TEMPS D'IMAGES FESTIVAL TRANSDISCIPLINAR ANUAL DE LISBOA PORTUGAL | 9ª EDIÇÃO | 27 OUT > 23 NOV 2011 instalações :: espectáculos :: projecções PROGRAMAÇÃO ANTÓNIO CÂMARA MANUEL | CHLOÉ SIGANOS | FRANCISCO CAMACHO | GIL MENDO | HELENA BARRANHA | JACINTO LAGEIRA | JOSÉ LUIS FERREIRA | LOURENÇO EGREJA | LUISA TAVEIRA | MARK DEPUTTER | MADALENA WALLENSTEIN | PIERRE-MARIE GOULET | RACHEL KORMAN | RAJELE JAIN | RICARDO MATOS CABO | TERESA GARCIA ARTISTAS ANDRESA SOARES | ANDRÉ GODINHO | ANIOL BUSQUETS | ANNIE VIGIER | CÃO SOLTEIRO | CARLOS GOMES | CARLOS PIMENTA | CATARINA VIEIRA | DOMINIQUE GONZALEZ FOERSTER | FRAN LOPEZ REYES | FRANCK APERTET | MÁRCIA LANÇA | MIGUEL BONNEVILLE | OLGA DE SOTO | PAULO RIBEIRO | RAQUEL ANDRÉ | RAQUEL CASTRO | RICARDO JACINTO | RITA NATÁLIO | SANDRO AGUILAR | SOLANGE FREITAS | SÓNIA BAPTISTA | SPACE ENSEMBLE | SUSANA VIDAL | TIAGO CADETE | VASCO MENDONÇA ESPAÇOS CARPE DIEM - ARTE & PESQUISA | CCB | CINEMATECA PORTUGUESA | CULTURGEST | EIRA 33 | FBAUL AUDITÓRIO DA FACULDADE DE BELAS ARTES | GALERIA GRAÇA BRANDÃO | IADE - PALÁCIO QUINTELA | MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL | MNAC - MUSEU DO CHIADO | MUSEU DA ELETRICIDADE | TEATRO CAMÕES | SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL Direcção António Câmara Manuel Consultadoria Artística Irit Batsry Produção Bárbara Viseu Design Maria José Peyroteo Consultoria Técnica Alexandre Coelho Direcção Financeira Paula Caruço Vídeo de Apresentação Nuno Lacerda Help Desk Pedro Joel Direcção e Programação Temps d'Images Prémios de Cinema para Filmes sobre Arte Rajele Jain AGRADECIMENTOS: Ami Daisy, António Rodrigues, António Vilela, Carla Ruiz, Carlos Dias, Catarina Saraiva, Cláudia Belchior, Delfim Sardo, Elsa Aleluia, Fátima Ramos, Francisco Camacho, Gerd Peun, Gisela Telles Ribeiro, Hélder Verónio Gomes, Hélder Gonçalves, Jacinto Lageira, Joana Câmara Manuel, João Gata, João Manuel de Oliveira, Jonas Omberg, Juan Goldin, Lara Morbey, Liliana Coutinho, Luísa Ramos, Lorenzo Deho, Maria Antónia Câmara Manuel, Maria Antónia Linhares, Maria José Camecelha, Maria José Ribeiro, Maria Schiappa, Mário Rei, Patrícia Brito, Patrícia Henriques, Patrícia Silva, Paula Pereira, Paulo Seabra, Rafael Alvarez, Ricardo Custódio, Roger Teboul, Sofia Campos, Sara Vizinho, Tierry Bert, Vera Rosa, Zambeze / Fundação Moranguinho, Zé Branco. Agradecimento especial Namalimba Coelho EDITORIAL Contra todas as contrariedades, o Festival Temps d'Images apresentará, novamente, em 2011 um grande número de artistas, formas de arte, palcos e espaços de exposição, proporcionando algumas semanas de intensos eventos de arte e cultura em Lisboa. Contra todos os cortes, os artistas e participantes trabalharam em condições muito difíceis, mas com resultados de sucesso, graças à sua força e paixão. Contra correntes de pensamento sabemos que a arte é um elemento primordial na sociedade e na própria civilização. Este é portanto o ano que estou ainda mais grato a todos e cada um dos parceiros do Temps d'Images; artistas e colegas de trabalho que não agiram "contra", mas "a favor ". A determinação na adversidade é metade do caminho para a salvação. J.H. Pestalozzi Bem-vindo ao Temps d’Images António Câmara Manuel Outubro 2011 MNAC - MUSEU DO CHIADO PALÁCIO QUINTELA Sede Cultural - IADE - Talent Universities INSTALAÇÕES RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES . FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES . FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES . FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES . FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES . FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES . FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES . FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES . FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES . FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES . FRAN LOPEZ REYES . DOMINIQUE GONZALEZ FOERSTER . RICARDO JACINTO . CARLOS GOMES INSTALAÇÃO MNAC - MUSEU DO CHIADO EYE HEIGHT RICARDO JACINTO e BEATRIZ CANTINHO 10 NOV > 11 DEZ EYE HEIGHT é um espectáculo onde um dispositivo, que é simultaneamente cenário e instrumento, é palco para a criação coreográfica e musical. Este objecto comporta-se como uma caixa de ressonância, amplificando os sons provocados pela fricção e percussão de corpos que, movendo-se na horizontal, induzem a vibração de conjuntos de cordas colocadas no seu interior. Com a linha do olhar à altura do palco, os espectadores assistem a um discurso improvisado em que bailarinos e músicos constroem um manto visual e sonoro de impressão paisagística proporcionando uma experiência essencialmente sensorial e contemplativa. A instalação presente no Museu do Chiado consiste num formato complementar de abordagem à performance, permitindo ao espectador aceder à obra numa dimensão cinematográfica, e mais concretamente, a partir de um dispositivo fílmico que inclui vários pontos de vista simultâneos. Três planos sequência em torno do palco permitirão ao espectador estabelecer uma relação de intimidade e comprometimento físico com o movimento dos bailarinos, requerendo do mesmo uma constante adaptação perceptiva em relação às imagens síncronas filmadas de diferentes perspectivas. Direcção Artística: Beatriz Cantinho e Ricardo Jacinto | Co-criação e Interpretação - Bailarinos: Ana Gouveia, Filipe Jácome, Francesca Bertozzi | Co-criação e Interpretação - Músicos: Nuno Torres (saxofone alto), Ricardo Jacinto (violoncelo) Palco/Instrumento _ Concepção: Ricardo Jacinto | Projecto de Execução: André Castro, Elysabeth Remelgado | Construção: Tomás Viana, Ricardo Jacinto, Nuno Torres Instalação Vídeo _ Realização: Beatriz Cantinho e Ricardo Jacinto | Direcção de Fotografia: Vasco Viana | Cameras: Vasco Viana, Vasco Saltão, Nuno da SIlva | Maquinistas: Rui Pereira, Tiago Valente, Daniel Monteiro | Som: Pedro Magalhães | Luz: Alexandre Costa | Figurinos: Mariana Sá Nogueira | Produção: Meninos Exemplares | Produção Executiva: Sara Morais | Apoios: CMO/Fundição de Oeiras, Vende-se Filmes. Projecto Financiado pela: Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria de Estado da Cultura / e INSTALAÇÃO IADE - PALÁCIO QUINTELA 10h00 > 22h00 12 NOV > 22 NOV UMA CARLOS GOMES e FRAN LOPEZ REYES 12 e 19 NOV | 22h00 [instalação /concerto por Ricardo Webbens] A Ultra Maratona Atlântica é uma prova de atletismo percorrida pela areia da praia, na costa alentejana, em Portugal. Quarenta e três quilómetros que medem quantitativamente a distância entre Melides e Tróia ao longo do Oceano Atlântico, num território de rara beleza natural, com um dos litorais menos intervencionados do continente europeu. Aliando "Para o existente, a distância resistência física e psicológica, espírito de sacrifício e prazer de correr, é conhecimento, recordação e os atletas desafiam os seus próprios limites. Trata-se de uma analogia." in "A Velocidade de competição única em Portugal e em toda a Europa, não só pela natureza Libertação", Paul Virilio do piso em que decorre e pela auto-suficiência a que os atletas se submetem, mas também pela particularidade de percorrer uma linha cartográfica que é ela própria o espaço-limite, entre o mar e a terra, do território que a integra e substancia, definindo-o. O enquadramento paisagístico desse território sublima o impulso de correr para escapar, de correr pela vida, que encontra ali, afinal, uma linha bem definida e segura. O objectivo, para a maioria dos atletas é chegar ao fim e a maior compensação, mais do que superar os seus próprios limites, inscrever na memória do seu corpo aquela distância, como o vínculo que liga o espaço e o esforço, a duração e a extensão de uma fadiga física, dando medida, uma grandeza sensível, à experiência de cada um. A instalação, em tríptico, aborda o conceito de "trajectividade" tão caro a Paul Virilio. Entre a subjectividade da nossa percepção do território e a objectividade do mesmo, uma imersão na intensidade desse tempo psicológico do “Ser em trajecto”, como forma de (re)conhecimento do estar no mundo. As coreografias dos atletas, ao longo da sua preparação para a prova e no dia da corrida, e as nossas ao acompanhá-los; e “nesse movimento daqui para ali, de um para outro lugar”, a construção da iconografia cenográfica da memória de um território, sob a influência da tensão entre o desejo físico de uma liberdade primordial e a percepção de uma finitude de horizontes a que o homem contemporâneo não consegue escapar. Carlos Gomes e Fran Lopez Reyes Concepção e Realização: Carlos Gomes e Fran Lopez Reyes | Direcção de Fotografia: Miguel Robalo | Banda Sonora Original: Ricardo Webbens | Som: Raquel Jacinto | Produção Executiva: Bárbara Viseu | Esta instalação é um dos resultados do projecto artístico UMA – Ultra Maratona Atlântica financiado pela DGArtes | O filme/documentário estreará em 2012 | Co-produção: MGC Arquitectos/Duplacena | Apoios: Câmara Municipal de Grândola e Casino de Tróia Projecto Financiado pela Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria de Estado da Cultura / CARPE DIEM - ARTE & PESQUISA | CCB | CULTURGEST | EIRA 33 | FUNDAÇÃO EDP | GALERIA GRAÇA BRANDÃO | MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL | TEATRO CAMÕES | SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL ESPECTÁCULOS ANDRESA SOARES . ANDRÉ GODINHO . ANIOL BUSQUETS . ANNIE VIGIER . CÃO SOLTEIRO . CARLOS PIMENTA . CATARINA VIEIRA . FRANCK APERTET . MÁRCIA LANÇA . MIGUEL BONNEVILLE . OLGA DE SOTO . PAULO RIBEIRO . RAQUEL ANDRÉ . RITA NATÁLIO . SANDRO AGUILAR . SOLANGE FREITAS . SÓNIA BAPTISTA . SPACE ENSEMBLE . SUSANA VIDAL . TIAGO CADETE . VASCO MENDONÇA . ANDRESA SOARES . ANDRÉ GODINHO . ANIOL BUSQUETS . ANNIE VIGIER . CÃO SOLTEIRO . CARLOS PIMENTA . CATARINA VIEIRA . FRANCK APERTET . MÁRCIA LANÇA . MIGUEL BONNEVILLE . OLGA DE SOTO . PAULO RIBEIRO . RAQUEL ANDRÉ . RITA NATÁLIO . SANDRO AGUILAR . SOLANGE FREITAS . SÓNIA BAPTISTA . SPACE ENSEMBLE . SUSANA VIDAL . TIAGO CADETE . VASCO MENDONÇA . ANDRESA SOARES . ANDRÉ GODINHO . ANIOL BUSQUETS . ANNIE VIGIER . CÃO SOLTEIRO . CARLOS PIMENTA . CATARINA VIEIRA . FRANCK APERTET . MÁRCIA LANÇA . MIGUEL BONNEVILLE . OLGA DE SOTO . PAULO RIBEIRO . RAQUEL ANDRÉ . RITA NATÁLIO . TEATRO CAMÕES 27 > 29 OUT + 4 > 5 NOV | 21h00 30 OUT + 6 NOV | 16h00 DU DON DE SOI PAULO RIBEIRO Obra inspirada no universo cinematográfico de Andrei Tarkovsky. Uma parceria artística com o Centro Cultural de Belém. Imagino que de mote próprio jamais pensaria em coreografar ou fazer a minha dança incidir e inspirar-se no trabalho do Tarkovsky. Aí reside sem dúvida o trabalho dos directores artísticos que nos lançam desafios que são sem dúvida matéria que permite a renovação e redescoberta do nosso próprio trabalho. É um risco que independentemente do resultado, nos transformará a todos, intérpretes e criativos. Confesso que já tinha passado ao de leve pelo trabalho e os escritos deste realizador, no entanto, uma observação mais atenta deixa-me completamente em suspenso, não só pela força das imagens e das narrativas dos filmes, como ainda pela profunda cumplicidade que sinto ao reler o que escreveu e que destaco. Paulo Ribeiro, Junho 2011 Coreografia: Paulo Ribeiro | Música Original: Nuno Rebelo | Direcção de Imagem: Fabio Iaquone e Luca Attilli | Figurinos: Jose António Tenente | Desenho de Luz: Nuno Meira ESPECTÁCULO :: dança SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL 28 > 29 OUT | 21h00 30 OUT | 17h30 A VOZ HUMANA CARLOS PIMENTA Do seu quarto em desordem uma mulher telefona ao amante que acaba de a abandonar. O telefone chama uma voz sem corpo, sem local, mas plena de presença sonora. Desde logo uma voz apanhada numa rede de Dantes as pessoas viam-se. Podíamos perder a cabeça, esquecer as promessas feitas, arriscar o impossível, convencer aqueles que adorávamos através de um beijo ou de um abraço. Um olhar podia mudar tudo. Mas, com este aparelho, o que acabou, acabou. Jean Cocteau comunicações, sujeita a interferências, linhas cruzadas e terminações abruptas. O que procuramos encontrar na voz? Uma ligação directa ao humano?! No entanto essa ligação perde-se cada vez mais no advento da tecnologia e o homem vai-se