TEMPS D'IMAGES
FESTIVAL TRANSDISCIPLINAR ANUAL DE LISBOA
PORTUGAL | 9ª EDIÇÃO | 27 OUT > 23 NOV 2011
instalações :: espectáculos :: projecções
PROGRAMAÇÃO
ANTÓNIO CÂMARA MANUEL | CHLOÉ SIGANOS | FRANCISCO CAMACHO | GIL MENDO | HELENA BARRANHA |
JACINTO LAGEIRA | JOSÉ LUIS FERREIRA | LOURENÇO EGREJA | LUISA TAVEIRA | MARK DEPUTTER | MADALENA
WALLENSTEIN | PIERRE-MARIE GOULET | RACHEL KORMAN | RAJELE JAIN | RICARDO MATOS CABO | TERESA
GARCIA
ARTISTAS
ANDRESA SOARES | ANDRÉ GODINHO | ANIOL BUSQUETS | ANNIE VIGIER | CÃO SOLTEIRO | CARLOS GOMES |
CARLOS PIMENTA | CATARINA VIEIRA | DOMINIQUE GONZALEZ FOERSTER | FRAN LOPEZ REYES | FRANCK
APERTET | MÁRCIA LANÇA | MIGUEL BONNEVILLE | OLGA DE SOTO | PAULO RIBEIRO | RAQUEL ANDRÉ | RAQUEL
CASTRO | RICARDO JACINTO | RITA NATÁLIO | SANDRO AGUILAR | SOLANGE FREITAS | SÓNIA BAPTISTA | SPACE
ENSEMBLE | SUSANA VIDAL | TIAGO CADETE | VASCO MENDONÇA
ESPAÇOS
CARPE DIEM - ARTE & PESQUISA | CCB | CINEMATECA PORTUGUESA | CULTURGEST | EIRA 33 | FBAUL AUDITÓRIO
DA FACULDADE DE BELAS ARTES | GALERIA GRAÇA BRANDÃO | IADE - PALÁCIO QUINTELA | MARIA MATOS
TEATRO MUNICIPAL | MNAC - MUSEU DO CHIADO | MUSEU DA ELETRICIDADE | TEATRO CAMÕES | SÃO LUIZ
TEATRO MUNICIPAL
Direcção António Câmara Manuel
Consultadoria Artística Irit Batsry
Produção Bárbara Viseu
Design Maria José Peyroteo
Consultoria Técnica Alexandre Coelho
Direcção Financeira Paula Caruço
Vídeo de Apresentação Nuno Lacerda
Help Desk Pedro Joel
Direcção e Programação Temps d'Images Prémios de Cinema para Filmes sobre Arte Rajele Jain
AGRADECIMENTOS: Ami Daisy, António Rodrigues, António Vilela, Carla Ruiz, Carlos Dias, Catarina Saraiva, Cláudia Belchior,
Delfim Sardo, Elsa Aleluia, Fátima Ramos, Francisco Camacho, Gerd Peun, Gisela Telles Ribeiro, Hélder Verónio Gomes, Hélder
Gonçalves, Jacinto Lageira, Joana Câmara Manuel, João Gata, João Manuel de Oliveira, Jonas Omberg, Juan Goldin, Lara
Morbey, Liliana Coutinho, Luísa Ramos, Lorenzo Deho, Maria Antónia Câmara Manuel, Maria Antónia Linhares, Maria José
Camecelha, Maria José Ribeiro, Maria Schiappa, Mário Rei, Patrícia Brito, Patrícia Henriques, Patrícia Silva, Paula Pereira,
Paulo Seabra, Rafael Alvarez, Ricardo Custódio, Roger Teboul, Sofia Campos, Sara Vizinho, Tierry Bert, Vera Rosa, Zambeze /
Fundação Moranguinho, Zé Branco.
Agradecimento especial Namalimba Coelho
EDITORIAL
Contra todas as contrariedades, o Festival Temps d'Images apresentará, novamente, em
2011 um grande número de artistas, formas de arte, palcos e espaços de exposição,
proporcionando algumas semanas de intensos eventos de arte e cultura em Lisboa.
Contra todos os cortes, os artistas e participantes trabalharam em condições muito
difíceis, mas com resultados de sucesso, graças à sua força e paixão.
Contra correntes de pensamento sabemos que a arte é um elemento primordial na
sociedade e na própria civilização.
Este é portanto o ano que estou ainda mais grato a todos e cada um dos parceiros do Temps
d'Images; artistas e colegas de trabalho que não agiram "contra", mas "a favor ".
A determinação na adversidade é metade do caminho para a salvação.
J.H. Pestalozzi
Bem-vindo ao Temps d’Images
António Câmara Manuel
Outubro 2011
MNAC - MUSEU DO CHIADO
PALÁCIO QUINTELA
Sede Cultural - IADE - Talent Universities
INSTALAÇÕES
RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES .
FRAN
LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ
FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES
. FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ
FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES
. FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ
FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES
. FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ
FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES
. FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ
FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES
. FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ
FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES
. FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ
FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES
. FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ
FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES
. FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ
FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES
. FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ
FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES
INSTALAÇÃO
MNAC - MUSEU DO CHIADO
EYE HEIGHT RICARDO JACINTO e
BEATRIZ CANTINHO
10 NOV
>
11 DEZ
EYE HEIGHT é um espectáculo onde um dispositivo, que é simultaneamente
cenário e instrumento, é palco para a criação coreográfica e musical. Este
objecto comporta-se como uma caixa de ressonância, amplificando os sons
provocados pela fricção e percussão de corpos que, movendo-se na
horizontal, induzem a vibração de conjuntos de cordas colocadas no seu
interior.
Com a linha do olhar à altura do palco, os espectadores assistem a um
discurso improvisado em que bailarinos e músicos constroem um manto
visual e sonoro de impressão paisagística proporcionando uma experiência
essencialmente sensorial e contemplativa.
A instalação presente no Museu do Chiado consiste num formato
complementar de abordagem à performance, permitindo ao espectador
aceder à obra numa dimensão cinematográfica, e mais concretamente, a
partir de um dispositivo fílmico que inclui vários pontos de vista simultâneos.
Três planos sequência em torno do palco permitirão ao espectador
estabelecer uma relação de intimidade e comprometimento físico com o
movimento dos bailarinos, requerendo do mesmo uma constante
adaptação perceptiva em relação às imagens síncronas filmadas de
diferentes perspectivas.
Direcção Artística: Beatriz Cantinho e Ricardo Jacinto | Co-criação e Interpretação - Bailarinos: Ana Gouveia, Filipe Jácome,
Francesca Bertozzi | Co-criação e Interpretação - Músicos: Nuno Torres (saxofone alto), Ricardo Jacinto (violoncelo)
Palco/Instrumento _ Concepção: Ricardo Jacinto | Projecto de Execução: André Castro, Elysabeth Remelgado | Construção:
Tomás Viana, Ricardo Jacinto, Nuno Torres
Instalação Vídeo _ Realização: Beatriz Cantinho e Ricardo Jacinto | Direcção de Fotografia: Vasco Viana | Cameras: Vasco Viana,
Vasco Saltão, Nuno da SIlva | Maquinistas: Rui Pereira, Tiago Valente, Daniel Monteiro | Som: Pedro Magalhães | Luz: Alexandre
Costa | Figurinos: Mariana Sá Nogueira | Produção: Meninos Exemplares | Produção Executiva: Sara Morais | Apoios:
CMO/Fundição de Oeiras, Vende-se Filmes.
Projecto Financiado pela:
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria de Estado da Cultura /
e
INSTALAÇÃO
IADE - PALÁCIO QUINTELA
10h00 > 22h00
12 NOV
>
22 NOV
UMA CARLOS GOMES e
FRAN LOPEZ REYES
12 e 19 NOV | 22h00 [instalação /concerto por Ricardo Webbens]
A Ultra Maratona Atlântica é uma prova de atletismo percorrida pela areia da praia, na costa
alentejana, em Portugal. Quarenta e três quilómetros que medem quantitativamente a distância
entre Melides e Tróia ao longo do Oceano Atlântico, num território de rara beleza natural, com um
dos litorais menos intervencionados do continente europeu. Aliando
"Para o existente, a distância
resistência física e psicológica, espírito de sacrifício e prazer de correr,
é conhecimento, recordação e
os atletas desafiam os seus próprios limites. Trata-se de uma
analogia." in "A Velocidade de
competição única em Portugal e em toda a Europa, não só pela natureza
Libertação", Paul Virilio
do piso em que decorre e pela auto-suficiência a que os atletas se
submetem, mas também pela particularidade de percorrer uma linha
cartográfica que é ela própria o espaço-limite, entre o mar e a terra, do território que a integra e
substancia, definindo-o.
O enquadramento paisagístico desse território sublima o impulso de correr para escapar, de
correr pela vida, que encontra ali, afinal, uma linha bem definida e segura. O objectivo, para a
maioria dos atletas é chegar ao fim e a maior compensação, mais do que superar os seus
próprios limites, inscrever na memória do seu corpo aquela distância, como o vínculo que liga o
espaço e o esforço, a duração e a extensão de uma fadiga física, dando medida, uma grandeza
sensível, à experiência de cada um.
A instalação, em tríptico, aborda o conceito de "trajectividade" tão caro a Paul Virilio. Entre a
subjectividade da nossa percepção do território e a objectividade do mesmo, uma imersão na
intensidade desse tempo psicológico do “Ser em trajecto”, como forma de (re)conhecimento do
estar no mundo. As coreografias dos atletas, ao longo da sua preparação para a prova e no dia da
corrida, e as nossas ao acompanhá-los; e “nesse movimento daqui para ali, de um para outro
lugar”, a construção da iconografia cenográfica da memória de um território, sob a influência da
tensão entre o desejo físico de uma liberdade primordial e a percepção de uma finitude de
horizontes a que o homem contemporâneo não consegue escapar.
Carlos Gomes e Fran Lopez Reyes
Concepção e Realização: Carlos Gomes e Fran Lopez Reyes | Direcção de Fotografia: Miguel
Robalo | Banda Sonora Original: Ricardo Webbens | Som: Raquel Jacinto | Produção Executiva:
Bárbara Viseu | Esta instalação é um dos resultados do projecto artístico UMA – Ultra Maratona
Atlântica financiado pela DGArtes | O filme/documentário estreará em 2012 | Co-produção:
MGC Arquitectos/Duplacena | Apoios: Câmara Municipal de Grândola e Casino de Tróia
Projecto Financiado pela Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria de Estado da Cultura /
CARPE DIEM - ARTE & PESQUISA | CCB |
CULTURGEST | EIRA 33 | FUNDAÇÃO EDP |
GALERIA GRAÇA BRANDÃO | MARIA MATOS
TEATRO MUNICIPAL | TEATRO CAMÕES | SÃO
LUIZ TEATRO MUNICIPAL
ESPECTÁCULOS
ANDRESA SOARES . ANDRÉ GODINHO . ANIOL
BUSQUETS . ANNIE VIGIER . CÃO SOLTEIRO . CARLOS
PIMENTA . CATARINA VIEIRA . FRANCK APERTET .
MÁRCIA LANÇA . MIGUEL BONNEVILLE . OLGA DE
SOTO . PAULO RIBEIRO . RAQUEL ANDRÉ . RITA
NATÁLIO . SANDRO AGUILAR . SOLANGE FREITAS .
SÓNIA BAPTISTA . SPACE ENSEMBLE . SUSANA VIDAL
. TIAGO CADETE . VASCO MENDONÇA . ANDRESA
SOARES . ANDRÉ GODINHO . ANIOL BUSQUETS .
ANNIE VIGIER . CÃO SOLTEIRO . CARLOS PIMENTA .
CATARINA VIEIRA . FRANCK APERTET . MÁRCIA
LANÇA . MIGUEL BONNEVILLE . OLGA DE SOTO .
PAULO RIBEIRO . RAQUEL ANDRÉ . RITA NATÁLIO .
SANDRO AGUILAR . SOLANGE FREITAS . SÓNIA
BAPTISTA . SPACE ENSEMBLE . SUSANA VIDAL .
TIAGO CADETE . VASCO MENDONÇA . ANDRESA
SOARES . ANDRÉ GODINHO . ANIOL BUSQUETS .
ANNIE VIGIER . CÃO SOLTEIRO . CARLOS PIMENTA .
CATARINA VIEIRA . FRANCK APERTET . MÁRCIA
LANÇA . MIGUEL BONNEVILLE . OLGA DE SOTO .
PAULO RIBEIRO . RAQUEL ANDRÉ . RITA NATÁLIO .
TEATRO CAMÕES
27 > 29 OUT + 4 > 5 NOV | 21h00
30 OUT + 6 NOV | 16h00
DU DON DE SOI PAULO RIBEIRO
Obra inspirada no universo cinematográfico de
Andrei Tarkovsky.
Uma parceria artística com o Centro Cultural de
Belém.
Imagino que de mote próprio jamais pensaria em coreografar
ou fazer a minha dança incidir e inspirar-se no trabalho do
Tarkovsky. Aí reside sem dúvida o trabalho dos directores
artísticos que nos lançam desafios que são sem dúvida
matéria que permite a renovação e redescoberta do nosso
próprio trabalho. É um risco que independentemente do
resultado, nos transformará a todos, intérpretes e criativos.
Confesso que já tinha passado ao de leve pelo trabalho e os
escritos deste realizador, no entanto, uma observação mais
atenta deixa-me completamente em suspenso, não só pela
força das imagens e das narrativas dos filmes, como ainda
pela profunda cumplicidade que sinto ao reler o que escreveu
e que destaco.
Paulo Ribeiro, Junho 2011
Coreografia: Paulo Ribeiro | Música Original: Nuno Rebelo |
Direcção de Imagem: Fabio Iaquone e Luca Attilli |
Figurinos: Jose António Tenente | Desenho de Luz: Nuno
Meira
ESPECTÁCULO :: dança
SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL
28 > 29 OUT | 21h00
30 OUT | 17h30
A VOZ HUMANA CARLOS PIMENTA
Do seu quarto em desordem uma mulher telefona ao
amante que acaba de a abandonar. O telefone chama uma
voz sem corpo, sem local, mas plena de presença sonora.
