedade do Sr. Mauro Vieira da Silva. A vegetação local é arbórea/arbustiva. • Pedreira P-5 (Pedreira Salinas) - Trata-se de uma lavra comercial, com licença ambiental e produção diária de 60 m3, localizada a 125,70 km da estaca 2123 + 3,254, em propriedade da Pedreira Salinas. A vegetação local é arbórea/arbustiva. A Pedreira indicada para a implantação do projeto é a pedreira P-05. 6.8. PROJETO DE SINALIZAÇÃO O Projeto de Sinalização compreendeu a concepção e o detalhamento dos sistemas de sinalização horizontal e vertical, complementados por dispositivos de segurança, de maneira a proporcionar ao usuário um desempenho seguro no fluxo de tráfego. Adotou-se o tipo - via secundária, para dimensionamento de sinais de regulamentação, advertência e indicativas. A velocidade regulamentada da via é de 80 km/h. 6.8.1. Sinalização Horizontal O Projeto de Sinalização Horizontal consistiu na determinação dos seguintes dispositivos (pinturas a serem feitas no pavimento): • Linhas de Divisão de Fluxos Opostos; • Linhas de Bordo; • Linhas de Continuidade; • Linhas de Canalização; • Dispositivos de Canalização Permanente (Zebrados); • Linhas de Dê a Preferência; • Linhas de Retenção; • Símbolos; • Legendas; • Setas. 6.8.2. Sinalização Vertical O Projeto de Sinalização Vertical constitui no posicionamento das placas de regulamentação, de advertência e de indicação ao longo da rodovia. As legendas e desenhos das placas de regulamentação e advertência são padronizadas, suas dimensões foram adotadas, seguindo as características para as vias rurais com V > 60km/h. • Placas de Advertência − Quadrada • Placas de Regulamentação − Octogonal − Triangular − Circular • Placas Informativas − Retangular • • Placas Educativas Placas de Identificação Quilométrica • Placas de identificação Nominal de Pontes, Perímetro Urbano. • Placas de Serviços Auxiliares 6.8.3. Marcadores de perigo São unidades afixadas em suportes a serem implantados em obstáculos. Serão nas cores amarelo refletivo e preto fosco, devendo ser posicionados de acordo com o fluxo que contorna o obstáculo. Suas dimensões são 0,30 x 0,90 m. 6.8.4. • Tachas Tachas Bidirecionais amarelas com elementos refletivos amarelos nas duas faces (0,10 m x 0,10 m x 0,019 m) foram utilizadas nas Linhas de Eixo, separando trechos com sentidos opostos. • Tachas Bidirecionais brancas com elementos refletivos na cor branca, quando direcionado ao fluxo de veículos e na cor vermelha quando direcionado ao contra-fluxo de veículos. Serão implantadas nos bordos somente em trechos onde a velocidade for igual ou inferior a 40km/h. Nestes casos, terão espaçamento de 4,00m em curvas e de 20,00m em tangentes. • Tachas Monodirecionais brancas com elemento refletivo em uma das faces (0,10 m x 0,10 m x 0,019m), foram utilizadas nos seguintes locais nas linhas de Bordo da interseção, uma tacha a cada 20,00 m na tangente e 4,00 m nas curvas; • Tachões Monodirecionais com elemento refletivo branco em somente uma face (0,25m x 0,16m x 0,050m). São utilizados nas Linhas de Canalização de áreas de narizes, separando faixas de mesmo sentido, a cada dois intervalos de pintura. • Tachões Bidirecionais com elementos refletivos amarelos nas duas faces (0,25m x 0,16m x 0,050m). São utilizados nas Linhas de Canalização de áreas de narizes, separando faixas de sentidos opostos, a cada dois intervalos de pintura. 6.8.5. Delineadores Têm por finalidade demarcar os ramos externos de curvas acentuadas. Serão instalados aos pares, em suportes independentes, direcionados ao fluxo e contrafluxo de veículos. Serão instalados com afastamento de 1,20 m do bordo da pista e altura de 0,60 m. 6.8.6. Defensas Foram projetadas defensas singelas “semimaleáveis”, para impedir o acesso de veículos desgovernados a locais próximos à via, que ofereçam riscos de acidentes. Foram posicionadas nas seguintes condições: • Nas entradas e saídas de ponte; • Aterros com aspectos geométricos desfavoráveis como altura e declividade; • Condições de terreno após talude de aterros (terrenos muito íngremes, local com precipício, muro de arrimo ou presença de rios e lagoas). 6.8.7. Bandas rugosas São dispositivos cuja finalidade é alertar os motoristas nas aproximações de eventos que possam comprometer a segurança viária, tais como: perímetro urbano, ponte estreita com passagem para um só veiculo, travessia de pedestres e escolas, etc. 6.9. OBRAS COMPLEMENTARES O Projeto de Obras Complementares contemplou os seguintes dispositivos: 6.9.1. Cerca De Arame Farpado As cercas deverão ser executadas com 4 fios de arame farpado, suportes de concreto e esticadores de madeira, conforme indicado no Projeto-Tipo OC.CA-01 do DER-MG. Para o cercamento das áreas em recuperação, serão utilizados 4.442,00 metros de cerca. 6.9.2. Porteiras e mata-burros Foram previstas porteiras e mata-burros nas entradas das propriedades lindeiras, segundo o ProjetoTipo OC.PT e OC.MB-01, respectivamente. 6.9.3. Passagem Sobre Sarjeta Foram previstas passagens sobre sarjeta nos locais de acesso à propriedades adjacentes à rodovia, segundo Projeto-Tipo OC.PS-02 do DER-MG. 6.9.4. Abrigo Simples de Passageiros Foram projetados 14 (quatorze) abrigos simples de passageiros (pré-moldados), nas seguintes estacas: • Est. 333 LD / LE; • Est. 636 LE; • Est. 649 LD; • Est. 1441 LD / LE; • Est. 1816 LD / LE; • Est. 2075 LD / LE; e, • Est. 2110 LD / LE. 7. INFRAESTRUTURA DE APOIO Os equipamentos de apoio necessários à implantação das obras de melhoramento e pavimentação do trecho constarão de canteiro de obras, deposito de material asfáltico e caminhos de serviços. 7.1. CANTEIRO DE OBRAS A implantação e localização do canteiro de obras ficarão a cargo da empreiteira responsável pela execução das obras do trecho. Deve ser realizado um estudo para a avaliação das condições específicas das obras objetivando caracterizar os recursos existentes em termos de serviços públicos como abastecimento de água, esgoto, energia elétrica, telefone, etc., e condições de localização compatíveis ao funcionamento da unidade como topografia, acessos, situação das jazidas e outros. De uma forma geral, o programa de necessidades de um canteiro de obras deve abranger guarita de controle e acesso, ambulatório, escritório, laboratório, almoxarifado, oficina mecânica, posto de abastecimento de combustíveis, borracheiro, lavagem, lubrificação, alojamento, área de recreação, atividades industriais (usinas de solos, fábrica de pré-moldados, britagem), pátios de estocagem e depósitos. De acordo com o “Manual de Implantação Básica” do DNIT, sobre os compartimentos relacionados deve-se considerar: • Guarita: Deve localizar-se no acesso ao canteiro e tem por finalidade abrigar o pessoal de vigilância, que controlará o fluxo de entrada e saída de pessoas, veículos e materiais; • Ambulatório: Deverá abrigar as seguintes dependências: recepção, enfermaria, repouso, consultório e pronto-socorro; • Escritório: Deverá se instalar a administração da obra, comportando as seguintes divisões: gerência, divisão administrativa financeira, divisão de engenharia e divisão de produção. • Laboratório: Sediará a realização de todos os estudos e ensaios de controle tecnológico de execução de obra. Compreenderá setores para ensaio de solos, materiais betuminosos e concreto estrutural. • Almoxarifado: Terá por finalidade receber, armazenar, distribuir e controlar os materiais e ferramentas que serão utilizadas nas obras. Comporta recepção de materiais, balcão de atendimento, setor de suprimentos e patrimônio. • Oficina mecânica: Terá por finalidade atender as solicitações de caráter preventivo e corretivo dos equipamentos e veículos em operação na obra. Comporta um galpão em estrutura metálica destinado aos serviços de mecânica pesada e leve e um galpão em estrutura metálica abrigando as dependências para serviços de usinagem, manutenção elétrica, solda, lanternagem e pintura. A implantação do canteiro de obras deve levar em consideração os fatores ambientais relevantes como a disponibilidade de água potável, no caso de alojamento e a proximidade de contribuintes de mananciais de abastecimento urbano a jusante de instalações industriais. Devem ser destacados, especialmente para as áreas de canteiro de obras, o cuidado com as condições de saúde e conforto dos trabalhadores e os impactos para as populações das comunidades situadas nas proximidades das áreas do canteiro. Portanto, para a decisão da localização do canteiro, deve-se considerar a distância significativa entre as instalações industriais e os assentamentos urbanos e as de alojamento e unidades administrativas próximas às comunidades existentes, com a adequada disposição de efluentes líquidos, resíduos sólidos e demais medidas sanitárias de proteção ambiental. O projeto dessas instalações deve contemplar as soluções adequadas para os resíduos gerados pelas atividades em cada área de apoio (efluentes das instalações sanitárias, esgotos, fossas sépticas, filtros de pó e a disposição de lixo de forma adequada), bem como para o armazenamento de produtos perigosos. Neste sentido, os projetos devem seguir as normas dos órgãos competentes e a legislação vigente. São considerações básicas para a instalação do canteiro: • Disponibilidade de água abundante; • Disposição apropriada de esgotos e outros dispositivos afins com relação aos poços de abastecimento d’água e talvegues naturais; • Existência de dispositivos de filtragem e contenção de óleos e graxas provenientes das oficinas de campo; • Localização apropriada das instalações longe de áreas insalubres onde proliferam vetores de transmissão de doenças, incluindo répteis venenosos; • Limpeza das áreas cobertas de vegetação, com o solo vegetal retirado, devendo ser acumulado em área não sujeita a erosão, voltando a ser novamente aplicado sobre a área ocupada após desmobilização, de forma a reconstituir a vegetação; • As áreas destinadas ao estoque de agregados e materiais asfálticos devem ser limpas durante as operações. Tanques, tambores, materiais inservíveis, devem ser recolhidos e dispostos em lixeiras determinadas; • Todo o lixo degradável deve ser enterrado ou incinerado, de modo a evitar poluir mananciais subterrâneos e causar incêndios; • O corpo estradal e os talvegues devem ser mantidos limpos e livres de entulhos das obras; • Localização do acampamento em posição favorável em relação à dispersão de poluentes gerados pela obra. • Sempre que possível, implantar o canteiro dentro da faixa de domínio da estrada; • Distância mínima de 30 metros de cursos d’água; • Implantação em áreas já impactadas, preservando os remanescentes florestais; • Implantação distante de aglomerados urbanos. Sistema de Saneamento Básico A contribuição per capita de esgotos para alojamentos temporários é de 80 litros/pessoa x dia1. O volume total gerado de efluentes sanitários deve ser calculado após a estimativa de funcionários alocados para a obra. O efluente sanitário (banheiros, lavatórios e cozinhas) gerado em todas as unidades devem ser destinados a um sistema fossa/filtro. Outros efluentes líquidos são decorrentes de vazamentos e perdas durante o abastecimento, troca de óleo e limpeza de equipamentos. O abastecimento de combustível deverá ser feito através de bomba transferidora manual. Toda a operação envolve pouco volume por vez, no máximo 200 litros. A contaminação ambiental poderá ocorrer em casos de má operação ou vazamentos. Neste caso, caso