transformando num simulacro inorgânico de si próprio. A voz já não nos devolve a imagem de um rosto. Transformada em sinais electroacústico tornou-se disfarce da realidade. Ainda seremos capazes de reconstruir o corpo ignorando esta outra dimensão do real? Carlos Pimenta e Raquel Castro Texto: Jean Cocteau | Tradução: Alexandra Moreira da Silva | Concepção e Encenação: Carlos Pimenta | Concepção, Som e Imagem: Raquel Castro | Figurinos: Bernardo Monteiro | Música Original: Dead Combo | Desenho de Som: Francisco Leal | Desenho de Luz: José Álvaro Correia | Interpretação: Emília Silvestre | Co-Produção: Ensemble - Sociedade de Actores, Festival Temps d'Images, Teatro Nacional de São João e SLTM ESPECTÁCULO CCB [pequeno auditório] 3 NOV | 10h00 e 11h30 ALGORÍTMICO SPACE ENSEMBLE O Space Ensemble encara o desafio de construir um programa de filmes-concerto relacionando Música e Matemática com naturalidade e entusiasmo. Frequentemente referidas como linguagens universais, a relação entre Música e Matemática parece ser uma fonte inesgotável de descoberta e inspiração e o Space Ensemble escolhe uma perspectiva bastante particular: a Música, nosso território "nativo", é uma linguagem universal por ser, com o movimento, condição prévia de comunicação, socialização e, assim, humanidade une todos os seres humanos no que há de mais elementar e instintivo. A Matemática, base do conhecimento, como ciência e aprendizagem, é também universal, por operar como uma poderosa ferramenta de modelação e manipulação da realidade (esta e todas as outras) e, assim, se constituir também como mecanismo de tradução e conversão entre virtualmente todos os domínios humanos congrega e articula todas as formas de conhecimento e criação. Assim, mais do que relacionar Música e Matemática, procuramos usar a universalidade da expressão musical como forma de ilustrar a extraordinária potência da ciência matemática na construção de relações: construímos música a partir de números, em jogos com o público ou com filmes, musicamos as composições geométricas animadas de Norman McClaren e René Jodoin e invertemos o processo, criando novas animações, que traduzem, em tempo real, a música produzida. AlgoRítmico é um jogo juvenil, como a própria Matemática, segundo Hardy. Um jogo de sons e imagens, com regras matemáticas, como o mundo. Músicos: Eleonor Picas [harpa], Henrique Fernandes [contra-baixo], João Martins [saxofones], João Tiago Fernandes [percussão], Nuno Ferros [electrónica], Sérgio Bastos [piano] | Filmes realizados por: Norman Mclaren e René Jodoin | Programação Multimédia em Pure Data [pd~]: João Martins | Ilustrações: João Tiago Fernandes | Direcção Artística: Nuno Ferros | Apoio: NFB - National Film Board (Canadá) ESPECTÁ CULO : : mú sica : : p ú b lico ju v enil CCB [pequeno auditório] 4 NOV | 10h00 e 11h30 5 NOV | 11h30 e 15h30 FILMES DA TERRA DO PAI NATAL SPACE ENSEMBLE O Space Ensemble interpreta uma banda sonora original para as curtas-metragens finlandesas do realizador Heikki Prepula (canguru Gussy e outras fábulas) e episódios dos filmes Turilas & Jäärä, dos realizadores Ismo Virtanen e Mariko Härkönen. Há serrote e theremin, guitarras e harpa, mesa e balões, num filme-concerto em que serão revelados detalhes importantes da Finlândia, com referências óbvias à terra do Pai Natal, às caixas de música, aos cocos e aos pilotos de corridas de automóveis. Sérgio Bastos (piano) | Eleonor Picas (harpa) | João Martins (saxofones, melódica, flauta, berbequim) | João Tiago Fernandes (bateria, marimba) | Henrique Fernandes (contrabaixo, acordeão) | Nuno Ferros (dj set, electrónicas) | José Miguel Pinto (guitarra, theremin) | Ana Veloso (guitarra) ESPECTÁ CULO : : mú sica : : p ú b lico ju v enil CARPE DIEM - ARTE & PESQUISA 4 > 5 NOV | 18h00 e 19h00 (lotação máxima por sessão: 12 pessoas) MB#8 MIGUEL BONNEVILLE Nesta minha série homónima de performances tenho vindo a insistir na ideia da experiência individual como processo social, rompendo com a distinção entre público e privado, tal como na ideia de que a identidade não é estanque ou linear e que deve ser entendida como um processo de autoconsciência. Cada performance é um capítulo de uma história - a minha história. Cada capítulo traz intrinsecamente a memória do capítulo anterior e a preparação para o seguinte. MB#8 é a consequência de se ter um nome, uma reputação, de se estar preso, de se lutar e de se querer parar - a infelicidade de não se poder parar e a frustração de não se poder fugir. MB#8 é a consequência de existir. De existir agora. Concepção e Interpretação: Miguel Bonneville | Colaboração: Diogo Bento | Co-Produção: Miguel Bonneville, DuplaCena, Carpe Diem Arte e Pesquisa | Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian | Agradecimentos: Ana Rita Osório, António Júlio, Bárbara Faria, Carlota Lagido, Cristina Correia, Diogo Melo, Helena Nogueira Silva, Joana Craveiro, Joana Linda, José Miguel Vitorino, Lara Torres, Magda Henriques, Maura Teofili, Sofia Arriscado, Sofia Matos, Sónia Baptista Aviso: Este espectáculo poderá incluir conteúdos para adultos. ESPECTÁ CULO : : p erf ormance GALERIA GRAÇA BRANDÃO 4 > 5 NOV | 20h00 PEAUFINE SÓNIA BAPTISTA Passos curtos, sem assustar aragens. On trompe l'oeil com sombras. On trompe l'oreille com palavras. Para cada quadrado de pele exposta há um metro quadrado de seda que se desenrola disposta. Pêlo, pele apurada. (No Japão antigo os encontros amorosos desvendavamse em pequenos livros de gravuras de erotismos coleccionados, retratos do mundo flutuante). Direcção Artística, Textos, Co-Criação Video e Música e Interpretação: Sónia Baptista | Fotografia, Coordenação Editorial, Co-Criação Vídeo e Música: Helena Nogueira-Silva | Consultor Musical: Vítor Rua | Figurinos: Lara Torres & Sónia Baptista | Consultor de Edição e Registo de Vídeo: João Lacerda Seixas | Produção Executiva: João Lemos e Helena Nogueira-Silva | Produção: alvo (neutro) associação | Co-Produção: Festival Temps d'Images | Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian; O Espaço do Tempo ESPECTÁ CULO : : p erf ormance CULTURGEST [palco grande auditório] 4 > 5 NOV | 21h30 HISTOIRE(S) OLGA DE SOTO Em Junho de 2003, a convite de António Pinto Ribeiro, no âmbito do programa Homenagem a Le Jeune Homme et la Mort, que evocava o bailado estreado em Paris em Junho de 1946 no Théatre des Champs Elysées, com libreto de Jean Cocteau, coreografia de Roland Petit e memorável interpretação do bailarino Jean Babilée, a coreógrafa Olga de Soto criou para a Culturgest História (primeira versão), apresentada num espectáculo partilhado com o compositor Luís Tinoco (Imaginary Landscape - a melodrumming after Cocteau) e com o coreógrafo Hervé Robbe (REW - vers une utopie du renoncement). Depois destas apresentações em Lisboa, Olga de Soto continuou a desenvolver o projecto, que deu origem ao vídeo performance documentário Histoire(s) estreado em 2004 no Kunstenfestivaldesarts, em Bruxelas que, desde então, tem circulado por toda a Europa com enorme sucesso, e agora apresentamos. Trata-se do resultado de uma pesquisa sobre o que perdura de um espectáculo da dança na memória dos espectadores, com recurso aos comoventes testemunhos filmados de alguns espectadores mais de meio século após terem assistido às primeiras apresentações de Le Jeune Homme et la Mort em 1946, no imediato pós-guerra. Conceito, Direcção e Coreografia: Olga de Soto | Criado com: Vincent Druguet | Intérpretes: Cyril Accorsi e Olga de Soto | Realização Vídeo, Câmara e Som: Olga de Soto | Testemunhos de: Micheline Hesse, Suzanne Batbedat, Robert Genin, Brigitte Evellin, Julien Pley, Françoise Olivaux, Olivier Merlin e Frédéric Stern | Montagem Vídeo: Montxo de Soto e Olga de Soto | Música: Johann Sebastian Bach, Sarabanda da Suite inglesa nº2 BWV 807, Sarabanda da Suite inglesa nº5 BWV 810, Passacaglia em dó menor BWV 852 (transcrição para piano) interpretadas ao piano por: Angela Hewitt | Cenografia: Thibault Vancraenenbroeck | Desenho de Luz: Henri-Emmanuel Doublier | Direcção Técnica: Christophe Gualde | Produção: NIELS (Bruxelas) | Co-Produção: Kunstenfestivaldesarts, Centre National de la Danse - Pantin | Apoio: COM4 HD - Madrid, Ministère de la Communauté française Wallonie-Bruxelas - Secteur Danse | Responsável pela Digressão: Caravan Production, Bruxelas ESPECTÁ CULO : : v íd eo p erf ormance SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL 4 > 5 NOV | 23h30 PING VASCO MENDONÇA e SANDRO AGUILAR a partir de Samuel Beckett Ping é um dos mais fascinantes textos de Samuel Beckett: setenta frases enigmáticas, poucas palavras, muita repetição. E algures nelas uma narrativa de clausura e consciência, de apagamento e do medo da memória. Como uma sonda que invade e perturba o organismo fortificado de Beckett, Ping é uma peça multimedia de sons e gestos fundamentais, com música de Vasco Mendonça e vídeo de Sandro Aguilar, interpretada por Joana Manuel e a ORCHESTRUTOPICA. Texto: Samuel Beckett | Música: Vasco Mendonça | Vídeo: Sandro Aguilar | Interpretação: Joana Manuel Voz, ORCHESTRUTOPICA | Produção: VH Produções | Co-Produção: DuplaCena / Temps d'Images ESPECTÁ CULO : : mú sica MUSEU DA ELETRICIDADE 6 NOV | 19h30 7 NOV | 21h00 BOMBAS ( O U PEQUENAS EXPLOSÕES A SÓS) SUSANA VIDAL Fico à espera da sua explosão... ela diz... eu nunca tive medo... Construíamos as bombas em casa... depois do almoço... depois de beber um simples café quente... depois de fazer amor... depois de adormecer os nossos filhos... todos os dias, sem descanso, esse era o nosso trabalho... Sabíamos que as bombas ficariam ali para sempre, entre as nossas mãos e dentro da nossa própria casa... Grita...corre... Abre o coração até perceber... até perceber... ela é a filha-daputa que levava a merda da bomba... BOMBAS (ou pequenas explosões a sós) é a segunda parte de uma trilogia que ao longo de 6 meses será apresentada ao público em diferentes espaços e formatos. Uma dramaturgia que ao longo do tempo e em cada nova apresentação revelará as camadas submersas em cada criação anterior. Bombas é o segundo esboço de um quebra-cabeças para criar, no fim, um mapa de memórias, imagens e ideias de fácil combustão. A primeira parte, intitulada Bombas (ou morrer durante uma semana), foi apresentada no Cinema São Jorge, no mês de Setembro. A última parte será apresentada na Casa Conveniente, em Fevereiro de 2012 Susana Vidal Texto e encenação: Susana Vidal | Interpretação: Carla Ribeiro, Maria João Garcia, Sara de Castro | Cenografia: Eric Costa | Músicos: João Pedro Viegas e Paulo Curado | Desenho de Som: David Palma | Vídeo: Cláudia Tomaz | Desenho de Luz: B Negativo Associação Cultural | Produção: B Negativo Associação Cultural | Co-produtores: Cinema São Jorge e Festival Temp d'Images | Parceria: Museu da Eletricidade, Casa Conveniente, Espaço Sou | Apoio: Artica Creative Computing Projecto Financiado pela Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria de Estado da Cultura / ESPECTÁ CULO : : p erf ormance CULTURGEST [palco grande auditório] 8 > 9 NOV | 21h30 SUR LES TRACES DE LA TABLE VERTE OLGA DE SOTO Olga de Soto, que podemos considerar precursora de um movimento de pesquisa e recuperação da memória da dança do século XX, que hoje tem cada vez mais força entre os criadores e intérpretes da dança contemporânea europeia, está actualmente a desenvolver um trabalho de pesquisa sobre A Mesa Verde, bailado mítico de Kurt Jooss em que podemos ler uma antevisão do fascismo e da guerra, e que estreou no Théâtre des Champs Elysées em Julho de 1932 no mesmo teatro parisiense em que, em 1946, estreou Le Jeune Homme et la Mort, ponto de partida do espectáculo anterior, Histoire(s) - escassos meses antes da ascensão de Hitler ao poder. Conceito, Documentação, Câmara, Som, Texto e Apresentação: Olga de Soto | Testemunhos: Micheline Hesse, Brigitte Evellin, Suzanne Batbedat, Françoise Olivaux, Frederic Stern, Françoise Dupuy e Michelle Nadal | Realização Vídeo: Olga de Soto | Montagem Vídeo: Julien Contreau e Olga de Soto | Extractos do filme: "The Green Table", BBC 1967, BBC Motion Gallery | Voz Off: Kurt Jooss (extracto da entrevista Berghson-Jooss, Califórnia, 1974, com autorização de Tanzarchiv Köln) | Genérico: Stéphan Higelin | Assistente