SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR
COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR SARGENTO NADER ALVES DOS SANTOS
SÉRIE/ANO: 3ª
TURMA(S): A, B, C
DISCIPLINA: Literatura
IV BIMESTRE
PROFESSOR (A): Wilson Caetano
ALUNO (A):_____________________________________________________________________________ Nº_______
LISTA COMPLEMENTAR
Modernismo no Brasil (II)
01 - (Puccamp-SP)
Sertão. Sabe o senhor: sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o
poder do lugar. Viver é muito perigoso.
Pelo fragmento acima de Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, percebe-se que
neste romance, como em outros regionalistas do autor,
a) O conflito entre o eu e o mundo se realiza pela interação entre as personagens e o sertão
que acaba por ser mítico e metafísico.
b) O sertão é um lugar perigoso, onde os habitantes sofrem as agressões do meio hostil e
adverso à sobrevivência humana.
c) Não existe uma região a que geograficamente se possa chamar de sertão: ele é fruto da
projeção do inconsciente das personagens.
d) A periculosidade da vida das personagens está circunscrita ao meio físico e social em que
vivem.
e) Há um conceito muito restrito de sertão, reduzido a palco de lutas entre bandos de
jagunços.
02 - Texto I
Genuíno tipo — crioulo — rio-grandense (hoje tão modificado), era Blau o guasca sadio, a um
tempo leal e ingênuo, impulsivo na alegria e na temeridade, precavido, perspicaz, sóbrio e
infatigável; e dotado de uma memória de rara nitidez brilhando através de imaginosa e
encantadora loquacidade servida e floreada pelo vivo e pitoresco dialeto gauchesco.
E, do trotar sobre tantíssimos rumos; das pousadas pelas estâncias; dos fogões a que se
aqueceu; dos ranchos em que cantou, dos povoados que atravessou; das cousas que ele
compreendia e das que eram-lho vedadas ao singelo entendimento; do pêlo-a-pêlo com os
homens, das erosões da morte e das eclosões da vida, entre o Blau — moço, militar — e o Blau
— velho, paisano —, ficou estendida uma longa estrada semeada de recordações — casos,
dizia -, que de vez em quando o vaqueano recontava, como quem estende, ao sol, para arejar,
roupas guardadas ao fundo de uma arca.
LOPES NETO, Simões. Contos Gauchescos e Lendas do Sul. Porto Alegre: LPM, 1998 (fragmento).
Texto II
Ao viável, eu tinha de atravessar as tantas terras e municípios, jogamos uma viagem por este
Norte, meia geral. Assim conheço as províncias do Estado, não há onde eu não tenha
aparecido. A que viemos: por Extrema de Santa Maria - Barreiro Claro - Cabeça de Negro Córrego Pedra do Gervásio - Acarí - Vieira - e Fundo - buscando jeito de encostar no de São
Francisco [...] No formato da forma, eu não era valente nem mencionado medroso. Eu era um
homem restante trivial. A verdade que diga, eu achava que não tinha nascido para aquilo, de
ser sempre jagunço não gostava.
ROSA, Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001 (fragmento).
Pode-se traçar um paralelo na apresentação de Blau Nunes, em Contos Gauchescos, e na fala
de Riobaldo, em Grande Sertão: Veredas, visto que
a) os personagens representam tipos periféricos na sociedade brasileira: o gaúcho e o
sertanejo.
b) a narração pode ser feita tanto em terceira pessoa quanto em primeira pessoa.
c) há, por parte dos autores, certo preconceito, pois ambos diminuem os personagens
representados.
d) há um desejo em ambos os personagens de ascenderem socialmente e rumarem ao
Sudeste do país – Rio de Janeiro e São Paulo.
e) os personagens falam errado, pois não conhecem a gramática.