haja contaminação do solo, a parcela contaminada deverá ser removida e encaminhada para tratamento adequado. Toda troca de óleo deverá ser realizada em local com piso impermeável. A oficina deverá ter uma rampa para troca de óleo e inspeção. Caso ocorra algum vazamento, este deverá, em um primeiro momento, ser contido com serragem. A lavagem das máquinas e equipamentos deverá ser feita neste local. Para os efluentes gerados nas áreas de abastecimento, troca de óleo e limpeza de equipamentos, deverá ser projetado um sistema separador de água e óleo, que possibilite tratamento adequado no material. Resíduos Sólidos • Resíduos Orgânicos Os resíduos orgânicos são gerados nas áreas de refeitório e cozinha e são constituídos por cascas e pedaços de legumes e frutas e sobras de alimentos. • Resíduos Sólidos Recicláveis O resíduo sólido reciclável será gerado em praticamente todas as unidades do canteiro de obras. Tabela 2: Resíduos Sólidos Recicláveis. Material Exemplos Local de geração Papel Jornais, folhas de caderno, formulários, caixas pequenas, envelopes, aparas de papel, etc. Áreas administrativas Papelão Caixas diversas, embalagens,etc. Áreas administrativas e oficinas Plástico Embalagens de produtos de limpeza e alimentícios, copos Todo o canteiro plásticos, sacos plásticos em geral, tubos, etc. Metal Latas de aço, de alumínio, sucatas. Oficinas e áreas de manutenção e refeitório Vidro Recipientes, garrafas, copos, frascos. Todo o canteiro • Resíduos Sólidos Comuns não Recicláveis Várias atividades que serão realizadas no canteiro de obras apresentarão a geração de resíduos não recicláveis. Como exemplo destes materiais são citados: papéis sanitários, papéis sujos e molhados, guardanapos, papéis metalizados, papéis parafinados, papéis carbono, embalagens laminadas, vidros planos e espelhos, clipes, esponjas de aço, pó de varrição, etiquetas e fitas adesivas, etc. • Resíduos Sólidos Perigosos A geração de resíduos sólidos perigosos ocorrerá principalmente nas áreas de oficina e manutenção de veículos e equipamentos, e será constituída por óleos e graxas, desengordurantes, tintas, removedores, etc. • Disposição dos Resíduos A disposição dos resíduos sólidos gerados no canteiro de obras está descrita no Plano de Gestão de Resíduos Sólidos apresentado no Plano de Controle Ambiental – PCA. • Efluentes Atmosféricos Os efluentes atmosféricos gerados nas unidades do canteiro de obras são causados pelo funcionamento de máquinas e veículos e pela movimentação de veículos (descarga dos autos e suspensão de poeiras). Para minimizar os efeitos decorrentes das emissões, recomenda-se: • Manutenção adequada dos veículos que deverão atender aos parâmetros de emissão definidos pelo PROCONVE, em conformidade com a Resolução CONAMA nº 315 de 29 de outubro de 2002. • Manutenção adequada dos equipamentos e demais maquinários; • Umidificação das vias de acesso e demais vias de trânsito de veículos com caminhão pipa. Pessoal Necessário à Execução da Obra (Mão de obra alocada) • Pessoal de Nível Superior − 01 Engenheiro Supervisor − 01 Engenheiro Residente − 01 Engenheiro de Produção • Pessoal de Nível Médio − 01 Encarregado Geral − 01 Encarregado de Terraplenagem − 01 Encarregado de Pavimentação − 01 Encarregado de O.A.E. − 01 Encarregado de Drenagem e O.A.C. − 01 Laboratorista Chefe − 01 Encarregado de Topografia − 01 Chefe de Seção Técnica − 01 Chefe Administrativo − 02 Laboratoristas − 02 Topógrafos − 25 Operadores de Máquina − 30 Motoristas • Pessoal de Nível Auxiliar − 60 Operários Diversos Equipamentos Necessários à Execução da Obra Os equipamentos necessários à implantação do trecho estão descritos na tabela a seguir. Tabela 3: Equipamentos necessários à execução da obra. Nº de Discriminação do Equipamento Ordem Quantidade Exigida 01 Motoniveladora com potência, mínima, de 115 HP 3 02 Trator de esteiras com potência, mínima, de 170 HP, com lâmina 1 03 Trator de esteiras com potência, mínima, de 270 HP, com lâmina 2 04 Trator de esteiras com potência, mínima, de 270 HP, com lâmina e escarificador 1 05 Moto-escavo-transportador com capacidade de 15,3 m³ coroado 3 06 Carregadeira de rodas com potência de 170 HP 3 07 Caminhão caçamba basculante com capacidade de 8,0 m³ 18 08 Trator de pneus com potência mínima de 90 HP 4 09 Rolo liso vibratório, autopropulcionado, impacto mínimo 30 toneladas 2 10 Grade de disco de 18x24 4 11 Caminhão irrigador de 6.000 litros de capacidade 4 12 Rolo Tandem 2 13 Rolo compactador vibro corrugado, autopropulcionado, impacto mínimo de 30 toneladas 2 14 Rolo autopropulcionado, de pneus, de pressão variável, de 21 toneladas 2 15 Caminhão espargidor de asfalto 2 16 Compressor de ar – 750 pcm 2 17 Perfuratriz – ROC 601 1 18 Vassoura mecânica 1 19 Tanque de estocagem 30 toneladas 2 20 Tanque pré-aquecedor 30 toneladas 2 21 Caldeira para aquecimento 2 22 Compactador tipo sapo 2 23 Laboratório de solo / asfalto / concreto completo 1 24 Aparelhagem completa de topografia 2 Nº de Discriminação do Equipamento Ordem Quantidade Exigida 25 Retroescavadeira 2 26 Vibro acabadora de asfalto 2 27 Gerador de 30 KVA 1 28 Betoneira de 380 litros com carregador 2 29 Betoneira de 320 litros com carregador 2 30 Serra circular 1 31 Vibrador de imersão 3 32 Caminhão carroceria com Munck 2 33 Moto serra 2 34 Bomba de sucção 2 35 Furadeira industrial 2 7.2. DEPÓSITO DE MATERIAL ASFÁLTICO E USINA DE CONCRETO A localização dos depósitos de material asfáltico e usinas de concreto devem ficar a cargo da construtora, que deverá observar as seguintes orientações ambientais na escolha do local de instalação: • Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d’água e sem restrições ambientais. • Impedir a instalação de equipamentos que emitam efluentes atmosféricos a uma distância inferior a 200 m, medidos a partir do ponto de lançamento, em relação a residências, hospitais, clínicas, centros de reabilitação, escolas, asilos, orfanatos, creches, clubes esportivos, parques de diversões e outras construções comunitárias. • As áreas de implantação dos equipamentos não podem estar sujeitas à instabilidades físicas passíveis de ocorrência em cotas superiores (a exemplo: escorregamentos, deslizamentos, depósitos de tálus, etc.); • As áreas de implantação dos equipamentos não podem ser susceptíveis a cheias e inundações; • As áreas de implantação dos equipamentos não podem situar-se próximas a nascentes de cursos d’água e de núcleos urbanos; • Deve ser evitado que os equipamentos sejam instalados em linha com a direção predominante dos ventos e nucleamentos urbanos; • A instalação dos equipamentos obedecerá à legislação de uso e ocupação do solo vigente nos municípios envolvidos; • Na instalação dessas unidades, será implementado um sistema de sinalização, envolvendo advertências, orientações e riscos de acidentes; • Instalar sistemas de controle de poluição do ar; • Vedar o descarte do refugo de materiais usados na faixa de domínio e em áreas onde possam causar prejuízos ambientais. 7.3. CAMINHOS DE SERVIÇO Os caminhos de serviço são vias implantadas a fim de permitir o tráfego de veículos e equipamentos durante a fase de obras. Devem ser implantados preferencialmente a jusante da plataforma da rodovia e dentro dos limites da faixa de domínio. Após a utilização dos cainhos de serviço, deverá ser efetuada a recomposição total do terreno e da vegetação a fim de evitar erosões, barramentos ou uso inadequado como vias de penetração. A construtora deve executar os caminhos de serviço em observância à localização das outras unidades de apoio e respeitando as orientações de proteção ambiental pertinentes. 8. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL O diagnóstico ambiental da área de implantação do empreendimento, foi desenvolvido, considerando-se as definições das áreas de influência, apresentando a exposição circunstanciada dos meios físico, biótico e socioeconômico, observados em campo, em pesquisas bibliográficas e consultas a órgãos públicos. Área de Influência Indireta (AII) – foi considerada de maneira diferenciada, segundo o meio a ser abordado. Assim, para os meios físico e biótico, adotou-se uma faixa de no mínimo 300m para cada lado da rodovia. Para o meio sócio-econômico, consideraram-se os municípios e povoados atingidos pelo traçado da rodovia. Área de Influência Direta (AID) – foi definida, para os meios físico e biótico, como sendo a área de construção da rodovia e a faixa de domínio, incluindo as áreas utilizadas para a instalação de canteiro de obras e eventuais empréstimos e jazidas. Para o meio socioeconômico, considerou-se como área de Influência Direta, o centro urbano dos municípios e povoado cortados pela rodovia. 8.1. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 8.1.1. Localização e Acesso O trecho Francisco Badaró-Araçuaí está localizado na região do vale Médio do Jequitinhonha, estado de Minas Gerais, pertencendo à bacia do rio Araçuaí, inserida na bacia do Jequitinhonha. O trecho inicia-se no perímetro urbano do município de Francisco Badaró, que dista 529 km de Belo horizonte, capital do estado. Prefixo e localização geográfica do trecho: • Rodovia LMG – 676/LMG 678 • Extensão: 42,46 km • Km 0 – perímetro urbano do município de Francisco Badaró. • Km 46 8.1.2. – Entrº BR 367 - Município de Araçuaí. Aspectos Gerais da Região O Polígono das Secas apresenta um regime pluviométrico marcado por extrema irregularidade de chuvas, no tempo e no espaço. Nesse cenário, a escassez de água constitui um forte entrave ao desenvolvimento socioeconômico e, até mesmo, à subsistência da população. A ocorrência cíclica das secas e seus efeitos catastróficos são por demais conhecidos e remontam aos primórdios da história do Brasil. A região em estudo está inserida na bacia do rio Araçuaí, principal afluente do rio Jequitinhonha. Ele percorre o norte e nordeste de Minas Gerais, cortando o sul da Bahia para desaguar no mar. A bacia do rio Araçuaí situa-se na região conhecida como Alto e Médio Jequitinhonha, onde predomina um clima semi-árido, com vegetação de caatinga, cerrado e algumas partes de mata Atlântica. O relevo é formado, principalmente, por grandes chapadas planas com grotas profundas, onde nascem e correm as águas. Enquanto os terrenos das chapadas apresentam pouca fertilidade natural, as grotas possuem terras férteis quanto mais próximas às águas, formando bosques denominados ‘capões’. Nas cabeceiras do rio Araçuaí e ao sul da bacia encontram-se áreas formadas originalmente por Mata Atlântica. A ocupação da região remonta ao período anterior à colonização portuguesa, com populações indígenas de coletores e caçadores, cujos vestígios ainda são encontrados em algumas regiões, como pinturas rupestres, e artefatos de pedra e de cerâmica. Existem registros do século XVIII e início do século XIX dos grupos indígenas Malalí, Makoní, Kaposhó e Panyame (IBGE, 1981) e Aruanã, que foram escravizados pelos colonizadores. A região foi povoada pelos colonizadores ainda no século XVII vindos com as frentes de expansão que tomaram conta de Minas Gerais na busca de pedras preciosas e minérios. O rio Araçuaí possuía ouro ao longo de toda sua extensão atraindo a migração de aventureiros, muitos dos quais com escravos. A essa ocupação seguiu-se uma agricultura de subsistência nos chamados ‘capões de mata’. No entanto, no início do século XIX já era notável o esgotamento do ouro de superfície e a diminuição