de Pesquisa Documental nos Arquivos de Colónia: Katja Herlemann | Direcção Técnica: Christophe Gualde | Direcção de Luzes: Bram Moriau | Direcção de Som e Vídeo: Pierre Gufflet | Fotografias de Kurt Hegel, Marian Reisman, Riwkin, Sacha Stone, Fritz Henle e fotógrafos desconhecidos | Três Fotografias de "La Table Verte" de Albert Renger-Patzsch / Albert Renger-Patzsch Archiv - Ann und Juergen Wilde / VG Bild-Kunst, Bonn / SABAM, Belgica 2010 | Produção: NIELS (Bruxelas), em colaboração com Caravan Production (Bruxelas) | Co-Produção: CCN de Franche-Comté (Belfort), Les halles (Bruxelas), TanzWerkstatt Berlin / Tanz im August (Berlim), Charleroi-Danses / Centre Chorégraphique de la Communauté Française (Charleroi, Bruxelas, para a pesquisa em 2007 e 2008), Culturgest (Lisboa) | Apoio: Ministère de la Communauté française de Belgique - Secteur danse, Arquivos Jooss, (Cologne / Amsterdam), Deutschen Tanzarchives Köln ESPECTÁ CULO : : conf erência p erf ormance CCB [sala de ensaio] 9 > 11 NOV | 11h00 12 NOV | 15h30 e 13 NOV | 11h30 A FORMA DO ESPAÇO UMA HISTÓRIA DE AMOR INTRIGA E SEDUÇÃO a partir de A Forma do Espaço integrado nas Cosmicómicas de Italo Calvino ANDRESA SOARES e LÍGIA SOARES A cosmicómica, “A Forma do Espaço”, fala-nos do tempo em que ainda não havia universo e em que Qfwfq caía continuamente no vazio, juntamente com a desejável Úrsula H´x e o insuportável tenente Fenimore. Ao cair, cada um pela sua trajetória paralela, seria bem possível que se encontrassem no infinito, isto se a geometria não fosse também produto do pensamento... Assim sendo, o desejo e o ciúme podiam mudar o rumo das coisas. Para contar esta história é criado um dispositivo que se assemelha a um teatro de sombras e que, tal como a escrita de Calvino, explora duas vertentes: a científica e a romanesca, com o objetivo de criar uma enorme “fantasia”. No final do espetáculo, os jovens serão convidados a experimentar o dispositivo e criar demonstrações que contenham, simultaneamente, uma visão científica, poética e performativa. Direcção Artística: Andresa Soares, Lígia Soares | Espaço Cénico: Andresa Soares | Criação e Interpretação: Alexandra Sargento, Andresa Soares, Lígia Soares | Composição Musical: João Lucas | Voz Off: Hugo Amaro | Oficina dirigida por: Alexandra Sargento, Andresa Soares, Lígia Soares | Produção: Máquina Agradável ESPECTÁ CULO : : of icina p ara p ú b lico ju v enil EIRA 33 10 > 21 NOV NOME EIRA#4 TIAGO CADETE © John Romão A partir de 2011, a EIRA tomou como eixo de programação do espaço EIRA33 a organização de um ciclo de "pequenos festivais" intitulados NOME EIRA. Estes eventos são centrados no trabalho de um determinado artista associado à EIRA ou convidado especificamente para este contexto. Bimensalmente / trimestralmente a EIRA convida um artista a mostrar vários projectos da sua autoria e a apresentar trabalhos de outros criadores. O formato do evento é sempre livre e delineado segundo o critério do artista convidado. Neste sentido, o "criador em foco" é também programador do evento, sendolhe proposto criar não só um lugar de encontro e diálogo com o seu trabalho artístico mas também com outros artistas e o público em geral. Entre 10 e 21 de Novembro, o Temps d'Images associa-se a este evento apresentando espectáculos inseridos no evento NOME EIRA#4: TIAGO CADETE, um pequeno festival organizado pela EIRA e centrado no trabalho do jovem encenador Tiago Cadete, artista apoiado pela EIRA durante o biénio 2011/2012. PROGRAMA: NOME EIRA#4 TIAGO CADETE FORA DE JOGO SOLANGE FREITAS + CATARINA VIEIRA 10 > 12 NOV | 21h30 HIGHLIGHT TIAGO CADETE (ESTREIA ABSOLUTA) 15 > 16 NOV | 21h30 NO DIGITAL TIAGO CADETE + RAQUEL ANDRÉ 21 NOV | 21h30 ESPECTÁ CULO Programa no espaço EIRA33 inserido no TEMPS D'IMAGES EIRA 33 10 > 12 NOV | 21h30 FORA DE JOGO SOLANGE FREITAS e CATARINA VIEIRA Fora de Jogo é sobre o desejo e a sua relação com o poder, sobre as estratégias para fugir ao tédio, à crise, ao quotidiano. Quanto tempo podes aguentar o teu desejo, sem deixá-lo esmorecer? O que podemos hoje desejar? Podemos desejar agir? Podemos agir? E precisamos de ser muitos ou poucos? Que medidas adoptamos quando o desejo se torna urgente e também extremo, implicando uma acção radical num espaço maior que o indivíduo, o espaço da sua relação com o outro? A presença do vídeo põe em causa e agudiza as fronteiras de desejo materializado ou em estado de latência. Como pode tornar-se consciente um desejo e como se materializa? Pela possibilidade de ser dito, de se materializar em imagem? Que ficções o desejo produz? Texto: Catarina Vieira, Claúdia Lucas Chéu, Solange Freitas | Criação: Catarina Vieira e Solange Freitas | Interpretação: Catarina Vieira, Solange Freitas, Wagner Borges, Tiago Cadete, entre outros. | Participação (Vídeo]: Bruno Huca, Estêvão Antunes, Catarina Vieira, Solange Freitas, Tiago Cadete, Wagner Borges, entre outros. | Vídeo: Carlos Conceição | Apoio à Dramaturgia: Claúdia Lucas Chéu | Desenho de Luz: John Romão | Espaço Sonoro: Tiago Cerqueira | Fotografia: Bruno Simão | Produção: Vertigo Associação Cultural | CoProdução: Festival Temps d'Images / Duplacena / Eira | Projecto apoiado pelo Programa Gulbenkian para as Artes Performativas / Novos Encenadores | Agradecimentos: Tiago Vieira, Há Que Dizê-Lo, Colectivo84, CCB ESPECTÁCULO :: teatro [Programa NOME EIRA#4: TIAGO CADETE] EIRA 33 15 > 16 NOV | 21h30 HIGHLIGHT TIAGO CADETE Lastly, I wish to highlight / Finalmente realço / I wish to highlight the importance / Destaco a importância / I would like to highlight two / Gostaria de focar dois deles / I want to highlight three aspects / Gostaria de salientar três aspectos / I would like to highlight two of them / Gostaria de referir duas / There are two points I want to highlight / Há dois pontos que desejo sublinhar / I would like to highlight five questions / Gostaria de levantar cinco questões / I think it is important to highlight this / Creio que é importante salientar isso / I wish to highlight four essential points / Gostaria de salientar 4 pontos essenciais / Amongst these weaknesses I would highlight / Entre essas debilidades destaco / I only want to highlight a couple of points / Queria apenas seleccionar alguns pontos / I should like to highlight a few points / Gostaria de sublinhar apenas alguns aspectos. © Tiago Cadete Criação e Interpretação: Tiago Cadete | Consultadoria: Francisco Camacho | Residências Artísticas: Espaço Eira 33 | Co-Produção: Festival Temps d'Images Duplacena e Eira ESPECTÁ CULO [Prog rama N O ME EIRA # 4 : TIA G O CA D ETE] EIRA 33 21 NOV | 21h30 NO DIGITAL TIAGO CADETE & RAQUEL ANDRÉ NO Digital é sobre Cartas, as que encontrámos, as que não escrevemos, as que queríamos ter escrito, as que chegámos a escrever, as que nos escrevem, as que estamos à espera, as que nunca vamos receber e sobre aquelas que ainda hoje guardamos. NO Digital é acima de tudo um coleccionismo de memórias, as que não tivemos, as que lemos e as que criamos... Criação e Interpretação: Tiago Cadete & Raquel André | Consultadoria de Figurinos: Carlota Lagido | Consultadoria de Espaço Cénico: José Capela | Apoio à Criação: Bernardo Almeida | Fotografias: André Uerba | Fotografias de Residência: Tiago Brás | Fotografias de Cena: Bruno Simão | Co-Produção: Eira, Teatro Taborda, Molloy | Residências Artísticas: Espaço Eira33, DevirCapa | Apoio à Residência: Gestão dos Direitos dos Artistas (GDA) | Apoios: DuplaCena / Festival Temps d'Images, Livraria Trama, Maus Hábitos e Oficinas do Convento Projecto Financiado por:: Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria de Estado da Cultura / ESPECTÁ CULO [Prog rama N O ME EIRA # 4 : TIA G O CA D ETE] e MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL 11 > 12 NOV | 21h30 O DESEJO IGNORANTE MÁRCIA LANÇA e ANIOL BUSQUETS No palco os bailarinos esperam que algo lhes aconteça, esperam o momento em que aparece o desejo. Do desejo pode surgir a ação e por isso o gesto, o movimento, a palavra. Os bailarinos constroem frente a frente com o espectador um diálogo permanente entre o que conhecem e o que desconhecem. Apresentam-se a cru, numa espécie de dança documentário. Em O Desejo Ignorante, o vídeo assume uma preponderância similar à dos cenários pintados dos grandes Ballets Russos e das óperas renascentistas que imitavam a realidade trazendo paisagens majestosas para cena. Criando desta forma um contexto, um cenário e uma paisagem. Uma das questões fundamentais na pesquisa realizada para O Desejo Ignorante é a de unir o pensamento com a ação, fazendo-os dialogar em simultâneo sem os separar. Projecto e Direcção: Márcia Lança | Criação e Interpretação: Aniol Busquets e Márcia Lança | Desenho de Luz: Alexandre Coelho | Vídeo: Tiago Hespanha | Assistente de Vídeo: Rui Xavier | Conversas: Olga Mesa | Direcção de Produção: Sérgio Parreira | Difusão: Sofia Campos – SUMO, Associação de Difusão Cultural | Produção: VAGAR | Co-Produção: Duplacena/Festival Temps d’Images, Teatro Maria Matos, Teatro Viriato | Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian | Apoio à Residência: GDA Direitos dos Artistas | Residências Artísticas: Negócio ZDB – Lisboa, KustenCentrum Buda – Kortrijk, Teatro Viriato – Viseu, Companhia Nacional de Bailado/Teatro Camões – Lisboa | Outros Apoios: De Kortrijkse Schouwburg / Fundação Centro Cultural de Belém /Museu Nacional do Teatro / Re.Al /Teatro Praga | Agradecimentos: Agnès Quackels, Barbara Raes, Bram Coeman, Fernando Filipe, Florent Delval, João Calixto, José Carlos Alvarez, Kristof Jonckheere, Nicolas Duquerroy, Rudy Dewaegeneere Projecto Financiado pela: Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria de Estado da Cultura / Produção: Co-produção: Apoio: Apoio à residência: | | | Residências Artísticas: | | | ESPECTÁ CULO : : d ança CARPE DIEM - ARTE & PESQUISA 12 NOV | 15h00 > 19h00 CASTER ANNIE VIGIER & FRANCK APERTET Annie Vigier & Franck Apertet (les gens d'Uterpan) examinam as normas que definem a dança e as artes performativas. Ao aparecer em diferentes espaços que revelam a acção do corpo, ou ao adaptar-se ao próprio espaço, provocam as condições para uma nova reflexão sobre os diferentes métodos de representação, produção e interpretação da performance. As suas performances foram apresentadas no Project Arts Centre Dublin, na Tate Modern London, no Institute of Contemporary Arts London, no Kunsthalle Basel, no VI Cali Performance Festival, no Museu de Arte Moderna de Varsóvia, no Kunsthaus Graz-Museum Joanneum, na Bienal de Arte Contemporânea de Berlim em 2008 e 2010, no Nam June Paik Art Center de Seul, entre outros lugares... Caster * * Estrangeirismo na língua francesa do verbo inglês "to cast" (lançar), adoptado pelo mundo audiovisual e artístico francês, re-interpretado aqui para descrever esta peça coreográfica. A posição do coreógrafo determina e organiza um sistema hierárquico. Implica uma relação de autoridade baseada na observação. A disciplina da dança estabelece esta situação dando à pessoa que observa o poder de direcção absoluto. O “status” do coreógrafo requer que efectuemos uma constante avaliação das capacidades físicas, das qualidades morfológicas e do funcionamento psicológico das pessoas. Uma série de instruções, estratégias, afirmações, validações e rejeições alimentam e activam o ditado de obediência e subordinação ao nosso ponto de vista. Esta posição define-nos como autorizados a analisar e organizar, um conjunto de valores objectivos e subjectivos sobre o corpo do bailarino. Ao ser transportada para um espaço expositivo, a activação da relação entre indivíduos anónimos traduz-se numa forma crítica de uma verdadeira instalação de pessoas. A função do coreógrafo é a de um auto-proclamado poder. Autorizado a analisar, gerir, organizar e agir sobre os corpos apresentados num determinado espaço. Esta peça faz parte do ciclo de criação: re|action | Parceiros: Carpe Diem Arte e Pesquisa / Temps d'Images Festival / Institut Français | Apoios: Regional Cultural Affairs Office of Ile-de-France - French Ministry of Culture and Communication - Grant for the choreographic compagny 2009-2010 - Grant for a project 2011/Ile-deFrance Region agreement of artistic and cultural permanency/Association