03 - Leia o texto abaixo, de Guimarães Rosa:
"Um grupo de cavaleiros. Isto é, vendo melhor: um cavaleiro rente, frente à minha porta,
equiparado, exato; e, embolados, de banda, três homens a cavalo. Tudo num relance,
insolitíssimo. Tomei-me nos nervos. O cavaleiro esse – o oh-homem-oh – com cara de nenhum
amigo. Sei o que é influência de fisionomia. Saíra e viera, aquele homem, para morrer em
guerra. Saudou-me seco, curto, pesadamente. Seu cavalo era alto, um alazão; bem arreado,
derreado, suado. E concebi grande dúvida."
O fragmento acima mostra uma tendência a:
a) evitar o rompimento efetivo entre prosa e poesia, utilizando um estilo duro na fala e na
narrativa.
b) problematizar a bipolarização brasileira entre a realidade do campo e a realidade urbana.
c) fixar a musicalidade sertaneja através da fala, valendo-se de figuras de linguagem.
d) recuperar uma linguagem verossímil aos homens do campo, caracterizando as
personagens com características como bondade e/ou má índole.
e) registrar costumes nordestinos trazendo uma linguagem próxima ao século XIX.
04 - (PUCCAMP) Em sua obra, "a tendência regionalista acaba assumindo a característica de
experiência estética universal, compreendendo a fusão entre o real e o mágico, de forma a
radicalizar os processos mentais e verbais inerentes ao contexto fornecedor de matéria-prima.
O folclórico, o pitoresco e o documental cedem lugar a uma maneira nova de repensar as
dimensões da cultura, flagrada em suas articulações no mundo da linguagem".
Esse conjunto de características descreve a obra de:
a) Clarice Lispector
b) José Cândido de Carvalho
c) Erico Verissimo
d) Jorge Amado
e) Guimarães Rosa
05 - (VUNESP) Leia com atenção o texto a seguir:
"– Ara, ara, bichinha. antes pelesses mundões, viu-que-te-viu, avistei deparado muito que
assim-assim, luziluzindo, eu figurava rindo que nem-nem. apois. A senhora tolere. Não gloso.
Deus esteja, que-que vem a ser isso que nem-nem o que for?"
Neste trecho, extraído da obra Vencecavalo e o outro povo, o autor, João Ubaldo Ribeiro,
alude parodisticamente ao estilo de:
a) Graciliano Ramos
b) José Lins do Rego
c) João Guimarães rosa
d) Osman Lins
e) Dalton Trevisan
06 - (PUCCAMP)
"O romance é narrado na primeira pessoa, em monólogo ininterrupto, por um velho
fazendeiro do Norte de Minas, antigo jagunço. Na estrutura do livro, os fatos são transpostos
para uma atmosfera lendária e o real se cruza com o fantástico."
As afirmações acima referem-se à obra-prima de um grande escritor brasileiro moderno:
a) Saragana, de João Guimarães Rosa.
b) Cangaceiros, de José Lins do Rego.
c) Menino do Engenho, de José Lins do Rego.
d) Grande Sertão: veredas, de João Guimarães Rosa.
e) Tempo e o Vento, de Erico Verissimo.
07 - (CESESP-PE) A partir de 1945, segundo um critério histórico, as tendências da literatura
brasileira estruturam-se, configurando um quadro diferente daquele advindo de 1922 (Semana
de Arte Moderna). Dentre as opções apresentadas, quais as que definem a nova tendência?
I - Anarquismo estético, justificado pela Segunda Guerra Mundial.
II - Preocupação existencial e metafísica que se aliava ao protesto, às circunstâncias históricas.
III - Volta ao metro e à rima tradicionais, ao lado de novas invenções do verso.
IV - Busca da originalidade a qualquer preço.
a) I, II.
b) II, III.
c) III, IV.
d) IV, I.
e) IV. II.
08 - (UFRS) O romance de Clarice Lispector:
a) filia-se à ficção romântica do século XIX, ao criar heroínas idealizadas e mitificar a figura da
mulher.
b) define-se como literatura feminista por excelência, ao propor uma visão da mulher oprimida
num universo masculino.
c) prende-se à crítica de costumes, ao analisar com grande senso de humor uma sociedade
urbana em transformação.
d) explora até às últimas conseqüências, utilizando embora a temática urbana, a linha do
romance neonaturalista da geração de 30.
e) renova, define e intensifica a tendência introspectiva de determinada corrente de ficção da
segunda geração modernista.
