SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL Pós-Graduação Lato Sensu em Governança de Tecnologia da Informação Graziele Rodrigues Santana BUSCA PELA EXCELÊNCIA EM CENTRAL DE SERVIÇOS DE TI; UTILIZANDO AS 4 FUNÇÕES DO LIVRO OPERAÇÃO DE SERVIÇO DO FRAMEWORK ITIL V3 Brasília-DF 2012 SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL Graziele Rodrigues Santana BUSCA PELA EXCELÊNCIA EM CENTRAL DE SERVIÇOS DE TI; UTILIZANDO AS 4 FUNÇÕES DO LIVRO OPERAÇÃO DE SERVIÇO DO FRAMEWORK ITIL V3 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Nacional de Educação a Distância, do SENAC, como requisito para a obtenção do título de Especialista em Governança de Tecnologia da Informação. Orientador: Prof. Ms. Edilberto Magalhães Silva Brasília-DF 2012 G924d Guedes, Alda Lúcia de Oliveira. Desenvolvendo competências para tutoria na educação a distância / Alda Lúcia de Oliveira Guedes – Brasília: SENAC DF, 2012. 57 f.: il. Inclui Bibliografia Orientadora: Úgna Pereira Martins Trabalho de Conclusão de Curso (Especialista em Educação a Distância.) SENAC/DF, 2012. 1. Tutoria. 2. Ensino a distância. 3. Aprendizagem. I.Título CDU 371.4 Graziele Rodrigues Santana BUSCA PELA EXCELÊNCIA EM CENTRAL DE SERVIÇOS DE TI, UTILIZANDO AS 4 FUNÇÕES DO LIVRO OPERAÇÃO DE SERVIÇO DO FRAMEWORK ITIL V3 Projeto apresentado ao Centro de Educação Profissional a Distância do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC, Distrito Federal, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Governança de Tecnologia da Informação. Aprovado em 27 de junho de 2012 BANCA EXAMINADORA ____________________________________________________ Prof. Ms. Edilberto Magalhães Silva Tutor Orientador ____________________________________________________ Prof. XXXXXX Convidado ____________________________________________________ Prof.ª Ms Alexandra Cristina Moreira Caetano Coordenadora Pedagógica AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus por me conceder mais esta grande vitória e mudança de vida, pois se não fosse da vontade dele não estaria aqui. À minha família por toda compreensão e ajuda nos momentos difíceis. A todos os professores e colegas do curso ao qual compartilhamos idéias, pensamentos e opiniões. Aos colegas da empresa XPTO Informática pela disposição e apoio na elaboração do estudo. Ao orientador pela ajuda e pelos momentos cedidos para alcançar o objetivo proposto no trabalho. 1 Aleluia!De todo o coração renderei graças ao Senhor, na companhia dos justos e na assembléia. 2 Grandes sao as obras do Senhor, consideradas por todos os que nelas se comprazem. 3 Em suas obras há glória e majestade, e a sua justiça permanece para sempre. 4 Ele fez memoráveis suas maravilhas; benigno e misericordioso é o Senhor. 5 Dá sustento aos que o temem; lembrar-se-á sempre da sua aliança. 6 Manisfesta ao seu povo o poder das suas obras, dando-lhes a herança das nações. 7 As obras de suas mãos são verdade e justiça; fiéis, todos os seus preceitos. 8 Estáveis são eles para todo o sempre, instituídos em fidelidade e retidão. 9 Enviou ao seu povo a redenção; estabeleceu para sempre a sua aliança; santo e tremendo é o seu nome. 10 O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam. O seu louvor permanece para sempre. Salmos 111, 1 – 10 RESUMO Devido a evolução e disseminação tecnólogica atrelada a busca continua pela qualidade em prestação de serviço, cada vez mais as organizações focam em superar as expectativas de seus clientes e mercado de forma a se destacar por meio da excelência na prestação de seus serviços. Em consonância com esta realidade, este trabalho tem como principal objetivo propor melhorias nos processos aplicados a Central de Serviços da empresa XPTO Informática, baseando-se nas boas práticas sugeridas pelo Framework ITIL. Sendo iniciado com a abordagem sobre os processos e objetivos do ITIL, avaliação do nível de maturidade por meio do Process Maturity Framework – PMF, com foco na verificação do cenário atual da empresa e o que pode ser realizado para alcançar um nível otimizado de maturidade. Realizando o levantamento dos processos atuais da Central de Serviços da XPTO, avaliando os seus níveis de maturidade e propor melhoria, utilizando as 4 (quatro) funções de Operação de Serviço do ITIL V3, para posterior redesenho em conformidade com as oportunidades e o objetivo do negócio. Para o levantamento das informações foram aplicados questionários na Central de Serviços, viabilizando a medição em torno da empresa XPTO Informática. Palavras-chave: ITIL, Operação de Serviço, Service Desk. ABSTRACT Due to technological developments and dissemination linked to ongoing search for quality in service delivery, organizations increasingly focus on exceeding the expectations of their customers and market to stand out through excellence in providing their services. In line with this reality, this work has as main objective to propose improvements in the processes applied to Service Desk company. Foo, based on best practices suggested by the ITIL Framework. Being started with the approach of the processes and goals of ITIL, assessing the level of maturity through the Process Maturity Framework – PMF, focusing on verification of the company’s current situation and what can be done to achieve an optimum level of maturity. Conducting a survey of the current processes of the Service Center XPTO, assessing their levels of maturity and propose improvements, using the four (4) functions of the Service Operation ITIL V3 for further redesign in accordance with the opportunities and business objective. To survey the questionnaires were filled in the information service center, enabling the measurement around the company XPTO Computing. Key Words: ITIL. Service Operation. Service Center. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Ciclo de Serviço da ITIL. ........................................................................... 19 Figura 2 - Estrutura Organizacional........................................................................... 40 LISTA DE TABELAS Tabela 1- Processos e Funções da ITIL V3 .............................................................. 19 Tabela 2 - Conflitos a serem resolvidos pela Operação de Serviço .......................... 21 Tabela 3 - Foco dos níveis de maturidade ................................................................ 35 Tabela 4 - Nível de maturidade segundo PMF .......................................................... 35 Tabela 5 - Dados obtidos quanto á maturidade do ITIL ............................................ 45 Tabela 6 - Dados obtidos quanto á maturidade da ITIL ............................................ 48 LISTA DE SIGLAS CRM – Customer Relationship Management. ERP – Enterprise Resource Planning. GTI – Governanças de Tecnologia da Informação. ITIL – Information Technology Infrastructure Library. ITSMF – IT Service Management Forum. OGC – Office of Government Commerce. PDCA – Plan, Do, Check, Action. PMF – Process Maturity Framework. RDM – Requisição de Mudança. TI – Tecnologia da Informação. RH – Recursos Humanos COBIT – Control Objectives for Information and related Technology SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14 1.1Motivação ............................................................................................................ 14 1.2 Objetivo Geral .................................................................................................... 16 1.3 Objetivos Específicos ....................................................................................... 16 1.4 Metodologia ....................................................................................................... 17 2. ITIL V3 ............................................................................................................... 18 2.1 Estruturas e Conceitos ..................................................................................... 18 2.2 Operação de Serviço e suas Quatro Funções ............................................... 21 2.2.2 Central de Serviços .......................................................................................... 24 2.2.2.1 Modelos de Centrais de Serviços .................................................................. 25 2.2.2.2 Formas de contato do service desk ............................................................... 25 2.2.2.3 Responsabilidades da função Central de Serviço ......................................... 26 2.2.3 Gerenciamento Técnico ................................................................................... 27 2.2.3.1 Questões a serem respondidas..................................................................... 27 2.2.3.2 Atividades do Gerenciamento Técnico .......................................................... 28 2.2.3.3 Responsabilidades da Função de Gerenciamento Técnico .......................... 29 2.2.4 Gerenciamento da Operação de TI ................................................................. 29 2.2.4.1 Atividades do Gerenciamento da Operação de TI ......................................... 30 2.2.4.2 Responsabilidades da Função Gerenciamento da Operação de TI .............. 30 2.2.5 Gerenciamento de Aplicações.......................................................................... 31 2.2.5.1 Atividades do Gerenciamento de Aplicações ................................................ 32 2.2.5.2 Responsabilidade da Função Gerenciamento de Aplicações ....................... 33 2.3 Níveis de maturidade da Gestão de Serviços de TI – PMF .......................... 33 3. BUSCA PELA EXCELÊNCIA EM CENTRAL DE SERVIÇOS DE TI; UTILIZANDO AS 4 FUNÇÕES DO LIVRO DE OPERAÇÃO DE SERVIÇOS DO FRAMEWORK ITIL V3 ............................................................................................. 39 3.2 Diagnóstico da Governança em TI na empresa............................................. 40 3.2.1 Cenário atual junto a Central de Serviços ...................................................... 41 3.2.2 Processos Central de Serviço ........................................................................ 44 3.3 Avaliação de maturidade dos processos do ITIL .......................................... 45 3.3.1 Avaliação específica das 4 Funções do Livro Operação de Serviços .............. 47 3.4 Diagnóstico Atual ............................................................................................ 47 3.5 Cenário Desejado ............................................................................................ 51 3.6 Cronograma de implementação ..................................................................... 52 3.7 Resultados Esperados ..................................................................................... 53 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 54 4.1 Conclusão .......................................................................................................... 