Beaumarchais-SACD - support to creation 2009/Ile-de-France Region and Département de Paris - support to employment | Residência Artística: CAC Brétigny (France) | Annie Vigier & Franck Apertet (les gens d'Uterpan) são apoiados por: General Council of Essonne | Apoio à Residência: CAC Brétigny, equipment of the Val d'Orge Community ESPECTÁ CULO TEATRO CAMÕES 12 NOV | 21h00 13 NOV | 16h00 PLAY, THE FILM CÃO SOLTEIRO & ANDRÉ GODINHO PLAY: The Film, PLAY/ THE FILM, PLAY THE FILM GODDAMMIT. (Começamos mal) O que adiante se visionará não é um filme nem um espectáculo de teatro mas o espaço ínfimo entre os dois formatos. Um momento de interferência bem fazer (fazer em que as regras aceites de bem bem sem olhar a quem) coexistem enervadas e sobrepostas. Àquilo que se enuncia logo se renuncia: propõe-se um OLHAR deslocado sobre dois objectos cuja vista se atravanca para que a sua forma original, desprovida de significado, seja apenas matéria da cena. Des/monta-se o filme através do acto teatral, e o invés. Ao filme, aliás, faz-se-lhe de tudo: cortar, colar, inverter, dobrar. Sem qualquer um dos pudores da cinefilia. Opera-se sobretudo pela transferência de dados, quer cénicos quer textuais, entre formatos recorrendo a encontros já de si históricos como o do Vaudeville com o Musical de Hollywood, concentrando-nos na figura de maravilhoso mau gosto - o ventríloquo. (Não se nos apresentam soluções, apenas o desejo de sublimar neste local o caos instaurado nas nossas cabeças.) Um espectáculo construído a partir de The Great Gabbo de James Cruze, 1929, por: André Godinho, Joana Manuel, Joana Dilão, Mariana Sá Nogueira, Michelle D' Orleans, Noëlle Georg, Paula Sá Nogueira, Paulo Lages, Steve Stoer Participação especial: Cais Sodré Cabaret Dobrado em português ESPECTÁ CULO : : teatro CULTURGEST [pequeno auditório] 22 > 23 NOV | 21h30 NÃO SE VÊ QUE SOU EU MAS É UM RETRATO RITA NATÁLIO Todo o século vinte e um é um trinta e um. Não se vê que sou eu mas é um retrato é uma ficção teatral e plástica a partir de encontros com portugueses entre os 9 e os 90 anos sobre as suas vidas e a suas noções de comunidade. A base fornecida por este conjunto de entrevistas é alterada, expandida e conectada por um trabalho de escrita de ficção e de encenação que contém simultaneamente o imaginário singular de cada participante e a sua diluição numa visão de conjunto. De perto, cada indivíduo está sempre entre dois ou vários, pertencendo a todos e a nenhum, sem no entanto pertencer-se. De longe, há a escrita que veste e despe personagens que nos vão falando das sedes deste século. Perguntamo-nos o que aconteceria se mais de trinta pessoas que não se conhecem à partida, ficassem presas numa sala e tivessem apenas uma hora para gerir as suas diferenças e encontrar forma dali saírem? Não se vê que sou eu mas é um retrato é feito deste cruzamento caleidoscópico de testemunhos reais, utopias de vida em conjunto, desejos, ideias de comunidade, sedes e regras de mecânica inventada. Direcção Artística: Rita Natálio | Artista Convidada - Criação Instalação Cénica: Luciana Fina | Performers: Cláudio da Silva, Carla Bolito, Nuno Lucas | Texto Original: Rita Natálio e Escrita Colectiva de: Carla Bolito, Cláudio da Silva e Nuno Lucas | Desenho de Luz: Carlos Ramos | Desenho de Som: Rui Dâmaso | Acompanhamento Crítico: Vera Mantero, Luísa Veloso | Fotografia: Inês Abreu e Silva | Produção: O Rumo do Fumo | CoProdução: O Rumo do Fumo, Festival Escritas na Paisagem, Município do Fundão, Culturgest e Festival Temps d'Images | Residência Artística: Alkantara | Agradecimentos: Andrea Sozzi, João Ribeiro, Magda Bull e a todos os participantes neste projecto. ESPECTÁCULO :: performance CINEMATECA PORTUGUESA | FBAUL AUDITÓRIO DA FACULDADE DE BELAS ARTES | SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL PROJECÇÕES BEATRIZ TOMAZ . BORIS BARNET . C. MORTON . CARL T. DREYER . CHARLES ATLAS . DANIEL SCHMID . DIMITRI KIRSANOFF . DUDLEY MURPHY . ED. ACKERMAN . FERNANDO LOPES . FILIPE ARAÚJO . GEORGES MELIES . GHISLAINE HEGER . GREGORY MARKOPOULOS . GIL MADDALENA . GUSTAVO BECK . HANNA E BARBERA . HUMPHREY JENNINGS . INMACULADA DE LA CALLE . JACQUES TOURNEUR . JAMES WHITNEY . JEAN EPSTEIN . JEAN GRÉMILLON . JEAN ROUCH . J. L. GODARD . J. M. STRAUB / D. HUILLET . JO GRAELL . JOÃO PAULO FERREIRA . JORGE SILVA MELO . J. P. RODRIGUES . KATHERINE KNIGHT . KING VIDOR . KENNETH ANGER . KONSTANTINOSANTONIOS GOUTOS . LARRY CHARLES . LECH SCZANIECKI . LEE HYUNG-SUK . LEN LYE . LOUISE FAURE & ANNE JULIEN . LUCIAN MUNTEAN . LUÍS ALVES DE MATOS . LUÍS MARGALHAU . MARCELO FELIX . MARCOS RIBEIRO . MARGUERITE DURAS . MAX OPHÜLS . MICHAEL KAM . MICHAEL WENDE . NATASA MUNTEAN . NINA GALANTERNICK . NORMAN MCLAREN . PAULO ROCHA . PAWEL JOZWIAK-RODAN . PETER NESTLER . QUINTINHO BASTO . RAQUEL CASTRO . REINHARD WULF . PHILIPP HARTMANN . RIMA YAMAZAKI . ROGÉRIO TAVEIRA . ROY ROWLAND . SATYAJIT RAY . STANLEY DONEN . STEVE ELKINS . SUSAN SOLLINS . SUSANA NASCIMENTO DUARTE . TIAGO CRAVIDÃO . VIKING EGGELING . WALT DISNEY PRO JECÇÕ ES SOUNDWALKERS RAQUEL CASTRO SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL jardim de inverno 28 > 29 OUT | 20h00 e 22h15 30 OUT | 16h30 e 18h45 Soundwalkers, de Raquel Castro, é um inquérito, uma busca de sentido para os sons da nossa vida. Uma viagem pelos ruídos e os espaços e as pessoas e os espaços moldados pelos ruídos. Um documentário em que se procuram as formas dos sons e se interroga a nossa percepção e consciência dos lugares enquanto construções sonoras, dos lugares enquanto ligações aurais. Durante cerca de 35 minutos, artistas, músicos, arquitectos e outras pessoas que vivem atentas ao mundo sonoro, dão-nos ideias sobre o que é o Som e a importância de sabermos… ouvir. Realização: Raquel Castro CONFERÊNCIA CORPO, VOZ, ESCRITA, VOZ TEATRO MUNICIPAL S. LUIZ 29 OUT | 18h00 José Bragança de Miranda (filósofo da comunicação) discute o processo de mediação da voz, a partir de A Voz Humana e Soundwalkers. PRO JECÇÕ ES :: c iclo d e cinema O cinema à volta de cinco - Cinco artes à volta do cinema CINEMATOGRAFIA E MUSICALIDADE CINEMATECA PORTUGUESA 14 > 19 NOV + 21 > 22 NOV Se nas edições anteriores a ideia de coreografia no cinema não se reduzia às comédias musicais ou às cenas dançadas, nem a teatralidade no cinema à representação do teatro ou à presença visível do teatro dentro do filme, trata-se agora de abordar a musicalidade como ela se revela nos diferentes aspectos da " mise en scène " dos filmes. Isso leva-nos a abordar a musicalidade cinematográfica não apenas pela utilização que pode ser feita da música nos filmes mas também, e sobretudo, pelo tratamento cinematográfico do tempo, quer seja pela montagem, o movimento, o contraponto imagemsom, as rupturas cronológicas, o ritmo, o leitmotiv, a alternância das luzes, etc. Desde os primórdios do cinema que os realizadores reinvindicaram uma forma cinematográfica mais próxima da musicalidade do que da narrativa. Foi nomeadamente o caso das " avant-garde " francesas, mas também das alemãs dos anos 20, ainda na época do cinema mudo, que procuravam libertar o cinema das reproduções teatrais ou literárias. Desconstrução da narrativa pela fragmentação, o estilhaçar do tempo, a procura de um ritmo fora de um contexto narrativo. Mas a musicalidade no cinema não se esgota evidentemente com o fim das suas pesquisas formais. Com a chegada do cinema sonoro, a banda sonora, vai participar nisso muito fortemente: a relação entre ruídos e sons naturais, a textura das vozes, os silêncios… Esta primeira edição dedicada ás relações cinematografia-musicalidade abre pistas que serão desenvolvidas posteriormente nas próximas edições, daí a grande variedade de filmes propostos, desde os filmes mudos aos filmes contemporâneos, passando por filmes de animação, por filmes conhecidos ou desconhecidos. Esta programação procura, desde a sua primeira edição, levar o espectador a abordar os filmes - mesmo aqueles que já conhece - com um novo olhar (e um novo ouvido) e a redescobri-los graças à simples alteração do ponto de vista, desta vez através da musicalidade. Mas procura ainda dar a descobrir novas obras ou propor filmes pouco vistos (e pouco conhecidos) em Portugal. São assim apresentados filmes de Dimitri Kirsanoff, Jean Grémillon, Gregory Markopoulos, Kenneth Anger, Viking Eggelin, mas também filmes de Humphrey Jennings, Peter Nestler, Jean-Marie Straub, Jean Epstein, ou ainda de Jacques Touneur, Boris Barnet, Max Ophuls, Satyajit Ray, em Portugal João Pedro Rodrigues, Paulo Rocha, Fernando Lopes e muitos outros. Como acontece desde a sua primeira edição, é a relação entre os filmes escolhidos, o catálogo, constituído por textos em grande parte originais, e o encontro com os autores dos textos, realizadores, críticos, escritores, encenadores, actores, músicos, etc., que constitui a base e a matéria que determina este programa. Para além da equipa de coordenação que formamos com Ricardo Matos Cabo, participou activamente neste programa, Bernard Eisenschitz, Cyril Neyrat, Stéfani de Loppinot, Marcos Uzal, Pierre Léon, Renaud Legrand, Luís Miguel Oliveira, com quem temos vindo a criar um diálogo em torno das relações entre o cinema e as outras artes. Para além dos nomes já citados e que estarão connosco contamos ainda com a presença de outros cineastas e autores que virão apresentar e dialogar sobre os filmes, como Regina Guimarães, João Pedro Rodrigues, Alberto Seixas Santos, Antonio Rodrigues, Diogo Dória, que escreveram textos originais sobre alguns dos filmes deste programa. Pierre-Marie Goulet e Teresa Garcia Lisboa, Outubro 2011 PROJECÇÕES :: ciclo de cinema 14 NOV 21h30 | sala felix ribeiro 15 NOV 19h00 | sala felix ribeiro 16 NOV 17 NOV RAINBOW DANCE, Len LYE (1936) 3mn 50 IT'S ALWAYS FAIR WEATHER /DANÇANDO NAS NUVENS, Stanley DONEN LE MÉLOMANE Georges MELIES (1903) 3mn FREE RADICALS, Len LYE (1958) 4mn TOUROU ET BITTI, Jean ROUCH (1972) 9mn) DE NAEDE FAERGEN (Eles Alcançarão o Barco?), Carl T. DREYER LE TEMPESTAIRE, Jean EPSTEIN (1947) 22mn (DVD/PM) PRIMITI TOO TA, Ed.ACKERMAN, C.MORTON LE CAMION, Marguerite DURAS (1977) 80mn 19h30 | sala luís de pina TRADE TATOO, Len LYE (1937) 5mn35 PUISSANCE DE LA PAROLE, J. L. GODARD (1988) 25mn EINLEITUNG ZU ARNOLD SCHOENBERGS BEGLEITMUSIK ZU EINER LICHTSPIELSCENE Introdução a 'Música de Acompanhamento Para Uma Peça Cinematográfica' de Arnold Schoenberg", J. M.STRAUB/ D. HUILLET (1973) 16mn 22h00 | sala luís de pina RHYTHM, Len LYE (1957) 1mn05 SPARE TIME, Humphrey JENNINGS (1939) 15mn EIN ARBEITERCLUB IN SHEFFIELD, Peter NESTLER (1988) 6mn (1965) 41mn MALDONE, Jean Grémillon 22h00 | sala luís de pina SYMPHONIE DIAGONALE, Viking EGGELING RAPT, Dimitri KIRSANOFF (1933/34) 83mn 18 NOV 19h00 | sala felix ribeiro 21h30 | sala felix ribeiro Á BEIRA DO MAR AZUL, Boris BARNET (1936) O RIO DO OURO, Paulo ROCHA (1998) 95mn 19 NOV 15h00 | sala felix ribeiro BUMBLE BOOGIE, WALT DISNEY (1948) 3' THE CAT CONCERTO, HANNA E BARBERA (1947) 8mn THE 5000 FINGERS OF DR. T, Roy ROWLAND (1953) 22 NOV (1948) 11mn 21h30 | sala felix ribeiro 19h30 | sala luís de pina 21 NOV (1955) 101mn (1928) 102 mn (1925) 9mn 71mn 19h00 | sala felix ribeiro EAUX D'ARTIFICE, Kenneth ANGER LIBELEI, Max OPHÜLS (1933) 88mn 21h30 | sala felix ribeiro BLACK AND TAN, Dudley MURPHY (1929) HALLELUYAH, King VIDOR (1929) 109mn 19h30 | sala luís de pina MING GREEN, Gregory MARKOPOULOS (1966) 7mn IL BACIO DI TOSCA, Daniel SCHMID (1984) 87mn 22h00 | sala luís de pina MASKED AND ANONYMOUS, Larry CHARLES 19h30 | sala luís de pina UMA ABELHA NA CHUVA, Fernando LOPES 22h00 | sala luís de pina LAPIS, James WHITNEY (1966) 10mn DEVI / A DEUSA, Satyajit RAY (1960) 19h00 | sala felix ribeiro 21h30 | sala felix ribeiro 89mn (1953) 12mn 19mn (2003) 112mn (1972) 75mn 93mn SKELETON DANCE, W. Disney (1929) 5mn30 LEOPARD MAN / O HOMEM LEOPARDO, Jacques TOURNEUR MORRER COMO UM HOMEM, J. P. Rodrigues http://ocinemaavoltadecincoartes.blogspot.com/ (1943) 66mn (2009) 223mn [PROGRAMA SUJEITO A ALTERAÇÕES] PROJECÇÕES :: secção competitiva PRÉMIOS DE CINEMA PARA FILMES SOBRE ARTE FACULDADE DE BELAS ARTES DA UNIVERSIDADE DE LISBOA [auditório] 14 > 18 NOV | 15h00 - 17h30 - 20h00 NINGUÉM MAISNO ONE ELSE Um artista é alguém que produz