09 - (PUCC-SP) João Cabral de Melo Neto é o poeta do Modernismo que se salienta por um
constante combate ao sentimentalismo. "É o engenheiro da poesia." Busca concisão e precisão
nos seus poemas. No entanto, num terreno oposto, faz poesia de participação. Um seu poema,
divulgado como peça teatral, justamente realiza uma análise social do homem nordestino,
porém sem arroubos sentimentais.
O poema em causa é:
a) "Invenção de Orfeu". Murilo Mendes
b) "Morte e vida severina".
c) "Jeremias sem chorar". Cassiano Ricardo
d) "Brejo das almas". Carlos Drummond de Andrade
e) n.d.a.
10 - (PUC-RS)
"Entre a paisagem
o rio fluía
como uma espada de líquido espesso:
como um cão
humilde e espesso.
Entre a paisagem
(fluía)
de homens plantados na lama;
de casas de lama
plantadas em ilhas
coaguladas na lama;
paisagens de anfíbios
de lama e lama."
Como demonstram as estrofes acima, é no livro O cão sem plumas que João Cabral de melo
Neto inicia a temática centrada no:
a) social.
b) eu.
c) poético.
d) objeto.
e) despojamento.
11 - (USF-SP) A respeito de Guimarães Rosa é correto afirmar que:
a) transmitiu ao nosso regionalismo valores universais, ao abordar dúvidas do próprio homem,
numa linguagem recriada poeticamente.
b) continuou a tradição das obras regionalistas anteriores, especialmente as do ciclo da canade-açúcar, que denunciam a injustiça social.
c) foi mais valorizado como poeta, pela retomada dos recursos expressivos da língua, com sua
linguagem plena de sonoridades e figuras literárias.
d) retomou a influência científica e a linguagem objetiva e enxuta de Euclides da Cunha, autor
de Os sertões, para explicar a psicologia do sertanejo.
e) foi um autor de vanguarda que procurou mostrar as várias regiões do país, a partir de uma
visão subjetiva e extremamente poética.
12 - (PUCC-SP) Guimarães Rosa – numa linguagem em que a palavra é valorizada não só pelo
seu significado, como também pelos seus sons e formas – tomou um tipo humano tradicional
em nossa ficção, o jagunço, e transportou-o, além do documento, até a esfera onde os tipos
literários passam a representar os problemas comuns da nossa humanidade.
Exemplifica as palavras acima o trecho de Guimarães Rosa:
a) "O chefe disse: me traga esse homem vivo, seu Getúlio. Quero o bicho vivão aqui e,
pulando. O homem era valente, quis combate, mas a subaqueira dele anganchou a arma, de
sorte que foi o fim dele. Uma parabelada no focinho, passarinhou aqui e ali e parou."
b) "À sua audácia e atrocidade deve seu renome este herói legendário para o qual não
achamos par nas crônicas provinciais. Durante muitos anos, ouvindo suas mães ou suas aias
cantarem as trovas comemorativas da vida e morte desse como Cid, ou Robin Hood
pernambucano, os meninos tomados de pavor adormeceram mais depressa do que se lhes
contassem as proezas do lobisomem ou a história do negro do surrão muito em voga entre o
povo naqueles tempos."
c) "João Miguel sentiu na mão que empunhava a faca a sensação fofa de quem fura um
embrulho. O homem, ferido no ventre, caiu de borco, e de sob ele um sangue grosso começou
a escorrer sem parar, num riacho vermelho e morno, formando poças encarnadas nas
anfractuosidades do ladrilho."
d) "Qu'é que me acuava? Agora, eu velho, vejo: quando cogito, quando relembro, conheço que
naquele tempo eu girava leve demais, e assoprado. Deus deixou. Deus é urgente sem pressa. O
sertão é dele. Eh! – o que o senhor quer indagar, eu sei. Porque o senhor está pensando alto,
em quantidades. Eh. Do demo?"
e) "O tiroteio começou. A princípio ralo, depois mais cerrado. O padre olhava para seu velho
relógio: uma da madrugada. Apagou a vela e ficou escutando. Havia momentos de trégua,
depois de novo recomeçavam os tiros. E assim o combate continuou madrugada adentro. O
dia raiava quando lhe vieram bater à porta. Foi abrir. Era um oficial dos farrapos cuja barba
negra contrastava com a palidez esverdinhada do rosto."