Desde logo uma voz apanhada numa rede de
Dantes as pessoas
viam-se. Podíamos
perder a cabeça,
esquecer as
promessas feitas,
arriscar o impossível,
convencer aqueles que
adorávamos através
de um beijo ou de um
abraço. Um olhar
podia mudar tudo.
Mas, com este
aparelho, o que
acabou, acabou.
Jean Cocteau
comunicações, sujeita a interferências, linhas cruzadas e
terminações abruptas. O que procuramos encontrar na
voz? Uma ligação directa ao humano?! No entanto essa
ligação perde-se cada vez mais no advento da tecnologia e o
homem vai-se transformando num simulacro inorgânico de
si próprio. A voz já não nos devolve a imagem de um rosto.
Transformada em sinais electroacústico tornou-se
disfarce da realidade. Ainda seremos capazes de
reconstruir o corpo ignorando esta outra dimensão do
real?
Carlos Pimenta e Raquel Castro
Texto: Jean Cocteau | Tradução: Alexandra Moreira da Silva |
Concepção e Encenação: Carlos Pimenta | Concepção, Som e
Imagem: Raquel Castro | Figurinos: Bernardo Monteiro | Música
Original: Dead Combo | Desenho de Som: Francisco Leal |
Desenho de Luz: José Álvaro Correia | Interpretação: Emília
Silvestre | Co-Produção: Ensemble - Sociedade de Actores,
Festival Temps d'Images, Teatro Nacional de São João e SLTM
ESPECTÁCULO
CCB [pequeno auditório]
3 NOV | 10h00 e 11h30
ALGORÍTMICO SPACE ENSEMBLE
O Space Ensemble encara o desafio de construir um programa de
filmes-concerto relacionando Música e Matemática com
naturalidade e entusiasmo.
Frequentemente referidas como linguagens universais, a relação
entre Música e Matemática parece ser uma fonte inesgotável de
descoberta e inspiração e o Space Ensemble escolhe uma
perspectiva bastante particular: a Música, nosso território
"nativo", é uma
linguagem universal por ser, com o movimento, condição
prévia de comunicação, socialização e, assim, humanidade une
todos os seres humanos no que há de mais elementar e
instintivo. A Matemática, base do conhecimento, como ciência
e aprendizagem, é também universal, por operar como uma
poderosa ferramenta de modelação e manipulação da
realidade (esta e todas as outras) e, assim, se constituir
também como mecanismo de tradução e conversão entre
virtualmente todos os domínios humanos congrega e articula
todas as formas de conhecimento e criação.
Assim, mais do que relacionar Música e Matemática, procuramos
usar a universalidade da expressão musical como forma de ilustrar a
extraordinária potência da ciência matemática na construção de
relações: construímos música a partir de números, em jogos com o
público ou com filmes, musicamos as composições geométricas
animadas de Norman McClaren e René Jodoin e invertemos o
processo, criando novas animações, que traduzem, em tempo real, a
música produzida.
AlgoRítmico é um jogo juvenil, como a própria Matemática, segundo
Hardy. Um jogo de sons e imagens, com regras matemáticas, como o
mundo.
Músicos: Eleonor Picas [harpa], Henrique Fernandes
[contra-baixo], João Martins [saxofones], João Tiago
Fernandes [percussão], Nuno Ferros [electrónica], Sérgio
Bastos [piano] | Filmes realizados por: Norman Mclaren e
René Jodoin | Programação Multimédia em Pure Data
[pd~]: João Martins | Ilustrações: João Tiago Fernandes |
Direcção Artística: Nuno Ferros | Apoio: NFB - National
Film Board (Canadá)
ESPECTÁ CULO : : mú sica : : p ú b lico ju v enil
CCB [pequeno auditório]
4 NOV | 10h00 e 11h30
5 NOV | 11h30 e 15h30
FILMES DA TERRA DO PAI NATAL
SPACE ENSEMBLE
O Space Ensemble interpreta uma banda sonora
original para as curtas-metragens finlandesas do
realizador Heikki Prepula (canguru Gussy e outras
fábulas) e episódios dos filmes Turilas & Jäärä, dos
realizadores Ismo Virtanen e Mariko Härkönen.
Há serrote e theremin, guitarras e harpa, mesa e
balões, num filme-concerto em que serão
revelados detalhes importantes da Finlândia, com
referências óbvias à terra do Pai Natal, às caixas de
música, aos cocos e aos pilotos de corridas de
automóveis.
Sérgio Bastos (piano) | Eleonor Picas (harpa) | João
Martins (saxofones, melódica, flauta, berbequim) |
João Tiago Fernandes (bateria, marimba) | Henrique
Fernandes (contrabaixo, acordeão) | Nuno Ferros
(dj set, electrónicas) | José Miguel Pinto (guitarra,
theremin) | Ana Veloso (guitarra)
ESPECTÁ CULO : : mú sica : : p ú b lico ju v enil
CARPE DIEM - ARTE & PESQUISA
4 > 5 NOV | 18h00 e 19h00
(lotação máxima por sessão: 12 pessoas)
MB#8
MIGUEL BONNEVILLE
Nesta minha série homónima de performances tenho vindo a
insistir na ideia da experiência individual como processo social,
rompendo com a distinção entre público e
privado, tal como na ideia de que a identidade
não é estanque ou linear e que deve ser
entendida como um processo de autoconsciência.
Cada performance é um capítulo de uma
história - a minha história. Cada capítulo traz
intrinsecamente a memória do capítulo anterior
e a preparação para o seguinte.
MB#8 é a consequência de se ter um nome,
uma reputação, de se estar preso, de se lutar e
de se querer parar - a infelicidade de não se
poder parar e a frustração de não se poder
fugir.
MB#8 é a consequência de existir. De existir
agora.
Concepção e Interpretação: Miguel Bonneville | Colaboração: Diogo
Bento | Co-Produção: Miguel Bonneville, DuplaCena, Carpe Diem
Arte e Pesquisa | Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian |
Agradecimentos: Ana Rita Osório, António Júlio, Bárbara Faria,
Carlota Lagido, Cristina Correia, Diogo Melo, Helena Nogueira Silva,
Joana Craveiro, Joana Linda, José Miguel Vitorino, Lara Torres,
Magda Henriques, Maura Teofili, Sofia Arriscado, Sofia Matos,
Sónia Baptista
Aviso: Este espectáculo poderá incluir conteúdos para adultos.
ESPECTÁ CULO : : p erf ormance
GALERIA GRAÇA BRANDÃO
4 > 5 NOV | 20h00
PEAUFINE
SÓNIA BAPTISTA
Passos curtos, sem assustar aragens.
On trompe l'oeil com sombras.
On trompe l'oreille com palavras.
Para cada quadrado de pele exposta há um metro
quadrado de seda que se
desenrola disposta.
Pêlo, pele apurada.
(No Japão antigo os encontros amorosos desvendavamse em pequenos livros de gravuras de erotismos
coleccionados, retratos do mundo flutuante).
Direcção Artística, Textos, Co-Criação Video e Música e Interpretação: Sónia Baptista |
Fotografia, Coordenação Editorial, Co-Criação Vídeo e Música: Helena Nogueira-Silva |
Consultor Musical: Vítor Rua | Figurinos: Lara Torres & Sónia Baptista | Consultor de
Edição e Registo de Vídeo: João Lacerda Seixas | Produção Executiva: João Lemos e
Helena Nogueira-Silva | Produção: alvo (neutro) associação | Co-Produção: Festival
Temps d'Images | Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian; O Espaço do Tempo
ESPECTÁ CULO : : p erf ormance
CULTURGEST [palco grande auditório]
4 > 5 NOV | 21h30
HISTOIRE(S) OLGA DE SOTO
Em Junho de 2003, a convite de António Pinto Ribeiro, no âmbito do
programa Homenagem a Le Jeune Homme et la Mort, que evocava o
bailado estreado em Paris em Junho de 1946 no Théatre des Champs
Elysées, com libreto de Jean Cocteau, coreografia de Roland Petit e
memorável interpretação do bailarino Jean Babilée, a coreógrafa Olga
de Soto criou para a Culturgest História (primeira versão), apresentada
num espectáculo partilhado com o compositor Luís Tinoco (Imaginary
Landscape - a melodrumming after Cocteau) e com o coreógrafo Hervé
Robbe (REW - vers une utopie du renoncement).
Depois destas apresentações em Lisboa, Olga de Soto continuou a
desenvolver o projecto, que deu origem ao vídeo performance
documentário Histoire(s) estreado em 2004 no Kunstenfestivaldesarts,
em Bruxelas que, desde então, tem circulado por toda a Europa com
enorme sucesso, e agora apresentamos. Trata-se do resultado de uma
pesquisa sobre o que perdura de um espectáculo da dança na memória
dos espectadores, com recurso aos comoventes testemunhos filmados
de alguns espectadores mais de meio século após terem assistido às
primeiras apresentações de Le Jeune Homme et la Mort em 1946, no
imediato pós-guerra.
Conceito, Direcção e Coreografia: Olga de Soto | Criado com: Vincent Druguet | Intérpretes: Cyril Accorsi e Olga de Soto |
Realização Vídeo, Câmara e Som: Olga de Soto | Testemunhos de: Micheline Hesse, Suzanne Batbedat, Robert Genin, Brigitte
Evellin, Julien Pley, Françoise Olivaux, Olivier Merlin e Frédéric Stern | Montagem Vídeo: Montxo de Soto e Olga de Soto | Música:
Johann Sebastian Bach, Sarabanda da Suite inglesa nº2 BWV 807, Sarabanda da Suite inglesa nº5 BWV 810, Passacaglia
em dó menor BWV 852 (transcrição para piano) interpretadas ao piano por: Angela Hewitt | Cenografia: Thibault
Vancraenenbroeck | Desenho de Luz: Henri-Emmanuel Doublier | Direcção Técnica: Christophe Gualde | Produção: NIELS
(Bruxelas) | Co-Produção: Kunstenfestivaldesarts, Centre National de la Danse - Pantin | Apoio: COM4 HD - Madrid, Ministère de
la Communauté française Wallonie-Bruxelas - Secteur Danse | Responsável pela Digressão: Caravan Production, Bruxelas
ESPECTÁ CULO : : v íd eo p erf ormance
SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL
4 > 5 NOV | 23h30
PING VASCO MENDONÇA e
SANDRO AGUILAR
a partir de Samuel Beckett
Ping é um dos mais fascinantes textos de
Samuel Beckett: setenta frases enigmáticas,
poucas palavras, muita repetição. E algures
nelas uma narrativa de clausura e consciência,
de apagamento e do medo da memória. Como
uma sonda que invade e perturba o organismo
fortificado de Beckett, Ping é uma peça
multimedia de sons e gestos fundamentais,
com música de Vasco Mendonça e vídeo de
Sandro Aguilar, interpretada por Joana
Manuel e a ORCHESTRUTOPICA.
Texto: Samuel Beckett | Música: Vasco Mendonça |
Vídeo: Sandro Aguilar | Interpretação: Joana Manuel Voz, ORCHESTRUTOPICA | Produção: VH Produções |
Co-Produção: DuplaCena / Temps d'Images
ESPECTÁ CULO : : mú sica
MUSEU DA ELETRICIDADE
6 NOV | 19h30
7 NOV | 21h00
BOMBAS
( O U PEQUENAS EXPLOSÕES A SÓS)
SUSANA VIDAL
Fico à espera da sua explosão... ela diz... eu nunca tive medo...
Construíamos as bombas em casa... depois do almoço...
depois de beber um simples café quente... depois de fazer
amor... depois de adormecer os nossos filhos... todos os dias,
sem descanso, esse era o nosso trabalho...
Sabíamos que as bombas ficariam ali para sempre, entre as
nossas mãos e dentro da nossa própria casa...
Grita...corre...
Abre o coração até perceber... até perceber... ela é a filha-daputa que levava a merda da bomba...
BOMBAS (ou pequenas explosões a sós) é a segunda parte
de uma trilogia que ao longo de 6 meses será apresentada
ao público em diferentes espaços e formatos. Uma
dramaturgia que ao longo do tempo e em cada nova
apresentação revelará as camadas submersas em cada
criação anterior. Bombas é o segundo esboço de um quebra-cabeças para criar, no
fim, um mapa de memórias, imagens e ideias de fácil combustão.
A primeira parte, intitulada Bombas (ou morrer durante uma semana), foi
apresentada no Cinema São Jorge, no mês de Setembro.
A última parte será apresentada na Casa Conveniente, em Fevereiro de 2012
Susana Vidal
Texto e encenação: Susana Vidal | Interpretação: Carla Ribeiro, Maria João Garcia, Sara de
Castro | Cenografia: Eric Costa | Músicos: João Pedro Viegas e Paulo Curado | Desenho de
Som: David Palma | Vídeo: Cláudia Tomaz | Desenho de Luz: B Negativo Associação Cultural |
Produção: B Negativo Associação Cultural | Co-produtores: Cinema São Jorge e Festival
Temp d'Images | Parceria: Museu da Eletricidade, Casa Conveniente, Espaço Sou | Apoio:
Artica Creative Computing
Projecto Financiado pela
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria de Estado da Cultura /
ESPECTÁ CULO : : p erf ormance
CULTURGEST [palco grande auditório]
8 > 9 NOV | 21h30
SUR LES TRACES DE LA TABLE VERTE
OLGA DE SOTO
Olga de Soto, que podemos considerar precursora de um movimento
de pesquisa e recuperação da memória da dança do século XX, que
hoje tem cada vez mais força entre os
criadores e intérpretes da dança
contemporânea europeia, está
actualmente a desenvolver um trabalho
de pesquisa sobre A Mesa Verde,
bailado mítico de Kurt Jooss em que
podemos ler uma antevisão do fascismo
e da guerra, e que estreou no Théâtre
des Champs Elysées em Julho de 1932 no mesmo teatro parisiense em que, em
1946, estreou Le Jeune Homme et la
Mort, ponto de partida do espectáculo
anterior, Histoire(s) - escassos meses
antes da ascensão de Hitler ao poder.