declarações em seu próprio nome, para debate público. Que grande risco! Todas as outras pessoas falam por conta e a coberto de um partido político, de uma organização económica, de um banco, de uma instituição científica, de uma associação, de uma igreja, de um museu, de um ministério, de um editor, como pai, mãe, professor, sociólogo, economista, médico, advogado, perito sempre investidas desse poder institucional que implica que os outros são forçados a ouvir as suas opiniões ou propostas. Sempre atendidas pela audiência no pressuposto de que se alguém fala "em nome de" - alguma verdade háde ter, e ainda que a não tenha - não nos é permitido ignorá-la. Um artista não foi investido de qualquer poder que obrigue os outros a reparar nas suas pesquisas. Certamente o artista se empenhará no seu trabalho com a maior dedicação, para que os outros sintam interesse. Mas isso depende inteiramente deles. Só comunicando com o artista, ou com o que ele pôs ao nosso dispor, conseguimos viver a nossa própria realidade de uma forma diferente – sem manipulações. Estamos a falar de mundos sem barreiras erguidas pelo controle das forças sociais, mas de abordagens individuais aos enigmas e possibilidades do mundo. Comunicar com um artista é como viajar por mundos desconhecidos. Este ano, 35 realizadores de todo o mundo trabalharam afincadamente para vos abrir uma porta para novos universos, mostrando como fazem. Convidam-vos a comunicar com cerca de 40 artistas. A que mundos iremos dar? Isso, como já disse, depende inteiramente de si. An artist is a person who puts statements to public discussion in his very own name. What a risk. Everybody else talks on behalf and with the help of a political party, an economic organisation, a bank, a scientific institution, an association, a church, a museum, a ministry, an editor, as a parent, teacher, sociologist, economist, medical doctor, lawyer, expert always equipped with this institutional power which implicates that others are forced to listen to their opinions or proposals. Always received by the audience with the prejudice that if one can speaks “in the name of” - there must be a truth in it - or if not - at least you are not allowed to disregard it. An artist does not have any power in his back which obliges others to notice his researchs. Sure, he will give all his best through most possible dedication to his work so that others might be interested. But this depends entirely on them. Only if you communicate with an artist or what he has left for you, you can experience your own reality in a different way - beyond manipulation. We are talking here about worlds without borders built by the control of social forces, we are talking about individual approaches to the enigmas and possibilities of the world. A communication with an artist is a journey to the unknown. This year, 35 dedicated film makers from countries worldwide offer you their help to enter new universes by showing you how they did it. They are inviting you to communicate with almost 40 artists. Nobody knows where this can lead to. Just as I said - this depends entirely on you. Rajele Jain PROJECÇÕES :: secção competitiva 14 NOV 15h00 MAMA TATA BOG I SZATAN (My Mum Dad God And Satan) | PAWEL JOZWIAK-RODAN Polónia [Poland] 2009, 40' Este filme é a história do realizador sobre a sua família mais chegada: os seus pais divorciados. A sua mãe foi uma cantora; agora é uma fiel seguidora da Rádio Maryja. O pai, que luta contra anticlericais e liberais, é autor de livros eróticos e pornográficos, um dos quais – Okolice porno shopu – tornou-se um símbolo da sua grafomania, ou necessidade de escrever e ver o seu nome impresso. O realizador encontra-se algures entre estas duas vidas opostas dos seus pais. Tenta investigar como duas pessoas tão diferentes puderam amar-se e viver juntas. Usando a sua própria vida como exemplo, o realizador constrói a metáfora da Polónia contemporânea, o estado que se tornou após 1989. The film is the director’s story about his closest family - his divorced parents. His mother was once a singer; now she is a committed follower of the Radio Maryja. His father, who fights anticlericals and liberals, is an author of erotic and pornographic books, one of which - Okolice porno shopu - has become a symbol of his graphomania, or urge to write and see his name in print.The director is somewhere between the two extreme life views exhibited by his parents. He tries to investigate how could two such different people could love each other and live together. Using his own life as an example, the director constructs a metaphor of contemporary Poland, the state that was torn after 1989. Realização (Direction) Pawel Jozwiak-Rodan | Fotografia (Cinematography) Pawel Jozwiak-Rodan | Montagem (Editing) Tymek Wiskirski | Som (Sound) Jakub Sarwas | Música (Music) Jakub Sarwas | Produção (Production) Pawel Jozwiak-Rodan A OBRA DE ARTE (The Work of Art) | MARCOS RIBEIRO Brasil [Brazil] 2009, 71' A Obra de Arte é um documentário longa- metragem sobre a criação artística, com sete dos principais artistas plásticos do Brasil: Eduardo Sued, Carlos Vergara, Beatriz Milhazes, Cildo Meireles, Waltércio Caldas, Tunga e Ernesto Neto. Como nascem e prosperam as obras de arte? O que são obras de arte? Em visitas aos ateliés dos artistas plásticos citados, o diretor colheu depoimentos, imagens, performaces, gentilezas e surpresas em filmagens inesquecíveis. O documentário revela a descoberta do mundo das artes plásticas pelo diretor, e como este mundo pode ser entendido e apreciado por todos. THE WORK OF ART is a feature-length documentary about the process of artistic creation, focusing on seven outstanding Brazilian artists: Eduardo Sued, Carlos Vergara, Beatriz Milhazes, Cildo Meireles, Waltércio Caldas, Tunga and Ernesto Neto. How is a work of art born? How does it come to fruition? After all, what constitutes a work of art? While visiting the studios of these seven artists, director Marcos Ribeiro captured statements, images, performances, surprises and gestures of kindness in hours of unforgettable footage. The documentary unfolds as the director discovers the world of art and how it can be understood and appreciated by everyone. Realização (Direction) Marcos Ribeiro | Fotografia (Cinematography) Manuel Águas | Montagem (Editing) Marcos Ribeiro | Som (Sound) Marco Coelho | Música (Music) Antonio Saraiva | Produção (Production) TV Imaginária Produções Ltda 14 NOV 17h30 AUGUSTO CANEDO | JOÃO PAULO FERREIRA Portugal 2011, 14' A intenção do realizador é de questionar-se a ele próprio e ao espectador sobre a relação do criador e do espectador com a Arte. É uma viagem feita através da carreira e da obra do artista português contemporâneo Augusto Canedo que converge com a adaptação, feita pelo autor deste documentário, do video experimental "Anémic Cinéma" (1926) do artista francês Marcel Duchamp e da palestra dada pelo mesmo em 1957 "The Creative Act". My intensions are to question myself and the spectator about the relationship of the creator and the spectator of art. It travels through the work and career of the Portuguese contemporary artist Augusto Canedo and converges with a remake created by the director of the experimental movie “Anémic Cinéma” (1926) and the lecture “The Creative Act” (1957) by Marcel Duchamp. Realização (Direction) João Paulo Ferreira | Fotografia (Cinematography) Carlos Carvalho | Montagem (Editing) João Paulo Ferreira, Carlos Carvalho | Som (Sound) André Cardoso | Música (Music) Gonçalo da Silva Nova | Produção (Production) Universidade Católica/Fantasporto 2011 PROJECÇÕES :: secção competitiva NIKI DE SAINT PHALLE & JEAN TINGUELY - LES BONNIE AND CLYDE DE L'ART (Niki de Saint Phalle & Jean Tinguely - The Bonnie and Clyde of Art) | LOUISE FAURE & ANNE JULIEN França [France] 2010, 55' Um homem e uma mulher, dois artistas e uma história de amor que começa nos anos 50, em Paris, que durará até ao fim das suas vidas, até ao final do século. O filme conta-nos a fantástica história de amor entre NIKI DE SAINT PHALLE e JEAN TINGUELY, dois famosos escultores, ícones do séc. XX. Juntos, não tiveram filhos mas criaram esculturas monumentais por todo o mundo. Totens – para fazer as pessoas felizes – disse Niki. Um filme único. A man and a woman, two artists and a love story that starts in the 50’s in Paris, that will last until the end of theirs lives, until the end of the century. The film tells us the fantastic love story between NIKI DE SAINT PHALLE and JEAN TINGUELY two world famous sculptors, icons of the 20th C. Together, they did not have children but created monumental sculptures, everywhere in the world. Totems - to make people happy said Niki. A unique film. Realização (Direction) Louise Faure e Anne Julien | Fotografia (Cinematography) François de la Patelliere, Marc Riddley, Louise Faure | Montagem (Editing) Claudine Dupont | Som (Sound) Aurélie Valentin | Música (Music) Louis Sclavis | Produção (Production) Zorn Production International DANS L'ATELIER DE MONDRIAN (In Mondrian's Studio) | FRANÇOIS LÉVY KUENTZ França [France] 2010, 52' Acompanhamos a vida e obra de Mondrian, pintor holandês cujo trabalho é um marco decisivo na história da pintura moderna. Influenciado inicialmente pelo Cubismo, Mondrian inventa no início dos anos 20 do século passado, uma linguagem universal a partir de novas formas geométricas e de cores primárias. Com Kandinsky e Malevicht é um dos pioneiros da pura abstração, inovador, que influenciou largamente a arte no séc. XX. We follow Mondrian’s life and work, Dutch painter with whom the work marks a decisive bend in the history of the modern painting. At first influenced by the Cubism, Mondrian invents at the beginning of the 20s a universal language from new geometrical forms and from primary colors. With Kandinsky and Malevitch, it is one of the pioneers of the pure abstraction, running (roaming) innovator who widely influenced the art of the XXth century. Realização (Direction) François Lévy Kuentz | Fotografia (Cinematography) René Hejnen NSC | Montagem (Editing) Stéphane Huter | Som (Sound) Jacques Guillot | Produção (Production) Cinétévé e Centre Pompidou 14 NOV 20h00 ODEON: EL TIEMPO SUSPENDIDO (ODEON: TIME STOOD STILL) | JO GRAELL Espanha [Spain] 2010, 29' O cinema Odeon talvez seja o único sítio no mundo onde cada sessão é única. Valentin Stavov (71 anos) revive cada filme clássico através da sua música e letras originais. Nelly Shevenusheva (84 anos) contribui igualmente interpretando diretamente os filmes com uma sugestiva voz vinda dos bastidores. O desenvolvimento tecnológico nunca substituirá as sensações e emoções desta “arte do momento” onde nada mudou nos últimos 30 anos. The Odeon cinema may be the only place in the world where each session is unique. Valentin Stavov (71 years old) brings to life each classic film through original music and compositions. Nelly Shevenusheva (84 years old) also contributes interpreting directly the films with a suggestive voice coming from the back of the room. The technological relay will never replace the feelings and emotions of this ’art of the moment’ where nothing has changed in 30 years. Realização (Direction) Jo Graell | Fotografia (Cinematography) Natalia Regás Villodas | Distribução (Distribution) Promofest | Montagem (Editing) Eloi Tomás | Música (Music) Aritz NAKAGIN CAPSULE TOWER: Japanese Metabolist Landmark on the Edge of Destruction | RIMA YAMAZAKI EUA [USA] 2010, 58' Metabolismo é o primeiro movimento de arquitetura japonês após a 2ª Guerra Mundial, manifestado em 1960 por Noboru Kawazoe, crítico de arquitetura, e cinco arquitetos: Kiyoshi Awazu, Kiyonori Kikutake, Kisho Kurokawa, Fumihiko Maki e Masato Otaka. Eles perspetivaram uma nova direção para a arquitetura e urbanismo japoneses. Criaram vários planos de arquitetura e urbanismo com estruturas grandes, flexíveis e expansíveis. O Nakagin Capsule Tower é um raro exemplo edificado/construído do Metabolismo. Mapeando a história da arquitetura japonesa pós-guerra e analizando as características da Nakagin Capsule Tower, este documentário, filmado em 2010 examina o significado de preservação e demolição de vários pontos de vista. Porque necessitamos