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CORREIO BRAZILIENSE • Brasília, sábado, 6 de outubro de 2012 • Cidades • 29
Viola Júnior/Esp.CB/D.A Press
SAÚDE
Estiagem
abre período
de viroses
As infecções virais se estendem até o início das chuvas. A orientação
é procurar um médico sempre que a febre durar mais de 48 horas
O QUE DEVEMOS FAZER
PARA QUE NO FUTURO
O DF POSSA OFERECER
MAIS OPÇÕES DE MORADIA
PARA SUA POPULAÇÃO?
Atendimento médico
No Hospital Santa Helena, o
pneumologista João Daniel Bringel Rego confirmou aumento de
25% a 30% na procura por atendimento emergencial no último
mês. Segundo ele, só há motivos
para preocupação se a febre, nos
pequenos ou nos adultos, durar
de 48h a 72h.“É comum esse crescimento tanto na seca quanto no
começo das chuvas. E as crianças
são mais suscetíveis. Recomendo
que as pessoas fiquem atentas a
sintomas persistentes de cansaço
e falta de ar, que podem indicar
um quadro de H1N1. Crianças,
idosos, cardiopatas, gestantes e
renais crônicos são grupos de
maior risco”, alertou Bringel.
Para o professor de virologia
da Universidade de Brasília Fausto Stauffer, não há necessidade de
alarde. Ele explicou que os vírus
mudam sua estrutura com muita
frequência, e que cada mutação
gera novas contaminações. Stauffer alerta que procurar um médico é importante, caso o quadro
persista, porque bactérias podem
se aproveitar da baixa imunidade
da criança para se multiplicar.
É PRECISO PENSAR NO FUTURO. É PRECISO PENSAR BRASÍLIA.
Projeto Pensar Brasília. Um debate sobre o futuro do Distrito Federal em busca de novos caminhos e soluções.
Agentes infecciosos
A família dos Adenovirus tem
mais de 40 organismos diferentes
que contaminam principalmente
crianças. Além da diversidade,
uma infecção por um tipo de vírus
do grupo não gera,
necessariamente, imunidade para
outro tipo de micro-organismo da
mesma classificação.
10
de outubro
Tema Moradia/Habitação
Local: auditório do Correio Braziliense
Inscrições: até o dia 9/10. Participe.
Inscreva-se pelo email [email protected] ou pelo telefone 3214-1275. Sujeito à lotação.
• Regularização de condomínios e crescimento integrado do DF
• PDOT (Plano Diretor de Ordenamento Territorial) • Perspectivas para estabelecer
um crescimento equilibrado para a cidade e muito mais.
Uma cidade planejada e um crescimento que extrapolou todos os planos. Brasília enfrenta o
desafio de adotar políticas de crescimento urbano, sem esquecer de preservar seu projeto
inicial. Para discutir essas e outras questões, o Correio Braziliense trouxe o Pensar Brasília. Uma
iniciativa que abre espaço para arquitetos, gestores públicos, imobiliárias e população discutirem
sobre o desenvolvimento, as dificuldades e as possibilidades da nossa capital.
Temas como SUSTENTABILIDADE e DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,
além da REVISTA ESPECIAL com todas as informações do projeto, ainda vem por aí.
VOCÊ VAI CONFERIR:
• COLUNAS ESPECIAIS
• MINUTO DICA na Clube FM
• PROGRAMETES na TV Brasília
• SEMINÁRIO
• SUPLEMENTO ESPECIAL
• REVISTA ESPECIAL
SUPLEMENTO
A
SEMINÁRIO
comerciante Claydiane
Monteiro, 30 anos, amanheceu noúltimo 1º, no
pronto-socorro Hospital
Materno Infantil de Brasília
(Hmib). Havia mais de 24 horas
que o filho, Carlos Henrique Silva, 9 anos estava com febre. Na
sala de espera, ela encontrou outras crianças com sintomas
semelhantes ao do seu filho.
Claydiane acredita que o menino
possa ter pegado a doença do primo, que, dias antes, teve febre,
mal-estar e dores no corpo. “O
meu sobrinho teve a mesma coisa e parou no hospital. Como
mãe, fico aflita”, desabafou.
OempresárioRaonyNascimento, 24 anos, com o pequeno Ruan
Gabriel Dias do Nascimento, 2,
também estava à espera de atendimento no Hmib. “Já têm três dias
que ele sente febre, dor na garganta, moleza, e chora muito. Acho
que ele pegou alguma virose dos
amiguinhos da creche”, disse. Ilza
da Penha, 35, moradora de Santo
Antônio do Descoberto (GO), por
sua vez, levou a filha, Ana Eduarda,
7, para o Hmib. “Ela sente febre,
mal-estar e dor de estômago desde
segunda-feira”, contou.
Pediatra e professor da Fundação de Ensino e Pesquisa em
Ciências da Saúde (Fepecs), Alexandre Nicolay explicou que casos como os de Carlos Henrique,
Ruan e Ana Eduarda são comuns
nesse período do ano. O especialista alerta que a procura pelos
prontos-socorros por conta de
infecções virais cresce entre setembro e o início de novembro, e
as crianças são as principais vítimas. No período de fevereiro a
abril, a gripe é a doença que mais
afeta as pessoas.“Agora, temos
mais problemas gastrointestinais
e respiratórios. ”, afirmou.
O mesmo aumento de demanda na rede pública ocorre nos
hospitais particulares. Em pelo
menos três unidades privadas, o
número de atendimentos no mês
passado, devido às infecções por
vírus, passou 2,5 mil para 3,7 mil
pacientes. Especialistas alertam
que o começo das chuvas pode
ser propício para doenças gastrointestinais ou respiratórias.
De acordo com o infectologista Kleper Almeida, do Hospital Santa Lúcia, o mais provável
é que sejam infecções por vírus
da família Adenovirus, agentes
infecciosos que se replicam de
acordo com as estações do ano,
ou seja, são sazonais. Ele explicou que, como as crianças ficam
aglomeradas em salas de aula, o
risco de contaminação é maior.
“Adultos e idosos também podem contrair esses organismos.
Mas são doenças mais comuns
em crianças, que têm menos
imunidade.”
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» LUIZ CALCAGNO
Claydiane Monteiro levou o filho, Carlos Henrique ao Hmib: “Como mãe, fico aflita”
14
de outubro
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Estiagem abre período de viroses Fonte: Correio Braziliense