13 - (FEI-SP) Trata-se do último livro publicado por Clarice Lispector, em vida, em 1977. A
personagem protagonista é Macabéa, que acumula em seu corpo franzino todas as formas de
repressão cultural, o que a deixa alheada de si e da sociedade.
As afirmações acima referem-se à obra:
a) A hora da estrela.
b) Perto do coração selvagem.
c) A mação no escuro.
d) A paixão segundo G.H.
e) Laços de família.
14 - (UEL-PR) No poema Morte e vida severina, podem-se reconhecer as seguintes
características da poesia de João Cabral de Melo Neto:
a) sátira aos coronéis do Nordeste e versos inflamados.
b) experimentalismo concretista e temática urbana.
c) memorialismo nostálgico e estilo oral.
d) personagens da seca e linguagem disciplinada.
e) descrição da paisagem e intenso subjetivismo.
15 - (Unitau-SP) Nesse poeta se reconhece grande apuro formal; é o autor de "A educação pela
pedra", "Uma faca só lâmina", "Morte e vida severina". É seu o poema "Tecendo a manhã".
Trata-se de:
a) Vinícius de Moraes.
b) João Cabral de Melo Neto.
c) Cassiano Ricardo.
d) Oswald de Andrade.
e) Guilherme de Almeida.
16 - (F. Carlos Chagas-SP) O Concretismo brasileiro caracteriza-se por:
a) renovação dos temas, privilegiando a revelação expressionista dos estados psíquicos do
poeta.
b) exploração estética do som, da letra impressa, da linha, dos espaços brancos da página.
c) preocupação com a correção sintática, desinteresse pela exploração de campos semânticos
novos.
d) descaso pelos aspectos formais do poema.
e) preferência pela linguagem formalmente correta.
17 - (MACK-SP) Quando Caetano Veloso diz em Sampa: "da feia fumaça que sobe apagando as
estrelas, eu vejo surgir seus poetas de campos e espaços", refere-se a um grupo no qual se
incluem Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos.
Sua proposta é, basicamente, usar todos os recursos de que a palavra dispõe, com os termos
adquirindo validade não só pelo significado, como também pelos aspectos visuais.
Tal tendência é conhecida como:
a) Poesia Futurista.
b) Poesia-práxis.
c) Poema/Processo.
d) Metapoema.
e) Poesia Concreta.
18 - (PUC-PR)
"de sol a sol
soldado
de sal a sal
salgado
de sova a sova
sovado
de suco a suco
sugado
de sono a sono sonado
sangrao
de sangue a sangue."
O poema concretista, acima transcrito, apresenta as seguintes inovações no campo verbal e
visual:
a) abolição do verso tradicional; desintegração do sistema em seus morfemas; a palavra dá
lugar ao símbolo gráfico.
b) apresentação de um ideograma; uso de estrangeirismos; esfacelamento da linguagem.
c) ausência de sinais de pontuação; uso intensivo de certos fonemas; jogos sonoros e uso de
justaposição.
d) uso construtivo dos espaços brancos; neologismo; separação dos sufixos e dos prefixos; uso
de versos alexandrinos.
e) apresentação de trocadilhos; usos de termos plurilingüísticos; desintegração da palavra e
emprego de símbolos gráficos.