do rendimento das lavouras nos capões, pois o solo não resistia a mais de poucos anos de cultivo. Começou-se, então, a ocupação das regiões de mata. Essas ofereciam diversas vantagens: terra nova, farta e fértil, sem dono, produzindo muito mais com um custo mínimo de trabalho, permanecendo ainda uma constante esperança de encontrar pedras e ouro, além de índios que podiam ser escravizados para o trabalho na lavoura. Somaram-se a esse processo de ocupação, exescravos fugidos da Bahia ou libertos, que se reuniram em Quilombos ao longo de todo o Vale do Jequitinhonha. A agricultura era seguida também de pecuária extensiva que contribuiu, em muito, para o esgotamento dos solos. A mineração praticamente extinguiu-se na bacia, embora ainda persista de forma artesanal; entretanto, a extração de areia tem se expandido, causando sérios problemas de assoreamento dos rios. No final dos anos 60 e início dos 70 iniciou-se uma grande plantação de eucalipto nas áreas de chapada, chegando a constituir-se a maior plantação de eucalipto do mundo. Com incentivos fiscais e a regularização de terras devolutas pela CODEVALE (Companhia de Desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha) beneficiando grandes empresas reflorestadoras, o eucalipto era considerado a redenção econômica do Vale do Jequitinhonha. Inicialmente empregou-se muita mão-de-obra na fase de plantio e do corte, trabalho que durou um tempo limitado. Atualmente, máquinas substituem os homens e são pouquíssimos os empregados nas empresas reflorestadoras da região. Por outro lado, o impacto ambiental do eucalipto foi extremamente violento. O eucalipto é utilizado principalmente para fazer carvão que alimenta as indústrias siderúrgicas; essa atividade, no entanto, têm levado também à produção de carvão com madeira nativa (de melhor qualidade) e o desmatamento expandiu-se violentamente. A mineração predatória, a agricultura e a pecuária que esgotaram os solos, e as grandes plantações de eucalipto em uma área com clima semi-árido, contribuíram para aumentar a escassez de chuvas e secar a maioria dos rios, levando a uma ausência de alternativas de trabalho que transformaram a região em um grande bolsão de pobreza. Fazem parte da bacia do rio Araçuaí 22 municípios. Metade deles possui menos de 10 mil habitantes, sendo que apenas 4 têm uma população com pouco mais de 30 mil pessoas. A população total da bacia, segundo o censo de 1996, é de aproximadamente 311 mil habitantes, onde quase 200 mil vivem na zona rural. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos municípios da bacia em 1991 variaram de 0,384 (Novo Cruzeiro) a 0,548 (Couto de Magalhães de Minas), sendo que a mediana era 0,436, o que indica que a região tem um alto nível de pobreza. O índice GINI, do mesmo ano, o que aponta as desigualdades, varia entre 0,41 (Francisco Badaró) e 0,6359 (em Carbonita), sendo a mediana de 0,4933. Carbonita se destaca por sua alta taxa de desigualdade, provavelmente, pelo fato de concentrar um grande número de carvoarias cujas condições de trabalho e de vida são extremamente precárias. Embora apenas uma cidade-pólo da região do Vale do Jequitinhonha – Araçuaí – encontra-se na bacia do rio Araçuaí, mais outras duas exercem influência nos municípios da bacia: Diamantina e Teófilo Otoni. A cidade de Governador Valadares, embora mais distante, também exerce uma relativa influência na região, por se tratar de um grande centro de comercialização, particularmente de produtos hortifrutigranjeiros, e pedras preciosas e semipreciosas. De uma forma geral a infra-estrutura da bacia é muito pobre. A maior parte das estradas não é pavimentada, não existem aeroportos nem linhas de trem. Existem linhas de ônibus regulares ligando os diversos municípios da bacia, além de linhas para Belo Horizonte e Diamantina. A grande maioria dos municípios da bacia não possui sistema de tratamento de esgoto, embora todas as cidades (ao menos as sedes municipais) tenham água tratada, de responsabilidade da COPASA (Companhia de Saneamento de Minas Gerais). Em alguns municípios a prefeitura mantém poços artesianos com distribuição de água para as casas, principalmente em comunidades rurais. Entretanto, predomina na área rural o uso de poços, cisternas e a coleta de água diretamente dos rios e córregos (quando não estão secos). Na década de 90 o governo estadual implantou um programa de construção de pequenas barragens para perenização dos rios e aumento da oferta hídrica. Entretanto, o programa foi extremamente criticado pelo alto custo e a não conclusão de muitas das obras, embora essa linha de ação demonstre ser a tendência para solucionar o problema de oferta hídrica nas áreas rurais. A energia elétrica está presente nas cidades e também em algumas áreas rurais. A CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais) criou um programa de energia solar em Araçuaí que mantém 65 unidades demonstrativas em residências e escolas de comunidades rurais. 8.2. MEIO FÍSICO 8.2.1. Clima O clima de Araçuaí é do tipo semi-árido, com médias térmicas em torno de 25,80ºC, com chuvas concentradas de novembro a janeiro e uma longa estação de deficiência hídrica que atinge forte aridez no período de agosto a novembro. O índice pluviométrico é baixo, conforme ressaltado por Nimer: O regime hídrico sazonal é representativo das partes baixas, de todo o médio curso do vale do rio Jequitinhonha. A alta taxa de evapotranspiração potencial durante todo o ano e a pouca freqüência de chuvas durante sete a nove meses fazem com que o médio Jequitinhonha seja uma região com totais anuais de chuva (831 mm em média), quase sempre inferiores à necessidade ambiental de água (1.264 mm), havendo, portanto, um déficit pluviométrico de 433 mm em média (1989:114). Figura 6: Mapa Climatológico. Destaca-se a região do trecho em azul Figura 7: Mapa Pluviométrico de Minas Gerais Destaca-se em vermelho a região do trecho. 8.2.2. Geomorfologia O Trecho entre a cidade de Francisco Badaró e a Cidade de Araçuaí possui extensão de 45,0 km e se desenvolve dentro da área de abrangência do Planalto e Áreas Dissecadas do Jequitinhonha, e da Depressão Interplanáltica do Médio Jequitinhonha, unidades geomorfológicas abrangentes no nordeste do Estado de Minas Gerais. A primeira unidade se caracteriza por apresentar formas tabulares de relevo, intercaladas com áreas dissecadas ao longo dos vales, originadas do desmonte parcial de extensa superfície de aplainamento mais antiga, com depósitos de cobertura inconsolidados, por sobre rochas pré-cambrianas dobradas, predominantemente biotita-xistos e quartzitos. Toda a região elevada, incluindo o interflúvio entre os rios Araçuaí e o Rio Setúbal e ainda parte das vertentes para o rio Araçuaí, fazem parte desta unidade, onde predominam colinas e cristas com vertentes ravinadas e vales encaixados, formas estas originadas da dissecação fluvial de superfícies aplainadas terciárias e pré-terciárias. A segunda unidade corresponde a uma área rebaixada, resultante da ampliação do médio vale do rio Jequitinhonha, por processos de pediplanação. Corresponde a toda a parte baixa dos vales dos rios Araçuaí e o seu afluente, o rio Setúbal. 8.2.3. Geologia Regional O trecho rodoviário em estudo está inserido na região nordeste do Estado de Minas Gerais, na área de ocorrência das litologias do Grupo Macaúbas. O Grupo Macaúbas representa uma seqüência sedimentar pré-cambriana depositada em discordância sobre o Super Grupo Espinhaço e conhecida numa extensão superior a 500 km com uma orientação aproximada N-S, dentro dos limites do Estado de Minas Gerais. A seqüência mais completa do Grupo Macaúbas, da base para o topo, corresponde às seguintes formações: Fonte: Mapa Geológico do Estado de Minas Gerais – Comig – CPRM 2003. Na região do trecho em questão ocorre apenas a Formação Ribeirão da Folha, constituída basicamente por metapelitos (xistos), metacherts, formação ferrífera e orto-anfibolito, ocorre topograficamente em um nível inferior, na parte correspondente à vertente leste da Chapada de São Domingos, onde se situa a cidade de Francisco Badaró. A unidade é constituída dominantemente por uma sucessão monótona de quartzo-mica xistos, na grande maioria das vezes bandados. A estrutura bandada reflete o acamamento, que é evidenciado por variações composicionais e granulométricas rítmicas. As bandas são caracterizadas principalmente por proporções variáveis de quartzo, micas e plagioclásio, resultantes da recristalização metamórfica regional após a deposição alternada de sedimentos mais pelíticos e sedimentos mais psamíticos. Fora do trecho de interesse ao projeto, no alto da referida chapada, ocorre litologias da Formação Chapada do Acauã, constituída por quartzo-micaxistos. Recobrindo o segmento do alto da chapada ocorre uma unidade de idade bem mais recente, do Terciário-Quaternário, correspondente a coberturas detríticas ferruginosas que se desenvolvem sobre as áreas arrasadas e aplainadas do relevo. Nos arredores de Araçuaí ocorre litologias da Formação Salinas, de idade um pouco mais recente que as demais formações, correspondente a metagrauvacas, litologias onde ocorreu um processo de gnaissificação (metamorfismo mais intenso), constituídas predominantemente por seixos e fragmentos de tipos litológicos e granulometria variados. A principal estrutura geológica regional é a falha de empurrão existente a oeste da seqüência do Grupo Macaúbas, que coloca estas litologias mais recentes em contato com as rochas quartzíticas mais antigas, do Grupo Diamantina Indiviso, Super Grupo Espinhaço. Esta estrutura de falha tem direção geral NNE-SSW, paralela à direção geral da seqüência do Grupo Macaúbas. Figura 8: Geologia da região do trecho Legenda: NQd: Coberturas detríticas em parte colúrio – eluviais e, eventualmente, lateríticas; NP3εs: Formação Salinas: metagrauvaca; NP2rf: Formação ribeirão da Folha: metassiltito, metachert, formação ferrífera bandada, orto-anfibolito; NP2ca: Formação Chapada Acauã: quartzomica xisto com granada. Fonte: Mapa Geológico do Estado de Minas Gerais – Comig – CPRM 2003. 8.2.4. Pedologia Com relação aos solos que ocorrem na região, estes são de dois tipos: Podzólico Vermelho Amarelo (eutrófico) e Latossolo Vermelho Amarelo (eutrófico). O primeiro tipo (Podzólico Vermelho Amarelo) ocorre na região rebaixada do relevo, na vertente que drena para o rio Araçuaí. Trata-se de um solo de textura média, argilosa, com horizonte a moderado, desenvolvidos em relevo ondulado em fase de caatinga hipoxerófila. Este é o tipo de solo que predomina na maior parte do traçado. O Latossolo Vermelho Amarelo Eutrófico, tem horizonte A moderado, textura argilosa desenvolvida em fase de Floresta subcaducifólia, no relevo suavemente ondulado. 