Conceito, Documentação, Câmara, Som, Texto e Apresentação: Olga de Soto | Testemunhos: Micheline Hesse, Brigitte Evellin,
Suzanne Batbedat, Françoise Olivaux, Frederic Stern, Françoise Dupuy e Michelle Nadal | Realização Vídeo: Olga de Soto |
Montagem Vídeo: Julien Contreau e Olga de Soto | Extractos do filme: "The Green Table", BBC 1967, BBC Motion Gallery | Voz Off:
Kurt Jooss (extracto da entrevista Berghson-Jooss, Califórnia, 1974, com autorização de Tanzarchiv Köln) | Genérico: Stéphan
Higelin | Assistente de Pesquisa Documental nos Arquivos de Colónia: Katja Herlemann | Direcção Técnica: Christophe Gualde |
Direcção de Luzes: Bram Moriau | Direcção de Som e Vídeo: Pierre Gufflet | Fotografias de Kurt Hegel, Marian Reisman, Riwkin,
Sacha Stone, Fritz Henle e fotógrafos desconhecidos | Três Fotografias de "La Table Verte" de Albert Renger-Patzsch / Albert
Renger-Patzsch Archiv - Ann und Juergen Wilde / VG Bild-Kunst, Bonn / SABAM, Belgica 2010 | Produção: NIELS (Bruxelas),
em colaboração com Caravan Production (Bruxelas) | Co-Produção: CCN de Franche-Comté (Belfort), Les halles (Bruxelas),
TanzWerkstatt Berlin / Tanz im August (Berlim), Charleroi-Danses / Centre Chorégraphique de la Communauté Française
(Charleroi, Bruxelas, para a pesquisa em 2007 e 2008), Culturgest (Lisboa) | Apoio: Ministère de la Communauté française de
Belgique - Secteur danse, Arquivos Jooss, (Cologne / Amsterdam), Deutschen Tanzarchives Köln
ESPECTÁ CULO : : conf erência p erf ormance
CCB [sala de ensaio]
9 > 11 NOV | 11h00
12 NOV | 15h30 e 13 NOV | 11h30
A FORMA DO ESPAÇO
UMA HISTÓRIA DE AMOR INTRIGA E SEDUÇÃO
a partir de A Forma do Espaço integrado nas Cosmicómicas de Italo Calvino
ANDRESA SOARES e LÍGIA SOARES
A cosmicómica, “A Forma do Espaço”, fala-nos do tempo em que ainda não
havia universo e em que Qfwfq caía continuamente no vazio, juntamente com
a desejável Úrsula H´x e o insuportável tenente Fenimore.
Ao cair, cada um pela sua trajetória paralela, seria bem possível que se
encontrassem no infinito, isto se a geometria não fosse também produto do
pensamento... Assim sendo, o desejo e o ciúme podiam mudar o rumo das
coisas. Para contar esta história é criado um dispositivo que se assemelha a
um teatro de sombras e que, tal como a escrita de Calvino, explora duas
vertentes: a científica e a romanesca, com o objetivo de criar uma enorme
“fantasia”.
No final do espetáculo, os jovens serão convidados a experimentar o
dispositivo e criar demonstrações que contenham, simultaneamente, uma
visão científica, poética e performativa.
Direcção Artística: Andresa Soares, Lígia Soares | Espaço
Cénico: Andresa Soares | Criação e Interpretação:
Alexandra Sargento, Andresa Soares, Lígia Soares |
Composição Musical: João Lucas | Voz Off: Hugo Amaro |
Oficina dirigida por: Alexandra Sargento, Andresa Soares,
Lígia Soares | Produção: Máquina Agradável
ESPECTÁ CULO : : of icina p ara p ú b lico ju v enil
EIRA 33
10 > 21 NOV
NOME EIRA#4 TIAGO CADETE
© John Romão
A partir de 2011, a EIRA tomou como eixo de programação do
espaço EIRA33 a organização de um ciclo de "pequenos festivais"
intitulados NOME EIRA. Estes eventos são centrados no trabalho
de um determinado artista associado à EIRA ou convidado
especificamente para este
contexto. Bimensalmente /
trimestralmente a EIRA convida
um artista a mostrar vários
projectos da sua autoria e a
apresentar trabalhos de outros
criadores. O formato do evento é
sempre livre e delineado
segundo o critério do artista
convidado. Neste sentido, o
"criador em foco" é também
programador do evento, sendolhe proposto criar não só um
lugar de encontro e diálogo com
o seu trabalho artístico mas
também com outros artistas e o
público em geral. Entre 10 e 21
de Novembro, o Temps d'Images
associa-se a este evento apresentando espectáculos inseridos no
evento NOME EIRA#4: TIAGO CADETE, um pequeno festival
organizado pela EIRA e centrado no trabalho do jovem encenador
Tiago Cadete, artista apoiado pela EIRA durante o biénio
2011/2012.
PROGRAMA: NOME EIRA#4 TIAGO CADETE
FORA DE JOGO
SOLANGE FREITAS + CATARINA VIEIRA
10 > 12 NOV | 21h30
HIGHLIGHT
TIAGO CADETE (ESTREIA ABSOLUTA)
15 > 16 NOV | 21h30
NO DIGITAL
TIAGO CADETE + RAQUEL ANDRÉ
21 NOV | 21h30
ESPECTÁ CULO
Programa no espaço EIRA33 inserido no TEMPS D'IMAGES
EIRA 33
10 > 12 NOV | 21h30
FORA DE JOGO
SOLANGE FREITAS e CATARINA VIEIRA
Fora de Jogo é sobre o desejo e a sua relação com o poder, sobre as
estratégias para fugir ao tédio, à crise, ao quotidiano. Quanto tempo
podes aguentar o teu desejo, sem deixá-lo esmorecer?
O que podemos hoje desejar? Podemos desejar agir? Podemos
agir? E precisamos de ser muitos ou poucos? Que medidas
adoptamos quando o desejo se torna urgente e também extremo,
implicando uma acção radical num espaço maior que o indivíduo, o
espaço da sua relação com o outro?
A presença do vídeo põe em causa e agudiza as fronteiras de desejo
materializado ou em estado de latência. Como pode tornar-se
consciente um desejo e como se materializa? Pela possibilidade de
ser dito, de se materializar em imagem? Que ficções o desejo
produz?
Texto: Catarina Vieira, Claúdia Lucas Chéu, Solange Freitas | Criação: Catarina Vieira e Solange Freitas |
Interpretação: Catarina Vieira, Solange Freitas, Wagner Borges, Tiago Cadete, entre outros. | Participação
(Vídeo]: Bruno Huca, Estêvão Antunes, Catarina Vieira, Solange Freitas, Tiago Cadete, Wagner Borges, entre
outros. | Vídeo: Carlos Conceição | Apoio à Dramaturgia: Claúdia Lucas Chéu | Desenho de Luz: John Romão |
Espaço Sonoro: Tiago Cerqueira | Fotografia: Bruno Simão | Produção: Vertigo Associação Cultural | CoProdução: Festival Temps d'Images / Duplacena / Eira | Projecto apoiado pelo Programa Gulbenkian para as
Artes Performativas / Novos Encenadores | Agradecimentos: Tiago Vieira, Há Que Dizê-Lo, Colectivo84, CCB
ESPECTÁCULO :: teatro
[Programa NOME EIRA#4: TIAGO CADETE]
EIRA 33
15 > 16 NOV | 21h30
HIGHLIGHT TIAGO CADETE
Lastly, I wish to highlight / Finalmente realço / I wish to highlight the
importance / Destaco a importância / I would like to highlight two / Gostaria
de focar dois deles / I want to highlight three aspects / Gostaria de salientar
três aspectos / I would like to highlight two of them / Gostaria de referir duas
/ There are two points I want to
highlight / Há dois pontos que
desejo sublinhar / I would like
to highlight five questions /
Gostaria de levantar cinco
questões / I think it is
important to highlight this /
Creio que é importante
salientar isso / I wish to
highlight four essential points /
Gostaria de salientar 4 pontos
essenciais / Amongst these
weaknesses I would highlight /
Entre essas debilidades
destaco / I only want to
highlight a couple of points /
Queria apenas seleccionar
alguns pontos / I should like to
highlight a few points /
Gostaria de sublinhar apenas
alguns aspectos.
© Tiago Cadete
Criação e Interpretação: Tiago Cadete |
Consultadoria: Francisco Camacho |
Residências Artísticas: Espaço Eira 33 |
Co-Produção: Festival Temps d'Images Duplacena e Eira
ESPECTÁ CULO
[Prog rama N O ME EIRA # 4 : TIA G O CA D ETE]
EIRA 33
21 NOV | 21h30
NO DIGITAL
TIAGO CADETE & RAQUEL ANDRÉ
NO Digital é sobre Cartas, as que encontrámos, as que não escrevemos, as que
queríamos ter escrito, as que chegámos a escrever, as que nos escrevem, as que
estamos à espera, as que nunca vamos receber e sobre aquelas que ainda hoje
guardamos.
NO Digital é acima de tudo um
coleccionismo de memórias,
as que não tivemos, as que
lemos e as que criamos...
Criação e Interpretação: Tiago Cadete & Raquel André |
Consultadoria de Figurinos: Carlota Lagido | Consultadoria de
Espaço Cénico: José Capela | Apoio à Criação: Bernardo Almeida |
Fotografias: André Uerba | Fotografias de Residência: Tiago Brás |
Fotografias de Cena: Bruno Simão | Co-Produção: Eira, Teatro
Taborda, Molloy | Residências Artísticas: Espaço Eira33, DevirCapa | Apoio à Residência: Gestão dos Direitos dos Artistas (GDA)
| Apoios: DuplaCena / Festival Temps d'Images, Livraria Trama,
Maus Hábitos e Oficinas do Convento
Projecto Financiado por::
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria de Estado da Cultura /
ESPECTÁ CULO
[Prog rama N O ME EIRA # 4 : TIA G O CA D ETE]
e
MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL
11 > 12 NOV | 21h30
O DESEJO IGNORANTE
MÁRCIA LANÇA e ANIOL BUSQUETS
No palco os bailarinos esperam que algo lhes
aconteça, esperam o momento em que aparece o
desejo. Do desejo pode surgir a ação e por isso o
gesto, o movimento, a palavra. Os bailarinos
constroem frente a frente com o espectador um
diálogo permanente entre o que conhecem e o que
desconhecem. Apresentam-se a cru, numa espécie de
dança documentário. Em O Desejo Ignorante, o vídeo
assume uma preponderância similar à dos cenários
pintados dos grandes Ballets Russos e das óperas
renascentistas que imitavam a realidade trazendo
paisagens majestosas para cena. Criando desta
forma um contexto, um cenário e uma paisagem. Uma
das questões fundamentais na pesquisa realizada
para O Desejo Ignorante é a de unir o pensamento
com a ação, fazendo-os dialogar em simultâneo sem
os separar.
Projecto e Direcção: Márcia Lança | Criação e Interpretação: Aniol Busquets e Márcia Lança | Desenho de Luz: Alexandre Coelho |
Vídeo: Tiago Hespanha | Assistente de Vídeo: Rui Xavier | Conversas: Olga Mesa | Direcção de Produção: Sérgio Parreira | Difusão:
Sofia Campos – SUMO, Associação de Difusão Cultural | Produção: VAGAR | Co-Produção: Duplacena/Festival Temps d’Images,
Teatro Maria Matos, Teatro Viriato | Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian | Apoio à Residência: GDA Direitos dos Artistas |
Residências Artísticas: Negócio ZDB – Lisboa, KustenCentrum Buda – Kortrijk, Teatro Viriato – Viseu, Companhia Nacional de
Bailado/Teatro Camões – Lisboa | Outros Apoios: De Kortrijkse Schouwburg / Fundação Centro Cultural de Belém /Museu
Nacional do Teatro / Re.Al /Teatro Praga | Agradecimentos: Agnès Quackels, Barbara Raes, Bram Coeman, Fernando Filipe,
Florent Delval, João Calixto, José Carlos Alvarez, Kristof Jonckheere, Nicolas Duquerroy, Rudy Dewaegeneere
Projecto Financiado pela: Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria de Estado da Cultura /
Produção:
Co-produção:
Apoio:
Apoio à residência:
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Residências Artísticas:
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ESPECTÁ CULO : : d ança
CARPE DIEM - ARTE & PESQUISA
12 NOV | 15h00 > 19h00
CASTER
ANNIE VIGIER & FRANCK APERTET
Annie Vigier & Franck Apertet (les gens d'Uterpan) examinam as normas que definem a dança e as artes
performativas. Ao aparecer em diferentes espaços que revelam a acção do corpo, ou ao adaptar-se ao próprio
espaço, provocam as condições para uma nova reflexão sobre os diferentes métodos de representação,
produção e interpretação da performance.
As suas performances foram apresentadas no Project Arts Centre Dublin, na Tate Modern London, no Institute of
Contemporary Arts London, no Kunsthalle Basel, no VI Cali Performance Festival, no Museu de Arte Moderna de
Varsóvia, no Kunsthaus Graz-Museum Joanneum, na Bienal de Arte Contemporânea de Berlim em 2008 e 2010,
no Nam June Paik Art Center de Seul, entre outros lugares...
Caster *
* Estrangeirismo na língua francesa do verbo
inglês "to cast" (lançar), adoptado pelo mundo
audiovisual e artístico francês, re-interpretado
aqui para descrever esta peça coreográfica.