19 - (F.Objetivo-SP) Sobre Guimarães Rosa podemos afirmar que:
a) foi autor regionalista, seguindo a linha do regionalismo romântico.
b) inovou sobretudo nos temas, explorando tipos inéditos.
c) escreveu obra política de contestação à sociedade de consumo.
d) sua obra se revela intimista com raízes surrealistas.
e) inovou sobretudo o aspecto lingüístico, revelando trabalho criativo na exploração do
potencial da língua.
20 - (PUC-RS)
"O lápis, o esquadro, o papel;
o desenho, o projeto, o número:
o engenheiro pensa o mundo justo,
mundo que nenhum véu encobre."
A estrofe acima ilustra a assertiva de que a poesia de João Cabral de Melo Neto revela um rigor
__________ e a preocupação com o ____________
a) técnico – problema social
b) semântico – fazer poético
c) estilístico – ambiente regional
d) formal – momento político
e) métrico – conflito estético
21 - (PUC-RS) A partir do livro de estréia, __________, uma das características do estilo de
Clarice Lispector é a adjetivação ___________
a) O lustre – pictórica
b) A maçã no escuro – preciosa
c) A cidade sitiada – coloquial
d) Perto do coração selvagem – surpreendente
e) A legião estrangeira – popular
22 - (UFPR) A obra Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa:
a) continua o regionalismo dos fins do século passado, sem grandes inovações.
b) exprime problemas humanos, em estilo próprio, baseado na contribuição lingüística
regional.
c) descreve tipos de várias regiões do Brasil, na tentativa de documentar a realidade brasileira.
d) fixa os tipos regionais, com precisão científica.
e) idealiza o tipo sertanejo, continuando a tradição de Alencar.
23 - (FUVEST-SP)
"Diadorim me chamou, fomos caminhando, no meio da queleléia do povo. Mesmo eu vi o
Hermógenes: ele se amargou engulindo de boca fechada. – 'Diadorim' – eu disse – 'esse
Hermógenes está em verde, nas portas da inveja...' Mas Diadorim por certo não me ouviu
bem, pelo que começou dizendo: – 'Deus é servido...'"
No texto acima há elementos que permitem identificar o romance do qual foi extraído. O
romance é:
a) Os sertões.
b) Grande sertão: veredas.
c) O coronel e o lobisomem.
d) O Quinze.
e) Vidas secas.
24 - (FUVEST-SP) As ações do romance acima referido se passam:
a) nos sertões do Ceará.
b) no sertão da Bahia.
c) no interior de Pernambuco.
d) nos sertões de Minas Gerais.
e) no interior do Estado do Rio de Janeiro.
25 - (FUVEST-SP) Fazendo um paralelo entre Os Sertões, de Euclides da Cunha, e Grande
sertão: veredas, de Guimarães rosa, pode-se afirmar:
a) em ambas as obras predomina o espírito científico, sendo analisados aspectos da realidade
brasileira.
b) ambas têm por cenário o sertão do Brasil setentrional, sendo numerosas as referências à
flora e à fauna.
c) ambas as obras, criações de autores dotados de gênio, muito enriqueceram nossa literatura
regional de ficção.
d) ambas têm como principal objetivo denunciar nosso subdesenvolvimento, revelando a
miséria física e moral do homem do sertão.
e) tendo cada uma suas peculiaridades estilísticas, são ambas produto de intensa elaboração
da linguagem.
26 - (UM-SP) Este "auto de natal pernambucano, longo poema equilibrado entre rigor formal e
temática, conta o roteiro de um homem do Agreste que vai em demanda do litoral e topa em
cada parada com a morte, presença anônima e coletiva, até que no último pouso lhe chega a
nova do nascimento de um menino, signo de que algo resiste à constante negação da
existência" (Alfredo Bosi, História concisa da literatura brasileira, p.523); trata-se de:
a) Pai João.
b) Evocação do Recife.
c) Brasil-menino.
d) Morte e vida severina.
e) Tecendo a manhã.
27 - (FUVEST-SP)
"O romance é narrado na primeira pessoa, em monólogo ininterrupto, por Riobaldo, velho
fazendeiro do norte de Minas, antigo jagunço, que conta a sua vida e as suas angústias.