de preservar um PROJECÇÕES :: secção competitiva edifício? Quais são as dificuldades de conservação? É a demolição uma tragédia ou um fenómeno natural para a arquitetura moderna? Metabolism is the first Japanese architecture movement after the World War II, manifested in 1960 by Noboru Kawazoe, architecture critic, and the five architects, Kiyoshi Awazu, Kiyonori Kikutake, Kisho Kurokawa, Fumihiko Maki, and Masato Otaka. They envisioned a new direction for future Japanese architecture and urbanism. They created various architecture and urban plans with large, flexible and expandable structures. The Nakagin Capsule Tower is a rare built example of Metabolism. Tracing the history of postwar Japanese architecture and reviewing the characteristics of the Nakagin Capsule Tower, this documentary, filmed in 2010, examines the meaning of preservation and demolition from various points of view. Why do we need to preserve a building? What are the difficulties of preservation? Is demolition a tragedy or a natural phenomenon for modern architecture? Realização (Direction) Rima Yamazaki | Fotografia (Cinematography) Rima Yamazaki | Montagem (Editing) Rima Yamazaki | Som (Sound) 15 NOV 15h00 LONGE NO TEMPO (Ageing) | BEATRIZ TOMAZ Portugal 2011, 61' Será comum afirmar que a sociedade contemporânea está envelhecida. Será também comum apresentar este pensamento num tom apreensivo e dramático. Mas além de uma preocupação relacionada com uma baixa natalidade, não será também dramática a não percepção de que o envelhecimento não é apenas parte integrante de um ciclo final da vida, mas uma continuidade que acontece desde o dia em que somos formados? AGEING is a documentary film about getting old, about ways it can be thought, felt and transformed into. Looking into ageing as process, maturescence, and path, where dance enables creativity and artistic creation. Ageing, a three-tempos experience, with a common esthetic discourse. Realização (Direction) Beatriz Tomaz | Fotografia (Cinematography) Beatriz Tomaz, André Dinis Carrilho, Graça Castanheira (Editing) Beatriz Tomaz, Levi Martins | Som (Sound) Levi Martins | Produção (Production) Pop Films | Montagem MBAMBU AND THE MOUNT AINS OF THE MOON | LUCIAN MUNTEAN E NATASA MUNTEAN Sérvia [Serbia] 2011, 50' Esta é a história de Mbambu, uma rapariga de 16 anos da aldeia de Kilembe, no sopé das montanhas Rwenzori no Uganda, que quer ser a primeira na sua família a completar o ensino secundário. Mbambu é um membro fiel do grupo de teatro amador local, um grupo de gente nova gerido pelo entusiasmo e ambição artística que com a sua arte e atuações temáticas, criadas por eles próprios, trabalham na educação do povo na região. As suas performances falam sobre os inconvenientes da caça, a desigualdade de direitos da mulher, a importância da educação, e a necessidade de preservação ambiental. O filme culmina quando o Grupo de Teatro de Kilembe faz uma performance ao vivo sobre os inconvenientes da caça numa vila distante, onde a maioria dos homens está envolvida em caça e comércio de madeira ilegais, para extremo deleite da audiência. This is the story of Mbambu, a 16-year-old girl from the village of Kilembe, at the foot of the Rwenzori Mountains in Uganda, who wants to be the first in her family to complete secondary school. Mbambu is a faithful member of the local amateur drama group, a group of young people governed by enthusiasm and artistic ambition that with their art and thematic performances, which they create themselves, work on educating people in the region. Their performances talk about the drawbacks of poaching, unequal rights of women, importance of education, and the need for environment preservation. The film culminates when Kilembe Drama Group gives a live performance of the play about drawbacks of poaching in a far away village where the majority of men are involved in illegal hunting and logging, to the overall delight of the numerous inhabitants in the audience. Realização (Direction) Lucian Muntean e Natasa Muntean | Fotografia (Cinematography) Lucian Muntean | Montagem (Editing) Natasa Muntean | Som (Sound) Rada Danilovic | Música (Music) Albert Bisaso Ssempeke | Produção (Production) LUNAM DOCS PROJECÇÕES :: secção competitiva 15 NOV 17h30 LES MYSTÈRES DE PARIS I | KONSTANTINOS-ANTONIOS GOUTOS / the[video]Flâneu® Alemanha [Germany] 2011, 2' the first p.art of a new paris.made [video]series with the title: les mystères de paris* a ko.incidental documentary take, an (un)usual moment taken on june 26, 2011 at 2 p.m. with a normal digital video apparatus without tripod - without camera moves - without zooming without special lighting - without extra microphone - without effects the sound and the length of the shooting are the original there are no cuts in the scene *The Mysteries of Paris (French: Les Mystères de Paris) is a novel by Eugène Sue which was published serially in Journal des débats from June 19, 1842 until October 15, 1843. Realização (Direction) Konstantinos-Antonios Goutos | Fotografia (Cinematography) Konstantinos-Antonios Goutos | Produção (Production) Konstantinos-Antonios Goutos ATELIER | SUSANA NASCIMENTO DUARTE Portugal 2011, 84' Documentário sobre o atelier do pintor Gonçalo Pena e o modo como este espaço se confunde com o seu trabalho, revelando uma ocupação que se reparte entre os momentos solitários e silenciosos dedicados à pintura e os momentos partilhados dedicados às conversas com todos os que o visitam. The atelier of the painter Gonçalo Pena merges into his work. The space’s occupation is divided between the solitary and silent moments devoted to painting and the shared moments devoted to conversations with all those who visit him. Realização (Direction) Susana Nascimento Duarte | Fotografia (Cinematography) Susana Nascimento Duarte | Montagem (Editing) Susana Nascimento Duarte, Luísa Homem | Som (Sound) Susana Nascimento Duarte, Nuno Morão, Tiago Matos | Produção (Production) Terratreme 15 NOV 20h00 THE REACH OF RESONANCE | STEVE ELKINS EUA [USA] 2010, 101' “O Alcance da Ressonância” justapõe as trajetórias criativas de quatro músicos de diferentes partes do mundo usando a música para investigações pouco usuais. Entre eles está Miya Masaoka, usando música para interagir com insetos e plantas; Jon Rose, utilizando um arco de violino para transformar cercas em instrumentos musicais em zonas de conflito, desde o interior australiano à Palestina; John Luther Adams traduzindo o fenómeno geofísico do Alasca em música; e Bob Ostertag, que explora acontecimentos sócio-políticos através de processos tão diversos como transcrição de um motim num quarteto de cordas, e criando cinema real com lixo. 'The Reach Of Resonance’ juxtaposes the creative paths of four musicians from different parts of the world using music for very unusual investigations. Among them are Miya Masaoka using music to interact with insects and plants; Jon Rose, utilizing a violin bow to turn fences into musical instruments in conflict zones ranging from the Australian outback to Palestine; John Luther Adams translating the geophysical phenomena of Alaska into music; and Bob Ostertag, who explores global socio-political issues through processes as diverse as transcribing a riot into a string quartet, and creating live cinema with garbage. By contrasting the creative paths of these artists, and an unexpected connection between them by the world renowned Kronos Quartet, the film explores music not as a form of entertainment, career, or even self-expression, but as a tool to develop more deeply meaningful relationships with people and the complexities of the world they live in. Realização (Direction) Steve Elkins | Fotografia (Cinematography) Steve Elkins | Montagem (Editing) Steve Elkins e David Marks | Som (Sound) Steve Elkins | Música (Music) John Luther Adams, Jon Rose, Miya Masaoka, Bob Ostertag | Produção (Production) Candela Films PROJECÇÕES :: secção competitiva 16 NOV 15h00 SEO-BU-YEONG-HWA (Western Movie) | LEE HYUNG-SUK Coreia de Sul [South Korea] 2010, 9' Um xerife atravessa um descampado a cavalo e entra numa vila devastada por Americanos Nativos. Há alguns olhos fixos no xerife na cidade . A sheriff crosses a desolate field on horseback and enters a village devastated by Native Americans. There are some eyes fixed on the sheriff in the town. Realização (Direction) Lee Hyung-suk | Fotografia (Cinematography) Lee Sang-gil | Montagem (Editing) Lee Hyung-suk | Som (Sound) Park Hee-chan | Música (Music) Lee Eun-suk, Sung Hwan | Produção (Production) Kim Tai-yong LE 59 RIVOLI (59 RIVOLI STREET] | LECH SCZANIECKI Polónia [Poland] 2010, 46' Um documentário sobre uma ocupação de artistas de um prédio situado na Rua Rivoli, 59, em Paris, apresentado graças a uma ideia original de Lech Sczaniecki e Klaudia Mughrabi. O filme mostra a criação artística dos ocupantes, baseada nas suas relações pessoais. O filme desenvolve-se a partir de uma reunião dos artistas ocupantes. Os problemas diários servem de pretexto para se descobrirem. A co-habitação inspira, mas pode ser igualmente uma fonte de mal-entendidos. A documentary movie on an artists’ squat situated at 59 Rivoli street in Paris introduced thanks to an original idea by Lech Sczaniecki and Klaudia Mughrabi. The movie shows the artistic creation of the squat’s inhabitants, on the basis of their relationships. The film revolves around an organization meeting between the artists. The daily problems serve as pretext to find out more about them. Cohabitation inspires but can also be a source of misunderstandings. Realização (Direction) Lech Sczaniecki | Fotografia (Cinematography) Lech Sczaniecki | Montagem (Editing) Lech Sczaniecki | Som (Sound) Wlodzimerz Pietuszko | Produção (Production) FILM-&-VID WILLIAM KENTRIDGE: ANYTHING IS POSSIBLE | SUSAN SOLLINS E CHARLES ATLAS EUA [USA] 2010, 54' “William Kentridge: Qualquer coisa é possível”, dá aos espectadores uma visão íntima do pensamento e processo criativo de William Kentridge, o artista sul africano aclamado pelos seus desenhos em carvão, animações, instalações vídeo, teatro de sombras, teatro de marionetas, tapeçarias, esculturas, performances ao vivo e óperas que fizeram dele um dos mais dinâmicos e excitantes artistas contemporâneos em atividade. No filme, Kentridge fala sobre como a sua história pessoal, de um Sul Africano branco de herança judaica influenciou os temas recorrentes no seu trabalho – incluindo opressão violenta, luta de classes, e hierarquias sociais e políticas. Adicionalmente, Kentridge discute o seu experimentalismo com “máquinas que te dizem como deves parecer” e como o mecanismo global da visão é uma metáfora para “a agência que temos, quer gostemos quer não, para dar sentido ao mundo”. O absurdo, explica já no final do documentário, “é de facto uma forma apurada e produtiva de compreender o mundo. Porque estaremos interessados em eliminar a história impossível? Porque, como disse Gogol, de facto o impossível é o que acontece todo o tempo.” William Kentridge: Anything Is Possible’ gives viewers an intimate look into the mind and creative process of William Kentridge, the South African artist whose acclaimed charcoal drawings, animations, video installations, shadow plays, mechanical puppets, tapestries, sculptures, live performance pieces, and operas have made him one of the most dynamic and exciting contemporary artists working today. In the film, Kentridge talks about how his personal history as a white South African of Jewish heritage has informed recurring themes in his work - including violent oppression, class struggle, and social and political hierarchies. Additionally, Kentridge discusses his experiments with “machines that tell you what it is to look” and how the very mechanism of vision is a metaphor for “the agency we have, whether we like it or not, to make sense of the world.” The absurdism, he explains in the documentary’s closing, “is in fact an accurate and a productive way of understanding the world. Why should we be interested in a clearly impossible story? Because, as Gogol says, in fact the impossible is what happens all the time.” Realização (Direction) Susan Sollins e Charles Atlas | Fotografia (Cinematography) Bob