A posição do coreógrafo determina e organiza um
sistema hierárquico. Implica uma relação de
autoridade baseada na observação. A disciplina
da dança estabelece esta situação dando à
pessoa que observa o poder de direcção absoluto.
O “status” do coreógrafo requer que efectuemos
uma constante avaliação das capacidades físicas,
das qualidades morfológicas e do funcionamento
psicológico das pessoas.
Uma série de instruções, estratégias, afirmações,
validações e rejeições alimentam e activam o ditado de obediência e subordinação ao nosso ponto de vista. Esta
posição define-nos como autorizados a analisar e organizar, um conjunto de valores objectivos e subjectivos sobre
o corpo do bailarino.
Ao ser transportada para um espaço expositivo, a activação da relação entre indivíduos anónimos traduz-se numa
forma crítica de uma verdadeira instalação de pessoas. A função do coreógrafo é a de um auto-proclamado poder.
Autorizado a analisar, gerir, organizar e agir sobre os corpos apresentados num determinado espaço.
Esta peça faz parte do ciclo de criação: re|action | Parceiros: Carpe Diem Arte e Pesquisa / Temps d'Images
Festival / Institut Français | Apoios: Regional Cultural Affairs Office of Ile-de-France - French Ministry of Culture
and Communication - Grant for the choreographic compagny 2009-2010 - Grant for a project 2011/Ile-deFrance Region agreement of artistic and cultural permanency/Association Beaumarchais-SACD - support to
creation 2009/Ile-de-France Region and Département de Paris - support to employment | Residência Artística:
CAC Brétigny (France) | Annie Vigier & Franck Apertet (les gens d'Uterpan) são apoiados por: General Council of
Essonne | Apoio à Residência: CAC Brétigny, equipment of the Val d'Orge Community
ESPECTÁ CULO
TEATRO CAMÕES
12 NOV | 21h00
13 NOV | 16h00
PLAY, THE FILM CÃO SOLTEIRO &
ANDRÉ GODINHO
PLAY: The Film, PLAY/ THE FILM, PLAY THE FILM
GODDAMMIT.
(Começamos mal)
O que adiante se visionará não é um filme nem um
espectáculo de teatro mas o espaço ínfimo entre
os dois formatos. Um momento de interferência
bem fazer (fazer
em que as regras aceites de bem
bem sem olhar a quem) coexistem enervadas e
sobrepostas.
Àquilo que se enuncia logo se renuncia: propõe-se
um OLHAR deslocado sobre dois objectos cuja
vista se atravanca para que a sua forma original,
desprovida de significado, seja apenas matéria da
cena. Des/monta-se o filme através do acto
teatral, e o invés. Ao filme, aliás, faz-se-lhe de tudo:
cortar, colar, inverter, dobrar. Sem qualquer um
dos pudores da cinefilia.
Opera-se sobretudo pela transferência de dados,
quer cénicos quer textuais, entre formatos
recorrendo a encontros já de si históricos como o
do Vaudeville com o Musical de Hollywood,
concentrando-nos na figura de maravilhoso mau
gosto - o ventríloquo.
(Não se nos apresentam soluções, apenas o
desejo de sublimar neste local o caos instaurado
nas nossas cabeças.)
Um espectáculo construído a partir de The Great Gabbo
de James Cruze, 1929, por: André Godinho, Joana
Manuel, Joana Dilão, Mariana Sá Nogueira, Michelle D'
Orleans, Noëlle Georg, Paula Sá Nogueira, Paulo Lages,
Steve Stoer
Participação especial: Cais Sodré Cabaret
Dobrado em português
ESPECTÁ CULO : : teatro
CULTURGEST [pequeno auditório]
22 > 23 NOV | 21h30
NÃO SE VÊ QUE SOU EU MAS
É UM RETRATO RITA NATÁLIO
Todo o século vinte e um é um trinta e um. Não se vê que sou
eu mas é um retrato é uma ficção teatral e plástica a partir
de encontros com portugueses entre os 9 e os 90 anos
sobre as suas vidas e a suas noções de comunidade. A base
fornecida por este conjunto de entrevistas é alterada,
expandida e conectada por um trabalho de escrita de ficção
e de encenação que contém simultaneamente o imaginário
singular de cada participante e a sua diluição numa visão de
conjunto. De perto, cada indivíduo está sempre entre dois
ou vários, pertencendo a todos e a nenhum, sem no entanto
pertencer-se. De longe, há a escrita que veste e despe
personagens que nos vão falando das sedes deste século.
Perguntamo-nos o que aconteceria se mais de trinta
pessoas que não se conhecem à partida, ficassem presas
numa sala e tivessem apenas uma hora para gerir as suas
diferenças e encontrar forma dali saírem? Não se vê que
sou eu mas é um retrato é feito deste cruzamento
caleidoscópico de testemunhos reais, utopias de vida em
conjunto, desejos, ideias de comunidade, sedes e regras de
mecânica inventada.
Direcção Artística: Rita Natálio | Artista Convidada - Criação Instalação
Cénica: Luciana Fina | Performers: Cláudio da Silva, Carla Bolito, Nuno
Lucas | Texto Original: Rita Natálio e Escrita Colectiva de: Carla Bolito,
Cláudio da Silva e Nuno Lucas | Desenho de Luz: Carlos Ramos | Desenho
de Som: Rui Dâmaso | Acompanhamento Crítico: Vera Mantero, Luísa
Veloso | Fotografia: Inês Abreu e Silva | Produção: O Rumo do Fumo | CoProdução: O Rumo do Fumo, Festival Escritas na Paisagem, Município
do Fundão, Culturgest e Festival Temps d'Images | Residência Artística:
Alkantara | Agradecimentos: Andrea Sozzi, João Ribeiro, Magda Bull e a
todos os participantes neste projecto.
ESPECTÁCULO :: performance
CINEMATECA PORTUGUESA | FBAUL AUDITÓRIO
DA FACULDADE DE BELAS ARTES | SÃO LUIZ
TEATRO MUNICIPAL
PROJECÇÕES
BEATRIZ TOMAZ . BORIS BARNET . C. MORTON . CARL T.
DREYER . CHARLES ATLAS . DANIEL SCHMID . DIMITRI
KIRSANOFF . DUDLEY MURPHY . ED. ACKERMAN .
FERNANDO LOPES . FILIPE ARAÚJO . GEORGES MELIES .
GHISLAINE HEGER . GREGORY MARKOPOULOS . GIL
MADDALENA . GUSTAVO BECK . HANNA E BARBERA .
HUMPHREY JENNINGS . INMACULADA DE LA CALLE .
JACQUES TOURNEUR . JAMES WHITNEY . JEAN EPSTEIN .
JEAN GRÉMILLON . JEAN ROUCH . J. L. GODARD . J. M.
STRAUB / D. HUILLET . JO GRAELL . JOÃO PAULO FERREIRA .
JORGE SILVA MELO . J. P. RODRIGUES . KATHERINE KNIGHT .
KING VIDOR . KENNETH ANGER . KONSTANTINOSANTONIOS GOUTOS . LARRY CHARLES . LECH SCZANIECKI .
LEE HYUNG-SUK . LEN LYE . LOUISE FAURE & ANNE JULIEN .
LUCIAN MUNTEAN . LUÍS ALVES DE MATOS . LUÍS
MARGALHAU . MARCELO FELIX . MARCOS RIBEIRO .
MARGUERITE DURAS . MAX OPHÜLS . MICHAEL KAM .
MICHAEL
WENDE
.
NATASA
MUNTEAN
.
NINA
GALANTERNICK . NORMAN MCLAREN . PAULO ROCHA .
PAWEL JOZWIAK-RODAN . PETER NESTLER . QUINTINHO
BASTO . RAQUEL CASTRO . REINHARD WULF . PHILIPP
HARTMANN . RIMA YAMAZAKI . ROGÉRIO TAVEIRA . ROY
ROWLAND . SATYAJIT RAY . STANLEY DONEN . STEVE
ELKINS . SUSAN SOLLINS . SUSANA NASCIMENTO DUARTE .
TIAGO CRAVIDÃO . VIKING EGGELING . WALT DISNEY
PRO JECÇÕ ES
SOUNDWALKERS RAQUEL CASTRO
SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL jardim de inverno
28 > 29 OUT | 20h00 e 22h15
30 OUT | 16h30 e 18h45
Soundwalkers, de Raquel Castro, é um
inquérito, uma busca de sentido para os
sons da nossa vida. Uma viagem pelos
ruídos e os espaços e as pessoas e os
espaços moldados pelos ruídos. Um
documentário em que se procuram as
formas dos sons e se interroga a nossa
percepção e consciência dos lugares
enquanto construções sonoras, dos
lugares enquanto ligações aurais.
Durante cerca de 35 minutos, artistas,
músicos, arquitectos e outras pessoas
que vivem atentas ao mundo sonoro,
dão-nos ideias sobre o que é o Som e a
importância de sabermos… ouvir.
Realização: Raquel Castro
CONFERÊNCIA
CORPO, VOZ, ESCRITA, VOZ
TEATRO MUNICIPAL S. LUIZ
29 OUT | 18h00
José Bragança de Miranda (filósofo da comunicação) discute o processo de mediação da voz, a partir de
A Voz Humana e Soundwalkers.
PRO JECÇÕ ES :: c iclo d e cinema
O cinema à volta de cinco - Cinco artes à volta do cinema
CINEMATOGRAFIA E MUSICALIDADE
CINEMATECA PORTUGUESA
14 > 19 NOV + 21 > 22 NOV
Se nas edições anteriores a ideia de coreografia no cinema não se reduzia às comédias musicais ou às cenas dançadas,
nem a teatralidade no cinema à representação do teatro ou à presença visível do teatro dentro do filme, trata-se agora de
abordar a musicalidade como ela se revela nos diferentes aspectos da " mise en scène " dos filmes. Isso leva-nos a abordar
a musicalidade cinematográfica não apenas pela utilização que pode ser feita da música nos filmes mas também, e
sobretudo, pelo tratamento cinematográfico do tempo, quer seja pela montagem, o movimento, o contraponto imagemsom, as rupturas cronológicas, o ritmo, o leitmotiv, a alternância das luzes, etc.
Desde os primórdios do cinema que os realizadores reinvindicaram uma forma cinematográfica mais próxima da
musicalidade do que da narrativa. Foi nomeadamente o caso das " avant-garde " francesas, mas também das alemãs dos
anos 20, ainda na época do cinema mudo, que procuravam libertar o cinema das reproduções teatrais ou literárias.
Desconstrução da narrativa pela fragmentação, o estilhaçar do tempo, a procura de um ritmo fora de um contexto
narrativo.
Mas a musicalidade no cinema não se esgota evidentemente com o fim das suas pesquisas formais. Com a chegada do
cinema sonoro, a banda sonora, vai participar nisso muito fortemente: a relação entre ruídos e sons naturais, a textura das
vozes, os silêncios…
Esta primeira edição dedicada ás relações cinematografia-musicalidade abre pistas que serão desenvolvidas
posteriormente nas próximas edições, daí a grande variedade de filmes propostos, desde os filmes mudos aos filmes
contemporâneos, passando por filmes de animação, por filmes conhecidos ou desconhecidos.
Esta programação procura, desde a sua primeira edição, levar o espectador a abordar os filmes - mesmo aqueles que já
conhece - com um novo olhar (e um novo ouvido) e a redescobri-los graças à simples alteração do ponto de vista, desta vez
através da musicalidade. Mas procura ainda dar a descobrir novas obras ou propor filmes pouco vistos (e pouco
conhecidos) em Portugal.
São assim apresentados filmes de Dimitri Kirsanoff, Jean Grémillon, Gregory Markopoulos, Kenneth Anger, Viking Eggelin,
mas também filmes de Humphrey Jennings, Peter Nestler, Jean-Marie Straub, Jean Epstein, ou ainda de Jacques Touneur,
Boris Barnet, Max Ophuls, Satyajit Ray, em Portugal João
Pedro Rodrigues, Paulo Rocha, Fernando Lopes e muitos
outros.
Como acontece desde a sua primeira edição, é a relação entre
os filmes escolhidos, o catálogo, constituído por textos em
grande parte originais, e o encontro com os autores dos textos,
realizadores, críticos, escritores, encenadores, actores,
músicos, etc., que constitui a base e a matéria que determina
este programa.
Para além da equipa de coordenação que formamos com
Ricardo Matos Cabo, participou activamente neste programa,
Bernard Eisenschitz, Cyril Neyrat, Stéfani de Loppinot, Marcos
Uzal, Pierre Léon, Renaud Legrand, Luís Miguel Oliveira, com
quem temos vindo a criar um diálogo em torno das relações
entre o cinema e as outras artes. Para além dos nomes já
citados e que estarão connosco contamos ainda com a
presença de outros cineastas e autores que virão apresentar e
dialogar sobre os filmes, como Regina Guimarães, João Pedro
Rodrigues, Alberto Seixas Santos, Antonio Rodrigues, Diogo
Dória, que escreveram textos originais sobre alguns dos filmes deste programa.