8.2.5. Características Geológico-Geotécnicas do Traçado Morfologia local A partir de Francisco Badaró, situada em torno da elevação 400m, o traçado desenvolve-se segundo a direção geral W-E, cortando os interflúvios das drenagens afluentes do rio Setúbal. Neste segmento o relevo é ondulado, com cortes baixos, com o traçado acompanhando a topografia, com o ponto mais notável constituindo-se na travessia do rio São João, drenagem intermitente. Após o entroncamento para Jenipapo, o traçado toma a direção WSW – ENE, ainda desenvolvendose pelos interflúvios, até se aproximar do vale principal, onde passa a acompanhar o rio Setúbal pela margem esquerda. A partir da estaca 1250, o traçado se afasta um pouco da margem do rio Araçuaí, voltando a se desenvolver sobre os interflúvios das drenagens afluentes tanto do rio Setúbal, como do rio Araçuaí, uma região elevada, localmente denominada de Chapada dos Melos. Próximo a Araçuaí, o traçado se inflete para norte, acompanhando o rio Calhauzinho, por sua margem direita, até chegar a Araçuaí, por volta da elevação 324m. Foto 01 – trecho de relevo suave ondulado (Estaca 1545). Materiais naturais ocorrentes no subleito da via Os solos ocorrentes no subleito da via são condicionados basicamente por uma característica litológica, que corresponde à intemperização dos quartzo-micaxistos da Formação Ribeirão da Folha, cujo produto é um solo residual de constituição silto-argilosa, com foliação evidente, recoberto por um horizonte coluvio-eluvionar de constituição argilo-siltosa. A espessura da camada argilosa é variável, sendo normal encontrarem-se horizontes de 1,0 a 2,0m de espessura. Em alguns casos estas espessuras podem chegar a 4,0m ou mais, em situações onde a deposição coluvionar é facilitada por processos gravitacionais, como nos depósitos de pé de encosta. Por outro lado existem trechos em que o quartzo-mica-xisto ocorre mais resistente e consequentemente aflora à superfície, praticamente sem cobertura coluvio/eluvionar. A definição de segmentos homogêneos é de difícil execução, em função da disposição dos horizontes, com a camada de constituição mais argilosa, que sobrepõe o solo residual siltoso, estando sujeita a ser retirada nos segmentos de cortes mais profundos. Entretanto, apresenta-se a seguir uma listagem com os segmentos onde foi possível definir uma predominância dos materiais residuais (siltes argilosos) no subleito: • Est 35 a 40 – solo residual/saprolito de xisto em corte mais alto e ainda veio de quartzo rochoso; • Est 290 a 305 – o silte argiloso ocorre no fundo de cortes maiores; • Est 450 a 465 – xisto esverdeado (saprolito) que ocorre sob a camada de argila superficial; • Est 645 a 695 – trecho em meia encosta, com cortes no LD, nos cortes mais altos ocorre o solo residual sob a camada superficial de colúvio; • Est 730 a 735 – xisto alterado em corte mais alto (até 5m) no LD; • Est 1250 a 1260 – corte em caixão em saprolito de xisto; • Est 1410 a 1430 – cortes altos em saprolito de xisto cinza esverdeado; • Est 1455 a 1475 – cortes altos em saprolito de xisto; • Est 1875 a 1955 – passagens esparsas em saprolito de xisto esverdeado; • Entre estacas 2075 a 2090 – cortes altos no LD em solo residual do xisto; • Entre estacas 2125 a 2130 – corte em solo residual do xisto; • Entre estacas 2135 a 2145 – corte pleno em solo residual siltoso. Predomina nos demais segmentos, a camada superficial argilo-siltosa coluvio-eluvionar de coloração marrom claro a avermelhada. Ocorrência de materiais de 2ª e 3ª categorias Por ser uma região com predomínio de relevo suave ondulado, onde predominam solos de alteração, conformados por litologias brandas, como os quartzo mica xistos e os metapelitos da Formação Ribeirão da Folha, são raros ou quase inexistentes os afloramentos rochosos ao longo de grande parte do traçado, predominando os materiais de 1ª categoria. Apenas nos segmentos listados abaixo pôde-se observar alguns afloramentos de rocha dura (quartzo-mica xisto), pouco decomposta a decomposta, em taludes de corte e na plataforma da estrada existente. A rocha que aflora é xistosa, de coloração verde acinzentada, com xistosidade bem desenvolvida segundo a direção N75ºE, mergulhando cerca de 65º a 80º ora para SW, ora para NE. Como geralmente a plataforma está estrangulada, deverá haver a necessidade de alargamento, o que poderá gerar cortes em materiais de 2ª ou 3ª categorias nos seguintes trechos: • Est 40 – corte mais alto com afloramento de veio de quartzo rochoso; • Est 1260 – ocorre afloramento de xisto duro (2ª categoria) na plataforma; • Est 1460 - ocorre afloramento de xisto duro (2ª categoria) na plataforma, por cerca de 30m; • Est 1630 - ocorre afloramento de xisto duro (2ª categoria) na plataforma, por cerca de 10m; • Est 1875 - ocorre afloramento de xisto duro (2ª ou 3ª categorias) na plataforma, por cerca de 40m; • Entre estacas 2010 a 2015 – corte em xisto duro, fraturado, no LD, (2ª categoria); • Entre estacas 2030 a 2035 – corte em xisto duro, dobrado e fraturado, no LE, (2ª categoria) • Entre as estacas 2035 a 2045 – corte em xisto duro, fraturado, no LE, (2ª categoria) • Entre estacas 2075 a 2090 – corte em xisto duro, fraturado, no LD, (2ª categoria), por 50m • Entre estacas 2095 a 2100 – corte alto em xisto duro, na plataforma, (2ª categoria), por cerca de 15m; • Entre estacas 2105 a 2115 – corte em xisto duro, fraturado, no LD, (2ª ou 3ª categorias), por cerca de 15m, no LD; • Entre estacas 2125 a 2130 – corte em xisto duro, na parte central, (2ª categoria), por cerca de 30m, no LD. Erodibilidade dos solos e estabilidade dos taludes de aterro e de corte A natureza do material de cobertura coluvionar/eluvionar de predominância argilosa constitui uma proteção natural contra a erosão; isto, aliado à topografia relativamente suave da região, limita os processos erosivos, que permanecem ativados apenas nos segmentos mais íngremes, onde o gradiente hidráulico é maior. As litologias do Grupo Macaúbas desenvolvem solos residuais siltosos, que quando expostos ao fluxo de águas pluviais ficam sujeitos ao desenvolvimento de erosões, entretanto o recobrimento argilo-siltoso coluvionar dos solos de cobertura bem como a resistência natural dos solos residuais, restringem este processo, não se observando uma proliferação muito acentuada das erosões na região de entorno da via. A exceção se faz para os locais onde se conjugam a declividade mais acentuada do traçado e a exposição do solo residual mais silto-arenoso, pelos cortes necessários à implantação da via. A maior parte dos taludes em solo residual apresenta sinais de erosão, como ravinas e sulcos, mas que não chegam a comprometer a sua estabilidade. Os pontos principais foram identificados estão relacionados com as sarjetas de corte e são listados e descritos a seguir. • Est 5 – grande erosão no bordo direito, em rampa, por falta de proteção (ausência de dispositivos de drenagem); • Est 65 a 75 – erosão no bordo direito e em saída de canaleta de corte, no LD. • Est 200 a 210 – erosão no bordo esquerdo, em trecho de declividade mais acentuada. • Est 285 a 310 – corte em caixão com erosão nas laterais da plataforma, por falta de dispositivos de drenagem; • Est 505 a 515 – corte em caixão com erosão nas laterais da plataforma, principalmente LD, em trecho de declividade mais acentuada. • Est 720 a 725 – corte no silte argiloso, com escorregamentos e erosões; • Est 1000 – trecho de travessia de grota, com erosão e estrangulamento da plataforma, por deficiência de drenagem; • Est 1215 a 1220 – corte em caixão com erosão nas laterais da plataforma, em trecho com declividade acentuada. Transposição de vales e baixadas aluvionares e Fundação de Pontes A característica de clima semi-árido da região faz com que este trecho tenha uma peculiaridade, que é a ausência de travessias de drenagens e também de zonas de baixadas com umidade elevada e conseqüente acúmulo de solos compressíveis. A maior parte das drenagens é intermitente, apenas as maiores, como o ribeirão Setúbal, córrego Gravatá e o ribeirão Calhauzinho, têm drenagem perene, todas as demais estavam secas quando da inspeção. O córrego São João tem ponte de madeira com tabuleiro em mau estado, com fundação em tubulões, provavelmente em saprolito de xisto. O ribeirão Setúbal é perene e tem captação de água para abastecimento da Cidade de Francisco Badaró. Tem ponte nova, construída há cerca de 60 dias, em estrutura metálica e tabuleiro em madeira. • Na est 1063+10,00 tem travessia em ponte nova, de madeira, com estrutura em aço, sobre drenagem seca; • Na est 1404, ponte sobre o córrego Gravatá, perene, em vale largo, amplo, sem afloramentos rochosos na fundação que é em solo residual (saprolito); Travessia do ribeirão Calhauzinho, em antiga ponte ferroviária, com plataforma estreita, com fundação em tubulões em solo residual, em vale amplo, com vertentes suaves e planície de inundação. 8.2.6. Disponibilidade de materiais naturais para construção Solos argilosos para empréstimo Ao longo de praticamente todo o traçado são comuns os horizontes de solo argiloso, provenientes das coberturas coluvionares/eluvionares, constituídas por argila siltosa de cor vermelha a vermelhoamarelada, típicas da região e com excelentes características para utilização em aterros. Apenas em alguns poucos trechos, correspondentes aos cortes mais altos, têm-se o afloramento do silte argiloso, onde o relevo é mais movimentado, e a cobertura argilosa foi suprimida pela erosão, que expôs o solo residual e por vezes até a rocha decomposta. Areias e cascalhos naturais A região é servida por dois grandes rios, a saber, o rio Setúbal e o rio Araçuaí e as ocorrências de areia natural nos leitos destas drenagens são relativamente comuns, em função das características geológicas da rocha matriz regional, de constituição quartzítica. Foram inspecionadas duas ocorrências em exploração, sendo as duas no rio Araçuaí. A ocorrência indicada está situada na localidade de Gouvêa, um distrito de Leme do Prado, nas seguintes coordenadas: E = 746.011 e N = 8.105.321. Ocorrências de cascalho quartzoso médio a grosso, com fragmentos angulosos, ou com rolamento dos seixos, com ou sem ocorrência de laterita associada, são abundantes ao longo de todo o trecho, predominantemente nas margens do rio Araçuaí e também do Rio Setúbal. Estão associadas à formação de terraços antigos do rio Araçuaí, e também do rio Setúbal, e pela geração da condição de laterização parcial dos horizontes preservados. As principais jazidas indicadas neste estudo são listadas a seguir: • Est 818 a cerca de 1,8km à esquerda do trecho, no LE. Trata-se de cascalheira atualmente em exploração para a reforma da estrada existente, onde o material é um cascalho de seixos rolados, explorado em alto de encosta, com espessura da ordem de 2,0 metros • Cascalheiras observadas na região de Araçuaí, provenientes de terraços antigos do rio Araçuaí. Trata-se de varias ocorrências, quase todas com a mesma característica, de serem seixos rolados, com 1,0 a 5,0 cm de diâmetro, constituídos de quartzo, contendo fina película de oxidação, e ainda alguns fragmentos de rocha básica. Pose ocorrer uma camada de argila arenosa vermelha recobrindo parcialmente a jazida. • Uma das jazidas vistas não apresenta sinais de rolamento, estando os fragmentos de quartzo irregulares e facetados, Material Pétreo Para fornecimento de agregados graúdos para o revestimento e obras, foi identificada a pedreira de Araçuaí - Trata-se de uma ocorrência de xisto gnaissificado, explorada comercialmente com licença ambiental e volume suficiente, localizada no final do trecho, em propriedade da empresa Pedreira Araçuaí; A Pedreira Araçuaí, está situada em Araçuaí, com grande potencial de matéria-prima, porém sua instalação é de porte pequeno para atendimento à obra. A rocha é de cor cinza escuro a preto, muito resistente e pouco lamelar, e tem sido explorada para atendimento a diversos trechos da região. 