Primeiro bandido, depois chefe de bando, a sua tarefa principal é vingar a morte do grande
chefe Joca Ramiro, assassinado à traição. Para isso estabelece um pacto com o diabo, que não
sabe se foi realmente feito, mas que depois o atormenta pelo resto da vida, numa dúvida
insanável." (A. Candido & J. A. Castello)
O autor do romance a que se refere o texto acima é também o de:
a) Chapadão do Bugre.
b) O garimpeiro.
c) Vila dos confins.
d) Sagarana.
e) O coronel e o lobisomem.
28 - (UFMG) Sobre o adjetivo severina, da expressão Morte e vida severina que intitula a peça
de João Cabral de Melo Neto, todas as afirmativas estão certas, exceto:
a) Refere-se aos migrantes nordestinos que, revoltados, lutam contra o sistema latifundiário
que oprime o camponês.
b) Pode ser sinônimo de vida árida, estéril, carente de bens materiais e de afetividade.
c) Designa a vida e a morte dos retirantes que a seca escorraça do sertão e o latifúndio
escorraça da terra.
d) Qualifica a existência negada, a vida daqueles seres marginalizados determinada pela
morte.
e) Dá nome à vida de homens anônimos, que se repetem física e espiritualmente, sem
condições concretas de mudança.
(FUVEST-SP) Texto para as questões 29 a 32
"(...) – Escuta, Miguilim, uma coisa você me perdoa? Eu tive inveja de você, porque o Papacoo-Paco fala Miguilim me dá um beijim... e não aprendeu a falar meu nome..." O Dito estava
com jeito: as pernas duras, dobradas nos joelhos, a cabeça dura na nuca, só para cima ele
olhava. O pior era que o corte do pé ainda estava doente, mesmo pondo cataplasma doía
muito demorado. mas o papagaio tinha de aprender a falar o nome do Dito! – "Rosa, Rosa,
você ensina Papaco-o-Paco a chamar alto o nome do Dito?" "– Eu já pelejei, Miguilim, porque
o Dito mesmo me pediu. Mas ele não quer falar, não fala nenhum, tem certos nomes assim
eles teimam de não entender..." (Guimarães Rosa)
29 - (FUVEST-SP) Os diminutivos e a pontuação, no texto de Guimarães rosa, contribuem para
criar uma linguagem:
a) descuidada.
b) lógica.
c) erudita.
d) afetiva.
e) enxuta.
30 - (FUVEST-SP) De acordo com o texto:
a) a Rosa pelejou para ensinar o papagaio a falar o nome dela.
b) o papagaio não conseguia falar nome algum porque estava doente.
c) o Dito tinha jeito para ensinar o papagaio a falar.
d) a Rosa tinha inveja do Miguilim porque o papagaio falava o nome dele.
e) o Dito e o Miguilim pediram à Rosa que ensinasse o papagaio a falar o nome do Dito.
31 - (FUVEST-SP) O texto reproduz uma cena de convívio familiar, onde se evidencia:
a) a indiferença do Miguilim.
b) o remorso do Dito.
c) a docilidade do Papaco-o-Paco.
d) a preguiça da Rosa
e) a insensibilidade do autor.
32 - (FUVEST-SP) O pensamento expresso na frase "Mas o papagaio tinha de aprender o falar o
nome do Dito!" deve ser atribuído a:
a) Rosa.
b) Dito.
c) Papaco-o-Paco.
d) Miguilim.
e) uma personagem não nomeada.
Gabarito:
01 – C / 02 – A / 03 – D / 04 – E / 05 – C / 06 – D / 07 – B / 08 – E / 09 – B / 10 – A
11 – A / 12 – D / 13 – A / 14 – D / 15 – B / 16 – B / 17 – E / 18 – C / 19 – E / 20 – A
21 – D / 22 – B / 23 – B / 24 – D / 25 – E / 26 – D / 27 – D / 28 – A / 29 – D / 30 – E
31 – B / 32 – D
Download

Atividade de Literatura