Pierre-Marie Goulet e Teresa Garcia
Lisboa, Outubro 2011
PROJECÇÕES :: ciclo de cinema
14 NOV
21h30 | sala felix ribeiro
15 NOV 19h00 | sala felix ribeiro
16 NOV
17 NOV
RAINBOW DANCE, Len LYE (1936) 3mn 50
IT'S ALWAYS FAIR WEATHER /DANÇANDO NAS NUVENS, Stanley DONEN
LE MÉLOMANE Georges MELIES (1903) 3mn
FREE RADICALS, Len LYE (1958) 4mn
TOUROU ET BITTI, Jean ROUCH (1972) 9mn)
DE NAEDE FAERGEN (Eles Alcançarão o Barco?), Carl T. DREYER
LE TEMPESTAIRE, Jean EPSTEIN (1947) 22mn (DVD/PM)
PRIMITI TOO TA, Ed.ACKERMAN, C.MORTON
LE CAMION, Marguerite DURAS (1977) 80mn
19h30 | sala luís de pina
TRADE TATOO, Len LYE (1937) 5mn35
PUISSANCE DE LA PAROLE, J. L. GODARD (1988) 25mn
EINLEITUNG ZU ARNOLD SCHOENBERGS BEGLEITMUSIK ZU EINER LICHTSPIELSCENE
Introdução a 'Música de Acompanhamento Para Uma Peça Cinematográfica' de Arnold
Schoenberg", J. M.STRAUB/ D. HUILLET (1973) 16mn
22h00 | sala luís de pina
RHYTHM, Len LYE (1957) 1mn05
SPARE TIME, Humphrey JENNINGS (1939) 15mn
EIN ARBEITERCLUB IN SHEFFIELD, Peter NESTLER
(1988) 6mn
(1965) 41mn
MALDONE, Jean Grémillon
22h00 | sala luís de pina
SYMPHONIE DIAGONALE, Viking EGGELING
RAPT, Dimitri KIRSANOFF (1933/34) 83mn
18 NOV
19h00 | sala felix ribeiro
21h30 | sala felix ribeiro
Á BEIRA DO MAR AZUL, Boris BARNET (1936)
O RIO DO OURO, Paulo ROCHA (1998) 95mn
19 NOV
15h00 | sala felix ribeiro
BUMBLE BOOGIE, WALT DISNEY (1948) 3'
THE CAT CONCERTO, HANNA E BARBERA (1947) 8mn
THE 5000 FINGERS OF DR. T, Roy ROWLAND (1953)
22 NOV
(1948) 11mn
21h30 | sala felix ribeiro
19h30 | sala luís de pina
21 NOV
(1955) 101mn
(1928) 102 mn
(1925) 9mn
71mn
19h00 | sala felix ribeiro
EAUX D'ARTIFICE, Kenneth ANGER
LIBELEI, Max OPHÜLS (1933) 88mn
21h30 | sala felix ribeiro
BLACK AND TAN, Dudley MURPHY (1929)
HALLELUYAH, King VIDOR (1929) 109mn
19h30 | sala luís de pina
MING GREEN, Gregory MARKOPOULOS (1966) 7mn
IL BACIO DI TOSCA, Daniel SCHMID (1984) 87mn
22h00 | sala luís de pina
MASKED AND ANONYMOUS, Larry CHARLES
19h30 | sala luís de pina
UMA ABELHA NA CHUVA, Fernando LOPES
22h00 | sala luís de pina
LAPIS, James WHITNEY (1966) 10mn
DEVI / A DEUSA, Satyajit RAY (1960)
19h00 | sala felix ribeiro
21h30 | sala felix ribeiro
89mn
(1953) 12mn
19mn
(2003) 112mn
(1972) 75mn
93mn
SKELETON DANCE, W. Disney (1929) 5mn30
LEOPARD MAN / O HOMEM LEOPARDO, Jacques TOURNEUR
MORRER COMO UM HOMEM, J. P. Rodrigues
http://ocinemaavoltadecincoartes.blogspot.com/
(1943) 66mn
(2009) 223mn
[PROGRAMA SUJEITO A ALTERAÇÕES]
PROJECÇÕES :: secção competitiva
PRÉMIOS DE CINEMA
PARA FILMES SOBRE ARTE
FACULDADE DE BELAS ARTES DA UNIVERSIDADE DE LISBOA [auditório]
14 > 18 NOV | 15h00 - 17h30 - 20h00
NINGUÉM MAISNO ONE ELSE
Um artista é alguém que produz declarações em seu
próprio nome, para debate público. Que grande risco!
Todas as outras pessoas falam por conta e a coberto
de um partido político, de uma organização económica,
de um banco, de uma instituição científica, de uma
associação, de uma igreja, de um museu, de um
ministério, de um editor, como pai, mãe, professor,
sociólogo, economista, médico, advogado, perito sempre investidas desse poder institucional que implica
que os outros são forçados a ouvir as suas opiniões ou
propostas.
Sempre atendidas pela audiência no pressuposto de
que se alguém fala "em nome de" - alguma verdade háde ter, e ainda que a não tenha - não nos é permitido
ignorá-la.
Um artista não foi investido de qualquer poder que
obrigue os outros a reparar nas suas pesquisas.
Certamente o artista se empenhará no seu trabalho
com a maior dedicação, para que os outros sintam
interesse. Mas isso depende inteiramente deles.
Só comunicando com o artista, ou com o que ele pôs
ao nosso dispor, conseguimos viver a nossa própria
realidade de uma forma diferente – sem manipulações.
Estamos a falar de mundos sem barreiras erguidas
pelo controle das forças sociais, mas de abordagens
individuais aos enigmas e possibilidades do mundo.
Comunicar com um artista é como viajar por mundos
desconhecidos. Este ano, 35 realizadores de todo o
mundo trabalharam afincadamente para vos abrir uma
porta para novos universos, mostrando como fazem.
Convidam-vos a comunicar com cerca de 40
artistas.
A que mundos iremos dar?
Isso, como já disse, depende inteiramente de si.
An artist is a person who puts statements to public
discussion in his very own name. What a risk.
Everybody else talks on behalf and with the help of a
political party, an economic organisation, a bank, a
scientific institution, an association, a church, a
museum, a ministry, an editor, as a parent, teacher,
sociologist, economist, medical doctor, lawyer, expert always equipped with this institutional power which
implicates that others are forced to listen to their
opinions or proposals.
Always received by the audience with the prejudice
that if one can speaks “in the name of” - there must
be a truth in it - or if not - at least you are not allowed
to disregard it.
An artist does not have any power in his back which
obliges others to notice his researchs. Sure, he will
give all his best through most possible dedication to
his work so that others might be interested. But this
depends entirely on them.
Only if you communicate with an artist or what he has
left for you, you can experience your own reality in a
different way - beyond manipulation. We are talking
here about worlds without borders built by the control
of social forces, we are talking about individual
approaches to the enigmas and possibilities of the
world.
A communication with an artist is a journey to the
unknown. This year, 35 dedicated film makers from
countries worldwide offer you their help to enter new
universes by showing you how they did it. They are
inviting you to communicate with almost 40 artists.
Nobody knows where this can lead to.
Just as I said - this depends entirely on you.
Rajele Jain
PROJECÇÕES :: secção competitiva
14 NOV 15h00
MAMA TATA BOG I SZATAN (My Mum Dad God And Satan) | PAWEL JOZWIAK-RODAN
Polónia [Poland] 2009, 40'
Este filme é a história do realizador sobre a sua família mais
chegada: os seus pais divorciados. A sua mãe foi uma cantora;
agora é uma fiel seguidora da Rádio Maryja.
O pai, que luta contra anticlericais e liberais,
é autor de livros eróticos e pornográficos,
um dos quais – Okolice porno shopu –
tornou-se um símbolo da sua grafomania, ou
necessidade de escrever e ver o seu nome
impresso. O realizador encontra-se algures
entre estas duas vidas opostas dos seus
pais. Tenta investigar como duas pessoas tão diferentes
puderam amar-se e viver juntas. Usando a sua própria vida como
exemplo, o realizador constrói a metáfora da Polónia
contemporânea, o estado que se tornou após 1989.
The film is the director’s story about his closest family - his
divorced parents. His mother was once a singer; now she is a
committed follower of the Radio Maryja. His father, who fights
anticlericals and liberals, is an author of erotic and pornographic
books, one of which - Okolice porno shopu - has become a symbol
of his graphomania, or urge to write and see his name in
print.The director is somewhere between the two extreme life
views exhibited by his parents. He tries to investigate how could
two such different people could love each other and live together.
Using his own life as an example, the director constructs a
metaphor of contemporary Poland, the state that was torn after
1989.
Realização (Direction) Pawel Jozwiak-Rodan | Fotografia (Cinematography) Pawel Jozwiak-Rodan | Montagem (Editing) Tymek Wiskirski |
Som (Sound) Jakub Sarwas | Música (Music) Jakub Sarwas | Produção (Production) Pawel Jozwiak-Rodan
A OBRA DE ARTE (The Work of Art) | MARCOS RIBEIRO
Brasil [Brazil] 2009, 71'
A Obra de Arte é um documentário longa- metragem sobre a
criação artística, com sete dos principais artistas plásticos do
Brasil:
Eduardo Sued, Carlos Vergara, Beatriz Milhazes, Cildo Meireles,
Waltércio Caldas, Tunga e Ernesto Neto.
Como nascem e prosperam as obras de arte? O que são obras de
arte?
Em visitas aos ateliés dos artistas plásticos citados, o diretor colheu
depoimentos, imagens, performaces, gentilezas e surpresas em
filmagens inesquecíveis.
O documentário revela a descoberta do mundo das artes plásticas
pelo diretor, e como este mundo pode ser entendido e apreciado
por todos.
THE WORK OF ART is a feature-length documentary about the
process of artistic creation, focusing on seven outstanding Brazilian
artists: Eduardo Sued, Carlos Vergara, Beatriz Milhazes,
Cildo Meireles, Waltércio Caldas,
Tunga and Ernesto Neto.
How is a work of art born? How
does it come to fruition? After all,
what constitutes a work of art?
While visiting the studios of these
seven artists, director Marcos
Ribeiro captured statements,
images, performances, surprises
and gestures of kindness in hours
of unforgettable footage.
The documentary unfolds as the director discovers the
world of art and how it can be understood and
appreciated by everyone.
Realização (Direction) Marcos Ribeiro | Fotografia (Cinematography) Manuel Águas | Montagem (Editing) Marcos Ribeiro | Som (Sound) Marco
Coelho | Música (Music) Antonio Saraiva | Produção (Production) TV Imaginária Produções Ltda
14 NOV 17h30
AUGUSTO CANEDO | JOÃO PAULO FERREIRA
Portugal 2011, 14'
A intenção do realizador é de questionar-se a
ele próprio e ao espectador sobre a relação
do criador e do espectador com a Arte. É uma
viagem feita através da carreira e da obra do
artista português contemporâneo Augusto
Canedo que converge com a adaptação, feita
pelo autor deste documentário, do video
experimental "Anémic Cinéma" (1926) do
artista francês Marcel Duchamp e da palestra dada pelo mesmo
em 1957 "The Creative Act".
My intensions are to question myself and the spectator about the
relationship of the creator and the spectator of art. It travels
through the work and career of the Portuguese contemporary
artist Augusto Canedo and converges with a remake created by the
director of the experimental movie “Anémic Cinéma” (1926) and
the lecture “The Creative Act” (1957) by Marcel Duchamp.
Realização (Direction) João Paulo Ferreira | Fotografia (Cinematography) Carlos Carvalho | Montagem (Editing) João Paulo Ferreira, Carlos
Carvalho | Som (Sound) André Cardoso | Música (Music) Gonçalo da Silva Nova | Produção (Production) Universidade Católica/Fantasporto
2011
PROJECÇÕES :: secção competitiva
NIKI DE SAINT PHALLE & JEAN TINGUELY - LES BONNIE AND CLYDE DE L'ART (Niki de Saint Phalle & Jean
Tinguely - The Bonnie and Clyde of Art) | LOUISE FAURE & ANNE JULIEN
França [France] 2010, 55'
Um homem e uma mulher, dois artistas e uma história de amor que
começa nos anos 50, em Paris, que durará até ao fim das suas
vidas, até ao final do século. O filme conta-nos a fantástica história de
amor entre NIKI DE SAINT PHALLE e JEAN TINGUELY, dois famosos
escultores, ícones do séc. XX. Juntos, não tiveram filhos mas
criaram esculturas monumentais por todo o mundo. Totens – para
fazer as pessoas felizes – disse Niki.
Um filme único.
A man and a woman, two artists and a love story that starts in the
50’s in Paris, that will last until the end of
theirs lives, until the end of the century. The
film tells us the fantastic love story between
NIKI DE SAINT PHALLE and JEAN TINGUELY
two world famous sculptors, icons of the 20th
C. Together, they did not have children but
created monumental sculptures, everywhere
in the world. Totems - to make people happy said Niki.
A unique film.
Realização (Direction) Louise Faure e Anne Julien | Fotografia (Cinematography) François de la Patelliere, Marc Riddley, Louise Faure |
Montagem (Editing) Claudine Dupont | Som (Sound) Aurélie Valentin | Música (Music) Louis Sclavis | Produção (Production) Zorn Production
International
DANS L'ATELIER DE MONDRIAN (In Mondrian's Studio) | FRANÇOIS LÉVY KUENTZ
França [France] 2010, 52'
Acompanhamos a vida e obra de Mondrian, pintor holandês cujo
trabalho é um marco decisivo na história da pintura moderna.
Influenciado inicialmente pelo
Cubismo, Mondrian inventa no início
dos anos 20 do século passado,
uma linguagem universal a partir de
novas formas geométricas e de
cores primárias. Com Kandinsky e
Malevicht é um dos pioneiros da
pura abstração, inovador, que influenciou largamente a arte no séc. XX.
We follow Mondrian’s life and work, Dutch painter with whom the work
marks a decisive bend in the history of the modern painting. At first
influenced by the Cubism, Mondrian invents at the beginning of the 20s a
universal language from new geometrical forms and from primary
colors. With Kandinsky and Malevitch, it is one of the pioneers of the
pure abstraction, running (roaming) innovator who widely influenced the
art of the XXth century.
Realização (Direction) François Lévy Kuentz | Fotografia (Cinematography) René Hejnen NSC | Montagem (Editing) Stéphane Huter | Som
(Sound) Jacques Guillot | Produção (Production) Cinétévé e Centre Pompidou
14 NOV 20h00
ODEON: EL TIEMPO SUSPENDIDO (ODEON: TIME STOOD STILL) | JO GRAELL
Espanha [Spain] 2010, 29'
O cinema Odeon talvez seja o único sítio no mundo onde cada
sessão é única.