54 4.2 Sugestões para futuros trabalhos ................................................................... 54 5. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 57 6. GLOSSÁRIO ......................................................................................................... 59 7. ANEXO.................................................................................................................. 61 14 INTRODUÇÃO Com a crescente concorrência e o alto investimento despendido a área de TI, as organizações buscam, cada vez mais, obter diferenciais em seus serviços e produtos, além da necessidade de garantir o retorno sobre o investimento realizado. Levando em consideração estas novas tendências de mercado a empresa XPTO Informática busca adaptação e melhoria na entrega de seus serviços. Focada na Central de Atendimento, área mais próxima de seus clientes, pois se esta área possuir processos maturados, profissionais capacitados e respostas ágeis, contribuirá positivamente e fará uma grande diferença na continuidade e na prestação dos serviços, garantindo assim, a satisfação de seus clientes. O Framework ITIL traz um rol de informações para o alinhamento entre a Central de Serviços e o negócio, oferecendo uma estrutura validada em várias organizações e reconhecida mundialmente. Contemplando 5 livros para abordagem de gerenciamento de serviços, iniciando com Estratégia de Serviços, Desenho de Serviço, Transição de Serviços, Operação de Serviço e Melhoria de Serviço Continuada. Onde existem 26 processos e 4 funções que auxiliam as organizações que estão em busca do aperfeiçoamento de suas rotinas. “ITIL é a abordagem mais amplamente aceita para o gerenciamento de serviços no mundo. ITIL fornece um conjunto coerente de melhores práticas, oriundas dos setores públicos e privado a nível internacional.” (ITIL – oficial site). Tendo como base conceitual o Livro Operações de Serviços, seus processos e funções, contemplando a Central de Serviço e o dia-a-dia da área de TI. O ciclo de Operação de Serviços coordena e conduz as atividades e os processos necessários para entregar e gerenciar os serviços, de acordo com os níveis requeridos pelos clientes e pelo negócio. Onde se pode mensurar tempo e recursos necessários para as adaptações no atendimento e eliminar falhas nos processos, resultando na entrega de um serviço completo, rápido e eficaz. Com auxílio do framework PMF – Process Maturity Framework que é descrito no Livro de Desenho de Serviços, e aborda a avaliação dos níveis de maturidade, em cinco áreas como: visão e direcionamento, processos, pessoas, tecnologia e cultura. 15 O presente trabalho segue a seguinte ordem: O Capítulo 1 trata da introdução, motivação, objetivos e a metodologia utilizada. O Capítulo 2 contém o estudo sobre ITIL, Operação de Serviços seus processos e funções, o framework de apoio PMF e seus níveis de maturidade. O Capítulo 3 descreve o estudo de caso da organização com suas características, estruturas e cenário de TI. Apresentando os dados obtidos por meio da aplicação de questionários, tendo como fundamento o Livro Operações de Serviços, seus processos e funções em relação a realidade dos processos executados pelo corpo técnico da empresa XPTO Informática e seus respectivos níveis de maturidade avaliados. A conclusão e sugestões para trabalhos futuros são apresentados no Capítulo 4 e as referências no Capítulo 5. O Capítulo 6 apresenta o glossário e o capítulo 7 descrevem os apêndices com questionários elaborados e utilizados para obtenção dos dado sobre os processos do ITIL. 1.1Motivação Com a finalidade de buscar a excelência nos processos internos e externos, as organizações estão utilizando cada vez mais os avanços tecnológicos, aliados a aplicação da Governança de Tecnologia para alcançarem seus objetivos, utilizando de seus recursos para o aprimoramento de suas ações, de forma que fique perceptível aos seus clientes. Sem TI, muitas organizações não poderiam abrir as portas. Sem a adoção de Melhores Práticas no gerenciamento de serviços de TI, muitas organizações ainda estariam perdendo tempo e dinheiro com métodos e procedimentos inadequado. (ITSMF, 2012). A XPTO Informática busca constantemente a excelência em sua prestação de serviços, com o objetivo de agregar valor, para satisfazer as necessidades de seus clientes, para isso, esta sempre pesquisando formas de aperfeiçoar seus processos de atendimento, buscando melhores práticas para desenvolver uma forma de melhoria da Central de Serviços e suas respectivas rotinas. Tendo como foco principal a prestação de serviços em soluções de TI para Conselhos Federais e Regionais. 16 Levando em consideração que um dos grandes problemas encontrados na área de TI é o grau de prioridade das demandas e sua urgência, por ter grande importância/dependência dentro de qualquer tipo de organização. Com objetivo de alinhar as estratégias da TI com o negócio, utilizando-se o ITIL V3 para conhecer o nível de maturidade dos processos da Governança em Tecnologia da Informação e, visando obter o relacionamento da aplicabilidade em suas rotinas e utilizar-se deste embasamento para tomada de decisões. Usufruindo das 4 funções de Operação de Serviço para melhoria no atendimento, com possibilidade de ganho e qualidade no que se refere ao tempo de resposta. Essa proposta de trabalho vai auxiliar no tratamento rápido dos incidentes, gerando valor ao processo de gestão de TI, através das métricas utilizadas para análise de forma que a organização possa se antevir falhas e aderir melhoria. 1.2 Objetivo Geral Este trabalho tem como objetivo geral propor a melhoria dos processos executados pelo departamento de Service Desk da empresa XPTO Informática, por meio da mensuração dos níveis de maturidade com base nas 4 funções do livro de Operação de Serviços do Framework ITIL V3. Com foco na superação das expectativas de seus clientes, na qualidade, no crescimento organizacional, no fornecimento de subsídios para tomada de decisões pela alta direção, e na criação de soluções cada vez mais eficientes e eficazes, de modo que a empresa se mantenha competitiva no mercado. 1.3 Objetivos Específicos • Verificar a aderência e conformidade das gerências e fluxos do gerenciamento de serviços de acordo com ITIL V3 no atual cenário da empresa; • Avaliar nível de maturidade das gerências do ITIL separados por publicações e áreas, focando as funções da Operação de Serviço; • Apresentar resultados da análise dos níveis de maturidades dos processos do ITIL V3; 17 • Propor redesenho dos processos em consonância com as 4 funções da Operação de Serviço e seus estágios em maturidade, levando em consideração os objetivos estratégicos da organização. 1.4 Metodologia Para realização deste trabalho, foi feita uma pesquisa bibliográfica acerca do framework ITIL V3, tendo como foco principal o Livro de Operação de Serviço e suas 4 funções, para devida implementação e possível aplicabilidade na Central de Serviços. Utilizando também o PMF – Process Model Framework para análise de evolução da maturidade de processos, propondo melhoria de suas rotinas e realizando um estudo de caso contextualizando o estágio atual da XPTO Informática que hoje busca padronizar suas rotinas de acordo com as melhores práticas do mercado. 18 2. ITIL V3 2.1 Estruturas e Conceitos O ITIL – Information Technology Infrastructure Library é framework que visa atender seu público alvo com as melhores práticas para gestão de serviços em TI, tende a agregar valor ás organizações, facilitando os resultados finais, com custo e risco menores. (OGC, 2007, a) O ITIL tem como foco o fornecimento de estrutura e medição contínua para governança de TI, gerando melhoria e agilidade no resultado final da prestação de serviço de TI, o que gerará a percepção dos clientes (ITSMF, 2007, p.8). Como o foco é no controle contínuo da melhoria e qualidade dos serviços, pois se entende que é o fator mais importante no sucesso mundial do ITIL (ITSMF, 2007, p.8). A seguir alguns benefícios da implantação do ITIL: • Maior satisfação dos usuários e clientes com serviços de TI; • Melhoria na disponibilidade do serviço, que conduz diretamente ao aumento das receitas e dos lucros das organizações; • Economia financeira com a redução de retrabalho, tempo perdido, e recursos melhorados; • Melhoria na tomada de decisão e otimização de riscos. Por se tratar de um conjunto de melhores práticas, estando sempre em busca da excelência, houve várias publicações, até alcançarem a ITIL V3, composto de cinco livros fundamentais que cobrem o ciclo de vida de serviços, juntamente com uma introdução oficial. Atualmente é promovido pela ITSMF – IT que é uma organização internacional independente e sem fins lucrativos, dedicada a promover as melhores práticas no gerenciamento de serviços em TI. É demonstrado na figura 01 o ciclo de vida de serviços do ITIL 3, com as 5 publicações fundamentais. Iniciando a partir da análise de requisitos de negócio em Estratégia de Serviço, Desenho de Serviço, com a migração do ambiente de produção na Transição de Serviço para o ambiente real de operação com a Operação de Serviço e Melhoria de Serviço Continuada. (ITSMF, 2007, p.9). 19 Figura 1 - Ciclo de Serviço da ITIL Na tabela 01 encontra-se descrita a distribuição dos 26 processos e 4 funções nos 5 livros; Tabela 1- Processos e Funções da ITIL V3 Publicações Processos Funções -Gerenciamento Financeiro de TI; Estratégia de Serviço -Gerenciamento de Portfólio de Serviços; -Gerenciamento de Demanda; -Geração de estratégia. Desenho de Serviço -Gerenciamento de Catalogo de Serviços; -Gerenciamento do Nível de Serviço; -Gerenciamento da Capacidade; -Gerenciamento da Disponibilidade; -Gerenciamento da Continuidade de Serviço; -Gerenciamento de Segurança de Informação; -Gerenciamento de Fornecedor. Transição de Serviço -Gerenciamento de Mudança; -Gerência de Avaliação; -Planejamento e Suporte da Transição; -Gerenciamento da Configuração e de Ativo de Serviço; -Gerenciamento da Liberação e Implantação; 20 Publicações Processos Funções -Validação e Teste de Serviço; -Gerenciamento do Conhecimento. Operação de Serviço -Gerenciamento de Eventos; -Central de Serviços; -Gerenciamento de Incidente; -Gerenciamento -Cumprimento de Requisição técnico; -Gerenciamento de Problema; -Gerenciamento -Gerenciamento de Acesso. operações; -Gerenciamento das de Aplicativo. Melhoria de Serviço -Relatório de Serviço; Continuada -Medição de Serviço; - Processo de melhoria em 7 etapas Fonte: (FERNANDES, 2008) A seguir uma breve explicação de cada livro abordado pela ITIL: • Estratégia de Serviço: Orienta em relação as políticas e processos do gerenciamento de serviço, desenho, desenvolvimento e implementação ao longo do ciclo de vida como ativo estratégicos. (OGC, 2007, a) • Desenho de Serviço: orienta no desenho e desenvolvimento dos serviços e dos processos de gerenciamento, agregando valor ao cliente durante o ciclo de vida com melhoria e mudança. (OGC, 2007, b) • Transição de Serviço: Orienta a efetivação e transição de novos serviços ou serviços alterados para serem implementado. (OGC, 2007, c) • Operação de Serviço: Descreve passo a passo a rotina do ciclo de vida dos serviços, orientando sobre como garantir a entrega e suporte eficiente e eficaz, podendo executar acesso a requisições. (OGC, 2007, d) • Melhoria de Serviço Continuada: Tem como objetivo melhorar as ações, com base nos princípios, práticas e métodos de gerenciamento da qualidade, com foco de sistematicamente incrementar a larga escala na qualidade dos serviços, nas metas de eficiência operacional, na continuidade dos serviços, com base no modelo PDCA. (OGC, 2007, e). 