8.2.7. Recursos Hídricos Hidrologia Os rios que drenam a região pertencem à Bacia do Jequitinhonha. São rios de grande importância, tanto do ponto de vista econômico quanto social. Merecem destaque os rios Araçuaí, Gravatá, Setúbal, Piauí e Calhauzinho. O rio Araçuaí, inteiramente perene, embora na grande maioria de seus afluentes não corra água durante todo o ano, havendo rios que já secaram completamente como o de Águas Sujas, no município de Berilo. O rio Araçuaí corre paralelamente ao curso do rio Jequitinhonha, desaguando neste rio próximo à cidade de Araçuaí. Suas águas geralmente claras contrastam com as águas barrentas do Jequitinhonha. Dentre os principais formadores do Araçuaí pela margem direita estão os rios Itacambira, Grande Itanguá, São João, Fanado, Capivari, Gravatá e Setúbal, e os ribeirões Santo Antônio, São Lourenço e Calhauzinho. Os principais tributários da margem esquerda são os ribeirões Soledade, do Atlas e dos Afonsos, o córrego Água Limpa e o rio Preto. A rede de drenagem local apresenta um padrão dendrítico sobre os metamorfitos da Formação Ribeirão da Folha. Nos granitóides têm-se um padrão pinado nas serras e pontões, e os maciços circulares mostram um padrão radial centrífugo. Figura 9: Hidrologia Francisco Badaró Hidrogeologia No município de Francisco Badaró podem-se distinguir dois domínios hidrogeológicos:nde rochas metamórficas do Grupo Macaúbas e de coberturas detríticas do Cenozóico. Esses domínios hidrogeológicos podem ser enquadrados nos sistemas aqüíferos granular e fissurado. O sistema aqüífero granular é representado por sedimentos pouco consolidados quem constituem as coberturas detríticas de composição areno-argilosa, eventualmentem laterizadas. Em termos hidrogeológicos possuem porosidade primária e boa permeabilidade. Os aqüíferos relacionados ao manto de decomposição são de ocorrência generalizada enmostram grande variabilidade de composição e de espessura (1 a 45m) determinada pelo tipo litológico originário, condições paleoclimáticas e condicionamento morfotectônico. São aqüíferos potencialmente fracos, mas importantes no processo de recarga dos aqüíferos fissurais subjacentes, através de filtração vertical. O sistema aqüífero fissurado ocorre na maior parte do município sendo representado por dois tipos de aqüíferos, associado às rochas xistosas/quartzíticas e às rochas granitóides. Nesse sistema predominam as fraturas, falhas e xistosidades que fornecem a porosidade secundária. Apresentam, via de regra, baixa vazão o que, no entanto, não diminui sua importância como alternativa de abastecimento em casos de pequenas comunidades ou como reserva estratégica em períodos prolongados de estiagem. O potencial hidrogeológico é dependente da densidade e intercomunicação das descontinuidades, aspecto que geralmente se traduz em reservatórios aleatórios e de pequena extensão. O aqüífero xistoso/quartzítico é representado por metamorfitos da Formação Salinas e da Formação Ribeirão da Folha (Grupo Macaúbas). Esses aqüíferos também são pouco produtivos e somente em raras situações, verificam-se poços com altas vazões. 8.2.8. Solos As coberturas detríticas (NQd), em parte colúvio-eluviais e com ocorrência eventual de lateritas, recobrem parte das seqüências anteriores e ocupam, em geral, as cotas mais elevadas. Para esses sedimentos pode-se atribuir uma origem residual pela atuação de ciclo erosivo em rochas mais antigas, resultando na desagregação, alteração e laterização. Esses depósitos superficiais são caracterizados por sedimentos diversificados, tanto na sua composição, quanto na sua distribuição; via de regra são formados de cascalho fino, areia, material síltico-argiloso, e porções limonitizadas, em finas camadas ou em blocos e concreções. Nas áreas de chapadas, ocorre o predomínio dos solos latossolo vermelho-amarelo-húmico e vermelho-amarelo-húmico álico, enquanto nos rebordos verifica-se a presença dos litossolos. Nas áreas de depressões, constata-se o predomínio dos solos podzólicos e cambissolos eutróficos e, nos trechos fluviais, os aluviais eutróficos. 8.3. MEIO BIÓTICO 8.3.1. Flora O Instituto Estadual de Floresta (IEF), em um mapeamento feito em 1994, para o programa prófloresta, constatou que a vegetação secundária ocupa grande parte da região. A cobertura vegetal original predominante é o cerrado, caracterizado por uma estrutura arbórea de esgalhamento profuso, folhas grandes, coriáceas e perenes com cascas corticosas. Em alguns trechos, apresenta-se como uma savana arborizada ou campo cerrado, caracterizado por estrato gramíneo-lenhoso contínuo, entremeado de árvores gregárias, sujeitas a queimadas induzidas. As espécies mais encontradas nessa área são a Eugenia Dysenterica (Cagaiteira), Magonia pubescens (Tingui), Qualea Parviflora (pau-da-terra- folha-úmida), e Qualea Grandiflora (pau-daterra-folha-larga) dentre outras. Outros tipos de formações vegetais também são encontradas, como as florestas de galeria, que têm os vales dos principais rios como área de ocorrência. Apresentam-se bastante degradadas em decorrência do desmatamento, principalmente para a prática da agropecuária. Encontram-se, ainda, áreas de caatinga, evidenciando a transição da cobertura vegetal que caracteriza esse município. Relação de Espécies Vegetais de Importância Ecológica. Nome Científico Nome Vulgar Nível de Extinção1 Cinnamomum zeylanicum Canela Não ameaçado Lecythis SP Sapucaia Não ameaçado Anadenanthera colubrina Angico branco Não ameaçado Lophius SP Tamboril Não ameaçado Hymenaea courbaril Jatobá Não ameaçado Melanoxylon brauna Braúna-preta Vulnerável Piptadenia communis Jacaré Não ameaçado Plathymenia reticulata Vinhático Não ameaçado Genipa americana Genipapo Não ameaçado Ficus SP Gameleira Não ameaçado Guazuma ulmifolia Mutamba Não ameaçado 1 Nome Científico Nome Vulgar Nível de Extinção1 Cecropia SP Embauba Não ameaçado Eriotheca macrophylla Imbiruço Não ameaçado Guatteria nigrescens Pindaíba-preta Não ameaçado Cedrela SP Cedro Não ameaçado Tibouchina granulosa Quaresmeira Não ameaçado Tabebuia SP Ipê Vulnerável Cecropia pachystachya Embaúba Não ameaçado Lista Oficial de Flora Ameaçada de Extinção Através da Portaria Nº 37-N, de 3 de abril de 1.992, IBAMA - Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção e Deliberação COPAM nº 85, de 21 de outubro de 1997. Foto 5: Panorama da vegetação – Francisco Badaró 8.3.2. Fauna Conforme indicado nas observações e na bibliografia consultada a fauna da região é bastante diversa e rica. Foram encontrados indivíduos de todos os grupos animais com exceção dos Anfíbios do tipo Caudata (Samalandras). Por se tratar de uma área altamente antropizada a biodiversidade de fauna tende a diminuir ficando apenas as espécies mais resistentes ou que se adaptaram melhor às alterações. A seguir listaremos todas as espécies encontradas via observação direta, indireta e por revisão bibliográfica. Relação de Espécies da Fauna Mamíferos Nome Científico Nome Vulgar Nível de Extinção1 Cerdocion thous Cachorro do Mato Vulnerável*,** Leopardus wiedii Gato do Mato ou Gato Maracajá Vulnerável*,** Didelphidae (Família) Gambá Não ameaçado Hydrochaeris hydrochaeris Capivara Não ameaçado Conepatus semistriatus Jaritataca Não ameaçado Lontra longicaudis Lontra Não ameaçado Cerdocyon thous Raposa caranguejeira, raposa, Não ameaçado Cachorro do mato, Graxaim Nasua nasua Quati Não ameaçado Eyra barbara Irara Não ameaçado Callicebus personatus Guigó Vulnerável*, Ameaçada vulnerável** Dasypus novemcinctus Tatu-galinha Não ameaçado Cabassous unicinctus Tatu-do-rabo-mole Ameaçada – vulnerável** Callithrix sp Soim ou Mico Algumas espécies estão em estado Vulnerável*, Ameaçada - criticamente em perigo** ou Ameaçada - em perigo** * - Lista MMA ** - Lista Estadual Aves Nome Científico Nome Vulgar Nível de Extinção2 Columbina sp Rolinha Não ameaçado Thraupis sayaca Assanhaço cinzento Não ameaçado Piranga flava Sanhaço-de-Fogo Não ameaçado Zonotrichia capensis Tico-tico Não ameaçado Colaptes campestris Pica-pau Não ameaçado Turdus leucomelas Sabiá-barranco Não ameaçado Vanellus chilensis Quero-quero Não ameaçado Nome Científico Nome Vulgar Nível de Extinção2 Buteogallus meridionalis Gavião-cabolco Não ameaçado Strigiformes (Ordem) Coruja Não ameaçado Hemithraupis ruficapilla Saira-da-mata Não ameaçado Tangara cayana Saira amarelo Não ameaçado Cariama cristata Seriema Não ameaçado Crypturellus parvirostris Inhambu-xororó Não ameaçado Furnarius rufus João de Barro Não ameaçado Pitangus sulphuratus Bem-te-vi Não ameaçado Phacellodomus sp João-graveteiro Não ameaçado Ceryle torquatus Martim pescador grande Não ameaçado Guira guira Anu-branco Não ameaçado * - Lista MMA ** - Lista Estadual Foto 6: Ninho João-Graveteiro Foto 7: Ave da região - Quem-Quem 8.4. MEIO SOCIOECONÔMICO 8.4.1. Município de Araçuaí O Município de Araçuaí está localizado no Nordeste do Estado de Minas Gerais, no Vale do Jequitinhonha. Possui uma população absoluta de 35 713 habitantes (IBGE-2000) distribuídos em 2 236 km², resultando em uma densidade demográfica de 15,9 hab/km². O índice de urbanização desse Município é de 57%, o que corresponde a 20 461 habitantes citadinos. A cidade de Araçuaí oferece uma série de serviços e, por isso, polariza vários municípios do Médio Jequitinhonha. Figura 10: População urbana/rural População urbana/rural Indicador População urbana População rural Unidade 1970 1980 1991 2000 hab. 9.934 12.855 16.590 20.461 hab. 20.346 18.512 17.236 15.252 IBGE - Censo Demográfico MuniNet - Rede Brasileira para o Desenvolvimento Municipal 8.4.2. História Sua origem remonta a 1817, quando foi constituído um núcleo de povoamento por iniciativa de Luciana Teixeira, na confluência do Ribeirão do Calhau com o Rio Araçuaí, à margem direita de ambos. Surgia então o arraial denominado "Calhau" que, em 1857, foi transformado em Vila de Arassuay. A emancipação política do município, já com a denominação Araçuaí, se deu em 1871. O processo de ocupação ocorreu de forma espontânea, no início induzido pelo papel de entreposto comercial de canoeiros que navegavam pelo Jequitinhonha e, posteriormente, pelas atividades ligadas à agropecuária e à mineração. São destacadas como as principais atividades econômicas do município: o comércio; a agricultura, com destaque para a produção de manga, mamão e cana-deaçúcar (IBGE, 2000); a mineração; o artesanato, reconhecido em âmbito nacional e, mais recentemente, o turismo. 