Valentin Stavov (71 anos) revive cada filme clássico através da sua
música e letras originais. Nelly Shevenusheva (84 anos) contribui
igualmente interpretando diretamente os filmes com uma
sugestiva voz vinda dos bastidores. O desenvolvimento tecnológico
nunca substituirá as sensações e emoções desta “arte do
momento” onde nada mudou nos últimos 30 anos.
The Odeon cinema may be the only place in the world where each
session is unique. Valentin Stavov (71 years old) brings to life each
classic film through original music and
compositions. Nelly Shevenusheva (84
years old) also contributes interpreting
directly the films with a suggestive voice
coming from the back of the room. The
technological relay will never replace the
feelings and emotions of this ’art of the
moment’ where nothing has changed in 30
years.
Realização (Direction) Jo Graell | Fotografia (Cinematography) Natalia Regás
Villodas | Distribução (Distribution) Promofest
|
Montagem (Editing) Eloi Tomás
|
Música (Music) Aritz
NAKAGIN CAPSULE TOWER: Japanese Metabolist Landmark on the Edge of Destruction | RIMA YAMAZAKI
EUA [USA] 2010, 58'
Metabolismo é o primeiro movimento de arquitetura japonês após
a 2ª Guerra Mundial, manifestado em 1960 por Noboru Kawazoe,
crítico de arquitetura, e cinco arquitetos: Kiyoshi Awazu, Kiyonori
Kikutake, Kisho Kurokawa, Fumihiko Maki e Masato Otaka. Eles
perspetivaram uma nova direção para a arquitetura e urbanismo
japoneses. Criaram vários planos de arquitetura e urbanismo com
estruturas grandes, flexíveis e expansíveis. O Nakagin Capsule Tower é
um raro exemplo edificado/construído do Metabolismo.
Mapeando a história da arquitetura japonesa pós-guerra e analizando
as características da Nakagin Capsule Tower, este documentário,
filmado em 2010 examina o significado de preservação e demolição
de vários pontos de vista. Porque necessitamos de preservar um
PROJECÇÕES :: secção competitiva
edifício? Quais são as dificuldades de conservação? É a demolição
uma tragédia ou um fenómeno natural para a arquitetura
moderna?
Metabolism is the first Japanese architecture
movement after the World War II, manifested
in 1960 by Noboru Kawazoe, architecture
critic, and the five architects, Kiyoshi Awazu,
Kiyonori Kikutake, Kisho Kurokawa, Fumihiko
Maki, and Masato Otaka. They envisioned a
new direction for future Japanese architecture and urbanism. They
created various architecture and urban plans with large, flexible
and expandable structures. The Nakagin Capsule Tower is a rare
built example of Metabolism.
Tracing the history of postwar Japanese architecture and
reviewing the characteristics of the Nakagin Capsule Tower, this
documentary, filmed in 2010, examines the meaning of
preservation and demolition from various points of view. Why do
we need to preserve a building? What are the difficulties of
preservation? Is demolition a tragedy or a natural phenomenon for modern architecture?
Realização (Direction) Rima Yamazaki | Fotografia (Cinematography) Rima Yamazaki | Montagem (Editing) Rima Yamazaki |
Som (Sound)
15 NOV 15h00
LONGE NO TEMPO (Ageing) | BEATRIZ TOMAZ
Portugal 2011, 61'
Será comum afirmar que a sociedade contemporânea está
envelhecida. Será também comum
apresentar este pensamento num tom
apreensivo e dramático. Mas além de uma
preocupação relacionada com uma baixa
natalidade, não será também dramática a
não percepção de que o envelhecimento não
é apenas parte integrante de um ciclo final da vida, mas uma
continuidade que acontece desde o dia em que somos formados?
AGEING is a documentary film about getting old, about ways it can
be thought, felt and transformed into. Looking into ageing as
process, maturescence, and path, where dance enables creativity
and artistic creation. Ageing, a three-tempos experience, with a
common esthetic discourse.
Realização (Direction) Beatriz Tomaz | Fotografia (Cinematography) Beatriz Tomaz, André Dinis Carrilho, Graça Castanheira
(Editing) Beatriz Tomaz, Levi Martins | Som (Sound) Levi Martins | Produção (Production) Pop Films
|
Montagem
MBAMBU AND THE MOUNT AINS OF THE MOON | LUCIAN MUNTEAN E NATASA MUNTEAN
Sérvia [Serbia] 2011, 50'
Esta é a história de Mbambu, uma rapariga de 16 anos da aldeia de
Kilembe, no sopé das montanhas Rwenzori no Uganda, que quer ser
a primeira na sua família a completar o ensino secundário.
Mbambu é um membro fiel do grupo de teatro amador local, um
grupo de gente nova gerido pelo entusiasmo e ambição artística que
com a sua arte e atuações temáticas, criadas por eles próprios,
trabalham na educação do povo na região. As suas performances
falam sobre os inconvenientes da caça, a desigualdade de direitos
da mulher, a importância da educação, e a necessidade de
preservação ambiental.
O filme culmina quando o Grupo de Teatro de Kilembe faz uma
performance ao vivo sobre os inconvenientes da caça numa vila
distante, onde a maioria dos homens está envolvida em caça e
comércio de madeira ilegais, para extremo deleite da audiência.
This is the story of Mbambu, a 16-year-old girl from the village of
Kilembe, at the foot of the Rwenzori Mountains in Uganda, who
wants to be the first in her family to complete secondary school.
Mbambu is a faithful member of the local amateur drama group,
a group of young people governed
by enthusiasm and artistic ambition
that with their art and thematic
performances, which they create
themselves, work on educating
people in the region. Their
performances talk about the
drawbacks of poaching, unequal
rights of women, importance of
education, and the need for
environment preservation.
The film culminates when Kilembe Drama Group gives a live
performance of the play about drawbacks of poaching in a far
away village where the majority of men are involved in illegal
hunting and logging, to the overall delight of the numerous
inhabitants in the audience.
Realização (Direction) Lucian Muntean e Natasa Muntean | Fotografia (Cinematography) Lucian Muntean | Montagem (Editing) Natasa Muntean
| Som (Sound) Rada Danilovic | Música (Music) Albert Bisaso Ssempeke | Produção (Production) LUNAM DOCS
PROJECÇÕES :: secção competitiva
15 NOV 17h30
LES MYSTÈRES DE PARIS I | KONSTANTINOS-ANTONIOS GOUTOS / the[video]Flâneu®
Alemanha [Germany] 2011, 2'
the first p.art of a new paris.made [video]series
with the title: les mystères de paris*
a ko.incidental documentary take, an (un)usual moment
taken on june 26, 2011 at 2 p.m. with a normal digital video
apparatus without tripod - without camera moves - without
zooming
without special lighting - without extra microphone - without
effects
the sound and the length of the shooting are
the original
there are no cuts in the scene
*The Mysteries of Paris (French: Les
Mystères de Paris) is a novel by Eugène Sue
which was published serially in Journal des
débats from June 19, 1842 until October
15, 1843.
Realização (Direction) Konstantinos-Antonios Goutos | Fotografia (Cinematography) Konstantinos-Antonios Goutos | Produção (Production)
Konstantinos-Antonios Goutos
ATELIER | SUSANA NASCIMENTO DUARTE
Portugal 2011, 84'
Documentário sobre o atelier do
pintor Gonçalo Pena e o modo
como este espaço se confunde
com o seu trabalho, revelando
uma ocupação que se reparte
entre os momentos solitários e
silenciosos dedicados à pintura e os momentos partilhados dedicados
às conversas com todos os que o visitam.
The atelier of the painter Gonçalo Pena merges into his work. The
space’s occupation is divided between the solitary and silent moments
devoted to painting and the shared moments devoted to conversations
with all those who visit him.
Realização (Direction) Susana Nascimento Duarte | Fotografia (Cinematography) Susana Nascimento Duarte | Montagem (Editing) Susana
Nascimento Duarte, Luísa Homem | Som (Sound) Susana Nascimento Duarte, Nuno Morão, Tiago Matos | Produção (Production) Terratreme
15 NOV 20h00
THE REACH OF RESONANCE | STEVE ELKINS
EUA [USA] 2010, 101'
“O Alcance da Ressonância” justapõe as trajetórias criativas de
quatro músicos de diferentes partes do mundo usando a música
para investigações pouco usuais. Entre eles está Miya Masaoka,
usando música para interagir com insetos e plantas; Jon Rose,
utilizando um arco de violino para transformar cercas em
instrumentos musicais em zonas de conflito, desde o interior
australiano à Palestina; John Luther Adams traduzindo o fenómeno
geofísico do Alasca em música; e Bob Ostertag, que explora
acontecimentos sócio-políticos através de processos tão diversos
como transcrição de um motim num quarteto de cordas, e criando
cinema real com lixo.
'The Reach Of Resonance’ juxtaposes the creative paths of four
musicians from different parts of the world using music for very
unusual investigations. Among them are Miya Masaoka using music
to interact with insects and plants; Jon Rose, utilizing a violin bow to
turn fences into musical instruments in conflict zones ranging from the
Australian outback to Palestine; John Luther Adams translating the
geophysical phenomena of Alaska into music; and Bob Ostertag, who
explores global socio-political issues through
processes as diverse as transcribing a riot
into a string quartet, and creating live cinema
with garbage. By contrasting the creative
paths of these artists, and an unexpected
connection between them by the world
renowned Kronos Quartet, the film explores
music not as a form of entertainment,
career, or even self-expression, but as a tool
to develop more deeply meaningful
relationships with people and the complexities
of the world they live in.
Realização (Direction) Steve Elkins | Fotografia (Cinematography) Steve Elkins | Montagem (Editing) Steve Elkins e David Marks | Som (Sound)
Steve Elkins | Música (Music) John Luther Adams, Jon Rose, Miya Masaoka, Bob Ostertag | Produção (Production) Candela Films
PROJECÇÕES :: secção competitiva
16 NOV 15h00
SEO-BU-YEONG-HWA (Western Movie) | LEE HYUNG-SUK
Coreia de Sul [South Korea] 2010, 9'
Um xerife atravessa um descampado a
cavalo e entra numa vila devastada por
Americanos Nativos.
Há alguns olhos fixos no xerife na cidade .
A sheriff crosses a desolate field on horseback and enters a
village devastated by Native Americans.
There are some eyes fixed on the sheriff in the town.
Realização (Direction) Lee Hyung-suk | Fotografia (Cinematography) Lee Sang-gil | Montagem (Editing) Lee Hyung-suk | Som (Sound) Park
Hee-chan | Música (Music) Lee Eun-suk, Sung Hwan | Produção (Production) Kim Tai-yong
LE 59 RIVOLI (59 RIVOLI STREET] | LECH SCZANIECKI
Polónia [Poland] 2010, 46'
Um documentário sobre uma ocupação de artistas de um prédio
situado na Rua Rivoli, 59, em Paris, apresentado graças a uma
ideia original de Lech Sczaniecki e Klaudia Mughrabi. O filme mostra
a criação artística dos ocupantes, baseada nas suas relações
pessoais. O filme desenvolve-se a partir de uma reunião dos artistas
ocupantes. Os problemas diários servem de pretexto para se
descobrirem. A co-habitação inspira, mas pode ser igualmente uma
fonte de mal-entendidos.
A documentary movie on an artists’ squat situated at 59 Rivoli street
in Paris introduced thanks to an original idea by Lech Sczaniecki and
Klaudia Mughrabi. The movie shows the artistic creation
of the squat’s inhabitants, on the
basis of their relationships. The film
revolves around an organization
meeting between the artists. The
daily problems serve as pretext to
find out more about them.
Cohabitation inspires but can also
be a source of misunderstandings.
Realização (Direction) Lech Sczaniecki | Fotografia (Cinematography) Lech Sczaniecki | Montagem (Editing) Lech Sczaniecki | Som (Sound)
Wlodzimerz Pietuszko | Produção (Production) FILM-&-VID
WILLIAM KENTRIDGE: ANYTHING IS POSSIBLE | SUSAN SOLLINS E CHARLES ATLAS
EUA [USA] 2010, 54'
“William Kentridge: Qualquer coisa é possível”, dá aos espectadores
uma visão íntima do pensamento e processo criativo de William
Kentridge, o artista sul africano aclamado pelos seus desenhos em
carvão, animações, instalações vídeo, teatro de sombras, teatro de
marionetas, tapeçarias, esculturas, performances ao vivo e óperas
que fizeram dele um dos mais dinâmicos e excitantes artistas
contemporâneos em atividade.
No filme, Kentridge fala sobre como a sua
história pessoal, de um Sul Africano branco de
herança judaica influenciou os temas
recorrentes no seu trabalho – incluindo
opressão violenta, luta de classes, e
hierarquias sociais e políticas. Adicionalmente,
Kentridge discute o seu experimentalismo
com “máquinas que te dizem como deves
parecer” e como o mecanismo global da visão é uma metáfora
para “a agência que temos, quer gostemos quer não, para dar
sentido ao mundo”.
O absurdo, explica já no final do documentário, “é de facto uma
forma apurada e produtiva de compreender o mundo. Porque
estaremos interessados em eliminar a história impossível? Porque,
como disse Gogol, de facto o impossível é o que acontece todo o
tempo.”
William Kentridge: Anything Is Possible’ gives viewers an intimate
look into the mind and creative process of William Kentridge, the
South African artist whose acclaimed charcoal drawings,
animations, video installations, shadow plays, mechanical puppets,
tapestries, sculptures, live performance pieces, and operas have
made him one of the most dynamic and exciting contemporary
artists working today. In the film, Kentridge talks about how his
personal history as a white South African of Jewish heritage has
informed recurring themes in his work - including violent oppression,
class struggle, and social and political hierarchies. Additionally,
Kentridge discusses his experiments with “machines that tell you
what it is to look” and how the very mechanism of vision is a
metaphor for “the agency we have, whether we like it or not, to
make sense of the world.”