21 Na seção a seguir, será descrito com mais detalhe Operação de serviços e suas quatro funções, para melhor abordagem do tema deste trabalho. 2.2 Operação de Serviço e suas Quatro Funções 2.2.1 SO – Operação do Serviço O objetivo da Operação de Serviço é coordenar e executar atividades préestabelecias com o cliente dentro dos níveis de serviço. Para encontrar um ponto de equilíbrio a Operação de serviço, é responsável por manter prioridades conflitantes minimizando os riscos seguindo os processos, funções e atividades para entrega de serviço de acordo com estabelecido, visando que o ambiente vive em constante mudança, às vezes imprevisível. (FREITAS, 2010) A tabela 02 ilustra conflitos e risco a serem resolvidos, pelo ciclo de Operação de Serviço. Tabela 2 - Conflitos a serem resolvidos pela Operação de Serviço Tema Posições Conflitantes Visão Visualização externa do Riscos nos Extremos negócio Altos níveis de desempenho (conjunto de serviços de TI) sem saber como foram atingidos Visão interna de TI (conjunto de Não atender os requisitos de componentes de tecnologia) Comportamento Estabilidade mudanças no negócio Ignorar requisitos de mudanças no negócio Responsividade(comportamento Gastar demais em mudanças de dar resposta) Foco Foco em Custo Perder qualidade do serviço devido aos cortes pesados de custos 22 Tema Posições Conflitantes Riscos nos Extremos Foco em Qualidade Gastar muito para entregar níveis de serviço maiores do que os estritamente necessários Atuação Reatividade Não suportar a estratégia do negócio Proatividade Tendência a ajustar serviços que não problemas, estão com aumentando a taxa de mudanças. Fonte: FERNANDES (2008) A comunicação é de grande importância na Operação de Serviço, pois traz a antecipação nas atividades juntamente ao desenho e transição de serviços, diminuindo riscos a problemas inesperados. • Gerência de Incidentes – restabelece a operação de serviço em curto tempo minimizando o impacto para a organização, mantendo o nível acordado com cliente em relação a qualidade e disponibilidade; • Gerência de Eventos – gerencia o escalonamento para resolução de eventos ocorrentes na infraestrutura, para devida normalização das operações; • Cumprimento de Requisição – trata requisições de usuários que não foram geradas por um incidente, que originaram de uma solicitação de serviço ou de informação; • Gerência de Problemas – tem como objetivo prevenir que incidentes causados por falhas na infraestrutura sejam recorrentes, visando minimizar seus impactos ao negócio; • Gerência de Acesso – gerencia o controle de acessos aos usuários de acordo com seus serviços prestados, autorizando e restringindo o que for necessário. (OGC, 2007, d) 23 Para garantir que a tecnologia requerida esteja funcionando como previsto, além de seus processos e funções existem algumas atividades especializadas que são necessárias para entrega e suporte de serviços. Para FERNANDES (2008), são seguintes: • Monitoração e controle; • Operação de TI; • Gerenciamento do Mainframe; • Gerenciamento e suporte a servidores; • Gerenciamento de redes; • Armazenamento de dados; • Administração de banco de dados; • Gerenciamento de serviços de diretório; • Suporte a Desktops; • Gerenciamento de middleware; • Gerenciamento de internet/Web; • Gerenciamento de facilidades e Data Centers etc. Para uma efetiva implementação de processos da Operação de Serviços, é importante começar pelo gerenciamento de mudanças no ambiente atual e gerenciamento de projetos para apresentação de melhoria na infraestrutura ou nos processos. Levando em consideração a alocação de colaboradores, avaliando e gerenciando riscos da operação nos níveis de desenho e transição como boas práticas. Existem várias ferramentas de tecnologia que apóiam a Operação de Serviço, tais como (FERNANDES, 2008): • Ferramentas de autoajuda para usuários (para minimizar a quantidade de eventos); • Sistema de gerenciamento da configuração integrada, permitindo que todos os itens de configuração fiquem armazenados juntamente com seus atributos relevantes em uma localidade centralizada; 24 • Controle remoto de estações; • Ferramentas de diagnósticos; • Elaboração de relatórios e dashboards de indicadores. Nas seguintes seções, será abordada cada uma das funções específicas do livro de Operação de Serviço da ITIL V3. 2.2.2 Central de Serviços Freitas (2010, p. 290) define Central de Serviços como: Central de serviços, também conhecido como Service-Desk, é uma função dentro de TI que tem como objetivo ser ponto único de contato para os usuários de TI e restaurar a operação normal dos serviços assim que possível. Na Central de Serviço, a proposta é que sejam separadas as equipes de operações, de suporte ao usuário, de resolução dos problemas, e do desenvolvimento, separado-os por níveis de atendimento. Dentro das organizações que estendem seu trabalho até o suporte ao usuário, tendo área específica, traz grandes vantagens, propondo mais agilidade e qualidade com eficiência, não interrompendo o trabalho dos especialistas com chamadas diretas dos usuários. Segundo Freitas (2010), a Central de Serviços é responsável pela abertura dos chamados, acompanhamento e escalonamento dos incidentes para os demais níveis de suporte e não é um processo e sim uma função. Função é uma equipe ou grupo de pessoas e ferramentas que são utilizados para conduzir um ou mais processos de atividade. Sendo assim a Central de Serviços executa as atividades do processo de Gerenciamento de incidentes e Cumprimento de Requisição em primeiro nível. Quando um usuário solicita uma informação sobre um serviço e esta informação é de conhecimento da equipe da Central de Serviços ou está disponível no Sistema de Gerenciamento do Conhecimento, a Central de serviço pode atender essa solicitação sem a necessidade de escalonar a Solicitação de informação. Nesse caso, diz-se que a Central Serviço agiu como primeiro nível de atendimento. 25 Caso a Central de Serviços não tenha conhecimentos ou permissões para atender determinada Solicitação de Serviço ou Incidente, então as solicitações ou incidentes são escalados para as equipes competentes (Gerenciamento de Incidentes ou Cumprimento de Requisição). 2.2.2.1 Modelos de Centrais de Serviços • Central de Serviços Local – Tipicamente as organizações criam suporte local para atender necessidades de negócios, geralmente refere-se a organizações que não possuem filiais ou que tenha mais de uma filial e que existe uma central em cada. • Central de Serviços Centralizada – Uma unidade física central que recebe chamados de usuários de várias localidades de filial diferente a partir de uma única central. • Central de Serviços Virtual – pode estar localizada e ser acessada em qualquer ponto do mundo. Atendido por provedor de serviço externo, tais como acesso remoto. • Central de serviço ‘’Siga o Sol’’(follow the sun) – utilizada por organizações multinacionais que necessitam de suporte continuo, 24 horas por dia. (FREITAS, 2010) 2.2.2.2 Formas de contato do service desk As principais formas de contato com Help Desk são por telefone, email, chat, abertura de registro na própria ferramenta de registro de incidentes ou até através de contato pessoal. O que não é aceito pelas boas práticas é que o atendimento seja realizado sem o devido registro no sistema, para levantamento de estimativas, possíveis tomada de decisões e armazenamento de informações para agilizar os atendimentos e agregar valor ao serviço prestado. Tendo como objetivo a minimização do impacto de falhas e a restauração do serviço rápido, mesmo necessitando que o registro do incidente seja feito posteriormente, levando em consideração as políticas de atendimento definidas pelo gerente. 26 Com responsabilidade pelo gerenciamento do ciclo de vida dos incidentes e solicitações de serviços, com informações de requisições de TI, avaliação de satisfação do usuário em relação à solução dada aos incidentes e problemas, levando em consideração os seguintes fatores para decisão de modelo da central de serviços: • Expectativa dos clientes dos serviços; • Requerimento do negócio; • Tamanho e complexidade da estrutura de TI e do Catálogo de Serviços; • Número de usuários suportados; • Diferenças culturais e de linguagem; • Nível de conhecimento das equipes; • Tipo de infraestrutura requerida para a Central de Serviços como telefone, vídeo, atendimento presencial, acesso remoto ou outro recurso necessário; • Processos e procedimentos em uso; • Padrões e uso dos Serviços; 2.2.2.3 Responsabilidades da função Central de Serviço Segundo Freitas (2010), dentro de Central de Serviços existem vários papéis e responsabilidades a serem exercidos, sendo eles: Gerente da Central de Serviço • Gerenciar atividades da central de serviços; • Decidir sobre os procedimentos de escalações hierárquicas necessárias; • Gerenciar o relacionamento com os usuários em relação à Central de serviços; • Fornecer relatórios gerenciais sobre operação da central de serviços; • Definir papéis e responsabilidade do Ciclo de Vida das Solicitações de Serviços e Incidentes; Supervisor da Central de Serviços • Garantir a manutenção do conhecimento das equipes; • Supervisionar a equipe da Central de Serviços; 27 • Agir como mediador em situações de necessidade de escalação hierárquica; • Produzir estatísticas e relatórios da operação da Central de Serviços; • Conduzir reuniões com as equipes da Central de Serviços; • Auxiliar os Analistas da central de serviços quando o volume de solicitações e incidentes for alto ou quando é necessário um nível de experiência maior; Analistas da Central de Serviços • Equipe que efetivamente atende as solicitações de serviços e incidentes em primeiro nível; Superusuário • Usuários das áreas de negócio que agem como pontos focais para dúvidas básicas sobre os Serviços de TI, participam do planejamento de novos Serviços de TI para a sua área e podem conduzir treinamentos internos. (FREITAS, 2010) 2.2.3 Gerenciamento Técnico Tem como função principal, gerenciar os conhecimentos dos recursos humanos envolvidos no ciclo de vida dos serviços, que estejam adequados e utilizando-os da melhor forma com efetividade, gerenciando os componentes e os serviços de TI atendendo a expectativa do negócio. Acompanhando a competências dos profissionais, atuais e o molde necessário para chegar ao nível desejado, para avaliação no gerenciamento, sendo possível, assim, garantir que estão sendo bem utilizados pela empresa, tendo as habilidades requeridas e conhecimentos necessários para execução de suas atividades. 