8.4.3. Atividades econômicas, uso do solo A economia da região é essencialmente agrícola, embora no rio Jequitinhonha a mineração ainda ocupe um papel importante. No rio Araçuaí e alguns dos seus afluentes ainda existe a extração de pedras preciosas e semi-preciosas e até mesmo ouro, atividade voltada diretamente para a exportação e realizada de forma relativamente sigilosa (é difícil encontrar informações mais precisas sobre essa atividade). A extração de areia nos rios também é realizada, sendo a maioria de forma ilegal. A agricultura mais amplamente praticada é a de subsistência, nos fundos dos vales e nas vertentes, sendo muito comum a utilização das margens dos rios por ser uma terra mais fértil. A queimada como forma de limpar o solo ainda é muito utilizada, embora já se pode notar um certo decréscimo como conseqüência das campanhas veiculadas tanto pelos órgãos públicos como pela sociedade civil, particularmente sindicatos agrários. A pecuária complementa a agricultura, e a queimada também é utilizada para limpar as pastagens. Na região do município de Araçuaí, a fruticultura tem sido apontada como uma alternativa econômica, principalmente para pequenos produtores, embora esbarre no problema da irrigação, que se mostra necessária em vários casos. Na região do médio Araçuaí, particularmente no município de Capelinha, a plantação de café tem sido apontada como a alternativa de desenvolvimento da região e tem reativado a economia local. Também parte do café depende de irrigação que, feita de forma não organizada, é um potencial gerador de conflitos. Outro problema decorrente da cafeicultura é o uso indiscriminado de agrotóxicos e a forma inadequada que se desfazem das embalagens, deixadas geralmente ao relento, sujeitando tanto à contaminação direta pelo contato, como à contaminação das águas. A migração sazonal, principalmente da população masculina, para o corte de cana-de-açúcar e colheita de café em São Paulo, tem se mostrado como a principal Alternativa econômica para as famílias rurais há décadas, reforçando o caráter de subsistência da pequena produção familiar. Muitas famílias mudaram-se para as sedes dos municípios dada à maior oferta de serviços, alternativas de trabalho e ao pouco trabalho exigido nas roças. Os homens que migram chegam a ficar 9 meses do ano fora, o que gera uma reestruturação familiar, onde as mulheres passam a ter mais responsabilidades tanto na produção como nos processos de decisão. A plantação de eucalipto está nas mãos, principalmente, de 2 grandes empresas reflorestadoras: Acesita e Suzano. Elas são apontadas pela população em geral como as principais responsáveis pela seca da região, embora nunca tenha havido conflitos declarados contra essas empresas (muitos dos entrevistados, de diferentes setores da sociedade, tinham essa postura). A Acesita é uma empresa de siderurgia (que funciona no Vale do Aço em Minas Gerais) e utiliza o eucalipto para produção de carvão; a Acesita Energética tem uma sede em Capelinha, município da Bacia, e terceiriza o trabalho de produção de carvão com várias empresas locais pequenas. A Suzano é uma indústria de papel e celulose, que funciona na cidade de Suzano em São Paulo que, entretanto, não utiliza o eucalipto plantado no Vale do Jequitinhonha para as suas indústrias (o transporte é extremamente caro), e acaba vendendo para outras empresas ou produzindo carvão. Tem uma sede em Turmalina para administrar a produção de eucalipto. É interessante notar que algumas de suas plantações antigas, com mais de 15 anos, não foram utilizadas, os eucaliptos estão morrendo e a mata nativa está voltando a tomar conta; segundo as informações disponíveis, a falta de estradas para escoar a madeira impede a sua retirada. As críticas são no sentido que ocupam vastíssimas extensões de terra, adquiridas com incentivos fiscais, onde encontram-se as nascentes de diversos rios e não geram nenhum tipo de produção, além de causarem um enorme impacto ao meio ambiente. Os novos plantios de eucalipto estão sendo realizados de forma a causarem um menor impacto no ambiente, tanto em termos das espécies plantadas como da metodologia empregada que preserva corredores de mata nativa. A produção de carvão é um dos grandes problemas sociais e ambientais do Vale do Jequitinhonha, já tendo sido alvo de diversas denúncias pelo uso do trabalho infantil, pelos regimes de semiescravidão a que os trabalhadores são submetidos, e pelos grandes problemas de saúde gerados. Pecuária Rebanhos Unidade Quantidade Bovinos Cabeças 28.840 Suínos Cabeças 3.464 Eqüinos Cabeças 1.886 Asininos Cabeças 169 Muares Cabeças 1.062 Ovinos Cabeças 643 Galináceos Cabeças 24.196 Caprinos Cabeças 261 Produto Unidade Quantidade Banana ton 861 Coco-da-baía Mil frutos 100 Manga ton 195 Cana-de-açúcar ton 8.480 Feijão ton 150 Mandioca ton 3.540 Milho ton 924 Lavoura Frota de Veículos Tipo de Veículo Unidade Quantidade Automóvel un 1.290 Caminhão un 141 Caminhão Trator un 8 Caminhonete un 235 Micro-ônibus un 9 Motocicleta un 2.566 Motoneta un 150 Ônibus un 47 Principais vias de Comunicação deste município BR’s 367, 342 e 116, além do Aeroporto Hider Tanure, com as seguintes características: pista de asfalto, medindo 1200x30 metros, latitude 16º 51' e longitude 42º 04'. Principais fontes de riqueza Destacam-se as Riquezas Minerais, como Estanho, Feldspato, Mico, Neóbio, Tântalo e Quartzo. 8.4.4. Município de Francisco Badaró História No século XVIII, em decorrência da mineração, desgarraram-se da bandeira de Sebastião Lemes do Prado, dois bandeirantes: Atanásio Couto e Antônio Farias. Conta-se que as primeiras descobertas de ouro foram feitas no córrego Sucuriú, mas precisamente na barra do Córrego Seco. Atanásio e Farias, após encontrarem ouro em abundância, resolveram se estabelecerem como fazendeiros. Atanásio Couto, ao que parece, tinha posse de larga faixa de terras às margens esquerda do Rio Sucuriú no qual construiu um açude. Esta área corresponde atualmente da fazenda do Engenho até a fazenda do Sr. Dininho (onde se localiza o açude). Nas proximidades desse açude, os garimpeiros construíram seus ranchos cobertos de capim. Ali surgindo povoação. Entretanto só vieram fixar-se no local da atual cidade com a construção da igreja de Nossa Senhora da Conceição, por volta de 1932, ficando o local conhecido como Arraial Velho. O nome Sucuriú, como qual foi batizado mais tarde o povoado, deve-se a lenda que conta ter Antônio Farias mandando um escravo seu, procurar um pau para levantar o mastro por ocasião das festas juninas. Este encontrou uma enorme cobra sucuri, que supostamente teria vindo do riu Setúbal. Pensou ter encontrado um pau já pintado, examinado bem, verificou ser uma enorme cobra. A localização da cidade em lugar de topografia acidentada deve-se a mineração. Como toda cidade surgida naquela época, o Arraial Velho ergueu-se num vale apertado, circundado de montanhas. A primeira casa construída foi o sobrado de Farias, cuja frente era voltada para o córrego Sucuriú, prova que ali estava seu ponto de interesse. Isso por volta de 1728, em estilo colonial. Seguiram-se outras construções, como a antiga igreja, o prédio onde funcionava a prefeitura, o sobradão, entre outros já demolidos. O bairro mais antigo desenvolveu-se nas proximidades da Capela de Nossa Senhora do Rosário, denominada “Irmandade de Nossa senhora do Rosário dos Homens Pretos de Sucuriú”. O Estatuto do Rosário fundado oficialmente em 1847, permanece em vigor, tendo sofrido algumas alterações devido a evolução dos costumes. A festa do Rosário é entre os moradores religiosidade histórica, que resgata o passado escravista. O distrito Sucuriú tornou-se cidade em 1962, como nome de Francisco Badaró, em homenagem a um político ilustre de Minas Novas, que de certa forma, teria usado seu prestígio junto as autoridades governamentais, objetivando a emancipação do distrito. Finanças Arrecadação Municipal 2001-2004 (Reais Correntes) ANOS ICMS OUTROS TOTAL 2001 39.583 100.792 140.375 2002 39.047 111.253 150.300 2003 48.952 145.795 194.747 2004 50.973 161.695 212.668 Fonte: Secretaria de Estado da Fazenda População População Residente 2001-2004 1970,1980,1991,2000,2005 ANOS ICMS OUTROS TOTAL 1970 1.498 12.993 14.491 1980 2.121 13.458 15.579 1991 3.102 14.075 17.177 2000 2.463 7.831 10.294 2005(1) 10.357 Fonte: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1) Dados preliminares População Ocupada por Setores Econômicos2000 SETORES Agropecuário, extração vegetal e pesca No DE PESSOAS 2.209 Industrial 323 Comércio de Mercadorias 186 Serviços 870 TOTAL 3.588 Fonte: Fundação Instituto de Geografia e Estatística – IBGE Transportes Rodoviário Distâncias aproximadas aos principais centros (Km): Belo Horizonte: 723 Rio de Janeiro: 995 São Paulo: 1.140 Vitória: 860 Principais rodovias que servem de acesso a Belo Horizonte: BR-381, BR-116, BR-367 Principais rodovias que servem ao município: MG-114, BR-367 Municípios limítrofes: Virgem da Lapa Berilo Chapada do Norte Jenipapo de Minas Aracuaí Fontes: Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais Ferrovia Centro Atlântica - FCA Estrada de Ferro Vitória Minas Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo / Ministério da Aeronáutica Atividades Econômicas Principais empresas industriais classificadas segundo o número de empregados (2000) Fonte: Cadastro de Empresas do IBGE - CEMPRE Obs.: Inclui apenas empresas com 10 ou mais empregados Agropecuária Principais Produtos Agrícolas 2003 Produto Rendimento médio Área colhida (ha) Produção (t) Cana-de-acucar 35 1.050 30.000,00 Feijao (1a.safra) 30 15 500,00 Feijao (2a.safra) 15 5 333,33 Milho 350 175 500,00 Fonte:Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1) Produção em mil frutos e rendimento em frutos/ha (2) Produção em mil cachos e rendimento em cachos/ha (kg/ha) Pecuária - Principais Efetivos 2003 Especificação No. De Cabeças Asininos 66 Bovinos 11.638 Caprinos 194 Equinos 1.260 Galinaceos 22.943 Muares 910 Ovinos 86 Suinos 2.879 Fonte: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes Unidade$(mil) Ano Agropecuário Indústria Serviço Total 1998 2.188 1.115 8.641 11.944 1999 2.779 2.003 9.644 14.426 2000 2.890 2.258 11.315 16.463 2001 2.625 2.194 12.351 17.170 2002 2.463 2.297 13.613 18.373 Fontes: Fundação João Pinheiro (FJP) - Centro de Estatística e Informações (CEI) Ensino 1º Grau 2º Grau Ensino Profissionalizante (e/ou Pós-médio): (2002) Curso 2º grau (sem habilitação). Fontes: Centro de Produção e Administração de Informações - CPRO/SEE / Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP/MEC Comunicações Telefone: Concessionária: TELEMAR Emissoras de Rádio: 0 (2001) Jornais: 0 (2000) Fontes: Telecomunicações de Minas Gerais S.A. / Associação Mineira de Rádio e TV - AMIRT Secretaria de Estado de Comunicação Social Energia Elétrica Concessionária: CEMIG Consumo:1999-2003 CLASSE 1999 2000 2001 2002 2003 consumo (KWh) 48895 51093 53782 55593 50546 n° consumidores 13 13 13 13 14 consumo (KWh) 203100 230903 250038 288277 285649 n° consumidores 127 144 165 175 172 consumo (KWh) 1146087 1263474 1219318 1438757 1591346 n° consumidores 1569 1715 1780 2197 2243 consumo (KWh) 355967 420270 311737 198090 229817 n° consumidores 205 210 102 111 200 consumo (KWh) 700662 732557 664523 731386 830343 n° consumidores 70 71 71 79 82 consumo (KWh) 2454711 2698297 2499398 2712103 2987701 nº consumidores 1984 2153 2131 2575 2711 Industrial Comercial Residencial Rural Outros Total Fonte: Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG Água e Esgoto Concessionária Água: COPASA (2004) Concessionária Esgoto: Prefeitura Municipal (2004) Fonte: Companhia de Saneamento de Minas Gerais Serviços Hotéis: 0(2000) Fonte: Associação Brasileira de Indústria de Hotéis - ABIH Instituições Financeiras: (2004) BANCO DO BRASIL S.A. Fonte: Banco Central do Brasil Quilombo do Mocó A comunidade Quilombola de Mocó localiza-se no município de Francisco Badaró, no médio Jequitinhonha. A comunidade foi batizada de mocó, porque havia uma grande quantidade deste pequeno mamífero na região. Mocó se localiza no distrito de Tocoiós (Fica a quatro quilômetros de Mocó), onde a população de afrodescendentes é majoritária. Moram atualmente na comunidade de Mocó, de quarenta a quarenta e cinco famílias, divididas entre três grupos: os Miúdos, os Velhos e os José Dinás. Existe apenas uma família de pele clara, moradores que migraram de outra região para Mocó; não possuindo laços familiares com as outras famílias. O patriarca se chama Silviano, e é