The absurdism, he explains in the documentary’s closing, “is in fact
an accurate and a productive way of understanding the world. Why
should we be interested in a clearly impossible story? Because, as
Gogol says, in fact the impossible is what happens all the time.”
Realização (Direction) Susan Sollins e Charles Atlas | Fotografia (Cinematography) Bob Elfstrom, Joel Shapiro | Montagem (Editing) Mark Sutton,
Mary Ann Toman | Som (Sound) Tom Bergin, Ray Day, Justin Matley, Patrick Mullins, Roger Phenix, Mark Roy, Merce Wiliams | Música (Music)
Dmitri Schostakowitsch, Alfred Makgalemele | Produção (Production) Art21
PROJECÇÕES :: secção competitiva
16 NOV 17h30
ALBERTO CARNEIRO: 3 | ROGÉRIO TAVEIRA
Portugal 2011, 50'
Munido de uma câmara persistente, quis ver como trabalhava o
artista Alberto Carneiro. Como se comportaria um alquimista de
árvores no seu próprio espaço de criação? Qual o som da sua
oficina? Todas as minhas projecções morreram no contacto com
uma abordagem artística construída ao longo de mais de 60
anos. Este filme nasce desse confronto.
Carrying a persistent camera, I wanted to see how the artist
Alberto Carneiro worked. How would an
alchemist of trees behave in its own space
of creation? What was the sound of his
workshop? All my projections died in contact
with an artistic approach of 60 years. This
film is made of that confrontation.
Realização (Direction) Rogério Taveira | Fotografia (Cinematography) Rogério Taveira | Montagem (Editing) Rogério Taveira | Som (Sound)
Rogério Taveira
CHANTAL AKERMAN - DE CÁ | GUSTAVO BECK
Brasil [Brazil] 2010, 61'
Um vídeo de entrevista com a
prestigiada cineasta belga Chantal
Akerman sobre o seu trabalho,
cinema e vida.
An interview video with the prestigious belgian filmmaker Chantal
Akerman about her work, cinema and life.
Realização (Direction) Gustavo Beck | Fotografia (Cinematography) João Atala | Montagem (Editing) Abdré Mielnik | Som (Sound) Eduardo
Psilva | Produção (Production) Filmes Do Beck & Enquadramento Produções
16 NOV 20h00
KOOP | KATHERINE KNIGHT
Canada 2011, 47'
Wanda Koop mostra-nos o que nos escapou da primeira vez, o
que permanece escondido, e que nos questiona como e o que
vemos. Nomeada pela Time Magazine como uma das artistas
mais importantes do Canadá, a pintora Wanda Koop prepara-se
para duas retrospetivas de carreira. Fugindo das exigências do
seu ateliê, ela embarca numa viagem num cargueiro. Esboços,
fotografias e momentos de observação depressa levam a um novo
conjunto de pinturas espantosas e ao interior do processo
criativo.
Painter Wanda Koop shows us what we missed the first time,
what remains hidden, and makes us
question how and what we see. Named by
Time Magazine as one of Canada’s best
artists, painter Wanda Koop is preparing for
two career retrospectives. Breaking from
the demands of her studio, she embarks on
a journey by freighter boat. Sketches,
photographs and moments of observation
soon lead to a new group of astonishing
paintings and insight into creative process.
Realização (Direction) Katherine Knight | Fotografia (Cinematography) Marcia Connolly | Montagem (Editing) Jared Raab | Som (Sound) Alan
Geldart | Música (Music) Sam Shalabi | Produção (Production) Site Media Inc., David Craig
ANA VIEIRA... E O QUE NAO É VISTO | JORGE SILVA MELO
Portugal 2011, 60'
Ana Vieira expõe desde 1965. É insólito o seu lugar na arte
portuguesa: trabalhando o rasto, a sombra, a passagem da luz (ou
dos corpos?), o reflexo, a sobreposição, a pegada, a memória ou a
planificação do futuro (como na impressionante peña que abriu a
exposição “Anos 70” no CAM), a sua arte enfrenta o invisível. E questiona o
lugar do espectador, colocado sempre “de fora” ou com a consciência do
“off”.
PROJECÇÕES :: secção competitiva
Ana Vieira exposes since 1965. Her place in
Portuguese Art is really unusual: she works
track, shadow, passage of light (or the bodies?),
reflex, overlap, footprint, memory or future
planning (impressive as the piece that opened the exhibition '70 Years'
in CAM), her art faces the invisible. She questions the place of the
viewer, always putting "out", with "off" consciousness.
Realização (Direction) Jorge Silva Melo | Fotografia (Cinematography) José Luís
Carvalhosa | Montagem (Editing) Vítor Alves, Miguel Aguiar | Som (Sound) Armanda Carvalho | Música (Music) Pedro Carneiro | Produção
(Production) Artistas Unidos/RTP
17 NOV 15h00
BLICKE IN DIE VERSCHWÖRERBUDE (Looks into the Conspirators' Den) | PHILIPP HARTMANN
Alemanha [Germany] 2011, 119'
Como uma mistura entre Dali e Picasso – esta é a forma como
Uwe Lindau, pintor de Karlsruhe, no sul da
Alemanha, descreveu um dia a sua arte. Mas
as suas criações e o seu estilo único
dificilmente conseguem ser descritos por
palavras ou comparações.
Philipp Hartmann acompanhou o seu amigo
Uwe Lindau e o seu trabalho com a sua
câmara de filmar desde 2001. Pela escolha
de uma abordagem filme-ensaio e uma forma
cubística de edição do material recolhido nos
últimos dez anos, o filme encontra uma
forma apropriada de retratar Lindau e o seu trabalho. E oferece -
como é dito numa das suas pinturas - pontos de vista muito
pessoais sobre o Antro de Conspiradores de Uwe Lindau.
Like a mixture between Dalí and Picasso - this is how Uwe Lindau,
painter from Karlsruhe, Southern Germany, described once his
art. But his creations and his very unique style can hardly be
described by words and comparisons.
Philipp Hartmann accompanied his friend Uwe Lindau and his work
with his camera since the year 2001. By choosing an essay-film
approach and a cubistic way of editing the (raw)material from the
last ten years, the film finds an appropriate way of portraying
Lindau and his art. And offers - as it says in one of his paintings very personal looks into Uwe Lindaus Conspirators’ Den.
Realização (Direction) Philipp Hartmann | Fotografia (Cinematography) Philipp Hartmann, Helena Wittmann | Montagem (Editing) Philipp
Hartmann | Som (Sound) Philipp Hartmann | Música (Music) Simone Kessler | Produção (Production) flumenfilm
17 NOV 17h30
MAGIAE NATURALIS | TIAGO CRAVIDÃO
Portugal 2010, 1'
No obscuro cubículo que é o corredor, mal
se distingue a porta do quarto e o espelho
que existe em frente. Mas no quarto, ao
amanhecer, o sol que entra pela janela
escapa-se pelo buraco da fechadura...
In the dark room, we can barely seen the mirror reflecting the
incoming light from the door lock. But in the room, the morning
sun escaping precisely from that hole presents us the germ of all
moving pictures…
Realização (Direction) Tiago Cravidão | Fotografia (Cinematography) Tiago Cravidão | Montagem (Editing) Tiago Cravidão | Produção
(Production) Largo Filmes
IBERIANA | FILIPE ARAÚJO
Portugal 2011, 13'
Integralmente filmado na Geórgia, ’Iberiana’ nasce de uma
adaptação livre do romance homónimo de João Lopes Marques e
pode ser visto como uma ficção na fronteira do documentário e da
performance. Porque já os antigos gregos acreditavam que a
ocidental Península Ibérica teve a sua génese no Cáucaso, um
pintor basco embarca numa viagem em busca das suas raízes pelo
coração da outra Ibéria: a oriental.
Entirely filmed in Georgia, 'Iberiana' is a short film where fictional
narrative borders documentary and performance while
adopting a thesis that dates back
to Ancient Greece. Because
some still believe the Iberian
Peninsula had its genesis in the
Caucasus, a basque painter tries
to find its roots traveling through
the other Iberia: the oriental one.
Realização (Direction) Filipe Araújo | Fotografia (Cinematography) Filipe Araújo | Montagem (Editing) Filipe Araújo | Som (Sound) Filipe Araújo |
Música (Music) Kevin Macleod | Produção (Production) Blablabla Media
PROJECÇÕES :: secção competitiva
MARK LEWIS - NOWHERE LAND | REINHARD WULF
Alemanha [Germany] 2011, 83'
Habitualmente projetadas em loop, as curtas-metragens,
normalmente silenciosas, de Mark Lewis – a maioria filmadas em
Londres e Toronto – mostram áreas urbanas genéricas e
arquitetura modernista. Em simultâneo exploram os conceitos
cinematográficos básicos, tais
como pan, zoom, tilt e mais
recentemente técnicas de
retroprojeção, sofisticadas e
fundamentais. Mark Lewis,
nascido em 1957 em Hamilton,
Canadá, vive em Londres. Em
1980 estudou com Victor Burgin
e trabalhou com Laura Mulvey,
que o influenciou na sua
abordagem tardia ao cinema e vídeo. Representou o Canadá na
Bienal de Veneza em 2009.
O documentário acompanha o artista enquanto filma o seu mais
recente filme “Mid Day Mid Summer, Corner of Yonge and
Dundas”, num cruzamento no centro de Toronto. Enquanto
regressa a lugares da cidade a às incríveis paisagens do Parque
Algonquin, onde filmou os seus filmes anteriores, Mark Lewis fala
eloquentemente acerca do seu interesse em arquitetura, o seu fascínio
pelos não-lugares, os seus métodos de trabalho e as suas convicções
como artista e realizador.
Usually projected as a loop, Mark Lewis’ short and usually silent films most of them shot in London and Toronto - show generic urban areas
and modernist architecture. At the same time they explore basic
cinematic means like pan, zoom, tilt and most recently rear projection
techniques in fundamental and sophisticated ways. Mark Lewis, born
1957 in Hamilton, Canada, lives in London (UK). In the 1980s he
studied with Victor Burgin and worked with Laura Mulvey which
influenced his later approach to cinema and video. He represented
Canada at the 2009 Venice Biennale.
The documentary accompanies the artist when shooting his most
recent film “Mid Day Mid Summer, Corner of Yonge and Dundas” at a
four-way crossing in the center of Toronto. While returning to places in
the city and the breathtaking landscape of Algonquin Park where he
shot some of his previous films, Mark Lewis talks eloquently about his
interest in architecture, his fascination for non-places, his working
methods and his convictions as an artist and a filmmaker.
Realização (Direction) Reinhard Wulf | Fotografia (Cinematography) Juergen Behrens | Montagem (Editing) Olf Strecker | Som (Sound) Henning
Schiller | Produção (Production) Westdeutscher Rundfunk, 3sat
17 NOV 20h00
LAPSUS SONORUS | LUÍS MARGALHAU
Portugal, 32'
João Ricardo de Barros Oliveira define-se como músico-escultorsonoro e vive rodeado de materiais, que recolhe criteriosamente
em lixeiras e contentores de lixo.
Faz do vulgar lixo a matéria prima para a sua arte, a partir de
objectos considerados imprestáveis, constrói esculturas sonoras
com as quais actua em palco, em performances e em workshops.
Nascido em Viana do Castelo, cedo partiu à descoberta de outros
universos, mas foi em Berlim que se radicou e construiu a sua
oficina sonora.
Um artista irreverente que segue dois motes: Não usar um manual
de instruções e sempre "viajar tranquilamente!"
João Ricardo Barros de Oliveira describes himself as a "musiciansound-sculptor". He lives surrounded by material he single-handedly
collects in dumps and trash bins and that he describes as
"encyclopaedias".
This artist uses trash as raw material. He
transforms objects considered useless and
shapes them into sculptures that constantly
reproduce new sounds. Sonorous pieces of
art that come to life on stage in
performances and workshops.
Born in Viana do Castelo, João Ricardo set off
early on a search for other universes, but it
was in Berlin that he settled and built his
sound workshop. An irreverent artist who
follows two mottos: not using an instruction
manual and always "travelling calmly!"
Realização (Direction) Luís Margalhau | Fotografia (Cinematography) Filipe Barbosa | Montagem (Editing) Luís Margalhau | Som (Sound) Cláudio
Francisco | Música (Music) João Ricardo Barros de Oliveira, Tito Knap | Produção (Production) 100imagens Produções Audiovisuais
LUZ TEIMOSA (Unwavering Light) | LUÍS ALVES DE MATOS
Portugal 2010, 75'
O mundo de Fernando Lemos é
um mundo ferozmente despojado
de qualquer lógica externa, dizia
Jorge de Sena. O seu
multifacetado gesto artístico
confunde-se com a própria
existência onde o princípio poético
está antes de tudo. E é através
da luz que teima em entrar através da porta semicerrada, que se
vence o medo da vida no combate travado com a morte. E assim
nasce cada palavra dentro de outra palavra e cada imagem dentro de
cada imagem. De quantas facas se faz o amor? pergunta o poeta.
Fernando Lemos’ world is fiercely stripped of any external logics, as
Jorge de Sena once said. His artistic gesture blends with his own
existence, where the poetic principle comes first. And with the light that
insists to come through the half-closed door, the fear of life is
vanquished in the battle fought with death. Thus, each word is born
within another word and each image within another image. Of how
many knives is love made of? The poet wonders.
Realização (Direction) Luís Alves de Matos | Fotografia (Cinematography) Rodrigo Ribeiro, Marta Pessoa | Montagem (Editing) Hugo Santiago |
Som (Sound) Quintinho Bastos, Pedro Aguilar | Produção (Production) Real Ficção
PROJECÇÕES :: secção competitiva
18 NOV 15h00
MASALA MAMA | MICHAEL KAM
Singapura [Singapore] 2010, 9'
Um rapaz chinês, que gosta de desenhar super-heróis, rouba um
livro de banda desenhada de uma loja
“MAMA” (uma loja de conveniência tradicional
gerida por um “Tio” Indiano). O gentil
proprietário confronta-o, mas apercebe-se da
sua pobreza, pois este é um filho de um
“garung kuni” (um sucateiro). Tendo pena dele,
o efeminado “mama” encoraja o rapaz, mas
tem que se confrontar com o seu pai tirano que não tem paciência,
tempo ou paixão por arte.