2.2.3.1 Questões a serem respondidas Segundo Freitas (2010), existem algumas questões importantes a serem respondidas para o devido gerenciamento técnico: • Quais são as competências requeridas para o Serviço de TI? 28 • Temos essas competências atualmente? • Podemos capacitar os recursos internos ou teremos que contratar? • Qual é a relação de custo e benefício entre capacitar internamente ou contratar? • Como garantir que os recursos certos estão sendo utilizados nas atividades certas? 2.2.3.2 Atividades do Gerenciamento Técnico • Medir e levantar, identificando os conhecimentos atuais, desejados e necessários para a gestão dos serviços. • Levantar documentação garantindo que haja conhecimentos, e/ou planos para desenvolvimento do mesmo. • Gerir, desenvolver e registrar programas de treinamento e expansão do conhecimento técnico necessário. • Montar um esquema de desenho para disposição de treinamento para usuários dos serviços, central de serviços e grupos interessados. • Utilizar a gestão de RH (Recursos Humanos), para seleção de recursos com conhecimentos que não podem ser desenvolvidos internamente. • Fazer a pesquisa de mercado para auxiliar em novas soluções para o portfólio de serviços. • Iniciar a contribuição de desenho para arquiteturas e serviços novos. • Gerenciar documentações, garantindo que as mesmas estejam completas e atualizadas sempre, com acesso e conhecimento dos técnicos. • Identificar os custos de tecnologia e recursos humanos de TI para uma gestão financeira. • Se envolver no ciclo de vida dos serviços de TI para possíveis definições no desenho e implementação. 29 2.2.3.3 Responsabilidades da Função de Gerenciamento Técnico Segundo Freitas (2010), dentro de Gerenciamento Técnico existem vários papéis e responsabilidades a serem exercidos, sendo eles: Gerente Técnico ou Gerente de Equipe • Liderar e controlar as equipes técnicas; • Prover conhecimento técnico para a equipe técnica; • Reportar necessidades técnicas de suas equipes técnicas. Arquitetos Técnicos • Liderar e controlar as equipes técnicas; • Auxiliar o Gerente de Aplicação e outros Arquitetos Técnicos a determinar as necessidades técnicas para atender os requerimentos dos Serviços de TI; • Manter o conhecimento técnico da equipe; • Realizar a análise de custo benefício para auxiliar a tomada de decisão sobre a melhor forma de atender os requerimentos técnicos; • Garantir que os recursos estejam sendo utilizados da melhor forma. Operador Técnico • Profissionais alocados nas atividades do dia a dia da Operação de Serviços de TI como Analistas de Incidentes e Analistas de Problemas. 2.2.4 Gerenciamento da Operação de TI É responsável por gerenciar o dia a dia da manutenção e infraestrutura de TI de uma organização para garantir a entrega dos níveis de serviço acordados com o negócio. Tendo que: • Manter o padrão de qualidade para atingir a estabilidade dos processos e atividades contínua da organização; 30 • Propor melhorias para alcançar a melhoria do serviço a um custo justificado; • Utilizar habilidades operacionais para diagnosticar e resolver falha na operação de TI. Objetivando o gerenciamento das atividades que não estão diretamente ligadas a um projeto de TI ou a uma Solicitação ou Incidente, que somente realize as atividades necessárias de coleta de informações e análises, atividades estas que são padrão de TI e não necessitam mais de requisições para o início da sua execução. (FREITAS, 2010) 2.2.4.1 Atividades do Gerenciamento da Operação de TI Consiste em duas subatividades: • Controle de Operações: monitora a execução das atividades operacionais como eventos na infraestrutura de TI, compondo-se de uma equipe bem formada com profissionais capacitados. • Gerenciamento das Instalações: é a parte física de um ambiente de TI, Datacenters, sites de contingência e infraestrutura de terceiros. 2.2.4.2 Responsabilidades da Função Gerenciamento da Operação de TI Segundo Freitas (2010), dentro de Gerenciamento da Operação de TI existem vários papéis e responsabilidade a serem exercidos, sendo eles: Gerente da Operação de TI • Gerenciar a execução das atividades operacionais de TI; • Reportar as necessidades da Operação de TI. 31 Líder de Turno • Responsável pelo controle da execução das atividades dentro de um turno específico; • Interagir com outros líderes de turno para garantir a continuidade e consistência das atividades durante a troca de turnos; • Gerenciar os Analistas de Operação de TI; Analista de Operação de TI • Operador de TI sênior que auxilia na determinação da melhor maneira de realização das atividades da Operação de TI; Operadores de TI • Executam as atividades Operacionais de TI; 2.2.5 Gerenciamento de Aplicações Prima pela alocação adequada dos recursos humanos e seus conhecimentos, utilizado-os de maneira correta e efetiva para gerenciar as aplicações de TI e que atendam ao negócio. Segundo Freitas (2010), se as aplicações forem contratadas de Fornecedores, o Gerenciamento de Aplicações deve auxiliar no detalhamento de requisitos sobre: • Dimensionamento e planejamento de capacidade das aplicações; • Identificação de custos de operação da aplicação; • Requerimentos de Segurança da Informação das aplicações; • Requerimento de integração com outras aplicações, se necessário; • Estimativa de custos de integração ou customização das aplicações; • Identificação de conhecimentos necessários para suportar a aplicação; • Requerimentos de acesso e administração. 32 2.2.5.1 Atividades do Gerenciamento de Aplicações • Definição de requerimentos: atividade destinada a levantar tudo que se faz necessário para novas aplicações de acordo com a necessidade do negócio. Segundo Freitas (2010), existem seis tipos de requerimentos para uma aplicação, são eles: 1- Requerimentos Funcionais: relativo às funções de negócio atendidas; 2- Requerimento de Manutenção: relativo à disponibilidade, segurança da informação e gerenciabilidade da operação; 3- Requerimentos de Usabilidade: relativos a facilidades de uso das aplicações; 4- Requerimento de Arquitetura: relativo à análise da necessidade de mudanças na arquitetura de TI; 5- Requerimento de Interface: relativo à dependência de funcionalidade de negócio que requeiram integrações entre aplicações já existentes e a nova aplicação; 6- Requerimentos de Nível de Serviço: relativos à especificação dos níveis de serviços requeridos pelo negócio para o desempenho e qualidade das aplicações. • Desenho das especificações: desenho dos requerimentos especificando a aplicação, arquitetura do ambiente que será rodado. • Construção do Software: construção e testes da aplicação. • Implantação de Software: é o período em que a aplicação é migrada para produção utilizando-se do Gerenciamento de Liberações e Implantação. Realizando os devido teste, para que haja concordância com que foi acordado com cliente. • Operação de Software: utilização da aplicação para monitorar os níveis de serviço acordados e todas as ações a serem tomadas pela equipe para resoluções de problemas/incidentes ou solicitações. 33 • Otimização do Software: busca realizar análise ou levantamento de informações para medição do desempenho da aplicação para possíveis melhorias. 2.2.5.2 Responsabilidade da Função Gerenciamento de Aplicações Segundo Freitas (2010), dentro de Gerenciamento de Aplicações existem vários papéis e responsabilidade a serem exercidos, sendo eles: Gerente de aplicação • Gerenciar e liderar as equipes de Aplicações; • Prover conhecimento técnico para as equipes sobre as aplicações; • Garantir treinamento necessário para manter as aplicações; • Envolver os clientes e usuários nas questões relativas a requerimentos e desempenho das aplicações. Arquiteto de Aplicações • Auxiliar o Gerenciamento Técnico a determinar os requerimentos técnicos necessários para que as aplicações atendam aos requerimentos do negócio; • Desenvolver o modelo operacional para garantir o uso otimizado dos recursos do Gerenciamento de Aplicações; • Desenvolver os requerimentos de testes junto com o ciclo de Transição de Serviço para garantir que os requerimentos sejam atendidos. 2.3 Níveis de maturidade da Gestão de Serviços de TI – PMF No ITIL V3, existe uma estrutura de execução com avaliação de maturidade por meio do PMF - Process Maturity Framework, essa estrutura permite uma avaliação rápida e eficiente sobre as demandas e os impactos das mesmas nos fluxos de negócio. (OGC, 2007b). Neste framework, pode-se realizar uma avaliação mais detalhada de cada um dos processos de Gerenciamento de Serviços, também utilizado para medir a maturidade do processo de Gerenciamento de Serviço como um todo. Esta 34 abordagem de maturidade tem sido amplamente utilizada na indústria de TI nos últimos de anos, com muitos modelos proprietários e por várias organizações. Esta estrutura de avaliação de maturidade foi desenvolvida principalmente para trazer uma prática comum, melhor abordagem para a revisão e avaliação do processo de Gestão Maturidade de Serviços. Para uso do framework PMF, é necessário apreciar o modelo de crescimento da organização, pois a maturidade dos processos de Gerenciamento de Serviços é ligado diretamente ao estágio de crescimento organizacional. Segundo OGC (2007) APUD Silva (2011): O nível de maturidade de cada processo é obtido por meio de avaliação em cinco áreas de: • Visão e Direcionamento – objetivos e metas da TI em relação à realização de estratégias; sentido total como se relaciona com o papel e a posição da TI dentro da organização; • Processos – procedimentos necessários para alcançar as metas e os objetivos; • Pessoas – competências e potencialidades necessárias à realização de processos; • Tecnologia – infraestrutura de suporte para permitir que os processos sejam realizados; • Cultura – comportamentos e atitudes requeridas em relação ao papel da TI dentro da organização. De acordo com OGC (2007) APUD SILVA (2011), os níveis de maturidade do ITIL abordado pelo PMF, têm focos distintos de acordo com o nível, como mostrado na tabela 3 abaixo: 35 Tabela 3 - Foco dos níveis de maturidade Foco Comentários Nível PMF 1 Inicial Tecnologia Voltada pra ferramentas 2 Repetido Produtos/Serviços Processos Operacionais 3 Definido Clientes Gestão voltada para Nível de Serviço 4 Gerenciado Negocio TI e negócio alinhadas 5 Otimizado Atividade Agrupada Completa integração entre TI e negócio Fonte: OGC (2007) APUD (SILVA, 2011) São descritos no livro Desenho de Serviço do ITIL 3 as características de cada nível do PMF, sendo agrupadas por nível de maturidade e áreas de aferição (OGC,2007b, p. 393–7).Segue abaixo as características e seus respectivos níveis de maturidade: Nível Tabela 4 - Nível de maturidade segundo PMF Área Característica Visão Processo • • • • 1 Inicial • 2 Repetido Nível Fundos e recursos mínimos, com pouca atividade. Resultados temporários e não mantidos. Feedback e opiniões esporádicos. Processos pobremente definidos e procedimentos, usados de forma reativa quando ocorrem problemas. Processos totalmente reativos, irregulares e atividades não planejadas. Pessoas • Papéis e responsabilidades pobremente definidos. Tecnologia • Processos manuais ou pouco especificados com uso de poucas ferramentas em alguns setores. Cultura • Ferramenta e base tecnológicas orientada fortemente com foco em atividades. Área Característica Visão • • • Sem objetivos claros ou metas formais Fundos e recursos disponíveis Atividades, feedbacks e geração de relatórios irregulares e não planejados Processo • • • Processos e procedimentos definidos Processo em grande parte reativo Atividades irregulares e não planejadas Pessoas • Papéis e responsabilidades autossuficientes Tecnologia • • Muitas ferramentas pontuais, mas com falta de controle. Dados armazenados em locais separados Cultura • Conduzidos com base em produtos e serviços 36 3 Definido Nível Área Característica Visão • • • • Objetivos e Metas acordados formalmente Planos formalmente publicados, monitorados e revistos. Recursos apropriados bem financiados Relatórios e opiniões regulares e planejados Processo • • • • Processos e procedimentos claramente definidos divulgados Atividades regulares planejadas Boa documentação Ocasionalmente processos pró–ativos Pessoas • • • Papéis e responsabilidades claramente definidos e acordados Objetivos e metas formais Plano de Treinamento de processo formalizado Tecnologia • Coleta de dados contínua com alarme e monitoração de limites (threshold) Dados consolidados acumulados e usados para o planejamento formal, previsão e tendências. • Cultura 4 Gerenciado Nível Nível Área • Processo • • • • • • Pessoas • • • Tecnologia • Cultura • Área Direção clara com os objetivos de negócio, objetivos e metas formais, medição de progresso. Relatórios de gestão eficaz ativamente usada Processo integrado aos planos de negócios e de TI Melhorias regulares, planejada e revisada. Processos bem definidos, procedimentos e padrões incluídos em todas as descrições de trabalho da equipe de TI. Interfaces e dependências do processo claramente definidos Gerenciamento de Serviços integrados e sistema de desenvolvimento de processos Processo pró–ativo Interprocessos e intraprocessos trabalhados em equipe Responsabilidades claramente definidas em todas as descrições de serviços de TI Medição de monitorizarão contínua, com feedback e relatórios de limite (threshold) para um conjunto centralizado de ferramentas integradas, bancos de dados e processos Gestão do negócio com foco no entendimento das questões mais amplas Característica • • • Processo Serviço orientado ao cliente com abordagem formalizada Característica Visão Visão 5 Otimizado • e bem • • Planos estratégicos integrados indissoluvelmente com os planos de negócios, metas e objetivos. Monitoramento contínuo, medição, elaboração de relatórios de alertas e opiniões ligadas a um processo contínuo de melhoria. Revisões periódicas ou auditorias de eficácia, eficiência e observância os normativos (compliance). Processos bem definidos e procedimentos como parte da cultura corporativa Processo pró–ativo e preventivo 37 Pessoas • • Tecnologia • Cultura • • Objetivos de negócios alinhados e metas formais ativamente monitorados, como parte da atividade cotidiana. Papéis e responsabilidades como parte de uma cultura corporativa geral Ferramenta bem documentada, com arquitetura global e completa integração em todas as áreas de pessoas, processos e tecnologia. Atitude de melhoria contínua, juntamente com uma estratégia com foco do negócio. Uma compreensão do valor da TI para o negócio e seu papel dentro da cadeia de valor do negócio Fonte: OGC(2007) APUD (SILVA, 2011) Para iniciar a implantação da GTI na organização utilizando o ITIL, com análise e aprimoramento do ambiente de TI, seria necessário levantar informações em 3 visões: Objetivos do negócio: composta pela visão conjunta do negócio e a TI, descrevendo claramente os objetivos a implementar. Avaliação atual: a direção do negócio e o investimento são disseminados e entendidos o suficiente pelo grupo, com uma visão realista do nível de maturidade e a função de TI. Avaliação desejada: os objetivos de onde se pretende chegar são mensuráveis e existe uma determinação de como chegará até ele com as melhorias dos processos. Para análise destas áreas foram utilizadas as práticas consolidadas para GTI, relacionadas aos aspectos de: • Governança corporativa; • Alinhamento estratégico; • Processo de decisão; • Administração de TI; • GTI. Descritas por Albertin (2010). Avaliando o desempenho pelo ambiente, arranjo, consciência da governança e desempenho financeiro. WEILL (2006) Para implementação das gerencias e funções de Operação de Serviço, será feita conscientização da alta administração e dos funcionários, para que a aderência 38 e reconhecimento do ganho que será obtido sejam transparentes, bem como seus resultados. Para obtenção deste ganho a organização como um todo terá que se unir, e em primeiro lugar criar uma área responsável, com uma equipe e suas respectivas atribuições para composição do trabalho, dando o direcionamento correto para se alcançar os objetivos mensurados, com controle e gerenciamento. Com a implementação das gerencias e funções do livro de Operação de Serviços, a organização terá um ganho em sua prestação de serviço, otimizando suas rotinas e buscando cada vez mais a satisfação do cliente. 39 3. BUSCA PELA EXCELÊNCIA EM CENTRAL DE SERVIÇOS DE TI; UTILIZANDO AS 4 FUNÇÕES DO LIVRO DE OPERAÇÃO DE SERVIÇOS DO FRAMEWORK ITIL V3 3.1 Análise da Instituição XPTO Informática é uma empresa privada nacional, sediada em Brasília, desde 1989, conquista clientes com soluções definitivas, utilizando sempre o que há de mais moderno em tecnologia de sistemas de informação. Líder de mercado no segmento em desenvolvimento de Software para conselhos de profissões. Com portfólio composto de 13 produtos desenvolvidos de forma totalmente integrada, á procura de satisfazer as necessidades de automação das áreas de diversos conselhos. Hoje, a empresa atende há mais de 400 Conselhos e mantém uma estreita relação com os clientes. O fruto desta parceria é a constante elevação da qualidade dos serviços prestados. 3.1.1 Empresa A empresa é composta por três diretores executivos e um gerente geral que coordena os negócios, com o objetivo de garantir a criação de valor e concretização das metas organizacionais, conduzindo as dimensões corporativas e promovendo a integração das unidades de negócio, que por sua vez é composta por uma equipe de profissionais que atuam nas áreas administrativas, desenvolvimento, atendimento e homologação de sistemas. Visando assegurar o alinhamento permanente das estratégias de negócio e a TI. As atividades da XPTO junto aos Conselhos se constituem principalmente da comercialização de seus sistemas e dos serviços de suporte técnico, atualização e melhoria permanente desses sistemas. 40 Direção Gerência Geral Gerência Atendimento 3 Coordenadores Gerência Administrativa / Comercial 3 Analistas de Negócios 1 Gerente 1 Secretária 1 Auxiliar adm. Gerência Desenvolvimento 3 Coordenadores Gerência Infra-Estrutura 2 Administradores de Rede 12 Analistas prog. 3 Analistas de testes 11 Analistas de suporte Figura 2 - Estrutura Organizacional 3.2 Diagnóstico da Governança em TI na empresa Na empresa XPTO, existe um sistema de gestão, uma estratégia tática e operacional ligada à governança, elaborada por funcionários sendo acompanhado pelo gerente geral. Faz parte da estratégia da XPTO, a manutenção de uma única versão para cada um dos sistemas, de tal forma que os custos com as melhorias, suporte, treinamento etc., são rateados pelos clientes, tornando-se um grande aliado para oferecer soluções a preços inferiores aos praticados pelas organizações que desenvolvem sistemas por demanda. Sob o aspecto técnico, o conjunto de soluções oferecido pela XPTO, se constitui em um único sistema, o qual se enquadra perfeitamente na categoria de Enterprise Resource Planning - ERP – Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, porém voltado às características dos Conselhos de Profissões. Outro aspecto relevante em relação às estratégias é o fato da busca constante de metodologias e recursos tecnológicos que constituem os padrões de mercado. Isso simplifica o processo decisório dos Conselhos, que em sua grande maioria, não pretende dispor de recursos para avaliações técnicas que não justifiquem seus 41 próprios benefícios. A estrutura da empresa busca favorecer a racionalização das atividades e do processo decisório, de forma a possibilitar a flexibilidade necessária para melhor atender aos clientes com custos compatíveis. O interesse de implementação da Governança em Tecnologia da Informação (GTI) na organização, se deu devido às inúmeras necessidades de gerenciamento e controle ao atender demandas corporativas e da unidade de negócio de forma padronizada e estruturada. Pois, embora as solicitações devam ser registradas formalmente, as solicitações informais ainda estão muito presentes, também provendo uma divisão de tarefas e responsabilidades, dentre outras melhorias. Visto que, atualmente não existe uma governança de TI formalizada na organização, sendo somente adaptadas algumas rotinas de boas práticas para melhoria do serviço rotineiro. Foi detectado em conversa informal com Gerente Geral, que o processo de implantação da GTI sempre é iniciado, mas, nunca é dada continuidade e fica desatualizado. Por ser uma empresa que trabalha com a quantidade de profissionais limitados, existe um sério problema em alocar um funcionário responsável por gerenciar o projeto de adoção da GTI, pois surgem prioridades com maior impacto inicial ou até mesmo projetos do qual é necessário fazer o remanejamento de pessoal, deixando as implementações de governança parada e/ou em segundo plano, sendo descontinuada. Esta prática resulta em prejuízos para a empresa devido a grande fonte de receita ser proveniente de contratos licitatórios, onde os contratos são precedidos por uma serie de exigências e recomendações mínimas para aprovação. Diante deste cenário, torna-se imprescindível a implantação da GTI. E que mesmo com a grande busca por aperfeiçoar seus processos, minimizar falhas e aumentar o nível de satisfação do cliente com respostas rápidas e eficazes, a implementação de GTI é complexa, finaliza assim o Gerente Geral da Organização. 