o atual presidente do Conselho de Moradores do Mocó. A geografia da região é pautada pela seca. A vegetação é predominante de cerrado, com manchas de caatinga e capoeiras em encostas de morros. Segundo o morador Antônio Velho, havia muita caça antigamente, mas hoje os animais desapareceram. José Miúdo, de 87 anos, o morador mais velho da comunidade disse que seu bisavô era índio e foi um dos primeiros moradores da comunidade. Antônio Velho também disse que sua bisavó era indígena e foi pega no laço. Estes relatos demonstram a grande miscigenação da região do Jequitinhonha, entre indígenas e afrodescendentes. A comunidade possui a cultura de plantar mandioca (Existe uma farinheira comunitária em Mocó) e pequenas roças de feijão. Muitos moradores de Mocó trabalham em Tocoiós e Francisco Badaró. Nos finais de semana existe feiras nas duas cidades, e alguns moradores de Mocó vão vender seus produtos. Uma pequena parte de moradores vivem da aposentadoria. A maioria dos homens migra sazonalmente para o interior de São Paulo e do Paraná para trabalharem no corte da cana e na colheita de café (abril/maio até outubro/novembro). Durante este período ficam poucos homens na comunidade. Muitas mulheres também migram para São Paulo e Belo Horizonte para trabalharem de doméstica. A comunidade de Mocó está sofrendo um decréscimo populacional, pois segundo Maria Aparecida Rocha (vice-presidente do Conselho de Moradores do Mocó) a mais ou menos quinze anos atrás havia mais de setenta famílias morando na comunidade. É visível a falta de jovens na comunidade. A comunidade se formou na segunda metade do século XIX, e segundo José Miúdo, seu bisavô chamado Gerônimo (que era índio) ganhou as terras de seu senhor quando este faleceu, e juntamente com outros ex-escravos povoaram o sítio. A origem de grande parte da população atual é da localidade chamada Capivari, no município de Minas Novas; Córrego da Mariana, lugar próximo à comunidade; Cabeceiras, também no município de Minas Novas; nas margens do rio Sucuriú e localidades do município de Chapada do Norte. Segundo José Miúdo, até 1954, todas as construções eram de pau a pique. Dormia-se em esteira de bananeira e as pessoas trabalhavam na roça no sistema de Maromba (mutirão). Na época de estiagem havia rezas e penitências para pedir chuva. Uma das penitências era carregar uma pedra na cabeça e depositar no pé de um cruzeiro para pedir a chuva. Os moradores mais antigos pertenciam a Irmandade do Rosário de Sucuriú (fundada em 1847) em Francisco Badaró. Segundo José Miúdo, todo ano ele brincava o Candongo na festa de Nossa Senhora do Rosário. A comunidade de Mocó possui uma farinheira comunitária, a capela de Santo Antônio, um poço artesiano, energia elétrica desde 1995 e um açude. As crianças e jovens estudam em Tocoiós, a quatro quilômetros de Mocó. O índice de analfabetismo é muito alto, principalmente entre as mulheres adultas. Apenas uma família possui o título da terra, emitido pela Ruralminas. A moradora e proprietária chama-se Raquel Sales Pereira. Segundo os moradores a terra da comunidade pertence à família do padre Baneiro desde o final do século XIX. Nunca houve conflitos explícitos de terras na comunidade, pois a terra da região não é boa para a agricultura. 9. PASSIVO AMBIENTAL O conceito de Passivo Ambiental pode ser entendido como toda pendência ambiental gerada na implantação ou operação de um empreendimento, ou seja, qualquer degradação da qualidade ambiental (débito) não recuperado ou mitigado (pago) fazendo com que, sobre aquela degradação, continuem incidindo novos impactos indesejáveis com conseqüente acréscimo de custo para a sua regularização. Os impactos ambientais cadastrados ao longo do segmento compreenderam o passivo ambiental instalado a partir da implantação da rodovia e atividades antrópicas danosas ao corpo estradal, à faixa de domínio e à região lindeira. Cadastro de Passivos Estaca Lado Ocorrência Causa 0 LD Taludes desnudos Empréstimo 5 LD Erosão na borda e em talude Inexistência de drenagem 15 LE Erosão na borda Inexistência de drenagem 65 LD Erosão em talude Inexistência de drenagem 90 LD/LE Erosão em talude e no bordo Inexistência de drenagem 100 LD Erosão em talude Inexistência de drenagem 195 LE Erosão na borda Inexistência de drenagem 200 a 210 LE Erosão na borda e talude Inexistência de drenagem 290 LD Erosão na borda Inexistência de drenagem 460 LD Erosão boca de bueiro Drenagem insuficiente 515 LD Erosão na borda Inexistência de drenagem 590 LD Erosão em talude Inexistência de drenagem e vegetação 700 LD Erosão em talude Inexistência de drenagem e vegetação 1000 LD Erosão na borda Inexistência de drenagem 1190 LD Erosão na borda Inexistência de drenagem 1215 LD Erosão na borda Inexistência de drenagem 1240 LD/LE Talude a reconformar Talude desnudo 1245 LE Talude a reconformar Talude desnudo 1249 LD Talude a reconformar Talude desnudo 1850 LD Erosão em talude Inexistência de drenagem e vegetação 2075 LD Erosão em talude Inexistência de drenagem Medidas Propostas • Estaca 0 LD Foto 8: Estaca 0. Retaludamento e hidrossemeadura. • Estacas 5 LD, 195 LE, 290 LD, 515 LD, 1000 LD, 1190 LD, 1215 LD. Foto 9: Estaca 5 LD. Foto 10: Estaca 195 LE. Foto 11: Estaca 515 LD. Foto 12: Estaca 1000 LD. Foto 13: Estaca 1190 LD. Foto 14: Estaca 1215 LD. As bordas serão recuperadas na operação de terraplenagem. • Estaca 15 LE Foto 15: Estaca 15 LE: Erosão em talude, avançando para a borda da plataforma.. Implantação de valeta de crista e rip rap vegetativo • Estaca 65 LD Foto 16: Estaca 65 LD: Erosão em talude de corte. O passivo será totalmente recuperado com a implantação do projeto. • Estaca 90 LD/LE Foto 17: Erosão devido à falta de drenagem e reconformação do talude. O passivo será totalmente recuperado com a implantação do projeto. As estruturas de drenagem estão sendo contempladas no projeto. • Estaca 100 LD Foto 18: Estaca 100. Reconformação do talude e hidrossemeadura • Estaca 200 a 210 LE Foto 19: Estaca 200 a 210. Reconformar talude, implantar valeta de crista e hidrossemeadura. • Estaca 460 LD Foto 20: Estaca 460. Redimensionar bueiro e revegetar com gramíneas. • Estacas 590 LD Erosão em talude devido à inexistência de drenagem e vegetação. O passivo será totalmente recuperado com a implantação do projeto. • Estacas 700 LD O passivo será totalmente recuperado com a implantação do projeto. Foto 21: Estaca 700. • Estaca 1240 LD/LE Talude sem conformação e sem cobertura vegetal. O talude do lado direito será totalmente recuperado com a implantação do projeto. O talude do lado esquerdo deverá ser retaludado e revegetado com hidrosemeadura. • Estaca 1245 LE Talude sem conformação e sem cobertura vegetal. O passivo será totalmente recuperado com a implantação do projeto. Foto 22: Estaca 1245. • Estaca 1249 LD Foto 23: Estaca 1249 LD. Talude sem cobertura vegetal. Neste ponto o trecho será retificado. Para a recuperação do passivo, o talude deve receber hidrossemeadura. • Estaca 1850 Erosão em talude devido à inexistência de drenagem e vegetação. O passivo será totalmente recuperado com a implantação do projeto. • Estacas 2075 LD Erosão em talude devido à inexistência de drenagem. O passivo será totalmente recuperado com a implantação do projeto. 10. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS A avaliação dos impactos relaciona todos aqueles que deverão ser mitigados ou compensados no Plano de Controle Ambiental. As principais ações modificadoras do meio ambiente a serem avaliadas são: • Implantação e desmobilização do canteiro de obras; • Desmatamento, destoca e limpeza do terreno; • Terraplenagem, empréstimo e bota-fora; • Drenagem; • Exploração de jazidas e • Operação da rodovia. 10.1. INSTALAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS A instalação do Canteiro de Obras envolve a construção e montagem do acampamento, oficinas e depósitos de material asfáltico, podendo gerar os seguintes impactos: • Acidentes envolvendo operários e prováveis usuários; • Proliferação de vetores indesejáveis; • Falta de higiene no acampamento; • Obstrução de talvegues e obras de drenagem; • Degradação da área utilizada para a instalação do canteiro; • Poluição da água superficial e subterrânea; • Poluição do ar; • Aumento na geração de ruídos e vibrações; e, • Supressão de vegetação. 10.2. DESMATAMENTO E LIMPEZA DO TERRENO O desmatamento na implantação de rodovias pode causar os seguintes impactos: • Expor os solos e os taludes naturais à erosão; • Facilitar o assoreamento e sobrecarga dos sistemas de drenagem; • Perda de proteção à escorregamentos e quedas de pedras; • Focos de incêndios. 10.3. TERRAPLENAGEM, EMPRÉSTIMOS E BOTA-FORA Nesta fase, podem ser gerados os seguintes impactos: • Ocorrência de acidentes, provocados pela poeira e lama, interferência com o público nas aéreas mais povoadas; • Desrespeito às normas de trânsito; • Assoreamento de talvegues; • Degradação de áreas; • Erosões e assoreamentos; • Represamento de fluxo de água; • Proliferação de insetos; • Supressão de vegetação. 10.4. DRENAGEM Os sistemas de drenagem, quando ineficientes podem causar problemas para a conservação da rodovia e afetar as propriedades lindeiras: • Inundação das áreas marginais de cidades; • Perda de vegetação; • Erosões; • Assoreamentos. 10.5. EXPLORAÇÃO DE JAZIDAS • Supressão de vegetação; • Erosões; • Assoreamentos de cursos d’água; • Alteração da topografia. 10.6. OPERAÇÃO DA RODOVIA A operação de uma rodovia gera uma série de modificações no meio ambiente original, sendo as principais: • Aumento dos níveis de ruídos e vibrações; • Poluição da água e do ar; • Problemas de segurança da comunidade; • Alteração no uso e ocupação do solo. Os canteiros de obra serão instalados e reconformados após a sua desativação, conforme as medidas adotadas pelo PCA. A implantação de duas variantes resultará no abandono dos trechos antigos, os quais deverão se recuperados. De acordo com os dados apresentados relativos a volume de empréstimos, bota-foras, áreas a serem recuperadas, ocupação de áreas lindeiras, pode-se avaliar que os impactos negativos decorrentes da implantação da camada asfáltica da rodovia são de pequena monta e possíveis de mitigações. Cuidados especiais devem ser tomados na execução das mudanças de traçado propostas, já que haverá supressão de vegetação e esta deverá ser restrita ao máximo à área necessária para a sua implantação. Matriz de Correlação de Impactos Ambientais Fatores Ambientais Ações de Empreendimento FASES ESTUDOS PROJETOS ENGENHARIA E OBRAS Meio Físico 1 Estudo de Viabilidade Estudo do Traçado/Projeto Básico Desapropriação de Terras Alocação de Mão-de-Obra Infra-estrutura e Obras de Apoio Remoção de Cobertura Vegetal Terraplenagem Remoção de Rocha Extração de Minerais Classe II Preparação de Base e Pavimentação Acessos e Serviços Obras-de Arte Obras de Drenagem Depósito de Material Asfáltico Regulamentação de Tráfego Abertura de Tráfego Conservação e Manutenção 2 3 4 5 Meio Biótico 6 D D D I D I D I D D D D D D I D D D D D I I D I D D D D D D D I D D D D D D D D D D D D D 7 8 9 10 11 I I D I I D D D I I I I I I D I I D D D D D I D D I I I I D I D D D D I I D I D OBS.: D – EFEITO/IMPACTO DIRETO Meio Antropico 12 D D 13 D D D 14 15 D 16 D D D I D I D D I D D D D D D D D D D 17 D D D D D D D D D D 18 19 I D D I D D D 20 D D D D D D D D D D D D D D D D I – EFEITO/IMPACTO INDIRETO 1 – Qualidade do Ar 6 – Água Superficial 11 – Paisagem 16 – Estrutura Produtiva de Serviços 2 – Microclima 7 – Água Subterrânea 12 – Patrimônio Natural/Cultural 17 – Organização Social 3 – Ruídos e Vibrações 8 – Vegetação 13 – Uso e Ocupação do Solo 18 – Saúde e Segurança 4 – Relevo 9 – Fauna Terrestre 14 – Dinâmica Populacional 19 – Impostos e Tributos 5 – Solo 10 – Ecossistemas Aquáticos 15 – Nível de Vida 20 – Renda e Emprego DD Quadro de Avaliação de Impacto de Obras Rodoviárias Fase de Estudos Projetos Ação Estudo de viabilidade Estudo de Traçado/Projeto Básico Impacto/Efeitos Ambientais Geração de renda e emprego Expectativa de desenvolvimento regional Especulação imobiliária; geração de conflitos de uso e ocupação do solo; pressão sobre o patrimônio natural e cultural; tensão social. Geração de renda e emprego; perspectiva de desenvolvimento regional; Especulação imobiliária; geração de conflitos de uso e ocupação do solo; pressão sobre o patrimônio natural e cultural; tensão social; aumento do fluxo de tráfego e do risco de acidentes; potencial de degradação das áreas de intervenção. Atributos Medidas Mitigadoras Benéfico, direto, regional, temporário, imediato e reversível. Adverso, direto/indireto, Compatibilidades com planos e programas regional, temporário, governamentais; esclarecimento público sobre curto prazo e reversível. o empreendimento; considerações dos recursos ambientais e unidades de conservação. Benéfico, direto/indireto, regional estratégico, imediato, médio e longo prazo e reversível. Adverso, direto/indireto, Compatibilidades com planos e programas regional, temporário, governamentais; discussão das alternativas de curto prazo e reversível. traçado; avaliação dos conflitos de uso do solo; análise das condições físicas, biológicas e sócio-econômicas; observação dos aspectos de segurança de tráfego; plano de reabilitação das áreas degradadas. Fase de Engenharia de Obras Ação Impactos/Efeitos Ambientais Parcelamento do solo alteração da modalidade de uso; Deslocamento de Desapropriação de Terras população;Perdas de áreas produtivas relocamento de infra-estrutura. Geração de renda, emprego, impostos Alocação de Mão-de-Obra e tributos; Incremento de estrutura produtiva e estrutura de serviços. Atributos Adverso, direto, Medidas Mitigadoras local Estudo de alternativas de traçado; permanente imediato e Avaliação real do patrimônio; irreversível. Benéfico, Planejamento de asssentamento direto, local temporário, imediato e reversível. Potencial de atração de imigrantes; Aumento dos riscos de doenças socialmente transmissíveis; Aumento da demanda de infraestrutura urbana; Recrutamento local de mão-de-obra; prevenção e Adverso, direto, local controle de saúde humana; temporário, imediato e Aplicação de recursos em investimentos sociais; Melhoria dos serviços de assistência social e irreversível. segurança pública. Alteração de hábitos e costumes. Alteração do perfil das encostas; Infra-estrutura e Obras de Apoio (canteiro de obras e alojamento) Disposição de efluentes do solo; Adverso, direto/indireto, Contaminação das águas superficiais local temporário imediato e subterrâneas; Remoção da cobertura e reversível. Remoção da Cobertura Vegetal Degradação de solos; Alterações de habitats e da paisagem Adverso, direto/indireto, local em locais adequados; terrenos favoráveis; controle de drenagem; efluentes e resíduos sólidos; reabilitação das áreas degradadas. vegetal; Conflito de uso do solo. Alteração de micro-clima; Implantação permanente, imediato/médio e longo prazo e irreversível. Revegetação da faixa de domínio; Desmate restrito às áreas de intervenção; Proteção de árvores de valor paisagístico e/ou imunes de corte; Obter licença de desmatamento junto aos órgãos florestais competentes. Ação Impactos/Efeitos Ambientais Emissão de material Atributos Medidas Mitigadoras particulado, ruído e vibrações; Otimização da compensação de cortes e de Alterações do perfil de encostas; Degradação dos solos e riscos de erosão; Terraplenagem (cortes, aterros, Aumento de carga sólida e redução da bota-foras e áreas de empréstimos). disponibilidade hídrica; Alteração da paisagem e degradação do patrimônio natural e cultural; Adverso, direto/indireto, local permanente, imediato/médio e longo prazo e reversível/irreversível. aterros; Limitação da terraplenagem às áreas de intervenção; Controle de estabilidade geotécnica de taludes; Controle de erosão e reabilitação das áreas degradadas; Proteção de nascentes e cursos d’água. Modificação na forma de ocupação do solo. Emissão de particulado; gases ruído e e material vibrações; alteração do perfil das encostas; Adverso, direto, degradação dos solos e riscos de permanente, erosão; alteração da paisagem e irreversível. degradação do patrimônio natural e cultural. local, imediato, Plano de fogo adequado; controle de estabilidade geotécnica; controle de erosão e reabilitação das áreas degradadas; proteção do patrimônio natural e cultural. Fase de Engenharia e Obras Ação Impactos/Efeitos Ambientais Emissão de material particulado; ruídos e vibrações; alteração do perfil das encostas; degradação dos solos e riscos de erosão; poluição Extração de Minerais Classe II hídrica e degradação dos (brita, areia, cascalho) ecossistemas aquáticos; alteração da paisagem e degradação do patrimônio natural e cultural; degradação da vegetação. Preparação da Pavimentação Acessos e Serviços Obras e Drenagem Base Alteração do micro-clima; e Ruídos e vibrações; Alteração no “run-off”. Alteração do perfil das encostas; degradação dos solos e dos riscos de erosão; aumento da carga sólida e redução da disponibilidade hídrica; degradação da vegetação, da paisagem e patrimônio natural e cultural. Atributos Medidas Mitigadoras Adverso, direto/indireto, local, permanente, imediato/médio e longo prazo e reversível/irreversível. Plano de fogo adequado; controle de estabilidade geotécnica; controle de erosão e reabilitação de áreas degradadas; proteção do patrimônio natural e cultural; avaliação ambiental dos locais dos jazimentos. Adverso, direto/indireto, local Revegetação adequada da faixa de domínio; temporário/permanente, Dimensionamento adequado do sistema de imediato e drenagem. reversível/irreversível. Adverso, direto/indireto, local temporário/permanente, imediato/médio e longo prazo e reversível/irreversível. Restrição à abertura de vias de acesso; Controle de reabilitação das áreas degradadas; Proteção de nascentes e cursos d’água; Proteção do patrimônio natural e cultural Adverso, Dimensionamento adequado do sistema de direto/indireto, local, drenagem; Degradação dos solos e riscos de permanente, imediato e erosão, alteração no “run-off” Dissipação de energia e controle de erosão irreversível. Ação Impactos/Efeitos Ambientais Atributos Medidas Mitigadoras Obras-de-arte Degradação de vegetação ciliar, Adverso, direto, local, alteração da paisagem e degradação do permanente, imediato, patrimônio natural e cultural; irreversível. Alteração da modalidade de uso do solo Limitação da área de intervenção; Redução das áreas de desmate; Proteção do patrimônio natural e cultural; Reabilitação das áreas degradadas Depósito de Material Asfáltico Emissão de gases e material particulado; Adverso, direto, local, Ruídos e vibrações; temporário, imediato, Alteração de paisagens e conflitos de irreversível. uso de solo local Implantação de sistemas de tratamento de emissões; Avaliação ambiental dos locais de reabilitação das áreas degradadas. Fase de Operação Ação Impactos/Efeitos Ambientais Emissão Abertura de Tráfego de gases Atributos particulados; Adverso, Medidas Mitigadoras direto, Monitorização e controle de ruídos e emissões atmosféricas; Aumento de pressão sonora; Aumento local/regional, do fluxo de tráfego; permanente, Risco de acidente. irreversível. Gerações de impostos e atributos; Benéfico, imediato, fiscalização de tráfego. Fomento da estrutura produtiva e de Direto/indireto, Regional, serviços; Melhoria das condições de Permanente, acessibilidade; Imediato/médio e longo Melhoria do fluxo de circulação de prazo, mercadorias e produtos; irreversível Indução do crescimento econômico; Melhoria do nível de vida Acompanhamento e controle de erosão Benéfico, direto, regional, e reabilitação de áreas degradadas; Permanente, curto prazo, Proteção e limpeza da faixa de domínio; irreversível. Campanhas de educação ambiental e de trânsito; Proteção da sinalização de segurança sinalização de segurança; 11. MEDIDAS MITIGADORAS A implantação de medidas mitigadoras se traduz pela materialização de um elenco bastante vasto e diversificado de ações, que, em termos de sua correlação com as obras e a operação rodoviária, pode ser enfocado segundo os seguintes aspectos: • Ações que independentemente de seu enfoque ou prioridade ambiental são ordinariamente desenvolvidas dentro do processo rodoviário, objetivando dotar a rodovia de condições adequadas de segurança operacional, bem como garantir comportamento satisfatório ao longo de toda vida útil, com vistas à preservação do investimento, protegendo-o contra a ação do próprio tráfego e de agentes externos; • Ações que propriamente, não se traduzem em incorporação ao patrimônio físico da rodovia, mas que afetam as atividades meio e que têm como objetivo o atendimento a condicionantes a serem observadas nos processos construtivos e operacionais, com a finalidade de atenuar os impactos ambientais na fase de execução das obras, afetando os usuários da rodovia, moradores das faixas lindeiras e os próprios operários da obra; • Ações que não guardam qualquer identificação direta ou imediata com o processo construtivo e operacional em si e que tem objetivo de resguardar o meio ambiente em sua abrangência mais ampla, dos efeitos induzidos e/ou restrições que eventualmente possam advir em decorrência da execução das obras. As medidas mitigadoras serão detalhadas no Plano de Controle Ambiental. A seguir, apresentamos o Quadro de Impactos e as Medidas Mitigadoras correspondentes. 12. ART DO DOCUMENTO 13. • BIBLIOGRAFIA DER – DEPARTAMENTO DE ESTRADAS E RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS, 1999 – Manual de Procedimentos Ambientais em Empreendimentos Rodoviários. • DER – RT – 01.46 – Critérios de Projetos para Vias de Ligação com Reduzido Volume de Tráfego. • DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES – MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES. 1996. Manual Rodoviário de Conservação, Monitoramento e Controle Ambientais. Rio de Janeiro – RJ • DNPM – DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL – MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA, 1975. Carta Geológica do Brasil ao Milionésimo – Coordenação Carlos Shobbenhaus et al. Brasília - DF • IGAM – INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS. Belo Horizonte, 2001. Disponível em: <http://www.igam.mg.gov.br > Acesso em: 28.jul.2003 • IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br> Acesso em: 29.jul.2003 • IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Brasília, 2002. Censo Demográfico de Minas Gerais, 1991, 1996, 2002. Contagem da população de 2002. Brasília – DF • IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Brasília, 2002. Censo Agropecuário de Minas Gerias, IBGE – 1985, 1995/96. Brasília – DF • MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA, 1981. PROJETO RADAM BRASIL Levantamento de Recursos Naturais, vol. 31. Rio de Janeiro – RJ.