A young Chinese boy who loves to draw superheroes steals a comic
book from a “mama” store (traditional convenience store run by an
Indian ’uncle’, which is Tamil of ’mama’). The gentle “mama”
confronts him, but finds out about his poverty as the son of a
“garung kuni” (rag & bone) man. Pitying him, the effeminate “mama”
encourages the boy but has to contend with his bullying father who
has no patience, time or passion for art.
Realização (Direction) Michael Kam | Fotografia (Cinematography) Amandi Wong | Montagem (Editing) Moses Nyein | Som (Sound) Melvin Lee |
Música (Music) S. T. Siva | Produção (Production) Akanga Film Asia
AO VIVO (desenhos de palco) (Live Music) | GIL MADDALENA
Portugal 2009, 9'
Um «patchwork» de desenhos apoiados num «patchwork» de
músicas e sons, de vários géneros e com várias pessoas, todo isto
unido por um só olhar: o de Gil Maddalena…
Músicos em plena acção, registados, esboçados « Ao Vivo »!
« …para mim todos os meus desenhos são « Ao Vivo », por definição :
eu reproduzo, tanto quanto possível, as sensações, as emocões, os
sentimentos que recebo naquele preciso momento, quer seja uma
paisagem, o levantar da lua, ou a chegada duma onda na praia.
Com as pessoas é pior : só consigo trabalhar tendo em conta o
instante ! Um músico está aqui para tocar, não para posar; e, de
qualquer maneira, é muito melhor conseguir que ele me ignore… Ao
contrário, eu necessito observá-lo durante muito tempo, para sentir a
sua música, para me aperceber dos seus sonhos e das suas fúrias,
das suas mudanças de temperamento durante o concerto… Só
tenho alguns segundos para fixar este instante mágico : quando o
músico já não toca, mas quando está dentro da sua música, quando
ele é a sua música !… » G.M.
Patchwork of drawings supported by a patchwork of musics, diversity
of styles and people through a same look: the eye of Gil Maddalena...
Musicians full working, always scetched live!
« …for me, all my designs are always "live", by definition: I
reproduce, as far as I can, the emotions or the feelings I receive
at a certain time. Would it be a "vision", a landscape for instance,
or a precise moment, like a rising moon or the arriving of this
particular wave, one day, on that
beach.
With persons it's worse: I only can
work on the very instant! A
musician is here to play, not to
pose; and, anyway, it's much better
if he forgets me...On the other
hand, I need to observe him a very
long time, to feel his music better,
his dreams or angers, the changes
in his mood all along the concert...
But I only have a few seconds for fixing, down on my paper, the
magic instant when he doesn't play anymore, when he is inside his
music, when he is his own music!... » G.M.
Realização (Direction) Gil Maddalena | Fotografia (Cinematography) Gil Maddalena | Montagem (Editing) Gil Maddalena | Música (Music) varios
DER TAKTSTOCK (The Baton) | MICHAEL WENDE
Alemanha [Germany] 2010, 65'
“O mundo não necessita de maestros. A orquestra pode tocar
perfeitamente sem eles.” Que raio andam eles a fazer? De onde
apareceu esta “campanha publicitária”
centenária?
Uma figura animada de uma batuta segue 12
jovens maestros de todo o mundo, reunidos
durante 10 dias em Bamberg (Alemanha)
para competir no concurso mais reputado
mundialmente de direção de orquestra: o
Gustav Mahler Conducting Competition.
O trabalho de maestro é único no mundo.
Uma espécie de arte, que tem centenas de anos e nunca mudou.
A arte de criar música através de movimentos fascina pessoas um
pouco por todo o mundo, mas ninguém consegue explicar como
funciona. “A Batuta” é um subtil e bem humorado documentário
acerca do grande mistério e magia de formar música unicamente
com as mãos.
“The world needs no conductors. The orchestra could play
excellently without them.”
What the hell are they doing? Where is this hundreds of years’ old
hype coming from? An animated figure of a Baton-Designer is
following 12 young conductors from all over the world, gathered 10
days in Bamberg (Germany) to win the world’s most honored
conducting battle: The Gustav-Mahler-Conducting-Competition.
The conductors job is like no other worldwide. A sort of art, which
is hundreds of years old and never changed. The art of creating
music through movements fascinates people all over the world, but
no one can really explain how it works. “The Baton” is a subtle and
humorous documentary about the big mystery and magic of
forming music just with your hands.
Realização (Direction) Michael Wende | Fotografia (Cinematography) Christoph Hohmann, Andreea Varga, André Albrecht | Montagem (Editing)
Michael Wende | Som (Sound) Bastian Ehrl, Peter Kautzsch | Música (Music) Michael Wende, Bamberg Symphony Orchestra | Produção
(Production) AVE Gesellschaft fuer Fernsehproduktion mbH
PROJECÇÕES :: secção competitiva
18 NOV 17h30
EL SUEÑO DEL CHAMÁN (THE SHAMAN'S DREAM) | INMACULADA DE LA CALLE
Espanha [Spain] 2011, 16'
Duas visões do mundo. A do homem pré-histórico (espiritual) e do
homem atual (científica). Eles têm uma relação diferente com a
natureza, contudo têm muito em comum. Quando alteramos o
nosso esquema mental e vemos o mundo dividido entre realidade e
sonhos, a perceção do real é alterada. O que pertence a uma ou
outra dimensão do mundo. Não é fácil estabelecer fronteiras.
Two views of the world. The prehistoric man’s view (a shaman) and
the actual man’s (a scientific). They have a different relation with the
nature, however they have a lot in common.
When we change our mental scheme and see
the world divided between the reality and the
dreams, it change the perception of what is
real. What belongs to one or the other
dimension of the world. It is not easy to set the
tidemarks.
Realização (Direction) Inmaculada de la Calle | Fotografia (Cinematography) Nicolás de la Rosa | Montagem (Editing) Inmaculada de la Calle,
Nicolás de la Rosa | Som (Sound) Nicolás de la Rosa | Música (Music) François e Philippe Claerhout | Distribução (Distribution) Promofest
FORMAS DE AFETO. ENSAIO SOBRE MÁRIO PEDROSA. (Forms of Affection. Essay on Mário Pedrosa.) | NINA GALANTERNICK
Brasil [Brazil] 2011, 15'
Uma abordagem efetiva sobre as
relações entre Mário Pedrosa,
um dos grandes críticos de arte
do séc. XX, e alguns dos mais
importantes artistas brasileiros,
leva o espectador numa viagem
pela arte brasileira a partir dos anos 50 do século passado.
An affective approach of the relationship between Mário Pedrosa, one
of the greatest art critics of the twentieth century, and some of the
most important Brazilian artists takes the viewer on a journey through
Brazilian art from the 1950s.
Realização (Direction) Nina Galanternick | Fotografia (Cinematography) Thiago Lima Silva | Montagem (Editing) Nina Galanternick | Som
(Sound) Vinicius Leal | Música (Music) Rodrigo Marçal | Produção (Production) GALA FILMES, NUSC-UFRJ
HARUMI, LA BEAUTÉ DU PRINTEMPS (Harumi, The Beauty of Spring) | GHISLAINE HEGER
Suiça [Switzerland] 2010, 14'
Harumi Klossowska, designer de jóias e artista multifacetada, vem
de um universo intemporal. Filha do pintor tardio Balthus, que um
dia considerou a Renascença como a verdadeira forma de arte, e
da Condessa de Setsuko, artista japonesa que preserva tradições,
Harumi teve que formar a sua própria identidade, o seu próprio
caminho, libertar-se desta herança. No Grande Chalê em
Rossiniáre, na Suíça, descobrimos a atmosfera envolvente onde ela
cresceu. É um retrato documental, contrastado e colorido, das
escolhas desta jovem mulher.
Harumi Klossowska, jewelry designer and multiple-asset artist,
comes from an ageless universe. Daughter of late painter Balthus,
who would only consider Renaissance as the true form of Art, and of
Countess Setsuko, Japanese artist who
preserved traditions, Harumi had to form her
own identity, make her own way, free herself
from this inheritage. At the Grand Chalet in
Rossiniáre, in Switzerland, we discover the
surrounding atmosphere in which she grew
up. This is a colorful and contrasted Portrait
documentary of the young woman’s choices.
© Donata Wenders
Realização (Direction) Ghislaine Heger | Fotografia (Cinematography) Patrick Tresch, Ghislaine Heger | Montagem (Editing) Prune Jaillet | Som
(Sound) David Lipka | Música (Music) Kila & Oki | Produção (Production) Tempo Productions
FRANCESCO BRONZE | QUINTINHO BASTO
Portugal 2011, 44'
Uma história de vida dedicada à
arte.
Realização (Direction) Quintinho Basto
A story of a life dedicated to art.
PROJECÇÕES :: secção competitiva
18 NOV 20h00
A ARCA DO ÉDEN (Eden's Ark) | MARCELO FELIX
Portugal 2011, 80'
A Arca do Éden é um ensaio poético sobre a memória e a
preservação. Fá-lo meditando sobre o papel do cinema enquanto
construção artisticamente singular (feita do movimento e da
persistência das imagens) e compósita
(organizadora de impressões e contributos de
outras artes); sobre a sua esperança de reter
o tempo e o sentido das coisas; e sobre a sua
própria fragilidade enquanto objecto material,
indício claro, ele próprio, do trabalho da
degradação e da perspectiva do
desaparecimento. Viagem entre um passado e um futuro, ambos
míticos, do nosso desejo de continuar o que somos e o que
sonhamos ser, este é um filme feito de interrogações e de
assombro perante o que no mundo resiste a responder-nos.
Eden’s Ark is a film poem about memory and preservation. Through a
permanent, if discrete, analogy between the conservation of botany
and cinema, and by following the footsteps of an ever wandering
traveller, the film links the past and future, both mythical, of our efforts
to preserve.
Realização (Direction) Marcelo Felix | Fotografia (Cinematography) Miguel Amaral | Montagem (Editing) Marcelo Felix | Som (Sound) Ricardo
Sequeira | Música (Music) varios | Produção (Production) C.R.I.M., Isabel Machado
18 NOV 22h30
CERIMÓNIA DE ENTREGA DE PRÉMIOS [PRIZE AWARD CEREMONY]
JÚRI: Alexandre Rendeiro | Catarina Lino | Fernando Fadigas | Mafalda Relvas | Kersti Uibo (Londres)
14 NOVEMBRO
15h
15 NOVEMBRO
15h
16 NOVEMBRO
15h
17.30h
17 NOVEMBRO
15h
18 NOVEMBRO
15h
17.30h
17.30h
17.30h
20h
20h
17.30h
20h
20h
20h
Direcção e Programação: Rajele Jain | Traduções: Henrique Figueiro | Legendagem: Paulo Montes | Projecção: Eduardo Vij |
Apoio: Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Digital Azul, Fundacão Moranguinho, Teatro Praga | Agradecimentos
especiais: Alexandre Estrela, Anton, Barbara Viseu, Carlos Henrich, Isabel Nunes, João Tocha, Kazike, Kersti Uibo, Rogério
Taveira, Rui Viana Pereira, Teresa Prata, Zambeze Almeida, Zè Grande
ENTRADA LIVRE | Largo da Academia Nacional de Belas-Artes | www.films-on-art-portugal.org
A VOZ HUMANA | CARLOS PIMENTA
SOUNDWALKERS | RAQUEL CASTRO
CONFERÊNCIA
ALGORÍTMICO | SPACE ENSEMBLE
FILMES DA TERRA ... | SPACE ENSEMBLE
MB#8 | MIGUEL BONNEVILLE
HISTOIRE(S) | OLGA DE SOTO
PEAUFINE | SÓNIA BAPTISTA
PING | V. MENDONÇA e S. AGUILAR
SÃO LUIZ
SÃO LUIZ
SÃO LUIZ
CCB
CCB
CARPE DIEM
CULTURGEST
G.G. BRANDÃO
SÃO LUIZ
SUR LES TRACES ... | OLGA DE SOTO
A FORMA DO ESPAÇO | A. SOARES e L. SOARES
UMA | CARLOS GOMES e FRAN L. REYES
FORA DE JOGO | S. FREITAS e C. VIEIRA
EYE HEIGHT | R. JACINTO e B. CANTINHO
O DESEJO ... | M. LANÇA e A. BUSQUETS
CASTER | ANNIE VIGIER & FRANCK APERTET
PLAY, ... | CÃO SOLTEIRO & A. GODINHO
PRÉMIOS DE CINEMA
CINEMATOGRAFIA E TEATRALIDADE
HIGHLIGHT | TIAGO CADETE
NO DIGITAL | T. CADETE e R. ANDRÉ
NÃO SE VÊ QUE SOU EU ... | RITA NATÁLIO
MARQUISE | DOMINIQUE GONZALEZ FOERSTER
CULTURGEST
CCB
P. QUINTELA
EIRA 33
MNAC
MARIA MATOS
CARPE DIEM
T. CAMÕES
FBAUL
CINEMATECA
EIRA 33
EIRA 33
CULTURGEST
MNAC
M. ELETRICIDADE BOMBAS | SUSANA VIDAL
DU DON DE SOI | PAULO RIBEIRO
T. CAMÕES
27
FESTIVAL TRANSDISCIPLINAR ANUAL DE LISBOA
28
OUTUBRO
TEMPS D'IMAGES
29
30
01
02
03
NOVEMBRO
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14 15
16
18
19
20
21
22
23
DE 15 DEZEMBRO A 22 JANEIRO 2012
17
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financiamento
iniciativa
co-produção
produção
www.tempsdimages-portugal.com | www.duplacena.com
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