3.2.1 Cenário atual junto a Central de Serviços Para levantamento das informações junto a Central de Serviços foi realizado uma pesquisa na forma de um questionário, respondido pelo coordenador do 42 atendimento, onde é possível ter a percepção de como está o cenário da Central de Serviço quanto às melhores práticas do mercado. Atualmente, no cenário da Central de serviços, as rotinas são realizadas segundo orientações técnicas. Ao realizar um atendimento, existe um roteiro padrão, podendo ou não ser direcionado para outras áreas de acordo com a necessidade do cliente, mas sempre seguindo o processo desenhado de tratamento para as ocorrências. Para tratamento dos incidentes existem as rotinas pré-definidas como (MAGALHÃES, 2007): • Analisar as chamadas, detecção e registro dos incidentes: • Classificação; • Suporte primeiro nível; • Pesquisa da causa; • Diagnostico da solução; • Resolução e recuperação do serviço de TI; • Encerramento; Estas rotinas, segundo o autor, podem tomar rumos diferentes dependendo do tipo de incidente e a forma de tratamento para o mesmo. Ao receber uma chamada é possível detectar a inicialização do tratamento do incidente, assim seguindo com o registro para medição e tomada de decisão. Quanto ao processo de classificação de demandas, estes não estão refinados ao ponto de realizar a categorização real das ocorrências, pois ainda não existem métodos para se levantar todas as informações necessárias de forma que se defina a causa raiz. A empresa dispõe de equipes separadas para atendimento, assim como respostas ágeis a tratamento de ocorrências mais críticas. O suporte de primeiro nível é o ponto único de contato com cliente, que fica responsável por iniciar, passar o status do andamento e finalizar a demanda. Realizando também a pesquisa da causa e diagnóstico da solução. A pesquisa da causa pode ser feita por um repositório interno da empresa, onde existem os registros de todos os incidentes e o que foi feito para solucioná-lo, assim 43 dispondo de um diagnóstico rápido ao cliente. Caso o erro ainda não seja conhecido é necessário realizar o estudo para descobrir a causa raiz do incidente. Após a resolução do incidente, repassá-lo ao cliente, recuperando o serviço de TI o mais rápido o possível para encerrar o atendimento. Existem situações que requerem mais da Central de Serviços, onde a prioridade tem que ser elencada levando em consideração o impacto causado para a continuidade do negócio dos clientes, pois atualmente a TI é de extrema importância, e em muitos casos, sendo parte estratégica para a organização. Ao finalizar o atendimento, é realizado, de forma verbal, o questionamento em relação à resolução do problema, porém não existe um controle nem gerenciamento de relatório e documentos sobre a satisfação dos usuários quanto ao atendimento e resolução da ocorrência. Quanto a um atendimento que necessite de mudança, o mesmo não é aplicado de forma correta, poucas vezes são realizados planejamento e controle para implementação. Causando grande impacto tanto nas rotinas quanto no tempo de resposta ao cliente. Já nos rotinas de acessos e permissões aos sistemas, a empresa adota políticas com controle e gerenciamento de seus serviços e sistemas, com os níveis seguros de permissões e acesso. Magalhães (2007) apresenta uma proposta de implementação de uma central de serviços em cinco etapas: • Levantamento das informações; • Definição do nível de habilidade necessário para manter o processo; • Definição da forma mais eficaz para atender á demanda; • Definição de níveis de serviço; • Gerenciamento do resultado; Para a XPTO, seguir esta proposta iria mitigar vários problemas hoje existentes, devido a empresa prestar serviços para órgãos públicos, onde são exigidos comprovação de nível técnico, habilidade e competências dos funcionários, além de vários outros pré-requisitos. 44 3.2.2 Processos Central de Serviço O atendimento possui 3 tipos de setores responsáveis pelo tratamento da ocorrência: • Nível 1: Primeiro contato com a central, onde é repassado a demanda: • Nível 2: Caso a ocorrência necessite de um tratamento mais específico. Exemplo: Banco de Dados. • Nível 3: Área de levantamento de requisitos para implementação de recursos novos ou alterações, homologação e teste. Hoje na Central de Serviço, a rotina funciona da seguinte forma: O atendimento é iniciado por uma solicitação via email ou ligação, esta solicitação é analisada, após a análise é realizada a abertura da ocorrência, sendo previamente atendida (tempo Máximo para abertura da ocorrência 4 horas), a abertura da ocorrência se dar ao registrar, escalonar, classificar e dar andamento. O atendimento da solicitação, ou seja, a análise e diagnóstico da ocorrência deve ser realizada em até 24 horas, quando a solicitação for atendida e obtiver-se de uma resolução o cliente deve ser notificando imediatamente para devida homologação e finalização, da mesma forma, caso a solicitação tenha que ser atendida por outro setor (suporte nível 2 ou desenvolvimento), o processo deve-se iniciar sempre reportando a ocorrência com descrições claras para coordenação da célula. E assim, a coordenação irá analisar como a ocorrência deve ser tratada e definir a criticidade e prazo para conclusão, seguindo o seguinte parâmetro: • Crítica e importante: até 24 horas • Grave: até 48 horas Sempre que a ocorrência for referente a erro de aplicação deve-se encaminhála ao desenvolvimento, onde será inicialmente diagnosticada e tratada para devida solução. Ao receber o tratamento a ocorrência volta para seu local de origem, que é o atendimento nível 1, para que possa ser testada juntamente com o cliente para homologação e encerramento. Caso a resolução aplicada não esteja de acordo com 45 o requerimento do cliente, é iniciado novamente todo o processo de tratamento da demanda. Lembrando que as solicitações de dúvida e problema exigem o prazo máximo de 72 horas para conclusão. 3.3 Avaliação de maturidade dos processos do ITIL Para avaliação do nível de maturidade dos processos atuais e desejados da empresa, foram utilizados os frameworks ITIL para estudo e análise de melhorias e, PMF para sua devida medição, sendo aplicado um questionário ao gestor da área de TI. Na tabela 5, são apresentadas as respostas dadas aos níveis atuais dos processos, com seus respectivos níveis desejados, ao que se pretende chegar daqui a 3 anos, a contar da data deste levantamento. Tabela 5 - Dados obtidos quanto á maturidade do ITIL Área Estratégia de Serviço Gerência de portfólio de Serviços Gerência Financeira Gerência de Demanda Geração de estratégia Desenho de Serviço Gerência do Nível de Serviço Gerência de catálogo de Serviço Gerência de Disponibilidade Gerência de Segurança da Informação Gerência de Fornecedor Gerência de Capacidade Gerência de Continuidade do Serviço de TI Transição de Serviço Planejamento e Suporte de Transição Gerência de Liberação e Implantação Validação e Teste de Serviços Gerenciamento de Avaliação Gerenciamento de Mudança Gerenciamento de Configuração de ativo de Serviço Atual Desejado VI PO PE TE CT VI PO PE TE CT 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 4 4 1 3 3 1 4 4 4 1 3 3 1 4 4 4 2 3 3 2 4 4 4 1 3 3 3 4 4 4 1 3 3 3 5 5 5 3 4 4 3 5 5 5 3 4 4 3 5 5 5 3 4 4 3 5 5 5 3 4 4 4 5 5 5 3 4 4 4 2 3 3 3 2 2 2 3 3 3 2 2 2 3 3 3 2 2 2 3 3 3 2 2 2 3 3 3 2 2 3 4 4 4 4 4 3 4 4 4 4 4 3 4 4 4 4 4 3 4 4 4 4 4 3 4 4 4 4 4 46 Área Gerenciamento do Conhecimento Operação de Serviço Gerência de Incidentes Gerência de Eventos Cumprimento de Requisição Gerência de Problema Gerência de Acesso Melhoria Continuada Processo de Melhoria Continuada Medição de Serviço Relatório de Serviços Atual Desejado VI PO PE TE CT VI PO PE TE CT 1 1 1 1 1 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 4 5 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 Fonte: questionário aplicado na XPTO em maio/2012 Legenda: VI - Visão; PO - Processo; PE -Pessoa; TE - Tecnologia e CT -Cultura. 1- Inicial; 2- Repetido; 3- Definido; 4- Gerenciado; 5- Otimizado. Como demonstra a tabela 5 de níveis de maturidade, os processos de Estratégia de Serviços estão definidos e gerenciados. A proposta é que em 1 ano seja alcançado um nível posterior, com trabalhos intensos e constantes para obtenção da melhoria. De acordo com PMF, este níveis são descritos com objetivos e metas acordados formalmente, monitoradas e revistas, relatórios planejados. Processos e responsabilidade claramente definidos, boa documentação com processos ocasionalmente pró-ativos. Monitoração de dados e serviço orientado ao cliente, isso para as gerências definidas. Em caso de nível Gerenciado, a direção clara de sobre os objetivos e metas, relatórios eficazes, melhorias regulares, planejada e revisada. Processos e responsabilidades bem definidos com descrições de trabalho da equipe de TI clara e processo pró-ativo. Medição e monitoração continuas. Nos processos de Desenho de Serviço, os níveis estão bem dispersos, sendo que ao realizar o levantamento o gestor afirmou não colocar metas inalcançáveis, devido a grande mudança de cultura. Então, foi visualizada a idéia, colocar como 47 meta níveis que podem ser tratados de acordo com a realidade da empresa, onde seria realmente possível alcançar e criar expectativas reais para o dia a dia. Na Transição de Serviços, os níveis de maturidade das gerências encontram-se em maior parte como “Definido”, com planos formalmente publicados, monitorados e revistos, recursos apropriados bem financiados, relatórios e opiniões regulares e planejados, processos e procedimentos claramente definidos e bem divulgados, atividades regulares planejadas, boa documentação, ocasionalmente processos pró–ativos, papéis e responsabilidades claramente definidos e acordados, objetivos e metas formais, plano de treinamento de processo formalizado, coleta de dados contínua com alarme e monitoração de limites, dados consolidados acumulados e usados para o planejamento formal, previsão e tendências e serviço orientado ao cliente com abordagem formalizada. Já na Operação de Serviço, que é o ponto chave deste estudo, os níveis estão entre definido e gerenciado, sendo previsto que fique entre o nível gerenciado e otimizado, para aumentar o nível de satisfação do cliente. De acordo com PMF estes níveis são descritos como com objetivos e metas acordados formalmente, monitoradas e revistas, relatórios planejados. Processos e responsabilidade claramente definidos, boa documentação com processos ocasionalmente próativos. Monitoração de dados e serviço orientado ao cliente, isso para as gerências definidas. Em caso de nível Gerenciado a direção clara de sobre os objetivos e metas, relatórios eficazes, melhorias regulares, planejada e revisada. Processos e responsabilidades bem definidos com descrições de trabalho da equipe de TI clara e processo pró-ativo. Medição e monitoração contínua. Quanto a Melhoria de Serviço Continuada, o nível é gerenciado que é descrito pelo PMF com a direção clara de sobre os objetivos e metas, relatórios eficazes, melhorias regulares, planejada e revisada. Processos e responsabilidades bem definidos com descrições de trabalho da equipe de TI clara e processo pró-ativo. Medição e monitoração contínua, podendo alcançar o melhor nível que é o otimizado, estabelecido como meta para implementação das melhores práticas. 