Elfstrom, Joel Shapiro | Montagem (Editing) Mark Sutton, Mary Ann Toman | Som (Sound) Tom Bergin, Ray Day, Justin Matley, Patrick Mullins, Roger Phenix, Mark Roy, Merce Wiliams | Música (Music) Dmitri Schostakowitsch, Alfred Makgalemele | Produção (Production) Art21 PROJECÇÕES :: secção competitiva 16 NOV 17h30 ALBERTO CARNEIRO: 3 | ROGÉRIO TAVEIRA Portugal 2011, 50' Munido de uma câmara persistente, quis ver como trabalhava o artista Alberto Carneiro. Como se comportaria um alquimista de árvores no seu próprio espaço de criação? Qual o som da sua oficina? Todas as minhas projecções morreram no contacto com uma abordagem artística construída ao longo de mais de 60 anos. Este filme nasce desse confronto. Carrying a persistent camera, I wanted to see how the artist Alberto Carneiro worked. How would an alchemist of trees behave in its own space of creation? What was the sound of his workshop? All my projections died in contact with an artistic approach of 60 years. This film is made of that confrontation. Realização (Direction) Rogério Taveira | Fotografia (Cinematography) Rogério Taveira | Montagem (Editing) Rogério Taveira | Som (Sound) Rogério Taveira CHANTAL AKERMAN - DE CÁ | GUSTAVO BECK Brasil [Brazil] 2010, 61' Um vídeo de entrevista com a prestigiada cineasta belga Chantal Akerman sobre o seu trabalho, cinema e vida. An interview video with the prestigious belgian filmmaker Chantal Akerman about her work, cinema and life. Realização (Direction) Gustavo Beck | Fotografia (Cinematography) João Atala | Montagem (Editing) Abdré Mielnik | Som (Sound) Eduardo Psilva | Produção (Production) Filmes Do Beck & Enquadramento Produções 16 NOV 20h00 KOOP | KATHERINE KNIGHT Canada 2011, 47' Wanda Koop mostra-nos o que nos escapou da primeira vez, o que permanece escondido, e que nos questiona como e o que vemos. Nomeada pela Time Magazine como uma das artistas mais importantes do Canadá, a pintora Wanda Koop prepara-se para duas retrospetivas de carreira. Fugindo das exigências do seu ateliê, ela embarca numa viagem num cargueiro. Esboços, fotografias e momentos de observação depressa levam a um novo conjunto de pinturas espantosas e ao interior do processo criativo. Painter Wanda Koop shows us what we missed the first time, what remains hidden, and makes us question how and what we see. Named by Time Magazine as one of Canada’s best artists, painter Wanda Koop is preparing for two career retrospectives. Breaking from the demands of her studio, she embarks on a journey by freighter boat. Sketches, photographs and moments of observation soon lead to a new group of astonishing paintings and insight into creative process. Realização (Direction) Katherine Knight | Fotografia (Cinematography) Marcia Connolly | Montagem (Editing) Jared Raab | Som (Sound) Alan Geldart | Música (Music) Sam Shalabi | Produção (Production) Site Media Inc., David Craig ANA VIEIRA... E O QUE NAO É VISTO | JORGE SILVA MELO Portugal 2011, 60' Ana Vieira expõe desde 1965. É insólito o seu lugar na arte portuguesa: trabalhando o rasto, a sombra, a passagem da luz (ou dos corpos?), o reflexo, a sobreposição, a pegada, a memória ou a planificação do futuro (como na impressionante peña que abriu a exposição “Anos 70” no CAM), a sua arte enfrenta o invisível. E questiona o lugar do espectador, colocado sempre “de fora” ou com a consciência do “off”. PROJECÇÕES :: secção competitiva Ana Vieira exposes since 1965. Her place in Portuguese Art is really unusual: she works track, shadow, passage of light (or the bodies?), reflex, overlap, footprint, memory or future planning (impressive as the piece that opened the exhibition '70 Years' in CAM), her art faces the invisible. She questions the place of the viewer, always putting "out", with "off" consciousness. Realização (Direction) Jorge Silva Melo | Fotografia (Cinematography) José Luís Carvalhosa | Montagem (Editing) Vítor Alves, Miguel Aguiar | Som (Sound) Armanda Carvalho | Música (Music) Pedro Carneiro | Produção (Production) Artistas Unidos/RTP 17 NOV 15h00 BLICKE IN DIE VERSCHWÖRERBUDE (Looks into the Conspirators' Den) | PHILIPP HARTMANN Alemanha [Germany] 2011, 119' Como uma mistura entre Dali e Picasso – esta é a forma como Uwe Lindau, pintor de Karlsruhe, no sul da Alemanha, descreveu um dia a sua arte. Mas as suas criações e o seu estilo único dificilmente conseguem ser descritos por palavras ou comparações. Philipp Hartmann acompanhou o seu amigo Uwe Lindau e o seu trabalho com a sua câmara de filmar desde 2001. Pela escolha de uma abordagem filme-ensaio e uma forma cubística de edição do material recolhido nos últimos dez anos, o filme encontra uma forma apropriada de retratar Lindau e o seu trabalho. E oferece - como é dito numa das suas pinturas - pontos de vista muito pessoais sobre o Antro de Conspiradores de Uwe Lindau. Like a mixture between Dalí and Picasso - this is how Uwe Lindau, painter from Karlsruhe, Southern Germany, described once his art. But his creations and his very unique style can hardly be described by words and comparisons. Philipp Hartmann accompanied his friend Uwe Lindau and his work with his camera since the year 2001. By choosing an essay-film approach and a cubistic way of editing the (raw)material from the last ten years, the film finds an appropriate way of portraying Lindau and his art. And offers - as it says in one of his paintings very personal looks into Uwe Lindaus Conspirators’ Den. Realização (Direction) Philipp Hartmann | Fotografia (Cinematography) Philipp Hartmann, Helena Wittmann | Montagem (Editing) Philipp Hartmann | Som (Sound) Philipp Hartmann | Música (Music) Simone Kessler | Produção (Production) flumenfilm 17 NOV 17h30 MAGIAE NATURALIS | TIAGO CRAVIDÃO Portugal 2010, 1' No obscuro cubículo que é o corredor, mal se distingue a porta do quarto e o espelho que existe em frente. Mas no quarto, ao amanhecer, o sol que entra pela janela escapa-se pelo buraco da fechadura... In the dark room, we can barely seen the mirror reflecting the incoming light from the door lock. But in the room, the morning sun escaping precisely from that hole presents us the germ of all moving pictures… Realização (Direction) Tiago Cravidão | Fotografia (Cinematography) Tiago Cravidão | Montagem (Editing) Tiago Cravidão | Produção (Production) Largo Filmes IBERIANA | FILIPE ARAÚJO Portugal 2011, 13' Integralmente filmado na Geórgia, ’Iberiana’ nasce de uma adaptação livre do romance homónimo de João Lopes Marques e pode ser visto como uma ficção na fronteira do documentário e da performance. Porque já os antigos gregos acreditavam que a ocidental Península Ibérica teve a sua génese no Cáucaso, um pintor basco embarca numa viagem em busca das suas raízes pelo coração da outra Ibéria: a oriental. Entirely filmed in Georgia, 'Iberiana' is a short film where fictional narrative borders documentary and performance while adopting a thesis that dates back to Ancient Greece. Because some still believe the Iberian Peninsula had its genesis in the Caucasus, a basque painter tries to find its roots traveling through the other Iberia: the oriental one. Realização (Direction) Filipe Araújo | Fotografia (Cinematography) Filipe Araújo | Montagem (Editing) Filipe Araújo | Som (Sound) Filipe Araújo | Música (Music) Kevin Macleod | Produção (Production) Blablabla Media PROJECÇÕES :: secção competitiva MARK LEWIS - NOWHERE LAND | REINHARD WULF Alemanha [Germany] 2011, 83' Habitualmente projetadas em loop, as curtas-metragens, normalmente silenciosas, de Mark Lewis – a maioria filmadas em Londres e Toronto – mostram áreas urbanas genéricas e arquitetura modernista. Em simultâneo exploram os conceitos cinematográficos básicos, tais como pan, zoom, tilt e mais recentemente técnicas de retroprojeção, sofisticadas e fundamentais. Mark Lewis, nascido em 1957 em Hamilton, Canadá, vive em Londres. Em 1980 estudou com Victor Burgin e trabalhou com Laura Mulvey, que o influenciou na sua abordagem tardia ao cinema e vídeo. Representou o Canadá na Bienal de Veneza em 2009. O documentário acompanha o artista enquanto filma o seu mais recente filme “Mid Day Mid Summer, Corner of Yonge and Dundas”, num cruzamento no centro de Toronto. Enquanto regressa a lugares da cidade a às incríveis paisagens do Parque Algonquin, onde filmou os seus filmes anteriores, Mark Lewis fala eloquentemente acerca do seu interesse em arquitetura, o seu fascínio pelos não-lugares, os seus métodos de trabalho e as suas convicções como artista e realizador. Usually projected as a loop, Mark Lewis’ short and usually silent films most of them shot in London and Toronto - show generic urban areas and modernist architecture. At the same time they explore basic cinematic means like pan, zoom, tilt and most recently rear projection techniques in fundamental and sophisticated ways. Mark Lewis, born 1957 in Hamilton, Canada, lives in London (UK). In the 1980s he studied with Victor Burgin and worked with Laura Mulvey which influenced his later approach to cinema and video. He represented Canada at the 2009 Venice Biennale. The documentary accompanies the artist when shooting his most recent film “Mid Day Mid Summer, Corner of Yonge and Dundas” at a four-way crossing in the center of Toronto. While returning to places in the city and the breathtaking landscape of Algonquin Park where he shot some of his previous films, Mark Lewis talks eloquently about his interest in architecture, his fascination for non-places, his working methods and his convictions as an artist and a filmmaker. Realização (Direction) Reinhard Wulf | Fotografia (Cinematography) Juergen Behrens | Montagem (Editing) Olf Strecker | Som (Sound) Henning Schiller | Produção (Production) Westdeutscher Rundfunk, 3sat 17 NOV 20h00 LAPSUS SONORUS | LUÍS MARGALHAU Portugal, 32' João Ricardo de Barros Oliveira define-se como músico-escultorsonoro e vive rodeado de materiais, que recolhe criteriosamente em lixeiras e contentores de lixo. Faz do vulgar lixo a matéria prima para a sua arte, a partir de objectos considerados imprestáveis, constrói esculturas sonoras com as quais actua em palco, em performances e em workshops. Nascido em Viana do Castelo, cedo partiu à descoberta de outros universos, mas foi em Berlim que se radicou e construiu a sua oficina sonora. Um artista irreverente que segue dois motes: Não usar um manual de instruções e sempre "viajar tranquilamente!" João Ricardo Barros de Oliveira describes himself as a "musiciansound-sculptor". He lives surrounded by material he single-handedly collects in dumps and trash bins and that he describes as "encyclopaedias". This artist uses trash as raw material. He transforms objects considered useless and shapes them into sculptures that constantly reproduce new sounds. Sonorous pieces of art that come to life on stage in performances and workshops. Born in Viana do Castelo, João Ricardo set off early on a search for other universes, but it was in Berlin that he settled and built his sound workshop. An irreverent artist who follows two mottos: not using an instruction manual and always "travelling calmly!" Realização (Direction) Luís Margalhau | Fotografia (Cinematography) Filipe Barbosa | Montagem (Editing) Luís Margalhau | Som (Sound) Cláudio Francisco | Música (Music) João Ricardo Barros de Oliveira, Tito Knap | Produção (Production) 100imagens Produções Audiovisuais LUZ TEIMOSA (Unwavering Light) | LUÍS ALVES DE MATOS Portugal 2010, 75' O mundo de Fernando Lemos é um mundo ferozmente despojado de qualquer lógica externa, dizia Jorge de Sena. O seu multifacetado gesto artístico confunde-se com a própria existência onde o princípio poético está antes de tudo. E é através da luz que teima em entrar através da porta semicerrada, que se vence o medo da vida no combate travado com a morte. E assim nasce cada palavra dentro de outra palavra e cada imagem dentro de cada imagem. De quantas facas se faz o amor? pergunta o poeta. Fernando Lemos’ world is fiercely stripped of any external logics, as Jorge de Sena once said. His artistic gesture blends with his own existence, where the poetic principle comes first. And with the light that insists to come through the half-closed door, the fear of life is vanquished in the