3.3.1 Avaliação específica das 4 Funções do Livro Operação de Serviços Para devida avaliação dos níveis atuais e desejados das 4 funções de Operação de Serviço na empresa, os frameworks adotados foram, ITIL para estudo 48 e análise de melhorias e PMF para medição, para chegar aos resultados o gestor da área respondeu questionário. Na tabela 6, serão apresentadas as respostas dadas aos níveis atuais dos processos com os respectivos níveis desejados para daqui a 8 (oito) meses a contar da data deste levantamento. Tabela 6 - Dados obtidos quanto á maturidade da ITIL Área Funções de Operação de Serviço Central de Serviços Gerenciamento Técnico Gerenciamento de Aplicações Gerenciamento de Operação de TI VI Atual PE TE PO 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 CT 4 4 4 4 4 Desejado PO PE TE CT VI 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 Fonte: questionário aplicado na XPTO em maio/2012. Legenda: VI - Visão; PO - Processo; PE -Pessoa; TE - Tecnologia e CT -Cultura. 1- Inicial; 2- Repetido; 3- Definido; 4- Gerenciado; 5- Otimizado. Com este questionário e todo acompanhamento feito na empresa XPTO, podese notar que este levantamento não condiz com a realidade da empresa em questão. Os níveis estão muito otimistas, porém faz-se necessário uma análise dos dados repassados para cada função do Livro Operação de Serviço. E para que a proposta de implementação não seja impactada pela falta de informação, será proposto ao projeto um novo levantamento condizente com informações fidedignas para obter êxito. Como a tabela 6 demonstra, no quesito Central de serviços, segundo o gestor da área, a empresa está em nível considerável, com suas funções hoje gerenciadas, e deseja daqui 8 (oito) meses estar com elas otimizadas. As 4 (quatro) funções que foram avaliadas encontram–se no nível 4 (gerenciado). Este nível de serviço caracteriza estas funções como: 49 Direção clara, objetivos e metas formais, medição de progresso a partir de relatórios de gestão eficazes ativamente utilizados. Os processos são proativos e integrados aos planos de negócio e de TI com melhorias regulares, planejadas e revisadas. Uma vez que são bem definidos, há procedimentos e padrões incluídos em todas as descrições de trabalho da equipe de TI com interfaces e dependências do processo claramente definidos. As responsabilidades são claramente definidas em todas as descrições de serviços de TI com medição de monitorizarão contínua, com feedbacks e relatórios de limite para um conjunto centralizado de ferramentas integradas, bancos de dados e processos. Por fim a gestão do negócio tem foco no entendimento das questões mais amplas. Com capacidade de responder rapidamente às questões de reclamações e problemas dos usuários, de forma a permitir que os serviços sejam executados com o grau de qualidade esperado. Indica também que as equipes possuam experiência e conhecimentos técnicos especializados para suportar a operação. (OGC, 2007b). Tendo como perspectiva atingir o nível 5 (Otimizado), caracterizado como: Planos estratégicos integrados indissoluvelmente com os planos do negócio, metas e objetivos. Monitoramento contínuo, medição, elaboração de relatórios de alertas e opiniões ligadas a um processo contínuo de melhoria. Revisões periódicas ou auditorias de eficácia, eficiência e observância os normativos. Processos bem definidos e procedimentos como parte da cultura corporativa pró-ativa e preventiva. Objetivos de negócios alinhados e metas formais ativamente monitoradas, como parte da atividade cotidiana. Ferramenta bem documentada, com arquitetura global e completa integração em todas as áreas de pessoas, processos e tecnologia. Atitude de melhoria contínua, juntamente com uma estratégia com foco do negócio. Uma compreensão do valor da TI para o negócio e seu papel dentro da cadeia de valor do negócio. (OGC, 2007b.) 3.3.1.1 Central de serviços Com as informações é possível perceber pontos que ainda são ajustáveis, como nos processos e operações para adquirir habilidade e rapidez na resposta ao cliente, com apenas um repositório de dados e possibilidade de pesquisa de informação. Criação de um grupo sólido de atendimento que não venha ter grande rotatividade, 50 assim a gestão do conhecimento fica mais eficaz, viabilizando a disseminação das informações, com objetivos e metas claros, de forma que não haja ruído na comunicação, causando um retardamento da rotina predefinida. Explorar as potencialidades de cada perfil para atendimentos específicos, para obtenção de ganho em produtividade. E dispor de equipamentos novos e com mais capacidade para a agilidade do atendimento. 3.3.1.2 Gerenciamento Técnico Com análise de maturidade é possível perceber pontos para ajuste, como conferir se as utilizações dos recursos estão de acordo com objetivos e metas da organização, buscando unificação e especialização. Os processos estão bem desenhados de forma com quem os novos conhecimentos são passados frequentemente em reuniões para unificar o conhecimento. De acordo com perfil que é moldado, separar qual tipo de informação é pertinente a cada grupo de conhecimento. Para capacitação de novos recursos seria necessário à disponibilização de ferramentas e equipamentos para acompanhamento e captação de dados. 3.3.1.3 Gerenciamento Operação de TI Processos bem definidos, porém a criticidade de atendimento de demanda pode ser melhorada, com a organização de forma a otimizar os atendimento, com presteza. Mantendo o padrão de qualidade para atingir a estabilidade dos processos e atividades contínuas da organização, propondo melhorias para alcançar a melhoria do serviço a custo justificado, utilizando habilidades operacionais para diagnosticar e resolver qualquer falha na operação de TI. 3.3.1.4 Gerenciamento de Aplicações Processos proativos, equipe pronto atendimento com competências e habilidades, ajustes a serem feitos em algumas ferramentas de apoio, como automatização de todos os processos existentes dentro da Central de Serviços. Sendo envolvido por todo ciclo de vida dos serviços. 51 3.4 Diagnóstico Atual Quanto à visualização da Central de Serviços, detectou-se que mesmo com toda a grande influência das melhores práticas, não é realizado o controle nem monitoramento quanto aos prazos e nem satisfação do cliente, percebendo-se que pode ser um ponto de melhoria para gerar valor ao negócio e aos serviços prestados. Uma das falhas obtidas a partir da análise do questionário são as tendências dos componentes de TI e estudos relacionados a soluções definitivas para os principais problemas, recorrentes e reportados pelo usuário. Como solução pode ser criada um departamento específico ou pessoas com habilidades para solução da causa-raiz do problema e um repositório com os erros conhecidos e suas soluções. Com a ferramenta CRM é possível realizar o trabalho de levantamento das informações para o estudo, porém a empresa alega não ter recurso e nem tempo para esta rotina. Outro ponto que foi observado para possível melhoria nas rotinas da central de serviços atualmente, é que ao gerar uma solicitação de mudança não se tem um processo elaborado para a criação de uma RDM (Requisição de Mudança), correndo o risco de acontecer algum problema sem que seja prevenido, trazendo assim, possíveis transtornos na operação do serviço por tratar-se de uma atividade que não existe controle. Uma nova rotina de mudança e processos elaborados com o fluxo bem definido iria ajustar pontos de falhas e situações que necessitam de uma possível reversão da mudança ao ponto anteriormente utilizado e evitando também que situações aconteçam sem possíveis levantamentos de cenário. 3.5 Cenário Desejado Quanto aos níveis desejados, é necessário acertar os pontos detalhados no nível atual, que seria: monitoramento dos níveis de satisfação do cliente em busca de um gerenciamento para análise de tendências, juntamente com soluções definitivas para os principais problemas e as solicitações de mudanças, sendo devidamente acompanhadas e mensuradas. 52 O nível gerenciado caracteriza uma direção clara com os objetivos de negócio, medição de progresso a partir de relatórios de gestão eficazes ativamente utilizados. Tendo processos proativos e integrados aos planos de negócio e de TI com melhorias regulares, planejadas e revisadas. Uma vez que são bem definidos, há procedimentos e padrões incluídos em todas as descrições de trabalho da equipe de TI com interfaces e dependências do processo claramente definidos. Com responsabilidades claras definidas em todas as descrições de serviços de TI com medição de monitoração contínua, com respostas e relatórios. 3.6 Cronograma de implementação Cronograma para atingir os níveis desejados: Meta Levantar a bibliografia sobre maturidade de Processos das 4 30 dias funções Atividade Definição de abordagem de levantamento de Dados, com 30 dias questionários e acompanhamento das rotinas. Se possível levantar o POP das áreas. Apresentação e conscientização do projeto e aderência para os funcionários e interessados. Meta Levantar a situação desejada da organização. 30 dias Montar plano estratégico de ação. Atividade Meta Atividade Meta Atividade Análise dos Documentos da Organização e Registro dos dados 30 dias levantados, questionários. Criar novos processos baseado nos dados levantados a cima. 30 dias Realizar o redesenho, com os novos processos, preparar novo 30 dias ambiente e definir mudanças. Alinhando a TI ao negócio. Gerenciar e controlar modificações, apresentando o projeto para 30 dias organização. Acompanhar novas rotinas com auditorias e relatório para 30 dias mensuração de ganhos com novo projeto e analisar novas mudanças, para a melhoria de serviço continuada. Totalizando: 8meses 240 dias 53 3.7 Resultados Esperados Em busca de melhora na Central de Serviço, espera-se que seja possível alinhar as estratégias do negócio juntamente com a TI, de forma a agregar valor ao serviço prestado, entregando com qualidade, rapidez e eficiência. Com o foco na medição e serviços com qualidade, buscando sempre a melhoria. Trazendo os seguintes benefícios: • Melhoria do suporte técnico aos usuários dos serviços de TI; • Melhoria de índice de satisfação dos usuários de TI, pelo incremento da percepção de qualidade e profissionalismo; • Incremento de acessibilidade para os usuários dos serviços de TI, pelo estabelecimento de um único ponto de contato; • Incremento de velocidade de atendimento; • Uso mais eficiente dos recursos de suporte técnico; • Melhor gerenciamento da informação para a tomada de decisão relativa aos serviços de suporte aos usuários de TI. 54 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 4.1 Conclusão Por meio do presente estudo foi constatado que a GTI é essencial para o crescimento da XPTO Informática, que as estruturas fornecidas pelas metodologias e pelos frameworks são de extrema importância para o crescimento e melhoria nas rotinas e processos tanto interno como externos de uma organização. Para análise da Central de serviços foi utilizado o framework da ITIL com auxilio do PMF, onde existem as próprias funções para aplicação na área de Central de Atendimento, com a possibilidade de medir o nível atual e propor melhorias para o nível desejado. Com o PMF pode-se perceber que o nível de maturidade dos processos na Central de Serviços encontra-se em grande maioria mesclado entre definido e gerenciado, porém ajustes serão necessários para obtenção de melhoria. Com acompanhamento dos clientes para análise de satisfação, atentando-se a antecederse de falhas e analisando as tendências de mercado, com planos para criação de mudanças, para não causar consequências futuras. Destacam-se as ações dos gestores em prol da busca pelos níveis desejados, a disponibilização de uma nova área para nortear a GTI, iniciando pelos processos da central de serviços. Porém, por se tratar de empresa de desenvolvimento de software, com a implantação da GTI, o estudo pode se alongar para todas as áreas e seus processos, bem como estruturar e operacionalizar a prestação de serviço de suporte técnico, melhorando a capacidade de atendimento das demandas. Com a constatação embasada nos níveis de maturidade do ITIL, há perspectiva de crescimento com tendência a aumentar os níveis, gerando satisfação para o cliente, impactando diretamente na gerência de serviços de TI e nos gerenciamentos de incidente, eventos, requisição, problema, acessos e as funções de central de serviços, gerenciamento técnico, operações, aplicativos de TI. Os objetivos propostos deste estudo não foram alcançados da forma prevista, devida a falta de informação fidedigna, porém será proposto um novo levantamento dos níveis atuais e desejados para análise, verificado os pontos onde deveriam estar às falhas nos processos, e redesenhado de forma a sanar as lacunas detectadas na Central de Serviços. 55 Para isso será avaliado cada processo do ITIL como se encontra a governança de TI na área e qual o nível é desejado pela gerencia a partir da medição dos níveis de maturidade, além de descrever as ações a serem tomadas para correção do processo atual para que se possa chegar ao nível desejado. Lembrando que este estudo teve como foco principal as Operações de Serviços e em seus processos e funções, que os levantamentos dos outros processos foram para auxílio na avaliação da Central de Serviços, podendo levantar falhas que eram causadas por outros processos e realizar uma pesquisa mais profunda da organização, com resultados da análise dos níveis de maturidade dos processos do ITIL, obtido por meios de questionários elaborados especificadamente. Mesmo com a falta de informação, com os questionários aplicados verificou-se que existem muitas oportunidades de melhoria como em análise de tendências dos componentes de TI, a criação de RDM para mudanças, manuais interativos, base de dados única, para respostas ágeis a dúvidas frequentes e uma rotina mais alinhada. Para aderência do ITIL na organização é necessária à conscientização para um trabalho onde todos se unam em um só propósito, sem resistência quanto às mudanças, visando que a mesma seja habitualmente incorporada, e a conscientização de que irá trazer melhoria organizacional e melhor satisfação do cliente, objetivando uma gestão mais completa e eficaz. Com o diagnóstico, se espera que seja elaborado um levantamento com os pontos críticos na administração da TI e validação, apresentando um esquema de oportunidades de melhoria na TI, detalhando as atividades, com uma análise da estrutura organizacional atual para que possa realizar um modelo de administração de TI, refinando os papéis e responsabilidade de toda empresa. E com isso planejar a gestão de pedidos, revisando as informações atuais para desenho de novo processo, de acordo com sua estratégia. 4.2 Sugestões para futuros trabalhos A partir da proposta de melhoria dos processos executados pelo departamento de Service Desk da empresa XPTO Informática, foco deste trabalho, são sugeridos outros pontos que podem ser desenvolvidos em trabalhos futuros: Avaliação de todos os níveis dos processos da ITIL na empresa, para aprimorar 56 gerência de serviço; Criação de uma área especifica para GTI; Aplicação de pesquisas periódicas para medição dos processos; Análise de tendências de metodologias para ampliação da GTI; e Avaliação dos processos com o COBIT. 57 5. REFERÊNCIAS ALBERTIN, Alberto Luiz. Estratégia de Governança de Tecnologia de Informação: estrutura e práticas/ Alberto Luiz Albertin, Rosa Maria de Moura Albertin. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. FERNANDES, Aguinaldo Aragon. Implantando a governança de TI: da estratégia á gestão dos processos e serviço / Aguinaldo Aragon Fernandes, Vladimir Ferraz de Abreu. 2. Ed. – Rio de Janeiro: Brasport, 2008. FREITAS, Marcos Andre dos Santos. Fundamento do Gerenciamento de Serviços de TI: preparatório para a certificação ITIL V3 Foundation. Rio de Janeiro: Brasport, 2010. ITIL Home Official ITIL Website. – Brasil, site official Brasil, 2012. Disponível em: http://www.itil–officialsite.com/ acesso em 11/05/2012 ITSMF IT Service Management Fórum – Brasil, site oficial Brasil, 2012. Disponível em: http://www.itsmf.com.br/portal/?page_id=170 acesso em 06/05/2012 MAGALHAES, Ivan Luizio. Gerenciamento de serviços na prática: uma abordagem com base na ITIL/ Ivan Luizio Magalhães, Walfrido Brit. São Paulo: Novatec Editora, 2007. OGC – ITIL Version 3 Continual Service Improvement, OGC – Office of Government Commerce, 2007e. OGC – ITIL Version 3 Service Design, OGC – Office of Government Commerce, 2007b. OGC – ITIL Version 3 Service Operation, OGC – Office of Government Commerce, 2007d. OGC – ITIL Version 3 Service Strategy, OGC – Office of Government Commerce, 2007a. OGC – ITIL Version 3 Service Transition, OGC – Office of Government Commerce, 2007c. SILVA, Edilberto Magalhaes. Avaliação da Governança de TI em um órgão público federal: Nível de maturidade de processos e gerência de serviços de TI. Distrito Federal: Senac-DF, 2011. TI Exames – Site de curso online para certificação – Brasil, site oficial Brasil, 2012. Disponível em: http://tiexames.com.br/ (06/05/2012). 58 WEILL, Peter e Ross, Jeanne W. Governança de TI, Tecnologia da Informação / Peter Weill e Jeanne W. Ross/Revisão técnica: Tereza Cristina M. B. Carvalho. São Paulo: M. Books do Brasil Editora, 2006. 59 6. GLOSSÁRIO Boa prática: No ambiente corporativo, uma boa prática é uma técnica, método ou processo de eficácia comprovada, amplamente aceita e utilizada pelas organizações. Framework (quadro; armação): No universo da Administração, trata-se de uma estrutura conceitual de suporte, sobre a qual alguma coisa (um processo, p. ex.) pode ser construída. Pode-se ainda considerar framework, nesse mesmo contexto, como um sistema de regras ou idéias, que é utilizado para planejar ou decidir alguma coisa. Gestão: Na prática, representa o ato de administrar recursos de variados tipos, monitorando a sua utilização no dia a dia de operações de uma organização, visando atender aos objetivos a que ela se propõe. Governança: É o ato de exercer o governo, ou seja, governar. Mais apropriadamente, isso corresponde a estabelecer diretrizes e bases sobre as quais esse governo acontecerá, providenciando formas de se conferir se essas diretrizes estão sendo de fato seguidas e se as bases estão sendo empregadas conforme se estabeleceu. Governança de TI: É a capacidade organizacional de controlar a formulação e a implementação da estratégia de TI da organização, visando assegurar o alinhamento entre negócios e TI. Portfólio: No contexto deste trabalho, trata-se de agrupamento de objetos de interesse, relacionados com a Tecnologia da Informação, tais como programas de investimento em TI, serviços de TI, projetos de TI, além de outros ativos e recursos de TI, gerenciados e monitorados conjuntamente para otimizar o valor de negócio que pode ser obtido a partir desses objetos. Responsividade: é o comportamento de dar resposta, comportamento responsivo, de solucionar, tomar a responsabilidade para si, recepcionar questões e dúvidas no intuito de respondê-las. Proativo: Que toma atitudes para resolver problemas antes que eles aconteçam; Alguém ou alguma situação que antecede problemas, mudanças ou necessidades futuras, que seja capaz de antecipar e modificar uma ocorrência de forma hábil e competente. 60 Reativo: espera que as coisas aconteçam para só depois tomarem providências contra o que aconteceu. DeskTop: é o computador de mesa (Gabinete, monitor, mouse teclado etc..). Middleware: é um programa de computador que faz a mediação entre software e demais aplicações. É utilizado para mover ou transportar informações e dados entre programas de diferentes protocolos de comunicação, plataformas e dependências do sistema operacional. Data Centers: é o local onde são concentrados os equipamentos de processamento e armazenamento de dados de uma empresa ou organização. Dashboards: é a apresentação visual das informações mais importantes e necessárias para alcançar um ou mais objetivos de negócio, consolidadas e ajustadas em uma única tela para fácil acompanhamento do seu negócio. Service-Desk: prover aos usuários de TI um ponto único de contato, vital para uma comunicação efetiva entre os usuários e as equipes de TI, para restabelecimento da operação normal dos serviços dos usuários o mais rápido possível, minimizando o impacto nos negócios causados por falhas de TI. Help-Desk: é um termo da língua inglesa que designa o serviço de apoio a usuários para suporte e resolução de problemas técnicos, informática, telefonia e tecnologias de informação, ou pré e pós vendas. Este apoio pode ser tanto dentro de uma empresa (profissionais que cuidam da manutenção de equipamentos e instalações dentro da empresa), quanto externamente (prestação de serviços a usuários), por meio de um sistema de gerenciamento de incidentes ou call center. Threshold: é o ponto inicial de algo. Compliance: é o conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição ou empresa, bem como evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade que possa ocorrer. 61 7. ANEXO Processo Operacional Padrão POP Fonte: XPTO