battle fought with death. Thus, each word is born within another word and each image within another image. Of how many knives is love made of? The poet wonders. Realização (Direction) Luís Alves de Matos | Fotografia (Cinematography) Rodrigo Ribeiro, Marta Pessoa | Montagem (Editing) Hugo Santiago | Som (Sound) Quintinho Bastos, Pedro Aguilar | Produção (Production) Real Ficção PROJECÇÕES :: secção competitiva 18 NOV 15h00 MASALA MAMA | MICHAEL KAM Singapura [Singapore] 2010, 9' Um rapaz chinês, que gosta de desenhar super-heróis, rouba um livro de banda desenhada de uma loja “MAMA” (uma loja de conveniência tradicional gerida por um “Tio” Indiano). O gentil proprietário confronta-o, mas apercebe-se da sua pobreza, pois este é um filho de um “garung kuni” (um sucateiro). Tendo pena dele, o efeminado “mama” encoraja o rapaz, mas tem que se confrontar com o seu pai tirano que não tem paciência, tempo ou paixão por arte. A young Chinese boy who loves to draw superheroes steals a comic book from a “mama” store (traditional convenience store run by an Indian ’uncle’, which is Tamil of ’mama’). The gentle “mama” confronts him, but finds out about his poverty as the son of a “garung kuni” (rag & bone) man. Pitying him, the effeminate “mama” encourages the boy but has to contend with his bullying father who has no patience, time or passion for art. Realização (Direction) Michael Kam | Fotografia (Cinematography) Amandi Wong | Montagem (Editing) Moses Nyein | Som (Sound) Melvin Lee | Música (Music) S. T. Siva | Produção (Production) Akanga Film Asia AO VIVO (desenhos de palco) (Live Music) | GIL MADDALENA Portugal 2009, 9' Um «patchwork» de desenhos apoiados num «patchwork» de músicas e sons, de vários géneros e com várias pessoas, todo isto unido por um só olhar: o de Gil Maddalena… Músicos em plena acção, registados, esboçados « Ao Vivo »! « …para mim todos os meus desenhos são « Ao Vivo », por definição : eu reproduzo, tanto quanto possível, as sensações, as emocões, os sentimentos que recebo naquele preciso momento, quer seja uma paisagem, o levantar da lua, ou a chegada duma onda na praia. Com as pessoas é pior : só consigo trabalhar tendo em conta o instante ! Um músico está aqui para tocar, não para posar; e, de qualquer maneira, é muito melhor conseguir que ele me ignore… Ao contrário, eu necessito observá-lo durante muito tempo, para sentir a sua música, para me aperceber dos seus sonhos e das suas fúrias, das suas mudanças de temperamento durante o concerto… Só tenho alguns segundos para fixar este instante mágico : quando o músico já não toca, mas quando está dentro da sua música, quando ele é a sua música !… » G.M. Patchwork of drawings supported by a patchwork of musics, diversity of styles and people through a same look: the eye of Gil Maddalena... Musicians full working, always scetched live! « …for me, all my designs are always "live", by definition: I reproduce, as far as I can, the emotions or the feelings I receive at a certain time. Would it be a "vision", a landscape for instance, or a precise moment, like a rising moon or the arriving of this particular wave, one day, on that beach. With persons it's worse: I only can work on the very instant! A musician is here to play, not to pose; and, anyway, it's much better if he forgets me...On the other hand, I need to observe him a very long time, to feel his music better, his dreams or angers, the changes in his mood all along the concert... But I only have a few seconds for fixing, down on my paper, the magic instant when he doesn't play anymore, when he is inside his music, when he is his own music!... » G.M. Realização (Direction) Gil Maddalena | Fotografia (Cinematography) Gil Maddalena | Montagem (Editing) Gil Maddalena | Música (Music) varios DER TAKTSTOCK (The Baton) | MICHAEL WENDE Alemanha [Germany] 2010, 65' “O mundo não necessita de maestros. A orquestra pode tocar perfeitamente sem eles.” Que raio andam eles a fazer? De onde apareceu esta “campanha publicitária” centenária? Uma figura animada de uma batuta segue 12 jovens maestros de todo o mundo, reunidos durante 10 dias em Bamberg (Alemanha) para competir no concurso mais reputado mundialmente de direção de orquestra: o Gustav Mahler Conducting Competition. O trabalho de maestro é único no mundo. Uma espécie de arte, que tem centenas de anos e nunca mudou. A arte de criar música através de movimentos fascina pessoas um pouco por todo o mundo, mas ninguém consegue explicar como funciona. “A Batuta” é um subtil e bem humorado documentário acerca do grande mistério e magia de formar música unicamente com as mãos. “The world needs no conductors. The orchestra could play excellently without them.” What the hell are they doing? Where is this hundreds of years’ old hype coming from? An animated figure of a Baton-Designer is following 12 young conductors from all over the world, gathered 10 days in Bamberg (Germany) to win the world’s most honored conducting battle: The Gustav-Mahler-Conducting-Competition. The conductors job is like no other worldwide. A sort of art, which is hundreds of years old and never changed. The art of creating music through movements fascinates people all over the world, but no one can really explain how it works. “The Baton” is a subtle and humorous documentary about the big mystery and magic of forming music just with your hands. Realização (Direction) Michael Wende | Fotografia (Cinematography) Christoph Hohmann, Andreea Varga, André Albrecht | Montagem (Editing) Michael Wende | Som (Sound) Bastian Ehrl, Peter Kautzsch | Música (Music) Michael Wende, Bamberg Symphony Orchestra | Produção (Production) AVE Gesellschaft fuer Fernsehproduktion mbH PROJECÇÕES :: secção competitiva 18 NOV 17h30 EL SUEÑO DEL CHAMÁN (THE SHAMAN'S DREAM) | INMACULADA DE LA CALLE Espanha [Spain] 2011, 16' Duas visões do mundo. A do homem pré-histórico (espiritual) e do homem atual (científica). Eles têm uma relação diferente com a natureza, contudo têm muito em comum. Quando alteramos o nosso esquema mental e vemos o mundo dividido entre realidade e sonhos, a perceção do real é alterada. O que pertence a uma ou outra dimensão do mundo. Não é fácil estabelecer fronteiras. Two views of the world. The prehistoric man’s view (a shaman) and the actual man’s (a scientific). They have a different relation with the nature, however they have a lot in common. When we change our mental scheme and see the world divided between the reality and the dreams, it change the perception of what is real. What belongs to one or the other dimension of the world. It is not easy to set the tidemarks. Realização (Direction) Inmaculada de la Calle | Fotografia (Cinematography) Nicolás de la Rosa | Montagem (Editing) Inmaculada de la Calle, Nicolás de la Rosa | Som (Sound) Nicolás de la Rosa | Música (Music) François e Philippe Claerhout | Distribução (Distribution) Promofest FORMAS DE AFETO. ENSAIO SOBRE MÁRIO PEDROSA. (Forms of Affection. Essay on Mário Pedrosa.) | NINA GALANTERNICK Brasil [Brazil] 2011, 15' Uma abordagem efetiva sobre as relações entre Mário Pedrosa, um dos grandes críticos de arte do séc. XX, e alguns dos mais importantes artistas brasileiros, leva o espectador numa viagem pela arte brasileira a partir dos anos 50 do século passado. An affective approach of the relationship between Mário Pedrosa, one of the greatest art critics of the twentieth century, and some of the most important Brazilian artists takes the viewer on a journey through Brazilian art from the 1950s. Realização (Direction) Nina Galanternick | Fotografia (Cinematography) Thiago Lima Silva | Montagem (Editing) Nina Galanternick | Som (Sound) Vinicius Leal | Música (Music) Rodrigo Marçal | Produção (Production) GALA FILMES, NUSC-UFRJ HARUMI, LA BEAUTÉ DU PRINTEMPS (Harumi, The Beauty of Spring) | GHISLAINE HEGER Suiça [Switzerland] 2010, 14' Harumi Klossowska, designer de jóias e artista multifacetada, vem de um universo intemporal. Filha do pintor tardio Balthus, que um dia considerou a Renascença como a verdadeira forma de arte, e da Condessa de Setsuko, artista japonesa que preserva tradições, Harumi teve que formar a sua própria identidade, o seu próprio caminho, libertar-se desta herança. No Grande Chalê em Rossiniáre, na Suíça, descobrimos a atmosfera envolvente onde ela cresceu. É um retrato documental, contrastado e colorido, das escolhas desta jovem mulher. Harumi Klossowska, jewelry designer and multiple-asset artist, comes from an ageless universe. Daughter of late painter Balthus, who would only consider Renaissance as the true form of Art, and of Countess Setsuko, Japanese artist who preserved traditions, Harumi had to form her own identity, make her own way, free herself from this inheritage. At the Grand Chalet in Rossiniáre, in Switzerland, we discover the surrounding atmosphere in which she grew up. This is a colorful and contrasted Portrait documentary of the young woman’s choices. © Donata Wenders Realização (Direction) Ghislaine Heger | Fotografia (Cinematography) Patrick Tresch, Ghislaine Heger | Montagem (Editing) Prune Jaillet | Som (Sound) David Lipka | Música (Music) Kila & Oki | Produção (Production) Tempo Productions FRANCESCO BRONZE | QUINTINHO BASTO Portugal 2011, 44' Uma história de vida dedicada à arte. Realização (Direction) Quintinho Basto A story of a life dedicated to art. PROJECÇÕES :: secção competitiva 18 NOV 20h00 A ARCA DO ÉDEN (Eden's Ark) | MARCELO FELIX Portugal 2011, 80' A Arca do Éden é um ensaio poético sobre a memória e a preservação. Fá-lo meditando sobre o papel do cinema enquanto construção artisticamente singular (feita do movimento e da persistência das imagens) e compósita (organizadora de impressões e contributos de outras artes); sobre a sua esperança de reter o tempo e o sentido das coisas; e sobre a sua própria fragilidade enquanto objecto material, indício claro, ele próprio, do trabalho da degradação e da perspectiva do desaparecimento. Viagem entre um passado e um futuro, ambos míticos, do nosso desejo de continuar o que somos e o que sonhamos ser, este é um filme feito de interrogações e de assombro perante o que no mundo resiste a responder-nos. Eden’s Ark is a film poem about memory and preservation. Through a permanent, if discrete, analogy between the conservation of botany and cinema, and by following the footsteps of an ever wandering traveller, the film links the past and future, both mythical, of our efforts to preserve. Realização (Direction) Marcelo Felix | Fotografia (Cinematography) Miguel Amaral | Montagem (Editing) Marcelo Felix | Som (Sound) Ricardo Sequeira | Música (Music) varios | Produção (Production) C.R.I.M., Isabel Machado 18 NOV 22h30 CERIMÓNIA DE ENTREGA DE PRÉMIOS [PRIZE AWARD CEREMONY] JÚRI: Alexandre Rendeiro | Catarina Lino | Fernando Fadigas | Mafalda Relvas | Kersti Uibo (Londres) 14 NOVEMBRO 15h 15 NOVEMBRO 15h 16 NOVEMBRO 15h 17.30h 17 NOVEMBRO 15h 18 NOVEMBRO 15h 17.30h 17.30h 17.30h 20h 20h 17.30h 20h 20h 20h Direcção e Programação: Rajele Jain | Traduções: Henrique Figueiro | Legendagem: Paulo Montes | Projecção: Eduardo Vij | Apoio: Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Digital Azul, Fundacão Moranguinho, Teatro Praga | Agradecimentos especiais: Alexandre Estrela, Anton, Barbara Viseu, Carlos Henrich, Isabel Nunes, João Tocha, Kazike, Kersti Uibo, Rogério Taveira, Rui Viana Pereira, Teresa Prata, Zambeze Almeida, Zè Grande ENTRADA LIVRE | Largo da Academia Nacional de Belas-Artes | www.films-on-art-portugal.org A VOZ HUMANA | CARLOS PIMENTA SOUNDWALKERS | RAQUEL CASTRO CONFERÊNCIA ALGORÍTMICO | SPACE ENSEMBLE FILMES DA TERRA ... | SPACE ENSEMBLE MB#8 | MIGUEL BONNEVILLE HISTOIRE(S) | OLGA DE SOTO PEAUFINE | SÓNIA BAPTISTA PING | V. 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CAMÕES 27 FESTIVAL TRANSDISCIPLINAR ANUAL DE LISBOA 28 OUTUBRO TEMPS D'IMAGES 29 30 01 02 03 NOVEMBRO 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 18 19 20 21 22 23 DE 15 DEZEMBRO A 22 JANEIRO 2012 17 apoio financiamento iniciativa co-produção produção www.tempsdimages-portugal.com | www.duplacena.com A DuplaCena é uma estrutura financiada pela Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria de Estado da Cultura /